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Despacho n.º 574/11: Atendendo que, na efectivação da liberdade de circula-


Nomeia Pascoal Venâncio António, para exercer em comissão de serviço ção de pessoas e bens, o Estado tem que acautelar a protec-
a função de motorista.
ção da segurança do País e dos seus nacionais;
Ministério das Telecomunicações
e Tecnológias de Informação Considerando que a cooperação institucional a desenvol-
ver nas zonas fronteiriças entre os serviços competentes dos
Despacho n.º 575/11: Ministérios do Interior e das Finanças visa prevenir, comba-
Exonera Vangíliya Yotana Ribeiro Filipe Pereira, das funções de con-
ter e reprimir a imigração ilegal, as piores formas de trabalho
sultora do gabinete.
infantil e o comércio não autorizado de mercadorias proibi-
Despacho n.º 576/11: das ou sujeitas à restrições;
Nomeia Vangíliya Yotana Ribeiro Filipe Pereira, consultora do Gabi-
nete do Vice-Ministro.
Prevendo-se como muito positiva a experiência da coope-
Ministério dos Antigos Combatentes ração institucional dos serviços incumbidos de missões poli-
e Veteranos da Pátria ciais, migratórias e aduaneiras nas zonas fronteiriças do País
Despacho n.º 577/11 e o seu contributo para o reforço da segurança do País e das
Nomeia Katuzeco Hermenegildo dos Santos Kiame, Frederico David suas populações;
Bravo da Costa, Leidy Creusa da Silva Santos Cussomba, Gabriel
José Graça, Joseph João Manuel Malungo, Eugénia da Silva dos
Santos, Hermínia Paula João, Paula da Silva Rufino, Engrácia M.
Sendo, por isso, imperioso que se definam normas que
André Lombo, Brandão António Garcia, Cossete Marina Ferro regulem a referida cooperação institucional, designadamente
Romão, Nelson Hélder Dambi, Ernesto Joaquim Guerra, Rosa Dala no que diz respeito ao exercício das atribuições e das com-
Jimbo, Cardoso Zua Quissanga, Luzia Mateus de Sousa e Goreth
Ndesipanda S. Himulova, para as respectivas vagas. petências legais das diversas entidades que integram aqueles
serviços, de modo a garantir que a sua actuação prática se
revele concretamente coordenada e eficaz;

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Em conformidade com os poderes delegados pelo Presi-


–––– dente da República, nos termos do artigo 137.º da Constituição
Despacho Presidencial n.º 66/11 da República de Angola e de acordo com o artigo 2.º do
de 22 de Agosto Decreto Presidencial n.º 6/10, de 24 de Fevereiro, determina-se:

Por conveniência de serviço; ARTIGO 1.º


(Objecto)
O Presidente da República determina nos termos da alí-
nea d) do artigo 120.º e do n.º 5 do artigo 125.º, ambos da O presente diploma estabelece o regime jurídico da coope-
Constituição da República de Angola conjugados com o ração institucional dos diversos serviços incumbidos de mis-
n.º 3 do artigo 6.º do Decreto Presidencial n.º 218, de 8 de sões policiais, migratórias e aduaneiras nas zonas fronteiriças
Agosto, o seguinte: do País.

Nomeio Leonel Pinto da Cruz, para o cargo de Director ARTIGO 2.º


(Formas de cooperação institucional)
Geral do Gabinete de Obras Especiais.

Publique-se. l. Os Ministérios do Interior e das Finanças prosseguem


as finalidades ínsitas à cooperação institucional a que se
Luanda, aos 15 de Agosto de 2011.
refere o artigo anterior, mediante a cooperação directa entre
O Presidente da República JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS as autoridades competentes enunciadas no artigo 3.º

