Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1ª.edição
Rio de Janeiro
2013
1
© 2013 direitos reservados à Diretoria de Portos e Costas
Revisão Pedagógica:
Revisão ortográfica:
Diagramação/Digitação: Invenio Design
Coordenação Geral:
____________ exemplares
O RIPEAM é dividido em quatro partes e trinta e oito regras, além do anexo que
especific a detalhes referentes às regras apresentadas.
3
4
SUM ÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 38
5
6
UNIDADE 1
Nesta Unidade, veremos com mais detalhe a parte C do RIPEAM, referente às luzes e
marcações que devem ser apresentadas pelas embarcações e que o navegante deve cumprir a
fim de evitar acidentes e manter a ordem do tráfego aquaviário, defendendo-a e apresentando
denúncia às autoridades constituídas quando observar irregularidades que possam ocorrer e que
desrespeitem esse regulamento.
As regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr ao nascer do sol, não devendo
ser exibidas outras que possam originar confusão.
Mesmo de dia, em caso de visibilidade restrita use as luzes indicadas nestas regras.
7
Embarcação cujo comprimento fica entre 12 e 50 metros
A – Luz de mastro de vante (alcance 5 milhas)
B – Luz de mastro de ré (não é obrigada a ter)
C – Luzes de bordos
D – Luz de alcançado
8
Se o comprimento do reboque, isto é, se o tamanho do cabo de reboque, que vai da popa do
rebocador até a popa do rebocado, for mais de 200 metros. Podemos ver:
A – 3 Luzes verticais de mastro a vante.
B – Todos as outras como no comprimento de reboque inferior a 200m.
Marca de reboque
Quando o comprimento do reboque for superior a 200m, usar a marca onde melhor puder ser
vista.
9
Durante o d ia o rebocado deverá usar a m arc a sem pre que possível,
independentemente do comprimento do reboque.
Agora veremos como se identifica de dia e de noite, uma embarcação sem governo e uma
embarcação com capacidade de manobra restrita.
Sem governo
De noite deve exibir 2 luzes circulares dispostas em linha vertical. Com seguimento, luzes de
bordo e alcançado
Marca
10
Fonte apostila Manobras e sinalização náutica – DPC.
Marca
E finalmente, como uma embarcação demonstra através de suas luzes e marcas quando
estiver com restrição de manobra devido a seu calado.
De noite exibirá 3 luzes encarnadas verticalmente onde melhor possam ser vistas. Se estiver
em movimento, luzes de bordo e alcançado.
Marca
11
Fonte apostila Manobras e sinalização náutica – DPC.
Marca
De noite, na parte de vante, luz circular branca; na parte de ré, luz circular branca
As embarcações com menos de 50 m podem exibir apenas uma luz circular branca onde
melhor possa ser vista.
12
Marca
De dia, uma esfera na parte de vante.
Primeiro vamos saber que sinais sonoros deverão soar e quanto tempo eles devem durar, de
acordo com o tamanho de sua embarcação.
13
Sinais sonoros emitidos em baixa visibilidade
Observe com calma o quadro auto-explicativo, a seguir, que define o que a maioria das
embarcações emite sonoramente em suas manobras, sob baixa visibilidade.
14
Embarca ção de comprimento inferior a 100 metros, fundeada.
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
D - a vela
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
B - de manobrar restrita
15
Em barcações de m anobra restrita devem manobrar em relação a embarcação:
A - sem governo
Roda a roda
Fonte: apostila Manobras e sinalização náutica – DPC.
Quaisquer que sejam as condições, toda embarcação que esteja ultrapassando outra,
deverá manter-se fora do caminho desta.
Ultrapassagem
Fonte: apostila Manobras e sinalização náutica – DPC.
16
Rumo de colisão.
Fonte : apostila Manobras e sinalização náutica - DP C
Quando se navega, estamos sujeitos a encontrar condições meteorológicas adversas, pois nem
sempre temos uma noite de luar com o céu todo estrelado; às vezes, nos deparamos com uma cerração
que mal dá para enxergar a proa; então, o que o navegante deve fazer?
