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a) o Comando Nacional da Polícia Fiscal; g) definir mecanismos que garantam a segurança dos
b) o Comando Nacional da Polícia da Guarda Fron- «passes de travessia», de modo a evitar a sua uti-
teiras; lização múltipla e/ou indevida;
c) o Serviço de Migração e Estrangeiros; h) definir medidas que permitam concretizar a veda-
d) a Direcção Nacional de Investigação Criminal; ção da fronteira;
e) a Direcção Nacional de Inspecção e Investigação i) definir medidas que garantam a rotação dos efecti-
das Actividades Económicas; vos das autoridades competentes em serviço nas
f) o Serviço Nacional das Alfândegas e os serviços que zonas fronteiriças;
dele dependem hierárquica e verticalmente, j) adoptar medidas que garantam a travessia das zonas
designadamente as Direcções Regionais das Alfân- fronteiriças por pessoas e bens pelos locais apro-
degas, as Delegações Aduaneiras e os Postos priados.
Aduaneiros;
g) Qualquer outra autoridade competente que venha a ARTIGO 6.º
(Âmbito de actividades)
ser designada pelos Ministros do Interior e das
Finanças.
l. As autoridades competentes enunciadas no artigo 3.º pros-
ARTIGO 4.º seguem as seguintes actividades:
(Cooperação dos Governadores Provinciais)
a) o exercício das suas atribuições e competências
Os Ministros do Interior e das Finanças podem solicitar, legais, com a extensão, a medida e os limites
por si ou através das autoridades competentes enunciadas no definidos nos respectivos estatutos orgânicos;
artigo 3.º, sempre que necessário, a colaboração institucio- b) a recolha e intercâmbio de informações pertinentes
nal dos Governadores Provinciais com jurisdição sobre as para o controlo do movimento de pessoas e mer-
zonas fronteiriças para garantir o adequado desenvolvimento e cadorias nas zonas fronteiriças e para a preven-
implementação das medidas de cooperação institucional pre- ção e repressão da criminalidade, no respeito do
vistas no presente diploma e a consecução das corresponden- direito aplicável em matéria de protecção de
tes finalidades. dados;
c) a prevenção e repressão da criminalidade nas zonas
ARTIGO 5.º
(Finalidades)
fronteiriças, e, em particular, as que se relacio-
nem com o terrorismo, a imigração ilegal, o tráfico
l. A cooperação institucional entre as autoridades compe- de seres humanos, de estupefacientes, substân-
tentes enunciadas no artigo 3.º visa, entre outras, as seguin- cias psicotrópicas, precursores e outros produtos
tes finalidades: químicos essenciais para a obtenção de droga, de
armas e explosivos e a importação, exportação
a) prevenir e reprimir a prática de crimes nas zonas e reexportação ilegais de metais e pedras pre-
fronteiriças; ciosas, moeda e títulos de crédito;
b) prevenir, combater e reprimir a prática de comércio d) a análise de risco da criminalidade fronteiriça e
internacional não autorizado e de tráfico ilícito transfronteiriça;
de estupefacientes, substâncias psicotrópicas, e) a execução dos acordos, convenções e tratados
precursores e outros produtos químicos essen- internacionais regularmente aprovados pela
ciais para a obtenção de droga, armas, objectos República de Angola e de que sejam parte os
de arte, antiguidades e outras mercadorias proi- Países limítrofes;
bidas ou sujeitas a restrições; f) o apoio à vigilância e perseguição realizadas em
c) prevenir e reprimir a importação, exportação e reex- conformidade com as disposições dos acordos,
portação ilegais de metais e pedras preciosas, convenções e tratados referidos na alínea e);
moeda e títulos de crédito; g) a coordenação, com autoridades dos países limítro-
d) prevenir, combater e reprimir a imigração ilegal e o fes, de medidas conjuntas de patrulhamento na
tráfico de pessoas; zona fronteiriça.
e) combater as piores formas de trabalho infantil;
f) identificar e controlar de forma rápida, correcta e 2. A tomada de decisões respeitantes às matérias previs-
adequada, as pessoas que atravessam as frontei- tas no número anterior incumbe às autoridades competentes,
ras do País; em conformidade com o direito aplicável.
3992 DIÁRIO DA REPÚBLICA
1. Compete aos Ministros do Interior e das Finanças deter- 1 . Os responsáveis das autoridades competentes reúnem-
minar de comum acordo as instalações e os recursos neces- -se sempre que as necessidades operacionais o aconselham e,
sários ao pleno desenvolvimento da cooperação institucional em qualquer caso, pelo menos seis vezes por ano, com as
consagrada no presente diploma. seguintes finalidades:
2. As autoridades competentes enunciadas no artigo 3.º a) proceder à avaliação da cooperação entre os seus
devem conceder-se, mutuamente, todas as facilidades para a serviços;
realização dos objectivos da cooperação institucional entre b) proceder ao intercâmbio de dados estatísticos res-
elas, em conformidade com o direito aplicável, no que res- peitantes às diversas formas de criminalidade;
peita à utilização de meios de comunicação, garantindo a sua c) propor e determinar modalidades de intervenção
compatibilidade, bem como o acesso em linha e de forma segura conjunta;
aos sistemas de informação por parte de todas as autoridades d) elaborar em conjunto planos de investigação e pro-
competentes. gramas de trabalho das suas unidades operacio-
nais;
ARTIGO 8.º e) programar exercícios comuns de controlo frontei-
(Intercâmbio da informação)
riço;
f) acordar sobre as necessidades de cooperação em
Sempre que necessário, os agentes e funcionários das auto-
função de acontecimentos previstos ou da evolu-
ridades competentes podem trabalhar em equipa e proceder, ção das diversas formas de criminalidade.
no respeito pela legislação aplicável, ao intercâmbio da
informação que recolhem. 2. No final de cada reunião, procede-se à elaboração de
uma acta que deve ser assinada por todos os presentes.
