Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONTEÚDO
1.0 - Objetivo
O objetivo imediato da presente publicação é de informar sobre métodos e padrões recomendados
para vistorias estabelecendo critérios e parâmetros técnicos a serem observados pelos vistoriadores do
RBNA na avaliação da conformidade para habitabilidade e adaptação de acessibilidade de passageiros
no sistema de transporte aquaviário de embarcações utilizadas no transporte coletivo de passageiros,
visando propiciar, com segurança e autonomia, o transporte de pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida.
2.0 - Definições
As prescrições que seguem referentes ao RTQ - Regulamento Técnico da Qualidade aplica-se as
seguintes definições:
2.1 - Habitabilidade
Conjunto de condições que um compartimento destinado ao transporte e/ou acomodação de
passageiros ou tripulantes possui que o tornam habitável.
2.2 - Acessibilidade
Condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos serviços de
transporte coletivo de passageiros, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.
2.7 - Píer
Estrutura perpendicular ou oblíqua a linha do cais, acostável em um ou em ambos os lados.
2.8 - Fronteira
Transição entre as áreas de embarque/desembarque e a embarcação.
2.16 - Cromodiferenciada
Superfície caracterizada pela diferenciação de cor em relação a adjacente, destinada a constituir
alerta ou linha-guia, para uso por pessoas com deficiência visual.
2.25 - Equipamento
Termo genérico utilizado no RTQ para caracterizar qualquer tipo de equipamento, instrumento de
medição, dispositivo, equipamento de proteção individual e ferramenta.
2.27 - Varão
Elemento de suporte para amarração das redes, localizado junto ao teto do espaço para redes.
2.31 - Camarote
Compartimento destinado à acomodação de passageiros ou tripulantes em beliches ou camas.
2.43 - Autonomia
Faculdade de deslocamento e utilização de equipamentos de forma independente.
2.44 - Deficiência
Perda ou anomalia de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere
limitação ou incapacidade para o desempenho da atividade. As deficiências podem ser físicas,
auditivas, visuais, mentais ou múltiplas.
3.1 - As áreas de uso público do terminal, equipamentos, dispositivos, painéis de informação e demais
elementos devem atender as seções 4, 6, 7 e 9 da norma ABNT NBR 9050 e também o seguinte:
3.1.1 - Ser instalados de forma a possibilitar o alcance manual e visual para utilização;
3.1.2 - Quando suspensos sobre as áreas de circulação e de uso público, garantir altura livre
mínima de 2,10 m.
3.1.3 - Integração, com acessibilidade, a outros meios e modos de transportes.
3.2 - Vaga exclusiva no estacionamento para veículos utilizados por pessoas com deficiência demarcada
e sinalizada, devendo ter acessibilidade no percurso da vaga ao terminal, conforme seção 6 da
norma ABNT NBR 9050, devendo ser respeitado o disposto no Artigo 25 do Decreto n 0 9296, e
estar localizada o mais próximo possível da área de entrada do terminal, de fácil acesso a
circulação de pedestres.
3.3 - Na área externa de embarque e desembarque de passageiros, deve haver uma área reservada e
sinalizada, para embarque e desembarque de pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida,
o mais próximo possível da entrada do terminal, com as características definidas na seção 6 da
norma ABNT NBR 9050.
3.4 - A bilheteria, localizada no terminal aquaviário, deve ter pelo menos um balcão de atendimento,
mesmo que automático, obedecendo as especificações de acessibilidade, conforme seção 9 da
norma ABNT NBR 9050 e norma ABNT NBR 15250.
3.5 - No terminal deve haver equipamento que permita, em situações de anormalidade, o resgate de
pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.
3.6 - A circulação interna no terminal aquaviário deve ser projetada, prevendo-se áreas de refúgio e
evacuação em situações de anormalidade, conforme a seção 6 da norma ABNT NBR 9050.
3.7 - Na existência de equipamento de controle de acesso entre o terminal e o embarque, pelo menos
um equipamento deve permitir a passagem de pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida.
3.8 - No salão de passageiros do terminal aquaviário, deve-se prever uma área com destinação
preferencial a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, que acomode no mínimo duas
pessoas em cadeiras de rodas (módulos de referência) e possua quatro assentos
preferenciais.
3.9 - No salão de passageiros deve haver pelo menos um sanitário atendendo a seção 7 da norma ABNT
NBR 9050.
3.10 - O responsável pelo transporte (empresa de navegação ou terminal) deve garantir atendimento,
embarque e acomodação prioritários, desembarque logo após os demais passageiros e fornecer
colete salva vidas para cada um dos passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida, o qual
deverá manter sob sua guarda até o desembarque.
3.11 - O responsável pelo transporte do passageiro com deficiência ou mobilidade reduzida deve dispor
de tripulação habilitada a fim de apoiar no embarque, desembarque e despacho da bagagem,
bem como auxiliar, sempre que solicitado, durante a permanência na embarcação, além de
informar, antecipadamente, ao operador do terminal do desembarque e, se necessário, solicitar
providências especiais para o referido desembarque.
3.12 - Todos os equipamentos e ajudas técnicas de uso não devem ser considerados bagagem, devendo
ser acomodados em local adequado, o mais próximo possível do passageiro com deficiência ou
mobilidade reduzida.
3.13 - Em situações de emergência, o passageiro com deficiência ou com mobilidade reduzida deve ser
assistido por tripulante habilitado.