Segundo a regra 19 do RIPEAM deve-se:
Uma embarcação que detectar a presença de outra apenas pelo radar, deve determinar
se está se desenvolvendo uma situação de grande proximidade e/ou risco de colisão. Caso
assim seja, ela deverá manobrar para evitá-la com antecedência; se esta manobra consistir de
uma alteração de rumo, o seguinte procedimento deve ser evitado,sempre que possível:
17
1.7 BALIZAMENTO
1.7.1 Conceitos
Balizamento pode ser definido, resumidamente, como o conjunto de regras aplicadas a todos
os sinais fixos e flutuantes (com exceção de faróis, faróis de setores, sinais de alinhamento,
barcas faróis e bóias gigantes) que permitem a todos os navegantes identificar os limites laterais dos
canais navegáveis, os perigos naturais e outras obstruções, entre as quais cascos soçobrados,
outras zonas ou acidentes marítimos importantes para os navegantes e os novos perigos.
Sem estes limites determinados, o navegador teria muita dificuldade de navegar; seria
preciso o conhecimento pleno do lugar, suas modificações naturais, pela prática aplicada, como
fazem os práticos da barra oriental do rio Amazonas.
cardinal sul
ilha
canal preferencial BE
bombordo
perigo isolado
boreste
“IALA”, que em Inglês quer dizer “International Association of Lighthouse Authorities”, pode ser
dividido em “IALA A” e “IALA B”.
Para se distinguir basicamente a IALA B (sistema usado no Brasil) e a IALA A (usado nos
Estados Unidos), simples e basicamente, invertem-se as bóias que determinam as margens
encarnadas para verdes e vice-versa.
Os sinais laterais são geralmente utilizados para os canais bem definidos. Estes sinais
indicam os lados de Boreste e Bombordo do caminho a seguir. Por exemplo, na entrada de um
canal, acesso de um porto ou entrada de um rio (ou seja, subindo o rio no sentido contrário da
18
sua direção natural) a bóia encarnada ficará a BE da embarcação (pode ser cega ou luminosa; se
for luminosa, exibe vários lampejos encarnados em qualquer ritmo (exceto 2 + 1). A bóia verde, cega
ou luminosa, que exibe vários lampejos verdes em qualquer ritmo (exceto 2+1) fica a BB da
embarcação.
Exemplo: a bóia encarnada que fica a BE da entrada do canal pode ser da forma cônica,
pilar ou charuto.
A bóia verde fica a BB da entrada do canal; pode também ser da forma cônica, pilar ou
charuto.
19
Elas piscarão em 2 lampejos + 1 lampejo encarnado se for preferencial a BB e verde (2
lampejos + 1 lampejos verde ) se for preferencial a BE.
Sinais cardinais
As bóias do sinal cardinal norte, tanto de dia (dois cones, um sobre o outro com o vértice
para cima, de cor preta sobre a amarela - PA), quanto de noite, com lampejos brancos rápidos ou muito
rápidos ininterruptos, indicam que as águas mais profundas estão ao norte deste sinal, ou indicam
ainda o quadrante em que o navegador deve se manter.
20
Referência: apostila Manobras e sinalização náutica - DPC
Tanto de dia (2 cones pretos com os vértices para baixo de cor amarela sobre preto - AP),
quanto de noite, com 6 lampejos brancos rápidos (em intervalos de 15s) ou muito rápidos (em
intervalos de 10s), indicam que as águas mais profundas estão ao Sul deste sinal, ou indicam o
quadrante em que o navegante deve se manter.
Tanto de dia (2 cones pretos um sobre o outro unidos pelo vértice de cor amarela com uma
larga faixa preta - APA), quanto de noite (9 lampejos brancos rápidos em intervalos de 15s ou muito
rápidos em intervalos de 10s), indicam que as águas mais profundas estão a Oeste do sinal, ou o
quadrante em que o navegante deve se manter.
21
Outros sinais do balizamento e suas características luminosas
Indicam os perigos isolados, de tamanho limitado, que devem ser entendidos como aqueles
em torno dos quais as águas são seguras. De dia - duas esferas pretas uma sobre a outra de cor
preta com uma ou mais faixas encarnadas horizontais; de noite - 2 lampejos brancos por período.
