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Sexta-feira, 17 de Janeiro de 1992 GReko OriciaL: vA “REPOBLICA POPULAR DE ANGOLA ‘Toda a correspondéacia, quer oficial, | ‘ABSINATURAS quer relative 8 andncios © assinatures |° do «Ditrio da Reptblices, deve ser |' As trés séries. ‘NKz 60,000.00 ‘dirigida & Impronss Nacional—U.B.E., | A 1.* série em Luanda, Caixa Postal 1306.— Bnd. || 4 2+ série ‘Toleg.:, elmprensaa, i ABS série D SUMARIO Assembleia do Povo Lei n! 1/92: Das actividades, geoldgicas ¢ minciras.—Revoga toda a legistagio que contrarie 0 disposto ina presento Ici, particularmente as Leis n* 5/79, de 27 de Abril n? 11/87, de 3 de Outubro. Lei me 2/92: Da Inspecgio Geral da, Administragio do Estado. Convocatériar Convoca a’ XI Sessio Ordingria da Assembleia do Povo, Comissio Permanente ry do Conselho. de Ministros Decreto n.° 3/92: » Desintegra da Empresa Nacional de Prensados de Ma- deira— PANGA-PANGA-U. E, E,, criada pelo ‘Decre- ton 95/83, de 13 de Junho, as unidades de produsdo © MOGNO © PAU-ROSA, ambas sedeadas na Provincla de Cabinda, ‘Decreto. n° 4/92; Confisca todas as sociedades e propriedades agririas, pecusrias, agro-industriais e agro-pecudriae que tenham sido abandonadas ¢ integradas nas estruturas estatais, Ministério da Justiga e Secretaria de Estado de Urbanismo, Habitagao e Aguas . Despacho conjunto n.” 1/92: ‘Aula 0 dispono no ponte 68, da determinasto 1+ do despacho conjunto, inseride no Didrlo da Repiiblica” ne 67, 1. strie, de 19 de Agosto de 1985, Prego deste nimero — NKx 1.440.00 ~ Ministérios da Justiga, das Finangas e da Indistria ‘Deereto executive conjunto'n.° 3/92: * D& por finda a situagiio de intervengio feita as Organ zagées Freitrs (Nova Saratoga) nos termos 8) do ne 1 do artigo 7° do Decrso n 53/85, des de Julbo. Ministério dos Transportes @ Comunicagées - e Secretaria de Estado da Habitagao Despscho conjunto n.* 2/92: Deietraina que @ Secretaria de Estado da Hebita, so, po: ceda a entega b Empresa SECIL MARITIMA, 8. A.R. L,, do Prédio Urbano, eltuado em Luanda na Avenida 4 de Fevereiro n2* 42 42/4, desetio na do Registo Predial sob o'ns 31414 'a fake Til do Livro Se Revoga fos a8 disposition que contrariem © contetide do presente. despacho con- junto. Ministério das Finangas e Secretaria de Estado da Habitagao Decreto executive conjunto n.° 4/92: Determing que os valores das rendas de casa cujo page- mento 6 efectuado em moeda convertivel devem se multiplicados pelo factor um e meio (1,5). Ministérios da Administragao do Territério, das Finangas e do Trabalho, Administragao Publica @ Seguranga Social Deereto executive conjunto n 5/92: ova ico de. yeston! do Ministério. da’ ‘Aindiminfet goo Teitero® le Nina ARTIGO 28° @ividas. © omlasbet) As dtividas e omissGes resultantes dé interpretagéo aplicagdio da presente lei seréio resolvidas por decreto do Conselho de Ministros. ARTIGO 29° (Lel supletiva) Constitui direito subsidiério, em matéria de Contra- * tos de Concessfio de direitos mineiros, a lei angolana, . salvo disposigao legal estatuindo diferentemente. ARTIGO 30° + Eatrida em vigor) A presente lei entra imediatamente em vigor. Vista © aprovada pela Assembleia do Povo. , Publiquese. . Luanda, aos 8 de Outubro de 1991. cpehitsidente da Repiblca, Jost Eovanng pos Lel ne 2/92 de 17 de Janeiro ‘© -aperfeigoamento constante da estrutura or- ganica do aparelho central do Estado aumento, da eficdécla @ operacionalidade do seu funcione- mento passam necessariamente pela criagdo @ instituclonalizagio de érgéos, formas e métodos ‘de fiscalizacéo e controlo da sua actividade, em ordem & observancia da legalidade democrética, da establiidade e reforgo da direcoso e disciplina estatals edo crescimento da participagéo dos cidadéos no controlo das tarefas atribuidas aos 6rgéos, organismos @ demais services da Adml- nistracéo. do Estado. Na actual etapa em que se consolidam as bases Estado Democrético de Direlto, a Inspecgao @ controlo da administragéo publica devem, pois, acompanhar e estimular.as transformagées eco- némices, sociais @ culturais que se operam em toda a sociédade angolana. Desta modo torna-se urgente Institucionalizar a Inspeccao-Geral da Administragéo do Estado bem como definir, entre outros, os principlos gerals e ‘0s mecanismos de. funcionamento & sua activida- de, de modo que se possa desde jé desempenhar cebalmente a sua funséo de inspeccio, fiscalize- ¢80 @ controlo da actividade dos érgéos, organis- mos @ servicos da Administragéo Central e Local do Estado no cumprimento daa lela, resolugdes, regulamentos @ determinagSes dos ‘6rgos supe- tlores ‘do Estado. ~ Nestes termos, ao abrigo da alinea b) do er- tlgo 51.° da Lei Constitucional ¢ no uso da facul- DIARIO DA REPUBLICA dade que me 6 conferida pela alfnea q) do ar- tigo 47° da mesma Lei, a Assembleia do Povo aprova e eu assino e faco publicar a seguinte: LEI DA INSPECCAO GERAL DA ADMINISTRACAO DO ESTADO _ CAPITULO I Dos principios gerais ARTIGO 1° (Criasio E criada a Inspeccaio-Geral da Admintstracao do Estado na dependéncia directa do Chefe do Go- verno e dirlgida por um Inspector-Geral, por aquele nomeado. ARTIGO 2° Wefintst0) 1. A Inspecgfo-Geral da Administragdo: do Es- tado 6 um Orgéo de fiscalizaco da acgao do Go- verno que executa @ fungéo de inspeccdo e fleca- lizag6 superior de toda a actividade desenvolvi- da no exercicio das suas atribulgées e competén- cla, pelos érgdos, organismos @ servigos do Esta: - do bem como-de empresas de que seja o Estado detentor de parte de capital. ¢ 2. Os érgéios de inspecgéo |é instituidos a nivel do aperelho do Estado mantém na totalidade, a respectiva competéncla atrlbuledes © séo coor donados pola Inspeceso Goral da Administragao ° do Estado, « : ARTIGO 3" (Pundamentos) A Inspecg&o @ controlo estatal reallzam-se com base nas leis.e resolucdes vigentes © nas deter minagées do Chefe do Governo. ARTIGO 4° (Atribuigses) A Inspecgéo-Geral da Administragéio do Estado tem as seguintes stribuicdes: 8) contribulr para o aperfeigoamento e o au- mento da eficiéncia da actividade admi- organismos @ servigos da administraga centra} e local do Estado e da boa ges- téo do patriménio publico; b) contribuir para’a educagaio 6 congclencla- lizagéo dos trabalhadores: da Adminlis- tragéo Publica no espirito da observan- cla rigorosa da legalidade, da disciplina ¢ da responsabilidade pelos aesuntos de toda a socledade; 6) contribuir para determinagéo' de medidas que visem prevenir 8 ellminar os ertos © ‘irregularidades cometidos pelos or- gos, organismos e servicos da Adml: nistragéo do Eetado no exerciclo das ‘suas atribulcdes @ competéncias. I SERIE —N. 3—17 DE JANEIRO DE 1992 ARTIGO 5° (Competéncia) 1. Compete & inspecgéo-Geral da Administra. g8o do Estado: ~ a) Ingpeccionar ¢ fiecalizar todos os érgéos, Organismos e servicos administrativos do Estado, incluindo os érgéos adminis- trativos que Integram os servigos dos fibunele provinclais @ municipais e as Misses Diplométicas e Consulares; 4) realizar. inquéritos e sindicancias, quando ordenados pelo Chefe do Governo; " ©) propor a instauracéo de processos disci- plinares em resultado da sua actividade inspectiva; @) analisar os métodos de trabalho dos: 6r- 940s, organismos ¢ servigos do Estado © propor medidas tendentes & eficlén- Cla da sua actividade administrative: €) receber e dar o devido tratamento as deniinclas, queixas © reclamagdes dos eldadgos sobre o deficient funciona mento dos servigos do Estado; A) desempenhar as demals funcdes que the sejam atribuidas. por fei ou determina- das superiormente. . 2. A Inspeccao e fiscalizacéo abrangem nao 86 08 dominios puramente administrativos, mas tam- bém financelros © patrimontals © delas se deva der conhecimento ao respective érgéo central © quando este. for visado, ao Chefe do Governo. 3. A inspecgdo e fiscalizagéo nao déo acesso a documentos sob Identificagéo © a entidade que os produzlu, pera ulterior confirmagéo. 4. Da Instrugéo dos précessos disciplinares, bem como das dentincias, queixas 6 reclamagées . @: cidad&os 6 dado conhecimento ao respectivo ‘6rgéo central do Governo ou, sendo contra este, 0 Chefe do Governo. 5. A instrucio de processos: disciplinares de agentes nomeados pelo Presidente da Republica ‘86 pode ‘ser inicleda por determinacéo do Chefe do Governo. - ARTIGO 6° (Binalidade legal) A inspecgio @ fiscalizacéo tem por fim averl- guar ‘0 tumprimento da lel ¢ instrugdes de gervi- go de carécter normativo © determinar se foram salvaguardados os interesses do Estado a defen- der pelo érgéo ou organiemo.Inspeccionado, ~ ARTIGO 7° Wever de colaboracio) Todos 08 Grgaos, organismos e servigos do Es- tado © empresas sujeitos & Inspeccio Geral da Administrag&o do Estado nos termos da présente lel, t8m o dever de prestar toda a colaboracio necesséria aos Inspectores no exerciclo das suas fungdes. CAPITULO IT Da organizasio SECGRO 1 ESTRUTURA ARTIGO 8 Estrutura em geral) A Inspeccao-Geral da Administrago do Estado compreende @ seguinte estrutura: 4, Inspector-Gert . Corpo de Inspecgéo; 3. Gabinete Juridico e de Estudos; 4. Secretaria-Geral. . SEOCAO TT ESTRUTURA EM ESPECIAL SUBSECCAO 1 INSPECTOR GERAL. ARTIGO 9° ‘(Compotenetay 1. No exerciclo das suas funces, compete ao . Inspector-Geral; #) dirigir © fiscalizar toda a sctividade da Inspecgao-Geral; 6) solicitar dos érgaos, organismos e servi- gos do Estado informacdes da sua acti- Vidade @ funcionamento, quando hala suspeitas do seu doficlente funciona- mento; « ¢) Informar regularmente 0 Chefe do Gover- nto da‘ actividade da Inspecodo-Geral: ) solicitar a colabotagéo de téenicos espe- cialistas; €) submeter & aprectagio do Chefe do Go- verno 08 processos de inspeccfo e fis: calizagio, acompanhados de pareceres sobre cada um deles; #) nomear @ exonerar responséveis @ oontra- tar técnicos e demais agentes; 9) superintender, dentro da lei, na gestéo do orgamento da. Inspecgéo-Geral; ‘A) distribuir pelos inspectores as tarefas de - Inspeccao, fiscalizacao, inquéritos ¢ sin- dic&ncias, tando em conta a eua com- -plexidade e especializagéo; 1) prorrogar até 180 dias o prazo para a con cluséo do processo disciplinar Instau- tado contra os Gestores Publicos, nos termos da alinea 6) don. 1 do artigo 72 “da Lel n.°-10/89, de 30 de Dezembro. 2. © Inspector-Geral pode, mediante’ autorize- 0 do Chefe do Governo, encarrager os Inspecto- res de fazer inquéritos. © sindicancles 3. Na falta, auséncia ou Impedimento do tn Pector-Geral, 6 substituldo por um Inspector Perlor, : iS ARTIGO 107 (Gabinete Juridico © de Estudos) 1, O Gabinete Juridico e de Estudos 6 a estrutu- ra de sssessoria técnica da Inspecgio Geral em matéria Juridica © elaboragso de estudos e com- pete-lhe, em especial: 2) efectuar estudos sobre a matéria de com- peténcla da Inspeccéo-Geral © partici- par no estudo @ elaborago de propos- tas de diplomas legals; ) prostar asseszoria técnica sobre todas as questées de natureza Juridica que the sejam submetidas superiormente; ¢) elaborar, coligir e anotar 8 documentacao de natureza Juridica necesséria a0 cor- recto funclonamento da Inspecgao- Geral; d) elaborar e manter actualizado 0 questioné- rlo a utilizar nas inspecydes; €) promover, perlodicamente, a reallzagio de cursos de formacdo’ espetifica e de aperfelgoamento e outras accdes de Idéntica natureza dos responsvels, téc- nicos @ pessoal administrative da pecofio-Geral; f) promover a realizago de seminérios, co- léquios e conferéncias; 9) proceder a instalago, organizagéo @ ma- nutengéo da biblioteca e um centro de dados @ Informac6es para apolo docu- mental @ técnico da actividade em geral da Inspecgéo-Geral; h) easegurar a publicagso @ difuséo de estu- dos sempre que de reconhecida utlll- lade; i) seleccionar, classificar e arquivar noticias @ comentérios com. interesse para a actividade da Inspecofo-Geral bem como proceder & andlise do respective con- lo; 1) assegurar as relagdes entre a Inspecco- ~Geral @ os melos de comunicagéo s0- clal, nos termos @ dentro: dos limites estabelecidos na legislacéo aplicével; K) cooperar com outros organismos nacionais internacionais no dominio da sua ‘competéncla técnica-e clentifica; 1) exercer as demals funcdes que Ihe sejam atribuidas pelo Inspector-Geral. 2. O Gabinete Jurfdico e de Estudos tem a ca- tegorla de Direcgao Nacional e 6 dirigido por um Inspector superior, licenciado em Direito. ARTIGO 11° px, Corpo de Inspecsto) 1.:0 Corpo de Inspecego 6 constituldo por ins- pectores que, por determinagéo do Inspector- -Geral, exercem as actividades previstas no ar- tigo 5.2 desta Lei. * 2. O' Inepector-Geral pode destinar aos inspec- tores, com cardcter permanente, tarefas em es- feres espectficas: econémica, social, produtive. ou de administragdo local. —— __... DIARIO DA REPUBLICA 3. O Corpo de Inspecedo é dirigido por um ins- pector superior com a categorla de Director-Na- clonal. . ARTIGO 12° (Gecretarta geral) 4. A Secretaria Geral 6 0 drgfo de apoio. buro- orético & actividade da Inspecgéo Geral da Admi- nistragdo do Estado. . 2, Para além do disposto no niimero anterior, compete & Secretarla Goral gerir 0 orgamento @ administrar 0 pessoal ¢ 0 patriménlo da Inspec ‘cdo-Geral. CAPITULO III Da actividade da Inspecsio-Geral SEOGAO I PROGRAMAQAO DE TRABALHOS ARTIGO 13" (Programa de trabalhos) 1, A Inspecodo-Geral realiza as tarefas de acor- do com um plano de trabalhos aprovado pelo Che- do Governo. . 2. © plano de inspeccéo deve ter uma rotativi- dade de um perfodo néo superior a 5 anos @ abranger todos os érgéos do aparelho do Estado 8 nivel centrel e local. 3. Poderé havar InspacgSes-extraordinérlas sem- pre que 28 situagdes assim 0 exljam, SECCAO IT INSPECOOES ARTIGO 14° (nspecsées Gerais ¢ Especials) 1, As Inspecgdes podem ser gerals ou especials: © ser ou nfo acompanhadas de Inquéritos econd- micos, quando estas forem ordenados pelo Chefe do Governo. 2. So gerais as inspeccdes que se destinam a conhecer as condig6es de organizacao funclona- mento dos servicos de um érgao, organismo ou ’ servigo. da Administragéo do Estado e 08 resulta- dos por ele obtidos. 3. S80 especials as inspeccdes que visam a verificagéo ou conhecimento de determinados fac- tos ou situag6es concretas relacionados com.a actividade de-um 6rgéo, organismo.ou servigo da Administragéo do Estado @ s&o ordenados pelo Chefe do Governo. 4, Ae visitas de inspecgies gerala deveréo, em regra, gular-se por um questlonérlo. sistematico que abranja os aspectos essenclals de averigua- co e dele se deve dar conhecimento aos drgéios 6 servigos cuja actividade 6 objecto da acco Ins pectiva. 8. Seré fixado 0 prazo para cada inspecgo 0 qual néo deve exceder dois meses salvo pror- rogago eutorlzada pelo Inspector Geral. 1 SERIE —N.° 3—17 DE JANEIRO DE 1992 ARTIGO 15 ins das Inspecsies Gerais) As Inspecgdes gerals tém por fim obter dados @ Informar 0 Chefe do Governo: ) sobre a forma de organizagéo e regulari- dade do funclonamento do.6rgéo; orga- nismo ou servigos da Administragéo do Estado, apontando as deficiéncias e Ir- regularidades existentes; 5) sobre a competéncia e qualidade de accao dos responséveis e quadros do drgao, organtsmo ou servicos da Administragéo do Estado © sobre 0 modo como exer: cem as suas fungSes; ©) sobre a eficécia e boa orlentacso de um determinado Orgéo, organismo ou ser- Vigos da Administracgo do Estado, pro- pondo as reformas necesedrlas para que a sua eficiéncia aumente © fazendo a » apraciagéo dos resultados e da orlenta- _ “G80 seguida; ) sobre © conjunto da actividade @ sidade dos servicos e dos Intere que, devem satisfazer. ARTIGO 16° ing das Inspecstes Especials) ‘Aa inspecg6es especials tém por fim verificar ‘ou conhecer determinados factos ou situagies concretas relacionadas com a actividade e fun- clonamento de um érgéo da Administragéo do Estado. . ARTIGO 17° : (Relatérlos de Actividades) 1, A Inspecgao-Geral deverd apresentar ao Che- do Governo relatérios ordingrios @ extraordl- nérlos. » 2. Os relatérlos ordinérios séo anuais 6 seréo apresentados até 31 de Marco e neles deveré constar sempre uma anélise do cumprimento das tarefas executadas pela Inspeccéio-Geral do esta- do’ geral sobre a observancia das tarefas superior- mente determinadas ou orientedas, da disciplina da eficécla do trabalho dos 6rgéos, drganismos ou servicos da Administragéo do Estado sobre o8 quale incidlu a acgéo inspectiva. 3. Os relatérlos extraordinérios sero apresen- tados por determinagfio do Chefe do Governo ou sob proposta do Inspector-Geral, sempre que de Inadas situacdes resultantes da actividade peccéo oO exigirem. ARTIGO 18° (Relatérlos de Inspecsio) 1, De cada inspeccdo far-se-4 sempre um rela- trio que, com o respective processo, seré en- viado ao Chefe do Governo que, por seu turno, determinaré 0 envio ou néo para conhecimento do titular do érgéo ou organismo da Administragéo do Estado inspeccionado. , 35 2: Competiré a0 Chefe do Governo, em fungéo dos resultados das inspeccdes, aplicar, no quadro das suas competéncias, as medidas que se afl- gurem necessérlas, . CAPITULO IV Dos deveres ¢ direitos do Pessoal SECGAO I DEVERES ARTIGO 19° (Deveres Gerais) Sobre os trabslhadores da Inspecsdo-Geral da Administraggo do Estado Impedem os deveres constantes da Lel Geral do Trabalho na parte spi vel, do Decreto n.° 33/91, de 26 de Julho, sobre Regime Disciplinar dos Funclonérios Pablicos e Agentes Administrativos @ legislacéo complemen- tar. ARTIGO 20° (Deveres Especiais) , 1. Os funcionérios da Inspeccao-Geral da Admi- nistrac&io do estado devem sempre, especialmente em servigo, proceder de modo irrepreensivel e isento @ agir com maior discrig&o para nido porem em causa 0 prestigio @ autoridade do organismo sob ingpeccdo. 2. E expressamente proibido aos funcionérios da Inspecgéo-Geral da Administracdo do Estado rece- ber qualquer dédiva, favor.ou benesse da entidade Inspeccionada. 3. Ede igual modo proibido revelar por qualquer forma factos que tenham vindo ao seu conhecl- mento no exercicio da sua actividade, ou fazer’ em publico qualquer comentério sobre eles. 4. A falta de Isengéo constitui Infracgéo discl- plinar passivel de pena de demiss&o, sendo-lhe splicavel ‘© disposto- no artigo 285.°'do Cédigo nal. ARTIGO 21+ __ , (impedimentos) & vedado aos inspectores da Inspecgéo-Geral: 1. Executar inspeccdes, efectuar Inquéritos ou Instruir processos disciplinares em orgenismos e servicos da Administracéo do Estado onde pres- tem sotividedes. parentes seus ou fins em qual- quer grau da linha recta ou até ao 3.° grau da linha colateral. 2. Executar inspeccées, efectuar Inquéritos ou Instrulr processos disciplinares em organismos e servigos publicos onde tenham exercido fungdes nos dois anos seguintes & cessacéo das mesmas ou. que. tenham interesses. directos. SECCAO 1 - DIREITOS _ ARTIGO 22° ‘@ireitos Gerais) Os trabalhadores da Inspecgéo-Geral tém os di- reltos consignados na Lei Geral do Trabalho @ legislac&o complementar. . . ARTIGO 23° Wireitos Especials) 1. Os inspectores da Inspeccdo-Geral gozam dos seguintes direitos: @) a0 uso de cartéo de Identidade préprio dos. servigos, cujo modelo constard do Regulamento Organico da Inspeccéo- Geral da Administragéo do Estado; 6), uso e porte de. arma de defesa pessoal; ¢) a0 acesso ¢ livre transito a todos os orga- hismos publicos, empresas cooperativas e servicos do Estado, gares, cais de em- barque, aeroportos comerclals @ re- cintos publicos no exercicio das suas fungdes; @) solicitar 6 examinar livros, documentos ¢ arquives dos servicos inspeccionados, que Ihe devergo ser facultados com prioridades e urgéncla yequeridas, po- dendo extrair cépias ou amostras neces- sérlas; e) corresponder-se, quando em servigo fora da sede da Inspeccéo-Geral, com todas as autoridades @ bem assim com quals- quer pessoas singulares ou colectivas . sobre assuntos de servico da sua com- peténcla; f) soliciter @ receber auxilio de qualquer au- toridade ou agente de autoridade para 0 desempenho das misades que lhe forem incumbidas. . 2. Todo aquele que causdr Impedimento ou obstruir 0 desempenho das fungdes dos Inspecto- res Administrativos sera devidamente notificado do facto e 0 néo acatamento da ordem 6 punivel nos termos da Le! Penal. 3, Aos Inepectores da Inepeogéo-Gerel seré atri- buido um incremento salarial a e: 01 diploma préprio. CAPITULO V Da carreira Téenica dos Inspectores ARTIGO 242 Regime Geral) A carreira técnica dos Inspectores desenvolve- -se pelas seguintes catagorlas: a) Inspector. Assessor Principal; 6) Inspector Administrative Assessor; c) Inspector Administrativo Principal; d) Inspector Administrativo -de 1." classe; 6) Inspector Administrative de 2° classe; f) Inspector Administrative de 3* classe; 1 ARTIGO 25° . (Rocrutamento e Acesso da Carreira) O-recrutamento bem como o regime de estagio para ingresso 6 acesso na carrelra técnica da Ins+ pecofo-Geral ser4 aprovado em diploma prdprio, segundo as regras que vierem a ser estabelecidas para a Fungéo Publica. DIARIO DA REPUBLICA CAPITULO VI Dad disposigées finals ¢ transitérias ARTIGO 26° (Regulamento Orginico) Caberé a0 Conselho de Ministros, sob proposta do Inspector-Geral, a aprovacéo, no prazo de 60 digs, do Regulamento da Inspeccéo-Geral da Ad- ministracéo' do Estado. ARTIGO 27+ Wotagho de Pessoal e Melos) 1. A Inspecgao-Geral da Administrago do Es- tado tem 0 pessoal constante da dotecéo que Ihe vier a ser atribuida no seu Regulamento Orgénico. 2. Até a definigéo do disposto no nimero an- terlor fica afecto & Inspec¢ao-Geral o pessoal qe, 88 encontra em fungdes no extinto Gabinete io Ministro de Estado para a Esfera de Inepeccéo © Cantrolo Estatal, bem como 0 respectivo patri- ménlo, —* 3. A distribuigéo do pessoal pelos érgéos da Inspeccao-Geral da Administracéo do Estado seré feita pelo Inspector-Geral tendo em conta. a res- pectiva experiéncia profissional e as fungdes a a exercer. . - ARTIGO-28° (Interpretagéo e aplicagio da Ief) As divides ou omissées surgidas na Intorprote- 80 @ aplicacso da presente lel serdo resolvidas Por decreto do Conselho de Ministros, —~ ARTIGO 29" (Entrada em vigor) Esta lel éntra imediatamente em vigor. Vista ¢ aprovada pela Assemblela do Povo. Publique-se. ° Luanda, aos 8 de Outubro de 1991. ‘O. Presidente da Repiblica, Jost EDUARDO DOS ‘Santos. . Convocatéria TH Registatura * Nos termos do artigo 54.°,da Lel-Constitucional incumbe-me Sua Exceléncla José Eduardo dos Santos, Presidente da Repiblica e da Assemblela do Povo, de convocar a X! Sess8o Ordinéria da M Cegislatura da Assemblela do Povo, que teré lugar de 6 a 8 de Fevereiro de 1992, pelas 09 hares, no Palécjo dos Congressos, com a segulnte pro- posta de Ordem de Trabalhos: 1. Discussiio e Aprovacéo da Acta da X’Ses- so Ordinérla. es

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