4.2 - Para o embarque e desembarque de pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, deve ser
garantido o seguinte:
4.2.1 - Acesso em nível do salão de passageiros para o cais ou píer;
4.2.2 - Dispositivos de acesso no cais ou píer, interligando este a plataforma flutuante. No caso da
existência de equipamento de controle de acesso entre o terminal e o embarque, pelo
menos um equipamento deve permitir a passagem de pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida;
4.2.3 - Dispositivos de acesso instalado no píer ou plataforma flutuante, interligando este a
embarcação;
4.3 - No caso de transposição de desnível com altura superior a 20 mm e vão livre de 30 mm, esta deve
ser dotada de dispositivo que suavize esta transição.
4.4 - O dispositivo de acesso entre o cais ou píer e a plataforma flutuante, para garantir a movimentação
segura de passageiros, deve apresentar inclinação máxima de 10% e área de circulação para
pedestres com as seguintes características:
4.4.1 - Balaustradas construídas em ambos os lados com altura de 1050 mm de materiais rígidos,
firmemente fixados, oferecer condições seguras de utilização e ser sinalizados;
4.4.2 - Largura mínima de 1500 mm;
4.4.3 - Piso antiderrapante e fosco;
4.4.4 - Iluminação com iluminância média mínima de 200 lux (diurno) /100 lux (noturno);
4.4.5 - Piso tátil de alerta no início e término da área de circulação, nos limites do dispositivo de
acesso entre cais/píer e plataforma flutuante deve ser instalada faixa com piso tátil de
alerta de no mínimo 0,25 m de largura atendendo aos requisitos de espaçamento,
proporção e altura do texto, acabamento e contraste. O piso tátil de alerta deve ser
cromodiferenciado ou estar associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.
4.5.1 - Balaustradas construídas em ambos os lados com altura de 1050 mm de materiais rígidos,
firmemente fixados, condições seguras de utilização e ser sinalizado;
4.5.2 - Piso antiderrapante e fosco;
4.5.3 - Iluminação com iluminância média mínima de 150 lux;
4.5.4 - Piso tátil de alerta no início e término da área de circulação, nos limites do dispositivo de
acesso entre cais/píer e plataforma flutuante com faixa de piso tátil de alerta de no mínimo
0,25 m de largura atendendo aos requisitos de espaçamento, proporção e altura do texto,
acabamento e contraste. O piso tátil de alerta deve ser cromodiferenciado ou estar
associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.
4.6 - Os terminais aquaviários devem dispor de dispositivos de acesso do píer ou plataforma flutuante
para as embarcações, com as seguintes características:
4.6.1 - Balaustradas devem ser construídas em ambos os lados com altura de 1050 mm de
materiais rígidos, firmemente fixados, oferecerem condições seguras de utilização e ser
sinalizados;
4.6.2 - Largura mínima de 1000 mm;
4.6.3 - Piso antiderrapante;
4.6.4 - Piso tátil de alerta no início e término da área de circulação, nos limites do dispositivo de
acesso entre cais/píer e plataforma flutuante com faixa de piso tátil de alerta de no mínimo
0,25 m de largura atendendo aos requisitos de espaçamento, proporção e altura do texto,
acabamento e contraste. O piso tátil de alerta deve ser cromodiferenciado ou estar
associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.
4.7 - Quando este dispositivo de acesso for uma rampa, esta deve apresentar inclinação máxima de
10%.
4.8 - Quando este dispositivo de acesso possuir sistema de rolamento deve ser previsto proteção para
evitar o contato dos passageiros com este sistema na ocasião do embarque ou desembarque.
5.1.1 - As embarcações devem dispor a bordo de uma cadeira de rodas manual disponível para ser
utilizada e facilitar o deslocamento de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, figura 5.
Esse item é opcional para embarcações que transportam menos de 100 passageiros.
5.1.3 - O dispositivo de acesso destinado às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida
instalado no cais ou píer, interligando este a plataforma flutuante deve ser pelo menos uma
rampa sem uso de degrau com balaustrada na altura de 1,05 m, corrimãos laterais instalados, no
mínimo, na posição inferior a 0,70 m e superior a 0,92 m e largura de 1,50 m de vão livre, piso
regular antiderrapante sob qualquer condição e sinalizado com piso de alerta no início e no final,
conforme figuras 6, 7 e 8.
5.1.4 - No caso de embarcações com mais de um nível de convés de passageiros, recomenda-se que as
áreas reservadas aos passageiros com deficiência ou com mobilidade reduzida estejam no
convés principal. É vedado o transporte de carga nos conveses destinados aos passageiros.
5.1.5 - Deve ser prevista área de circulação, entre o local de acesso e o convés de passageiros, área de
manobra para pessoa em cadeira de rodas, livre de obstáculos, desde o local de acesso até a
área reservada para passageiros com deficiência ou com mobilidade reduzida e áreas de uso
público ou coletivo, incluindo sanitários conforme figuras 11, 12 e 13.
5.2.3 - O convés para passageiros deve ser dotado de ventilação natural por meio de janelas
dimensionadas adequadamente ou ventilação forçada. No caso de janela móvel, a área mínima
de ventilação deve ser 40% do vão da abertura.
5.2.4 - A embarcação deve ter pelo menos um acesso ao convés de passageiros destinado as pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida, sem uso de degrau, com vão livre mínimo de
800 mm. Caso o convés de passageiros seja localizado em nível diferente, pode ser vencido por
equipamento eletromecânico, conforme figura 14.