2. Sem prejuízo do disposto no n.º 1, os Ministérios do


Interior e das Finanças podem definir outras formas de coope-
MINISTÉRIOS DO INTERIOR E DAS FINANÇAS ração institucional adequadas à prossecução das finalidades
–––– referidas no artigo 5.º, nomeadamente, o estabelecimento de
centros de cooperação policial e aduaneira e o intercâmbio
Decreto executivo conjunto n.º 125/11 de agentes e funcionários.
de 22 de Agosto
ARTIGO 3.º
Tornando-se necessário reforçar e ampliar a coordenação (Autoridades competentes)
dos serviços incumbidos de missões policiais, migratórias e
aduaneiras a desenvolver nas zonas fronteiriças da República Para efeitos do presente diploma, as autoridades compe-
de Angola; tentes são as seguintes:
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a) o Comando Nacional da Polícia Fiscal; g) definir mecanismos que garantam a segurança dos
b) o Comando Nacional da Polícia da Guarda Fron- «passes de travessia», de modo a evitar a sua uti-
teiras; lização múltipla e/ou indevida;
c) o Serviço de Migração e Estrangeiros; h) definir medidas que permitam concretizar a veda-
d) a Direcção Nacional de Investigação Criminal; ção da fronteira;
e) a Direcção Nacional de Inspecção e Investigação i) definir medidas que garantam a rotação dos efecti-
das Actividades Económicas; vos das autoridades competentes em serviço nas
f) o Serviço Nacional das Alfândegas e os serviços que zonas fronteiriças;
dele dependem hierárquica e verticalmente, j) adoptar medidas que garantam a travessia das zonas
designadamente as Direcções Regionais das Alfân- fronteiriças por pessoas e bens pelos locais apro-
degas, as Delegações Aduaneiras e os Postos priados.
Aduaneiros;
g) Qualquer outra autoridade competente que venha a ARTIGO 6.º
(Âmbito de actividades)
ser designada pelos Ministros do Interior e das
Finanças.
l. As autoridades competentes enunciadas no artigo 3.º pros-
ARTIGO 4.º seguem as seguintes actividades:
(Cooperação dos Governadores Provinciais)
a) o exercício das suas atribuições e competências
Os Ministros do Interior e das Finanças podem solicitar, legais, com a extensão, a medida e os limites
por si ou através das autoridades competentes enunciadas no definidos nos respectivos estatutos orgânicos;
artigo 3.º, sempre que necessário, a colaboração institucio- b) a recolha e intercâmbio de informações pertinentes
nal dos Governadores Provinciais com jurisdição sobre as para o controlo do movimento de pessoas e mer-
zonas fronteiriças para garantir o adequado desenvolvimento e cadorias nas zonas fronteiriças e para a preven-
implementação das medidas de cooperação institucional pre- ção e repressão da criminalidade, no respeito do
vistas no presente diploma e a consecução das corresponden- direito aplicável em matéria de protecção de
tes finalidades. dados;
c) a prevenção e repressão da criminalidade nas zonas
ARTIGO 5.º
(Finalidades)
fronteiriças, e, em particular, as que se relacio-
nem com o terrorismo, a imigração ilegal, o tráfico
l. A cooperação institucional entre as autoridades compe- de seres humanos, de estupefacientes, substân-
tentes enunciadas no artigo 3.º visa, entre outras, as seguin- cias psicotrópicas, precursores e outros produtos
tes finalidades: químicos essenciais para a obtenção de droga, de
armas e explosivos e a importação, exportação
a) prevenir e reprimir a prática de crimes nas zonas e reexportação ilegais de metais e pedras pre-
fronteiriças; ciosas, moeda e títulos de crédito;
b) prevenir, combater e reprimir a prática de comércio d) a análise de risco da criminalidade fronteiriça e
internacional não autorizado e de tráfico ilícito transfronteiriça;
de estupefacientes, substâncias psicotrópicas, e) a execução dos acordos, convenções e tratados
precursores e outros produtos químicos essen- internacionais regularmente aprovados pela
ciais para a obtenção de droga, armas, objectos República de Angola e de que sejam parte os
de arte, antiguidades e outras mercadorias proi- Países limítrofes;
bidas ou sujeitas a restrições; f) o apoio à vigilância e perseguição realizadas em
c) prevenir e reprimir a importação, exportação e reex- conformidade com as disposições dos acordos,
portação ilegais de metais e pedras preciosas, convenções e tratados referidos na alínea e);
moeda e títulos de crédito; g) a coordenação, com autoridades dos países limítro-
d) prevenir, combater e reprimir a imigração ilegal e o fes, de medidas conjuntas de patrulhamento na
tráfico de pessoas; zona fronteiriça.
e) combater as piores formas de trabalho infantil;
f) identificar e controlar de forma rápida, correcta e 2. A tomada de decisões respeitantes às matérias previs-
adequada, as pessoas que atravessam as frontei- tas no número anterior incumbe às autoridades competentes,
ras do País; em conformidade com o direito aplicável.
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ARTIGO 7.º ARTIGO 10.º


