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RBNA SOCIEDADE CLASSIFICADORA

Programa para Vistorias de Habitabilidade


e Acessibilidade de Passageiros no
Sistema de Transporte Aquaviário
2014

REGISTRO BRASILEIRO DE NAVIOS E AERONAVES 1/41


Av. Rio Branco n0 124, grupo 1701 - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20040-001 - Brasil
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CONTEÚDO

1.0 Objetivo.................................................................................................................................... 3/41


2.0 Definições................................................................................................................................ 3/41
3.0 Terminal Aquaviário de Passageiros....................................................................................... 8/41
4.0 Equipamento de Embarque e Desembarque.......................................................................... 9/41
5.0 Adaptação de Acessibilidade Tipo 3 (Embarcações com 50 < AB ≤ 300).............................. 11/41
5.1 Acessibilidade de Passageiros................................................................................................ 11/41
5.2 Convés de Passageiros........................................................................................................... 14/41
5.3 Compartimentos Sanitários de Passageiros e Tripulantes...................................................... 24/41
6.0 Adaptação de Acessibilidade Tipo 2 (Embarcações com 300 < AB ≤ 500)............................ 28/41
6.1 Unidade Sanitária Acessível.................................................................................................... 28/41
6.2 Unidade de Chuveiro Acessível............................................................................................... 37/41
7.0 Adaptação de Acessibilidade Tipo 1 (Embarcações com AB ˂ 500)..................................... 39/41
7.1 Acessibilidade de Passageiros................................................................................................ 39/41
7.2 Camarotes de Passageiros e Tripulantes................................................................................ 39/41
7.3 Camarotes Acessíveis............................................................................................................. 39/41
8.0 Referências.............................................................................................................................. 41/41

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Programa de Vistorias de Habitabilidade e Acessibilidade de


Passageiros no Sistema de Transporte Aquaviário.

1.0 - Objetivo
O objetivo imediato da presente publicação é de informar sobre métodos e padrões recomendados
para vistorias estabelecendo critérios e parâmetros técnicos a serem observados pelos vistoriadores do
RBNA na avaliação da conformidade para habitabilidade e adaptação de acessibilidade de passageiros
no sistema de transporte aquaviário de embarcações utilizadas no transporte coletivo de passageiros,
visando propiciar, com segurança e autonomia, o transporte de pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida.

2.0 - Definições
As prescrições que seguem referentes ao RTQ - Regulamento Técnico da Qualidade aplica-se as
seguintes definições:

2.1 - Habitabilidade
Conjunto de condições que um compartimento destinado ao transporte e/ou acomodação de
passageiros ou tripulantes possui que o tornam habitável.

2.2 - Acessibilidade
Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos serviços de
transporte coletivo de passageiros, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.

2.3 - Acessibilidade no Sistema de Transporte Aquaviário


Possibilidade e condição de alcance para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços,
mobiliários, equipamentos, edificações, comunicação e informação no sistema de transporte
aquaviário.

2.4 - Sistema de Transporte Aquaviário


Conjunto constituído de embarcação, terminal e toda infra-estrutura necessária a sua operação.

2.5 - Terminal Aquaviário de Passageiros


Edificação autorizada por órgão competente, integrante da infra-estrutura necessária a operação
das embarcações, que permite o embarque, desembarque e deslocamento de todos os
passageiros, podendo estar integrado ou não a outros sistemas ou modos de transporte.

2.6 - Salão de Passageiros


Local no terminal reservado aos passageiros a espera de embarque.

2.7 - Píer
Estrutura perpendicular ou oblíqua a linha do cais, acostável em um ou em ambos os lados.

2.8 - Fronteira
Transição entre as áreas de embarque/desembarque e a embarcação.

2.9 - Equipamento de Embarque e Desembarque


Ajuda técnica ou dispositivo destinado a possibilitar o acesso por pessoa com deficiência ou
mobilidade reduzida à embarcação. Exemplos: elevador, rampa e outros.

2.10 - Plataforma Flutuante


Estrutura flutuante, que opera em local fixo e determinado, localizada entre os dispositivos de
acesso ao cais ou píer e de acesso a embarcação, destinada a atracação de embarcações para o
embarque e desembarque de passageiros e cargas.

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2.11 - Plataforma Acessível de Elevação Vertical


Equipamento com plataforma móvel, com deslocamento vertical, por meio de guias, que permite o
acesso ao convés superior da embarcação, cujos componentes e funcionamento devem atender a
norma ISO 9386-1.

2.12 - Linha Guia


Qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como guia de balizamento para
pessoas com deficiência visual que utilizam bengala de rastreamento, tais como: paredes, muretas,
corrimãos e pisos táteis.

2.13 - Piso Tátil


Piso caracterizado pela diferenciação de textura em relação ao piso adjacente, destinado a
constituir alerta ou linha-guia, para uso de pessoas com deficiência visual.

2.14 - Piso Tátil de Alerta


Piso tátil utilizado para sinalizar alteração de percurso ou de plano, bem como projeção de objetos
suspensos, que podem comprometer a segurança da pessoa com deficiência visual, conforme a
norma ABNT NBR 9050.

2.15 - Piso Tátil Direcional


Piso tátil utilizado em áreas de circulação, na ausência ou interrupção da guia de balizamento, em
ambientes internos ou externos, em espaços amplos ou quando houver caminhos preferenciais de
circulação, conforme a norma ABNT NBR 9050.

2.16 - Cromodiferenciada
Superfície caracterizada pela diferenciação de cor em relação a adjacente, destinada a constituir
alerta ou linha-guia, para uso por pessoas com deficiência visual.

2.17 - Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ)


Documento do Inmetro que define os requisitos técnicos que os produtos, os processos, os
serviços, as pessoas ou sistemas de gestão devem atender.

2.18 - Adaptação de Acessibilidade


Modificação realizada na embarcação existente empregada no transporte coletivo de passageiros
para torná-la acessível à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.

2.18.1 - Adaptação de Acessibilidade Tipo 1 (Embarcações com AB > 500)


Conjunto de modificações que devem ser implementadas nas embarcações existente
empregadas no transporte coletivo de passageiros com AB > 500 para torná-la uma
embarcação acessível.

2.18.2 - Adaptação de Acessibilidade Tipo 2 (Embarcações com 300 < AB ≤ 500)


Conjunto de modificações que devem ser implementadas em embarcação existente
empregada no transporte coletivo de passageiros com 300 < AB ≤ 500 para torná-la uma
embarcação acessível.

2.18.3 - Adaptação de Acessibilidade Tipo 3 (Embarcações com 50 < AB ≤ 300)


Conjunto de modificações que devem ser implementadas nas embarcações existentes
empregada no transporte coletivo de passageiros com 50 < AB ≤ 300 para torná-la uma
embarcação acessível.

2.19 - Arqueação Bruta (AB)


Expressão do tamanho total de uma embarcação (volume), determinada de acordo com regras
específicas estabelecidas pela Autoridade Marítima. A arqueação bruta é um parâmetro
adimensional.

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2.20 - Embarcação Acessível


Embarcação empregada no transporte coletivo de passageiros que permite o acesso,
deslocamento e acomodação segura de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em
conformidade com os requisitos da norma ABNT NBR 15450.

2.21 - Embarcação Existente


É toda aquela que já esteja inscrita em uma Capitania dos Portos, Delegacia ou Agência até 02 de
janeiro de 2010.

2.22 - Embarcação Nova


É toda aquela que venha a ser inscrita em uma Capitania dos Portos, Delegacia ou Agência a partir
de 03 de janeiro de 2010.

2.23 - Dispositivo de Transposição das Portas com Soleiras


Dispositivo fixo ou móvel que atende os parâmetros de circulação, transferência, aproximação e
alcance descritos na norma ABNT NBR 9050.

2.24 - Assento Preferencial


Assento localizado na embarcação, destinado a utilização preferencial por idosos, gestantes,
lactantes, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e pessoas com crianças de colo.

2.25 - Equipamento
Termo genérico utilizado no RTQ para caracterizar qualquer tipo de equipamento, instrumento de
medição, dispositivo, equipamento de proteção individual e ferramenta.

2.26 - Equipamentos de Salvatagem


Equipamentos usados em situações de emergência do sistema de transporte aquaviário, como, por
Exemplo: aparelhos flutuantes, balsas salva-vidas, bóias salva-vidas, coletes salva-vidas e etc.

2.27 - Varão
Elemento de suporte para amarração das redes, localizado junto ao teto do espaço para redes.

2.28 - Espaço para Redes


Espaço destinado ao transporte de passageiros com redes armadas, sendo considerada a rede o
único elemento de permanência do passageiro.

2.29 - Espaço para Cadeiras


Espaço destinado ao transporte de passageiros sentados em cadeiras, sendo considerada a
cadeira o único elemento de permanência do passageiro.