5.2.5 - Desníveis de qualquer natureza em rotas acessíveis devem ser evitados. Eventuais desníveis no
piso, de até 5 mm, não demandam tratamento especial de acordo com a figura 15.
Desníveis superiores a 5 mm até 15 mm devem ser tratados em forma de rampa, com inclinação
máxima de 1:2 (50%), conforme figura 15.
Desníveis superiores a 15 mm devem ser considerados como degraus e ser sinalizado.
5.2.6 - As embarcações devem dispor, no convés destinado aos passageiros com deficiência ou com
mobilidade reduzida de dispositivo de transposição das portas com soleiras.
5.2.7 - O dispositivo de transposição de soleira deve ter inclinação na faixa entre 5% e 8,33%
dependendo do seu comprimento, excepcionalmente em espaços curtos, é possível utilizar
rampas com até 12,5%. Rampas calculadas em relação à altura do desnível à sua inclinação e
comprimento, conforme Tabela 1.
5.2.8 - As embarcações devem dispor no convés destinado aos passageiros com deficiência ou com
mobilidade reduzida de portas e seus acessos com dimensões mínimas de acordo com os
requisitos das figuras 16 e 17.
5.2.9 - As portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de
2,10 m com mecanismo de acionamento requerendo força humana direta igual ou inferior a
3,6 kN. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80 m.
5.2.10 - As portas de compartimentos e camarotes acessíveis devem ter condições de serem abertas
com um único movimento e suas maçanetas do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre
0,90 m e 1,10 m. Quando localizadas em rotas acessíveis, recomenda-se que as portas tenham
na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por
bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40 m a partir do piso, conforme
figura 18.
5.2.11 - As portas do tipo vaivém devem ter visor com largura de 0,20 m, tendo sua face menor situada
entre 0,40 e 0,90 m do piso e a face superior, no mínimo, a 1,50 m do piso. O visor deve estar
localizado entre o eixo vertical central da porta e o lado oposto das dobradiças da porta,
conforme a figura 19.
5.2.12 - Nas portas de correr é recomendada a instalação de trilhos na sua parte superior, quando
impraticável devem ser nivelados com a superfície do piso, eventuais frestas resultantes da guia
inferior ter largura máxima de 15 mm.
5.2.13 - No caso de portas de correr ou sanfonadas, onde a maçaneta impede seu recolhimento total, o
vão livre de 0,80 m deve ser garantido, conforme figura 20.
5.2.14 - Quando o projeto da embarcação definir o transporte de passageiros e carga no mesmo convés,
simultaneamente deve haver uma separação física que permita o isolamento.
5.2.15 - A circulação nas áreas de embarque e desembarque em corredores e escadas devem ser livres
e independentes das demais áreas, tendo, no máximo, duas portas entre os compartimentos de
acomodações e a área externa da embarcação numa rota de fuga. Nas embarcações de
navegação interior com AB maior que 50 os corredores maiores que 7,0 m devem possuir, pelo
menos, duas vias de acesso ou escape.
5.2.16 - Todos os corredores devem ter livre acesso às saídas do compartimento, largura mínima do vão
de acesso ao compartimento maior ou igual à largura do corredor de acesso à abertura e portas
de acesso posicionadas de forma que uma pessoa não necessite se deslocar mais de 13 m em
linha reta, a partir de qualquer posição do espaço de cadeiras para alcançar uma das portas.
5.2.18 - Deve ser prevista área de circulação e acesso aos corredores internos do espaço destinado as
cadeiras com largura mínima de 800 mm para um comprimento máximo equivalente a vinte filas
de cadeiras consecutivas.
No caso de comprimento superior a vinte filas de cadeiras consecutivas a largura mínima deve
ser acrescida de 100 mm para cada dez filas ou fração de cadeiras a mais.
5.2.20 - A cada vinte filas de cadeiras, no caso de existir mais de um corredor paralelo, deve haver um
corredor com a mesma largura dos demais, ligando os corredores paralelos perpendicularmente.
5.2.21 - Agrupamento de, no máximo, oito cadeiras por fila entre corredores será admitido quando existir
um corredor em cada lado da fila. No caso da existência de corredor apenas por um dos lados da
fila de cadeiras e o outro lado limitado por uma antepara ou qualquer outra obstrução que impeça
a saída dos passageiros será admitido somente agrupamento de no máximo quatro cadeiras.
5.2.22 - Espaço destinado a cadeiras deve possuir pelo menos duas portas de acesso diametralmente
opostas.
5.2.23 - Cada cadeira deve apresentar largura mínima de 0,50 m. Caso sejam utilizados bancos sem
divisões, a parcela do banco ocupada por cada passageiro deve ser considerada como tendo
largura igual a 0,50 m.
5.2.24 - Cada assento deve ocupar, no mínimo, 0,45 m2 sendo que esse espaço engloba a área ocupada
pela cadeira e pelo passageiro sentado.
5.2.25 - Deve haver no mínimo duas áreas reservadas e identificadas para passageiro em cadeira de
rodas (módulo de referência - projeção de 800 x 1200 mm no piso), possibilitando a ancoragem
da cadeira de rodas, preferencialmente no sentido longitudinal da embarcação.
5.2.27 - Devem ser disponibilizados no mínimo quatro assentos preferenciais destinados as pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida na cor diferente dos assentos adjacentes,
sinalizados com o símbolo internacional de acesso e preferencialmente situados na fileira do
corredor próximos aos acessos de embarque e desembarque.
Quando a lotação autorizada for inferior a 100 passageiros, basta apenas ser disponibilizado um
assento preferencial destinados às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
5.2.28 - Deve ser disponibilizado no mínimo um assento preferencial destinado às pessoas obesas (PO),
com largura igual a dois assentos adotados no local, possuir um espaço livre frontal de no
mínimo 600 mm e suportar uma carga de, pelo menos, 250 kg sem necessidade de
cromodiferenciação.
5.2.29 - Nas embarcações com capacidade para transportar menos de 100 passageiros, deve ser
disponibilizado pelo menos um assento preferencial destinado aos passageiros com deficiência
ou com mobilidade reduzida, uma área reservada e identificada para pessoa em cadeira de
rodas.
5.2.30 - Os assentos da embarcação reservados aos passageiros com deficiência ou com mobilidade
reduzida devem apresentar apoios de braços retráteis, de modo a facilitar a transferência da
pessoa da cadeira de rodas para o assento.
5.2.31 - O cão-guia de acompanhamento do passageiro com deficiência ou mobilidade reduzida deve ser
acomodado em local adjacente ao seu dono.
5.2.32 - No espaço destinado a instalação de redes deve existir uma área livre ao longo de todo o seu
comprimento para circulação com largura mínima de 800 mm nos bordos da embarcação.
5.2.33 - Sempre que o correr o transporte simultâneo de passageiros em redes e em bancos laterais,
junto aos bordos, o limite do espaço para redes deve se iniciar a não menos de 1700 mm da
face interna da balaustrada do convés considerado.
5.2.34 - Admitindo apenas um nível para instalação de redes por convés de passageiros o cálculo da
área mínima requerida para o transporte de passageiros em redes será obtida considerando a
concentração de 1 passageiro por m2.
5.2.35 - Para o transporte de passageiros em redes a área mínima requerida será obtida considerando a
concentração de 1 passageiro por m 2 admitindo apenas um nível de redes. Para o cálculo da
área mínima não devem ser consideradas as áreas de circulação de embarque e desembarque,
locais para estivagem de bagagens, transporte de carga, corredores e escadas.
5.2.36 - Os espaços para redes devem apresentar ventilação natural permanente para o exterior da
embarcação, tendo como meio de fechamento sanefas ou janelas móveis. No caso de janela
móvel, a área mínima de ventilação deve ser 40% do vão da abertura.
5.2.40 - Obstáculos como pilares, balaustradas, apoios de mão ou qualquer outro com altura superior a
5 mm devem receber tratamento cromodiferenciado.
5.2.43 - A sinalização indicativa deve ser fixada em antepara imediatamente a ré dos assentos
preferenciais, sendo que sua aresta inferior deve se encontrar entre 1300 mm e 1500 mm para
assento individual e entre 1000 mm e 1500 mm para dois ou mais assentos de altura em
relação ao piso do convés de passageiros, conforme figuras 24 e 25.
5.2.44 - Os módulos de referência estão sinalizados com o SIA - Símbolo Internacional de Assistência, o
qual deve ser fixado na antepara adjacente aos módulos ou, na hipótese de inexistência de
antepara, no piso da embarcação. Se a sinalização dos módulos de referência for efetivada na
antepara adjacente, devem ser verificados os seguintes itens:
5.2.44.1 - Se o SIA apresenta dimensões mínimas de 150 x 150 mm, considerando a legibilidade
a uma distância máxima de 30 m. Para distâncias superiores deve obedecer à
relação entre distância de leitura e altura do pictograma na razão de 1:20.
5.2.44.2 - Se a aresta inferior desse símbolo deve se encontrar a uma altura do piso do convés
de passageiros entre 1300 e 1500 mm.
Se a sinalização dos módulos de referência for efetivada no piso da embarcação o
mesmo deverá apresentar dimensões mínimas de 400 x 400 mm.
5.2.45 - O piso tátil de alerta deve ser utilizado para sinalizar situações que envolvem a segurança, tais
como, mudanças de direção e identificação de obstáculos suspensos, cuja projeção superior
seja maior que a base, é composto por um conjunto de relevos tronco-cônicos com
características em conformidade com o estabelecido na Tabela 2 e dispostos em conformidade
com o estabelecido na figura 27.
5.2.46 - Caso essa sinalização seja sobreposta, o desnível entre o piso existente e a superfície do piso
implantado é chanfrado e não deve exceder a 2 mm, e caso essa sinalização seja integrada a
superfície, não será permitida a existência de desnível.
5.2.47 - O piso tátil de alerta flexível permite a modulação que garante a continuidade da textura e
padrão na informação, sendo a aplicação deste revestimento diretamente sobre qualquer tipo
de piso. Para a fixação das placas de revestimento devem ser utilizados adesivos específicos -
figura 28.
5.2.48 - Elementos suspensos entre 0,60 e 2,10 m de altura do piso acabado do convés que se projetem
sobre as áreas de circulação e que tenham volume maior na parte superior do que na base
recebem sinalização tátil de alerta no piso do convés (piso tátil de alerta), que deve ter cor
contrastante com o piso adjacente, sendo recomendada a cor azul.
A superfície sinalizada deve exceder em 0,60 m a projeção do obstáculo, em toda a superfície
ou somente no perímetro desta, conforme figura 27.
5.2.49 - Todo degrau ou escada deve ter sinalização visual tátil de alerta na borda do piso,
antiderrapante em cor contrastante com a do acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de
largura. Essa sinalização pode estar restrita à projeção dos corrimãos laterais, com no mínimo
0,20 m de extensão, localizada conforme figura 28.