Indicam que em torno de tais sinais as águas são seguras (de dia - apresenta uma esfera
encarnada, se houver. É de cor branca com faixas encarnadas verticais; de noite - luz branca
isofásica, de ocultação ou de lampejo de 10s por período, ou exibe a letra A do código morse.
O Código Internacional de Sinais (CIS) foi definitivamente adotado e entrou em vigor, em 1969,
na Quarta Assembléia da I.M.O (Organização Marítima Internacional), com as seguintes
características:
23
Sinais de emergência
Como estamos vendo, cada uma destas bandeiras isoladamente tem apenas um
significado; se hasteada no mastro de ré do navio, apresenta uma mensagem que todos ao
observarem devem entender e prestar auxílio, se for o caso.
Sinais de perigo
24
Sinal explosivo em intervalos Toque contínuo em qualquer Foguetes ou granadas lançando
de um minuto. aparelho de sinalização de estrelas encarnadas em
cerração. intervalos curtos .
25
Foguete luminoso com Rádio-faróis de emergência
Fumaça de cor alaranjada.
paraquedas ou tocha manual indicadores deposição.
exibindo luz encarnada.
É proibido o uso ou
exibição de qualquer um
dos sinais de perigo ou de
outros que com eles posam
ser confundidos exceto
quando com o propósito de
Pedaço de lona de cor indicar perigo e
laranja com um círculo e necessidade de auxílio.
Corante de água um quadrado pretos (para
identificação aérea)
26
UNIDADE 2
Em função da pressão lateral das pás do hélice os navios de passo direito no início do
movimento irão para bombordo, tendência que se manterá com maiores velocidades.
Leme a Meio - No início do movimento, a popa vai lentamente para BB e a proa para BE
(passo direito), devido ao efeito da pressão lateral das pás, somado ao efeito da corrente de
descarga.
27
Leme a Bombordo - No início do movimento, a popa vai para BB lentamente e a proa
tende para BE, devido ao mesmo efeito acima citado. Entretanto, quando a embarcação pega
seguimento para ré, a ação evolutiva do leme começa a atuar levando rapidamente a popa
para BB e guinando a proa para BE.
pressão lateral
sucção
descarga
No início deste movimento, ou seja, embarcação com seguimento adiante e hélice dando
atrás, a ação evolutiva do leme tem preponderância até que ocorra a mudança do movimento
da embarcação.
O efeito evolutivo do leme é bem menos significativo do que com a embarcação com
seguimento avante. Porém, na seqüência deste movimento, aumenta a ação evolutiva do leme
em decorrência da corrente de descarga.
28
2.2 CABOS DE AMARRAÇÃO NAS M ANOBRAS DE ATRACAÇÃO E DESATRACAÇÃO
Observe que espia é o nome genérico, isso significa que todo e qualquer cabo utilizado
para amarração de um navio é denominado de espia. Se esta amarração for em uma
embarcação de pequeno porte, este cabo de amarração vai se chamar boça. Entretanto,
dependendo da forma como é utilizado terá um nome específico. Vejamos como é isso.
A figura que representa uma embarcação de médio e grande porte, atracada por
bombordo, e vista de cima:
CAIS
N°5 N° 2
N°6
N°1
N°4 N°3
As espias azuis (1 e 6) são denominadas de lançantes. Observe que seu nome indica
bem sua utilização, pois tanto na proa como na popa eles são lançados. O de proa é
denominado de Lançante de proa e o de popa, de Lançante de popa.
Veja que cada espia tem o seu posicionamento em relação à embarcação; logo, fica fácil
entender que cada uma das espias tem também uma finalidade específica. Vamos ver como
isso funciona?
29
A principal função é não deixar a embarcação cair para vante.
Través de proa e Través de popa
A principal função é não permitir que a embarcação abra (se afaste) do cais, tanto na
proa como na popa.
Pois bem, sabendo a função de cada espia é possível utilizá-las melhor no momento de
uma atracação ou desatracação e, mais do que isso, é possível movimentar a embarcação
junto ao cais sem utilizar a propulsão; a isso denominamos manobra sob cabos.
