Quarta feira, 03 de Maio de 2017 Número 54

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUMÁRIO
O PRESIDENTE
Decretos Presidencial n.os 13 e 14/2017.

ASSEMBLEIA NACIONAL

Resolução n.º 70/X/2017

Assentimento para o Presidente da República
ausentar-se do Territorio Nacional.

Decreto n.º10/2017
Aprova o Estatuto do Pessoal não
Diplomático.
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O PRESIDENTE Extraordinária e Plenipotenciária da República

Democrática de São Tomé e Príncipe na República
Decreto Presidencial n.o 13/2017 de Guiné Equatorial.

Tornando-se necessário proceder à nomeação do Artigo 2.º

Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Entrada em Vigor
República Democrática de São Tomé e Príncipe na
República de Angola; O presente Decreto Presidencial entra
mediatamente em vigor.
Nestes termos, no uso das competências que me
são conferidas pela alínea d), do artigo 82.º e pelo Publique-se.
artigo 84.º, ambos da Constituição da República,
decreto o seguinte: Feito em São Tomé, 28 de Abril de 2017.-
Presidente da República, Evaristo do Espírito Santo
Artigo 1.º Carvalho.
Nomeação

É nomeado o Senhor Carlos Gustavo dos Anjos, ASSEMBLEIA NACIONAL

para em Comissão de Serviço, exercer as funções de
Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Resolução n.º 70/X/2017
República Democrática de São Tomé e Príncipe na
República de Angola. Assentimento para o Presidente da República
ausentar-se do Território Nacional
Artigo 2.º
Entrada em Vigor Preâmbulo

O presente Decreto Presidencial entra Tendo em conta o pedido de assentimento

mediatamente em vigor. formulado por Sua Excelência o Presidente da
República Democrática de São Tomé e Príncipe,
Publique-se. através da sua missiva datada de 26 de Abril do
corrente ano;
Feito em São Tomé, 28 de Abril de 2017.-
Presidente da República, Evaristo do Espírito Santo A Assembleia Nacional resolve, nos termos da
Carvalho. alínea b) do artigo 97.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.º
Decreto Presidencial n.o 14/2017 Assentimento

Tornando-se necessário proceder à nomeação do É dado assentimento, nos termos do n.º 1 do

Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da
República Democrática de São Tomé e Príncipe na
República de Guiné Equatorial;
Nestes termos, no uso das competências que me
são conferidas pela alínea d), do artigo 82.º e pelo
artigo 84.º, ambos da Constituição da República,
decreto o seguinte:
Artigo 1.º
Nomeação
É nomeada a Senhora Ângela dos Santos Ramos
José da Costa Pinheiro, para em Comissão de
serviço, exercer as funções de Embaixadora
artigo 85.º da Constituição, para que Sua Excelência
o Presidente da República possa se ausentar do
Território Nacional, em visita oficial, por um
período de 10 dias, a partir de 7 de Maio próximo,
com destino a República de Portugal, ao convite do
seu homologo português.
Artigo 2.º
Entrada em vigor
A presente Resolução entra imediatamente em
vigor.
Publique-se.-
N.º 54 – 03 de Maio de 2017 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA
Assembleia Nacional, em São Tomé, aos 28 de
Abril de 2017.- O Presidente da Assembleia
Nacional, José da Graça Diogo.
GOVERNO
Decreto n.º10/2017
Considerando que a Orgânica do Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades, aprovado
pelo Decreto n.º1/2015, publicado no D.R. n.º.4 de
19 de Janeiro, de prevê que o funcionamento dos
seus Serviços Centrais e Externos seja assegurado
por Funcionários do Quadro Diplomático e do
Quadro não Diplomático, designadamente, Técnico,
Administrativo, do Serviço do Protocolo e Auxiliar;
Considerando que o Estatuto da Carreira
Diplomática, aprovado pelo Decreto n.º20/2014 de
02 de Outubro, regulamenta apenas o exercício de
funções do Pessoal Diplomático;
Tornando-se por isso necessário enquadrar e
regulamentar o exercício de funções do Pessoal não
Diplomático do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades, tendo em conta as
especificidades deste Ministério;
Nestes termos,
No uso das competências conferidas ao Governo
nos termos da alínea c) do Artigo 111.º da
Constituição da República, o Governo decreta o
seguinte:
Artigo 1.º
Aprovação
É aprovado o Estatuto do Pessoal não
Diplomático do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades, anexo a este diploma,
de que faz parte integrante.
Artigo 2.º
Âmbito de aplicação do presente Estatuto
1. O Estatuto rege as relações de trabalho dos
profissionais referidos no artigo anterior,
independentemente da natureza jurídica de
vinculação.
2. É abrangido pelo Estatuto o Pessoal Técnico,
Administrativo, do Serviço Protocolar e Operário
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que, com carácter de permanência ou
temporariamente, exerça à data da sua entrada em
vigor, ou venha a exercer, funções nos Serviços
Centrais e Externos do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades.
3. O Pessoal não Diplomático a exercer funções
presentemente nos Serviços Centrais e Externos do
Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades será reenquadrado nas categorias
criadas pelo presente Estatuto, por Despacho do
Ministro dos Negócios e Comunidades.
4. O Pessoal não Diplomático do Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades beneficiará
de regalias e de um Quadro Especial de
Remuneração a ser aprovado por Despacho
conjunto do Ministro dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades e dos Ministros titulares das áreas das
Finanças e da Administração Pública.
Artigo 3.º
Norma revogatória
São revogadas todas as disposições legais que
contrariem o disposto no presente Decreto.
Artigo 4.º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor 90 dias após a
sua publicação.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em
São Tomé, 07 de Março de 2017.- Primeiro-
Ministro e Chefe do Governo, Dr. Patrice Emery
Trovoada; Ministro da Presidência do Conselho de
Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Dr. Afonso
da Graça Varela da Silva; Ministro dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades, Sr. Urbino José
Gonçalves Botelho; Ministro das Justiça,
Administração Publica e Direitos Humanos, Drª.
Ilza dos Santos Amado Vaz; Ministro das Finanças,
do Comercio e Economia Azul, Dr. Américo de
Oliveira dos Ramos.
Promulgado em 31 de Março de 2017.
Publique-se.
O Presidente da República, Evaristo do Espirito
Santo Carvalho.
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APENSO promoção das diferentes categorias do Pessoal não

Diplomático.
ESTATUTO DO PESSOAL NÃO
DIPLOMÁTICO DO MINISTÉRIO DOS 3. Os efectivos do Quadro do Pessoal não
NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E Diplomático do Ministério dos Negócios
COMUNIDADES Estrangeiros e Comunidades são definidos pela
Orgânica do Ministério de acordo com as
Capítulo I necessidades permanentes dos Serviços Centrais e
Disposições gerais Externos do Ministério.

Artigo 1.º 4. A nomeação do Pessoal não Diplomático para

Âmbito e Regime Aplicáveis o exercício de funções nos Serviços Centrais e
Externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
1. O presente Estatuto rege as relações de Comunidades é feita por Despacho por Ministro sob
trabalho do Pessoal não Diplomático, no âmbito dos proposta do Secretário-geral.
Serviços Centrais e Externos do Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades. Capítulo III
Carreiras e Categorias do Pessoal não
2. Integram a Carreira do Pessoal Não Diplomático
Diplomático:
Secção I
a) O Pessoal Técnico; Pessoal Técnico

b) O Pessoal Administrativo; Artigo 3.º

Carreiras
c) O Pessoal do Serviço do Protocolo;
1. Integram a Carreira do Pessoal Técnico as
d) O Pessoal Auxiliar. seguintes categorias profissionais:

