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LEGISLAÇÃO
VOL I
Leis - Parte I
ASSEMBLEIA NACIONAL
2016 | 2017
FICHA TÉNICA
Data 2018
Local Praia
Nota: A leitura da presente publicação não dispensa a consulta dos originais publicados no Boletim Oficial.
@ Direitos reservados à Assembleia Nacional de Cabo Verde
Coletânea de
LEGISLAÇÃO
VOL I
Leis - Parte I
Assembleia Nacional
2016 | 2017
Índice
12 LEI N.º 1/IX/2016
de 11 de Agosto
Revoga a Lei nº 117/VIII/2016, de 24 de Março e repristina, na sua forma originária, o
artigo da Lei nº 42/VII/2009, de 27 de Julho.
A 20 de abril de 2016 teve início a IX legislatura, tendo sido eleito para Presidente da
Assembleia Nacional Sua Excelência, o Engº Jorge Pedro Maurício dos Santos.
A edição desta Coletânea constitui mais uma forma de a Assembleia Nacional publicitar
as Leis e Resoluções da sua competência, a par da publicação obrigatória no Boletim
Oficial, contribuindo, assim, para a aproximação do Parlamento ao público em geral
e cumprindo o dever a que o Parlamento está sujeito, isto é, dar a conhecer a sua
atividade e garantir a comunicação com os cidadãos.
Revoga a Lei nº 117/VIII/2016, de 24 de Março e repristina, na sua forma originária, o artigo da Lei
nº 42/VII/2009, de 27 de Julho.
| 12
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Revogação
Artigo 2.º
Recrutamento de pessoal dirigente
Artigo 3º
Recrutamento de pessoal do quadro especial
1. O pessoal do quadro especial é recrutado por livre escolha do titular do cargo político
de que depende, em comissão de serviço ou, nos casos expressamente permitidos, por
contrato de gestão, de entre indivíduos habilitados com curso superior que confira ou
não licenciatura, vinculados ou não à Administração Púbica, que possuam competência
técnica, aptidão, experiência profissional e formação adequada ao exercício das funções.
| 13
Artigo 4.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 14
| 15
LEI N.º 2/IX/2016
de 11 de Agosto
| 16
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea f) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
CAPÍTULO I
APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO
Artigo 1.º
(Aprovação)
1. É aprovado pela presente lei, o Orçamento do Estado para o ano económico de 2016
CAPÍTULO II
DISCIPLINA ORÇAMENTAL
Artigo 2.º
(Execução orçamental)
| 17
6. O Governo tomará medidas para a regularização de quotas em atraso, devidas
aos organismos internacionais de acordo com a lista de prioridades aprovadas
pelo Conselho de Ministros.
10. O Governo tomará medidas para a efectiva racionalização dos fundos autónomos
através do reforço da transparência na execução orçamental, bem como pela
bancarização de todas as suas operações, de forma a garantir a integridade da
gestão orçamental e financeira do Estado.
Artigo 3.º
(Utilização das dotações orçamentais)
1. Ficam cativos 20% do total das verbas orçamentadas nos agrupamentos económicos,
remunerações variáveis, aquisição de bens e serviços e de activos não financeiros.
2. Ficam ainda cativos até 10% do orçamento de investimento, nos termos do decreto
- lei de execução orçamental, bem como 10% das receitas consignadas para os
fundos e suas aplicações.
| 18
a) Sobre o aumento dos montantes a serem cativados das verbas orçamentadas
nos agrupamentos especificados no número 1;
Artigo 4.º
(Suspensão de despesas)
Artigo 5.º
(Contenção de despesas com deslocações)
Artigo 6.º
(Contenção de despesas nas Empresas Públicas
e nas Autoridades Administrativas Independentes)
| 19
3. Às empresas públicas, às entidades públicas empresariais, bem como às autoridades
administrativas independentes é aplicavel o disposto no número 3 do artigo
anterior.
Artigo 7.º
(Assunção de encargos e dívidas)
Artigo 8.º
(Regime duodecimal)
Durante o ano de 2016, ficam sujeitas ao regime duodecimal a execução das seguintes
despesas:
f) Transferências privadas.
| 20
Artigo 9.º
(Amortização das dívidas em atraso)
3. As dívidas em atraso das Autarquias Locais podem ser objecto de retenção nas
transferências correntes do Fundo de Financiamento dos Municípios de que sejam
beneficiários, mediante autorização dos Municípios.
CAPÍTULO III
RECURSOS HUMANOS
Artigo 10.º
(Política de pessoal na Administração Pública)
| 21
5. Ficam centralizados na Direcção Nacional da Administração Pública a gestão e
organização de todos os procedimentos de recrutamento e selecção de pessoas
na Administração Pública Central, incluindo os Serviços Autónomos e Institutos
Públicos, respeitando as especificidades previstas na lei.
10. Não é permitida a celebração de mais de dois contratos de avença por uma mesma
pessoa singular ou coletiva, no âmbito da Administração Pública, incluindo os
Serviços Autónomos, Institutos Públicos e nas entidades públicas empresariais.
13. Os contratos de gestão a que se refere o número anterior devem ser obrigatoriamente
acompanhados da respetiva carta de missão.
| 22
15. Os Institutos Públicos, Serviços e Fundos Autónomos que não atualizarem a BDAP
ao abrigo do número anterior, não recebem as transferências de duodécimos
enquanto se mantiver o incumprimento.
16. O Ministério das Finanças não deve efetuar pagamentos e não deve assumir
responsabilidades com a contratação de pessoal pela rúbrica “outros serviços”.
19. Durante o ano de 2016, pode o Governo adotar a aposentação antecipada por
iniciativa e interesse da Administração, abrangendo categorias profissionais que
vierem a constar do decreto-lei de execução orçamental, ou pessoal em situação de
disponibilidade, como medida de descongestionamento da Administração Pública.
20. Fica proibida a criação de carreira de regime especial durante o ano de 2016.
CAPÍTULO IV
AUTARQUIAS LOCAIS
Artigo 11.º
(Fundo de Financiamento dos Municípios)
CAPÍTULO V
CONSIGNAÇÃO DE RECEITAS
Artigo 12.º
(Fundo Autónomo de Solidariedade para as Comunidades)
| 23
Artigo 13.º
(Fundo de Sustentabilidade Social para o Turismo)
Artigo 14.º
(Subsídio a Partidos Políticos)
Artigo 15.º
(Fundo de Manutenção Rodoviária)
Artigo 16.º
(Fundo do Ambiente)
CAPITULO VI
SISTEMA FISCAL
SECÇÃO I
DA COBRANÇA
Artigo 17.º
(Cobrança)
| 24
Artigo 18.º
(Alteração à Lei nº 21/VI/2003, de 14 de Julho)
São alterados os artigos 9.º, 14.º, 21.º e 65.º do código do imposto sobre o valor
acrescentado que passam a ter a seguinte redação:
“Artigo 9.º
[…].
[…].
Artigo 14.º
(Regimes aduaneiros especiais e outras)
[…]
Artigo 21.º
(Nascimento e exercício do direito a dedução)
[…]
a) […]
c) […].
| 25
Artigo 65.º
(Rectificações do imposto)
[…]
[…].”
Artigo 19.º
(Revogação)
É revogado o artigo 67.º da Lei n.º 21/VI/2003, de 14 de Julho que aprova o Código
do Imposto sobre o Valor Acrescentado.
“Artigo 67.º
Decisões da Direção Geral das Contribuições e Impostos
1. Revogado
2. Revogado
3. Revogado
4. Revogado”
Artigo 20.º
(Alteração à Lei n.º 79/VII/2005, de 5 de Setembro)
É alterado o artigo 19.º da Lei n.º 79/VII/2005, de 5 de Setembro, que aprova o Regime
das Finanças Locais que passa a ter a seguinte redação:
“Artigo 19.º
Compensação de benefícios fiscais e outros
1. […]
| 26
virtude de aquisição de tais serviços, através de verbas a inscrever no Orçamento
de Estado.
5. A restituição, quando devida, deve ser efectuada num período não superior a 45
(quarenta e cinco) dias, a contar da data do pedido.
Artigo 21.º
(Isenção na importação efectuada pelos Municípios)
Artigo 22.º
(Isenção de emolumentos em certidões)
Artigo 23.º
(Isenção do Imposto de selo)
1. Ficam isentos de imposto de selo, criado e regulado pela Lei n.º 33/VII/2008,
de 8 de Dezembro, no quadro da execução do cadastro predial nas ilhas do Sal,
Boa Vista, São Vicente e Maio, os seguintes actos:
| 27
a) Os actos de formalização das transmissões do direito de propriedade sobre
bens imóveis, que padecem de vício de forma, ocorridos de fato até 31 de
Dezembro de 2015;
Artigo 24.º
(Isenções ao Imposto Único sobre o Património)
a) As diferentes transmissões por atos inter vivos até o possuidor e titular actual;
| 28
Município em causa o direito a qualquer compensação pela receita eventualmente
perdida em virtude de isenção concedida.
6. Para efeitos do presente artigo, entende-se que padece de vício de forma todos
os atos de transmissão de prédios que, embora legalmente sujeitos a escritura
pública, tenham sido realizados através de escrito particular ou acordo verbal.
Artigo 25.º
(Incentivos às entidades empregadoras que contratem jovens)
Artigo 26.º
(Isenção do pagamento de taxas a pagar
pelas embarcações de pesca artesanal até 5 toneladas)
a) Para pequenas espécies pelágicas com cercos e semelhantes, por cada rede
com embarcações até 5 toneladas inclusive;
b) Por artes de sacada, por arte completa e por ano civil, por embarcações até
5 toneladas inclusive;
c) Para pescar à linha e com aparelhos não especificados, e por ano civil, por
embarcações até 5 toneladas inclusive.
| 29
6. Esta isenção aplica-se desde que as referidas embarcações estejam registadas no
Sistema Nacional de Registo de Embarcações e que o titular não disponha de
mais do que uma embarcação.
Artigo 27.º
(Isenção de direitos na importação de táxis)
Artigo 28.º
(Incentivos fiscais no âmbito do projecto
de implementação da televisão digital terrestre)
| 30
Artigo 29.º
(Contribuição Turística e Taxa Estatística Aduaneira)
Artigo 30.º
(Regime Especial)
CAPÍTULO VII
OPERAÇÕES ACTIVAS, REGULARIZAÇÕES
E GARANTIAS DO ESTADO
Artigo 31.º
(Operações activas)
| 31
d) Vender os empréstimos concedidos às instituições financeiras, pelo valor
que vier a ser acordado.
Artigo 32.º
(Aquisição de ativos e assunção de passivos)
1. Fica o Governo autorizado a adquirir créditos, bem como a assumir passivos das
empresas públicas e das sociedades de capitais públicos objeto de reestruturação
e saneamento.
Artigo 33.º
(Regularizações)
Artigo 34.º
(Garantias do Estado)
| 32
CAPÍTULO VIII
NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO
Artigo 35.º
(Financiamento do Orçamento do Estado)
Artigo 36.º
(Dívida pública)
Fica o Governo autorizado, através do membro do Governo responsável pela área das
finanças, quando necessário e tendo em vista uma eficiente gestão da dívida pública,
a adotar as seguintes medidas:
CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 37.º
(Fiscalização preventiva do Tribunal de Contas)
| 33
Artigo 38.º
(Entrada em vigor)
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos a
partir de 1 de Janeiro de 2016, com excepção dos artigos 18.º, 20.º, 21.º, 25.º, 26.º e 27.º.
Publique-se.
| 34
| 35
LEI N.º 3/IX/2016
de 18 de Novembro
| 36
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Alteração à Lei n.º 110/VIII/2016, de 22 de Fevereiro
Artigo 3.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonsesa.
| 37
ANEXO
Cargos Nº de Vagas
Juiz Conselheiro 12
Juiz Desembargador 18
Juiz de Direito de 1.ª Classe 20
Juiz de Direito de 2.ª Classe 25
Juiz de Direito de 3.ª Classe 35
Juiz Assistente 10
| 38
| 39
LEI N.º 4/IX/2016
de 23 de Dezembro
| 40
Por mandato do povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Alteração à Lei n.º 106/VIII/2016, de 19 de Janeiro
É alterado o artigo 2.º da Lei n.º 106/VIII/2016, de 19 de Janeiro, que passa a ter a
seguinte redacção:
“Artigo 2.º
Sessões solenes especiais de datas comemorativas
1. (…)
| 41
Artigo 3.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 42
| 43
LEI N.º 5/IX/2016
de 30 de Dezembro
| 44
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea f) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
CAPÍTULO I
APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO
Artigo 1º
(Aprovação)
CAPÍTULO II
DISCIPLINA ORÇAMENTAL
Artigo 2.º
(Execução orçamental)
| 45
7. A adesão de Cabo Verde a organismos internacionais, que implique o pagamento
de quotas, é apreciada e decidida mediante resolução de Conselho de Ministros,
com base numa avaliação da pertinência da adesão e dos respectivos impactos
orçamentais e financeiros.
10. O Governo toma medidas para a efectiva racionalização dos fundos autónomos,
através do reforço da transparência na execução orçamental, bem como na
bancarização de todas as suas operações, de forma a garantir a integridade da
gestão orçamental e financeira do Estado.
Artigo 3.º
(Utilização das dotações orçamentais)
1. Ficam cativos 10% (dez por cento) do total das verbas orçamentadas nos
agrupamentos económicos de remunerações variáveis, aquisição de bens e
serviços e de activos não financeiros.
| 46
Artigo 4.º
(Suspensão de despesas)
Artigo 5.º
(Contenção de despesas com deslocações)
Artigo 6.º
(Contenção de despesas nas empresas públicas, nas entidades
públicas empresariais e nas autoridades administrativas independentes)
| 47
Artigo 7.º
(Assunção de encargos e dívidas)
Artigo 8.º
(Regime duodecimal)
Durante o ano de 2017, fica sujeita ao regime duodecimal a execução das seguintes
despesas:
f) Transferências privadas.
Artigo 9.º
(Amortização das dívidas em atraso)
| 48
3. As dívidas certas, líquidas e exigíveis dos municípios em relação ao Estado podem
ser objecto de retenção nas transferências correntes do Fundo de Financiamento
dos Municípios de que sejam beneficiários, mediante autorização das respectivas
câmaras municipais.
CAPÍTULO III
RECURSOS HUMANOS
Artigo 10.º
(Política de pessoal na Administração Pública)
| 49
7. A Direcção Nacional da Administração Pública organiza uma bolsa de
competências, com candidatos aprovados em concurso de recrutamento, a que
a Administração Pública Central Directa e Indirecta deve recorrer para satisfazer
as necessidades de pessoal.
9. Não é permitida a celebração de mais de dois contratos de avença por uma mesma
pessoa singular ou colectiva, no âmbito da Administração Pública, incluindo
os Serviços e Fundos Autónomos, Institutos Públicos e nas entidades públicas
empresariais.
11. Os contratos de gestão a que se refere o número anterior devem ser obrigatoriamente
acompanhados da respectiva carta de missão.
13. As Autarquias Locais ficam obrigadas a enviar uma cópia de todas as decisões
que alterem a situação jurídica dos Recursos Humanos, nomeadamente, licenças
sem vencimento, transferência, comissão de serviço e exoneração, à Direcção
Nacional da Administração Pública para efeitos de actualização da Base de Dados
dos Recursos Humanos da Administração Publica (BDAP), enquanto não houver
integração com esta, relativamente ao pessoal que lhes está afecto.
15. A Administração Pública Central Directa e Indirecta do Estado não deve efectuar
pagamentos e não deve assumir responsabilidades com a contratação de pessoal
pela rúbrica “outros serviços”.
| 50
cobrir, na totalidade, o pagamento.
18. Durante o ano de 2017, pode o Governo adoptar a aposentação antecipada por
iniciativa e interesse da Administração, abrangendo categorias profissionais que
vierem a constar do Decreto-Lei de execução orçamental, ou pessoal em situação
de disponibilidade, como medida de descongestionamento da Administração
Pública.
CAPÍTULO IV
AUTARQUIAS LOCAIS
Artigo 11.º
(Fundo de Financiamento dos Municípios)
Artigo 12.º
(Discriminação positiva)
a) Paul;
b) Tarrafal de São Nicolau;
c) Ribeira Brava de São Nicolau;
d) Maio;
e) São Miguel;
f) São Salvador do Mundo;
g) São Lourenço dos Órgãos;
h) Santa Catarina do Fogo;
i) Brava;
j) Mosteiros;
k) Ribeira Grande de Santiago;
l) São Domingos.
| 51
ao nível do emprego e do rendimento.
CAPÍTULO V
CONSIGNAÇÃO DE RECEITAS
Artigo 13.º
(Fundo de Solidariedade para as Comunidades)
Artigo 14.º
(Fundo de Sustentabilidade Social para o Turismo)
Artigo 15.º
(Receitas de Totoloto)
| 52
Artigo 16.º
(Fundo de Manutenção Rodoviária)
Artigo 17.º
(Fundo do Ambiente)
Artigo 18.º
(Distribuição de receitas consignadas)
CAPÍTULO VI
PARTIDOS POLÍTICOS
Artigo 19.º
(Subsídio a partidos políticos)
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CAPITULO VII
SISTEMA FISCAL
SECÇÃO I
DA COBRANÇA
Artigo 20.º
(Cobrança)
Artigo 21.º
(Alteração à Lei n.º 70/VIII/2014, de 26 de agosto)
Os artigos 2.º, 3.º, 9.º, 16.º, 17.º, 24.º, 25.º, 26.º, 28.º, 35.º, 37.º,38.º, 59.º e 60.º da Lei n.º 70/
VIII/2014, de 26 de agosto, que define o regime jurídico especial das micro e pequenas
empresas com a finalidade de promoção de sua competitividade, produtividade,
formalização e desenvolvimento, passam a ter a seguinte redacção:
“Artigo 2.º
Âmbito
1. […].
2. […]:
f) De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário
ou seja sócia de outra empresa que não seja micro e pequenas empresas.
g) Cujo titular ou sócio participe de outra empresa que não seja micro ou
pequena empresa, com excepção de participações em investimento de
portfólio ou empresas de capital de riscos;
[…];
| 54
l. As actividades exercidas a título principal ou secundária constantes da
lista anexa.
Artigo 3.º
Definições
[…]; e
[…].
Artigo 9.º
Impedimentos
1. […]
Artigo 16.º
Micro empresas
1. […].
2. Revogado.
| 55
Artigo 17. °
Pequenas empresas
1. […].
2. Revogado.
CAPITULO IV
Regime simplificado para Micro e Pequenas Empresas
Artigo 24.º
Instituição e abrangência
5. Os familiares dos sócios das micro e pequenas empresas que não aufiram
salário podem ser integrados no sistema, mediante contribuição específica,
nos termos e condições a definir em diploma específico.
Artigo 25.º
Taxa do Tributo Especial Unificado
3. Revogado.
| 56
4. Revogado.
Artigo 26.º
Pagamento
[…].
Artigo 28.º
Interdição de liquidar o imposto sobre o valor acrescentado e dispensa de
facturação
1. […].
[…].
Artigo 22.º
(Aditamento)
Artigo 31. Aº
Prejuízos incorridos pelas micro e pequenas empresas em funcionamento
Artigo 33.º A
Período mínimo obrigatório e opção por outro regime
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nas alíneas c) e d) do número 1 do artigo 3.º, caso em que a alteração deve ser
feita oficiosamente pela Administração Fiscal.
Artigo 33.º B
Reclamação em caso de mudança de regime ou revogação da certificação
2. Daquela decisão pode o contribuinte reclamar no prazo de trinta dias, com efeito
suspensivo, a contar da data da notificação a que se refere o número 1.
Artigo 35.º
Acesso aos apoios e incentivos
2. […].
Artigo 37.º
| 58
Isenção aduaneira
2. […]
3. Revogado.
Artigo 38.º
(Redução e isenção do TEU)
1. […].
2. Revogado.
3. […].
5. As micro empresas com volume de negócios inferior a mil contos ficam isentas
do pagamento do Tributo Especial Unificado.
| 59
Artigo 59º
Regime sancionatório
Artigo 60.º
Sanções acessórias
a) […];
b) […].
| 60
2.3. Actividades de Medicina Dentária e Odontológica
2.4. Actividades de Medicina, Clinica Geral e Especialidade
2.5. Actividades de Enfermagem e Fisioterapia
2.6. Actividades de laboratórios de Análises Clinicas
2.7. Outras actividades de Saúde Humana
3. Outras Actividades
3.1. Actividade de docência Secundária e Superior
3.2. Actividades de Despachantes Oficias
Artigo 23.º
(Alteração à Lei n.º 26/VIII/2013, de 21 de Janeiro)
Os artigos 6.º, 12.º, 13.º, 16.º 15.º,18º, 23º, 33.º e 52.º da Lei n.º 26/VIII/2013, de 21 de
Janeiro, na redacção da Lei nº 102/VIII/2016, de 6 de Janeiro, que aprova o código
de benefícios fiscais, passam a ter a seguinte redacção:
“Artigo 6.º
Pressupostos dos benefícios fiscais
2. […].
Artigo 12.º
Crédito fiscal ao investimento
1. […]:
[…].
3. A parcela do crédito fiscal não utilizada num exercício, pode ser deduzida nos
| 61
exercícios seguintes, caducando o direito à sua utilização no décimo quinto
exercício fiscal, a contar da data do início do investimento, para os projectos em
funcionamento, ou do início de exploração, para os projectos novos, observado
o limite do número anterior.
[…].
5. […]:
[…];
[…];
[…].
Artigo 13.º
Isenção de IUP
| 62
Artigo 15.º
Isenção de direitos aduaneiros
[…].
[…].
Artigo 16.º
Benefícios fiscais contratuais
b) […];
[…].
[…].
| 63
Artigo 18.º
Outros benefícios fiscais
a) […];
Artigo 23.º
Mercado de valores mobiliários
3. Os dividendos das acções cotadas em bolsa, não estão sujeitos a tributação, desde
que os mesmos sejam postos à disposição do titular até 31 de Dezembro de 2025.
4. […].
| 64
Artigo 33.º
Beneficiários
[…];
Artigo 52.º
Cidadãos estrangeiros reformados
[…].
Artigo 24.º
Aditamento
“Artigo 28ºA
Isenção para lucros retidos
2. Os lucros referidos no número anterior devem ser objecto de uma reserva especial
não distribuível durante um período de 5 anos.
| 65
Artigo 25º
(Aditamento à Lei n.º 82/VIII/2015, de 8 de Janeiro)
São aditados os artigos 2.ºA e 93.º à Lei n.º 82/VIII/2015, de 8 de Janeiro, que aprova
o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, que passam a ter
a seguinte redacção:
“Artigo 2.º- A
Título do Tesouro
Artigo 93.ºA
Entrega de declaração sem meio de pagamento
1. Quando a declaração a que se refere o artigo 101º for apresentada sem o respectivo
meio de pagamento ou este se mostre insuficiente face ao imposto autoliquidado,
o pagamento do mesmo pode, ainda, ser efectuado durante os 30 dias seguintes ao
da apresentação da declaração, acrescentando à quantia a pagar os correspondentes
juros de mora calculados nos termos do Código Geral Tributário, sem prejuízo
da aplicação da coima.
2. Decorrido o prazo referido no número anterior sem que seja pago o imposto
autoliquidado pelo sujeito passivo e constante da respectiva declaração
oportunamente apresentada, proceder-se-á à extracção da certidão de dívida
para a cobrança coerciva do imposto.
Artigo 26.º
(Alteração à Lei n.º 82/VIII/2015, de 8 de Janeiro)
1. Os artigos 9.º, 29.º, 30.º, 52.º, 54.º, 58.º, 60.º, 68.º, 81.º, 85.º, 88.º, 89.º, 91.º, 92.º, 95.º e
104.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, aprovado
pela Lei n.º 82/VIII/2015, de 8 de Janeiro, passam a ter a seguinte redacção:
“Artigo 9º
Transparência fiscal
[…]
| 66
Artigo 29º
Gastos não dedutíveis
[…]
[…].
Artigo 30.º
Limites à dedução de gastos
a) 30% (trinta por cento) dos gastos relacionados com viaturas ligeiras de
passageiros ou mistas, designadamente, depreciações, rendas ou alugueres,
seguros, reparações e combustível, excepto tratando-se de viaturas afectas à
exploração de serviço público de transportes ou destinadas a ser alugadas no
exercício da actividade normal do respectivo sujeito passivo e sem prejuízo do
disposto na alínea e) do número 1 do artigo 51.º;
b) […];
[…].
Artigo 52.º
Perdas por imparidade em activos não correntes
1. Podem ser aceites para efeitos fiscais as perdas por imparidade em activos
referidos no número 1 do artigo 43.º provenientes de causas anormais devidamente
comprovadas, designadamente, desastres, fenómenos naturais, inovações técnicas
excepcionalmente rápidas ou alterações significativas e com efeito adverso do
contexto legal.
[…].
| 67
Artigo 54.º
Mais-valias e menos-valias
[…].
Artigo 58.º
Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos
4. Revogado.
Artigo 60.º
Determinação do rendimento global
[…].
| 68
Artigo 68.º
Limitação à dedutibilidade de gastos de endividamento
[…].
Artigo 81.º
Resultado da partilha
[…].
Artigo 85.º
Taxa de retenção na fonte para residentes e não residentes com estabelecimento
estável
[…]
a) […].
b) Revogado.
Artigo 88.º
Dispensa de retenção na fonte
a) […];
b) Lucros obtidos por entidades a que seja aplicável o disposto no artigo 58.º.
c) […].
[…].
| 69
Artigo 89.º
Taxas de tributação autónoma
a) […];
c) […]
2. […]
[…]
4. O disposto na alínea b) do n.º 1 não se aplica aos sujeitos passivos que pelas
características das suas operações, demostrem necessidades adicionais de uso de
viaturas ligeiras de passageiros ou mistas e disponham de uma frota superior a 20;
5. […].
| 70
7. A elevação das taxas referida no número anterior não se aplica nos três primeiros
anos de actividade e nos casos de elevados investimentos sujeitos a depreciações.
Artigo 91.º
Deduções à colecta
[…].
Artigo 92.º
Limitação de Benefícios
1. O imposto liquidado nos termos do artigo 90.º e 91.º, líquido das deduções
previstas nas alíneas a) e b) do número 1 do último artigo, dos sujeitos passivos
que exerçam, a título principal, uma actividade comercial, industrial, agrícola ou
piscatória, bem como dos sujeitos passivos não residentes com estabelecimento
estável, não pode ser inferior a 90% do montante que seria apurado se o sujeito
passivo não usufruísse de benefícios fiscais e do regime previsto no artigo 35.º.
2. […].
Artigo 95.º
Pagamento fraccionado
| 71
3. Caso não seja apurada a colecta, os pagamentos fraccionados correspondem a 15%
do lucro tributável apurado no ano anterior, sendo efectuados em três pagamentos
fraccionados de igual valor com vencimento nas datas referidas no número 1.
4. […].
6. Revogado
Artigo 104.º
Contabilidade organizada
[…].
[…].”
Artigo 27.º
(Alteração à Lei n.º 78/VIII/2015, de 31 de Dezembro)
Os artigos 6.º, 19.º, 36.º, 39.º, 43.º, 44.º, 45.º, 47.º, 48.º, 52.º, 55.º, 62.º, 70.ºe 71.º do Código
de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pela Lei n.º 78/
VIII/2015, de 31 de Dezembro, passam a ter a seguinte redacção:
| 72
“Artigo 6.º
Rendimentos isentos
1. […]
[…].
Artigo 19.º
Sujeito passivo
[…]
3. […]:
[…].
Artigo 36.º
Regras de determinação dos rendimentos prediais
Artigo 39.º
Eliminação da dupla tributação económica
Estão isentos, nos termos do artigo 58º do CIRPC, os rendimentos obtidos pela
participação em capitais próprios de qualquer tipo de entidades, tais como os dividendos
e quaisquer participações nos lucros das sociedades, incluindo os adiantamentos por
conta de lucros e os apurados na liquidação, bem como qualquer outra utilidade
recebida por um sujeito em virtude da sua condição de sócio, accionista ou associado.
| 73
Artigo 43.º
Englobamento
[…].
b) Os rendimentos da categoria C:
[…].
[…].
Artigo 44.º
Cálculo do imposto
1. […]
[…]
| 74
Artigo 45.º
Taxa de imposto e mínimo de existência
[…].
2. Por cada sujeito passivo que engloba o rendimento é fixado 220.000$00 (duzentos
e vinte mil escudos), a título de mínimo de existência.
[…].
Artigo 47º
Taxa de retenção na fonte
2. […].
Artigo 48.º
Taxa de retenção da categoria C
Artigo 52.º
Dedução à colecta
[…].
5. […].
| 75
6. Sem prejuízo do disposto no número 2, no apuramento dos pagamentos fracionados
previstos no artigo 73º é deduzido o valor da retenção na fonte do período até a
concorrência deste, pagando-se o remanescente caso houver.
Artigo 55º
Benefícios fiscais
Artigo 62.º
Autoliquidação
[…].
4. Decorrido o prazo referido no número anterior sem que seja pago o imposto
autoliquidado pelo sujeito passivo e constante da respectiva declaração
oportunamente apresentada, proceder-se-á à extracção da certidão de dívida
para a cobrança coerciva do imposto.
Artigo 70.º
Retenção sobre rendimentos da categoria A
[…].
[…].
| 76
Artigo 71.º
Retenção sobre rendimentos das categorias B e C
Artigo 28.º
(Alteração à Lei nº 33/VII/2008, de 8 de Dezembro)
“Artigo 12.º
Isenções
[…].
[…].
Artigo 29.º
(Isenção na importação efectuada por autarquias locais)
| 77
ou destinados a ser parte integrante equipamento urbano, incluindo o destinado
à prática desportiva.
Artigo 30.º
(Isenção de direitos na importação de táxis)
Artigo 31º
(Alteração das taxas dos direitos Aduaneiros)
1. São alteradas, conforme o quadro abaixo, as taxas dos direitos aduaneiros nelas
referidas, estabelecidas de acordo com os compromissos assumidos por Cabo
Verde, através da Lista CLXI, anexa ao Protocolo de adesão de Cabo Verde à
OMC - Organização Mundial do Comércio, aprovado pela Resolução nº 73/
VII/2008, de 19 de Junho, posteriormente rectificada pela Resolução nº 99/
VII/2009, de 11 de Maio.
| 78
DI
Código Nac Designação das mercadorias
2017
3825.30.00 00 Resíduos clínicos 0
39.18
Revestimentos de pavimentos, de plásticos, mesmo
Auto-adesivos, em rolos ou em forma de ladrilhos ou
de mosaicos; revestimentos de paredes ou de tectos, de
plásticos, definidos na Nota 9 do presente Capítulo.
3918.10.00 00 De polímeros de cloreto de vinilo 2
3918.90.00 00 De outros plásticos 2
4205.00.00 00 Outras obras de couro natural ou reconstituído 10
Outras obras de vidro:
ex 7020.00.00 10 Ampolas de vidro para garrafas térmicas ou para
0
outros recipientes isotérmicos, cujo isolamento seja
assegurado
7020.00.00 90 Outras 10
84.69 Máquinas de escrever, excepto as impressoras da
posição 84.43; máquinas para o tratamento de textos.
ex 8469.00.00 20 Máquinas de tratamento de textos 2
8470.10.00 00 Calculadoras eletrónicas capazes de funcionar sem
fonte externa de energia eléctrica e máquinas de
bolso com função de cálculo incorporado que 2
permitem gravar, reproduzir e visualizar
informações
8470.90.00 00 Outras 2
8471.30.00 00 Máquinas automáticas digitais para processamento de 0
dados, portáteis, de peso não superior a 10Kgs, com
pelo menos uma unidade central de processamento,
um teclado e um ecrã
| 79
Outras máquinas automáticas para
processamento de dados:
8471.41.800 00 Que contenham, no mesmo corpo, pelo menos
uma unidade central de processamento e, mesmo
0
combinadas, uma unidade de entrada e uma unidade
de saída.
8471.49.00 00 Outras, apresentadas sob a forma de sistemas 0
8471.90.00 00 Outras 0
Outras:
ex 8472.90.00 10 Máquinas do tipo das utilizadas em caixas de banco 1
Partes e acessórios, das máquinas da posição 8470:
8473.21.00 00 Das calculadoras eletrónicas das subp-osições 0
847010, 847021 ou 847029
8473.29.00 00 Outros 0
8473.50.00 00
Partes e acessórios que podem ser utilizados
indiferentemente com as máquinas ou aparelhos 0
compreendidos dentro dos vários nº 84.69 a 84.72
Conversores estáticos:
ex 8504.40.00 20
Conversores estáticos para máquinas de
processamento de dados automático e suas unidades, 0
e aparelhos de elecomunicação.
| 80
8517.11.00 00 Aparelhos telefónicos por fio com unidade
2
auscultador-microfone sem fio
8517.12.00 10 Telemóveis 2
8517.18.00 00 Outros 2
8517.70.00 00 Partes 2
Outros :
ex 8518.29.00 20
Alto-falantes, sem caixa, com frequência entre 300 Hz
a3,4 KHz com diâmetro de 50mm ou menor para uso 3
em telecomunicação.
Auscultadores (fones de ouvido) e auriculares
(fones de de ouvido), mesmo combinados com um
microfone, e conjuntos ou sortidos constituídos por
um microfone e um ou mais altifalantes (alto-falantes):
Auscultar combinado com microfone para telefone
ex 8518.30.00 20 3
fixo.
Partes :
ex 8518.90.00 10 Partes de amplificadores elétricos quando usados
3
como repetidores na linha de produtos telefônicos
| 81
8519.50.00 00 Atendedores telefónicos (secretárias eletrónicas*) 3
8523.51.00 90 Outros 20
Cartões inteligentes:
ex 8523.52.00 10 Com um circuito eletrónico integrado 0
Outros:
ex 8523.59.00 10
Cartões e etiquetas de acionamento por aproximação;
não gravados; para reprodução de fenômenos, exceto
som ou imagem; para reprodução de representações
de instruções, dados, som, e imagem gravados em
forma binária possível de ser lida por máquina,e capaz 3
de ser manipulada ou fornecer interatividade para o
usuário, por meio de uma máquina de processamento
de dados automática; suporte para dispositivos de
armazenamentos de formato Registrado
8523.59.00 90 Outros 20
| 82
Câmaras de televisão, aparelhos fotográficos digitais
e câmaras de vídeo : 3
ex 8525.80.00 10 Câmaras de vídeo digitais de imagem fixa
8528.41.00 00
Dos tipos exclusiva ou principalmente utilizados num
sistema automático para processamento de dados da 0
posição 84.71
8528.51.00 00
Dos tipos exclusiva ou principalmente utilizados num
sistema automático para processamento de dados da 0
posição 84.71
8528.61.00 00
Dos tipos exclusiva ou principalmente utilizados num
sistema automática para processamento de dados da 0
posição 84.71
Outros :
ex 8528.69.00 10 Monitor de tela plana de projeção usados com
máquinas de processamento de dados automático que
2
podem exibir informação digital gerada pela unidade
de procesamento central
Outros:
ex 8528.71.19 10 Caixas que têm uma função de comunicação: um
aparelho microprocessador com modem para acesso
2
à internet, e com função de troca de informação
interativa
8528.71.19 90 Recetores de televisão não conc. p/incorp. um disp.de
5
visualiz. ou um ecrã de vídeo
Antenas e reflectores de antenas de qualquer tipo;
partes reconhecíveis como de utilização conjunta com
esses artefactos:
ex 8529.10.00 20 Antenas e refletores de antenas usadas para
2
radiotelefonia e Radiotelegrafia
ex 8529.10.00 30 Aparelho de alerta eletrônico (“pager”), e suas partes 2
Outras :
ex 8529.90.00 20 Partes de: aparelhos de transmissão com aparelho de
2
recepção e câmaras de vídeo digitais de imagem fixa
ex 8529.90.00 30 Aparelho de alerta eletrônico (“pager”), e suas partes 2
ex 8529.90.00 40 Partes e acessórios das máquinas da posição 84.71 2
| 83
8532.10.00 00
Condensadores fixos concebidos para linhas eléctricas
de 50/60 Hz e capazes de absorver uma potênci
0
reactiva igual ou superior a 0,5 K var (condensadores
de potência)
8532.21.00 00 De tântalo 0
8532.22.00 00 Electrolíticos de alumínio 0
8532.23.00 00 Com dieléctrico de cerâmica, de uma só camada 0
8532.24.00 00 Com dieléctrico de cerâmica, de camadas múltiplas 0
8532.25.00 00 Com dieléctrico de papel ou de matéria plástica 0
8532.29.00 00 Outros 0
8532.90.00 00 Partes 0
8533.90.00 00 Partes 0
| 84
ex 8536.50.00 20 Interruptores eletrónicos, incluindo interruptores
eletrónicos à prova de temperatura, constituídos por
1
transistor e chip lógico (“chip-on-chip technology”)
para uma voltagem de até 1000 volts
ex 8536.50.00 30 Interruptores eletromecânicos acionados poe estalo
1
para corrente de até 11 amps
Outros :
Plugues e tomadas para cabos co-axiais e circuitos
ex 8536.69.00 10 1
impressos
Outros aparelhos:
ex 8536.90.00 10 Conectores para cabos e fios 1
ex 8536.90.00 20 Testadores de circuitos integrados 1
Dispositivos fotossensíveis semicondutores, incluídas
ascélulas fotovoltaicas, mesmo montadas em módulos
ou em painéis; díodos emissores de luz:
8541.40.00 90 Outros 0
8541.90.00 00 Partes 0
| 85
Memórias:
Ex 8542.32.00 10 Circuitos integrados monolíticos e híbridos 0
8542.33.00 00 Amplificadores 0
Outros :
Ex 8542.39.00 10 Circuitos integrados monolíticos e híbridos 0
8542.90.00 00 Partes
9006.59.00 00 Outros 20
Artigo 32.º
(Alteração das taxas dos direitos de importação
e imposto sobre consumo especial)
São alteradas as taxas dos direitos de importação (DI) e do imposto sobre consumo
especial (ICE) constante da pauta aduaneira aprovada pela Lei n.º 20/VIII/2012, de
14 de dezembro, conforme o quadro abaixo:
| 86
Código Nac. Designação das mercadorias DI. ICE
1 2 3 4 5
22.03 Cervejas de malte.
22.04
Vinhos de uvas frescas, incluídos os vinhos
enriquecidos com álcool; mostos de uvas,
excluídos os da posição 20.09.
Outros:
2205.90.00 00 - Outros 50 50
| 87
2206.00.90 00 Outras 50 50
2208.30.00 00 Uísques 50 50
2208.40.00 90 Outros 50 50
2208.60.00 00 Vodka 50 50
2208.70.00 00 Licores 50 50
2208.90.00 00 Outros 50 50
2402.90.00 00 Outros 20 20
| 88
Tabaco para cachimbo de água mencionado na
2403.11.00 00 50 20
Nota 1 de sub-posição do presente Capítulo
2403.19.00 00 Outros 50 30
Artigo 33.º
(Isenção de emolumentos em certidões)
Artigo 34.º
(Isenção do Imposto de selo)
1. Ficam isentos de imposto de selo, criado e regulado pela Lei n.º 33/VII/2008, de
8 de Dezembro, no quadro da execução do cadastro predial nas ilhas do Sal, Boa
Vista, São Vicente e Maio, os seguintes actos:
| 89
3. A isenção prevista no número anterior vigora por um período de dois anos,
contados a partir da data do início da operação de execução do cadastro predial
nas ilhas indicadas no n.º 1.
Artigo 35.º
(Isenções ao Imposto Único sobre o Património (IUP))
6. Para efeitos do presente artigo, entende-se que padecem de vício de forma todos
os actos de transmissão de prédios que, embora legalmente sujeitos a escritura
pública, tenham sido formalizados através de escrito particular ou acordo verbal.
Artigo 36.º
(Incentivos às entidades empregadoras que contratem jovens)
| 90
duração igual ou superior a 1 (um) ano, que se refiram a trabalhadores inscritos
na segurança social e que não tenham implicado redução ou eliminação de
postos de trabalho, pressupondo ainda que a entidade patronal tenha pago as
prestações devidas pelo trabalhador à entidade gestora dos regimes obrigatórios
de segurança social.
Artigo 37.º
(Isenção do pagamento de taxas devidas por
licenças de pesca pelas embarcações de pesca artesanal até 5 toneladas)
a) Para pequenas espécies pelágicas com cercos e semelhantes, por cada rede,
por embarcações até 5 toneladas inclusive;
b) Por artes de sacada, por arte completa e por ano civil, por embarcações até
5 toneladas inclusive;
c) Para pescar à linha e com aparelhos não especificados, e por ano civil, por
embarcações até 5 toneladas inclusive.
Artigo 38.º
(Incentivos fiscais no âmbito do projecto de
implementação da televisão digital terreste)
| 91
c) Equipamentos administrativos, destinados às instalações da empresa gestora
de rede, na fase de instalação dos serviços.
Artigo 39.º
(Bonificação de taxa de Juros)
Artigo 40.º
(Incentivo directo aos estágios profissionais)
Artigo 41.º
(Discriminação positiva a pessoas com deficiência)
| 92
Artigo 42.º
(Dinamização da economia local)
Artigo 43.º
(Contribuição Turística e Taxa Estatística Aduaneira)
Artigo 44º
(Regime Especial)
(…)
Artigo 55º
(Energia Eléctrica)
1. (…)
2. (…)
3. (…)
| 93
5. A medida da tarifa social será acompanhada de medidas eficazes e efectivas de
combate às perdas comerciais, nomeadamente, roubo de electricidade, de uma
política da empresa concepcionária incentivadora da formalização de contratos
de fornecimento de energia dirigida às famílias mais carenciadas, através de
redução dos custos das ligações e da revisão dos mecanismos de actualização da
taxa RTC cobrada junto às facturas de electricidade.
SECÇÃO II
REGULARIZAÇÃO DE DÍVIDAS
Artigo 45.º
(Regime excepcional de regularização de dívidas)
2. Este regime aplica-se a todas as dívidas referidas no número anterior que sejam
declaradas pelo sujeito passivo, seu representante legal ou outro obrigado
tributário nos termos da lei.
Artigo 46.º
(Pagamento em prestações)
1. As dívidas fiscais de valor superior a dez mil escudos para pessoas singulares e
cinquenta mil escudos para pessoas colectivas podem ser pagas em prestações a
pedido do sujeito passivo ou seu representante legal.
| 94
5. As dívidas fiscais podem ser pagas em mais de doze prestações e com limite
máximo de 120 prestações mensais, em função do valor e da antiguidade da dívida
Artigo 47.º
(Infracções tributárias e redução das coimas)
Artigo 48.º
(Incumprimento do regime prestacional)
| 95
2. O incumprimento do regime prestacional nos termos referidos no número 1
implica a perda do benefício da dispensa de juros compensatórios, de juros de
mora, de custas processuais e de redução de coimas, em relação ao valor do
capital pago pelo devedor.
Artigo 49.º
(Subsistência de dívidas de juros, custas e coimas)
a) 10% do valor mínimo da coima previsto no tipo legal, não podendo resultar
um valor de coima a pagar inferior a 5.000$00, sendo nesse caso, este o
valor devido;
| 96
Artigo 50.º
(Local, prazo e competências do pedido de pagamentos)
Artigo 51.º
(Processo de execução tributária)
Artigo 52.º
(Aplicação do regime mais favorável)
| 97
Artigo 53.º
(Garantias de cumprimento)
2. A garantia referida no ponto anterior, por ser benefício das entidades, deve ser
assinada conjuntamente com os sujeitos activos e não pode ser revogada sem os
seus consentimentos expresso.
SESSÃO III
Artigo 54.º
(Acordo de contrato Tripartido de Cedência de
Crédito, dividas ao INPS e Ajuste de
Contas entre o Estado e Entidades Empregadoras)
c) De juros de mora
| 98
CAPÍTULO VIII
OPERAÇÕES ACTIVAS, REGULARIZAÇÕES E GARANTIAS DO ESTADO
Artigo 55.º
(Operações activas)
Artigo 56.º
(Aquisição de activos e assunção de passivos)
1. Fica o Governo autorizado a adquirir créditos, bem como a assumir passivos das
empresas públicas e das sociedades de capitais públicos objecto de reestruturação
e saneamento.
| 99
Artigo 57.º
(Regularizações)
Artigo 58.º
(Recuperação de Terrenos e Fomento de Investimentos)
Fica o Governo autorizado, através do membro do Governo responsável pela área das
finanças, a avaliar os incumprimentos relativamente aos contratos de investimento
nas ZDTI´s e nos demais terrenos quer no domínio público quer no domínio privativo
do Estado, e a recuperar os terrenos, fomentando os investimentos e a criação de
empregos, cuja decisão final seria objecto de resolução do Conselho de Ministros.
Artigo 59.º
(Garantias do Estado)
CAPÍTULO IX
NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO
Artigo 60.º
(Financiamento do Orçamento do Estado)
| 100
Artigo 61.º
(Dívida pública)
Fica o Governo autorizado, através do membro do Governo responsável pela área das
finanças, quando necessário e tendo em vista uma eficiente gestão da dívida pública,
a adoptar as seguintes medidas:
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 62.º
(Fiscalização preventiva do Tribunal de Contas)
Artigo 63.º
(Republicação)
| 101
c) A Lei nº 82/VIII/2015, de 8 de Janeiro, e pela redacção actual que aprova
o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRPC);
Artigo 64.º
(Entrada em vigor)
Promulgada em
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
Assinada em
| 102
| 103
Anexos
| 104
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1°
Objecto
O presente diploma define o regime jurídico especial das micro e pequenas empresas
com a finalidade de promoção de sua competitividade, produtividade, formalização
e desenvolvimento.
Artigo 2º
Âmbito
d) Que seja filial ou sucursal, no País, de uma empresa com sede no exterior;
f) De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário
ou seja sócia de outra empresa que não seja micro e pequenas empresas;
g) Cujo titular ou sócio participe de outra empresa que não seja micro ou
pequena empresa, com excepção de participações em investimento de
portfólio ou empresas de capital de riscos;
| 105
k) Importadores, excepto os micro e pequenos importadores;
Artigo 3º
Definições
3. O trabalho das pessoas que não tenham trabalhado todo o ano ou que tenham
trabalhado a tempo parcial, independentemente da sua duração, ou o trabalho
sazonal, é contabilizado em fracções de UTA.
| 106
as alíneas c) e d) do número 1:
a) Os assalariados ou equiparados;
d) Os proprietários gestores.
Artigo 4º
Enquadramento nas categorias
3. Sem prejuízo da adopção do duplo critério para a classificação das micro e pequenas
empresas, considera-se, sempre que necessário, como critério prevalecente, o do
volume de negócios, documentado em formulário como previsto no presente
diploma.
| 107
4. As micro e pequenas empresas que tenham no decurso de dois exercícios
económicos consecutivos ou interruptos durante três exercícios, excedido o
volume de negócios previstos nas alíneas c) e d) do número 1 do artigo 3.º, ficam
excluídas, no exercício económico seguinte, do respectivo regime diferenciado
previsto no presente diploma.
Artigo 5º
Uniformização de critérios
CAPÍTULO II
PAPEL DO ESTADO
Artigo 6º
Políticas
| 108
desnecessários e a adopção de medidas que reduzam os custos de contexto
para a actividade desenvolvida;
CAPÍTULO III
CONSTITUIÇÃO, REGISTO E RECONHECIMENTO
DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 7º
Constituição
| 109
2. O montante do capital social é livremente fixado no procedimento da constituição
de sociedade, correspondendo à soma das quotas subscritas pelos sócios.
Artigo 8.°
Balcão único
1. A Casa do Cidadão funciona como balcão único das micro e pequenas empresas
para efeitos do processo de constituição e registo comercial.
Artigo 9º
Impedimentos
| 110
Artigo 10º
Firma
Artigo 11º
Registo comercial e cadastro
Artigo 12º
Deliberações sociais
| 111
Artigo 13º
Dispensa de publicação
Artigo 14º
Reconhecimento do estatuto de micro ou pequena empresa
c) Instituir uma base de dados fiável das micro e pequenas empresas, acessível
às entidades interessadas, para efeitos de contratação, parcerias e outras
finalidades; e
| 112
SECÇÃO II
Exercício de actividades pelas micro e pequenas empresas
Artigo 15º
Actividades comerciais e de prestação de serviços
Artigo 16º
Micro empresas
Artigo 17°
Pequenas empresas
Artigo 18º
Mera comunicação prévia
| 113
5. A mera comunicação prévia é dirigida ao Presidente da Câmara Municipal
respectiva que, no prazo de trinta dias, a transmite ao director-geral do serviço
central responsável pelo comércio de serviços ou pela indústria, consoante o caso.
Artigo 19º
Registo de exploração de estabelecimento
e do exercício da actividade
4. A empresa pode iniciar a exploração logo que tenha em seu poder a notificação
do registo que constitui título bastante para o exercício da actividade.
Artigo 20º
Regime especial de localização
Artigo 21º
Racionalização de requisitos
| 114
Artigo 22º
Vistoria
Artigo 23º
Sistemas de informação
| 115
CAPITULO IV
REGIME SIMPLIFICADO PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Artigo 24º
Instituição e abrangência
5. Os familiares dos sócios das micro e pequenas empresas que não aufiram salário
podem ser integrados no sistema, mediante contribuição específica, nos termos
e condições a definir em diploma específico.
Artigo 25º
Taxa do Tributo Especial Unificado
| 116
Artigo 26º
Pagamento
d) 4.º Trimestre: Até ao último dia útil do mês de Janeiro do ano seguinte.
Artigo 27º
Distribuição do produto do Tributo Especial Unificado
| 117
Artigo 28º
Interdição de liquidar o imposto sobre o valor acrescentado
e dispensa de facturação
Artigo 29º
Procedimentos para pagamento
Artigo 30º
Registo de vendas e facturas
| 118
Artigo 31º
Contabilidade
Artigo 32º
Prejuízos incorridos pelas micro e pequenas
empresas em funcionamento
Artigo 33º
Visitas de inspeção e liquidação oficiosa
| 119
4. Quando a liquidação do imposto seja efetuada pela Administração Fiscal, o sujeito
passivo é notificado para pagar o Tributo Especial Unificado e os juros que se
mostrem devidos, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação.
Artigo 34º
Remissão
Artigo 35º
Período mínimo obrigatório e opção por outro regime
| 120
Artigo 36º
Reclamação em caso de mudança
de regime ou revogação da certificação
2. Daquela decisão pode o contribuinte reclamar no prazo de trinta dias, com efeito
suspensivo, a contar da data da notificação a que se refere o número 1.
CAPITULO V
Apoios às micros e pequenas empresas
SECÇÃO I
Disposições gerais
Artigo 37º
Programas de incentivo
| 121
Artigo 38º
Acesso aos apoios e incentivos
Artigo 39º
Concorrência de incentivos
SECÇAO II
Incentivos especiais
Artigo 40º
Isenção aduaneira
| 122
4. A concessão dos benefícios previstos no presente artigo é da competência do
Director Nacional de Receitas do Estado.
Artigo 41º
Redução e isenção do TEU
1. A micro empresa constituída nos termos do presente diploma e após a sua entrada
em vigor goza de redução de 30% do Tributo Especial Unificado durante o período
de dois anos a partir da data da constituição.
5. As micro empresas com volume de negócios inferior a mil contos ficam isentas
do pagamento do Tributo Especial Unificado.
Artigo 32º
Efeitos da redução do Tributo Especial Unificado
| 123
2. São igualmente garantidas durante o período de redução, as prestações de saúde,
incluindo medicamentosa, bem como outras prestações concedidas pelo sistema
de previdência social.
Artigo 43º
Imposto de selo
Artigo 44º
Emolumentos
SECÇÃO III
Incentivos financeiros
Artigo 45º
Política de apoio financeiro
| 124
Artigo 46.º
Sistema Nacional de Garantias de Crédito
Artigo 47º
Apoio das instituições de crédito participadas pelo Estado
Artigo 48º
Apoio à transferência de conhecimentos e inovação
| 125
SECÇÃO IV
Apoios na criação de competências
Artigo 49º
Acções de formação profissional
Artigo 50º
Cursos profissionais
2. Os cursos a que se refere o número anterior são dirigidos aos sócios, gestores
e funcionários das referidas empresas, devendo ser ministrados pela entidade
vocacionada para tal, por entidade de ensino certificada ou por organizações
empresariais.
| 126
Artigo 51º
Medidas de apoio à criação de competências
Artigo 52º
Protecção do ambiente e trâmites para a obtenção de licença
SECÇÃO V
Outros apoios institucionais
Artigo 53º
Participação das entidades públicas e privadas
1. As entidades adjudicantes, nos termos do artigo 2.º da Lei das Aquisições Públicas,
devem destinar, no mínimo, 25% do seu orçamento relativo a aquisição de bens
e serviços para as micros e pequenas empresas, como tais qualificadas pelo
presente diploma.
| 127
4. Para efeitos do disposto nos números 1 e 2, as entidades adjudicatárias devem
consultar a base de dados das micro e pequenas empresas a ser elaborada pelo
organismo de Estado responsável pelo apoio ao desenvolvimento do sector
privado.
Artigo 54º
Contratações públicas
Artigo 53º
Pagamentos por serviços prestados
| 128
Artigo 56º
Outras medidas
CAPITULO VI
Órgãos e estruturas
Artigo 57º
Órgão definidor de políticas
Artigo 58º
Estrutura para o desenvolvimento das micro e pequenas empresas
Artigo 59º
Gestão das actividades
Artigo 60º
Organização e manutenção dos registos das micro e pequenas empresas
| 129
a) Identificar e caracterizar o universo das micro e pequenas empresas, com
vista à constituição de uma base de informação que permita a realização de
estudos sobre o sector e o acompanhamento da sua evolução;
CAPITULO VII
Fiscalização e regime sancionatório
Artigo 61º
Fiscalização
Artigo 62º
Regime sancionatório
| 130
Artigo 63º
Sanções acessórias
CAPÍTULO VIII
Disposições finais e transitórias
Artigo 64º
Tratamento privilegiado
Artigo 65º
Registo de direitos de propriedade intelectual
Artigo 66º
Avaliação
| 131
Artigo 67º
Alteração e regulamentação
Artigo 68º
Regime transitório
| 132
Regime de Contabilidade Organizada é pago em três prestações mensais e
consecutivas.
Artigo 69º
Entrada em vigor
Promulgada em
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
Assinada em
O Presidente da Assembleia Nacional, em exercício,
Júlio Lopes Correia.
| 133
ANEXO
LISTA DAS ATIVIDADES A QUE SE REFERE O ARTIGO 2.º
(constantes do CAE de 2008)
3. Outras Actividades
| 134
| 135
REPUBLICAÇÃO DA LEI Nº 26/VIII/2013
de 21 de Janeiro
Com as alterações efectuadas pela Lei 102/VIII/2016, de 6 de Janeiro, e pelo Orçamento do Estado
para o ano de 2017.
| 136
Por mandato do povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
CAPÍTULO I
Princípios e Disposições Gerais
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Âmbito de aplicação
O presente Código aplica-se aos benefícios fiscais nele previstos, bem como aos
benefícios fiscais convencionais validamente aprovados e ratificados e os previstos
em legislação avulsa, designadamente nos códigos e legislação complementar em
matéria de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares e Colectivas (IRPS
e IRPC), Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), Imposto de Consumo Especial
(ICE), Imposto de Selo, Imposto Único sobre o Património (IUP) e Decreto-legislativo
n.º 11/2010, de 1 de Novembro, que aprova os benefícios à construção, reabilitação
e aquisição de habitação de interesse social.
Artigo 3.º
Conceitos
| 137
Artigo 4.º
Princípio da transparência
Artigo 5.º
Princípio da responsabilidade
| 138
Artigo 6.º
Pressupostos dos benefícios fiscais
Artigo 7.º
Reconhecimento dos Benefícios na Importação
1. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, para o gozo dos benefícios aduaneiros
previstos no presente código, o beneficiário deve solicitar à Autoridade Aduaneira
a vistoria da aplicação efectiva dos bens elegíveis aos referidos benefícios cujo
caderno de encargos e a lista de bens a importar tenham sido previamente
submetidos pela via electrónica às entidades implicadas na gestão dos benefícios
fiscais e tenham sido previamente aprovados pelo Serviço Central do Departamento
Governamental responsável pelo sector da actividade a isentar.
| 139
vistoria posterior demonstrar que não houve efectiva aplicação.
4. Para vistoria da aplicação efectiva da lista dos bens referidos nos números
anteriores, a Autoridade Aduaneira pode contratar especialistas, sendo os custos
decorrentes suportados pelo investidor.
Artigo 8.º
Constituição e reconhecimento dos benefícios fiscais
| 140
Artigo 9.º
Transmissão dos benefícios fiscais
2. O direito aos benefícios fiscais é transmissível em vida sempre que estes se mostrem
indissociáveis do regime jurídico aplicável a certos bens, designadamente quando
estejam em causa benefícios indissociáveis de títulos ou produtos financeiros.
Artigo 10.º
Sanções impeditivas, suspensivas e extintivas
estranhas aos benefícios fiscais
Artigo 11.º
Extinção dos benefícios fiscais
1. Os benefícios fiscais extinguem-se por caducidade, uma vez decorrido o prazo pelo
qual tenham sido concedidos, pela aplicação de sanção extintiva, pela verificação
da condição resolutiva a que estejam subordinados ou pela inobservância das
obrigações impostas ao contribuinte, quando esta seja imputável ao beneficiário.
| 141
CAPÍTULO II
Benefícios Fiscais ao Investimento
Artigo 12.º
Crédito fiscal ao investimento
3. A parcela do crédito fiscal não utilizada num exercício, pode ser deduzida nos
exercícios seguintes, caducando o direito à sua utilização no décimo quinto
exercício fiscal, a contar da data do início do investimento, para os projectos em
funcionamento, ou do início de exploração, para os projectos novos, observado
o limite do número anterior.
| 142
e) Demais bens de investimento não directamente ligados ao objecto principal
do projecto de investimento;
Artigo 13.º
Isenção de IUP
| 143
Artigo 14.º
Isenção de Imposto de Selo
Artigo 15.º
Isenção de direitos aduaneiros
| 144
j) Veículos de transporte de mercadorias ou colectivos de trabalhadores para
a utilização exclusiva de estabelecimentos industriais;
Artigo 16.º
Benefícios fiscais contratuais
| 145
a) Ser o valor do investimento superior a quinhentos e cinquenta mil contos;
3. Os benefícios estabelecidos pelo presente artigo não são cumuláveis com quaisquer
outros benefícios previstos no presente Código
CAPÍTULO III
Benefícios Fiscais à Internacionalização
Artigo 17.º
Benefícios fiscais em sede de IUR
| 146
a contratar através de contrato de trabalho, quanto aos rendimentos que aufiram
ao serviço das empresas promotoras dos projectos de investimento referidos no
número anterior, que exerçam funções de gerência, direcção, controlo de qualidade
ou formação e adquiram a qualidade de residentes pela primeira vez em cinco anos.
3. Os benefícios fiscais a conceder nos termos do presente capítulo não são cumuláveis
com outros benefícios previstos no presente código, excepto os estabelecidos no
artigo 29.º.
Artigo 18.º
Outros benefícios fiscais
| 147
CAPÍTULO IV
Benefícios Fiscais ao Centro Internacional de Negócios
Artigo 19.º
Benefícios fiscais em sede de imposto sobre o rendimento
| 148
8. Para efeito do disposto no número 5, a Administração Fiscal deve proceder a
divulgação pública das entidades licenciadas e dos demais elementos aí referidos,
no prazo de 48 horas, a contar da data do recebimento dos respectivos documentos.
a) Aos lucros colocados à sua disposição por essas sociedades, e que tenham
sido tributados de acordo com os números anteriores; e
Artigo 20.º
Benefícios de natureza aduaneira
| 149
CAPÍTULO V
Benefícios Fiscais à Poupança e Setor Financeiro
Artigo 21.º
Aplicações financeiras de longo prazo
Artigo 22.º
Fundos de poupança
3. As importâncias pagas por FPR, FPE e FPR/E estão isentas de IRPS até ao valor
anual de 30.000$00 (trinta mil escudos), havendo tributação acima desse valor,
excluindo a componente de capital, nos seguintes termos:
c) De acordo com ambas as regras estabelecidas nas alíneas anteriores, nos casos
em que se verifiquem, simultaneamente, as modalidades nelas referidas.
| 150
4. O valor dos PPR/E pode ser objecto de reembolso sem perda do benefício fiscal
respectivo nos termos e condições do artigo 8.º do Decreto-lei n.º 26/2010, de 2
de agosto.
Artigo 23.º
Mercado de valores mobiliários
3. Os dividendos das acções cotadas em bolsa, não estão sujeitos a tributação, desde
que os mesmos sejam postos à disposição do titular até 31 de Dezembro de 2025.
Artigo 24.º
Fundos de investimento
| 151
relativamente aos rendimentos respeitantes a unidades de participação nesses
fundos.
Artigo 25.º
Fundos de capital de risco
Artigo 26.º
Fundos de poupança em acções
| 152
Artigo 27.º
Sociedades gestoras de participações sociais
Artigo 28.º
Instituições financeiras internacionais
2. As pessoas singulares e colectivas não residentes que sejam clientes das instituições
referidas no número anterior do presente artigo, bem como as residentes em
relação a capitais que detenham no estrangeiro que contratem com instituições
financeiras, na qualidade de clientes dos serviços que estas possam legalmente
prestar, gozam dos seguintes benefícios fiscais:
| 153
3. A isenção prevista na alínea b) do número 1 não se aplica às operações realizadas
com residentes, que devem ser segregadas contabilisticamente, relevando para o
cálculo do seu lucro tributável os respectivos custos directos e a imputação dos
custos de estrutura que correspondam à proporção dos proveitos destas operações
no total de proveitos gerados no exercício em causa.
Artigo 29.º
Isenção para lucros retidos
2. Os lucros referidos no número anterior devem ser objecto de uma reserva especial
não distribuível durante um período de 5 anos.
CAPÍTULO VI
Benefícios Fiscais de Caráter Social
Artigo 30.º
Criação de emprego
a) 26.000$00 (vinte e seis mil escudos) por posto de trabalho criado nos concelhos
da Boa Vista, da Praia e do Sal;
b) 30.000$00 (trinta mil escudos) por posto de trabalho criado nos demais
concelhos;
c) 35.000$00 (trinta e cinco mil escudos) por posto de trabalho criado para
pessoa portadora de deficiência.
| 154
pelo peso atribuído ao mês e calculada depois a média anual dos resultados
mensais assim obtidos;
Artigo 31.º
Formação, estágios e bolsas
b) Encargos com a contratação de jovens com idade não superior a 35 anos para
estágio, e de quaisquer pessoas para formação ou reconversão profissional em
empresas, com duração mínima de seis meses e duração máxima de um ano;
| 155
2. Para efeitos da alínea a) do número anterior, consideram-se encargos com
formação os que respeitem à frequência de cursos profissionais ou superiores em
estabelecimentos de ensino ou de formação profissional no país e certificados pelas
entidades competentes, bem como os encargos com bolsas de estudo ou despesas
de inscrição e propinas, comprovadas por certificados de frequência emitidos
pelos estabelecimentos de ensino ou formação aos trabalhadores beneficiários.
Artigo 32.º
Mecenato de pessoas colectivas
Artigo 33.º
Mecenato de pessoas singulares
| 156
Artigo 34.º
Beneficiários
c) As associações de municípios;
Artigo 36.º
Condições relativas aos donativos
3. No caso de doação, o valor dos bens doados a relevar como custo será o valor
fiscal que os bens tiverem no exercício em que a mesma ocorrer.
Artigo 37.º
Mecenato social
| 157
a) A reeducação e a desintoxicação de pessoas, designadamente jovens, vítimas
do consumo do álcool e de outras drogas;
Artigo 38.º
Mecenato cultural
| 158
e) Apoio a outras actividades culturais e artísticas assim reconhecidas pelo
departamento governamental responsável pela cultura, designadamente
a realização de missões culturais no país e no exterior, a contratação de
serviços para elaboração de projectos culturais e outras acções consideradas
relevantes pelo referido departamento governamental.
Artigo 39.º
Mecenato desportivo
| 159
Artigo 40.º
Mecenato educacional, ambiental, juvenil,
científico, tecnológico, no domínio da segurança e para a saúde
| 160
Artigo 41.º
Mecenato para sociedade da informação
Artigo 42.º
Registo e acompanhamento
CAPÍTULO VII
Benefícios Fiscais Aduaneiros
Artigo 43.º
Agricultura, pecuária e pescas
| 161
f) Equipamento para abate de animais ou conservação de carnes, jaulas
coníferas, cunicultura, comedouros, aquecedores, instrumentos e utensílios
destinados ao apetrechamento de instalações pecuárias.
Artigo 44.º
Indústria
Artigo 45.º
Aeronáutica civil
| 162
b) Aeronaves, seus motores, reactores, aparelhos, instrumentos, partes, peças
separadas e acessórios, incluídos os de reserva;
Artigo 46.º
Transporte marítimo
| 163
Artigo 47.º
Comunicação social
Está isenta de direitos aduaneiros a importação dos seguintes bens, quando feita por
empresas de comunicação social legalmente estabelecidas e destinadas exclusivamente
ao apetrechamento das suas instalações ou ao serviço de reportagem:
g) Microfones;
Artigo 48.º
Missões diplomáticas e consulares
e seus agentes e funcionários
| 164
3. As disposições previstas nos números 1 e 2 do presente artigo são igualmente
aplicáveis, mutandi mutandis, aos postos consulares de carreira - não honorários,
aos respectivos funcionários e familiares destes que com eles vivam, bem como aos
empregados desses consulados, desde que não sejam nacionais de Cabo Verde.
| 165
Artigo 49.º
Funcionários diplomáticos e
administrativos cabo-verdianos
Artigo 50.º
Ajuda ao desenvolvimento
| 166
Artigo 51.º
Mecenato, benefícios aduaneiros
a) Bens importados pelas pessoas que exerçam as actividades sem fins lucrativos
referidas nos artigos 37.º a 41.º e destinados a uso exclusivo na sua actividade;
b) Bens importados por mecenas para doação, sempre que o beneficiário esteja
legalmente constituído ou, em caso negativo, registado no serviço central
de controlo.
Artigo 52.º
Regresso definitivo de não residentes
| 167
Artigo 53.º
Cidadãos estrangeiros reformados
Artigo 54.º
Deficientes motores
Artigo 55.º
Sector da saúde
| 168
Artigo 56.º
Equipamentos musicais e materiais desportivos
Artigo 57.º
Forças armadas, corporações policiais,
de bombeiros e gentes prisionais
Artigo 58.º
Partidos políticos e candidaturas independentes
| 169
CAPÍTULO VIII
Benefícios fiscais relativos aos
processos de recuperação e insolvência
Artigo 59.º
Constituição dos benefícios fiscais
Artigo 60.º
Benefícios relativos a impostos sobre o rendimento
das pessoas singulares e colectivas
3. O valor dos créditos que for objecto de redução, ao abrigo de acordo extrajudicial
de recuperação ou plano de recuperação homologados judicialmente, é considerado
como custo ou perda do respectivo exercício, para efeitos de apuramento do lucro
tributável ou do rendimento dos sujeitos passivos do imposto sobre o rendimento
das pessoas singulares e das pessoas colectivas.
| 170
Artigo 61.º
Benefício relativo ao imposto do selo
Artigo 62.º
Benefício relativo ao imposto único sobre o património
| 171
3. Estão igualmente isentos de imposto sobre o património os actos de venda,
permuta ou cessão de empresa ou de estabelecimentos, destes integrados em
acordo extrajudicial de recuperação ou plano de recuperação homologados
judicialmente, ou de plano de insolvência homologado, e os praticados no âmbito
da liquidação da massa insolvente.
CAPITULO IX
Regime Sancionatório e disposições finais
Artigo 63.º
Regime sancionatório
a) A falta de entrega nos cofres do Estado dos impostos devidos, desde que
ocorra uma única vez;
| 172
Artigo 64.º
Normas transitórias
1. São mantidos nos termos em que foram concedidos os benefícios fiscais concedidos
antes da entrada em vigor do presente Código, ou cujo reconhecimento tenha sido
solicitado antes dessa data, com base na legislação ou nos estatutos profissionais
até então em vigor.
Artigo 65.º
Normas revogatórias
Com efeitos a partir da data de entrada em vigor do presente Código são revogados
todos os diplomas que o contrariem, nomeadamente:
| 173
Artigo 66.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos De Almeida Fonseca.
| 174
| 175
REPUBLICAÇÃO DA LEI N.º 82/VIII/2014
de 8 de Janeiro
Aprova o código do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRPC), com a redacção
dada pelo Orçamento do Estado de 2017.
| 176
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
DAS PESSOAS COLECTIVA
Artigo 1º
Aprovação
Artigo 2º
Regime de transparência fiscal
Artigo 3.º
Título do Tesouro
Artigo 4º
Obras de carácter plurianual e obras efectuadas
por conta própria vendidas fraccionadamente
1. São aplicáveis aos contratos para a construção de um activo cujo ciclo de produção
ou tempo de construção seja superior a um ano, e que se encontrem em curso
à data em vigor do Código do IRPC, os critérios do Regulamento do IUR, até à
conclusão da obra.
| 177
Artigo 5º
Mudança de critério valorimétrico
Artigo 6º
Depreciação e amortização
Artigo 7º
Provisões fiscalmente aceites em exercícios anteriores
a) Após a dedução do montante que nesse período seja utilizado nos termos
previstos no Regulamento do IUR, para efeitos de determinação da matéria
colectável do IRPC; e
Artigo 8º
Reporte de prejuízos
| 178
Artigo 9º
Reservas
Os lucros levados a reservas que tenham sido reinvestidos nos termos do Regulamento
do IUR e demais legislação aplicável até ao fim do exercício imediatamente anterior
ao do início de vigência do Código do IRPC, podem ser deduzidos, se ainda o não
tiverem sido, na determinação do lucro tributável para efeitos do IRPC, nos termos
e condições estabelecidas no artigo 48.º do Regulamento do IUR e da respectiva
legislação complementar.
Artigo 10º
Liquidação do imposto
Artigo 11º
Regimes de tributação – transição
| 179
4. As empresas que fiquem enquadradas no regime simplificado para micro e
pequenas empresas, nos termos do número 2 do presente artigo, ficam obrigadas a
permanecer nesse regime durante um período mínimo de 5 (cinco) anos, tal como
previsto no artigo 70.º da lei que aprova o regime jurídico especial das micro e
pequenas empresas, salvo se nesse período deixarem de preencher os requisitos
definidores do regime.
Artigo 12º
Pagamento do IRPC
1. O IUR referente ao exercício de 2014 devido pelas empresas tributadas pelo método
de verificação que tenham optado pelo regime de contabilidade organizada é
pago da seguinte forma:
Artigo 13º
Entrega mensal das retenções na fonte
O IUR retido no último mês do exercício fiscal de 2014 é entregue pelas entidades
devedoras dos rendimentos até ao dia 15 de Janeiro de 2015.
Artigo 14º
Declaração de inscrição no registo
| 180
Artigo 15º
Remissão
Artigo 16º
Revogação
c) Os artigos 1.º e 2.º da Lei n.º 59/VI/2005, 18 de Abril, que altera alguns
artigos da Lei n.º 127/IV/95, de 26 de Junho, e o Decreto-lei n.º 1/96, de
15 de Janeiro;
2. O disposto no número anterior não obsta a que a legislação respeitante ao IUR seja
aplicada a rendimentos obtidos antes da entrada em vigor do Código do IRPC.
Artigo 17º
Alterações ao Código
| 181
Artigo 18º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos De Almeida Fonseca.
| 182
CÓDIGO DO IMPOSTO DE SOBRE O RENDIMENTO
DAS PESSOAS COLECTIVAS
TÍTULO I
INCIDÊNCIA
CAPÍTULO I
INCIDÊNCIA SUBJECTIVA E OBJECTIVA
Artigo 1º
Âmbito do imposto
O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRPC) incide sobre os rendimentos
dos respectivos sujeitos passivos, provenientes de actos lícitos ou ilícitos, obtidos nos
termos deste Código a qualquer título, no período de tributação.
Artigo 2º
Incidência subjectiva
| 183
Artigo 3.º
Exclusão de incidência
2. A não sujeição a que se refere o número anterior não abrange os rendimentos que
decorram do exercício das actividades referidas no artigo 6.º.
Artigo 4º
Incidência objectiva
| 184
4. São componentes do lucro imputável ao estabelecimento estável, para efeitos
da alínea a) do número 2, os rendimentos de qualquer natureza obtidos por seu
intermédio e, bem assim, os rendimentos relativos a vendas em território nacional
de bens idênticos ou semelhantes aos vendidos através de estabelecimento estável
localizado em território nacional.
Artigo 5º
Actividades de natureza comercial, industrial,
agrícola ou piscatória
c) O exercício de cargos nos seus órgãos sociais que não seja remunerado;
Artigo 6º
Extensão da obrigação do imposto
| 185
Artigo 7º
Rendimentos obtidos em território nacional
| 186
d) Prémios de jogos de diversão social, nomeadamente lotarias, rifas e apostas
mútuas, bem como as importâncias ou prémios atribuídos em quaisquer
sorteios e outros jogos regulamentados;
Artigo 8º
Estabelecimento estável
| 187
b) Um local ou um estaleiro de construção, de instalação ou de montagem,
quando a sua duração ou a duração da obra ou da actividade exceder 183
(cento e oitenta e três) dias.
| 188
para serem transformadas por outra empresa;
Artigo 9º
Transparência fiscal
| 189
CAPÍTULO II
Artigo 10º
Período de tributação
1. O IRPC é devido por cada exercício económico, que coincide com o ano civil, sem
prejuízo das excepções previstas neste artigo.
| 190
Artigo 11º
Cessação de actividade
Artigo 12º
Facto gerador
| 191
CAPÍTULO III
ISENÇÕES
Artigo 13.º
Isenções subjectivas
Artigo 14.º
Isenções para actividades agrícolas ou piscatórias
1. Fica isento de imposto em 50% (cinquenta por cento) o lucro tributável proveniente
das actividades agrícolas ou piscatórias auferidos por sujeitos passivos que as
exerçam de forma exclusiva e que se encontrem enquadrados no regime de
contabilidade organizada.
| 192
b) A exploração de pastos naturais, água e outros produtos espontâneos,
explorados directamente ou por terceiros;
TÍTULO II
DETERMINAÇÃO DA MATÉRIA COLECTÁVEL
CAPÍTULO I
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
Artigo 15º
Regimes de determinação da matéria colectável
CAPÍTULO II
REGIME SIMPLIFICADO PARA MICRO
E PEQUENAS EMPRESAS
Artigo 16º
Âmbito de aplicação
| 193
Artigo 17º
Verificação de pressupostos e renúncia
4. Sempre que ao sujeito passivo seja fixada definitivamente matéria colectável que
pressuponha volume de negócios de valor superior ao limite para a integração
no regime simplificado para micro e pequenas empresas, deve este entregar a
declaração de alterações a que se refere o artigo 101º, no prazo de 15 (quinze)
dias a contar da notificação daquela fixação.
Artigo 18º
Período mínimo de permanência
1. Sem prejuízo do disposto na legislação especial aplicável, não tendo optado pelo
regime simplificado para micro e pequenas empresas nos termos do artigo 17.º
ou tendo renunciado à sua aplicação nos termos do artigo 18.º, o sujeito passivo é
obrigado a permanecer no regime de contabilidade organizada durante um período
mínimo de cinco anos, prorrogável automaticamente por períodos de 1 (um) ano.
2. O sujeito passivo que tenha permanecido pelo menos 5 (cinco) anos no regime
de contabilidade organizada pode optar pelo regime simplificado para micro e
pequenas empresas através da declaração de alterações a que se refere o artigo
101.º, que produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano civil seguinte.
Artigo 19º
Transição entre regimes
| 194
a) O valor depreciável ou amortizável corresponde ao custo de aquisição
deduzido das quotas de depreciação ou amortização determinadas de acordo
com o método das quotas constantes relativas ao período durante o qual o
sujeito passivo permaneceu no regime simplificado para micro e pequenas
empresas ou, quando o custo de aquisição não seja conhecido, ao valor de
mercado desses bens em estado de uso à data da transição para o regime
de contabilidade organizada;
CAPÍTULO III
REGIME DE CONTABILIDADE ORGANIZADA
Secção I
Matéria colectável
Artigo 20.º
Regime de contabilidade organizada
| 195
2. Os sujeitos passivos enquadrados no regime de contabilidade organizada estão
obrigados a observar o previsto no número 2 do artigo 23.º.
Artigo 21º
Matéria colectável do regime
de contabilidade organizada
a) Prejuízos fiscais;
| 196
SECÇÃO II
Sujeitos passivos residentes que exerçam a título principal,
actividade comercial, industrial, agrícola ou piscatória
SUBSECÇÃO I
Regras Gerais
Artigo 22.º
Cálculo do lucro tributável
Artigo 23º
Periodização do lucro tributável
| 197
3. Para efeitos de aplicação do disposto no número 1:
| 198
Artigo 24º
Contratos de construção e obras de carácter plurianual
3. A determinação dos resultados nas obras efectuadas por conta própria vendidas
fraccionadamente é efectuada à medida que forem sendo entregues aos adquirentes,
ainda que não sejam conhecidos exactamente os correspondentes gastos totais.
Artigo 25º
Rendimentos
c) Rendimentos de imóveis;
i) Mais-valias realizadas;
| 199
k) Subsídios à exploração.
Artigo 26º
Variações patrimoniais positivas
Artigo 27º
Subsídios e subvenções relacionados com activos não correntes
| 200
Artigo 28.º
Gastos
g) As depreciações e amortizações;
i) As provisões;
l) As menos-valias realizadas;
| 201
Artigo 29º
Gastos não dedutíveis
| 202
quando o sujeito passivo comunique o nome e endereço do beneficiário à
Administração Fiscal;
l) O imposto único sobre o património, excepto quanto aos imoveis cuja compra
e venda seja essencial à prossecução da actividade do sujeito passivo no
ramo imobiliário.
Artigo 30.º
Limites à dedução de gastos
a) 30% (trinta por cento) dos gastos relacionados com viaturas ligeiras de
passageiros ou mistas, designadamente, depreciações, rendas ou alugueres,
seguros, reparações e combustível, excepto tratando-se de viaturas afectas à
exploração de serviço público de transportes ou destinadas a ser alugadas no
exercício da actividade normal do respectivo sujeito passivo e sem prejuízo
do disposto na alínea e) do número 1 do artigo 52.º;
| 203
Artigo 31º
Gastos relativos a gratificações e outras remunerações
a título de participação nos resultados
Artigo 32º
Variações patrimoniais negativas
Nas mesmas condições referidas para os gastos, concorrem ainda para a formação
do lucro tributável as variações patrimoniais negativas não reflectidas no resultado
líquido do período, excepto:
| 204
d) As prestações do associante ao associado, no âmbito da associação em
participação;
Artigo 33º
Relocação financeira e venda com locação de retoma
Artigo 34º
Créditos incobráveis
Sem prejuízo do disposto nos artigos 42.º e 43.º os créditos incobráveis podem ser
considerados directamente gastos do exercício na medida em que tal resulte de processo
de execução ou falência, quando relativamente aos mesmos não tenha sido admitida
a dedução das perdas por imparidade nos termos daqueles artigos ou, sendo-o, esta
se mostre insuficiente.
Artigo 35º
Realizações de utilidade social
| 205
2. As realizações de utilidade social referidas no número anterior devem ter
carácter geral e não revestirem a natureza de remuneração ou serem de difícil
ou complexa individualização relativamente a cada um dos beneficiários.
Artigo 36º
Donativos
SUBSECÇÃO II
Activos correntes
Artigo 37º
Mensuração dos inventários
| 206
Artigo 38º
Alteração dos métodos de mensuração de inventários
Artigo 39º
Perdas por imparidade em activos correntes
1. Podem ser deduzidas, para efeitos fiscais, as seguintes perdas por imparidade:
2. Podem, igualmente, ser deduzidas para efeitos fiscais as perdas por imparidade
que as empresas seguradoras e as instituições financeiras submetidas à supervisão
das autoridades competentes, se encontrem obrigadas a constituir, por imposição
de carácter geral e abstracto, relativas a risco específico de crédito e de risco-país,
para perdas ou menos-valias de títulos e outras aplicações, ou relativas a prémios
de seguros por cobrar.
Artigo 40º
Perdas por imparidade em inventários
| 207
Artigo 41º
Perdas por imparidade em créditos
a) 25% (vinte e cinco por cento) para créditos em mora há mais de 6 (seis)
meses e até 12 (doze) meses;
b) 50% (cinquenta por cento) para créditos em mora há mais de 12 (doze) meses
e até 18 (dezoito) meses;
c) 75% (setenta e cinco por cento) para créditos em mora há mais de 18 (dezoito)
meses e até 24 (vinte e quatro) meses;
d) 100% (cem por cento) para créditos em mora há mais de 24 (vinte e quatro)
meses.
d) Os créditos sobre entidades cujo capital seja participado pelo sujeito passivo
em mais de 10% (dez por cento), salvo nos casos previstos nas alíneas a) e
b) do número 1.
| 208
Artigo 42º
Perdas por imparidade nas empresas seguradoras
e instituições financeiras
1. O montante anual acumulado das perdas por imparidade a que se refere o número
2 do artigo 40.º não pode ultrapassar o valor que corresponda à aplicação dos
limites mínimos obrigatórios nos termos dos avisos e instruções emanados da
entidade de supervisão.
SUBSECÇÃO III
Activos não correntes
Artigo 43.º
Elementos depreciáveis ou amortizáveis
| 209
3. Salvo razões devidamente justificadas e aceites pela Administração Fiscal, os
elementos do activo só se consideram sujeitos a deperecimento depois de entrarem
em funcionamento.
Artigo 44º
Revalorização do activo não corrente
Artigo 45º
Elementos de reduzido valor
Artigo 46º
Métodos de cálculo das depreciações e amortizações
| 210
3. Podem, ainda, utilizar-se outros métodos, não previstos nos números anteriores
quando a natureza do deperecimento ou a actividade económica da empresa o
justifique, após reconhecimento prévio da Administração Fiscal.
Artigo 47º
Período máximo de vida útil
Artigo 48º
Período de depreciação e amortização
| 211
Artigo 49º
Quotas de depreciação e amortização
a) 1,5 (um virgula cinco), se o período de vida útil do elemento for inferior a
5 (cinco) anos;
c) 2,5 (dois virgula cinco), se o período de vida útil do elemento for superior
a 6 (seis) anos.
Artigo 50º
Grandes reparações
| 212
Artigo 51º
Depreciações e amortizações não aceites como gastos
Artigo 52º
Perdas por imparidade em activos não correntes
1. Podem ser aceites para efeitos fiscais as perdas por imparidade em activos
referidos no número 1 do artigo 44.º provenientes de causas anormais devidamente
comprovadas, designadamente, desastres, fenómenos naturais, inovações técnicas
excepcionalmente rápidas ou alterações significativas e com efeito adverso do
contexto legal.
| 213
a) Haver comprovação do abate físico, desmantelamento, abandono ou
inutilização dos bens, através do respectivo auto, assinado por duas
testemunhas, e identificados e comprovados os factos que originaram as
desvalorizações excepcionais;
SUBSECÇÃO IV
Provisões
Artigo 53.º
Provisões fiscalmente dedutíveis
| 214
c) As provisões constituídas pelas empresas pertencentes ao sector das
indústrias extractivas que se destinem a fazer face aos encargos com a
recuperação paisagística e ambiental dos locais afectos à exploração, após
a cessação desta, nos termos da legislação aplicável.
2. As provisões previstas no número anterior que não devam subsistir por não se
terem verificado os eventos a que se reportam e as que forem usadas para fins
diversos dos previstos neste artigo, consideram-se componentes positivas do
lucro tributável no período de tributação.
SUBSECÇÃO V
Mais-valias e menos-valias
Artigo 54º
Mais-valias e menos-valias
| 215
vencimento, até à data da transmissão, bem como da diferença pela parte
correspondente àqueles períodos, entre o valor de reembolso e o preço da
emissão, nos casos de títulos cuja remuneração seja constituída, total ou
parcialmente, por aquela diferença;
4. No caso de troca por bens futuros, o valor de mercado destes é o que lhes
corresponderia à data de troca.
| 216
e) No caso de aquisição onerosa de partes sociais e de outros valores mobiliários
cotados em bolsa, o custo documentalmente comprovado ou, na sua falta,
se outro menos elevado não for declarado, o da menor cotação verificada,
desde a data em que foi adquirida ou se presuma que tenha sido adquirida;
Artigo 55º
Correcção monetária das mais-valias e das menos-valias
3. Quando, nos termos do regime especial previsto nos artigos 75.º e 76.º, haja lugar
à valorização das participações sociais recebidas pelo mesmo valor pelo qual
as antigas se encontravam registadas, considera-se, para efeitos do disposto no
número anterior, data de aquisição das primeiras a que corresponder à das últimas.
Artigo 56º
Reinvestimento dos valores de realização
| 217
c) O reinvestimento seja efectuado no período de tributação anterior ao da
realização, no próprio período de tributação ou até ao fim do segundo
período de tributação seguinte;
| 218
SUBSECÇÃO VI
Instrumentos financeiros derivados
Artigo 57º
Instrumentos financeiros derivados
| 219
a) As operações efectuadas com vista à cobertura de riscos a incorrer por outras
entidades, ou por estabelecimentos da entidade que realiza as operações
cujos rendimentos não sejam tributados pelo regime geral de tributação;
SUBSECÇÃO VII
Eliminação da dupla tributação
económica de lucros distribuídos
Artigo 58º
Eliminação da dupla tributação
económica dos lucros distribuídos
| 220
11. Para efeitos da determinação do lucro tributável dos sujeitos passivos residentes
ou não residentes com estabelecimento estável, são deduzidos os rendimentos,
incluídos na base tributável, correspondentes a lucros distribuídos por entidades
não residentes sujeitos e não isentos de imposto sobre o rendimento.
12. A dedução a que se refere o número 1 é de 50% (cinquenta por cento) dos lucros
distribuídos e incluídos na base tributável quando as entidades beneficiem
de redução de taxa de IRPC.
SUBSECÇÃO VIII
Dedução de prejuízos
Artigo 59º
Dedução de prejuízos fiscais
| 221
7. O previsto no número 1 é inaplicável quando o sujeito passivo apresente volume
de negócios nulo e não obtenha quaisquer rendimentos resultantes do decurso
normal da sua actividade durante 2 (dois) períodos de tributação consecutivos,
caso em que os prejuízos fiscais existentes se extinguem.
SECÇÃO III
Sujeitos passivos residentes que não exerçam, a título principal,
actividade comercial, industrial ou agrícola
Artigo 60º
Determinação do rendimento global
Artigo 61º
Gastos comuns e outros
| 222
b) Se estiverem ligados à obtenção de rendimentos sujeitos e não isentos, bem
como à de rendimentos não sujeitos ou isentos, deduz-se ao rendimento
global a parte dos gastos comuns imputável aos rendimentos sujeitos e
não isentos.
CAPÍTULO IV
SUJEITOS PASSIVOS NÃO RESIDENTES
Artigo 62º
Apuramento do lucro tributável
de estabelecimento estável
3. Nos casos em que não seja possível efectuar uma imputação com base na utilização
pelo estabelecimento estável dos bens e serviços a que respeitam os encargos
gerais, são admissíveis, entre outros critérios de repartição, os seguintes:
a) Volume de negócios;
b) Gastos directos;
| 223
Artigo 63º
Determinação da matéria colectável
de estabelecimento estável
A matéria colectável dos sujeitos passivos não residentes com estabelecimento estável
obtém-se pela dedução ao lucro tributável imputável a esse estabelecimento, dos
montantes correspondentes a:
Artigo 64º
Rendimentos não imputáveis a estabelecimento estável
| 224
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES COMUNS E DIVERSAS
Artigo 65º
Preços de transferência
| 225
6. A Administração Fiscal pode igualmente proceder ao ajustamento correlativo
referido no número anterior quando tal resulte de convenções internacionais
celebradas por Cabo Verde e nos termos e condições previstos nas mesmas.
Artigo 66.º
Relações especiais
1. Considera-se que existem relações especiais entre duas entidades nas situações
em que uma tem o poder de exercer, directa ou indirectamente, uma influência
significativa nas decisões de gestão da outra, o que se verifica, nomeadamente,
entre:
| 226
Artigo 67º
Imputação de rendimentos de entidades não residentes
que beneficiem de regime de tributação privilegiada
3. Para efeitos do número anterior, aos lucros ou aos rendimentos sujeitos a imputação
é deduzido, até aos respectivos montantes, o imposto sobre o rendimento incidente
sobre esses lucros ou rendimentos, a que houver lugar de acordo com o regime
fiscal aplicável no Estado de residência dessa entidade, bem como os prejuízos ou
rendimentos líquidos negativos obtidos nos últimos cinco períodos e que ainda
não tenham sido considerados para efeitos deste regime.
| 227
respeitantes a uma experiência adquirida no sector industrial, comercial
ou científico ou à prestação de assistência técnica;
6. A dedução que se refere na parte final do número anterior é feita até à concorrência
do montante de IRPC apurado no período de tributação de imputação dos lucros
ou rendimentos, após as deduções mencionadas nas alíneas a) e b) do número
1 do artigo 92.º.
| 228
Artigo 68º
Limitação à dedutibilidade de gastos de endividamento
4. Sempre que o período de tributação tenha duração inferior a 1 (um) ano, o limite
previsto na alínea a) do número 1 é determinado proporcionalmente ao número
de meses desse período de tributação.
| 229
Artigo 69º
Correcções nos casos de crédito de imposto e retenção na fonte
CAPÍTULO VI
Determinação da matéria colectável por métodos indirectos
Artigo 70º
Aplicação de métodos indirectos
Artigo 71º
Métodos indirectos e competência
Artigo 72º
Notificação do sujeito passivo
| 230
TÍTULO III
TRANSFORMAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE SOCIEDADES
CAPÍTULO I
TRANSFORMAÇÃO DE SOCIEDADES
Artigo 73º
Regime aplicável
Artigo 74º
Regime especial aplicável às fusões e cisões de sociedades
| 231
2. Na determinação do lucro tributável das sociedades fundidas ou cindidas não
é considerado qualquer resultado por virtude de transmissão dos elementos
patrimoniais em consequência da fusão ou cisão nem são consideradas como
rendimentos, nos termos do número 3 do artigo 42.º, do número 5 do artigo 43.º e
do número 2 do artigo 54.º, as perdas por imparidade e as provisões constituídas
e aceites para efeitos fiscais que respeitem aos créditos, inventários e obrigações
e encargos objecto de transmissão.
| 232
a) A transferência global do património de uma ou mais sociedades, ditas
sociedades fundidas, para outra sociedade já existente, dita sociedade
beneficiária, e a atribuição aos sócios daquelas de partes representativas
do capital social da beneficiária e, eventualmente, de quantias em dinheiro
que não excedam 10% (dez por cento) do valor nominal ou, na falta de valor
nominal, do valor contabilístico equivalente ao nominal das participações
que lhes forem atribuídas;
| 233
Artigo 75º
Regime especial aplicável às entradas de activos
Artigo 76º
Regime aplicável aos sócios das sociedades fundidas ou cindidas
2. O disposto no número anterior não obsta à tributação dos sócios das sociedades
fundidas relativamente às importâncias em dinheiro que lhes sejam eventualmente
atribuídas em consequência da fusão.
| 234
Artigo 77º
Fusões, cisões e entradas de activos em que intervenham
pessoas colectivas que não sejam sociedades
Artigo 78º
Permuta de acções
| 235
6. Para efeitos do disposto nos números anteriores, os sócios da sociedade adquirida
devem solicitar os seguintes elementos:
CAPÍTULO II
LIQUIDAÇÃO DE SOCIEDADES E OUTRAS ENTIDADES
Artigo 79º
Sociedades em liquidação
| 236
5. À liquidação de sociedade decorrente da declaração de nulidade ou da anulação
do respectivo contrato é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos
números anteriores.
Artigo 80º
Resultado de liquidação
Artigo 81º
Resultado da partilha
| 237
Artigo 82º
Liquidação de pessoas colectivas que não sejam sociedades
CAPÍTULO III
CONSTITUIÇÃO DE SOCIEDADES COM PATRIMÓNIO
EMPRESARIAL DE PESSOA SINGULAR
Artigo 83º
Regime especial de neutralidade fiscal
3. Podem ser deduzidos aos lucros tributáveis da nova sociedade, os prejuízos fiscais
relativos ao exercício pela pessoa singular da actividade comercial, industrial,
agrícola, piscatória ou de serviços, ainda não deduzidos até ao fim do período
referido no artigo 60.º, contado do período de tributação a que os mesmos se
reportam, nos casos da realização de capital social resultante da transmissão da
totalidade do património afecto ao exercício de uma actividade empresarial e
profissional por uma pessoa singular, conforme dispõe o número 1, desde que
cumulativamente sejam observadas as condições previstas no Código do IRPS.
| 238
TÍTULO IV
TAXAS, LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO
CAPÍTULO I
TAXAS
Artigo 84º
Taxa geral de imposto
1. A taxa de IRPC é de 25% (vinte e cinco por cento) para os sujeitos passivos
enquadrados no regime de contabilidade organizada.
Artigo 85º
Taxas de retenção na fonte para residentes e não residentes
com estabelecimento estável
| 239
Artigo 86º
Taxas sobre rendimentos de não residentes sem estabelecimento estável
Os rendimentos obtidos em território nacional, nos termos do artigo 8.º, por não
residentes que não sejam imputáveis a estabelecimento estável nele situado, são
tributados nos seguintes termos:
Artigo 87º
Regras gerais de retenção na fonte
Artigo 88º
Dispensa de retenção na fonte
b) Lucros obtidos por entidades a que seja aplicável o disposto no artigo 59.º.
| 240
3. Quando não seja efectuada a prova a que se refere o número anterior, o substituto
tributário é responsável pelo pagamento do imposto nos termos do Código
Geral Tributário.
Artigo 89º
Taxas de tributação autónoma
2. São ainda tributados autonomamente, à taxa de 10% (dez por cento), considerando-
se para esse efeito o respectivo valor real ou de mercado, as remunerações em
espécie, designadamente:
| 241
turismo e similares, não conexas com as funções exercidas pelo trabalhador
ao serviço da mesma entidade;
4. O disposto na alínea b) do n.º 1 não se aplica aos sujeitos passivos que pelas
características das suas operações, demostrem necessidades adicionais de uso de
viaturas ligeiras de passageiros ou mistas e disponham de uma frota superior a 20;
7. A elevação das taxas referida no número anterior não se aplica nos três primeiros
anos de actividade e nos casos de elevados investimentos sujeitos a depreciações.
| 242
CAPÍTULO II
LIQUIDAÇÃO
Artigo 90º
Competência para a liquidação
3. Quando a liquidação deva ser feita pelo sujeito passivo na sua declaração, a
mesma terá por base a matéria colectável que conste da respectiva declaração.
Artigo 91º
Deduções à colecta
| 243
2. As deduções referidas no número 1, respeitantes a entidades a que seja aplicável
o regime de transparência fiscal estabelecido no artigo 10.º, são imputadas aos
respectivos sócios ou membros nos termos estabelecidos no número 2 desse artigo
e deduzidas ao montante apurado com base na matéria colectável que tenha tido
em consideração a imputação prevista no mesmo artigo.
3. As deduções previstas nos termos das alíneas a), b) e d) do número 1, devem ser
efectuadas até a concorrência da colecta do IRPC, não dando lugar a qualquer
reembolso salvo o disposto no número 8 quanto à dedução prevista na alínea d).
6. A liquidação prevista no número 1 pode ser corrigida, se for caso disso, dentro do
prazo de caducidade, cobrando-se ou anulando-se então as diferenças apuradas.
| 244
Artigo 92.º
Limitação de benefícios
1. O imposto liquidado nos termos do artigo 91.º e 92.º, líquido das deduções
previstas nas alíneas a) e b) do número 1 do último artigo, dos sujeitos passivos
que exerçam, a título principal, uma actividade comercial, industrial, agrícola ou
piscatória, bem como dos sujeitos passivos não residentes com estabelecimento
estável, não pode ser inferior a 90% (noventa por cento) do montante que seria
apurado se o sujeito passivo não usufruísse de benefícios fiscais e do regime
previsto no artigo 36.º.
c) Os previstos nos artigos 12.º, 27.º e 30.º do Código dos Benefícios Fiscais.
Artigo 93º
Crédito de imposto por dupla tributação internacional
Artigo 94º
Entrega de declaração sem meio de pagamento
4. Quando a declaração a que se refere o artigo 103º for apresentada sem o respectivo
meio de pagamento ou este se mostre insuficiente face ao imposto autoliquidado,
o pagamento do mesmo pode, ainda, ser efectuado durante os 30 dias seguintes ao
da apresentação da declaração, acrescentando à quantia a pagar os correspondentes
juros de mora calculados nos termos do Código Geral Tributário, sem prejuízo
da aplicação da coima.
| 245
5. Decorrido o prazo referido no número anterior sem que seja pago o imposto
autoliquidado pelo sujeito passivo e constante da respectiva declaração
oportunamente apresentada, proceder-se-á à extracção da certidão de dívida
para a cobrança coerciva do imposto.
CAPÍTULO III
PAGAMENTO
Artigo 95º
Pagamento do imposto
1. O IRPC deve ser pago até ao último dia do prazo estabelecido no artigo 103.º para
a apresentação da declaração de rendimentos.
5. Quando o imposto não puder ser pago de uma só vez o sujeito passivo pode
requerer o pagamento em prestações nos termos do Código Geral Tributário.
Artigo 96º
Pagamentos fraccionados
| 246
3. Caso não seja apurada a colecta, os pagamentos fraccionados correspondem
a 15% (quinze por cento) do lucro tributável apurado no ano anterior, sendo
efectuados em três pagamentos fraccionados de igual valor com vencimento nas
datas referidas no número 1.
Artigo 97º
Limite mínimo para cobrança ou reembolso
Artigo 98º
Modalidades e local de pagamento
| 247
TÍTULO V
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS E FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS
Artigo 99º
Obrigações declarativas
| 248
rendimentos isentos ou sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória.
b) Cópia da acta da assembleia geral que tiver aprovado as contas ou, havendo
aprovação judicial, certidão da respectiva decisão;
Artigo 100º
Declaração de inscrição, de alterações ou de cessação
| 249
3. Os sujeitos passivos não residentes e que obtenham rendimentos não imputáveis
a estabelecimento estável situado em território nacional relativamente aos quais
haja lugar à obrigação de apresentar a declaração a que se refere o artigo 101.º,
são igualmente obrigados a apresentar a declaração de inscrição no registo, em
qualquer repartição de finanças ou noutro local legalmente autorizado, no prazo
de 30 (trinta) dias a contar da data da ocorrência do facto que originou o direito
aos mesmos rendimentos.
Artigo 101º
Declaração verbal de inscrição, de alterações ou de cessação
Artigo 102º
Declaração anual de rendimentos
| 250
2. Relativamente aos sujeitos passivos que, nos termos dos números 2 e 3 do artigo
11.º, adoptem um período de tributação diferente do ano civil, a declaração deve
ser enviada até ao último dia do 5.º (quinto) mês seguinte à data do termo desse
período, independentemente de esse dia ser útil ou não, prazo que é igualmente
aplicável relativamente ao período mencionado na alínea d) do número 4 do
artigo 11.º.
Artigo 103º
Declaração de substituição
Artigo 104º
Declaração anual de informação contabilística e fiscal
| 251
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os sujeitos passivos residentes que
beneficiem de regime de tributação privilegiada, tal como definido no Código
Geral Tributário, estão obrigados a identificar os titulares do respectivo capital
na declaração anual de informação contabilística e fiscal, independentemente da
distribuição de lucros.
Artigo 105º
Contabilidade organizada
| 252
(noventa) dias, contados do último dia do mês a que as operações respeitam;
Artigo 106º
Dispensa de obrigações declarativas
CAPÍTULO II
OBRIGAÇÕES RELATIVAS À RETENÇÃO NA FONTE
Artigo 107º
Obrigações das entidades que devam
efectuar retenções na fonte
Artigo 108º
Transferência de rendimento para o estrangeiro
| 253
CAPÍTULO III
FISCALIZAÇÃO
Artigo 109º
Dever de fiscalização das entidades públicas
Artigo 110º
Dever de fiscalização pela Administração Fiscal
O cumprimento das obrigações impostas por este Código é fiscalizado pela Direcção
Nacional das Receitas do Estado, nos termos da lei.
Artigo 111º
Dever de cooperação dos organismos públicos e outras entidades
| 254
| 255
REPUBLICAÇÃO DA LEI N.º 78/VIII/2014
de 31 de dezembro,
Aprova o código do imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRPS), com a redacção
dada pelo Orçamento do Estado de 2017.
| 256
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1º
Aprovação
Artigo 2º
Regime transitório
1. O IUR relativo ao ano de 2014 e aos anos anteriores devido por sujeitos passivos
abrangidos pelo método declarativo é pago nos termos gerais do Regulamento
do IUR e legislação complementar.
2. O IUR relativo ao ano de 2014 devido por sujeitos passivos abrangidos pelo método
da estimativa é pago em doze prestações mensais consecutivas no ano de 2015.
Artigo 3º
Regime de transparência fiscal
Artigo 4º
Declaração de inscrição no registo
| 257
Artigo 5º
Revogação
2. O disposto no número anterior não obsta que a legislação respeitante ao IUR seja
aplicada a rendimentos obtidos antes da entrada em vigor do Código do IRPS.
Artigo 6º
Remissão
Artigo 7º
Alterações ao Código
| 258
Artigo 8º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 259
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
DAS PESSOAS SINGULARES
CAPÍTULO I
INCIDÊNCIA
Secção I
Incidência real
Artigo 1º
Âmbito e categorias
1. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS) incide sobre o valor
dos rendimentos das pessoas singulares determinado nos termos deste código.
SUBSECÇÃO I
Categoria A
Artigo 2º
Rendimentos do trabalho dependente
| 260
c) Pagamentos atribuídos pelo empregador devido à perda do contrato de
trabalho, quaisquer alterações a esse contrato ou ao termo do mesmo;
Artigo 3º
Conceito de trabalho dependente e de entidade patronal
| 261
b) Trabalho prestado ao abrigo de contrato de aquisição de serviços ou outro
de idêntica natureza, desde que seja prestado sob a autoridade e a direcção
da pessoa do adquirente dos serviços ou em nome e por conta desta;
Artigo 4º
Pensões
Artigo 5º
Facto gerador
| 262
Artigo 6º
Rendimentos isentos
d) As pensões de alimentos.
| 263
L=1,5 x n x Rm
Sendo:
L= Limite estabelecido
SUBSECÇÃO II
Categoria B
Artigo 7º
Rendimentos empresariais e profissionais
| 264
d) As importâncias conexas com a actividade auferidas a título de indemnização,
incluindo as atribuídas pela redução, suspensão, cessação ou mudança do
local da actividade;
Artigo 8º
Actividades comerciais e industriais
| 265
3. Para efeitos do disposto na alínea c) do número 1, consideram-se integradas
em actividades de natureza comercial ou industrial, as actividades agrícolas,
piscatórias, silvícolas ou pecuárias cuja produção se destine a ser transformada
ou utilizada em processo industrial em mais de 50% (cinquenta porcento) do
seu valor.
Artigo 9º
Actividades agrícolas, piscatórias, silvícolas ou pecuárias
Artigo 10º
Facto gerador
| 266
SUBSECÇÃO III
Categoria C
Artigo 11º
Rendimentos prediais
3. Para efeitos do presente Código, considera-se prédio rústico uma parte delimitada
do solo e as construções nele existentes que não tenham autonomia económica,
prédio urbano qualquer edifício incorporado no solo e os terrenos que lhe sirvam
de logradouro e prédio misto o que comporte parte rústica e parte urbana.
| 267
Artigo 12º
Facto gerador
Artigo 13º
Isenção
SUBSECÇÃO IV
Categoria D
Artigo 14º
Rendimentos de capitais
| 268
d) Os juros e outras formas de remuneração devidos pelo facto de os sócios
não levantarem os lucros ou remunerações colocados à sua disposição;
| 269
3. Para efeitos da alínea f) do número 2, compreendem-se nos rendimentos de
capitais o quantitativo dos juros contáveis desde a data do último vencimento
ou emissão, primeira colocação ou endosso, se ainda não tiver ocorrido qualquer
vencimento, até à data de transmissão, bem como a diferença entre o valor de
reembolso, amortização ou vencimento e o preço de emissão, no caso de títulos
cuja remuneração seja constituída, total ou parcialmente, por essa diferença.
Artigo 15º
Facto gerador
Artigo 16º
Presunções relativas a rendimentos da categoria D
| 270
SUBSECÇÃO V
Categoria E
Artigo 17º
Ganhos patrimoniais
Artigo 18º
Facto gerador
| 271
SECÇÃO II
Incidência pessoal
Artigo 19º
Sujeito passivo
2. O imposto incide:
| 272
Artigo 20º
Extensão da obrigação do imposto
Artigo 21º
Residência
São residentes em território nacional os sujeitos passivos em relação aos quais, no ano
a que respeitem os rendimentos, ocorra alguma das seguintes situações:
Artigo 22º
Rendimentos obtidos em território nacional
| 273
c) As pensões devidas por entidade que nele tenha sede, residência, direcção
efectiva ou estabelecimento estável a que deva imputar-se;
Artigo 23º
Contitularidade de rendimentos
Artigo 24º
Imputação especial
CAPÍTULO II
APURAMENTO DO RENDIMENTO COLECTÁVEL
SECÇÃO I
Regras gerais
Artigo 25º
Valores fixados em moeda diversa do escudo
| 274
Artigo 26º
Rendimentos em espécie
SECÇÃO II
Artigo 27º
Regras de determinação
| 275
SECÇÃO III
Rendimentos empresariais e profissionais
SUBSECÇÃO I
Regras gerais
Artigo 28º
Regras de determinação dos rendimentos empresariais e profissionais
SUBSECÇÃO II
Regime simplificado para micro e pequenas empresas
Artigo 29º
Âmbito de aplicação
1. O regime simplificado para micro e pequenas empresas é definido pela lei que
aprova o regime jurídico especial das micro e pequenas empresas e aplica-se aos
sujeitos passivos que nele se enquadrem e que por ele optem nos termos dessa lei.
Artigo 30º
Modo de aplicação
| 276
SUBSECÇÃO III
Regime de contabilidade organizada
Artigo 31º
Âmbito de aplicação
Artigo 32º
Delimitação do património empresarial
Artigo 33º
Encargos não dedutíveis
1. Para além das limitações previstas no Código do IRPC, não são dedutíveis
para efeitos de determinação do rendimento da Categoria B, mesmo quando
contabilizados como gastos ou perdas do exercício as despesas de deslocações,
viagens e estadas do sujeito passivo ou membro do seu agregado familiar, que com
ele trabalham, na parte que exceder, no seu conjunto, 10% do total dos proveitos
contabilizados, respeitantes à categoria B, sujeitos e não isentos deste imposto.
| 277
4. Não são dedutíveis as remunerações dos titulares de rendimentos desta
categoria, assim como outras prestações a título de ajudas de custo, utilização
de viatura própria ao serviço da actividade, subsídios de refeição e outras de
natureza acessória.
Artigo 34º
Dedução de prejuízos fiscais em caso de sucessão
Nos casos de sucessão por morte, a dedução de prejuízos fiscais prevista no artigo 60º
do Código do IRPC só aproveita ao sujeito passivo que suceder àquele que suportou
o prejuízo.
Artigo 35º
Realização do capital social com entrada
do património empresarial
| 278
SECÇÃO IV
Rendimentos prediais
Artigo 36º
Regras de determinação dos rendimentos prediais
SECÇÃO V
Rendimentos de capitais
Artigo 37º
Regras de determinação dos rendimentos de capitais
O rendimento da categoria D é tributado pelo seu valor bruto, sem qualquer dedução,
mediante taxa liberatória e sem opção de englobamento.
Artigo 38º
Presunções relativas à Categoria D
| 279
Artigo 39º
Eliminação da dupla tributação económica
Estão isentos, nos termos do artigo 59º do CIRPC, os rendimentos obtidos pela
participação em capitais próprios de qualquer tipo de entidades, tais como os dividendos
e quaisquer participações nos lucros das sociedades, incluindo os adiantamentos por
conta de lucros e os apurados na liquidação, bem como qualquer outra utilidade
recebida por um sujeito em virtude da sua condição de sócio, accionista ou associado.
SECÇÃO VI
Ganhos patrimoniais
Artigo 40º
Regras de determinação dos ganhos patrimoniais
O rendimento da categoria E é tributado pelo seu valor bruto, sem qualquer dedução,
mediante taxa liberatória e sem opção de englobamento, salvo o disposto no artigo 42º.
Artigo 41º
Valor de alienação dos elementos patrimoniais
| 280
Artigo 42.º
Manifestações de fortuna
a) Os bens adquiridos no ano em causa ou nos três anos anteriores pelo sujeito
passivo ou qualquer elemento do respectivo agregado familiar;
| 281
CAPÍTULO III
ENGLOBAMENTO E CÁLCULO DO IMPOSTO
Artigo 43º
Englobamento
b) Os rendimentos da categoria C.
b) Os rendimentos da categoria D;
c) Os rendimentos da categoria E.
| 282
Artigo 44º
Cálculo do imposto
CAPÍTULO IV
TAXAS
Artigo 45º
Taxa de imposto e mínimo de existência
2. Por cada sujeito passivo que engloba o rendimento é fixado 220.000$00 (duzentos
e vinte mil escudos), a título de mínimo de existência.
| 283
Artigo 46º
Taxas de retenção da categoria A
Artigo 47º
Taxa de retenção da categoria B
Artigo 48º
Taxa de retenção da categoria C
Artigo 49º
Taxa de retenção da categoria D
| 284
Artigo 50º
Taxa de retenção da categoria E
Artigo 51º
Taxas de retenção sobre rendimentos de não residentes
1. Os rendimentos obtidos em território nacional por não residentes, que não sejam
imputáveis a estabelecimento estável nele situado, são tributados nos seguintes
termos:
CAPÍTULO V
DEDUÇÕES À COLECTA
Artigo 52º
Deduções à colecta
1. As deduções constantes dos artigos 53º a 56º são dedutíveis à colecta do próprio
ano, e até à respectiva concorrência, não conferindo direito a reembolso quando
de valor superior.
2. As retenções na fonte feitas por conta do imposto devido a final são dedutíveis à
colecta do próprio ano, conferindo direito a reembolso quando de valor superior.
| 285
5. As deduções à colecta efectuam-se pela ordem dos números anteriores.
Artigo 53º
Deduções familiares
À colecta do imposto é deduzido o valor de 5.000$00 (cinco mil escudos) por cada
uma das seguintes pessoas, com o máximo de 25.000$00 (vinte e cinco mil escudos.
Artigo 54º
Deduções pessoais
3. À colecta do imposto são ainda dedutíveis 10% (dez porcentos) das seguintes
despesas, documentalmente comprovadas, com o limite máximo de 12.500$00
(doze mil e quinhentos escudos):
| 286
4. As despesas previstas na alínea a) do número anterior são comprovadas por
recibos de renda e pelo contrato de arrendamento ou por termo declarativo da
repartição de finanças em que se identifique o prédio arrendado, o nome do
senhorio e o valor anual da renda.
Artigo 55º
Benefícios fiscais
Artigo 56º
Dupla tributação internacional
CAPÍTULO VI
DECLARAÇÃO ANUAL DE RENDIMENTOS
Artigo 57º
Obrigação e dispensa de apresentação de declaração
| 287
3. A declaração anual de rendimentos é ainda apresentada nos trinta dias subsequentes
à ocorrência de qualquer facto que determine alteração de rendimentos já
declarados ou que implique, relativamente a anos anteriores, a obrigação de os
declarar.
Artigo 58º
Contitularidade, rendimentos litigiosos e falecimento do titular
Artigo 59º
Métodos de determinação do rendimento colectável
| 288
Artigo 60º
Competência
A competência para a prática dos actos previstos nos artigos 61º e 63º cabe à repartição
de finanças competente.
CAPÍTULO VII
LIQUIDAÇÃO
Artigo 61º
Regra geral
Artigo 62º
Autoliquidação
1. Os sujeitos passivos que nos termos do número 4 do artigo 57.º estejam obrigados
à entrega da declaração anual de rendimentos por via electrónica procedem à
liquidação do imposto na própria declaração.
4. Decorrido o prazo referido no número anterior sem que seja pago o imposto
autoliquidado pelo sujeito passivo e constante da respectiva declaração
oportunamente apresentada, proceder-se-á à extracção da certidão de dívida
para a cobrança coerciva do imposto.
| 289
Artigo 63º
Liquidação oficiosa e liquidação adicional
Artigo 64º
Juros
Artigo 65º
Limite mínimo para cobrança ou reembolso
Artigo 66º
Restituição oficiosa do imposto
1. A diferença entre o imposto devido a final e o que tiver sido entregue nos cofres
do Estado em resultado de retenção na fonte, favorável ao sujeito passivo, deve
ser restituída até ao fim do terceiro mês seguinte ao termo do prazo previsto no
número 1 do artigo seguinte.
2. Quando, por motivos imputáveis aos serviços, não seja cumprido o prazo previsto
no número anterior, são devidos juros indemnizatórios nos termos do Código
Geral Tributário.
CAPÍTULO VIII
PAGAMENTO
SECÇÃO I
Regras gerais
Artigo 67º
Pagamento do imposto
| 290
Artigo 68º
Entrega de retenções na fonte e de pagamentos fraccionados
SECÇÃO II
Retenções na fonte e pagamentos fraccionados
Artigo 69º
Regras gerais de retenção na fonte
Artigo 70º
Retenção sobre rendimentos da categoria A
| 291
3. As retenções na fonte sobre os rendimentos da categoria A têm carácter liberatório
e progressivo, transformando-se em retenções por conta do imposto devido a
final, sempre que o sujeito passivo opte pelo englobamento, e são objecto de
regulamentação específica.
Artigo 71º
Retenção sobre rendimentos das categorias B e C
| 292
3. Quando se trate de rendimentos previstos no número 2 do artigo 28.º a taxa
incidirá sobre o valor bruto com carácter liberatório.
Artigo 72º
Retenções sobre rendimentos das categorias D e E
Artigo 73º
Pagamentos fraccionados
CAPÍTULO IX
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
Artigo 74º
Obrigações declarativas dos sujeitos passivos
| 293
c) Declaração de alteração sempre que se verifique alteração de qualquer dos
elementos constantes da declaração de início de actividade;
Artigo 75º
Forma de apresentação das declarações
Artigo 76º
Emissão de recibos e facturas
| 294
Artigo 77º
Obrigações contabilísticas, de escrituração e arquivo
Artigo 78º
Comunicação de rendimentos e retenções
| 295
Artigo 79º
Notários, conservadores e oficiais de justiça
Artigo 80º
Instituições de crédito
As instituições de crédito deverão entregar aos sujeitos passivos, até final do mês
de Janeiro, documento comprovativo de juros e outros encargos, pagos por aqueles
no ano anterior e que possam ser deduzidos à colecta do IRPS, nos casos previstos
neste Código.
Artigo 81º
Sociedades corretoras e sociedades financeiras de corretagem
Artigo 82º
Obrigação de comprovar os elementos das declarações
| 296
Artigo 83º
Representantes
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 84º
Ano fiscal
Artigo 85º
Registo dos sujeitos passivos
| 297
REPUBLICAÇÃO DA LEI N.º 33/VIII/2008
de 8 de Dezembro
Código do Imposto de Selo com as alterações efectuadas pela Lei 81/VIII/2015, de 8 de Janeiro, e
pelo Orçamento do Estado de 2017.
| 298
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 174º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1º
Aprovação
É aprovado o Código do Imposto de Selo, bem como a Tabela anexa, que dele faz
parte integrante.
Artigo 2º
Normas revogatórias
c) Os artigos 55º a 63º e o artigo 178º do Código das Custas Judiciais, o artigo
14º da Tabela de Custas no Contencioso Administrativo e as disposições das
Custas Judiciais do Trabalho contrárias ao disposto no presente diploma.
| 299
Artigo 3º
Estampilhas fiscais e formulário de pagamento
Artigo 4º
Regime transitório
| 300
Artigo 5º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Pedro Verona Rodrigues Pires
| 301
REPUBLICAÇÃO DO CÓDIGO DO IMPOSTO DE SELO
PARTE I
PARTE GERAL
Artigo 1º
Incidência objectiva
Artigo 2º
Incidência subjectiva
1. Constituem sujeitos passivos as pessoas que, sendo definidas como tal pela
parte especial do presente Código, ficam obrigadas à liquidação e pagamento
do imposto de selo.
3. Sem prejuízo das regras previstas no Código Geral Tributário, são solidariamente
responsáveis com o sujeito passivo pelo pagamento do imposto as pessoas que
sofram a repercussão do imposto e todas aquelas que intervenham nos actos,
operações e transmissões tributáveis ou recebam os títulos ou documentos que
lhes sirvam de suporte, sempre que tenham colaborado dolosamente na falta de
liquidação ou entrega do imposto.
Artigo 3º
Incidência territorial
| 302
Artigo 4º
Facto gerador
Sem prejuízo das regras estabelecidas pela parte especial do presente Código, o imposto
de selo considera-se genericamente devido no momento da celebração, prática, emissão
ou formalização dos actos, operações e transmissões tributáveis.
Artigo 5º
Isenções comuns
2. Sempre que haja lugar à isenção, deve indicar-se, no título ou documento que
sirva de suporte aos actos, operações ou transmissões tributáveis a disposição
legal que a prevê.
Artigo 6º
Valor tributável
1. Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o valor tributável dos actos,
operações e transmissões sujeitos a imposto de selo é o que resulta da parte
especial do presente Código.
| 303
Artigo 7º
Taxas
CAPÍTULO I
Operações financeiras
Artigo 8º
Incidência objectiva
| 304
ou à disposição, incidindo o imposto sobre o respectivo valor.
Artigo 9º
Sujeitos passivos
| 305
d) Os emitentes de letras, livranças e demais títulos de crédito ou ordens de
pagamento.
Artigo 10º
Repercussão tributária
| 306
Artigo 11º
Facto gerador
Artigo 12º
Isenções
| 307
d) Os suprimentos realizados pelas sociedades de capital de risco no exercício
da sua actividade;
CAPÍTULO II
Operações societárias
Artigo 13º
Incidência objectiva
| 308
d) O aumento do activo de uma sociedade comercial mediante a entrada
de bens de qualquer espécie remunerada não por partes representativas
do capital social ou do activo mas por direitos da mesma natureza que
os dos sócios, tais como direito de voto e participação nos lucros ou no
saldo de liquidação, incidindo o imposto sobre o valor real dos bens de
qualquer natureza entregues ou a entregar pelos sócios, após dedução das
obrigações assumidas e dos demais encargos suportados pela sociedade
em consequência de cada entrada;
Artigo 14º
Incidência subjectiva
Artigo 15º
Repercussão tributária
Artigo 16º
Facto gerador
| 309
Artigo 17º
Isenções
CAPÍTULO III
Actos jurídicos documentados
Artigo 18º
Incidência objectiva
Artigo 19º
Incidência subjectiva
| 310
d) As entidades públicas, relativamente aos actos, contratos ou certificados
administrativos;
Artigo 20º
Repercussão tributária
Artigo 21º
Facto gerador
Artigo 22º
Isenções
| 311
PARTE III
PARTE FINAL
Artigo 23º
Liquidação
Artigo 24º
Arredondamento e valor mínimo
| 312
Artigo 25º
Pagamento
Artigo 26º
Caducidade, prescrição e juros
Artigo 27º
Garantias
Artigo 28º
Declaração anual
| 313
Artigo 29º
Obrigações contabilísticas
Artigo 30º
Cautela fiscal
| 314
Artigo 31º
Afectação da receita
ANEXO
4 Seguros 3,5%
| 315
LEI N.º 6/IX/2017
de 18 de Janeiro
| 316
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea c) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objecto
Artigo 2.º
Sentido e extensão
| 317
d) O regime transitório deve permitir colocar cada funcionário, no nível e
categoria em que se encontraria, atendendo aos requisitos legais para a sua
promoção, sem prejuízo da realização dos concursos para a mudança de
categoria, impostas pelo estatuto vigente.
Artigo 3.º
Duração
Artigo 4.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos De Almeida Fonseca
| 318
| 319
LEI N.º 7/IX/2017
de 27 de Janeiro
| 320
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Criação do Fundo
2. O Fundo funciona junto do Banco de Cabo Verde, que assegura os serviços técnicos
e administrativos indispensáveis ao seu funcionamento.
Artigo 2.º
Objecto
| 321
Artigo 3.º
Definições
CAPÍTULO II
INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES E ÂMBITO DA GARANTIA
Artigo 4.º
Instituições participantes
| 322
4. Excluem-se da participação no Fundo as instituições financeiras de autorização
restrita.
Artigo 5.º
Depósitos abrangidos pela garantia
1. São abrangidos pela garantia os depósitos à ordem, com pré-aviso, a prazo, a prazo
não mobilizáveis antecipadamente em regime especial, poupança de emigrantes,
outros depósitos de poupança, depósitos representados por certificados de
depósitos e depósitos obrigatórios.
Artigo 6.º
Depósitos excluídos da garantia
b) Depósitos detidos por pessoas singulares, e que tenham por seus titulares:
ii) Cônjuges, parentes ou afins em 1º grau ou terceiros que atuem por conta de
depositantes referidos na alínea anterior; e
| 323
b) Os depósitos decorrentes de operações em relação às quais tenha sido
proferida uma condenação penal, transitada em julgado, por prática de
actos de lavagem de capitais e outros crimes conexos; e
CAPÍTULO III
LIMITE DA GARANTIA E CONDIÇÕES DE REEMBOLSO
Artigo 7.º
Limites da garantia
1. O Fundo garante o reembolso, por banco, do valor global dos saldos em dinheiro
de cada titular de depósito, até ao limite de 1.000.000$00 (um milhão de escudos).
| 324
de personalidade jurídica são agregados como se tivessem sido feitos por
um único depositante e não contam para efeitos do cálculo do limite previsto
no número 1 aplicável a cada uma dessas pessoas.
Artigo 8.º
Efectivação de reembolso dos depósitos garantidos
Artigo 9.º
Recusa do reembolso dos depósitos garantidos
O Fundo não reembolsa aos depositantes que, nos termos da legislação aplicável, sejam
responsáveis por circunstâncias que tenham causado ou agravado as dificuldades
financeiras da instituição depositária, ou que dessas circunstâncias tenham tirado
proveito, directa ou indirectamente.
Artigo 10.º
| 325
Privilégios creditórios
CAPÍTULO IV
RECURSOS FINANCEIROS E SUA APLICAÇÃO
Artigo 11.º
Recursos financeiros
g) Doações;
| 326
Artigo 12.º
Nível-alvo do Fundo
Artigo 13.º
Linhas de crédito do Banco de Cabo Verde
Artigo 14.º
Contribuições para o Fundo
1. Banco de Cabo Verde fixa por Aviso o valor das contribuições iniciais e periódicas
bem como os critérios e as modalidades de rateamento da contribuição a obedecer
pelas instituições participantes, os quais têm em conta o volume de depósitos
captados por cada instituição e a situação da sua solvabilidade.
| 327
6. As instituições participantes remetem, anualmente, uma declaração ao Banco
de Cabo Verde dos saldos em escudos de depósitos verificados no final de cada
mês do ano anterior, não compreendendo os excluídos nos termos do artigo 6.º.
7. A primeira declaração deve ser emitida trinta dias após a publicação do presente
diploma.
Artigo 15.º
Recursos financeiros complementares
4. Por Portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças pode ser
determinado que as instituições participantes disponibilizem garantias, necessárias
à viabilização dos empréstimos previstos nos números anteriores.
| 328
Artigo 16.º
Encargos do Fundo
Artigo 17.º
Aplicação de recursos
Artigo 18.º
Dever de informação
| 329
CAPÍTULO V
GESTÃO DO FUNDO
Artigo 19.º
Gestão
1. O Banco de Cabo Verde assegura a gestão do Fundo, nos termos a definir por Aviso.
Artigo 20.º
Competências do Conselho Fiscal do Banco de Cabo Verde
b) Dar parecer sobre o orçamento e suas revisões e alterações, bem como sobre
o plano de atividades na perspetiva da sua cobertura orçamental;
e) Manter o Banco de Cabo Verde informado sobre assuntos que entenda haver
necessidade de ponderação e pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe
seja submetida por aquele órgão;
| 330
Artigo 21.º
Auditoria externa
Sem prejuízo das competências do Conselho Fiscal do Banco de Cabo Verde, as contas
do Fundo são certificadas por um auditor externo.
Artigo 22.º
Períodos de exercício
Artigo 23.º
Plano de contas
Artigo 24.º
Relatório e contas
Artigo 25.º
Publicação das contas
| 331
CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 26.º
Despesas de funcionamento do Fundo
Artigo 27.º
Encargos associados à garantia de depósitos
Nenhuma taxa ou comissão associada à garantia de depósitos pode ser cobrada aos
depositantes.
Artigo 28.º
Saída de instituições
Artigo 29.º
Extinção do Fundo
Artigo 30.º
Regulamentação
| 332
Artigo 31.º
Sanções
A violação dos preceitos do presente diploma é passível de sanção nos termos previstos
na Lei n.º 61/VIII/2014 e 62/VIII/2014, de 23 de Abril, devendo o Fundo, quando
aquela ocorra, comunicar o Banco de Cabo Verde.
Artigo 32.º
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor noventa dias após a sua publicação.
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos De Almeida Fonseca
| 333
LEI N.º 8 /IX/2017
de 20 de Março
| 334
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
CAPÍTULO I
OBJETO E DEFINIÇÕES
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Definições
| 335
tridimensional das camadas que compõem um produto semicondutor e na
qual cada imagem reproduz o desenho, ou parte dele, de uma superfície do
produto semicondutor, independentemente da fase do respetivo fabrico;
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES PENAIS MATERIAIS
Artigo 3.º
Falsidade informática
| 336
4. Se os factos referidos nos números anteriores forem praticados por funcionário
no exercício das suas funções, a pena é de prisão de 2 a 5 anos.
Artigo 4.º
Dano relativo a programas ou outros dados informáticos
1. Quem, com intenção e sem permissão legal ou sem para tanto estar autorizado
pelo proprietário, por outro titular do direito do sistema ou de parte dele, apagar,
alterar, destruir, no todo ou em parte, danificar, suprimir ou tornar não utilizáveis
ou não acessíveis programas ou outros dados informáticos alheios ou por qualquer
forma lhes afetar a capacidade de uso, é punido com pena de prisão até 3 anos
ou pena de multa até 200 dias.
2. A tentativa é punível.
4. Se o dano causado for de valor elevado, a pena é de prisão até 5 anos ou de multa
até 600 dias.
Artigo 5.º
Sabotagem informática
1. Quem, sem permissão legal ou sem para tanto estar autorizado pelo proprietário, por
outro titular do direito do sistema ou de parte dele, entravar, impedir, interromper
ou perturbar gravemente o funcionamento de um sistema informático, através
da introdução, transmissão, deterioração, danificação, alteração, apagamento,
impedimento do acesso ou supressão de programas ou outros dados informáticos
ou de qualquer outra forma de interferência em sistema informático, é punido
com pena de prisão até 5 anos ou com pena de multa até 600 dias.
| 337
5. A pena é de prisão de 1 a 10 anos se:
Artigo 6.º
Acesso ilícito
1. Quem, com intenção e sem permissão legal ou sem para tanto estar autorizado
pelo proprietário, por outro titular do direito do sistema ou de parte dele, de
qualquer modo aceder a um sistema informático, é punido com pena de prisão
até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias.
5. A tentativa é punível,
Artigo 7.º
Interceção ilícita
1. Quem, com intenção e sem permissão legal ou sem para tanto estar autorizado
pelo proprietário, por outro titular do direito do sistema ou de parte dele, e através
de meios técnicos, intercetar transmissões de dados informáticos que se processam
no interior de um sistema informático, a ele destinadas ou dele provenientes, é
punido com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa.
| 338
2. Incorre na mesma pena prevista no número anterior quem, ilegitimamente,
produzir, vender, distribuir ou por qualquer outra forma disseminar ou introduzir
num ou mais sistemas informáticos dispositivos, programas ou outros dados
informáticos destinados a produzir as ações não autorizadas descritas no número
anterior.
3. A tentativa é punível.
Artigo 8.º
Utilização indevida de dispositivos
3. A tentativa é punível.
Artigo 9.º
Pornografia infantil
4. Quem obter para si ou para outra pessoa pornografia infantil através do sistema
informático é punido com pena de prisão de 1 a 4 anos.
5. Quem detiver ou por qualquer forma tiver a posse de pornografia infantil através
do sistema informático é punido com pena de prisão de 1 a 4 anos.
6. Para efeitos previstos nos números anteriores, pornografia infantil abrange todo
o material pornográfico que represente visualmente:
| 339
b) Uma pessoa maior de 14 anos e menor de 18 anos de idade envolvida em
comportamentos sexualmente explícitos;
Artigo 10.º
Pornografia de vingança
Quem com a intenção e sem permissão legal ou sem para tanto estar autorizado,
divulgar ou ameaçar divulgar através de um sistema informático, fotos, vídeos ou
qualquer material de conteúdo sexualmente íntimo e privado, consentido ou não
consentido, de uma pessoa com a qual mantém ou manteve relação íntima, com o
propósito de causar danos morais e psicológicos à vítima, é punido com a pena de
prisão até 2 anos ou com pena de multa de 80 a 200 dias.
Artigo 11º
Responsabilidade penal das pessoas coletivas e entidades equiparadas
Artigo 12.º
Perda de bens
| 340
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES PROCESSUAIS
Artigo 13.º
Âmbito de aplicação das disposições processuais
Com exceção do disposto nos artigos 20º e 21º, as disposições processuais previstas
no presente capítulo aplicam -se a processos relativos a crimes:
Artigo 14.º
Preservação expedita de dados
2. A preservação pode também ser ordenada pelo órgão de polícia criminal mediante
autorização da autoridade judiciária competente ou quando haja urgência ou
perigo na demora, devendo aquele, neste último caso, dar notícia imediata do
facto à autoridade judiciária e transmitir-lhe o relatório no qual mencionam, de
forma resumida, as investigações levadas a cabo, os resultados das mesmas, a
descrição dos factos apurados e as provas recolhidas.
| 341
5. A autoridade judiciária competente pode ordenar a renovação da medida por
períodos sujeitos ao limite previsto na alínea c) do n.º 3, desde que se verifiquem
os respetivos requisitos de admissibilidade, até ao limite máximo de um ano.
Artigo 15.º
Revelação expedita de dados de tráfego
Artigo 16.º
Injunção para apresentação ou concessão do acesso a dados
| 342
5. A injunção prevista no presente artigo não pode ser dirigida a suspeito ou arguido
nesse processo.
6. Não pode igualmente fazer -se uso da injunção prevista neste artigo quanto a
sistemas informáticos utilizados para o exercício da advocacia, das atividades
médica e bancária e da profissão de jornalista.
Artigo 17.º
Pesquisa de dados informáticos
| 343
do sistema inicial, a pesquisa pode ser estendida mediante autorização ou ordem
da autoridade competente, nos termos dos n.ºs 1 e 2.
6. À pesquisa a que se refere este artigo são aplicáveis, com as necessárias adaptações,
as regras de execução das buscas previstas no Código de Processo Penal.
Artigo 18.º
Apreensão de dados informáticos
b) Realização de uma cópia dos dados, em suporte autónomo, que será junto
ao processo;
| 344
realização de cópia nem remoção dos mesmos; ou
Artigo 19.º
Apreensão de correio eletrónico e registos de comunicações de natureza
semelhante
Artigo 20.º
Interceção de comunicações
4. Em tudo o que não for contrariado pelo presente artigo, à interceção e registo de
transmissões de dados informáticos é aplicável o regime da interceção e gravação
de conversações ou comunicações telefónicas constantes dos artigos 255.º, 256.º,
| 345
258.º do Código de Processo Penal.
Artigo 21.º
Ações encobertas
CAPÍTULO IV
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
Artigo 22.º
Âmbito da cooperação internacional
Artigo 23.º
Ponto de contacto permanente para a cooperação internacional
2. Este ponto de contacto pode ser contactado por outros pontos de contacto,
nos termos de acordos, tratados ou convenções a que Cabo Verde se encontre
vinculado, ou em cumprimento de protocolos de cooperação internacional com
organismos judiciários ou policiais.
| 346
3. A assistência imediata prestada por este ponto de contacto permanente inclui:
Artigo 24º
Preservação e revelação expeditas de dados informáticos em cooperação
internacional
2. A solicitação específica:
| 347
3. Em execução de solicitação de autoridade estrangeira competente nos termos
dos números anteriores, a autoridade judiciária competente ordena a quem
tenha disponibilidade ou controlo desses dados, designadamente a fornecedor
de serviço, que os preserve.
10. A autoridade nacional à qual, nos termos do número anterior, sejam comunicados
dados de tráfego identificadores de fornecedor de serviço e da via através dos quais
a comunicação foi efetuada, comunica-os rapidamente à autoridade requerente,
por forma a permitir a essa autoridade a apresentação de nova solicitação de
preservação expedita de dados informáticos.
| 348
11. O disposto nos n.ºs 1 e 2 aplica-se, com as devidas adaptações, aos pedidos
formulados pelas autoridades cabo-verdianas.
Artigo 25.º
Motivos de recusa
Artigo 26.º
Acesso a dados informáticos em cooperação internacional
| 349
Artigo 27.º
Acesso transfronteiriço a dados informáticos armazenados quando publicamente
disponíveis ou com consentimento
Artigo 28.º
Interceção de comunicações em cooperação internacional
4. O disposto no n.º 1 aplica -se, com as devidas adaptações, aos pedidos formulados
pelas autoridades judiciárias cabo-verdianas.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 29º
Aplicação no espaço da lei penal cabo-verdiana e competência dos tribunais
cabo-verdianos
| 350
a) Praticados por cabo-verdianos, se aos mesmos não for aplicável a lei penal
de nenhum outro Estado;
4. São aplicáveis aos crimes previstos na presente Lei as regras gerais de competência
dos tribunais previstas no Código de Processo Penal.
| 351
Artigo 30.º
Regime geral aplicável
Em tudo o que não contrarie o disposto na presente lei, aplicam-se aos crimes, às
medidas processuais e à cooperação internacional em matéria penal nela previstos,
respetivamente, as disposições do Código Penal, do Código de Processo Penal e da
Lei da cooperação judiciária em matéria penal.
Artigo 31.º
Competência da Polícia Judiciária para a cooperação internacional
A competência atribuída pela presente lei à Polícia Judiciária para efeitos de cooperação
internacional é desempenhada pela unidade orgânica a quem se encontra cometida
a investigação dos crimes previstos na presente lei.
Artigo 32.º
Proteção de dados pessoais
Artigo 33.º
Entrada em vigor
A presente Lei entra em vigor 30 dias após a sua publicação.
Publique-se.
O Presidente da República
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
| 352
| 353
LEI N.º 9/IX/2017
de 12 de Maio
Institui o regime geral especial de reforma antecipada dos funcionários dos Serviços Municipais
de Água e Saneamento operando na ilha de Santiago.
| 354
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Funcionários abrangidos
Artigo 3.º
Bonificação do tempo de serviço
| 355
Artigo 4.º
Cálculo da pensão
Artigo 5.º
Processo de aposentação antecipada
Artigo 6.º
Pessoal sem direito a pensão pelo regime contributivo
É assegurada uma pensão social pelo sistema de proteção social de regime não
contributivo, na modalidade de pensão social básica, ao pessoal afeto aos serviços
municipais de água e saneamento sem vínculo definido ou com vínculo irregular por
incumprimento das regras e formalidades relativas à constituição da relação jurídica
de emprego público, que, à data de 31 de dezembro de 2016, tenha idade igual ou
superior a 60 (sessenta) anos, com dispensa de quaisquer outras formalidades.
Artigo 7.º
Inserção na base de dados
Artigo 8.º
Descontos da taxa social única em atraso
| 356
Artigo 9.º
Legislação subsidiária
Artigo 10.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 357
ANEXO
Lista Trabalhadores Aposentações- S. Domingos
31/03/2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
Legenda:
PREAPO - Pré Aposentação
PSO - Pensão Social Básica
| 358
Lista Trabalhadores Aposentações- Rg Santiago
31/03/2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
Legenda:
PREAPO - Pré Aposentação
PINV - Pensão de Invalidez
| 359
Lista Trabalhadores Aposentações- S. Miguel
31/03/2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
Legenda:
PREAPO - Pré Aposentação
PSO - Pensão Social Básica
PINV - Pensão de Invalidez
| 360
Lista Trabalhadores Aposentações- Sl Dos Orgãos
31/03/2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
João Baptista
1 Tavares 29.08.1964 53 01.01.2005 12 1980 18 565,00 PREAPO
Mascarenhas
Manuel Higino
2 28.03.1973 44 01.01.2005 12 1992 18 565,00 PREAPO
Borges Varela
Maria Margarida
3 26.04.1973 44 01.01.2005 12 06.08.1994 25 528,00
Alves Garcia
Mário Mendonça 01.01.1982
4 18.01.1963 54 01.01.2005 12 18 565,00 PREAPO
Semedo 16.06.1997
01.10.1988
5 Moisés Pereira Vaz 06.11.1960 57 01.08.2002 15 112 158,00 PREAPO
01.08.2002
Octávio Lopes
6 26.04.1963 54 01.01.2005 12 01.08.1987 26 525,00 PREAPO
Batalha
Orlindo Gomes 15.10.1978
7 02.10.1962 55 01.01.2005 12 15 845,00 PREAPO
Semedo 01.10.1991
Paulino Monteiro
8 28.03.1965 52 01.07.2005 12 30.09.1986 18 565,00 PREAPO
dos Santos
Legenda:
PREAPO - Pré Aposentação
| 361
Lista Trabalhadores Aposentações - Sta. Catarina
31-03-2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
Agnelo Correia
1 05.01.1961 56 02.01.2000 17 01.07.1986 19.474,00 PREAPO
Duarte
António de Brito
2 25.05.1965 52 02.01.2000 17 28.10.1988 36.050,00 PREAPO
Cabral Varela
António Gomes
3 10.11.1967 50 02.01.2000 17 01.12.1985 19.474,00 PREAPO
Baptista
António Lopes
4 03.10.1967 50 02.01.2000 17 01.07.1982 50.636,00 PREAPO
Monteiro Pinto
Arlindo Gomes
5 26.06.1956 61 02.01.2000 17 36.854,00 PREAPO
Monteiro Fernandes
Arlindo Mendes
6 25.05.1958 59 02.01.2000 17 01.10.1985 19.474,00 PREAPO
Pereira
Arlindo Pereira
7 14.09.1969 48 02.01.2000 17 01.03.1990 19.474,00 PREAPO
Tavares
Arlindo Silva
8 21.05.1961 56 02.01.2000 17 31.12.1989 19.474,00 PREAPO
Tavares
Carlos Alberto de
9 23.08.1952 65 02.01.2000 17 09.07.1996 18.024,00
Almeida
Carlos Alberto Pires
10 24.04.1960 57 02.01.2000 17 20.07.1987 22.532,00 PREAPO
Rodrigues
Domingos Garcia
11 25.09.1956 61 02.01.2000 17 01.01.1989 19.474,00
Leal
Fernando Gomes
12 26.06.1961 56 02.01.2000 17 19.474,00 PREAPO
Pereira
Fidelino Varela
14 01.06.1969 48 02.01.2000 17 02.05.1988 21.082,00 PREAPO
Correia
Francisco Borges
15 17.01.1968 49 02.01.2000 17 TMTSNO 54.067,00 PREAPO
Barradas Furtado
| 362
Juvinal Moreno da
17 24.07.1957 60 02.01.2003 14 19.474,00
Silva
Lourenço Leitão
18 28.09.1961 56 02.01.2000 17 47.322,00
Melo
Maria da Conceição
19 29.10.1960 57 02.01.2000 17 18.024,00 PREAPO
Leal Moreira
Maria da Graça
20 17.10.1957 60 02.01.2000 17 19.474,00
Mendes Tavares
Maria de Jesus de
21 01.01.1960 57 02.01.2000 17 18.024,00 PREAPO
Oliveira Gonçalves
Maria de Lourdes
22 11.11.1959 58 02.01.2000 17 23.980,00 PREAPO
Cardoso Martins
Maria de Melo
23 29.10.1959 58 02.01.2000 17 19.474,00 PREAPO
Duarte Martins
Maria José Correia
24 19.08.1956 61 02.01.2000 17 19.474,00
Gomes
Pedro Martins
25 02.05.1954 63 02.01.2000 17 19.474,00
Semedo
Serafim Landim
26 23.05.1956 61 07.08.2002 15 18.024,00
Cabral
Severino Vieira
27 02.06.1959 58 02.01.2000 17 01.01.1992 18.024,00 PREAPO
Rocha
Silvino Pereira
28 16.11.1960 57 02.01.2000 17 01.10.1992 18.024,00 PREAPO
Almeida de Brito
Teresa Lopes Vieira
29 02.11.1960 57 02.01.2000 17 10.08.1996 13.985,00 PREAPO
Nascimento
Legenda:
PREAPO - Pré Aposentação
TMTSMO - tem mais tempo serviço noutros organismos
| 363
Lista Trabalhadores Aposentações- Sta. Cruz
3-31-2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
02.02.1987
1 Alcinda dos Santos 8.25.1969 48 1.2.2000 17 22.866,00 PREAPO
1992- MDR
Alexandre Timas 02.01.1981
2 1.12.1958 59 1.2.2010 7 18.024,00 PREAPO
Fernandes 2003- Empa
Ângela Maria
3 Andrade Horta 1.20.1966 51 1.2.1989 28 79.025,00 PREAPO
Tavares
Arlindo Robalo
4 5.25.1960 57 1.2.2011 6 15.500,00 PREAPO
Silva
1993 a 1998-
Ex. Serviço
Celestino da Graça
5 7.3.1977 40 1.2.1998 19 autonomo 32.993,00 PREAPO
Moreira Gomes
de Energia e
agua
01.05.1996
Domingos Gomes
6 1.25.1957 60 1.2.2012 5 31.12.2002- 15.000,00 PREAPO
da Graça
INERF
Egídio Mendes
7 2.1.1959 58 1.2.1988 29 51.771,00 PREAPO
Garcia
Felismina Mendes 1993 a 1994-
8 2.18.1970 47 1.2.1995 22 15.000,00 PREAPO
Semedo FAIMO
Francisco Furtado
9 10.22.1960 57 1.2.1989 28 21.670,00 PREAPO
Almeida
João José de Oliveira
10 3.5.1959 58 1.2.2012 5 17.600,00 PREAPO
Cabral
01.07.1986
João Monteiro 1993
11 11.9.1957 60 1.2.1999 18 19.474,00 PREAPO
Ribeiro Ex Justino
Lopes
Joaquim Gomes
12 2.12.1966 51 1.2.1990 27 18.339,00 PREAPO
Correia
| 364
Jovino Gomes da
13 6.22.1960 57 1.2.1991 26 22.532,00 PREAPO
Veiga
Manuel Gomes 01.06.1989
14 4.5.1959 58 1.2.2010 7 22.107,00 PREAPO
Tavares 2004 Ex Empa
1989 a
Maria Arcangela 01.03.1998
15 9.29.1973 44 1.2.2001 16 15.384,00 PREAPO
Vieira Pinto Ex Justino
Lopes
Mário Pereira
16 4.7.1955 62 1.2.1990 27 31.196,00 PSO
Tavares
01.01.1983
Miguel Lopes
17 9.29.1965 52 1.2.1998 19 1994- Ex 21.082,00 PREAPO
Cabral Pereira
Justino Lopes
Paulo Pereira
18 25.01.1958 59 02.01.2000 17 21.082,00 PREAPO
Fernandes
04.11.1977 a
Quintino Tavares
19 7.31.1959 58 1.2.2009 8 2003- MED e 64.024,00 PREAPO
Furtado
Ex Empa
1992 a 1998
Zeferina Tavares
20 11.28.1961 56 1.2.2013 4 M. 15.000,00 PREAPO
Mendes
Agricultura
Legenda:
PREAPO - Pré Aposentação
PSO - Pensão Social Básica
| 365
Lista Trabalhadores Aposentações- Tarrafal
31-03-2017
Organismos A)
Data Ingresso
Situação
Nome
Idade
Nº
01.04.82 a
30.06.84 ( 2
anos + 3 mes
André Avelino e 01.12.88 a
1 25.03.1965 52 02.05.1995 22 28.677,00 PINV
Fortes 30.04.95 = 7 anos
+1 meses (MDR
e BRIGADA
TÉCNICA)
03.08.83 a
Armando Lopes
2 14.08.1965 52 02.05.1998 19 30.01.1995 CMT 15.000,00 IND
Rodrigues
(12 anos)
01.01.83 a
31.12.87 = 5
anos, 01.10.89
a 31.12.91= 2
3 Armindo Landim 20.04.1957 60 25.04.1995 22 33.318,00 PRÉAPO
anos +3 meses
e 22.06.92 a
24.04.94 = 1 ano
+10 +24 dias
01.02.79 a
31.12.90= 11
4 Atanázio Correia 01.02.1963 54 02.05.1995 22 15.000,00 PINV
anos+ 11 meses
(MDR)
Carlos Correia
5 28.12.1972 45 02.05.1999 18 15.845,00 PINV
Fernandes
01.03.91 a
6 David Delgado 04.03.1962 55 02.01.1991 26 28.02.12 (23 anos 23.208,00 PRÉAPO
(CMT)
01.01.88 a
Domingas Pereira
7 26.03.1958 59 02.05.1998 19 31.01.98 (10 anos 15.000,00 PSO
Tavares
+ 1 mês) CMT
Domingos Semedo 8.05.84 a
8 23.06.1966 51 01.08.1995 22 26.506,00 PRÉAPO
Varela 24.05.1995 (CMT)
| 366
03.09.90 a
Ermelinda da Costa
9 27.02.1958 59 01.09.1999 18 31.08.99 = 9 anos 15.000,00 PSO
Brito
CMT
04.04.77 A
Ermilinda Monteiro
10 12.01.1959 58 01.06.2000 17 31.12.92= 15 anos 15.000,00 PSO
Costa
+ 9 meses (MDR)
Francisca Mendes
11 28.04.1955 62 01.07.2005 12 15.000,00 PS0
Correia
02.05.78 a
12 José António Lobo 10.04.1956 61 01.07.1995 22 30.04.80 = 12 Ano 19.565,00 PRÉAPO
(MDR)
tem mais
tempo serviço
13 Lourença dos Reis 10.03.1964 53 01.08.1999 18 15.000,00 PRÉAPO
com outros
organismos
Luiza Medina 1981 a 1994= 13
14 25.05.1953 64 01.07.1995 22 18.565,00 PRÉAPO
Cardoso anos (CMT)
01.01.79 a
31.12.80 e de
Manuel Epifaneo
15 29.12.1961 55 01.08.1988 28 01.11.82 a 1.11.90 15.000,00 PRÉAPO
Barbosa
= 9 anos +2
meses ( MDR)
01.04.1992 a
Manuel Ferreira dos 24.04.1995 (3
16 08.03.1972 45 25.04.1995 22 33.318,00 PRÉAPO
Santos anos +24 dias)
CMT
01.01.90 a
Maria Garcia 30.09.1995 = 5
17 21.03.1956 61 01.10.1995 22 15.000,00 PS0
Semedo ano+9 meses
(CMT)
Maria Mendes
18 24.03.1956 61 02.05.1995 22 15.000,00 PS0
Tavares
01.07.79 a
19 Mário Borges Silva 20.01.1961 56 01.08.2001 16 31.12.86= 7 anos 15.845,00 PRÉAPO
e 6 meses (MDR)
01.01.85 A
Teodoro Mendes 30.11.1992 (7
20 10.10.1958 59 01.06.1995 22 15.000,00 PRÉAPO
Cabral anos + 11 meses)
MDR
tem mais
Teodora Lopes da tempo serviço
21 16.02.1962 55 02.05.2001 16 15.000,00 PRÉAPO
Costa Borges com outros
organismos
Legenda:
PRÉAPO - Pré Aposentação
PSO - Pensão Social Básica
PINV - Pensão de Invalidez
| 367
LEI N.º 10/IX/2017
de 4 de Julho
| 368
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
A presente lei procede à alteração da Lei n.º 57/VII/2010, de 19 de abril, que estabelece
o regime jurídico geral de cooperação internacional descentralizada.
Artigo 2.º
Âmbito
São alterados os artigos 27.º, 28.º e 30.º da Lei n.º 57/VII/2010, de 19 de abril, que
passam a ter a seguinte redação:
“Artigo 27.º
Poderes dos agentes da Cooperação e dos demais departamentos governamentais
| 369
Artigo 28.º
[…]
[...]
a) Revogada
b) [...]
c) [...]
d) [...]
Artigo 30.º
[...]
1. [...]
Artigo 3.º
Revogação
Artigo 4.º
Republicação
É republicada, na íntegra e em anexo, como parte integrante da presente lei, a Lei n.º
57/VII/2010 de 19 de abril, com as modificações ora introduzidas, procedendo-se à
nova numeração.
| 370
Artigo 5.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
| 371
ANEXO
(A que se refere o artigo 4.º)
REPUBLICAÇÃO
LEI N.º 57/VII/2010, DE 19 DE ABRIL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SECÇÃO I
Objeto e Âmbito de Aplicação
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Âmbito
Artigo 3.º
Conceitos
| 372
c) Geminação, uma relação de amizade e parceria exclusiva, formal ou informal,
entre duas ou mais Autarquias Locais;
SECÇÃO II
Agentes de Cooperação Internacional Descentralizada
Artigo 4.º
Enumeração
a) Autarquias Locais;
| 373
SECÇÃO III
Política, Objetivos e Prioridades
Artigo 5.º
Primazia e unicidade da política externa
Artigo 6.º
Política, objetivos e prioridades
CAPÍTULO II
REGIME GERAL DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
DESCENTRALIZADA
SECÇÃO I
Princípios Gerais
Artigo 7.º
Princípios fundamentais
Artigo 8.º
Princípio da legalidade e da autonomia
1. Os agentes agem nas relações internacionais com respeito pela lei, pelos Tratados
de que Cabo Verde seja parte, salvaguardando sempre a unidade do Estado e os
limites das suas atribuições e competências.
2. A intervenção dos agentes confina aos limites das suas atribuições e competências.
| 374
Artigo 9.º
Princípio da subsidiariedade
Artigo 10.º
Colaboração institucional
SECÇÃO II
Incentivos
Artigo 11.º
Isenções aduaneiras e fiscais
CAPÍTULO III
COOPERAÇÃO
SECÇÃO I
Relações de Cooperação Internacional Descentralizada
Artigo 12.º
Liberdade de geminação e cooperação
| 375
2. As ONGs e suas organizações representativas podem estabelecer livremente
relações de cooperação com as organizações estrangeiras homólogas congéneres
nas condições previstas no número anterior.
Artigo 13.º
Relações de cooperação internacional descentralizada
1. Nenhum acordo, de qualquer natureza, pode ser assinado entre um agente nacional
e um Estado estrangeiro, sob pena de nulidade.
| 376
Artigo 14.º
Filiação nas organizações regionais ou sub-regionais
Artigo 15.º
Direito de participação
Secção II
Fundos de Cooperação Descentralizada
Artigo 16.º
Aplicação dos fundos de cooperação
Artigo 17.º
Fundos reembolsáveis
| 377
SECÇÃO III
Processo de Elaboração e Conclusão dos Acordos de Geminação e Cooperação
Artigo 18.º
Tipos de acordos de geminação e cooperação
Artigo 19.º
Fins dos acordos
Artigo 20.º
Negociação, elaboração e conclusão dos acordos
Artigo 21.º
Dever de informar
| 378
2. Tratando-se de um acordo de cooperação assinado por uma ONG nacional, o
documento deve ser remetido para os departamentos governamentais responsáveis
pela cooperação internacional e pelas relações com as Autarquias Locais e
Plataforma Representativa das ONG`s, no prazo estabelecido no número anterior.
3. A informação recebida deve ser tratada nos termos que se vier a regulamentar.
Artigo 22.º
Limites de aplicação dos acordos
CAPÍTULO IV
COOPERAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO
Artigo 23.º
Colaboração com as Autarquias Locais
Artigo 24.º
Inscrição das ONG`s
3. Para efeitos do disposto no número 1 deve ser criada uma base de dados partilhada
com o departamento governamental responsável pelas relações com as Autarquias
Locais, nos termos a regulamentar.
Artigo 25.º
ONG`s constituídas no estrangeiro
1. O exercício de qualquer actividade em Cabo Verde, por parte das ONG`s legalmente
constituídas no estrangeiro, carece de autorização do Governo.
| 379
Artigo 26.º
Regime das ONG`S estrangeiras
CAPÍTULO V
DEFINIÇÃO, COORDENAÇÃO E ARTICULAÇÃO DA POLÍTICA DE
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DESCENTRALIZADA
SECÇÃO I
Definição e Execução de Políticas
Artigo 27.º
Poderes dos agentes da Cooperação e dos demais departamentos governamentais
SECÇÃO II
Coordenação e Articulação
SUBSECÇÃO I
Órgãos e Estruturas de Coordenação e Articulação
Artigo 28.º
Tipificação dos órgãos e estruturas
| 380
SUBSECÇÃO II
Departamentos Governamentais Responsáveis pela Cooperação Internacional e
Relações com as Autarquias Locais
Artigo 29.º
Estruturas de articulação e coordenação permanentes
Artigo 30.º
Obrigação de prestar informação
Artigo 31.º
Embaixadas e representações diplomáticas
| 381
SUBSECÇÃO IV
Associação Nacional Representativa das Autarquias Locais e Plataforma
Representativa das ONG’s
Artigo 32.º
Interlocutores do Governo
SUBSECÇÃO V
Outras Formas de Participação
Artigo 33.º
Comissão mista e mesa redonda entre Cabo Verde e Países Parceiros do
Desenvolvimento
Artigo 34.º
Instrumentos de cooperação
| 382
Artigo 35.º
Delegações governamentais
CAPÍTULO VI
EXECUÇÃO DOS PROJECTOS E PRESTAÇÃO DE CONTAS
Artigo 36.º
Rigor e transparência na gestão
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 37.º
Registo e depósito dos acordos
No prazo de noventa dias contados a partir da data da publicação desta lei, os agentes
de cooperação internacional descentralizada registam e depositam cópia de todos os
acordos de geminação e cooperação assinados com entidades públicas e privadas
estrangeiras, desde que ainda estejam em vigor, junto do departamental governamental
responsável pela cooperação internacional.
Artigo 38.º
Desenvolvimento e regulamentação
O Governo desenvolve e regulamenta a presente lei, com vista à sua boa execução.
Artigo 39.º
Revogação
Fica revogado o disposto no n.º 2 do artigo 15.º e artigo 22.º, todos do Estatuto dos
Municípios, aprovado pela Lei n.º 134/IV/95, de 3 de julho, e toda a legislação que
contrarie o disposto no presente diploma.
| 383
Artigo 40.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no trigésimo dia subsequente à data da sua publicação.
Publique-se.
O Presidente da República,
Pedro Verona Rodrigues Pires.
| 384
| 385
LEI N.º 11/IX /20171
de 4 de Julho
Estabelece o regime, forma de criação, estatuto do pessoal, equipamentos e orgânica das polícias
municipais.
| 386
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO I
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Artigo 1.º
Objeto
CAPÍTULO II
ATRIBUIÇÕES DOS MUNICÍPIOS
Artigo 2.º
Natureza
TÍTULO II
REGIME
CAPÍTULO I
ATRIBUIÇÕES, FUNÇÕES E COMPETÊNCIAS
Artigo 3.º
Atribuições
| 387
3. A cooperação referida no número anterior exerce-se no respeito recíproco pelas
esferas de atuação próprias, nomeadamente através da partilha da informação
relevante e necessária para a prossecução das respetivas atribuições e na satisfação
de pedidos de colaboração que legitimamente forem solicitados.
Artigo 4.º
Funções de polícia
4. Quando, por efeito do exercício dos poderes de autoridade previstos nos números
1 e 2, os órgãos de polícia municipal verifiquem o cometimento de um ilícito a que
corresponda pena de prisão e tiver procedido à detenção do suspeito em flagrante
delito, nas condições previstas no Código Processo Penal, dá-lhe a conhecer por
escrito ou oralmente os motivos da detenção e procede à sua entrega imediata
| 388
aos órgãos de polícia criminal.
Artigo 5.º
Competências
c) Execução coerciva, nos termos da lei, dos atos administrativos das autoridades
municipais, sob coordenação e apoio das forças de segurança, quando seja
previsível ocorrer resistência ou alteração da ordem pública;
| 389
h) Elaboração dos autos de notícia, com remessa à autoridade competente, por
infrações cuja fiscalização não seja da competência do município, nos casos
em que a lei o imponha ou permita;
Artigo 6.º
Competência territorial
Artigo 7.º
Restrição
1. Ainda que no exercício de funções no âmbito das suas competências, aos efetivos
da polícia municipal é vedada a guarda, a fiscalização, a vigilância, o controlo ou
qualquer outra forma de participação, em atos ou eventos de caráter político ou
partidário, especialmente, em períodos de pré-campanha e campanha eleitoral.
| 390
CAPÍTULO II
DEPENDÊNCIA, COORDENAÇÃO, TUTELA E RECEITAS
Artigo 8.º
Dependência orgânica e coordenação
Artigo 9.º
Gestão das contraordenações rodoviárias
| 391
Artigo 10.º
Tutela administrativa
1. A verificação do cumprimento das leis e dos regulamentos por parte dos municípios,
em matéria de organização e funcionamento das respetivas polícias municipais,
compete ao membro do Governo responsável pela área das Autarquias Locais.
2. Sem prejuízo dos poderes de tutela previstos na lei geral sobre as autarquias locais,
compete ao membro do Governo responsável pela Administração Interna, por
iniciativa própria ou mediante proposta do membro do Governo responsável pelas
Autarquias Locais, determinar a investigação de fatos indiciadores de violação
grave de direitos, liberdades e garantias de cidadãos praticados pelo pessoal das
polícias municipais no exercício das suas funções policiais.
TÍTULO III
CRIAÇÃO
CAPÍTULO I
CRIAÇÃO, ALTERAÇÃO E EXTINÇÃO DAS POLÍCIAS MUNICIPAIS
Artigo 11.º
Criação
Artigo 12.º
Conteúdo do regulamento de organização e funcionamento
| 392
a) A enumeração taxativa das competências do serviço de polícia municipal
a criar, em conformidade com o respetivo quadro legal;
Artigo 13.º
Quadro de pessoal
| 393
j) A vertente turística do município com impacto na população flutuante que
ali se estabelece ou transita.
3. A ponderação dos fatores fixados no número anterior não pode exceder a razão
de dois efetivos por mil cidadãos residentes na área do respetivo município,
excetuando os municípios com caraterísticas turísticas acentuadas, onde é de três
efetivos por mil cidadãos residentes.
4. Em cada polícia municipal, o número de efetivos não pode ser inferior a oito.
Artigo 14.º
Alteração e extinção
CAPÍTULO II
DESIGNAÇÃO, UNIFORME, DISTINTIVOS E ARMAMENTO
Artigo 15.º
Designação, uniforme e distintivos municipais
| 394
Artigo 16.º
Armamento
2. O armamento das Polícias Municipais deve ser de calibre real 7.65mm ou 32”
(polegadas).
TÍTULO IV
ESTATUTO DE PESSOAL DAS POLÍCIAS MUNICIPAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 17.º
Do pessoal
| 395
Artigo 18.º
Princípios fundamentais
3. O pessoal das polícias municipais está sujeito ao regime da lei de bases da Função
Pública, com as adaptações adequadas às especificidades decorrentes das suas
funções, nos termos dos artigos seguintes.
Artigo 19.º
Princípios de atuação
Artigo 20.º
Poderes de autoridade
| 396
podem identificar os infratores, bem como solicitar a apresentação de documentos
de identificação necessários à ação de fiscalização, nos termos da lei.
CAPÍTULO II
DEVERES E DIREITOS DO PESSOAL DE POLÍCIA MUNICIPAL
Artigo 21.º
Regra geral
O pessoal da polícia municipal goza de todos os direitos e está sujeito aos deveres e
incompatibilidades consignados na Constituição, na Lei de Bases da Função Pública
e no Estatuto Disciplinar dos Agentes da Administração Pública, sem prejuízo do
regime próprio previsto na presente lei.
Artigo 22.º
Deveres dos efetivos de polícia municipal
Para além dos deveres gerais previstos no artigo anterior, são ,ainda, deveres dos
efetivos de polícia municipal:
c) O dever de denúncia;
e) O dever de identificação;
Artigo 23.º
Dever de obediência hierárquica
| 397
Artigo 24.º
Dever de sigilo profissional
Artigo 25.º
Dever de denúncia
Artigo 26.º
Dever de uso de uniforme e equipamentos
| 398
Artigo 27.º
Dever de identificação
Artigo 28.º
Dever de aprumo e probidade
Artigo 29.º
Neutralidade e imparcialidade
Artigo 30.º
Deveres específicos
1. O pessoal da polícia municipal deve, ainda, no exercício das suas funções, atender
às seguintes regras de conduta e relacionamento:
| 399
c) Não praticar, no serviço ou fora dele, ações contrárias à ética, à deontologia
funcional, ao brio ou ao decoro do serviço, mantendo sempre uma postura
digna;
h) Não se valer dos seus poderes de autoridade, nem da sua hierarquia para
obter benefícios ou para coagir subordinados ou o público em geral;
| 400
Artigo 31.º
Direito de acesso e livre-trânsito
Artigo 32.º
Despistagem do consumo de substâncias estupefacientes, psicotrópicas e
alcoólicas
Artigo 33.º
Porte de arma
Artigo 34.º
Uso de armas de fogo
2. É proibido o uso de armas de fogo sempre que possa colocar terceiros em perigo,
salvo em caso de legítima defesa ou estado de necessidade.
| 401
4. Sempre que tenha utilizado uma arma de fogo, ainda que sem qualquer
consequência, deve o pessoal da Polícia Municipal comunicar o fato, por escrito,
ao superior hierárquico, o mais brevemente possível, bem como aos órgãos de
polícia criminal.
Artigo 35.º
Recurso a outros meios coercivos
2. Os efetivos da polícia municipal só podem fazer uso dos meios coercivos de que
dispõem, atentos os condicionalismos legais, nos seguintes casos:
CAPÍTULO III
DISCIPLINA E RECOMPENSAS
Artigo 36.º
Regra geral
| 402
3. As multas aplicadas na sequência de procedimento disciplinar constituem receita
do município respetivo.
Artigo 37.º
Recompensas
CAPÍTULO IV
CARREIRA DE PESSOAL DE POLÍCIA MUNICIPAL
Artigo 38.º
Carreira de polícia municipal
a) Oficial Principal;
b) Oficial de 1ª Classe;
c) Oficial de 2ª Classe;
a) Graduado principal;
b) Graduado de 1ª Classe;
| 403
c) Graduado de 2ª Classe.
a) Agente principal;
b) Agente de 1ª Classe;
c) Agente de 2ª Classe.
CAPÍTULO V
COMPETÊNCIAS E CONTEÚDOS FUNCIONAIS
Secção I
Pessoal Dirigente
Artigo 39.º
Diretor
1. A Polícia Municipal é dirigida por um Diretor, cuja nomeação recai por escolha,
de entre pessoas de reconhecida idoneidade, habilitado com nível académico que
confira grau de licenciatura, preferencialmente com formação policial, militar ou
equiparada.
5. A comissão de serviço tem a duração de três anos e é renovável por iguais períodos,
nos termos do estatuto do pessoal dirigente da Função Pública.
Artigo 40.º
Competências
| 404
3. Compete ainda ao Diretor garantir que a atuação do pessoal da Polícia Municipal
é feita na escrupulosa observância dos princípios fundamentais, dos princípios de
atuação e dos deveres a que estão obrigados, em especial o dever de neutralidade
e imparcialidade, sob pena, neste último caso, de responsabilidade criminal, nos
termos do artigo 290.º do Código Eleitoral.
Artigo 41.º
Diretor-adjunto
5. A comissão de serviço tem a duração de três anos e é renovável por iguais períodos,
nos termos do estatuto do pessoal dirigente da Função Pública.
Artigo 42.º
Competências
| 405
SECÇÃO II
Conteúdo Funcional
Artigo 43.º
Oficial
Artigo 44.º
Graduado
| 406
urbanismo, à segurança na circulação de viaturas e pessoas nas vias públicas,
ao uso de espaços públicos e à atividade comercial.
Artigo 45.º
Agente
| 407
públicos e à atividade comercial;
CAPÍTULO VI
CONCURSO E PROVIMENTO
Artigo 46º
Categorias de ingresso
Artigo 47.º
Regras de concurso e formação
3. Não podem ser admitidos a concurso indivíduos que tenham sido demitidos ou
aposentados compulsivamente de qualquer instituição pública.
| 408
5. A realização de provas de seleção escrita, física, exame médico, avaliação psicológica
e a entrevista profissional, bem como a duração, o conteúdo curricular, critérios
de avaliação e o regime de frequência dos cursos de formação e do estágio, são
objeto de regulamento a aprovar por Portaria conjunta dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas da Administração Interna e das Autarquias Locais.
Artigo 48.º
Promoção na categoria de oficial
Artigo 49.º
Promoção na categoria de graduado de polícia municipal
| 409
c) Graduado de 2ª classe, é feita de acordo com as vagas existentes, de entre os
agentes principais, com um mínimo de quatro anos de serviço efetivo nessa
categoria, com avaliação mínima de Bom e aprovação em curso de formação.
Artigo 50.º
Promoção na categoria de Agente de polícia municipal
Artigo 51.º
Período probatório na carreira de polícia municipal
| 410
8. Em caso de igualdade de notação, dá-se preferência, àqueles que tiverem prestado
serviço militar e tenham obtido avaliação positiva, nos termos do regulamento a
que se refere o número 5 do artigo 48.º da presente lei.
Artigo 52.º
Pessoal em regime de comissão de serviço
CAPÍTULO VII
REGIME DE TRABALHO
Artigo 53.º
Regime geral
Artigo 54.º
Serviço permanente
4. O caráter obrigatório das suas funções, nos termos da alínea n) do artigo 30.º da
presente lei, confere ao pessoal da carreira da polícia municipal direito a subsídio
de condição policial.
| 411
5. Os subsídios de turno e de condição policial, bem como o regime de prestação
de serviço naquele regime são fixados por deliberação da Assembleia Municipal.
TÍTULO V
EQUIPAMENTO
Artigo 55.º
Equipamento
a) Uniforme;
d) Algemas;
e) Apito;
g) Equipamento refletorizante.
3. Nas situações em que tal se justifique, deve o equipamento ser ainda constituído
por coletes de proteção balística internos.
Artigo 56.º
Meios de comunicação
| 412
2. O pessoal da polícia municipal pode, ainda, usar outros meios de comunicação
eletrónica para acesso à informação necessária à prossecução das respetivas
missões.
Artigo 57.º
Uso de viaturas
TÍTULO VI
ORGÂNICA
Artigo 58.º
Estrutura orgânica da Polícia Municipal
4. Por decisão do Presidente da Câmara, a polícia municipal pode ainda ser integrada
por um destacamento do Gabinete Técnico da Câmara Municipal, que presta
assessoria técnica especializada, funcionando na dependência do Diretor.
Artigo 59.º
Composição e chefia das Unidades e Seções
| 413
3. A Unidade de Instrução Processual é integrada exclusivamente por pessoal da
categoria de oficial e é chefiada por pessoal dessa categoria ou por pessoa habilitada
com curso superior que confira grau de licenciatura, preferencialmente em direito,
em qualquer dos casos em comissão de serviço.
Artigo 60.º
Conteúdo funcional e remuneração
Aos chefes de Unidade compete, nomeadamente:
| 414
d) Fiscalizar o cumprimento dos prazos processuais e demais exigências legais,
aplicáveis no âmbito das suas atribuições;
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 61.º
Recrutamento excecional para a categoria de graduado
Artigo 62.º
Regime excecional de transição para a carreira de polícia municipal
| 415
Artigo 63.º
Extinção de lugares
Artigo 64.º
Receitas
Artigo 65.º
Regulamentação
| 416
Artigo 66.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no primeiro dia útil do mês seguinte ao da sua
publicação.
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
ANEXO
| 417
LEI N.º 12/IX/2017
de 2 de Agosto
Procede à primeira alteração da Lei n.º 83/VIII/2015, de 16 de Janeiro, que estabelece o regime
jurídico da actividade das microfinanças e respectivas instituições.
| 418
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Alteração
São alterados os artigos 4.º, 6.º, 11.º, 17.º, 22.º, 25.º, 37.º, 38.º, 39.º, 40.º, 44.º, 46.º, 48.º,
52.º, 81.º, 82.º, 84.º e 86.º da Lei n.º 83/VIII/2015, de 16 de janeiro, que passam a ter
a seguinte redação:
“Artigo 4.º
[…]
a) […]
b) […]
c) […]
e) […]
f) […]
h) […]
i) […]
| 419
Artigo 6.º
[…]
[…]
a) […]
c) […]
Artigo 11.º
[…]
Artigo 17.º
[…]
Artigo 22.º
[…]
1. […]
2. O prazo referido no número anterior pode ser prorrogado pelo Banco de Cabo
Verde, à solicitação fundamentada da entidade requerente, ouvidos os membros
do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Economia.
| 420
Artigo 25.º
[…]
Artigo 37.º
[…]
2. […]
3. […]
4. […]
Artigo 38.º
[…]
Artigo 39.º
[…]
1. […]
Artigo 40.º
[…]
Sem prejuízo de outras competências conferidas pelo presente diploma ou por outra
legislação aplicável, nomeadamente a Lei das Atividades e das Instituições Financeiras
e a sua lei orgânica, compete ao Banco de Cabo Verde, em relação às instituições de
microfinanças, determinar:
| 421
a) […]
b) […]
c) […]
d) […]
e) Outros elementos não referidos nas alíneas anteriores, que não sejam
da competência de outra autoridade ou órgão e que se enquadrem nas
suas atribuições, conforme estabelecido na sua Lei orgânica ou na Lei das
Atividades e das Instituições Financeiras.
Artigo 44.º
[…]
1. […]
b) […]
2. […]
Artigo 46.º
[…]
Para além das disposições da Lei das Atividades e das Instituições Financeiras e
das regras previstas no presente diploma, as cooperativas de crédito regem-se pelas
normas reguladoras da atividade das sociedades cooperativas em geral, previstas no
Código das Sociedades Comerciais.
Artigo 48.º
[…]
| 422
Artigo 52.º
[…]
a) […]
b) […]
c) […]
Artigo 81.º
[…]
1. […]
3. […]
Artigo 82.º
[…]
1. […]
2. [Revogado]
3. […]
Artigo 84.º
[…]
| 423
Artigo 86.º
[…]
Artigo 3.º
Republicação
É republicada, na íntegra e em anexo como parte integrante da presente Lei, a Lei n.º
83/VIII/2015, de 16 de janeiro, com as modificações ora introduzidas.
Artigo 4.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 424
ANEXO
(a que se refere o artigo 3.º)
REPUBLICAÇÃO
LEI Nº 83/VIII/2015
DE 16 DE JANEIRO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Âmbito
Artigo 3.º
Natureza
| 425
Artigo 4.º
Definições
| 426
depositados em cada instituição em particular, nos termos da respetiva Lei
orgânica e da lei geral sobre as instituições financeiras.
CAPÍTULO II
OPERAÇÕES DESENVOLVIDAS E CATEGORIA DE INSTITUIÇÕES DE
MICROFINANÇAS
Artigo 5.º
Operações desenvolvidas
Artigo 6.º
Categoria de instituições de microfinanças
| 427
b) Categoria B: Instituições de microfinanças que apenas recebem depósitos e
captam poupanças, exclusivamente dos seus membros ou sócios, concedem
créditos e praticam outros serviços financeiros a favor dos mesmos ou
terceiros;
Artigo 7.º
Categoria A
Artigo 8.º
Categoria B
Artigo 9.º
Categoria C
Artigo 10.º
Proibição de cumulação de atividades
Uma instituição de uma categoria não pode exercer a atividade de uma outra categoria
sem prévia autorização do Banco de Cabo Verde concedida nos termos deste diploma.
| 428
CAPÍTULO III
AUTORIZAÇÃO E REGISTO
Secção I
Regime de autorização e registo aplicável às instituições da categoria A
Artigo 11.º
Autorização especial
Artigo 12.º
Instrução do pedido
b) Relação dos sócios da pessoa coletiva participante que nesta sejam detentores
de participações qualificadas;
| 429
c) Relação das sociedades em cujo capital a pessoa coletiva participante detenha
participações qualificadas, bem como exposição ilustrativa da estrutura do
grupo a que pertença.
Artigo 13.º
Decisão
1. A decisão sobre o pedido deve ser tomada e comunicada, por escrito, aos
requerentes, no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar da receção do pedido
ou das informações complementares, se couber.
| 430
Artigo 14.º
Depósito prévio
2. O depósito prévio referido no número anterior pode ser substituído por uma
garantia bancária aceite pelo Banco de Cabo Verde.
Artigo 15.º
Vistoria
Artigo 16.º
Denominação
| 431
Artigo 17.º
Regime jurídico
Secção II
Regime de autorização e registo aplicável às instituições da categoria B
Artigo 18.º
Registo
Artigo 19.º
Requisitos da autorização
| 432
Artigo 20.º
Decisão do pedido
A decisão sobre o pedido deve ser tomada e comunicada, por escrito, aos requerentes,
no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar da receção do pedido ou das informações
complementares, se couber.
Secção III
Intermediários de captação de depósitos
Artigo 21.º
Intermediários de captação de depósitos
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES COMUNS APLICÁVEIS ÀS INSTITUIÇÕES DE
MICROFINANÇAS
Secção I
Disposições gerais
Artigo 22.º
Caducidade da autorização
2. O prazo referido no número anterior pode ser prorrogado pelo Banco de Cabo
Verde, à solicitação fundamentada da entidade requerente, ouvidos os membros
do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da Economia.
| 433
Artigo 23.º
Revogação da autorização
a) Ter sido obtida por meio de falsas declarações ou outros meios ilícitos;
e) Não dar a instituição garantia de cumprimento das suas obrigações para com
os credores, em especial, quanto à segurança dos fundos que lhe tiverem
sido confiados, se couber;
Artigo 24.º
Registo especial
a) A denominação;
b) O objeto;
e) O lugar da sede
| 434
f) O lugar e a data de criação de delegações ou agências, se couber;
4. A decisão deve ser tomada no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da receção
do pedido.
6. O Banco de Cabo Verde pode cobrar taxas e emolumentos, devidos por registo,
averbamentos e emissão de certidões e que vierem a ser estabelecidas por diploma
próprio.
Artigo 25.º
Comunicação ao Governo
Artigo 26.º
Início de atividade
Artigo 27.º
Impedimentos
| 435
Artigo 28.º
Comissões e taxas de juros
Artigo 29.º
Garantias
Além das previstas no Código Civil para a garantia dos créditos concedidos no sector
das micro-finanças, as instituições de micro-finanças podem ainda beneficiar do regime
de garantias mútuas ao abrigo da legislação vigente sobre a matéria.
Artigo 30.º
Publicidade das condições aplicáveis
Secção II
Administração e fiscalização
Artigo 31.º
Composição do órgão de administração
| 436
Artigo 32.º
Idoneidade
Artigo 33.º
Incompatibilidades
| 437
Artigo 34.º
Falta de requisitos
2. O Banco de Cabo Verde, sempre que o considere necessário, antes de fazer uso
dos poderes mencionados no número anterior, fixa um prazo para ser alterada a
composição dos órgãos de administração ou fiscalização em causa
Artigo 35.º
Conflitos de interesses
CAPITULO V
CONTROLO DAS INSTITUIÇÕES DE MICROFINANÇAS
Artigo 36.º
Controlo interno
| 438
Artigo 37.º
Supervisão
Artigo 38.º
Monitorização
Artigo 39.º
Auditoria externa
CAPÍTULO VI
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DO BANCO DE CABO VERDE
Artigo 40.º
Atribuições especificas
Sem prejuízo de outras competências conferidas pelo presente diploma ou por outra
legislação aplicável, nomeadamente a Lei das Atividades e das Instituições Financeiras
e a sua lei orgânica, compete ao Banco de Cabo Verde, em relação às instituições de
microfinanças, determinar:
| 439
a) Os fundos mínimos a afetar à atividade requerida;
e) Outros elementos não referidos nas alíneas anteriores, que não sejam
da competência de outra autoridade ou órgão e que se enquadrem nas
suas atribuições, conforme estabelecido na sua Lei orgânica ou na Lei das
Atividades e das Instituições Financeiras.
CAPÍTULO VII
OPERAÇÕES PERMITIDAS
Artigo 41.º
Microbancos
A Caixa de Poupança Postal não pode exercer a função de concessão de crédito, apenas
lhe sendo permitido aplicar as poupanças mobilizadas em investimento em títulos e
depósitos a prazo noutras instituições e operações similares, nos termos fixados pelo
Banco de Cabo Verde.
A Caixa de Crédito Agrícola deve destinar pelo menos 50% (cinquenta por cento) da
sua atividade no meio rural, nos termos fixados pelo Banco de Cabo Verde.
| 440
Artigo 42.º
Cooperativas e mutualidades de poupança e crédito
Se registem no Banco de Cabo Verde nos termos dos artigos 18.º e seguintes do
presente diploma;
CAPITULO VIII
UNIÃO OU FEDERAÇÃO DOS INSTITUIÇÕES DE MICROFINANÇAS
Artigo 43.º
Constituição
CAPITULO IX
TRANSFORMAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE
MICROFINANÇAS
Artigo 44.º
Fusão, cisão e transformação
| 441
2. O Banco de Cabo Verde pode, sem necessidade de qualquer requerimento nesse
sentido, recomendar ou determinar a transformação de um operador em função
da sua atividade ou do seu desempenho.
Artigo 45.º
Liquidação
CAPÍTULO X
DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS APLICÁVEIS ÀS COOPERATIVAS DE
CRÉDITO
Artigo 46.º
Regime jurídico
Para além das disposições da Lei das Atividades e das Instituições Financeiras e
das regras previstas no presente diploma, as cooperativas de crédito regem-se pelas
normas reguladoras da atividade das sociedades cooperativas em geral, previstas no
Código das Sociedades Comerciais.
Artigo 47.º
Características das cooperativas de crédito
e) A proibição do voto por procuração, para além dos limites fixados na lei; e
| 442
Artigo 48.º
Forma de constituição
Artigo 49.º
Denominação
Artigo 50.º
Aumento do capital social
Artigo 51.º
Redução do capital social
O capital social das cooperativas só pode ser reduzido por amortização dos títulos de
capital dos associados exonerados a seu pedido, excluídos ou falecidos, desde que tal
não comprometa a observância dos normativos prudenciais pela instituição em causa.
| 443
Artigo 52.º
Elemento de ligação
Artigo 53.º
Aquisição da qualidade de associado
Artigo 54.º
Incompatibilidades
Não pode fazer parte dos órgãos de administração e fiscalização de uma cooperativa
de crédito o associado que, nos últimos 24 (vinte e quatro) meses, tenha estado em
mora para com a cooperativa por um período superior a 60 (sessenta) dias, seguidos
ou interpolados.
Artigo 55.º
Obtenção de recursos
Artigo 56.º
Outras operações
| 444
Artigo 57.º
Aplicações financeiras
Artigo 58.º
Reservas
Sem prejuízo de outras que forem previstas nos estatutos ou que a assembleia-geral
delibere criar, as cooperativas de crédito devem constituir as seguintes reservas:
Artigo 59.º
Aplicação de resultados
a) 20% (vinte por cento), no mínimo, dos lucros líquidos anuais é alocado à
reserva prevista na alínea a) do artigo anterior;
b) Até 5% (cinco por cento) dos lucros líquidos anuais e alocado à reserva
prevista na alínea b) do artigo anterior;
CAPITULO XI
DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS APLICÁVEIS ÀS MUTUALIDADES DE
POUPANÇA E CRÉDITO
Artigo 60.º
Regime jurídico
| 445
Artigo 61.º
Denominação
Artigo 62.º
Recursos
Para além das cotizações e contribuições dos seus membros, os recursos das
mutualidades de poupança e crédito podem ser constituídos por:
Artigo 63.º
Proibição de distribuição de dividendos
CAPITULO XII
INCENTIVOS FISCAIS
Artigo 64.º
Organizações baseadas no voluntariado
| 446
2. Os donativos em dinheiro ou em espécie atribuídos por pessoas singulares ou
coletivas às mutualidades de poupança e crédito constituem encargos dedutíveis
nos termos previstos no Regime Jurídico do Mecenato, aprovado pela Lei n.º 45/
VI/2004, de 12 de Julho.
CAPÍTULO XIII
INFRAÇÕES E SANÇÕES SECÇÃO I INFRAÇÕES PENAIS
Artigo 66.º
Exercício ilegal da atividade
Artigo 67.º
Encerramento e liquidação
1. Sem prejuízo das sanções previstas no artigo anterior, o Banco de Cabo Verde
determina a cessação imediata das atividades e o encerramento das respetivas
instalações.
| 447
Secção II
Contraordenações
Artigo 68º
Sanções aplicáveis
a) Coima;
c) Sanções acessórias.
Artigo 69.º
Coima
São puníveis com coima de 10.000$00 (dez mil escudos) a 100.000$00 (cem mil escudos)
ou de 5.000$00 (cinco mil escudos) a 30.000$00 (trinta mil escudos), conforme se tratar
de pessoa coletiva ou singular, as infrações seguintes:
| 448
Artigo 70.º
Contraordenações especialmente graves
São puníveis com coima de 30.000$00 (trinta mil escudos) a 300.000$00 (trezentos mil
escudos) ou de 15.000$00 (quinze mil escudos) a 90.000$00 (noventa mil escudos),
conforme se tratar de pessoa coletiva ou singular, as infrações seguintes:
d) Falsificação da contabilidade;
| 449
Artigo 71.º
Graduação da coima
2. A coima não deve ser inferior a 10% (dez por cento) nem superior ao dobro do
valor das operações ou do benefício retirado, quando esse valor seja determinado
ou determinável, sem prejuízo dos valores mínimos e máximos fixados nos artigos
anteriores.
Artigo 72.º
Inibição do exercício de cargos
Artigo 73.º
Sanções acessórias
| 450
Artigo 74.º
Processo
2. Tratando-se das infrações referidas no artigo 69.º e que consista em falta sanável,
pode o Banco de Cabo Verde suspender o processo pelo prazo que indicar ao
infrator para sanar a irregularidade, sob pena de prosseguimento.
Artigo 75.º
Notificações e comparência
1. As notificações são feitas por carta registada com aviso de receção ou pessoalmente,
se necessário através das autoridades policiais.
Artigo 76.º
Acusação e defesa
2. A acusação deve ser notificada ao arguido ou ao defensor que ele haja constituído,
designando-se-lhe prazo razoável, entre 10 (dez) e 30 (trinta) dias úteis, para
apresentar a defesa por escrito e oferecer meios de prova, não podendo ser
arroladas mais de 5 (cinco) testemunhas por cada infração.
| 451
3. A notificação do arguido é feita nos termos do numero 1 do artigo anterior ou,
quando o arguido não for encontrado ou for desconhecida a sua morada, por
éditos de 10 (dez) dias publicados num dos jornais de maior circulação no País.
Artigo 77.º
Decisão
3. A execução das sanções aplicadas pode ser parcial ou totalmente suspensa por
período de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, condicionando-se ou não a suspensão ao
cumprimento de certas obrigações.
4. A decisão devidamente certificada pelo Banco de Cabo Verde, que não tiver sido
contenciosamente impugnada nos termos das disposições finais deste diploma,
tem valor de título executivo relativamente às sanções e às obrigações de carácter
pecuniário nela determinadas, sendo para o efeito competente o juízo de execuções
fiscais da Praia.
Artigo 78.º
Pagamento de coimas e multas
As coimas são pagas, por meio de guia, na sede do Banco de Cabo Verde ou utilizando
outros meios idóneos que o Banco de Cabo Verde indicar.
Artigo 79.º
Prescrição
| 452
Artigo 80.º
Direito subsidiário
Em tudo o que não contrarie o disposto na presente Secção, é aplicável o regime geral
das contraordenações aprovado pelo Decreto-Legislativo n.º 9/95, de 27 de outubro.
CAPÍTULO XIV
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Artigo 81.º
Dispensa de procedimentos, obrigação de registo, segregação de atividades
Artigo 82.º
Regulamentação
Artigo 83.º
Recursos
| 453
Artigo 84.º
Direito subsidiário
Artigo 85.º
Revogações
São revogadas a Lei n.º 15/VII/2007, de 10 de setembro, bem como todas as disposições
que contrariem o disposto no presente diploma.
Artigo 86.º
Entrada em vigor
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
| 454
| 455
LEI N.º 13/IX /2017
de 12 de Setembro
| 456
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea c) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Sentido e extensão
f) Corrigir a parte relativa às formas de utilização, quer dos autores quer dos
titulares dos direitos conexos, nomeadamente nas relações entre estes;
| 457
Artigo 3.º
Duração
Artigo 4.º
Entrada em vigor
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca
| 458
| 459
LEI N.º 14/IX/2017
de 12 de Setembro
| 460
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Alteração
É alterado o artigo 4.º da Lei n.º 105/VIII/2016, de 19 de janeiro, que passa a ter a
seguinte redação:
“Artigo 4.º
[…]
1. Em Chã das Caldeiras, por ser uma zona de risco de segurança geotécnica,
não podem ser implantados equipamentos sociais, incluindo habitacionais, e
infraestruturas técnicas públicas, salvo o disposto nos números seguintes.
2. […]
| 461
Artigo 3.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.
Publique-se.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 462
| 463
LEI N.º 15/IX /2017
de 12 de Setembro
| 464
Por mandato do Povo, a Assembleia Nacional decreta, nos termos da alínea b) do
artigo 175.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Objeto
Artigo 2.º
Âmbito
2. Ficam excluídos do âmbito da presente lei os estágios que tenham por objetivo
a aquisição de uma habilitação profissional, requerida para o exercício de
determinada profissão, bem como os estágios curriculares de quaisquer espécies
de cursos.
Artigo 3.º
Definição
Artigo 4.º
Requisitos necessários
| 465
Artigo 5.º
Objetivos
Artigo 6.º
Entidade gestora
e) Receber as candidaturas;
f) Avaliar as candidaturas;
| 466
g) Selecionar as candidaturas para validação das empresas aderentes ao
programa;
Artigo 7.º
Empresa promotora
1. Pode aderir ao programa qualquer empresa constituída nos termos da lei, com
situação regularizada em matéria de licenciamentos, fiscal e de segurança social.
| 467
Artigo 8.º
Direitos e deveres dos estagiários
1. Sem prejuízo dos demais direitos compatíveis com a sua condição, o estagiário
tem ainda os seguintes direitos:
2. Sem prejuízo dos deveres gerais dos trabalhadores, constantes do Código Laboral
adaptados à sua condição, o estagiário tem ainda os seguintes deveres:
Artigo 9.º
Candidatura
c) Registo criminal.
| 468
4. Os documentos referidos no número anterior, acompanhados da ficha de inscrição
facultada pela plataforma informática, devem ser endereçados à entidade gestora
e entregues na estação dos correios da localidade mais próxima, sem encargos
para o remetente.
Artigo 10.º
Perfil do candidato
Artigo 11.º
Contrato de estágio
| 469
4. O contrato deve estipular as obrigações das empresas e os direitos e deveres do
estagiário.
Artigo 12.º
Duração do estágio
O contrato de estágio não pode ter duração inferior a seis meses e nem superior a
doze meses.
Artigo 13.º
Orientação do estágio
Artigo 14.º
Regime aplicável ao estágio
| 470
Artigo 15.º
Subsídio de estágio
c) Pelas faltas justificadas que excedam quatro dias seguidos, ou oito dias
interpolados, ocorridas no decurso do estágio.
Artigo 16.º
Segurança social
Artigo 17.º
Incentivos fiscais
| 471
Artigo 18.º
Suspensão do contrato de estágio
Artigo 19.º
Cessação do contrato de estágio
1. O contrato de estágio cessa por caducidade, por acordo das partes e por resolução
por alguma das partes, nos termos dos números seguintes.
d) Se, com exceção das situações que originem suspensão do estágio, o número
total de faltas justificadas, atingir os dez dias consecutivos ou interpolados
ou, no caso dos estagiários com deficiência e incapacidade, trinta dias
consecutivos ou interpolados, mediante comunicação escrita dirigida ao
estagiário.
3. O contrato de estágio cessa por acordo das partes se, no decurso do mesmo, essa
for a sua vontade, expressa de forma clara e inequívoca em documento assinado
por ambas, no qual se menciona as datas de celebração do acordo e do início da
sua produção de efeitos.
4. O contrato de estágio cessa por resolução quando uma das partes comunicar à
outra, mediante carta registada e com antecedência não inferior a dez dias, a sua
intenção de não pretender a manutenção do contrato de estágio, se outra solução
não resultar de regulamentação específica.
| 472
5. Entende-se por partes, referidas nos números 3 e 4, o estagiário e a empresa
contratante.
Artigo 20.º
Sistema de avaliação e de certificação
Artigo 21.º
Contraordenações
Artigo 22.º
Prevalência
| 473
Artigo 23.º
Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no prazo de trinta dias a contar da data da sua
publicação.
O Presidente da República,
Jorge Carlos de Almeida Fonseca.
| 474
| 475
| 476