Veja um exemplo: se for necessário levar a embarcação alguns metros para vante, sob
cabos, basta caçar, simultaneamente, o lançante de proa e o espringue de popa e solecar
gradativamente o restante das espias.
Outro fator importante, que deve ser destacado, é que em embarcações de médio e
grande porte, as espias são constituídas, geralmente, de cabos sintéticos ou mistos, de grande
bitola, o que impossibilita o seu lançamento para terra no momento de uma atracação, como
normalmente é feito com espias de embarcações de médio porte.
Nesses casos, utiliza-se de um cabo mais fino, que tem em um dos chicotes uma pinha
contendo um peso no seu interior, de modo que seja possível ser lançada com facilidade para
terra. No outro chicote desse cabo fino é então amarrado a espia que se quer passar para
terra. O amarrador (profissional que ajuda na atracação), em terra colhe o cabo fino até chegar
à espia propriamente dita, e aí a passa pelo cabeço do cais.
Esse cabo fino com uma pinha pesada em um dos chicotes, o qual tanto facilita na
atracação de embarcações de médio e grande porte, é denominado de retinida, cujo seu cabo
possui um comprimento de 35 metros.
Cabo
de
Retinid
2.3 ATRACAÇÃO E DESATRACAÇÃO a
30
ATRACAÇÃO POR BB SEM VENTO E SEM CORRENTE
Neste caso podemos nos aproximar obliquamente e passado um lançante de proa com
máquina a ré, usar a ação do propulsor para aproximar a popa do cais.
Neste caso podemos nos aproximar paralelamente, e passado uma espia e com o leme
colocado para BB e com máquina a adiante, o navio se aproximará do cais.
Neste caso podemos nos aproximar obliquamente e passado um lançante de proa, podemos
usar a ação do vento ou corrente para aproximar a popa do cais.
Neste caso, se necessário, usaremos a amarra do ferro, para aguentar o navio na atracação e
ajudar a afastar na desatracação.
31
CONCLUSÕES
Sempre que possível, utilize o vento ou corrente pela proa, pois facilita o governo e
é mais fácil de controlar a aproximação.
Utilize sempre as espias para auxiliar na atracação, preferencialmente as de proa,
pois são muito eficazes para quebrar a guinada e fazer cabeço.
DESATRACAÇÃO
Neste caso no início de manobra podemos com máquina adiante afastar a popa do cais ,
e depois com máquina a ré prosseguir na desatracação.
32
DESATRACAÇÃO S EM VENTO E SEM CORRENTE EMBARCAÇÃO ATRACADA POR
BORESTE
Neste caso podemos com máquina a ré, usar a ação do propulsor para afastar a popa do
cais.
Neste caso podemos usar a ação do vento ou corrente para afastar a proa do cais e
posteriormente com máquinas adiante prosseguir com a manobra.
33
2.4 TIPOS DE PROPULSORES
Referência: internet
Azimutal
Referência: internet
AZIPOD
Referência: internet
VOITH SCHINEIDER
Referência: internet
34
2.5 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS M ANOBRAS EM GERAL
Referência: internet
Stern Thruster
Referência: internet
35
Vantagens
Desvantagens
Referência: internet
FUNDEADOURO
A escolha do fundeadouro requer uma análise, por parte do navegante, que deverá
considerar os seguintes itens:
Profundidade adequada
Tença do fundo
36
Chegando ao local de fundeio, larga-se o ferro e, ao mesmo tempo, dá-se máquina
atrás, o necessário para que a amarra não embole sobre o ferro e que o ferro possa
unhar com segurança;
Por fim, deve certificar-se de que o ferro agüentou, isto é, de que o ferro unhou o
fundo, e isso deve ser feito mediante observação da amarra, que deverá mostrar-se
ora tesa, ora branda.
A seqüência que será descrita abaixo refere-se a um procedimento padrão que apresenta
um grau de segurança aceitável para a maioria das embarcações.
Posicionar a embarcação
Suspender o ferro
37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
38