3. O regime jurídico do Pessoal Não Diplomático a) Assessor;

referido no número anterior é definido pelas normas
constantes deste Estatuto e, subsidiariamente, do
Estatuto da Função Pública.
4. Em situações previstas no presente Estatuto
poderão ser aplicadas normas do direito privado
estrangeiro.
Capítulo II
Quadro de Pessoal
Artigo 2.º
1. Os Funcionários do Quadro do Pessoal não
Diplomático constituem um corpo específico do
Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades, sujeitos às mesmas regras de
ingresso e de promoção na carreira profissional,
independentemente das respectivas funções.
2. O Ministro dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades aprovará por Despacho, após a
entrada em vigor do presente Estatuto, o
Regulamento dos concursos de ingresso e de
b) Técnico Superior Principal;
c) Técnico Superior de 1ª classe;
d) Técnico Superior de 2ª classe;
e) Técnico Superior de 3ª classe.
2. O recrutamento do Pessoal Técnico faz-se
através da realização de concursos públicos para o
preenchimento das vagas de Técnico Superior de
3ªclasse, aos quais poderão candidatar-se todos os
cidadãos santomenses que possuam as condições
gerais indicadas no número seguinte.
3. Constituem condições gerais de admissão aos
concursos de admissão do Pessoal Técnico:
a) Ter nacionalidade santomense;
b) Ter a idade mínima prevista na lei para o
desempenho de funções na Administração
Pública;
N.º 54 – 03 de Maio de 2017 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA
c) Ter no mínimo uma licenciatura;
d) Ter domínio escrito e falado do português,
do francês ou do inglês;
e) Não ter antecedentes criminais.
4. Os requisitos especiais constarão do aviso de
abertura do concurso.
5. A promoção do Pessoal Técnico é feita da
seguinte forma:
a) Até a categoria de Técnico Superior de 1ª
classe, a promoção é feita progressivamente
após 5 anos na categoria anterior e
classificação de serviço não inferior a Bom;
b) Para a categoria de Assessor poderão
concorrer os Técnicos Superiores de
1ªclasse que possuam um mínimo de 5 anos
nesta categoria e classificação de serviço
não inferior a muito bom.
Artigo 4.º
Funções do Pessoal Técnico
1. Ao Pessoal Técnico são acometidas funções de
concepção e de execução técnica, que exigem um
elevado grau de participação, responsabilidade,
iniciativa e autonomia.
2. Sem prejuízo de outras atribuições, ao Pessoal
Técnico compete de forma concreta:
a) Pesquisar e desenvolver estudos nas áreas
de atribuição do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades;
b) Elaborar pareceres e informação de serviço
sobre matérias de interesse para o
Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades;
c) Apoiar tecnicamente, as diferentes
Direcções, Serviços e Gabinetes no
Ministério na implementação das suas
actividades estatutárias;
d) Prestar serviços técnicos diversos,
designadamente na área de tradução e
interpretação, documentação e arquivo,
direito e outras dentro das atribuições
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estatutárias do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades.
3. O Pessoal Técnico será integrado nos
diferentes Serviços e Gabinetes do Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades para o
exercício das funções indicadas nos números
anteriores.
4. Os Assessores, e os Técnicos Superiores
principal e de 1ª classe, poderão exercer funções de
chefia máxima ou intermédia nas Direcções,
Serviços e Gabinetes do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades definidos na Lei
Orgânica do Ministério.
Secção II
Pessoal Administrativo
Artigo 5.º
Categorias
1. Integram a carreira do Pessoal Administrativo
as seguintes categorias profissionais:
a) Assistente Administrativo Principal;
b) Assistente Administrativo de 1ª Classe;
c) Assistente Administrativo de 2ª Classe;
d) Assistente Administrativo de 3ª Classe;
e) Auxiliar Administrativo.
1. O recrutamento do Pessoal Administrativo é
feito através de concursos de ingresso para a
categoria de Auxiliar Administrativo a que poderão
concorrer todos os cidadãos santomenses que
possuam as condições gerais previstas no número
seguinte.
2. Constituem requisitos essenciais de admissão
aos concursos para o preenchimento das vagas de
Auxiliar Administrativo:
a) Ter nacionalidade santomense;
b) Ter a idade mínima prevista na lei para o
desempenho de funções na administração
pública;
c) Ter no mínimo a 11.ª classe de
escolaridade;
770 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA
d) Ter um bom domínio escrito e falado do
português e conhecimento razoável do
francês ou inglês;
e) Não ter antecedentes criminais.
3. Os requisitos especiais constarão do aviso de
abertura do concurso.
4. A promoção do Pessoal Administrativo é feita
da seguinte forma:
a) Para a categoria de Assistente
Administrativo de 3ª classe, poderão
concorrer os Auxiliares Administrativos que
tenham completado 3 anos nesta categoria,
possuam uma formação ao nível de
bacharelato e classificação de serviço não
inferior a Bom;
b) Da categoria de Assistente Administrativo
de 3ª classe à de Oficial Administrativo de
1ª classe, a promoção é feita
progressivamente, após 5 anos na respectiva
categoria e classificação de serviço não
inferior a Bom;
c) Para a categoria de Assistente
Administrativo Principal poderão concorrer
os Oficiais Administrativos de 1ªclasse que
possuam um mínimo de 5 anos nesta
categoria, uma licenciatura e classificação
de serviço não inferior a Muito Bom.
Artigo 6.º
Funções do Pessoal Administrativo
1. Ao Pessoal Administrativo compete
desenvolver na Direcção Administrativa e
Financeira, tarefas de natureza executiva
enquadrada em instruções gerais e procedimentos
bem definidos, com certo grau de complexidade,
relativas a uma ou mais áreas de actividade
administrativa, contabilidade, recursos humanos,
economato e património.
2. O Pessoal Administrativo na categoria de
Assistente Administrativo Principal e de Oficial
Administrativo de 1ª classe, poderá exercer funções
de chefia máxima e intermédia na Direcção
Administrativa e Financeira e nas Secções
Administrativas e Financeiras das Embaixadas e
Missões Diplomáticas.
N.º 54 – 03 de Maio de 2017
3. O exercício de funções nas Secções
Administrativas e Financeiras das Embaixadas e
Missões Diplomáticas de São Tomé e Príncipe será
preferencialmente reservado ao Pessoal
Administrativo do Quadro dos Funcionários não
Diplomáticos do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades.
Secção III
Pessoal do Serviço do Protocolo
Artigo 7.º
Categorias
1. Integram a carreira do Pessoal do Serviço do
Protocolo as seguintes categorias profissionais:
a) Agente de Protocolo Principal;
b) Agente de Protocolo de 1ª classe;
c) Agente de Protocolo de 2ª classe;
d) Agente de Protocolo de 3ªclasse;
e) Auxiliar de Protocolo.
2. O recrutamento do Pessoal do Serviço do
Protocolo faz-se através da realização de concursos
públicos para o preenchimento das vagas de
Auxiliar de Protocolo, aos quais poderão
candidatar-se todos os cidadãos santomenses que
possuam as condições gerais indicadas no número
seguinte.
3. Constituem condições gerais de admissão aos
concursos de admissão do Pessoal do Serviço de
Protocolo:
a) Ter nacionalidade santomense;
b) Ter a idade mínima prevista na lei para o
desempenho de funções na administração
pública;
c) Ter no mínimo 12º ano de escolaridade;
d) Ter bom domínio escrito e falado do
português, e um conhecimento aceitável do
francês e ou do inglês;
e) Não ter antecedentes criminais.
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4. Os requisitos especiais constarão do aviso de Secção IV

abertura do concurso. Pessoal Auxiliar

5. A promoção do Pessoal do Serviço de Artigo 9.º

Protocolo far-se-á da seguinte forma: Categorias

a) Para a categoria de Agente de Protocolo de 1. Integram a carreira de Pessoal Auxiliar as

3ª classe, poderão concorrer os Auxiliares seguintes categorias profissionais:
de Protocolo que tenham completado 3 anos
nesta categoria, possuam no mínimo o 12º a) Recepcionista;
ano de escolaridade e classificação de
serviço não inferior a Bom; b) Porteiro;

b) Da categoria de Agente de Protocolo de 3ª c) Motorista de 1ªclasse;

classe à de Agente de Protocolo de 1ª
classe, a promoção é feita
progressivamente, após 5 anos na respectiva
categoria e classificação de serviço não
inferior a Bom;
c) Para a categoria de Agente de Protocolo
Principal, poderão concorrer os Agentes de
Protocolo de 1ª classe que possuam um
mínimo de 5 anos nesta categoria, tenham
concluído uma formação ao nível de
bacharelato e tenham uma classificação de
serviço não inferior a Muito Bom.
d) Motorista;
e) Encarregado de Limpeza;
f) Jardineiro.
2. O recrutamento do Pessoal Auxiliar realiza-se
através da realização de concursos públicos para o
preenchimento das vagas existentes, aos quais
poderão candidatar-se todos os cidadãos
santomenses que possuam as condições gerais
indicadas no número seguinte.

Artigo 8.º 3. Constituem condições gerais de admissão aos

Funções do Pessoal do Serviço do Protocolo concursos de admissão do Pessoal Auxiliar:

1. Ao Pessoal do Serviço do Protocolo cabe a) Ter nacionalidade santomense;

desenvolver na Direcção do Protocolo de Estado,
nos Serviços de Protocolo junto aos Órgãos de
Soberania e nas Secções de Protocolo das
Embaixadas e Missões Diplomáticas, funções
operacionais no âmbito protocolar e cerimonial;
2. O Pessoal do Serviço de Protocolo nas
categorias de Agente de Protocolo Principal e
Agente de Protocolo de 1ª classe, poderá exercer
funções de chefia intermédia nos Serviços referidos
no número anterior.
3. O exercício de funções de protocolo nas
Embaixadas e Missões Diplomáticas de São Tomé e
Príncipe será preferencialmente reservado ao
Pessoal do Serviço do Protocolo.
b) Ter a idade mínima prevista na lei para o
desempenho de funções na administração
pública;
c) Ter no mínimo 9º ano de escolaridade;
d) Ter um domínio aceitável, escrito e falado
do português, e alguns conhecimentos do
francês ou do inglês;
e) Não ter antecedentes criminais.
4. Os requisitos especiais constarão do aviso de
abertura do concurso.
5. Não há lugares de promoção na categoria de
Pessoal Auxiliar, à excepção da categoria dos
Motoristas.
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6. Os Motoristas transitam para a categoria de
Motorista de 1ª classe, após 7 anos nesta categoria e
classificação de serviço não inferior a Bom.
Capítulo IV
Direitos, Deveres e Garantias
Artigo 10.º
Direitos Gerais e Garantias
1. São direitos gerais do Pessoal não
Diplomático:
a) Receber pontualmente, e pela forma
adequada, as remunerações e suplementos
devidos;
b) Progredir e ser promovido ou mudar de
carreira, nos termos do presente Estatuto;
c) Gozar férias de acordo com a legislação em
vigor;
d) Apresentar petições, reclamações e queixas
e interpor recursos das decisões que julgue
lesivas dos seus interesses;
e) Receber resposta escrita, nos prazos legais,
às petições, reclamações e queixas referidas
na alínea anterior.
2. São garantias do Pessoal não Diplomático:
a) Exercer livremente os seus direitos;
b) Não lhe ser diminuída a retribuição, directa
ou indirectamente, salvo nos casos
expressamente previstos na lei ou neste
estatuto;
c) Não baixar de categoria profissional, salvo
nos casos previstos na lei.
Artigo 11.º
Deveres do pessoal não diplomático
São deveres gerais do Pessoal não Diplomático:
a) Dever de isenção, que consiste em não
retirar vantagens directas ou indirectas,
pecuniárias ou outras, das funções que
exerce, actuando com independência em
relação aos interesses e pressões
particulares de qualquer índole;
N.º 54 – 03 de Maio de 2017
b) Dever de zelo, que consiste em conhecer as
normas legais regulamentares e as
instruções dos seus superiores hierárquicos,
bem como possuir e aperfeiçoar os seus
conhecimentos técnicos e métodos de
trabalho, de modo a exercer as suas funções
com eficiência e correcção;
c) Dever de obediência, que consiste em acatar
e cumprir as ordens dos seus superiores
hierárquicos, dadas em objecto de serviço e
com a forma legal;
d) Dever de lealdade, que consiste em
desempenhar as suas funções em
subordinação aos objectivos do serviço e na
perspectiva da prossecução do interesse
público;
e) Dever de sigilo, que consiste em guardar
segredo profissional relativamente aos
factos de que tenha conhecimento em
virtude do exercício das suas funções e que
não se destinem a ser do domínio público;
f) Dever de correcção, que consiste em tratar
com respeito quer os superiores
hierárquicos, quer os colegas, quer o
público em geral;
g) Dever de assiduidade, que consiste em
comparecer regular e continuamente ao
serviço;
h) Dever de pontualidade, que consiste em
comparecer ao serviço dentro das horas que
estiverem designadas.
Capítulo V
Mobilidade do Pessoal não Diplomático
Secção I
Colocação nos Serviços Externos
Artigo 12.º
Exercício de Funções
1. Os Funcionários do Quadro não Diplomático
do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades podem ser colocados, por
conveniência de serviço, para o exercício de
funções técnicas, administrativas, protocolares e de
apoio nas Missões diplomáticas e consulares de São
Tomé e Príncipe.
N.º 54 – 03 de Maio de 2017 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA
2. A colocação referida no número anterior é feita
por Despacho do Ministro dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades sob proposta do
Secretário-geral.
Artigo 13.º
Critérios de colocação nos Serviços Externos
Na colocação do Pessoal não Diplomático nos
Serviços Externos do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades, ter-se-á em
consideração os seguintes aspectos:
a) Necessidade de serviço;
b) O perfil do Funcionário e a sua
classificação de serviço;
c) O equilíbrio e equidade, para que a todos
seja dada igual oportunidade;
d) Conhecimentos técnicos e linguísticos.
Artigo 14.º
Permanência no exterior
1. O tempo mínimo e máximo de afectação de
Funcionários não diplomáticos nos Serviços
Externos é de três anos e de quatro anos,
respectivamente.
2. Em casos excepcionais, pode o Ministro dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades por
despacho, ouvido o Conselho Consultivo, prorrogar
por período não superior à um ano o prazo máximo
fixado no número anterior.
3. O tempo mínimo previsto no nº1 deste artigo
pode ser reduzido por motivo disciplinar grave ou
outro motivo comprovadamente relevante ou a
pedido expresso do Funcionário.
Secção II
Regresso aos Serviços Centrais
Artigo 15.º
Pré-Aviso
1. A transferência do Funcionário não
Diplomático para os Serviços Centrais, ser-lhe-á
comunicada no prazo mínimo de seis meses antes
da data em que a mesma se efectuará e deverá ter
lugar em período que provoque menor
inconveniência ao Funcionário.
773
2. O disposto no número anterior não prejudica
os casos em que existe acordo em contrário nem as
situações que pela sua natureza exijam transferência
imediata.
Artigo 16.º
Prerrogativas
1. Quando transferidos para os Serviços Externos
o Funcionário não diplomático tem direito a:
a) Manter o seu salário de base correspondente
à sua categoria no âmbito do quadro
privativo;
b) Despesas com a sua transferência para o
posto;
c) Subsídio de custo de vida de acordo com a
tabela em vigor no País de afectação;
d) Subsídio para a educação para os filhos
menores quando com eles resida no País de
afectação;
e) Subsídio para instalação equivalente à 2
meses do subsídio de custo de vida em uso
no País de afectação;
f) Ajuda de custo em caso deslocação em
serviço;
g) Subsídio para alojamento equivalente à
40% do respectivo subsídio de custo de
vida;
h) Direito à assistência na doença que engloba
em 100% a assistência médica e em 50%,
os custos com os medicamentos.
i) Despesas com a transladação do corpo em
caso de falecimento no Posto, a viagem do
cônjuge e o transporte dos seus bens
pessoais.
2. Quando removidos para os Serviços centrais o
Funcionário não diplomático tem direito a:
a) Atribuição de um subsídio de reinstalação
equivalente a 1 mês do subsídio de custo de
vida correspondente ao cargo que exercia;
b) Pagamento pelo Estado das despesas de
viagem, do custo de embalagem e
774 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA
transporte dos seus bens pessoais, incluindo
um veículo automóvel, bem como os
respectivos seguros;
c) O transporte dos bens pessoais far-se-á
utilizando, sempre que possível a via
superfície, não devendo exceder um
contentor de vinte pés;
d) É ainda garantido o pagamento pelo Estado
do excesso de bagagem por via aérea até
vinte e cinco quilos para o Funcionário não
diplomático;
e) O Funcionário do quadro não diplomático
transferido para os Serviços centrais por
razões disciplinares ou a seu pedido, antes
do cumprimento do prazo mínimo de
permanência nos Serviços externos por
razões não atendíveis pelo Ministro dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades,
perde o direito ao subsídio e às
prerrogativas estabelecidas nos números
anteriores do presente artigo.
Capítulo VI
Recrutamento Local
Artigo 17.º
Concurso e Recrutamento
1. Podem ser recrutados cidadãos santomenses e
estrangeiros para o exercício de funções técnicas,
administrativas e de apoio nas Missões diplomáticas
e Consulares de São Tomé e Príncipe;
2. O recrutamento referido no número anterior
far-se-á mediante avaliação curricular e ou através
da realização de concursos de prestação de provas a
que poderão concorrer todos os interessados que
reúnam os requisitos previstos no presente Estatuto.
3. Constituem requisitos gerais para admissão aos
concursos:
a) Estar legalmente estabelecido no País de
representação da missão diplomática ou
consular;
b) Ter idade não inferior a 18 anos;
c) Possuir as habilitações literárias e ou
profissionais, estatutariamente exigidas para
o desempenho do cargo;
N.º 54 – 03 de Maio de 2017
d) Possuir aptidão física e psíquicas
compatíveis com o desempenho das
funções;
e) Os requisitos especiais constarão do aviso
de abertura do concurso.
4. No recrutamento previsto no número 1 do
presente Estatuto, os cidadãos santomenses terão
sempre preferência em igualdade de circunstâncias,
sobre os cidadãos estrangeiros;
5. Os cidadãos oriundos dos Estados membros da
CPLP gozarão de preferência em igualdade de
circunstâncias sobre os demais cidadãos
estrangeiros.
Artigo 18.º
Provimento do Pessoal Local
1. O Pessoal não Diplomático recrutado
localmente, exercerá funções nas Embaixadas e
Missões diplomáticas de São Tomé e Príncipe
através de Contratos de Trabalho a serem
celebrados entre o Chefe de Missão e o interessado.
2. O Contrato referido do número anterior será
celebrado após a devida autorização do Ministro
dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e terá
sempre a validade de 1 ano findo, o qual poderá ser
celebrado um novo contrato.
3. É possível o recrutamento de pessoal com
caracter não permanente, através de contratos de
trabalho a termo certo, destinados a satisfazer
necessidades pontuais dos serviços.
4. Os contratos referidos no número anterior não
poderão ter uma duração superior a 3 meses, findo o
qual caducarão imediatamente.
Artigo 19.º
Deveres e Direitos do Pessoal Local
1. O pessoal não diplomático recrutado
localmente, estará sujeito em matéria de deveres e
interdições às disposições do presente Estatuto e do
Estatuto da Função pública.
2. Constituem direitos do Pessoal não
diplomático recrutado localmente:
a) Usufruir das condições de trabalho e de
remuneração previstas nos Contratos;
N.º 54 – 03 de Maio de 2017 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA
b) Beneficiar da ajuda de custo em caso
deslocação em serviço;
c) Requerer a sua integração no quadro
efectivo dos Funcionários não diplomáticos
do Ministério dos Negócios Estrangeiros e
Comunidades após 5 anos sucessivos de
prestação de serviços;
d) Beneficiar do sistema de segurança social
previsto no País de representação da Missão
diplomática;
e) Gozar o período de férias previsto no
contrato;
f) Beneficiar de outras prerrogativas e regalias
previstas no Contrato.
Capítulo VII
Reforma e cessação de funções do Pessoal Não
Diplomático
Artigo 20.º
Cessação de Funções
As funções do Pessoal não Diplomático cessam
quando se verificam as seguintes circunstancias:
a) Quando o Funcionário atinge a idade de
reforma de conformidade com a legislação
laboral em vigor;
b) Pela aplicação de sanção disciplinar que
implique essa consequência;
c) Por desvinculação voluntária.
Artigo 21.º
Reforma
1. A reforma dos Funcionários do Quadro não
Diplomático rege-se pelo disposto na Lei Geral do
Funcionalismo Público.
2. Os Funcionários não Diplomáticos reformados
continuam vinculados aos deveres estatutários e
podem ser chamados a colaborar com o Ministério
em termos a definir por despacho do Ministro dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades.
3. As pensões de aposentação do Pessoal do
Quadro não Diplomático serão automaticamente
actualizadas em percentagem igual à do aumento
775
das remunerações dos Funcionários não
Diplomáticos no activo de categoria e escalão
correspondentes aos detidos por aqueles no
momento da reforma.
Capítulo VIII
Avaliação e Classificação de Serviço
Artigo 22.º
Legislação aplicável
1. Ao Pessoal não Diplomático do Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades é aplicável o
Regime Geral de Avaliação e de Classificação de
Serviço em vigor na Função Pública.
2. Ao Pessoal não Diplomático recrutado para o
exercício de funções nas Embaixadas e Missões
diplomáticas aplica-se o regime de avaliação e
classificação de serviço definido no Contrato de
trabalho.
3. A avaliação não satisfatória poderá conduzir à
rescisão do Contrato sem que haja direito a qualquer
indemnização.
Capítulo IX
Capítulo Disciplinar
Artigo 23.º
Regime Disciplinar
1. Ao Pessoal não Diplomático do Ministério dos
Negócios Estrangeiros e Comunidades é aplicável o
Regime Disciplinar previsto no Estatuto da Função
Pública.
2. Ao Pessoal Contratado de Nacionalidade
Santomense é aplicável o Regime Disciplinar
previsto nos respectivos Contratos Individuais de
Trabalho e na Legislação Laboral Santomense.
3. Ao Pessoal Contratado de nacionalidade
estrangeira é aplicável o direito local.
Artigo 24.º
Resolução de Lacunas e Omissões
As lacunas e omissões decorrentes da aplicação
do presente Estatuto serão regulamentadas com o
recurso às disposições gerais do Estatuto da Função
Pública e subsidiariamente através de Despachos
Regulamentares do Ministro dos Negócios
Estrangeiros e Comunidades.
776 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 54 – 03 de Maio de 2017

Artigo 25.º
Revisão

O presente Estatuto só poderá ser revisto

decorridos 5 anos sobre a data da sua entrada em
vigor.

Ministro dos Negócios Estrangeiros e

Comunidades, Sr. Urbino José Gonçalves Botelho.

DIÁRIO DA REPÚBLICA

AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça,
Administração Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail:
cir@cstome.net São Tomé e Príncipe. - S.Tomé.