5.3.2 - As tolerâncias dimensionais para os valores identificados nesse item como máximos e mínimos
devem ser considerados absolutos. Demais dimensões devem ter tolerância de mais ou menos
10 mm.
5.3.3 - Todos os compartimentos sanitários devem ser dotados de ventilação natural, através de janela,
cachimbo de ventilação ou ventilação forçada.
5.3.4 - Acessórios para compartimentos sanitários devem ser de material resistente, não devendo
apresentar pontas ou arestas cortantes e devem ser instalados de modo a não interferir no uso
do sanitário.
5.3.5 - O compartimento sanitário deve ser dotado de um sistema de escoamento de água tanto no boxe
do chuveiro quanto no restante da área, considerando-se que a água do chuveiro não pode
transbordar para a parte externa do boxe. Os meios de drenagem devem ser instalados no ponto
mais baixo do piso e as unidades de chuveiro possuir ramal independente e exclusivo para
drenagem.
5.3.6 - As portas de acesso a compartimentos sanitários não devem abrir diretamente para cozinhas ou
refeitórios.
5.3.7 - Os compartimentos sanitários de uso público devem ter área mínima de 1,30 m 2, com largura de,
no mínimo, 800 mm e boxe de chuveiro com, pelo menos, 700 x 700 mm, conforme figura 32.
Lavatório
Boxe
Vaso Sanitário
5.3.8 - Para a quantificação do número mínimo de aparelhos sanitários de uso público para passageiros
e tripulantes requeridos a bordo, deve ser observada a dotação especificada na Tabela 3,
considerando um aparelho para cada número de passageiros e tripulantes estabelecidos ou
fração.
5.3.9 - O acesso à unidade sanitária deve ser efetuado através de vão mínimo de 1800 x 550 mm,
dotado de porta com dispositivo de travamento interno e altura livre entre a porta e o piso de
100 mm a 300 mm, conforme figura 33.
550 mm
1800 mm
5.3.10 - A unidade sanitária de uso público é composta de um vaso sanitário de louça vitrificada dotado
de fluxo de água para sua limpeza e acessórios com dimensões de acordo com a figura 34.
5.3.11 - As dimensões mínimas da unidade de chuveiro devem ser de, no mínimo, 700 x 700 mm para
unidades dentro de sanitário coletivo e de 700 x 1.000 mm quando houver área para troca de
roupa, conforme indicado nas figuras 35 e 36.
Cabide
Área
Chuveiro
Chuveiro
5.3.12 - A unidade de chuveiro deve ser localizada em compartimento separado das demais áreas por
uma porta, cortina ou outro meio que evite respingos, dotado de uma soleira impermeabilizada
na altura mínima de 100 mm em todo o seu contorno acima do convés, sendo composto por um
chuveiro de jato d’água com altura de queda de, pelo menos, 1900 mm e acessórios.
5.3.13 - O sanitário coletivo mínimo deve ser formado por uma unidade sanitária e lavatório, tendo área
de, pelo menos, 1,26 m2, sempre sendo levado em consideração o uso simultâneo por mais de
uma pessoa, conforme figura 37.
Lavatório
Vaso Sanitário
5.3.14 - Nos sanitários coletivos as unidades sanitárias devem estar localizadas em compartimento
separado por divisórias fixas com altura mínima de 1800 mm a partir do piso acabado do
convés, provido de porta de acesso.
5.3.15 - O lavatório deve ser equipado com torneira de água corrente e dreno na sua face frontal com um
espaço livre de, pelo menos, 500 x 600 mm. No caso do lavatório ser do tipo coletivo será
dimensionado considerando-se 600 mm por pessoa.
5.3.16 - Cada módulo do lavatório coletivo deve possuir sua torneira própria, podendo um dreno servir a,
no máximo, 5 módulos.
5.3.17 - As distâncias mínimas que deverão ser observadas entre as unidades de sanitário coletivo são
as requeridas na Tabela 4.
6.1.2 - Para a realização da transferência, deve ser garantido um ângulo de alcance que permita a
execução adequada das forças de tração e compressão, conforme figuras 38 e 39.
6.1.3 - Para a instalação de vasos sanitários devem ser previstas áreas de transferência lateral,
perpendicular e diagonal, conforme figuras 40 e 41.
6.1.4 - Pelo menos uma unidade sanitária acessível deve existir no convés destinado ao transporte de
passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida.
6.1.5 - A unidade sanitária acessível deve apresentar dimensões mínimas de 1,70 x 1,50 m, área de
transferência lateral interior com dimensões mínimas de 0,80 x 1,20 m, área de manobra de
rotação a 1800 no interior do boxe com dimensões mínimas de 1,50 x 1,20 m e porta com vão
livre de, pelo menos, 0,80 m abrindo para do compartimento, conforme figura 42.
6.1.6 - A unidade sanitária acessível deve apresentar dimensões mínimas de 1,50 x 1,50 m, área de
transferência no interior do boxe com dimensões mínimas de 0,80 x 1,20 m, área de manobra
externa com rotação de 1800 com dimensões mínimas de 1,50 x 1,20 m e porta com vão livre de,
pelo menos, 1,00 m abrindo para fora do compartimento, podendo ser usada porta sanfonada,
conforme figura 43.
6.1.7 - A quantidade de aparelho sanitário acessível deve corresponder a, pelo menos 5% do total de
aparelhos sanitários de uso público instalados a bordo, respeitando no mínimo um de cada.
Quando houver divisão por sexo, os aparelhos devem ser considerados separadamente para
efeito de cálculo. Recomenda-se a instalação de uma bacia infantil para uso de crianças e de
pessoas com baixa estatura.
6.1.8 - Unidade sanitária acessível deve ser devidamente sinalizada com o SIA e se localizar em rotas
acessíveis, próximos à circulação principal, preferencialmente na mesma área ou integrado às
demais instalações sanitárias de bordo.
6.1.9 - A porta da unidade sanitária acessível deve apresentar pelo lado externo informação visual sobre
sua função, localizada no centro da porta, ocupando área entre 1400 e 1600 mm do piso.
Alternativamente essa sinalização poderá ser instalada na antepara adjacente, a uma distância
do batente entre 150 e 450 mm, conforme figura 44.
6.1.10 - Sinalização tátil deve ser instalada no batente ou antepara adjacente do sanitário acessível, no
lado onde estiver a maçaneta, a uma altura entre 900 e 1100 mm do piso, conforme figura 44.
6.1.11 - A unidade sanitária acessível isolada deve ser dotada de uma botoeira para sinalização de
emergência ao lado da bacia sanitária posicionado entre 600 e 1000 mm do piso acabado do
convés, para acionamento em caso de queda e impossibilidade de locomoção do usuário do
sanitário.
6.1.12 - As barras de apoio devem ser firmemente fixadas nas anteparas e suportar resistência a um
esforço de, no mínimo, 1,5 kN com diâmetro entre 30 e 45 mm e distância entre a face interna da
barra e a antepara de, no mínimo, 40 mm. As extremidades das barras de apoio devem ser
fixadas ou justapostas nas anteparas ou apresentar desenvolvimento contínuo até o ponto de
fixação com formato recurvado, conforme figura 45.
No caso de serem instalados suportes intermediários de fixação, e os mesmos se encontrem sob
a área de empunhadura, devem garantir a continuidade do deslocamento das mãos, conforme
figura 46.
Dimensões em cm
6.1.13 - Para a localização das barras de transferência na lateral e no fundo da unidade sanitária devem
ser instaladas barras horizontais para apoio com comprimento mínimo de 0,80 m e altura de
0,75 m da linha de centro da barra até o piso do convés acabado. A distância entre a linha de
centro do vaso sanitário e a face externa da barra lateral deve ser de 0,40 m, estando este
posicionado a uma distância mínima de 0,50 m da borda frontal do vaso. A barra da antepara
do fundo deve estar a uma distância máxima de 0,11 m da sua face externa à antepara com
afastamento de, no mínimo, 0,30 m até a linha de centro do vaso sanitário em direção à
antepara lateral, conforme figura 47.
Vista Superior
6.1.14 - Na impossibilidade da instalação de barra na antepara lateral, será admitida barra lateral fixa ou
articulada com fixação na antepara do fundo, desde que sejam observados os requisitos de
segurança e dimensionamento estabelecidos no item 6.1.12, e que estas e seus apoios não
interfiram na área de giro e transferência.
A distância entre a linha de centro do vaso sanitário e a face da barra lateral deve ser de
0,40 m, estando este posicionado a uma distância mínima de 0,20 m da borda frontal do vaso,
conforme figura 48.
Vista Superior
Figura 48 - Unidade Sanitária com Barra de Apoio Lateral com Fixação na Antepara de Fundo.
6.1.15 - No caso de vasos sanitários com caixa acoplada, será requerida a instalação de barra na
antepara do fundo de forma a evitar que a caixa seja utilizada como apoio. A distância mínima
de 0,15 m, entre a face inferior da barra de apoio e a face superior da tampa da caixa acoplada,
conforme figura 49.
Vista Frontal
6.1.16 - A distância vertical entre a borda superior do vaso sanitário acessível sem o assento e o piso do
convés acabado deve se encontrar na faixa entre 0,43 e 0,45 m. A altura máxima final do vaso
sanitário será de 0,46 m, incluindo a espessura do assento.
6.1.17 - Nos vasos sanitários comumente utilizados será necessária a sua elevação para atendimento
dos requisitos de altura normalizados. Para elevação deve ser instalado um dispositivo de modo
a aumentar a altura do vaso sanitário e possibilitar o atendimento ao limite inferior requerido. A
projeção da base do vaso não deve ultrapassar em 0,05 m o seu contorno, conforme figura 50.
6.1.18 - O acionamento da descarga da unidade sanitária acessível deve ser instalado a uma altura de
1,00 m da sua linha de centro ao piso do convés acabado e preferencialmente ser do tipo
alavanca ou com mecanismo automático, conforme figura 51. A força para acionamento
humano da descarga recomendada seja inferior a 2,3 kN.
Vista Frontal
6.1.19 - Os lavatórios do tipo suspenso são instalados de forma que a sua borda superior seja localizada
uma altura final entre 0,78 m a 0,80 m do piso do convés acabado e respeitando uma altura
livre mínima de 0,73 m na sua parte inferior frontal. O sifão e a tubulação devem estar situados
a no mínimo 0,25 m da face externa frontal e ter dispositivo de proteção do tipo coluna
suspensa ou similar. Não é permitida a utilização de colunas até o piso ou gabinetes. Sob o
lavatório não deve haver elementos com superfícies cortantes ou abrasivas, conforme figura 52.