(Instalações e meios de comunicação) (Reuniões)

1. Compete aos Ministros do Interior e das Finanças deter- 1 . Os responsáveis das autoridades competentes reúnem-
minar de comum acordo as instalações e os recursos neces- -se sempre que as necessidades operacionais o aconselham e,
sários ao pleno desenvolvimento da cooperação institucional em qualquer caso, pelo menos seis vezes por ano, com as
consagrada no presente diploma. seguintes finalidades:

2. As autoridades competentes enunciadas no artigo 3.º a) proceder à avaliação da cooperação entre os seus
devem conceder-se, mutuamente, todas as facilidades para a serviços;
realização dos objectivos da cooperação institucional entre b) proceder ao intercâmbio de dados estatísticos res-
elas, em conformidade com o direito aplicável, no que res- peitantes às diversas formas de criminalidade;
peita à utilização de meios de comunicação, garantindo a sua c) propor e determinar modalidades de intervenção
compatibilidade, bem como o acesso em linha e de forma segura conjunta;
aos sistemas de informação por parte de todas as autoridades d) elaborar em conjunto planos de investigação e pro-
competentes. gramas de trabalho das suas unidades operacio-
nais;
ARTIGO 8.º e) programar exercícios comuns de controlo frontei-
(Intercâmbio da informação)
riço;
f) acordar sobre as necessidades de cooperação em
Sempre que necessário, os agentes e funcionários das auto-
função de acontecimentos previstos ou da evolu-
ridades competentes podem trabalhar em equipa e proceder, ção das diversas formas de criminalidade.
no respeito pela legislação aplicável, ao intercâmbio da
informação que recolhem. 2. No final de cada reunião, procede-se à elaboração de
uma acta que deve ser assinada por todos os presentes.
ARTIGO 9.º
(Missões e acções a desempenhar)
ARTIGO 11.º
(Funções dos agentes e funcionários)
No âmbito da cooperação directa, incumbe às autoridades
competentes desempenhar conjuntamente, em especial, as Os agentes e funcionários mencionados nos artigos ante-
seguintes missões e acções: riores devem trabalhar em contacto com os seus serviços de
proveniência e devem conhecer os processos a seu cargo ou
a) coordenar as suas acções conjuntas terrestres e marí- que possam ser relevantes em matéria de cooperação institu-
timas para prevenir e reprimir qualquer tipo de cional regulada no presente diploma.
criminalidade com expressão fronteiriça ou trans-
fronteiriça; ARTIGO 12.º
(Regime aplicável a agentes e funcionários)
b) recolher e trocar informações em matéria policial,
migratória e aduaneira, nomeadamente, para efei-
tos de análise de risco respeitante a todas as formas 1. Os agentes e funcionários em missão de cooperação
de criminalidade fronteiriça e transfronteiriça, segu- institucional, em conformidade com as disposições do pre-
rança, ordem pública e prevenção da criminali- sente diploma, dependem dos respectivos superiores hierár-
dade; quicos, devendo respeitar o estatuto orgânico e o regulamento
c) trocar entre si os organigramas, estatísticas e outros de funcionamento do serviço a que estão vinculados.
dados necessários a uma comunicação rápida e
fluida entre as respectivas unidades operacionais; 2. Cada autoridade é competente para manter a disciplina
d) elaborar um código simplificado para designar os e exercer o poder disciplinar sobre os agentes e funcionários
ao seu serviço.
locais de prática e a natureza das infracções;
ARTIGO 13.º
e) trocar entre si as suas publicações de natureza pro-
(Comissão de coordenação)
fissional e organizar uma colaboração recíproca
regular com vista à respectiva redacção; l. É constituída uma Comissão de Coordenação respon-
f) convidar os agentes e funcionários das outras auto- sável pela efectivação da cooperação institucional prevista
ridades competentes para participar nos seus semi- no presente diploma legal, coordenada por um representante
nários de natureza profissional, bem como do Ministério do Interior e outro do Serviço Nacional das
noutras modalidades de formação contínua. Alfândegas em representação do Ministério das Finanças, e
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integrada pelas entidades previstas no artigo 3.º do presente neste momento reunidas as condições técnicas e operacio-
diploma legal. nais para o início de produção comercial do Campo PazFlor;