ARTIGO 9.º
(Missões e acções a desempenhar)
ARTIGO 11.º
(Funções dos agentes e funcionários)
No âmbito da cooperação directa, incumbe às autoridades
competentes desempenhar conjuntamente, em especial, as Os agentes e funcionários mencionados nos artigos ante-
seguintes missões e acções: riores devem trabalhar em contacto com os seus serviços de
proveniência e devem conhecer os processos a seu cargo ou
a) coordenar as suas acções conjuntas terrestres e marí- que possam ser relevantes em matéria de cooperação institu-
timas para prevenir e reprimir qualquer tipo de cional regulada no presente diploma.
criminalidade com expressão fronteiriça ou trans-
fronteiriça; ARTIGO 12.º
(Regime aplicável a agentes e funcionários)
b) recolher e trocar informações em matéria policial,
migratória e aduaneira, nomeadamente, para efei-
tos de análise de risco respeitante a todas as formas 1. Os agentes e funcionários em missão de cooperação
de criminalidade fronteiriça e transfronteiriça, segu- institucional, em conformidade com as disposições do pre-
rança, ordem pública e prevenção da criminali- sente diploma, dependem dos respectivos superiores hierár-
dade; quicos, devendo respeitar o estatuto orgânico e o regulamento
c) trocar entre si os organigramas, estatísticas e outros de funcionamento do serviço a que estão vinculados.
dados necessários a uma comunicação rápida e
fluida entre as respectivas unidades operacionais; 2. Cada autoridade é competente para manter a disciplina
d) elaborar um código simplificado para designar os e exercer o poder disciplinar sobre os agentes e funcionários
ao seu serviço.
locais de prática e a natureza das infracções;
ARTIGO 13.º
e) trocar entre si as suas publicações de natureza pro-
(Comissão de coordenação)
fissional e organizar uma colaboração recíproca
regular com vista à respectiva redacção; l. É constituída uma Comissão de Coordenação respon-
f) convidar os agentes e funcionários das outras auto- sável pela efectivação da cooperação institucional prevista
ridades competentes para participar nos seus semi- no presente diploma legal, coordenada por um representante
nários de natureza profissional, bem como do Ministério do Interior e outro do Serviço Nacional das
noutras modalidades de formação contínua. Alfândegas em representação do Ministério das Finanças, e
I SÉRIE — N.º 160 — DE 22 DE AGOSTO DE 2011 3993
integrada pelas entidades previstas no artigo 3.º do presente neste momento reunidas as condições técnicas e operacio-
diploma legal. nais para o início de produção comercial do Campo PazFlor;
2. Sempre que a especificidade dos assuntos a tratar o jus- Considerando que nos termos do artigo 69.º n.º 1 da Lei
tifique, podem participar nos trabalhos da Comissão outras das Actividades Petrolíferas, a Concessionária Nacional
entidades, com estatuto de observadores. solicitou a este Ministério a autorização para a antecipação do
início de exploração comercial do referido campo;
3. Os coordenadores da Comissão devem apresentar o seu
programa de trabalho aos Ministros do Interior e das Finan-
Em conformidade com os poderes delegados do Presi-
ças.
dente da República, nos termos do artigo 137.º da Constitui-
ção da República de Angola e de acordo com o n.º 1 e 2 do
4. Os coordenadores da Comissão devem prestar, trimes-
tralmente, informações aos Ministros do Interior e das artigo 69.º da Lei n.º 10/04, de 12 de Novembro, determino:
Finanças sobre o andamento dos trabalhos da Comissão, ou,
sempre que solicitado para o efeito. 1.º — É autorizada a antecipação do início da produção
do campo PazFlor para 20 de Agosto de 2011.
ARTIGO 14.º
(Revogação)
2.º — O presente decreto executivo entra em vigor na
data da sua publicação.
É revogada a legislação que contrarie o disposto no pre-
sente diploma.
Publique-se.
ARTIGO 15.º
(Dúvidas e omissões) Luanda, aos 12 de Agosto de 2011.
As dúvidas e as omissões que suscitarem da interpreta- O Ministro, José Maria Botelho de Vasconcelos.
ção e aplicação do presente diploma são resolvidas por des-
pacho conjunto dos Ministros do Interior e das Finanças.
ARTIGO 16.º
(Entrada em vigor)
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL
O presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua publi- ———
cação.
Despacho n.º 560/11
Publique-se. de 22 de Agosto
Luanda, aos 22 de Agosto de 2011. No uso dos poderes delegados que me foram conferidos
pelo Titular do Poder Executivo, nos termos do artigo 137.º
O Ministro do Interior, Sebastião José António Martins.
da Constituição da República e do Despacho Presidencial
O Ministro das Finanças, Carlos Alberto Lopes. n.° 37/10, de 26 de Agosto, que atribui ao Ministro da Defesa
Nacional a Coordenação da Comissão Interministerial para a
Delimitação e Demarcação dos Espaços Marítimos de Angola
(CIDDEMA), determino: