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1
Totalidade
dos
seus
rendimentos,
incluindo
os
Pessoas
singulares
obBdos
for
a
do
território
residentes
(16.º
CIRS)
nacional
–
principio
da
universalidade
ou
do
Incidência
pessoal
–
art.
rendimento
mundial
13.º
CIRS
3
Fases
do
imposto
Lançamento
objecGvo
1. Perante
um
determinado
rendimento
haverá
que
o
qualificar
como
integrando
uma
categoria:
Categoria
A
–
rendimentos
do
trabalho
dependente
–
art.
2.º
Categoria
B
–
rendimentos
empresariais
e
profissionais
–
arts.
3.º
e
4.º
Categoria
E
–
rendimentos
de
capitais
-‐
arts.
5.º,
6.º
e
7.º
Categoria
F
–
rendimentos
prediais
–
art.
8.º
Categoria
G
–
incrementos
patrimoniais
–
arts
9.º
e
10.º
Categoria
H
–
pensões
–
art.
11.º
2. Determinar,
face
às
normas
de
incidência
real
da
respecBva
categoria,
se
o
rendimento
em
causa
é
ou
não
tributado
3. QuanBficar
qual
o
rendimento
colectável,
que
em
muitos
casos
não
corresponderá
ao
total
obBdo.
Quando
a
obtenção
de
um
determinado
rendimento
implique
que
o
contribuinte
suporte
custos
4. Só
são
deduTveis
os
custos
ou
outros
valores
expressamente
previstos
na
lei,
a
qual
não
permite
sempre
a
integral
deduBbilidade
de
todos
os
encargos
suportados
pelos
contribuintes
para
a
obtenção
de
alguns
rendimentos.
DEDUÇÕES
ESPECÍFICAS
–
este
apuramento
acontece
categoria
a
categoria
=
valores
que
a
lei
permite
que
sejam
subtraídos
ao
rendimento
bruto
para
se
apurar
o
rendimento
líquido
tributável
–
arts.
25.º
e
ss
4
Liquidação
em
senGdo
amplo
Após
apurado
o
rendimento
líquido
tributável
de
cada
categoria:
1. Os
rendimentos
das
várias
categorias
são
sujeitos
a
englobamento,
apurando-‐se
o
rendimento
total
(ou
global)
líquido
–
art.
22.º.
• O
englobamento
não
abrange
a
totalidade
do
rendimento
tributável
(rendimentos
sujeitos
a
taxas
liberatórias
–
art.
71.º)
ou
são
englobados
se
tal
for
opção
do
sujeito
passivo
2. Ao
rendimento
colectável
é
aplicada
a
taxa
(liquidação
em
senBdo
estrito),
obtendo-‐se
a
COLECTA
–
arts.
68.º
e
68.º-‐A.
3. À
colecta
serão
realizadas
deduções
–
DEDUÇÕES
À
COLECTA
–
art.
78.º
e
ss.
4. Obtendo-‐se,
desta
forma,
o
VALOR
DO
IMPOSTO
A
PAGAR
5
Rendimento
ilíquido
de
cada
categoria
Taxa
Colecta
Deduções à colecta
Imposto
a
pagar
6
1.
Qualificar
o
rendimento
como
integrando
uma
categoria
Categorias
7
INCIDÊNCIA
REAL
• Categoria
A
–
abrange
os
rendimentos
obBdos
no
quadro
de
relações
de
trabalho
subordinado
ou
em
situações
equivalentes
• Rendimentos
resultantes:
1. Do
contrato
de
trabalho
ou
equiparado
–
ART
2.º,
1,
al.
a)
2. Do
contrato
de
aquisição
de
serviços
ou
outro
de
idênBca
natureza
em
que
o
trabalho
seja
prestado
sob
a
autoridade
e
direcção
do
adquirente
dos
serviços
(ex:
“a
recibos
verdes”)
-‐
ART
2.º,
1,
al.
b).
Para
disGnguir
face
à
Categoria
B
é
necessário
aferir
se
o
trabalho
é
efecGvamente
prestado
sob
a
autoridade
e
direcção
de
outrem.
ART.
28.º,
N.º8
–
quando
a
prestação
de
serviços
seja
feita
a
uma
única
enGdade,
o
sujeito
passivo
pode
optar
pela
tributação
de
acordo
com
as
regras
da
categoria
A.
3. Do
exercício
de
função,
serviço
ou
cargo
público
–
ART
2.º,
1,
c)
Os
funcionários
públicos
são
juridicamente
verdadeiros
trabalhadores
por
conta
de
outrem,
só
que
os
respecBvos
contratos
regem-‐se
por
legislação
especial
8
4.
Da
atribuição
a
Ttulo
de
pré-‐reforma,
pré-‐aposentação,
reserva
(estas
duas
úlBmas
para
os
elementos
da
PSP
e
das
Forças
Armadas,
incluindo
a
GNR),
com
ou
sem
prestação
de
trabalho
(rendimentos
que
não
são
inseríveis
na
Categoria
H)
–
ART.
2.º,
1,
d)
Incluem-‐se
aqui
outros
rendimentos
pagos
pela
enBdade
patronal
ou
por
terceiros
no
interesse
desta
–
ex:
fundos
de
pensões.
Ou
seja,
prestações
atribuídas,
não
importa
a
que
Ttulo,
antes
de
verificados
os
requisitos
exigidos
nos
regimes
obrigatórios
de
segurança
social
para
a
passagem
à
situação
de
reforma
e,
bem
assim,
as
prestações
que
conBnuem
a
ser
devidas
até
que
se
verifiquem
os
requisitos
necessários
à
passagem
à
situação
de
reforma
5.
As
remunerações
dos
órgãos
estatutários
das
pessoas
colecBvas
(exclusão
dos
ROC
quando
nessa
qualidade
integrem
os
órgãos
estatutários
e
outras
pessoas
colecBvas,
na
medida
em
que
são
profissionais
independentes
–
art.
53.º
do
DL
n.º
487/99,
de
16
de
Novembro)
–
ART.
2.º,
n.º
3,
al.
a)
9
Rendimentos
não
sujeitos
a
tributação
• Art.
2.º-‐A
exclui
da
incidência
do
imposto
determinadas
importâncias
–
desagravamentos
estruturais
10
• Categoria
B
• A
parBr
de
2001,
esta
categoria
passou
a
integrar
os
rendimentos
empresariais
e
profissionais,
tendo
sido
suprimidas
as
categorias
C
e
D
• O
art.
3.º
passou
a
prever
o
exercício
de
qualquer
ac#vidade
comercial,
industrial,
agrícola,
silvícola
ou
pecuária
–
n.º
1,
al.
a)
e
os
auferidos
no
exercício,
por
conta
própria,
de
qualquer
ac#vidade
de
prestação
de
serviços,
incluindo
as
de
carácter
cien:fico,
ar:s#co
ou
técnico
(nº
1,
al.
b).
• N.º
4
–
enumera
–
meramente
exemplificaBva
–
quais
as
acBvidades
geradoras
de
rendimentos
empresariais
para
efeitos
de
tributação
+
art.
151.º
e
Portaria
n.º
1011/2001
de
21
de
Agosto
–
lista
de
acBvidades
também
a
Ttulo
exemplificaBvo.
• São
consideradas
acBvidades
comerciais
e
industriais,
designadamente:
compra
e
venda;
fabricação;
pesca;
exploração
mineiras
e
outras
indústrias
extracBvas;
transportes;
construção
civil;
urbanísBca
e
exploração
de
loteamentos;
acBvidades
hosteleiras
e
similares,
restauração
e
bebidas;
agências
de
viagens
e
turismo;
artesanato;
acBvidades
agrícolas
e
pecuárias
não
conexas
com
a
exploração
da
terra
ou
em
que
esta
tenha
carácter
manifestamente
acessório;
acBvidades
agrícolas,
silvícolas
e
pecuária
integrados
noutras
de
natureza
comercial
ou
industrial.
11
• São
consideradas
acBvidades
agrícolas,
silvícolas
ou
pecuárias,
designadamente:
as
comerciais
ou
industriais,
meramente
acessórias
ou
complementares
daquelas,
que
uBlizem,
de
forma
exclusiva,
os
produtos
das
próprias
explorações
agrícolas,
silvícolas
ou
pecuárias;
a
caça
e
a
exploração
de
pastos
naturais,
água
e
outros
produtos
espontâneos;
explorações
de
marinhas
de
sal;
explorações
agrícolas
invesBgação
e
obtenção
de
novas
variedades
animais
e
vegetais,
dependentes
daquelas
acBvidades.
• Exclusão
de
certos
rendimentos
-‐
art.
3.º,
n.º
4
do
CIRS
12
Outros
rendimentos
desta
categoria
• Art.
3.º,
n.º
1,
al.
c)
–
em
princípio,
estes
rendimentos
apenas
são
de
incluir
nesta
categoria
quando
auferidos
pelo
respecGvo
Gtular
originário
(inventor,
autor,…)
– Direitos
de
autor
e
direitos
conexos
(regulados
no
Código
do
Direito
de
Autor
e
dos
Direitos
conexos),
quando
o
cedente
seja
o
Btular
originário;
– Se
os
direitos
de
autor
forem
explorados
por
uma
editora?
ConsGtuem
rendimentos
de
capitais
–
categoria
E
– Os
direitos
de
propriedade
industrial
tutelam
as
invenções,
as
marcas,
o
design,
os
sinais
disBnBvos
do
comércio,
...
– Rendimentos
obBdos
pela
prestação
de
informações
respeitantes
a
uma
experiência
adquirida
no
sector
industrial,
comercial
ou
cienTfico
(know
how)
13
– Art.
3.º,
n.º
2
–
rendimentos
prediais,
de
capitais
e
mais-‐valias
quando
obBdos
em
conexão
com
acBvidades
de
natureza
empresarial
ou
profissional.
Ex:
mais-‐valia
obGda
por
um
advogado
com
a
venda
do
seu
escritório
– Art.
3.º,
n.º
2,
d)
e
e)
–
rendimentos
provenientes
da
cessão
temporária
de
um
estabelecimento
e
as
importâncias
recebidas
a
Ttulo
de
indemnização,
conexas
com
a
acBvidade
exercida
(ex:
pela
mudança
do
local
do
respecGvo
exercício)
14
• Categoria
E
-‐
rendimentos
de
capitais
=
rendimentos
resultantes
da
aplicação
de
capitais,
em
que
se
compreendem,
nomeadamente,
os
juros
provenientes
de
contratos
de
mútuo
e
de
abertura
de
créditos,
os
juros
derivados
de
depósitos
à
ordem
ou
a
prazo
em
insBtuições
financeiras,
os
juros
e
outros
rendimentos
de
Ttulos,
incluindo
os
Ttulos
de
dívida
pública,
os
lucros
das
enBdades
sujeitas
ao
imposto
sobre
o
rendimento
das
pessoas
colecBvas
colocados
à
disposição
dos
respecBvos
associados,
...
15
• Categoria
F
– Noção
de
prédio
–
art.
2.º
do
CIMI.
EX:
uma
fracção
de
terreno
com
ou
sem
os
editcios
ou
outras
construções
neles
implantados,
...
– N.º
4,
art.8.º
-‐
todo
o
bem
móvel
assente
no
mesmo
local
por
período
superior
a
12
meses
(ex:
caravana,
tenda
desBnada
a
espetáculos)
– Tem
de
exisBr
uma
renda.
Prédios
não
arrendados
não
são
tributados
em
sede
de
IRS
– O
TITULAR
DE
TAIS
RENDAS
NÃO
É
NECESSARIAMENTE
O
PROPRIETÁRIO
–
ex:
art.
8.º,
n.º
2,
al.
c).
– rendas
de
prédios
rúsBcos,
urbanos
e
mistos
pagos
ou
colocados
à
disposição
dos
respecBvos
Btulares
e
decorrentes
da
locação
de
tais
prédios
ou
de
cessões
de
exploração
de
estabelecimentos
comerciais
ou
industriais,
incluindo
a
dos
bens
móveis
que
aí
se
encontrem,
bem
como
a
diferença
das
rendas
obBdas
pelo
sublocador.
– Inclui
também
as
rendas
derivas
da
instalação
num
terreno
ou
no
telhado
de
um
editcio
de
antenas
de
telemóveis;
painéis
publicitários;
cedência
do
uso
de
partes
comuns
na
propriedade
horizontal.
• O
rendimento
imputado
à
casa
de
habitação
não
integra
o
rendimento
tributável
em
IRS,
a
stulo
de
rendimentos
prediais
16
• Categoria
G
– Ampliada
pela
Lei
n.º
30-‐G/2000
– Mais
valias
+
outros
incrementos
patrimoniais
– Designação
deveria
ser
“outros
incrementos
patrimoniais”,
uma
vez
que
todos
os
rendimentos
são
incrementos
patrimoniais
– Ganhos
resultantes
da
alienação
onerosa
de
direitos
reais
,
de
partes
sociais
e
da
propriedade
intelectual
ou
industrial
(quando
quem
transmite
não
é
o
autor)
– Da
cessação
de
posições
contratuais
ou
outros
direitos
relaBvos
a
imóveis
– Indemnizações
que
visem
a
reparação
de
danos
emergentes
não
comprovados
e
de
lucros
cessantes
(considerando-‐se
apenas
os
desBnados
a
ressarcir
os
benetcios
líquidos
deixados
de
obter
em
consequência
da
lesão).
17
ART
12.º
-‐
exclui
as
indemnizações
atribuídas
em
consequência
de
lesão
corporal,
doença
ou
morte,
quando
pagas
por
enGdades
públicas
+
Art.