2. Sempre que a especificidade dos assuntos a tratar o jus- Considerando que nos termos do artigo 69.º n.º 1 da Lei
tifique, podem participar nos trabalhos da Comissão outras das Actividades Petrolíferas, a Concessionária Nacional
entidades, com estatuto de observadores. solicitou a este Ministério a autorização para a antecipação do
início de exploração comercial do referido campo;
3. Os coordenadores da Comissão devem apresentar o seu
programa de trabalho aos Ministros do Interior e das Finan-
Em conformidade com os poderes delegados do Presi-
ças.
dente da República, nos termos do artigo 137.º da Constitui-
ção da República de Angola e de acordo com o n.º 1 e 2 do
4. Os coordenadores da Comissão devem prestar, trimes-
tralmente, informações aos Ministros do Interior e das artigo 69.º da Lei n.º 10/04, de 12 de Novembro, determino:
Finanças sobre o andamento dos trabalhos da Comissão, ou,
sempre que solicitado para o efeito. 1.º — É autorizada a antecipação do início da produção
do campo PazFlor para 20 de Agosto de 2011.
ARTIGO 14.º
(Revogação)
2.º — O presente decreto executivo entra em vigor na
data da sua publicação.
É revogada a legislação que contrarie o disposto no pre-
sente diploma.
Publique-se.
ARTIGO 15.º
(Dúvidas e omissões) Luanda, aos 12 de Agosto de 2011.

As dúvidas e as omissões que suscitarem da interpreta- O Ministro, José Maria Botelho de Vasconcelos.
ção e aplicação do presente diploma são resolvidas por des-
pacho conjunto dos Ministros do Interior e das Finanças.

ARTIGO 16.º
(Entrada em vigor)
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL
O presente diploma entra em vigor 30 dias após a sua publi- ———
cação.
Despacho n.º 560/11
Publique-se. de 22 de Agosto

Luanda, aos 22 de Agosto de 2011. No uso dos poderes delegados que me foram conferidos
pelo Titular do Poder Executivo, nos termos do artigo 137.º
O Ministro do Interior, Sebastião José António Martins.
da Constituição da República e do Despacho Presidencial
O Ministro das Finanças, Carlos Alberto Lopes. n.° 37/10, de 26 de Agosto, que atribui ao Ministro da Defesa
Nacional a Coordenação da Comissão Interministerial para a
Delimitação e Demarcação dos Espaços Marítimos de Angola
(CIDDEMA), determino:

MINISTÉRIO DOS PETRÓLEOS Por conveniência de serviço público;


———
l. É dada por finda as actividades que João Francisco
Decreto executivo n.º 126/11
Cristóvão desenvolvia ao abrigo do Despacho n.° 82/10, de
de 22 de Agosto 4 de Outubro, do Ministro da Defesa Nacional, nomeada-
mente as de ponto focal da Comissão Interministerial para a
Considerando que o Grupo Empreiteiro do Bloco 17 exe- Delimitação e Demarcação dos Espaços Marítimos de Angola
cutou com sucesso o seu plano de desenvolvimento, estando (CIDDEMA).

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