2.30 - Camarote Acessível


Camarote que atende os parâmetros de circulação, transferência, aproximação, alcance e
sinalização, descritos na norma ABNT NBR 9050.

2.31 - Camarote
Compartimento destinado à acomodação de passageiros ou tripulantes em beliches ou camas.

2.32 - Compartimento Sanitário


Todo compartimento que apresente pelo menos uma Unidade Sanitária, uma Unidade de Chuveiro
ou uma Unidade de Banheiro.

2.33 - Unidade Sanitária


Compartimento que abriga um vaso sanitário e seus acessórios.

2.34 - Sanitário Coletivo


Compartimento que normalmente abriga uma ou mais unidades sanitárias e de chuveiro e ainda
mictórios e lavatórios, com a característica principal de que pode ser utilizado por mais de uma
pessoa simultaneamente.

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2.35 - Unidade de Chuveiro


Compartimento que abriga um chuveiro e seus acessórios.

2.36 - Unidade de Banheiro


Compartimento que abriga um vaso sanitário, um chuveiro, um lavatório e seus acessórios.

2.37 - Pessoal Habilitado


Tripulante da embarcação, treinado e autorizado para auxiliar no embarque, desembarque e no
deslocamento de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, tanto na operação regular
quanto em situações de emergência, conforme as necessidades específicas de cada tipo de
deficiência ou limitação.

2.38 - Agentes da Autoridade Marítima Brasileira


Órgãos da Marinha do Brasil responsáveis pela regulamentação, fiscalização e controle das
embarcações mercantes.

2.39 - Regulamento Técnico da Qualidade (RTQ)


Documento do Inmetro que define os requisitos técnicos que os produtos, os processos, os
serviços, as pessoas ou sistemas de gestão devem atender.

2.40 - Inspeção de Acessibilidade de Embarcação


Processo de avaliação de embarcação empregada no transporte coletivo de passageiros, por meio
de inspeção visual e de medições complementares, visando evidenciar a conformidade dos
requisitos estabelecidos no RTQ.

2.41 - Licença de Alteração


Documento emitido pelos Agentes da Autoridade Marítima Brasileira ou empresa por ela
reconhecida para demonstrar que o projeto ou o levantamento técnico das alterações de uma
embarcação se encontram em conformidade com os requisitos estabelecidos nas NORMAM.

2.42 - Selo de Identificação da Conformidade


Selo de Identificação da Conformidade emitido pelo Inmetro para registrar, após a emissão do CSN
- Certificado de Segurança da Navegação, as embarcações empregadas na atividade de transporte
coletivo de passageiros com a condição de que está em conformidade com os requisitos
estabelecidos para acessibilidade.

2.43 - Autonomia
Faculdade de deslocamento e utilização de equipamentos de forma independente.

2.44 - Deficiência
Perda ou anomalia de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere
limitação ou incapacidade para o desempenho da atividade. As deficiências podem ser físicas,
auditivas, visuais, mentais ou múltiplas.

2.44.1 - (PCR) - Pessoa em cadeira de rodas.


2.44.2 - (PMR) - Pessoa com mobilidade reduzida.
2.44.3 - (PO) - Pessoa obesa.
2.44.4 - (DA) - Pessoa com deficiência auditiva.
2.44.5 - (DM) - Pessoa com deficiência mental.
2.44.6 - (DV) - Pessoa com deficiência visual.

2.45 - Mobilidade Reduzida


Dificuldade de movimentação permanente ou temporária, gerando redução efetiva de mobilidade,
flexibilidade, coordenação motora e percepção. Esse conceito aplica-se a pessoas idosas,
gestantes, obesas e com criança de colo.

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2.46 - Módulo de Referência (MR)


Área com dimensões de 800 x 1200 mm, referente à ocupação de uma pessoa em cadeira de
rodas, conforme figura 1.

Figura 1 - Medidas de Referência para Cadeira de Rodas.

2.47 - Símbolo Internacional de Acesso (SIA)


Símbolo que identifica, assinala ou indica local, equipamento ou serviço habilitado ao uso de
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. As possíveis representações para esse símbolo
se encontram representadas na figura 2.

Símbolo Internacional de Acesso

Símbolo Internacional de Pessoa Símbolo Internacional de Pessoa


com Deficiência Visual com Deficiência Auditiva

Figura 2 - SIA - Símbolo Internacional de Acesso.

2.48 - Símbolo de Acessibilidade Assistida


Símbolo que indica a existência de assistência ou acompanhamento por empregado habilitado da
empresa operadora, para condução de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Figura 3 - Símbolos de Acessibilidade Assistida.

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3.0 - Terminal Aquaviário de Passageiros

3.1 - As áreas de uso público do terminal, equipamentos, dispositivos, painéis de informação e demais
elementos devem atender as seções 4, 6, 7 e 9 da norma ABNT NBR 9050 e também o seguinte:
3.1.1 - Ser instalados de forma a possibilitar o alcance manual e visual para utilização;
3.1.2 - Quando suspensos sobre as áreas de circulação e de uso público, garantir altura livre
mínima de 2,10 m.
3.1.3 - Integração, com acessibilidade, a outros meios e modos de transportes.

3.2 - Vaga exclusiva no estacionamento para veículos utilizados por pessoas com deficiência demarcada
e sinalizada, devendo ter acessibilidade no percurso da vaga ao terminal, conforme seção 6 da
norma ABNT NBR 9050, devendo ser respeitado o disposto no Artigo 25 do Decreto n 0 9296, e
estar localizada o mais próximo possível da área de entrada do terminal, de fácil acesso a
circulação de pedestres.

3.3 - Na área externa de embarque e desembarque de passageiros, deve haver uma área reservada e
sinalizada, para embarque e desembarque de pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida,
o mais próximo possível da entrada do terminal, com as características definidas na seção 6 da
norma ABNT NBR 9050.

3.4 - A bilheteria, localizada no terminal aquaviário, deve ter pelo menos um balcão de atendimento,
mesmo que automático, obedecendo as especificações de acessibilidade, conforme seção 9 da
norma ABNT NBR 9050 e norma ABNT NBR 15250.

3.5 - No terminal deve haver equipamento que permita, em situações de anormalidade, o resgate de
pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

3.6 - A circulação interna no terminal aquaviário deve ser projetada, prevendo-se áreas de refúgio e
evacuação em situações de anormalidade, conforme a seção 6 da norma ABNT NBR 9050.

3.7 - Na existência de equipamento de controle de acesso entre o terminal e o embarque, pelo menos
um equipamento deve permitir a passagem de pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida.

3.8 - No salão de passageiros do terminal aquaviário, deve-se prever uma área com destinação
preferencial a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, que acomode no mínimo duas
pessoas em cadeiras de rodas (módulos de referência) e possua quatro assentos
preferenciais.
3.9 - No salão de passageiros deve haver pelo menos um sanitário atendendo a seção 7 da norma ABNT
NBR 9050.

3.10 - O responsável pelo transporte (empresa de navegação ou terminal) deve garantir atendimento,
embarque e acomodação prioritários, desembarque logo após os demais passageiros e fornecer
colete salva vidas para cada um dos passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida, o qual
deverá manter sob sua guarda até o desembarque.

3.11 - O responsável pelo transporte do passageiro com deficiência ou mobilidade reduzida deve dispor
de tripulação habilitada a fim de apoiar no embarque, desembarque e despacho da bagagem,
bem como auxiliar, sempre que solicitado, durante a permanência na embarcação, além de
informar, antecipadamente, ao operador do terminal do desembarque e, se necessário, solicitar
providências especiais para o referido desembarque.

3.12 - Todos os equipamentos e ajudas técnicas de uso não devem ser considerados bagagem, devendo
ser acomodados em local adequado, o mais próximo possível do passageiro com deficiência ou
mobilidade reduzida.

3.13 - Em situações de emergência, o passageiro com deficiência ou com mobilidade reduzida deve ser
assistido por tripulante habilitado.

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4.0 - Equipamentos de Embarque e Desembarque

4.1 - Os equipamentos de embarque e desembarque devem estar providos de componentes que


garantam a segurança do usuário durante a operação de transporte, conforme figura 4.

4.2 - Para o embarque e desembarque de pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, deve ser
garantido o seguinte:
4.2.1 - Acesso em nível do salão de passageiros para o cais ou píer;
4.2.2 - Dispositivos de acesso no cais ou píer, interligando este a plataforma flutuante. No caso da
existência de equipamento de controle de acesso entre o terminal e o embarque, pelo
menos um equipamento deve permitir a passagem de pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida;
4.2.3 - Dispositivos de acesso instalado no píer ou plataforma flutuante, interligando este a
embarcação;

4.3 - No caso de transposição de desnível com altura superior a 20 mm e vão livre de 30 mm, esta deve
ser dotada de dispositivo que suavize esta transição.

4.4 - O dispositivo de acesso entre o cais ou píer e a plataforma flutuante, para garantir a movimentação
segura de passageiros, deve apresentar inclinação máxima de 10% e área de circulação para
pedestres com as seguintes características:
4.4.1 - Balaustradas construídas em ambos os lados com altura de 1050 mm de materiais rígidos,
firmemente fixados, oferecer condições seguras de utilização e ser sinalizados;
4.4.2 - Largura mínima de 1500 mm;
4.4.3 - Piso antiderrapante e fosco;
4.4.4 - Iluminação com iluminância média mínima de 200 lux (diurno) /100 lux (noturno);
4.4.5 - Piso tátil de alerta no início e término da área de circulação, nos limites do dispositivo de
acesso entre cais/píer e plataforma flutuante deve ser instalada faixa com piso tátil de
alerta de no mínimo 0,25 m de largura atendendo aos requisitos de espaçamento,
proporção e altura do texto, acabamento e contraste. O piso tátil de alerta deve ser
cromodiferenciado ou estar associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.

4.5 - A plataforma flutuante deve ser provida de:

4.5.1 - Balaustradas construídas em ambos os lados com altura de 1050 mm de materiais rígidos,
firmemente fixados, condições seguras de utilização e ser sinalizado;
4.5.2 - Piso antiderrapante e fosco;
4.5.3 - Iluminação com iluminância média mínima de 150 lux;
4.5.4 - Piso tátil de alerta no início e término da área de circulação, nos limites do dispositivo de
acesso entre cais/píer e plataforma flutuante com faixa de piso tátil de alerta de no mínimo
0,25 m de largura atendendo aos requisitos de espaçamento, proporção e altura do texto,
acabamento e contraste. O piso tátil de alerta deve ser cromodiferenciado ou estar
associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.

4.6 - Os terminais aquaviários devem dispor de dispositivos de acesso do píer ou plataforma flutuante
para as embarcações, com as seguintes características:

4.6.1 - Balaustradas devem ser construídas em ambos os lados com altura de 1050 mm de
materiais rígidos, firmemente fixados, oferecerem condições seguras de utilização e ser
sinalizados;
4.6.2 - Largura mínima de 1000 mm;
4.6.3 - Piso antiderrapante;

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4.6.4 - Piso tátil de alerta no início e término da área de circulação, nos limites do dispositivo de
acesso entre cais/píer e plataforma flutuante com faixa de piso tátil de alerta de no mínimo
0,25 m de largura atendendo aos requisitos de espaçamento, proporção e altura do texto,
acabamento e contraste. O piso tátil de alerta deve ser cromodiferenciado ou estar
associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.

4.7 - Quando este dispositivo de acesso for uma rampa, esta deve apresentar inclinação máxima de
10%.

4.8 - Quando este dispositivo de acesso possuir sistema de rolamento deve ser previsto proteção para
evitar o contato dos passageiros com este sistema na ocasião do embarque ou desembarque.

Figura 4 - Modelo de Arranjo para Equipamentos de Embarque e Desembarque.

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5.0 - Adaptação de Acessibilidade Tipo 3 (Embarcações com 50 < AB ≤ 300)

5.1 - Acessibilidade de Passageiros

5.1.1 - As embarcações devem dispor a bordo de uma cadeira de rodas manual disponível para ser
utilizada e facilitar o deslocamento de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, figura 5.
Esse item é opcional para embarcações que transportam menos de 100 passageiros.

Figura 5 - Cadeira de Rodas - Dimensões.

5.1.3 - O dispositivo de acesso destinado às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida
instalado no cais ou píer, interligando este a plataforma flutuante deve ser pelo menos uma
rampa sem uso de degrau com balaustrada na altura de 1,05 m, corrimãos laterais instalados, no
mínimo, na posição inferior a 0,70 m e superior a 0,92 m e largura de 1,50 m de vão livre, piso
regular antiderrapante sob qualquer condição e sinalizado com piso de alerta no início e no final,
conforme figuras 6, 7 e 8.

Figura 6 - Rampa de Acesso de Cais ou Píer para Interligação à Plataforma Flutuante.

5.1.4 - O dispositivo de acesso instalado no píer ou plataforma flutuante, interligando este a


embarcação deve dispor de balaustrada na altura de 1,05 m, com corrimãos laterais instalados
na posição inferior a 0,70 m, posição superior a 0,92 m e largura de 1,00 m, piso regular
antiderrapante sob qualquer condição e sinalizado com piso de alerta no início e no final.

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Guarda-corpo Empunhadura de corrimão


As rampas que não forem isoladas das áreas Dimensões em cm
adjacentes por paredes devem dispor de Figura 7 - Corrimãos
guarda corpo associado ao corrimão,
conforme figuras 7 e 8, e atender ao disposto
na norma ABNT NBR 9077.

Figura 8 - Rampa de Acesso da Plataforma Flutuante à Embarcação.

Altura de corrimões em rampas Prolongamento de corrimão


Para rampas e opcionalmente para escadas, os corrimãos Os corrimãos laterais devem prolongar-se pelo
laterais devem ser instalados as duas alturas: 0,92 m e 0,70 m menos 0,30 m antes do início e após o término da
do piso, medidos da geratriz superior. rampa, sem interferir com áreas de circulação ou
prejudicar a vazão.

Figuras 9 e 10 - Corrimãos em Rampas.

5.1.4 - No caso de embarcações com mais de um nível de convés de passageiros, recomenda-se que as
áreas reservadas aos passageiros com deficiência ou com mobilidade reduzida estejam no
convés principal. É vedado o transporte de carga nos conveses destinados aos passageiros.

5.1.5 - Deve ser prevista área de circulação, entre o local de acesso e o convés de passageiros, área de
manobra para pessoa em cadeira de rodas, livre de obstáculos, desde o local de acesso até a
área reservada para passageiros com deficiência ou com mobilidade reduzida e áreas de uso
público ou coletivo, incluindo sanitários conforme figuras 11, 12 e 13.

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Figura 11 - Deslocamento em Linha Reta de Pessoas em Cadeira de Rodas.

Figura 12 - Manobras em Cadeiras de Rodas com Deslocamento.

Figura 13 - Manobras em Cadeiras de Rodas Sem Deslocamento.

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5.2 - Convés de Passageiros

5.2.1 - As informações referentes a camarotes acessíveis, unidades de sanitários acessíveis, unidades


de banheiro acessível, unidades de chuveiro acessível, assentos preferenciais e para pessoas
obesas, além das informações requeridas nas NORMAM devem ser indicadas no plano de
“Arranjo Geral” aprovado de modo à comprovação da conformidade com a instalação de bordo.

5.2.2 - Todos os espaços destinados ao transporte ou permanência de passageiros devem apresentar


pé-direito (distância entre piso e teto), no mínimo, de 1900 mm.

5.2.3 - O convés para passageiros deve ser dotado de ventilação natural por meio de janelas
dimensionadas adequadamente ou ventilação forçada. No caso de janela móvel, a área mínima
de ventilação deve ser 40% do vão da abertura.

5.2.4 - A embarcação deve ter pelo menos um acesso ao convés de passageiros destinado as pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida, sem uso de degrau, com vão livre mínimo de
800 mm. Caso o convés de passageiros seja localizado em nível diferente, pode ser vencido por
equipamento eletromecânico, conforme figura 14.

Vista Superior Vista Frontal

Figura 14 - Transposição de Obstáculos Isolados

5.2.5 - Desníveis de qualquer natureza em rotas acessíveis devem ser evitados. Eventuais desníveis no
piso, de até 5 mm, não demandam tratamento especial de acordo com a figura 15.
Desníveis superiores a 5 mm até 15 mm devem ser tratados em forma de rampa, com inclinação
máxima de 1:2 (50%), conforme figura 15.
Desníveis superiores a 15 mm devem ser considerados como degraus e ser sinalizado.

Figura 15 - Tratamento de desníveis.

5.2.6 - As embarcações devem dispor, no convés destinado aos passageiros com deficiência ou com
mobilidade reduzida de dispositivo de transposição das portas com soleiras.

5.2.7 - O dispositivo de transposição de soleira deve ter inclinação na faixa entre 5% e 8,33%
dependendo do seu comprimento, excepcionalmente em espaços curtos, é possível utilizar
rampas com até 12,5%. Rampas calculadas em relação à altura do desnível à sua inclinação e
comprimento, conforme Tabela 1.

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TABELA 1 - Transposição de Portas com Soleiras

Comprimento da Rampa - C (m)


Inclinação (m)
8,33% (1:12) 6,25% (1:16) 5,00% (1:20)
Soleira (m)
0,10 1,20 1,60 2,00
0,12 1,44 1,92 2,40
0,14 1,68 2,24 2,80
0,15 1,80 2,40 3,00
0,16 1,92 2,56 3,20
0,17 2,04 2,72 3,40
0,18 2,16 2,88 3,60
0,19 2,28 3,04 3,80
0,20 2,40 3,20 4,00
0,25 3,00 4,00 5,00
0,30 3,60 4,80 6,00
0,35 4,20 5,60 7,00
0,40 4,80 6,40 8,00

5.2.8 - As embarcações devem dispor no convés destinado aos passageiros com deficiência ou com
mobilidade reduzida de portas e seus acessos com dimensões mínimas de acordo com os
requisitos das figuras 16 e 17.

Figura 16 - Largura de Portas e Acessos em Convés de Passageiros.

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Figura 17 - Aproximação de Porta Lateral.

5.2.9 - As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de
2,10 m com mecanismo de acionamento requerendo força humana direta igual ou inferior a
3,6 kN. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m.

5.2.10 - As portas de compartimentos e camarotes acessíveis devem ter condições de serem abertas
com um único movimento e suas maçanetas do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre
0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas acessíveis, recomenda-se que as portas tenham
na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por
bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir do piso, conforme
figura 18.

Figura 18 - Modelo de Portas com Puxador Horizontal de Banheiros e Camarotes Acessíveis.

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5.2.11 - As portas do tipo vaivém devem ter visor com largura de 0,20 m, tendo sua face menor situada
entre 0,40 e 0,90 m do piso e a face superior, no mínimo, a 1,50 m do piso. O visor deve estar
localizado entre o eixo vertical central da porta e o lado oposto das dobradiças da porta,
conforme a figura 19.

Figura 19 - Porta do Tipo Vaivém.

5.2.12 - Nas portas de correr é recomendada a instalação de trilhos na sua parte superior, quando
impraticável devem ser nivelados com a superfície do piso, eventuais frestas resultantes da guia
inferior ter largura máxima de 15 mm.

5.2.13 - No caso de portas de correr ou sanfonadas, onde a maçaneta impede seu recolhimento total, o
vão livre de 0,80 m deve ser garantido, conforme figura 20.

Figura 19 - Vãos de Portas de Correr e Sanfonadas.

5.2.14 - Quando o projeto da embarcação definir o transporte de passageiros e carga no mesmo convés,
simultaneamente deve haver uma separação física que permita o isolamento.

5.2.15 - A circulação nas áreas de embarque e desembarque em corredores e escadas devem ser livres
e independentes das demais áreas, tendo, no máximo, duas portas entre os compartimentos de
acomodações e a área externa da embarcação numa rota de fuga. Nas embarcações de
navegação interior com AB maior que 50 os corredores maiores que 7,0 m devem possuir, pelo
menos, duas vias de acesso ou escape.

5.2.16 - Todos os corredores devem ter livre acesso às saídas do compartimento, largura mínima do vão
de acesso ao compartimento maior ou igual à largura do corredor de acesso à abertura e portas
de acesso posicionadas de forma que uma pessoa não necessite se deslocar mais de 13 m em
linha reta, a partir de qualquer posição do espaço de cadeiras para alcançar uma das portas.

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5.2.17 - Os corredores de circulação ou acesso a camarotes devem apresentar largura mínima de


800 mm para um comprimento máximo de 10,00 m. No caso do comprimento exceder a 10,00 m,
a largura mínima deve ser acrescida de 50 mm para cada 2,00 m ou fração a mais no
comprimento, até um máximo de 1000 mm.

5.2.18 - Deve ser prevista área de circulação e acesso aos corredores internos do espaço destinado as
cadeiras com largura mínima de 800 mm para um comprimento máximo equivalente a vinte filas
de cadeiras consecutivas.
No caso de comprimento superior a vinte filas de cadeiras consecutivas a largura mínima deve
ser acrescida de 100 mm para cada dez filas ou fração de cadeiras a mais.

5.2.19 - Nas embarcações de navegação interior os corredores ou passarelas externas de circulação e


acesso com até 10,00 m de comprimento devem apresentar, no mínimo, a largura de 650 mm e
quando o comprimento exceder a 10,00 m, a largura mínima deve ser acrescida de 50 mm para
cada 2,00 m de comprimento ou fração até, o máximo, de 800 mm.

5.2.20 - A cada vinte filas de cadeiras, no caso de existir mais de um corredor paralelo, deve haver um
corredor com a mesma largura dos demais, ligando os corredores paralelos perpendicularmente.

5.2.21 - Agrupamento de, no máximo, oito cadeiras por fila entre corredores será admitido quando existir
um corredor em cada lado da fila. No caso da existência de corredor apenas por um dos lados da
fila de cadeiras e o outro lado limitado por uma antepara ou qualquer outra obstrução que impeça
a saída dos passageiros será admitido somente agrupamento de no máximo quatro cadeiras.

5.2.22 - Espaço destinado a cadeiras deve possuir pelo menos duas portas de acesso diametralmente
opostas.

5.2.23 - Cada cadeira deve apresentar largura mínima de 0,50 m. Caso sejam utilizados bancos sem
divisões, a parcela do banco ocupada por cada passageiro deve ser considerada como tendo
largura igual a 0,50 m.

5.2.24 - Cada assento deve ocupar, no mínimo, 0,45 m2 sendo que esse espaço engloba a área ocupada
pela cadeira e pelo passageiro sentado.

5.2.25 - Deve haver no mínimo duas áreas reservadas e identificadas para passageiro em cadeira de
rodas (módulo de referência - projeção de 800 x 1200 mm no piso), possibilitando a ancoragem
da cadeira de rodas, preferencialmente no sentido longitudinal da embarcação.

5.2.26 - O dispositivo de ancoragem deve resistir às acelerações e movimentos de balanço da


embarcação, minimizando movimentos laterais e longitudinais evitando movimentos rotacionais
da cadeira sobre o eixo das rodas. Os pontos de fixação da ancoragem devem ser examinados
visualmente se estão em posição ergonômica adequada, estado geral e posicionamento do
sistema de travamento da cadeira de rodas na estrutura, possuir indicação clara de sua
utilização, manuseio fácil e seguro e, sempre que possível, ser operado pelo próprio usuário.

5.2.27 - Devem ser disponibilizados no mínimo quatro assentos preferenciais destinados as pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida na cor diferente dos assentos adjacentes,
sinalizados com o símbolo internacional de acesso e preferencialmente situados na fileira do
corredor próximos aos acessos de embarque e desembarque.
Quando a lotação autorizada for inferior a 100 passageiros, basta apenas ser disponibilizado um
assento preferencial destinados às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

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Figuras 20 e 21 - Espaços para Pessoas em Cadeiras de Rodas na Primeira e Última Fileira.

Figura 22 - Espaço para Pessoas em Cadeiras de Rodas em Fileira Intermediária.

5.2.28 - Deve ser disponibilizado no mínimo um assento preferencial destinado às pessoas obesas (PO),
com largura igual a dois assentos adotados no local, possuir um espaço livre frontal de no
mínimo 600 mm e suportar uma carga de, pelo menos, 250 kg sem necessidade de
cromodiferenciação.

5.2.29 - Nas embarcações com capacidade para transportar menos de 100 passageiros, deve ser
disponibilizado pelo menos um assento preferencial destinado aos passageiros com deficiência
ou com mobilidade reduzida, uma área reservada e identificada para pessoa em cadeira de
rodas.

5.2.30 - Os assentos da embarcação reservados aos passageiros com deficiência ou com mobilidade
reduzida devem apresentar apoios de braços retráteis, de modo a facilitar a transferência da
pessoa da cadeira de rodas para o assento.

5.2.31 - O cão-guia de acompanhamento do passageiro com deficiência ou mobilidade reduzida deve ser
acomodado em local adjacente ao seu dono.

5.2.32 - No espaço destinado a instalação de redes deve existir uma área livre ao longo de todo o seu
comprimento para circulação com largura mínima de 800 mm nos bordos da embarcação.

5.2.33 - Sempre que o correr o transporte simultâneo de passageiros em redes e em bancos laterais,
junto aos bordos, o limite do espaço para redes deve se iniciar a não menos de 1700 mm da
face interna da balaustrada do convés considerado.

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5.2.34 - Admitindo apenas um nível para instalação de redes por convés de passageiros o cálculo da
área mínima requerida para o transporte de passageiros em redes será obtida considerando a
concentração de 1 passageiro por m2.

5.2.35 - Para o transporte de passageiros em redes a área mínima requerida será obtida considerando a
concentração de 1 passageiro por m 2 admitindo apenas um nível de redes. Para o cálculo da
área mínima não devem ser consideradas as áreas de circulação de embarque e desembarque,
locais para estivagem de bagagens, transporte de carga, corredores e escadas.

5.2.36 - Os espaços para redes devem apresentar ventilação natural permanente para o exterior da
embarcação, tendo como meio de fechamento sanefas ou janelas móveis. No caso de janela
móvel, a área mínima de ventilação deve ser 40% do vão da abertura.

5.2.37 - O transporte de passageiros em pé será permitido em viagens empregadas em travessias com


até 1,0 hora de duração ou em passeios turísticos sem pernoite a bordo.

5.2.38 - A área mínima requerida para o transporte de passageiros em pé em embarcações empregadas


em travessias com até 1,0 hora de duração é obtida considerando a concentração de
4 passageiros por m2.

5.2.39 - A área mínima requerida para o transporte de passageiros em pé em embarcações empregadas


em passeios turísticos sem pernoite a bordo é obtida considerando a concentração de 1,50
passageiros por m2. No cálculo dessas áreas não podem ser computadas as áreas de
estivagem de bagagens, transporte de carga ou escadas.

5.2.40 - Obstáculos como pilares, balaustradas, apoios de mão ou qualquer outro com altura superior a
5 mm devem receber tratamento cromodiferenciado.

5.2.41 - A bordo deve haver um compartimento de dimensões apropriadas e com possibilidade de


trancamento para a guarda de bagagens e volumes dos passageiros.

5.2.42 - Embarcações empregadas em travessias de curta duração o requisito de dotação de


compartimento para guarda de bagagens pode ser isentado a critério da Autoridade Marítima.

Figura 23 - Modelo de Arranjo de Cadeiras em Convés de Passageiros.

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5.2.43 - A sinalização indicativa deve ser fixada em antepara imediatamente a ré dos assentos
preferenciais, sendo que sua aresta inferior deve se encontrar entre 1300 mm e 1500 mm para
assento individual e entre 1000 mm e 1500 mm para dois ou mais assentos de altura em
relação ao piso do convés de passageiros, conforme figuras 24 e 25.

Assento Individual Duplo ou mais Assentos


Figura 24 - Sinalização Indicativa dos Assentos Preferenciais no Convés de Passageiros.

Figura 25 - Sinalização do Local da Pessoa em Cadeira de Rodas no Convés de Passageiros.

5.2.44 - Os módulos de referência estão sinalizados com o SIA - Símbolo Internacional de Assistência, o
qual deve ser fixado na antepara adjacente aos módulos ou, na hipótese de inexistência de
antepara, no piso da embarcação. Se a sinalização dos módulos de referência for efetivada na
antepara adjacente, devem ser verificados os seguintes itens:

5.2.44.1 - Se o SIA apresenta dimensões mínimas de 150 x 150 mm, considerando a legibilidade
a uma distância máxima de 30 m. Para distâncias superiores deve obedecer à
relação entre distância de leitura e altura do pictograma na razão de 1:20.

5.2.44.2 - Se a aresta inferior desse símbolo deve se encontrar a uma altura do piso do convés
de passageiros entre 1300 e 1500 mm.
Se a sinalização dos módulos de referência for efetivada no piso da embarcação o
mesmo deverá apresentar dimensões mínimas de 400 x 400 mm.

Figura 26 - Sinalização Típica para Assentos Preferenciais.

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5.2.45 - O piso tátil de alerta deve ser utilizado para sinalizar situações que envolvem a segurança, tais
como, mudanças de direção e identificação de obstáculos suspensos, cuja projeção superior
seja maior que a base, é composto por um conjunto de relevos tronco-cônicos com
características em conformidade com o estabelecido na Tabela 2 e dispostos em conformidade
com o estabelecido na figura 27.

Cor do piso tátil de alerta: azul

Sinalização tátil de alerta


- Deve ser instalada perpendicularmente ao sentido
de deslocamento nas seguintes condições:
- Em todas as entradas;
- Em portas;
- No início e término de escadas e rampas;
- Junto a desníveis como plataformas de embarque
Vista Superior
e desembarque;
- Sinalização para elementos em suspensão.

Figura 27 - Sinalização Tátil de Alerta - Modulação de Piso.

TABELA 2 - Dimensões do Piso Tátil de Alerta

Detalhes Mínimo Máximo


(mm) (mm)
Diâmetro da base do relevo. 22 30
Distância horizontal entre centros do relevo. 42 53
Distância diagonal entre centros do relevo. 60 75
Altura do relevo. 3 5
Notas
1 - Distância do eixo da primeira linha de relevo até a borda do
piso igual à meia distância horizontal entre centros.
2 - Diâmetro do topo igual a de 1/2 a 2/3 do diâmetro da base.

5.2.46 - Caso essa sinalização seja sobreposta, o desnível entre o piso existente e a superfície do piso
implantado é chanfrado e não deve exceder a 2 mm, e caso essa sinalização seja integrada a
superfície, não será permitida a existência de desnível.

5.2.47 - O piso tátil de alerta flexível permite a modulação que garante a continuidade da textura e
padrão na informação, sendo a aplicação deste revestimento diretamente sobre qualquer tipo
de piso. Para a fixação das placas de revestimento devem ser utilizados adesivos específicos -
figura 28.

Figura 28 - Sinalização Tátil de Alerta Flexível. - Modulação do Piso.

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5.2.48 - Elementos suspensos entre 0,60 e 2,10 m de altura do piso acabado do convés que se projetem
sobre as áreas de circulação e que tenham volume maior na parte superior do que na base
recebem sinalização tátil de alerta no piso do convés (piso tátil de alerta), que deve ter cor
contrastante com o piso adjacente, sendo recomendada a cor azul.
A superfície sinalizada deve exceder em 0,60 m a projeção do obstáculo, em toda a superfície
ou somente no perímetro desta, conforme figura 27.

Figura 29 - Modelo de Arranjo de Sinalização Tátil de Alerta para Obstáculos Suspensos.

5.2.49 - Todo degrau ou escada deve ter sinalização visual tátil de alerta na borda do piso,
antiderrapante em cor contrastante com a do acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de
largura. Essa sinalização pode estar restrita à projeção dos corrimãos laterais, com no mínimo
0,20 m de extensão, localizada conforme figura 28.

Sinalização Visual Tátil de Alerta


- Fita antiderrapante na cor verde fotoluminescente (Pantone 372 C).

Detalhes da Fita para Sinalização Visual


Figura 30 - Sinalização Tátil de Alerta em Degraus de Escadas.

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Figura 31 - Arranjo de Sinalização Tátil de Alerta em Equipamentos de Embarque e Desembarque.

5.3 - Compartimentos Sanitários de Passageiros e Tripulantes

5.3.1 - As embarcações empregadas em travessias de até 15 minutos estão dispensadas de possuir


banheiros, desde que exista, pelo menos, um nos terminais de embarque e desembarque.

5.3.2 - As tolerâncias dimensionais para os valores identificados nesse item como máximos e mínimos
devem ser considerados absolutos. Demais dimensões devem ter tolerância de mais ou menos
10 mm.

5.3.3 - Todos os compartimentos sanitários devem ser dotados de ventilação natural, através de janela,
cachimbo de ventilação ou ventilação forçada.

5.3.4 - Acessórios para compartimentos sanitários devem ser de material resistente, não devendo
apresentar pontas ou arestas cortantes e devem ser instalados de modo a não interferir no uso
do sanitário.

5.3.5 - O compartimento sanitário deve ser dotado de um sistema de escoamento de água tanto no boxe
do chuveiro quanto no restante da área, considerando-se que a água do chuveiro não pode
transbordar para a parte externa do boxe. Os meios de drenagem devem ser instalados no ponto
mais baixo do piso e as unidades de chuveiro possuir ramal independente e exclusivo para
drenagem.

5.3.6 - As portas de acesso a compartimentos sanitários não devem abrir diretamente para cozinhas ou
refeitórios.

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5.3.7 - Os compartimentos sanitários de uso público devem ter área mínima de 1,30 m 2, com largura de,
no mínimo, 800 mm e boxe de chuveiro com, pelo menos, 700 x 700 mm, conforme figura 32.

Lavatório

Boxe

Vaso Sanitário

Figura 32 - Arranjo Típico de Compartimento Sanitário.

5.3.8 - Para a quantificação do número mínimo de aparelhos sanitários de uso público para passageiros
e tripulantes requeridos a bordo, deve ser observada a dotação especificada na Tabela 3,
considerando um aparelho para cada número de passageiros e tripulantes estabelecidos ou
fração.

Tabela 3 - Aparelhos Sanitários.


Categoria da Viagem
Passageiros (5) Tripulantes
Aparelho (5) Travessia (1) Intermediária (2) Longa (3) Aparelho Número
Vaso Vaso 8
25
Lavatório 100 300 (4) 60 Lavatório 6
Chuveiro 30 Chuveiro 8
Notas
(1) - Sem pernoite e sem refeição.
(2) - Apenas com pernoite ou apenas com refeição.
(3) - Com pernoite e com refeição.
(4) - Aplicável no caso de duração da viagem de até 1 hora.
(5) - Para cada aparelho de uso público instalado 5% deve ser aparelho acessível.

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5.3.9 - O acesso à unidade sanitária deve ser efetuado através de vão mínimo de 1800 x 550 mm,
dotado de porta com dispositivo de travamento interno e altura livre entre a porta e o piso de
100 mm a 300 mm, conforme figura 33.

550 mm

1800 mm

Figura 33 - Arranjo Típico de Unidade Sanitária.

5.3.10 - A unidade sanitária de uso público é composta de um vaso sanitário de louça vitrificada dotado
de fluxo de água para sua limpeza e acessórios com dimensões de acordo com a figura 34.

Figura 34 - Unidade Sanitária - Detalhes do Vaso Sanitário.

5.3.11 - As dimensões mínimas da unidade de chuveiro devem ser de, no mínimo, 700 x 700 mm para
unidades dentro de sanitário coletivo e de 700 x 1.000 mm quando houver área para troca de
roupa, conforme indicado nas figuras 35 e 36.
Cabide

Área
Chuveiro
Chuveiro

Figuras 35 e 36 - Unidade de Chuveiro.

5.3.12 - A unidade de chuveiro deve ser localizada em compartimento separado das demais áreas por
uma porta, cortina ou outro meio que evite respingos, dotado de uma soleira impermeabilizada
na altura mínima de 100 mm em todo o seu contorno acima do convés, sendo composto por um
chuveiro de jato d’água com altura de queda de, pelo menos, 1900 mm e acessórios.

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5.3.13 - O sanitário coletivo mínimo deve ser formado por uma unidade sanitária e lavatório, tendo área
de, pelo menos, 1,26 m2, sempre sendo levado em consideração o uso simultâneo por mais de
uma pessoa, conforme figura 37.

Lavatório

Vaso Sanitário

Figura 37 - Sanitário Coletivo Mínimo.

5.3.14 - Nos sanitários coletivos as unidades sanitárias devem estar localizadas em compartimento
separado por divisórias fixas com altura mínima de 1800 mm a partir do piso acabado do
convés, provido de porta de acesso.

5.3.15 - O lavatório deve ser equipado com torneira de água corrente e dreno na sua face frontal com um
espaço livre de, pelo menos, 500 x 600 mm. No caso do lavatório ser do tipo coletivo será
dimensionado considerando-se 600 mm por pessoa.

5.3.16 - Cada módulo do lavatório coletivo deve possuir sua torneira própria, podendo um dreno servir a,
no máximo, 5 módulos.

5.3.17 - As distâncias mínimas que deverão ser observadas entre as unidades de sanitário coletivo são
as requeridas na Tabela 4.

Tabela 4 - Unidades de Sanitários Coletivos.


Distâncias Mínimas
Local Distância (mm)
Unidade sanitária em frente à unidade sanitária.
Unidade sanitária em frente à unidade de chuveiro. 1000
Unidade sanitária em frente a lavatório.
Unidade de chuveiro em frente à unidade de chuveiro.
Unidade de chuveiro em frente a lavatório. 1200
Lavatório em frente a lavatório.
Lavatório em frente à antepara.
Unidade de chuveiro em frente a antepara. 800
Unidade sanitária em frente à antepara

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6.0 - Adaptação de Acessibilidade Tipo 2 (Embarcações com 300 < AB ≤ 500)


Além dos itens previstos para a adaptação de acessibilidade do Tipo 3, que também são aplicáveis,
devem ser verificados os seguintes itens adicionais.

6.1 - Unidade Sanitária Acessível


6.1.1 - As áreas de transferência devem ser de, pelo menos, 800 x 1200 mm conforme estabelecido no
módulo de referência (MR).

6.1.2 - Para a realização da transferência, deve ser garantido um ângulo de alcance que permita a
execução adequada das forças de tração e compressão, conforme figuras 38 e 39.

Plano Horizontal Plano Lateral


Figuras 38 e 39 - Ângulos para Execução de Forças de Tração e Compressão.

6.1.3 - Para a instalação de vasos sanitários devem ser previstas áreas de transferência lateral,
perpendicular e diagonal, conforme figuras 40 e 41.

Lateral Perpendicular Diagonal Diagonal

Figura 40 - Áreas de Transferência para Vasos Sanitários.

Apoio à Esquerda com Cadeira de Costas para a Parede de Fundo.

Apoio à Direita com Cadeira de Costas para a Parede de Fundo.

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Apoio à Direita com Cadeira de Frente para a Parede de Fundo.

Apoio à Esquerda com Cadeira de Frente para a Parede de Fundo.

Figura 41 - Arranjos de Áreas de Transferência para Vasos Sanitários.

6.1.4 - Pelo menos uma unidade sanitária acessível deve existir no convés destinado ao transporte de
passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida.

6.1.5 - A unidade sanitária acessível deve apresentar dimensões mínimas de 1,70 x 1,50 m, área de
transferência lateral interior com dimensões mínimas de 0,80 x 1,20 m, área de manobra de
rotação a 1800 no interior do boxe com dimensões mínimas de 1,50 x 1,20 m e porta com vão
livre de, pelo menos, 0,80 m abrindo para do compartimento, conforme figura 42.

Figura 42 - Arranjo de Unidade Sanitária Acessível com Área de Transferência Lateral.

6.1.6 - A unidade sanitária acessível deve apresentar dimensões mínimas de 1,50 x 1,50 m, área de
transferência no interior do boxe com dimensões mínimas de 0,80 x 1,20 m, área de manobra
externa com rotação de 1800 com dimensões mínimas de 1,50 x 1,20 m e porta com vão livre de,
pelo menos, 1,00 m abrindo para fora do compartimento, podendo ser usada porta sanfonada,
conforme figura 43.

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Figura 43 - Arranjo de Unidade Sanitária Acessível com Área de Manobra Externa.

6.1.7 - A quantidade de aparelho sanitário acessível deve corresponder a, pelo menos 5% do total de
aparelhos sanitários de uso público instalados a bordo, respeitando no mínimo um de cada.
Quando houver divisão por sexo, os aparelhos devem ser considerados separadamente para
efeito de cálculo. Recomenda-se a instalação de uma bacia infantil para uso de crianças e de
pessoas com baixa estatura.

6.1.8 - Unidade sanitária acessível deve ser devidamente sinalizada com o SIA e se localizar em rotas
acessíveis, próximos à circulação principal, preferencialmente na mesma área ou integrado às
demais instalações sanitárias de bordo.

6.1.9 - A porta da unidade sanitária acessível deve apresentar pelo lado externo informação visual sobre
sua função, localizada no centro da porta, ocupando área entre 1400 e 1600 mm do piso.
Alternativamente essa sinalização poderá ser instalada na antepara adjacente, a uma distância
do batente entre 150 e 450 mm, conforme figura 44.

6.1.10 - Sinalização tátil deve ser instalada no batente ou antepara adjacente do sanitário acessível, no
lado onde estiver a maçaneta, a uma altura entre 900 e 1100 mm do piso, conforme figura 44.

Figura 44 - Arranjo de Sinalização Visual e Tátil em Portas.

6.1.11 - A unidade sanitária acessível isolada deve ser dotada de uma botoeira para sinalização de
emergência ao lado da bacia sanitária posicionado entre 600 e 1000 mm do piso acabado do
convés, para acionamento em caso de queda e impossibilidade de locomoção do usuário do
sanitário.

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6.1.12 - As barras de apoio devem ser firmemente fixadas nas anteparas e suportar resistência a um
esforço de, no mínimo, 1,5 kN com diâmetro entre 30 e 45 mm e distância entre a face interna da
barra e a antepara de, no mínimo, 40 mm. As extremidades das barras de apoio devem ser
fixadas ou justapostas nas anteparas ou apresentar desenvolvimento contínuo até o ponto de
fixação com formato recurvado, conforme figura 45.
No caso de serem instalados suportes intermediários de fixação, e os mesmos se encontrem sob
a área de empunhadura, devem garantir a continuidade do deslocamento das mãos, conforme
figura 46.
Dimensões em cm

Figuras 45 e 46 - Dimensionamento de Barras de Apoio.

6.1.13 - Para a localização das barras de transferência na lateral e no fundo da unidade sanitária devem
ser instaladas barras horizontais para apoio com comprimento mínimo de 0,80 m e altura de
0,75 m da linha de centro da barra até o piso do convés acabado. A distância entre a linha de
centro do vaso sanitário e a face externa da barra lateral deve ser de 0,40 m, estando este
posicionado a uma distância mínima de 0,50 m da borda frontal do vaso. A barra da antepara
do fundo deve estar a uma distância máxima de 0,11 m da sua face externa à antepara com
afastamento de, no mínimo, 0,30 m até a linha de centro do vaso sanitário em direção à
antepara lateral, conforme figura 47.

Vista Superior

Vista Lateral Vista Frontal

Figura 47 - Unidade Sanitária com Barras de Apoio Lateral e de Fundo.

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6.1.14 - Na impossibilidade da instalação de barra na antepara lateral, será admitida barra lateral fixa ou
articulada com fixação na antepara do fundo, desde que sejam observados os requisitos de
segurança e dimensionamento estabelecidos no item 6.1.12, e que estas e seus apoios não
interfiram na área de giro e transferência.
A distância entre a linha de centro do vaso sanitário e a face da barra lateral deve ser de
0,40 m, estando este posicionado a uma distância mínima de 0,20 m da borda frontal do vaso,
conforme figura 48.

Vista Superior

Vista Lateral Vista Frontal

Figura 48 - Unidade Sanitária com Barra de Apoio Lateral com Fixação na Antepara de Fundo.

6.1.15 - No caso de vasos sanitários com caixa acoplada, será requerida a instalação de barra na
antepara do fundo de forma a evitar que a caixa seja utilizada como apoio. A distância mínima
de 0,15 m, entre a face inferior da barra de apoio e a face superior da tampa da caixa acoplada,
conforme figura 49.

Vista Frontal

Figura 49 - Vaso Sanitário com Caixa Acoplada.

6.1.16 - A distância vertical entre a borda superior do vaso sanitário acessível sem o assento e o piso do
convés acabado deve se encontrar na faixa entre 0,43 e 0,45 m. A altura máxima final do vaso
sanitário será de 0,46 m, incluindo a espessura do assento.

6.1.17 - Nos vasos sanitários comumente utilizados será necessária a sua elevação para atendimento
dos requisitos de altura normalizados. Para elevação deve ser instalado um dispositivo de modo
a aumentar a altura do vaso sanitário e possibilitar o atendimento ao limite inferior requerido. A
projeção da base do vaso não deve ultrapassar em 0,05 m o seu contorno, conforme figura 50.

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Vista Lateral Vista Frontal

Figura 50 - Adequação da Altura do Vaso Sanitário.

6.1.18 - O acionamento da descarga da unidade sanitária acessível deve ser instalado a uma altura de
1,00 m da sua linha de centro ao piso do convés acabado e preferencialmente ser do tipo
alavanca ou com mecanismo automático, conforme figura 51. A força para acionamento
humano da descarga recomendada seja inferior a 2,3 kN.

Vista Frontal

Figura 51 - Altura de Acionamento da Descarga.

6.1.19 - Os lavatórios do tipo suspenso são instalados de forma que a sua borda superior seja localizada
uma altura final entre 0,78 m a 0,80 m do piso do convés acabado e respeitando uma altura
livre mínima de 0,73 m na sua parte inferior frontal. O sifão e a tubulação devem estar situados
a no mínimo 0,25 m da face externa frontal e ter dispositivo de proteção do tipo coluna
suspensa ou similar. Não é permitida a utilização de colunas até o piso ou gabinetes. Sob o
lavatório não deve haver elementos com superfícies cortantes ou abrasivas, conforme figura 52.

Vista Superior Vista Superior Vista Frontal

Figura 52 - Instalação de Barra de Apoio em Lavatório.

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6.1.20 - Na instalação de lavatório suspenso deve ser previsto área de aproximação frontal de 800 x
1200 mm, a qual se estende até o mínimo de 25 mm sob a face inferior do lavatório, conforme
figuras 53 e 54.

Vista Superior Vista Superior

Figura 53 - Área de Aproximação para PMR. Figura 54 - Área de Aproximação para PCR.

6.1.21 - O comando de torneiras da unidade sanitária acessível deve ser localizado a, no máximo,
500 mm da face externa frontal do lavatório e ser acionada por alavanca, sensor eletrônico ou
dispositivo equivalente, conforme figura 52.
No caso da instalação de misturadores preferencialmente deve ser instalado os de mono
comando.

6.1.22 - No caso de lavatórios embutidos em bancadas devem ser instaladas barras de apoio fixas nas
anteparas laterais nos lavatórios das extremidades, conforme figura 55.

Vista Superior

Vista Frontal

Figura 55 - Lavatórios Embutidos em Bancada.

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6.1.23 - Os acessórios para unidades sanitárias, tais como, cabides, saboneteiras e toalheiros, têm sua
área de utilização dentro da faixa de alcance confortável, conforme figura 56.

Vista Frontal
Figura 56 - Acessórios da Unidade Sanitária Acessível junto ao Lavatório.

6.1.24 - As papeleiras embutidas ou que avancem até 100 mm em relação à antepara devem ser
instaladas a uma altura entre 500 e 600 mm do piso acabado do convés e a uma distância
máxima de 150 mm da borda frontal do vaso sanitário, conforme figura 57.
No caso de papeleira que por suas dimensões não atende ao especificado, deve ser alinhada
com a borda frontal do vaso sanitário e o acesso ao papel localizado entre 1000 mm e
1200 mm, conforme figura 58.

Vista Lateral Vista Lateral

Figura 57 - Papeleira Embutida Figura 58 - Papeleira não Embutida

6.1.25 - Os cabides, toalheiros e saboneteiras devem ser instalados junto ao lavatório, unidade de
chuveiro e unidade sanitária acessível a uma altura entre 800 mm e 1200 mm do piso acabado
do convés, conforme figura 56. Recomenda-se que os cabides não sejam instalados atrás de
portas e nem criam saliências pontiagudas.

6.1.26 - O porta-objeto deve ser instalado junto a lavatório e dentro de unidade sanitária acessível a uma
altura entre 800 mm e 1200 mm do piso acabado do convés e com profundidade máxima de
250 mm, conforme figura 56.
O local de instalação do porta-objeto não deve interferir com as áreas de transferência ou de
manobra e nem na utilização das barras de apoio.

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6.1.27 - Quando o espelho for instalado em posição vertical a altura da borda inferior deve se localizar,
no máximo, a 900 mm e a borda superior de, no mínimo, 1800 mm do piso acabado do convés,
conforme figura 59. No caso de instalação de espelho em posição inclinada em 100, em relação
ao plano vertical, a altura de borda inferior deve ser de, no máximo, 1100 mm e a da borda
superior de, no mínimo, 1100 mm e a borda superior de, no mínimo, 1800 mm do piso acabado
do convés, conforme figura 60.

Figura 59 - Espelho Plano Figura 60 - Espelho Inclinado

6.1.28 - A porta da unidade sanitária acessível deve apresentar pelo lado externo informação visual
sobre sua função, localizada no centro da porta, ocupando área entre 1400 e 1600 mm do piso
e pelo lado interno ser instalado um puxador horizontal do tipo gaveta a uma distância de 100
mm da face onde se encontra a dobradiça com comprimento igual à metade da largura da porta
associado à maçaneta de modo a facilitar o fechamento da porta.
Alternativamente a sinalização poderá ser instalada na antepara adjacente, a uma distância do
batente entre 150 e 450 mm, conforme figura 61.

Vista Frontal Vista Trazeira

Figura 61 - Porta de Unidade Sanitária Acessível.

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6.2 - Unidade de Chuveiro Acessível

6.2.1 - As unidades de chuveiro acessível são aplicáveis somente para as embarcações de passageiros
empregadas em viagens de longa duração com pernoite e refeição a bordo.

6.2.2 - Pelo menos uma unidade de chuveiro acessível com ducha deve existir no convés destinado ao
transporte de passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida.

6.2.3 - Para unidades de chuveiros deve ser prevista área de transferência externa ao boxe, de forma a
permitir a aproximação paralela de, no mínimo, 0,30 m além da antepara onde o banco está
fixado. O local de transposição da cadeira de rodas para o banco deve estar livre de barreiras ou
obstáculos, conforme figura 62.
Quando houver porta no boxe esta deve ser de material resistente a impacto e não interferir na
transferência da cadeira de rodas para o banco.

Figura 62 - Área de Transferência para Unidade de Chuveiro.

6.2.4 - As dimensões mínimas do boxe da unidade sanitária acessível devem ser 0,90 m x 0,95 m
providos de banco articulado ou removível de, no mínimo, 0,70 m de comprimento e 0,45 m de
profundidade com cantos arredondados de superfície antiderrapante impermeável instalado a
uma altura igual a 0,46 m do piso acabado do convés, conforme figuras 63, 64 e 65.
O banco e dispositivos de fixação devem suportar um esforço de 1,5 kN.

6.2.5 - O chuveiro deve ser provido com desviador para ducha manual e o controle de fluxo (ducha /
chuveiro) se encontrar na própria ducha manual. A ducha manual deve se encontrar a 0,30 m da
antepara de fixação do banco e a uma altura de 1,00 m do piso acabado do convés. O registro
ou misturador deve ser do tipo alavanca e estar instalado a 0,45 m da antepara de fixação do
banco a uma altura de 1,00 m do piso acabado do convés, conforme figuras 63, 64 e 65.

6.2.6 - O boxe da unidade sanitária acessível deve ser provido de barras de apoio vertical, horizontal ou
em “L”. Na antepara do banco deve ser instalada uma barra vertical com comprimento mínimo de
0,70 m e altura de 0,75 m do piso acabado do convés na distância de 0,45 m da antepara frontal
do banco, conforme figuras 63, 64 e 65.

6.2.7 - Na antepara lateral do banco devem ser instaladas duas barras de apoio, sendo uma vertical com
comprimento mínimo de 0,70 m, instalada na altura de 0,75 m do piso acabado do convés na
distância de 0,45 m da antepara frontal do banco e outra horizontal com comprimento mínimo de
0,60 m, instalada na altura de 0,75 m do piso acabado do convés na distância de 0,20 m da
antepara de fixação do banco.
Alternativamente ao arranjo com duas barras de apoio, uma vertical e outra horizontal, pode ser
instalada uma única barra em “L” com segmentos das barras com comprimento mínimo de
0,70m, instalada a uma altura de 0,75 m do piso acabado do convés no segmento horizontal e
distância de 0,45m da borda frontal do banco no segmento vertical, conforme figuras 63, 64 e 65.

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Vista Superior Vista Lateral Vista Frontal

Figura 63 - Arranjo para Boxe de Unidade de Chuveiro com Barras de Apoio Vertical e Horizontal.

Vista Superior Vista Lateral Vista Frontal

Figura 64 - Arranjo para Boxe de Unidade de Chuveiro com Barras em “L”.

Figura 65 - Perspectiva do Boxe de Unidade de Chuveiro com Barras de Apoio,

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6.2.8 - No piso do boxe será permitido um desnível, máximo, de 0,15 m em relação do restante da
unidade de chuveiro. Quando superiores a 0,5 cm e até 1,5 cm, os desníveis serão tratados
como rampa, com inclinação máxima de 1:2 (50%), de acordo com os requisitos da tabela 1.

6.2.9 - No convés destinado aos passageiros com deficiência ou com mobilidade reduzida devem dispor
de portas e seus acessos com dimensões mínimas de acordo com os requisitos estabelecidos
nas figuras 16 e 17.

7.0 - Adaptação de Acessibilidade Tipo 1 (Embarcações com AB > 500)


Além dos itens previstos para as adaptações de acessibilidade dos Tipos 2 e 3, que também são
aplicáveis, devem ser verificados os seguintes itens adicionais.

7.1 - Acessibilidade de Passageiros

7.1.1 - Áreas de circulação, entre o local de acesso e o convés de passageiros, áreas de manobra para
pessoas em cadeira de rodas com deslocamento devem ser previstas, livres de obstáculos, desde
o local de acesso até a área reservada para passageiros com deficiência ou com mobilidade
reduzida e áreas de uso público ou coletivo, incluindo unidades sanitárias, conforme figuras 11, 12
e 13.

7.2 - Camarotes de Passageiros e de Tripulantes

7.2.1 - Nos camarotes passageiros e de tripulantes deve ser prevista ventilação natural para o exterior da
embarcação por janela ou alboio com uma abertura mínima de 0,1 m 2. Ventilação forçada por
meio de ventilador ou ar condicionado será considerada em substituição a ventilação natural.

7.2.2 - Os camarotes de passageiros e de tripulantes devem apresentar, no mínimo, as seguintes


dimensões:

7.2.2.1 - Para dois passageiros ou tripulantes a dimensão mínima de 1500 mm x 1900 mm


contendo um beliche duplo.
7.2.2.2 - Para três ou quatro passageiros ou tripulantes as dimensões mínimas de 3000 mm x
1900 mm, contendo uma cama e um beliche duplo ou dois beliches duplos.
7.2.2.3 - Para mais de quatro tripulantes será requerido a área mínima de 2,22 m2 por pessoa.
7.2.2.4 - Os camarotes com camas simples devem possuir área mínima de 2,6 m 2 por pessoa;
7.2.2.5 - O transporte de, no máximo, quatro passageiros ou nove tripulantes por camarote será
admitido.
7.2.2.6 - As camas devem ter, no mínimo, 1900 mm de comprimento e 680 mm de largura.
7.2.2.7 - O topo do colchão inferior deve estar a, pelo menos, 300 mm do piso do camarote do
convés inferior.
7.2.2.8 - A distância mínima entre o topo de um colchão e a parte inferior do estrado da cama
imediatamente superior ou a parte inferior dos reforços do teto do camarote do convés
superior deve ser de 600 mm.

7.2.3 - Bagagem dos passageiros transportados em camarotes deve ser acondicionada no interior do
próprio camarote, sendo necessário, para tanto, a existência de armário ou outro meio
adequado para estivar a bagagem.

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7.3 - Camarotes Acessíveis


7.3.1 - A embarcação deve apresentar uma iluminância média no interior de todos os compartimentos a
800 mm do piso acabado do convés maior ou igual a 300 lux (300 candelas.m).

7.3.2 - As embarcações empregadas em viagens de longa duração com pernoite a bordo devem dispor
de, pelo menos, um camarote acessível localizado no convés, destinado aos passageiros com
deficiência ou com mobilidade reduzida sinalizado com o SIA.

7.3.3 - As dimensões dos camarotes acessíveis devem atender as condições de alcance manual e visual
e ser disposto de forma a não obstruir uma faixa livre mínima de circulação interna de 0,90 m de
largura, prevendo manobras para acesso a sanitário acessível, camas, armários e outros
mobiliários. Devendo no seu interior existir, pelo menos, um espaço de circulação com área de
diâmetro de, no mínimo, 1,50 m de forma a possibilitar giro de 3600 da cadeira de rodas,
conforme figura 66.

Figura 66 - Dimensões do Camarote Acessível.


7.3.4 - Na impossibilidade da localização, no convés destinado aos passageiros com deficiência ou com
mobilidade reduzida, de camarote acessível, este pode ser localizado em outro convés de
passageiro, desde que garantido o acesso por meio de plataforma acessível de elevação vertical.

7.3.5 - A porta do camarote acessível deve apresentar pelo lado externo informação visual sobre sua
função, localizada no centro da porta, ocupando área entre 1400 e 1600 mm do piso e pelo lado
interno ser instalado um puxador horizontal do tipo gaveta a uma distância de 100 mm da face
onde se encontra a dobradiça com comprimento igual à metade da largura da porta associado à
maçaneta de modo a facilitar o fechamento da porta.
Alternativamente a sinalização poderá ser instalada na antepara adjacente, a uma distância do
batente entre 150 e 450 mm, conforme figura 67.

Vista Frontal Vista Trazeira

Figura 67 - Porta de Camarote Acessível.

REGISTRO BRASILEIRO DE NAVIOS E AERONAVES 40/41


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RBNA SOCIEDADE CLASSIFICADORA

7.3.6 - Controles, comandos, puxadores, interruptores e tomadas devem estar dispostos em altura entre
0,40 e 1,20 m, acessível à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, sobretudo aos
usuários de cadeira de rodas.

7.3.7 - As dimensões do mobiliário dos camarotes acessíveis devem atender às condições de alcance
manual e visual, previstos na norma da ABNT NBR 9050, devendo estar dispostos de forma a
não obstruírem a circulação mínima de 0,90 m de largura, prevendo área de manobras para
acesso ao sanitário, camas e armários.

7.3.8 - Camas, poltronas, cadeiras e bancos devem ser providos de encosto e ter uma altura próxima do
assento de 0,46 m do piso acabado do convés, preferencialmente com espaço livre ou
reentrância na sua parte inferior.

7.3.9 - A altura de utilização de armários deve estar entre 0,40 e 1,20 m do piso acabado do convés.
Devem ter sua parte inferior instalada a 0,30 m do piso, deixando o espaço abaixo livre de
qualquer saliência ou obstáculo, de modo a permitir a aproximação frontal.

7.3.10 - A projeção de abertura das portas dos armários não deve interferir na área de circulação mínima
de 0,90 m, e as prateleiras, gavetas e cabides devem possuir profundidade e altura que
atendam as faixas de alcance manual e visual.

8.0 - Referências
O Programa para Vistorias de Habitabilidade e Acessibilidade de Passageiros no Sistema de
Transporte Aquaviário encontra-se em concordância substancial com as normas relacionadas a
seguir:

- Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos


ABNT NBR 9050/2004
urbanos.
- Transporte - Acessibilidade de passageiros no sistema de
ABNT NBR 15450/2006
transporte aquaviário.
- Normas da Autoridade Marítima para embarcações utilizadas na
NORMAM 01
navegação de mar aberto.
- Normas da Autoridade Marítima para embarcações utilizadas na
NORMAM 02
navegação interior.
- Normas da Autoridade Marítima para operação de embarcações
NORMAM 04
estrangeiras utilizadas em águas jurisdicionais brasileiras.

INMETRO - Anexo a Portaria n0139/2012.

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