6.1.20 - Na instalação de lavatório suspenso deve ser previsto área de aproximação frontal de 800 x
1200 mm, a qual se estende até o mínimo de 25 mm sob a face inferior do lavatório, conforme
figuras 53 e 54.
Figura 53 - Área de Aproximação para PMR. Figura 54 - Área de Aproximação para PCR.
6.1.21 - O comando de torneiras da unidade sanitária acessível deve ser localizado a, no máximo,
500 mm da face externa frontal do lavatório e ser acionada por alavanca, sensor eletrônico ou
dispositivo equivalente, conforme figura 52.
No caso da instalação de misturadores preferencialmente deve ser instalado os de mono
comando.
6.1.22 - No caso de lavatórios embutidos em bancadas devem ser instaladas barras de apoio fixas nas
anteparas laterais nos lavatórios das extremidades, conforme figura 55.
Vista Superior
Vista Frontal
6.1.23 - Os acessórios para unidades sanitárias, tais como, cabides, saboneteiras e toalheiros, têm sua
área de utilização dentro da faixa de alcance confortável, conforme figura 56.
Vista Frontal
Figura 56 - Acessórios da Unidade Sanitária Acessível junto ao Lavatório.
6.1.24 - As papeleiras embutidas ou que avancem até 100 mm em relação à antepara devem ser
instaladas a uma altura entre 500 e 600 mm do piso acabado do convés e a uma distância
máxima de 150 mm da borda frontal do vaso sanitário, conforme figura 57.
No caso de papeleira que por suas dimensões não atende ao especificado, deve ser alinhada
com a borda frontal do vaso sanitário e o acesso ao papel localizado entre 1000 mm e
1200 mm, conforme figura 58.
6.1.25 - Os cabides, toalheiros e saboneteiras devem ser instalados junto ao lavatório, unidade de
chuveiro e unidade sanitária acessível a uma altura entre 800 mm e 1200 mm do piso acabado
do convés, conforme figura 56. Recomenda-se que os cabides não sejam instalados atrás de
portas e nem criam saliências pontiagudas.
6.1.26 - O porta-objeto deve ser instalado junto a lavatório e dentro de unidade sanitária acessível a uma
altura entre 800 mm e 1200 mm do piso acabado do convés e com profundidade máxima de
250 mm, conforme figura 56.
O local de instalação do porta-objeto não deve interferir com as áreas de transferência ou de
manobra e nem na utilização das barras de apoio.
6.1.27 - Quando o espelho for instalado em posição vertical a altura da borda inferior deve se localizar,
no máximo, a 900 mm e a borda superior de, no mínimo, 1800 mm do piso acabado do convés,
conforme figura 59. No caso de instalação de espelho em posição inclinada em 100, em relação
ao plano vertical, a altura de borda inferior deve ser de, no máximo, 1100 mm e a da borda
superior de, no mínimo, 1100 mm e a borda superior de, no mínimo, 1800 mm do piso acabado
do convés, conforme figura 60.
6.1.28 - A porta da unidade sanitária acessível deve apresentar pelo lado externo informação visual
sobre sua função, localizada no centro da porta, ocupando área entre 1400 e 1600 mm do piso
e pelo lado interno ser instalado um puxador horizontal do tipo gaveta a uma distância de 100
mm da face onde se encontra a dobradiça com comprimento igual à metade da largura da porta
associado à maçaneta de modo a facilitar o fechamento da porta.
Alternativamente a sinalização poderá ser instalada na antepara adjacente, a uma distância do
batente entre 150 e 450 mm, conforme figura 61.
6.2.1 - As unidades de chuveiro acessível são aplicáveis somente para as embarcações de passageiros
empregadas em viagens de longa duração com pernoite e refeição a bordo.
6.2.2 - Pelo menos uma unidade de chuveiro acessível com ducha deve existir no convés destinado ao
transporte de passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida.
6.2.3 - Para unidades de chuveiros deve ser prevista área de transferência externa ao boxe, de forma a
permitir a aproximação paralela de, no mínimo, 0,30 m além da antepara onde o banco está
fixado. O local de transposição da cadeira de rodas para o banco deve estar livre de barreiras ou
obstáculos, conforme figura 62.
Quando houver porta no boxe esta deve ser de material resistente a impacto e não interferir na
transferência da cadeira de rodas para o banco.
6.2.4 - As dimensões mínimas do boxe da unidade sanitária acessível devem ser 0,90 m x 0,95 m
providos de banco articulado ou removível de, no mínimo, 0,70 m de comprimento e 0,45 m de
profundidade com cantos arredondados de superfície antiderrapante impermeável instalado a
uma altura igual a 0,46 m do piso acabado do convés, conforme figuras 63, 64 e 65.
O banco e dispositivos de fixação devem suportar um esforço de 1,5 kN.
6.2.5 - O chuveiro deve ser provido com desviador para ducha manual e o controle de fluxo (ducha /
chuveiro) se encontrar na própria ducha manual. A ducha manual deve se encontrar a 0,30 m da
antepara de fixação do banco e a uma altura de 1,00 m do piso acabado do convés. O registro
ou misturador deve ser do tipo alavanca e estar instalado a 0,45 m da antepara de fixação do
banco a uma altura de 1,00 m do piso acabado do convés, conforme figuras 63, 64 e 65.