9.º,
n.º
1,
al.
b)
–
exclui
as
indemnizações
que
visem
a
reparação
de
danos
não
patrimoniais,
quando
fixadas
por
decisão
judicial
ou
arbitral
ou
resultante
de
acordo
homologado
judicialmente.
18
• Categoria
H
– Pensões
de
aposentação
ou
reforma,
de
invalidez,
de
sobrevivência,
e
outras
de
idênBca
natureza,
pagas
por
entes
públicos
(segurança
social)
ou
privados
(companhias
de
seguros),
as
de
alimentos,
as
rendas
temporárias
ou
vitalícias,
outras
de
idênBca
natureza
(art.
11.º,
n.º
1).
– Conceder
um
tratamento
mais
favorável
a
estes
rendimentos
19
Delimitação
negaGva
da
incidência
• Art.
12.º
-‐
exclusões
tributárias
de
carácter
primário
– Situações
que
o
legislador
não
pretende
tributar
em
IRS:
•
ou
porque
são
tributadas
em
sede
de
outros
impostos.
Exs:
incrementos
patrimoniais
provenientes
de
transmissões
gratuitas
sujeitas
ao
Imposto
de
Selo;
rendimentos
provenientes
do
exercício
da
acBvidade
de
profissionais
de
espectáculos
ou
desporBstas
quando
esses
rendimentos
sejam
tributados
em
IRC
–
n.º
3,
art.
12.º
• ou
porque
as
quer
livre
de
impostos.
Exs:
al.
a);
n.º
2;
n.º
4,
n.º
5
• Art.
3.º,
n.º
4
CIRS
–
rendimentos
das
acBvidades
agrícolas,
silvícolas
e
pecuárias
quando
o
valor
dos
proveitos
ou
das
receitas
...
Não
exceda
por
agregado
familiar
quatro
vezes
emeia
o
valor
anual
do
IAS
(€
419,22)
20
Testar
conhecimentos
….
Caso
práGco
1
1. Diga
se
são
tributáveis,
e
em
que
categoria
de
rendimentos
do
IRS,
os
seguintes
proventos
auferidos
por
pessoas
singulares
residentes
no
território
português.
a) Mais-‐valia
pela
alienação
de
uma
casa
de
habitação
própria
e
permanente,
em
que
o
valor
de
realização
foi
reinvesBdo,
no
ano
seguinte,
na
aquisição
de
outra
casa
com
o
mesmo
desBno
b)
Rendimento
de
uma
exploração
apícola
21
Caso
práGco
2
Diga
se
são
tributáveis,
e
em
que
categoria
de
rendimentos
do
IRS,
os
seguintes
proventos
auferidos
por
pessoas
singulares
residentes
no
território
português.
Deve
indicar
sempre
a(s)
norma(s)
em
que
baseia
a
sua
resposta.
1. Pensão
de
pré-‐aposentação
do
intendente
Silva,
da
Polícia
de
Segurança
Pública;
2. Abono
para
falhas
auferido
por
um
empregado
de
um
hipermercado
no
valor
de
10%
da
sua
remuneração
mensal
fixa;
3. Rendimento
resultante
da
sublocação
de
um
apartamento;
4. Mais-‐valia
pela
alienação
de
uma
casa
de
habitação
própria
e
permanente,
em
que
o
valor
de
realização
foi
reinvesBdo,
no
ano
seguinte,
na
aquisição
de
outra
casa
com
o
mesmo
desBno,
situada
no
Tajiquistão,
devido
à
emigração
do
proprietário
para
esse
país.
5. Subsídio
de
refeição
pago
ao
gerente
de
uma
sociedade
por
quotas,
em
vales
de
refeição,
no
valor
do
dobro
do
valor
fixado
para
os
servidores
do
Estado.
22
Caso
n.º
3
• Imagine
que
o
Sr.
XYZ,
nacional
português
e
domiciliado
no
Porto,
vai
receber
no
ano
de
2015
os
seguintes
rendimentos
líquidos
de
deduções:
(i)
€
15.000,00
por
seu
trabalho
como
gerente
administraBvo
da
empresa
ABC
Sapatos
Ltda.,
com
sede
em
Vila
Nova
de
Gaia;
(ii)
€
10.000,00
pelas
apresentações
que
realiza
como
músico
aos
finais
de
semana
em
Lisboa
e
Leiria;
(iii)
€
2.000,00
pelos
concertos
realizados
em
Vigo,
Espanha;
e
(iv)
€
4.000,00
de
direitos
de
autor.
• RelaBvamente
ao
IRS
do
período
tributário
de
2015,
qual
é
a
matéria
tributável?
23