6.2.6 - O boxe da unidade sanitária acessível deve ser provido de barras de apoio vertical, horizontal ou
em “L”. Na antepara do banco deve ser instalada uma barra vertical com comprimento mínimo de
0,70 m e altura de 0,75 m do piso acabado do convés na distância de 0,45 m da antepara frontal
do banco, conforme figuras 63, 64 e 65.
6.2.7 - Na antepara lateral do banco devem ser instaladas duas barras de apoio, sendo uma vertical com
comprimento mínimo de 0,70 m, instalada na altura de 0,75 m do piso acabado do convés na
distância de 0,45 m da antepara frontal do banco e outra horizontal com comprimento mínimo de
0,60 m, instalada na altura de 0,75 m do piso acabado do convés na distância de 0,20 m da
antepara de fixação do banco.
Alternativamente ao arranjo com duas barras de apoio, uma vertical e outra horizontal, pode ser
instalada uma única barra em “L” com segmentos das barras com comprimento mínimo de
0,70m, instalada a uma altura de 0,75 m do piso acabado do convés no segmento horizontal e
distância de 0,45m da borda frontal do banco no segmento vertical, conforme figuras 63, 64 e 65.
Figura 63 - Arranjo para Boxe de Unidade de Chuveiro com Barras de Apoio Vertical e Horizontal.
6.2.8 - No piso do boxe será permitido um desnível, máximo, de 0,15 m em relação do restante da
unidade de chuveiro. Quando superiores a 0,5 cm e até 1,5 cm, os desníveis serão tratados
como rampa, com inclinação máxima de 1:2 (50%), de acordo com os requisitos da tabela 1.
6.2.9 - No convés destinado aos passageiros com deficiência ou com mobilidade reduzida devem dispor
de portas e seus acessos com dimensões mínimas de acordo com os requisitos estabelecidos
nas figuras 16 e 17.
7.1.1 - Áreas de circulação, entre o local de acesso e o convés de passageiros, áreas de manobra para
pessoas em cadeira de rodas com deslocamento devem ser previstas, livres de obstáculos, desde
o local de acesso até a área reservada para passageiros com deficiência ou com mobilidade
reduzida e áreas de uso público ou coletivo, incluindo unidades sanitárias, conforme figuras 11, 12
e 13.
7.2.1 - Nos camarotes passageiros e de tripulantes deve ser prevista ventilação natural para o exterior da
embarcação por janela ou alboio com uma abertura mínima de 0,1 m 2. Ventilação forçada por
meio de ventilador ou ar condicionado será considerada em substituição a ventilação natural.
7.2.3 - Bagagem dos passageiros transportados em camarotes deve ser acondicionada no interior do
próprio camarote, sendo necessário, para tanto, a existência de armário ou outro meio
adequado para estivar a bagagem.
7.3.2 - As embarcações empregadas em viagens de longa duração com pernoite a bordo devem dispor
de, pelo menos, um camarote acessível localizado no convés, destinado aos passageiros com
deficiência ou com mobilidade reduzida sinalizado com o SIA.
7.3.3 - As dimensões dos camarotes acessíveis devem atender as condições de alcance manual e visual
e ser disposto de forma a não obstruir uma faixa livre mínima de circulação interna de 0,90 m de
largura, prevendo manobras para acesso a sanitário acessível, camas, armários e outros
mobiliários. Devendo no seu interior existir, pelo menos, um espaço de circulação com área de
diâmetro de, no mínimo, 1,50 m de forma a possibilitar giro de 3600 da cadeira de rodas,
conforme figura 66.
7.3.5 - A porta do camarote acessível deve apresentar pelo lado externo informação visual sobre sua
função, localizada no centro da porta, ocupando área entre 1400 e 1600 mm do piso e pelo lado
interno ser instalado um puxador horizontal do tipo gaveta a uma distância de 100 mm da face
onde se encontra a dobradiça com comprimento igual à metade da largura da porta associado à
maçaneta de modo a facilitar o fechamento da porta.
Alternativamente a sinalização poderá ser instalada na antepara adjacente, a uma distância do
batente entre 150 e 450 mm, conforme figura 67.
7.3.6 - Controles, comandos, puxadores, interruptores e tomadas devem estar dispostos em altura entre
0,40 e 1,20 m, acessível à pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida, sobretudo aos
usuários de cadeira de rodas.
7.3.7 - As dimensões do mobiliário dos camarotes acessíveis devem atender às condições de alcance
manual e visual, previstos na norma da ABNT NBR 9050, devendo estar dispostos de forma a
não obstruírem a circulação mínima de 0,90 m de largura, prevendo área de manobras para
acesso ao sanitário, camas e armários.
7.3.8 - Camas, poltronas, cadeiras e bancos devem ser providos de encosto e ter uma altura próxima do
assento de 0,46 m do piso acabado do convés, preferencialmente com espaço livre ou
reentrância na sua parte inferior.
7.3.9 - A altura de utilização de armários deve estar entre 0,40 e 1,20 m do piso acabado do convés.
Devem ter sua parte inferior instalada a 0,30 m do piso, deixando o espaço abaixo livre de
qualquer saliência ou obstáculo, de modo a permitir a aproximação frontal.
7.3.10 - A projeção de abertura das portas dos armários não deve interferir na área de circulação mínima
de 0,90 m, e as prateleiras, gavetas e cabides devem possuir profundidade e altura que
atendam as faixas de alcance manual e visual.
8.0 - Referências
O Programa para Vistorias de Habitabilidade e Acessibilidade de Passageiros no Sistema de
Transporte Aquaviário encontra-se em concordância substancial com as normas relacionadas a
seguir: