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ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS

CURSO AVANÇADO

Caderno de Instrução

BASE DE PATRULHA

1ª Edição - 2009
Experimental
PALAVRAS INICIAIS

Este caderno de instrução foi montado com base no Artigo


VI do Capítulo II do CI 21-75-1 – PATRULHAS, ao qual foram
acrescidas as lições aprendidas com a prática e a experiência
como instrutor do assunto no Curso Avançado da Academia
Militar das Agulhas Negras. Não foi objetivo dos oficiais que
confeccionaram este documento invalidar ou contrariar qualquer
conceito definido em outros manuais. O mote foi apenas compilar
alguns ensinamentos para que sirvam como sugestão aos futuros
comandantes de pequenas frações. Por fim, esperamos que as
idéias aqui apresentadas, por não se constituírem em verdades
absolutas, não inibam o pensamento criador e a iniciativa desses
mesmos comandantes, mas que, ao contrário, os estimulem a
pensar sobre o assunto.

1º Ten Cav Cleber


1º Ten Inf Rafael
1º Ten QMB Freitas

“ É sempre prejudicial fazer as coisas pela metade. Ou


devemos fazer vista grossa ou, se quisermos enxergar, é preciso agir
com vigor.”
(Napoleão Bonaparte)

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ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA

Senhor,
Tu que ordenaste ao Guerreiro da Selva:
“Sobrepujai todos os vossos oponentes!”
Dai-nos hoje da floresta,
A sobriedade para persistir,
A paciência para emboscar,
A perseverança para sobreviver,
A astúcia para dissimular,
A fé para resistir e vencer,
E dai-nos também Senhor,
A esperança e a certeza do retorno.
Mas, se defendendo esta Brasileira Amazônia,
Tivermos que perecer, ó Deus,
Que o façamos com dignidade,
E mereçamos a vitória.
SELVA!

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ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag
ARTIGO I - Conceitos ..................................................................05
ARTIGO II – Planejamento da Instalação de uma B Pa...............06
ARTIGO III - Planejamento da Instalação de uma B Pa...............07
ARTIGO IV - Instalação de uma B Pa..........................................08
ARTIGO V – Comunicações na B Pa...........................................31
ARTIGO VI - Ressuprimento........................................................32
ARTIGO VII – Conduta durante um ataque a B Pa......................33

ANEXOS:
“A” – Memento de Ordem ao Pelotão para a ocupação de uma
Base de Patrulha.
“B” – Sugestão de material a serem conduzidos para uma
Base de Patrulha.
“C” – Modelo de confecção de um alarme improvisado.

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ARTIGO I

CONCEITOS

a. Base de combate
(1) Ponto forte que se estabelece na área de combate ou de
pacificação de uma força em operações na selva, em operação de
pacificação e em certas operações em áreas autônomas para
assegurar o apoio logístico, proporcionar a ligação com os elementos
subordinados e superior, acolher e despachar tropas e garantir a
duração na ação.
(2) É instalada pelo batalhão ou companhia para se constituir em
pontos de concentração dos seus órgãos de comando e de apoio, de
sua reserva e de outras frações não empenhadas nos patrulhamentos
ou encarregadas da segurança da base.
(3) A reserva, normalmente, deve possuir grande mobilidade.
(4) Há um equilíbrio entre as medidas de segurança e
administrativas.

b. Base de patrulha
(1) Local de uso temporário na área de combate de companhia, a
partir da qual o pelotão ou grupo de combate executa ações de
patrulha, reconhecimento ou combate. Área oculta na qual se acolhe a
patrulha de longa duração por curto prazo para se refazer, se
reorganizar e dar prosseguimento ao cumprimento da missão.
(2) O tempo de ocupação, normalmente, não deverá ultrapassar 48
(quarenta e oito) horas, por medida de segurança e sigilo.
(3) As bases de patrulhas são instaladas por pelotões.
(4) Geralmente, delas se irradiam pequenas patrulhas.
(5) As medidas de segurança e táticas prevalecem sobre as
medidas administrativas.
(6) As patrulhas não deverão utilizar a mesma base duas vezes,
dependendo da situação tática.

c. Área de reunião e área de reunião clandestina

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(1) Destina-se ao pernoite de final de jornada ou à dissimulação da
patrulha durante o dia, quando, taticamente, isso for necessário.
(2) Prevalecem as medidas de segurança, adequadas em função
do efetivo da patrulha e do ambiente operacional.
(3) A instalação de uma área de reunião é semelhante a uma base
de patrulha, sendo restritas as medidas administrativas.
(4) Quando esta área de reunião for localizada em ambiente sob o
controle do inimigo é denominada área de reunião clandestina. Cabe
ressaltar que nesta área, as medidas administrativas são quase
inexistentes, tendo em vista o volume das atividades inimiga e o
conseqüente risco de a patrulha ser percebida.

ARTIGO II

PLANEJAMENTO DA INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE


PATRULHA

a. Muitas vezes, o Cmt SU irá determinar aos seus comandantes de


pelotão/GC o local exato a ser utilizado para a instalação de uma Base
de Patrulha. Em outras situações, será determinada apenas a área
onde deverá estar localizada a Base de Patrulha, cabendo ao Cmt
Pel/GC a seleção do local.
b. Neste último caso, o estudo da carta e de fotografias aéreas
indicam os melhores locais para a instalação da base de patrulha.
c. A escolha na carta deve ser confirmada no terreno, antes da
ocupação. Sempre deve ser previsto um outro local, como opção.
c. Na escolha do local, observa-se os aspectos a seguir.
(1) Missão da patrulha.
(2) Dissimulação e segurança do local. Neste aspecto, deve-se
evitar a proximadade de casarios e regiões habitadas, pois os
moradores podem, eventualmente, dar informações sobre a
localização do pelotão/GC.
(3) Possibilidade do estabelecimento das comunicações
necessárias. Vale lembrar que, de modo geral, as elevações
proporcionam melhores comunicações.

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(4) Necessidade de suprimento aéreo. A área de lançamento não
deve comprometer a localização da base. Havendo mais de um
lançamento, prever outras áreas. A noite é favorável ao lançamento.
(5) Adequabilidade da área. Considerando o ambiente operacional,
escolher um terreno seco e bem drenado e de pouco valor tático. As
medidas de segurança preterem as medidas administrativas da
patrulha.
(6) Proximidade de uma fonte de água, sempre que possível.

ARTIGO III

PREPARAÇÃO PARA A INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE


PATRULHA

a. Definido o local da base, tem início a preparação da fração para a


instalação da mesma. Em frações adestradas, onde já existam NGA
relativas a instalação de uma Base de Patrulha, essa preparação ficará
resumida a pequenas alterações quanto ao material a ser levado
(principipalmente em virtude das missões que irão ser cumpridas) e a
ordens fragmentárias sobre evoluções nas operações e atividades
inimigas.
b. No caso de tropas inexperientes ou pouco adestradas, será
necessária a emissão de uma Ordem Preparatória e de uma Ordem ao
Pelotão que tratem, respectivamente, do material a ser levado e das
missões que cada grupo ou homem irá cumprir na instalação da base.
c. A Ordem Preparatória deve abordar os mesmo itens usados em
uma patrulha, enquanto no anexo “A” existe uma sugestão de
memento para a emissão da Ordem ao Pelotão. No anexo “B” estão
relacionados alguns dos materiais que podem ser levados para a
instalação de uma Base de Patrulha.
d. Após a emissão das ordens e havendo tempo disponível, poderá
ser feito um ensaio, a fim de que cada homem possa treinar a tarefa
que lhe cabe na instalação da base. O principal objetivo do ensaio da
ocupação da base é poupar tempo e evitar que seja necessária a
contínua interferência do(s) comandante(s) nas atividades de
instalação. Como dissemos, esse tipo de atividade torna-se

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desnecessária para tropas adestradas e para as quais a ocupação de
bases de patrulha é uma rotina.
e. Antes da partida para a instalação da base, deverá ser feita uma
inspeção final no intuito de verificar se realmente todo o material
previsto está sendo levado e se o mesmo está devidamente preparado
(impermeabilizado, miniaturizado, etc). No caso da fração estar
partindo para o cumprimento de uma missão depois da qual deverá
ocupar a base de patrulha, o material necessário para a instalação da
base deverá ser verificado na inspeção final desta missão.

ARTIGO IV

INSTALAÇÃO DE UMA BASE DE PATRULHA

a. Após a inspeção final tem início a instalação da base que,


normalmente, segue a seqüência abaixo:
(1) deslocamento;
(2) aproximação da base;
(3) reconhecimento;
(4) ocupação;
(5) estabelecimento de um sistema de segurança;
(6) medidas administrativas;
(7) inspeções;
(8) desmobilização/evacuação da base.

b. Deslocamento
(1) Quando o pelotão/GC for ocupar uma base de patrulha após o
cumprimento de uma missão, a ordem de movimento e as condutas
serão idênticas às de uma patrulha normal.
(2) No caso da fração partir diretamente da base de combate para a
base de patrulha, sem cumprir qualquer outra missão antes, o
pelotão/GC deverá estar organizado por GC ou esquadras,
respectivamente. Isso implica que, da mesma forma que ocorre em
uma patrulha, um GC será o responsável pela navegação do pelotão,
outro por fornecer os esclarecedores, etc. A divisão dos setores de tiro
também deverá ser observada.

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(3) Poderão ser adotadas qualquer uma das formações previstas no
CI 25-71/1.
(4) Durante o deslocamento atentar para os seguintes aspectos:
(a) Evitar regiões habitadas.
(b) Manter uma correta dispersão entre os homens
(c) Observar ao máximo a disciplina de ruídos.
(d) Aproveitar judiciosamente o terreno.

c. Aproximação e reconhecimento.
(1) Ao atingir uma região relativamente próxima da área a ser
ocupada, a patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e
faz um altoguardado, numa posição coberta e abrigada, próxima do
local escolhido para a base.

Fig. 1- Alto-guardado.

(2) A distância, considerando o ambiente operacional, deve permitir


a visualização da base e o apoio mútuo entre os elementos do
reconhecimento e os que permanecem no alto-guardado.
(3) Após a ocupação do alto-guardado, os Cmt GC cerram ao
centro, juntamente com os guias de cada um dos grupos.
(4) No centro do dispositivo, o Cmt Pel realiza o Q3OM junto ao Adj
Pel que será o militar mais antigo no alto-guardado durante o
reconhecimento.

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Local da Base
de Patrulha

Pç Mtr

Fig. 2- Reconhecimento

(4) Após o Q3OM, partem para o reconhecimento do local exato o


comandante da pelotão acompanhado pelos comandantes de escalões
e/ou grupos, rádioperador e mensageiro. Cada comandante de grupo
leva um homem, que será o guia posteriormente. A princípio, esses
militares partem para o reconhecimento com seu fardo de combate.
(5) Ao chegar ao local escolhido, o Cmt Pel procede, após
reconhecimento, a designação do ponto de entrada da base, que será
o ponto das 6 horas pelo processo do relógio. Em seguida, o
comandante da patrulha desloca-se para o interior da base e define o
centro (PC) e o ponto das 12 horas. Os pontos 6 e 12 horas são
definidos por referências que se destaquem no ambiente.
(6) Não tendo a patrulha uma NGA de ocupação, do centro da
base, o comandante designa os setores para os grupos, utilizando-se
do processo do relógio, mas sempre fazendo uso de pontos de
referência nítidos no terreno (árvores, palmeiras, etc).
(7) Após a designação dos setores, os comandantes subordinados
reconhecem os seus setores, verificam sua situação no terreno e já
determinam o retorno, sem o fardo de combate, dos guias até o alto-
guardado, a fim de trazer cada um dos grupos até a base.

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(9) Os comandantes de grupo permanecem na entrada da base,
aguardando a chegada da patrulha, que deverá se aproximar orientada
pelos guias.

d. Ocupação da base de patrulha


(1) O início da ocupação, propriamente dita, deve ser feito com
alguma luminosidade, antes do escurecer, visando à preparação
correta do sistema de segurança. A ocupação durante a noite é
dificultada pelas condições de visibilidade para os reconhecimentos,
identificação do terreno e escolha das posições.
(2) O emprego criterioso das NGA de ocupação de uma base de
patrulha ou área de reunião aumentará o sigilo e proporcionará mais
segurança à patrulha.
(3) Uma falsa base, prevista para iludir o inimigo quanto a
localização da base principal, pode ser ocupada, quando o
comandante da patrulha tiver suspeitas de perseguição. A falsa base,
localizada próxima da região da base principal, funcionará como um
segundo alto-guardado e sua ocupação será idêntica a da base
principal.

Fig. 3- Falsa-base

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(a) O comandante da patrulha, seu rádio-operador/mensageiro,
juntamente com os comandantes de grupo e seus guias, deslocam-se
para o reconhecimento da falsa base.
(b) Os guias retornam e a patrulha é conduzida pelo
subcomandante até a entrada da falsa base.
(c) Procede-se, normalmente, a ocupação.
(d) Visando ganhar tempo diurno, enquanto a patrulha se instala
na falsa base o comandante da patrulha, juntamente com os elementos
de reconhecimento, partem para a base principal, dando início a
segunda fase da instalação que é o reconhecimento.
(e) O subcomandante responde pela patrulha na falsa base até
conduzí-la para a entrada da base principal, onde se encontra o
comandante.
(4) A mecânica da ocupação da base principal é definida a seguir:
(a) após o reconhecimento da base principal e o retorno dos
guias ao local do alto-guardado ou da falsa-base, cada comandante de
grupo permanecerá na entrada da base principal, onde aguardará a
chegada de sua fração e a conduzirá para o seu local no dispositivo.
Cada homem tem que conhecer a localização de quem está ao seu
lado, o seu setor de tiro, bem como saber as rotas de qualquer
movimentação prevista, dentro e fora da área base.
(b) Cada homem, após receber o seu setor de tiro deve balizar o
mesmo, utilizando-se, para isso, de estacas ou qualquer outro meio
disponível.
(c) os comandantes dos grupos levam os homens escalados
para mobiliar o PV, que já foi reconhecido enquanto o grupo era trazido
pelo guia. Durante os trabalhos de instalação na base, pelo menos um
homem deverá ser mantido no PV, no intuito de proporcionar
segurança à fração.
(d) o comandante de grupo ocupa uma posição em seu setor
onde possa melhor controlar seus homens e ligar-se, visualmente, com
o comandante da patrulha. Essa posição, geralmente, se situa entre o
PC e a posição dos grupos. Havendo restrições, em função do
ambiente operacional, adaptar as ligações por quaisquer meios
disponíveis.

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Posição dos
Cmt GC

PC

Fig. 4- Posição dos Cmt GC


(e) o grupo de comando dirige-se para o PC, no centro da base.
(f) O rádio-operador, assim que for designado o PC, deverá
preparar o material Com (lançar antenas, preparar central telefônica,
etc) e buscar o contato com a base de combate.
(g) Lançado o PV, o Cmt grupo verifica se os seus subordinados
já se posicionaram no local determinado, se balizaram o seu setor de
tiro e se já iniciaram as demais atividades definadas na NGA ou na
ordem ao pelotão (lançamento de alarmes, balizamentos, etc).
(h) o comandante verifica o perímetro da base e determina
alterações se julgá-las necessárias.
(5) Eventualmente, a base de patrulha pode ser instalada com um
dispositivo descentralizado, diferente do preconizado na Fig. 4. Nesse
caso, alguns procedimentos específicos deverão ser adotados.
(a) A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto e
atinge o ponto de liberação dos grupos (P Lib Gp).
(b) No P Lib Gp, cada comandante de grupo toma uma direção
prédeterminada e afasta-se aproximadamente 100m deste ponto,
ocupando a sua base.
(c) O Grupo de comando e os reforços infiltram-se em um dos
grupos, de acordo com a missão e a situação tática.

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(d) Com este dispositivo, a patrulha torna-se menos vulnerável
ao encontro inimigo. Caso um grupo venha a ser descoberto,
provavelmente não comprometerá os outros grupos.

Fig. 5- Base de Patrulha descentralizada.

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(e) Cabe ressaltar que este dispositivo possui algumas
vantagens e desvantagens.
(1)Vantagens
- Aumento da segurança do perímetro da base.
- Diminuição da probabilidade do número de baixas quando esta for
atacada.
- Aumento da dispersão entre os grupos, conseqüentemente,
diminuindo a vulnerabilidade aos fogos de apoio do inimigo.
(2) Desvantagens
- Dificuldade da coordenação e controle por parte do comandante
da patrulha.
- Aumento do número de rotas de fuga, facilitando o rastreamento
por parte do inimigo.
- A dificuldade de delimitar os setores de tiro, a fim de não ocorrer o
fratricídio, pois os grupos encontram-se dispersos.
- Dificuldade de reorganizar a patrulha após a dispersão (ataque à
posição).

d. Estabelecimento do sistema de segurança

LEGENDA

Minas
Armadilhas
PV/PE
Ponto Luminoso
(Alarme)

Fig. 6- Dispositivo de segurança em uma Base de Patrulha nível pelotão


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(1) Sistema de postos de vigilância e/ou postos de escuta
(a) Postos de vigialância e/ou postos de escuta, são definidos e
instalados em função do ambiente operacional e integram o sistema de
vigilância da base. Havendo disponibilidade, grupos de 2 ou 3
elementos são designados e operam esses postos.
(b) Meios de comunicações silenciosos ligam os postos aos
comandantes de grupo e estes ao comandante da patrulha. Cordas e
cipós, empregados com convenções estabelecidas, quanto ao número
de puxadas, são eficientes. Sempre que possível, empregar o telefone
de campanha.
(c) A posição do PV/PE deve ser balizada com cordel para que
seja possível a todos os militares do GC chegar sem problemas até
essa posição, assim como de lá retornar. Não se presta a esse
balizamento a utilização de cialumes ou outros dispositivos luminosos,
uma vez que eles não definem rigorosamente um itinerário a seguir,
abrindo a possibilidade de que se atravessem áreas com minas ou
armadilhas.
(d) Durante o dia, os vigias devem colocar-se bem à frente, a
uma distância que não lhes permita ouvir os ruídos naturais vindos da
base. À noite, os postos de escuta devem ocupar posições centrais e
mais próximas dos homens da periferia da base.
(e) A substituição dos militares que se encontram nos PV/PE
deve ser sempre feita alternadamente, ou seja, deve ser evitada a
substituição simultânea do pessoal que está na hora. O objetivo dessa
medida é manter sempre um militar ambientado com o terreno na hora.
(2) Sistema de alarmes
(a) Normalmente, o comandante da patrulha designa elementos
com conhecimentos especiais para instalar, fora da área da base, um
sistema de alarme, de preferência luminoso.
(b) Cada GC fica responsável pela montagem do sistema de
alarmes correspondente ao seu setor. Mas para que o sistema seja
eficiente, não deve haver intervalos entre os alarmes. Isso quer dizer
que o militar responsável pelo lançamento do alarme na área do 1º GC
deve se ligar com os elementos responsáveis pelos alarmes do 2º e 3º
GC, de forma que onde termine o alarme de um GC comece o do

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outro, ficando todo o perímetro da base coberto pelo sistema de
alarmes.
(c) A única abertura no sistema de alarmes é a existente junto à
entrada/saída da base que, geralmente, será nas 06 horas.
(d) Na impossibilidade de se lançar um sistema de alarmes que
cubra todo o perímetro da base, deve ser dada prioridade aos locais de
provável aproximação do inimigo.
(e) Para a confecção de alarmes improvisados consultar o
anexo “C”.

Fig. 7- Dispositivo de segurança em uma Base de Patrulha nível GC.

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(3) Minas e armadilhas
(a) Devem ser instaladas minas e armadilhas entre o sistema de
alarmes e a posição dos homens. Os princípios de instalação desses
dispositivos são os mesmo empregados em qualquer situação,
destacando-se os cuidados com a escolha do local, camuflagem e
acionamento.
(b) As minas podem ser de qualquer tipo (direcional,
acionamento por pressão ou controle remoto, etc), tendo cada uma
suas vantagens e desvantagens. O importante é que elas sejam
instaladas nos prováveis locais de aproximação do inimigo e
suficientemente afastadas da posição dos homens, de forma a não
apresentar riscos para a tropa que ocupa a base de patrulha.
(c) As armadilhas também devem estar localizadas nos
prováveis locais de aproximação do inimigo. As armadilhas podem ser
confeccionadas com material específico para isso ou então utilizar
meios de fortuna. De qualquer maneira o limite para a utilização das
armadilhas vai ser ditado pelo material disponível, pelo tempo e pela
criatividade da tropa.
(d) Entre as armadilhas indicadas para a utilização nas bases de
patrulha estão aquelas que utilizam o acionador polivalente M142. No
caso de se utilizar esse dispositivo deve-se ter o cuidado de instalar a
armadilha em local que não ofereça risco para a tropa amiga. Além
disso, é recomendável que o acionador seja utilizado no modos de
acionamento por tração ou liberação por serem os métodos que
cobrem maior área.
Pregos e parafusos de
fixação
Manual de
Instruções

Parafuso de Cabeça
Quadrada

Arame
Parafuso de
Cabeça Redonda

Pino de Dispositivo de
Segurança Liberação de
Tensão
Furo para
fixação do
acionador
Base de
Cápsula de
percussão
Acoplamento F4

Fig. 8- Acionador Polivalente M142 18


(e) Outro tipo de armadilha cuja utilização se aplica bem às
bases de patrulha são as aquelas que empregam granadas de mão. A
simplicidade na montagem e na desmontagem, o fato de utilizarem
materiais de dotação da tropa e de serem acionadas por
tração(cobrem maior área) torna esse tipo de armadilha uma das
melhores formas de se defender uma base de patrulha.

Fig. 9- Armadilha com granada de mão.

(f) No caso de se optar pela utilização de armadilhas


improvisadas, devem ser evitadas aquelas que demandem muito
tempo ou material, uma vez que a permanência na base de patrulha é
por um período reduzido. Portanto, devem ser priorizadas as

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armadilhas de confecção mais simples como, por exemplo, as do tipo
“quebra-canela”.
(g) Um cuidado que a tropa que instala minas e/ou armadilhas
deve ter é com relação ao balizamento dos itinerários dentro da base.
Isso evita que algum militar desavisado acabe acionando
inadvertidamente algum desses dispositivos. Outro cuidado é com
relação a marcação dos locais onde as minas e armadilhas foram
instaladas. No caso de desmobilização, quando for possível o
recolhimento desses dispositivos, será necessário que se saiba
exatamente onde foram instaladas cada uma das minas e armadilhas.
Nesse caso, deve-se ter o cuidado de sempre incumbir dessa missão
os mesmo militares responsáveis pelo lançamento desses artifícios.
Além disso, cabe ao Cmt GC cobrar desses homens, que durante a
instalação dos dispositivos, seja confeccionado um croqui com a
posição de cada uma das minas e armadilhas.

1º GC
Resp: Cb João GDH: 231600Jun09

PONTO DE REFERÊNCIA: Palmeira em frente ao PV


DISPOSITIVO Az Dist Obs
Após um
Mina AP 145º 22m
tronco caído
Junto a uma
Gr M 180º 20m
palma-negra
Próxima a um
M142 45º 25m
cupinzeiro
Fig. 10- Localização de minas e armadilhas.

(3) Definição da entrada e saída da base


(a) Para maior segurança e controle, deve ser utilizada somente
uma saída/entrada para a base, geralmente será o ponto balizado
como 06 horas.

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(b) O ponto é camuflado e guardado permanentemente, se
possível, com uma arma de emprego coletivo.
(c) Fora essa entrada/saída, existirão apenas aquelas que
conduzirão às bases alternativas. Essas saídas deverão estar
balizadas e só serão utilizadas em situações de emergência e
mediante ordem.
(4) Utilização de senhas, contra-senhas e sinais de reconhecimento
(a) Utilizar aquelas previstas nas IEComElt.
(b) Atentar para os horários de mudança de senha e contra-
senha.
(5) Emprego de armas coletivas
(a) O Cmt Pa deve definir a posição e o setor de tiro das armas
coletivas da fração, priorizando os prováveis locais de aproximação do
inimigo. Dentro das disponibilidades, colocar um armamento coletivo
junto a entrada/saída da base.
(b) No caso de haver possibilidade de apoio de fogo por parte
do escalão superior, esse deverá ser coordenado antes da ocupação
da base pela patrulha. Além disso, o Cmt Pa deve informar aos
militares mais antigos na cadeia de comando as formas de solicitar
esse apoio ao Esc Sup.
(6) Realização de patrulhas
(a) Normalmente, duplas de homens são lançadas para
reconhecimentos à frente da periferia da base para verificar a presença
do inimigo nas proximidades. São designados pelo comandante da
patrulha e coordenados pelo comandante de grupo que planeja a
execução. Os homens aguardam no setor e mediante um sinal,
deslocam-se em torno da base, cobrindo uma área que permita o apoio
mútuo, observando as características do ambiente operacional.
(b) Em algumas oportunidades, o comandante de uma patrulha
que está ocupando uma base terá que lançar pequenas patrulhas para
cumprirem missões de menor envergadura e retrairem em seguida.
Nesse caso, sempre deverá permanecer na base um efetivo que lhe
confira segurança e que mantenha a ligação rádio com quem saiu.

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(7) Determinação de bases alternativas
(a) É uma medida de segurança que funciona como um ponto
de reunião, dando flexibilidade ao comandante da patrulha, caso a
base principal seja atacada.
(b) Iniciada a ocupação da base principal e transmitidas as
ordens aos homens, o comandante da patrulha acompanhado do seu
rádio-operador/mensageiro, dos comandantes de grupo e guias (um
por GC), partem para o reconhecimento da base alternativa. É
interessante que sejam reconhecidas no mínimo duas bases
alternativas em sentidos opostos, as quais devem receber uma
designação que seja do conhecimento de todos (por exemplo: Base
Alfa e Base Zulu).
(c) O comandante da patrulha deve estudar as prováveis
direções de atuação do inimigo e definir um mínimo de rotas de fuga
para a(s) base(s) alternativa(s). As rotas são opostas às prováveis
direções de atuação do inimigo e dirigidas para a(s) base(s)
alternativa(s).

Fig. 10- Visão geral de uma Base de Patrulha.

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(d) A distância entre a base principal e as bases alternativas vai
ser ditada pelo terreno, mas, em média, gira entre 500 e 1000m.
(e) Todo o itinerário até a base alternativa deve ser balizado.
(f) O primeiro trecho desse itinerário é aquele compreendido
entre o centro da base e o final do perímetro externo da base. Esse
trecho deve ser balizado com cordel, uma vez que, em caso de ser
necessária uma evacuação da base, os homens, deverão seguir esse
balizamento fielmente a fim de não correrem o risco de acionar alguma
das minas e armadilhas instaladas pela patrulha.
(g) O segundo trecho é aquele entre o perímetro externo da
base e a entrada da base alternativa. Esse balizamento pode ser feito
através do azimute/distância, cialume ou cordel.
(h) O balizamento através do azimute/distância é o mais seguro,
pois dificulta o rastreamento da patrulha, no entanto é indicado para
tropas adestradas, que não encontrem problemas em se orientar à
noite. Já o balizamento por meio do cialume é o mais rápido de ser
seguido, todavia tem as desvantagens de se constituir, mesmo durante
o dia, em um indício da presença de tropa na região e de, caso não
seja realizado um bom contra-rastreamento, denunciar a direção e até
mesmo a localização da base alternativa. Com relação ao balizamento
com cordel, ele deve ser utilizado em trechos considerados mais
sensíveis, como, por exemplo, na travessia de pontos críticos.
Apresenta as mesmas desvantagens do uso do cialume, acrescido do
fato de ser impraticável, em virtude da limitada quantidade de material
disponível, a utilização desse tipo de balizamento em trechos mais
extensos.
(i) Outro eficiente método de balizamento é a utilização de
meios de fortuna encontrados no próprio ambiente operacional, como,
por exemplo, a palha branca na Amazônia. Esse método apresenta,
além do fato de ser mais discreto do que o uso de meios estranhos ao
ambiente em que se desenvolvem as operações, a vantagem de estar
disponível no próprio local, não sendo necessário à tropa a condução
desse matarial no seu fardo de combate.
(j) É interessante que no local que marca a entrada da base
alternativa seja feita alguma diferenciação no balizamento, de forma
que, o guia que vai a frente da patrulha tenha facilidade em encontrar a

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referida base. Por exemplo: no caso de ser utilizado cialume, o mesmo
será colocado em forma de pequenos pontos e de tempos em tempos,
permitindo que patrulha possa se orientar através deles; no ponto que
marca a entrada da base alternativa podem ser colocados dois pontos
luminosos de cialume, o que permitirá sua fácil localização.

ESQUEMA DE UM BALIZAMENTO PARA BASE ALTERNATIVA


Base Altnv ALFA

Balizamento
diferenciado

Balizamento para a
Base Altnv ZULU

LEGENDA

Minas
Armadilhas
PV/PE
Ponto Luminoso (Alarme)
Balizamento com cordel
Balizamento com cialume
ou Az/Dist
Entrada/saída
da base
24
(j) O balizamento para as bases alternativas deve se iniciar no
mesmo ponto, de preferência no centro da base. Essa medida facilita a
evacuação em situações críticas, em particular durante a noite.
(m) Todo o balizamento deverá ser retirado por ocasião da
evacuação da base. Esse trabalho será incumbência dos homens
escalados como contra-rastreadores. Eles serão de no mínimo um por
GC, de forma que, no caso da base ser atacada (ver artigo V), os dois
contra-rastreadores dos GC não engajados realizarão o trabalho de
apagar os rastros da patrulha sendo, para tanto, os últimos homens
que sairão da base, retraindo junto com o GC engajado.
(n) Na(s) base(s) alternativa(s) o comandante define os setores
dos grupos. Considerando o fator tempo, esta ocupação será
semelhante a de um alto-guardado, com redobradas medidas de
segurança. Como medida facilitadora no caso de uma ocupação no
período noturno, o Cmt pode determinar, durante o reconhecimento,
que seja utilizado algum tipo de balizamento (cialume, por exemplo)
para balizar os setores da cada um dos GC. Para tanto, seria
necessário apenas marcar três pontos que seriam aqueles definidos
como 02, 06 e 10 horas.
(o) Após o reconhecimento, o comandante e sua equipe
retornam à base principal, onde o subcomandante deu andamento aos
trabalhos de ocupação. No itinerário de retorno, é interessante que
seja feita a medição da distância entre as bases alternativa e principal,
além da cronometragem de quanto tempo se leva, em média, para
percorrer o referido trajeto (lembrar que à noite e com todo o pelotão
equipado o tempo será muito maior). Ainda durante esse retorno,
podem ser levantadas pelo Cmt Pa possíveis locais para
concentrações das armas de apoio de fogo do Esc Sup, se for o caso.
(p) Os comandantes de grupo informam aos homens o plano de
evacuação da base (itinerário de evacuação, distância a ser percorrida,
o setor do grupo, o que fazer ao chegar na(s) base(s) alternativa(s),
etc). Na jornada seguinte, caso a situação tática permita, e mediante
ordem do comandante, os demais integrantes da patrulha poderão
reconhecer os itinerários para a(s) base(s) de alternativa(s).

25
e. Medidas administrativas – Concluídas as medidas de segurança
(instalação operacional), iniciam-se as medidas administrativas. Entre
outras medidas, o comandante pode determinar as que se seguem:
(1) Construção de latrinas;
(2) Ressuprimento de água;
(3) Construção de abrigos;
(4) Consumo de ração;
(5) Higiene pessoal;
(6) Manutenção do armamento e equipamento;
(7) Descanso;

(1) Construção de latrinas


(a) As latrinas devem ser confeccionadas entre as posições dos
grupos e os PVig ou PE e a sua quantidade ideal é de uma por GC.
(b) O tamanho da latrina deve ser compatível com o efetivo
previsto para utilizá-la.
(c) Os integrantes da patrulha devem ser orientados a realizar
todas as necessidades fisiológicas na latrina e a jogar terra na mesma
após a sua utilização. Esses cuidados tem o intuito de manter a higiene
na base e de evitar que sejam deixados indícios da passagem tropa
pelo local.
(d) As latrinas devem ser muito bem balizadas (utilizar cordel),
uma vez que a ficarão localizadas próximas a minas e armadilhas.
(2) Ressuprimento de água
(a) Essa atividade deve ocorrer uma vez por dia e normalmente
antes do amanhecer.
(b) Para essa atividade deve ser designado 01 homem por GC.
Esses militares serão os responsáveis por recolher, recompletar e
redistribuir os cantis do seu grupo. Para tanto, é interessante que o
Cmt Pa determine que todos possuam o seus cantis identificados.
(c) Durante o recompletamento deve ser tomado bastante
cuidado com a segurança uma vez que esse é considerado um
momento crítico onde o grupo de ressuprimento encontra-se bastante
vulnerável. Em virtude disso, é importante que seja estabelecida uma
segurança em ambas as margens ou ao redor do ponto onde se

26
executa o ressuprimento. Por exemplo: enquanto um homem enche os
cantis, os outros dois realizam a segurança.
(d) Ainda com relação à segurança é interessante que seja
executado o Q3OM junto ao Cmt Pa e que seja conduzido pelo grupo
que sai da base um equipamento rádio.
(e) No momento em que se retorna para a base deve ser
executado um criterioso contra-rastreamento (tanto no local de coleta
da água quanto no itinerário do grupo) a fim de se evitar denunciar a
localização da patrulha.
(f) O consumo deve ser disciplinado e os homens orientados a
manter sempre uma reserva (02 litros é o ideal) que poderá ser
utilizada em momentos críticos como, por exemplo, depois de um
ataque à base.
(3) A construção de abrigos
(a) Conforme a situação permitir, pode ser autorizada a
confecção de abrigos sumários para o pernoite.
(b) Esses abrigos devem ter a silhueta baixa de forma a não
denunciar a localização da patrulha. Ainda nesse intuito, deve ser
vetado o uso de materiais que contrastem com o ambiente em que foi
instalada a base.
(c) Deve ser tomado bastante cuidado para, após a
desmobilização, não ser deixada caracterizada a passagem da
patrulha pelo local. Para tanto, na hora de confeccionar o abrigo não
retirar material em excesso do ambiente, tais como galhos e folhas.
(d) No momento da confecção do abrigo, todos os homens
devem construí-lo de forma que, quando estiverem deitados, os pés
fiquem voltados para o perímetro externo da base. Essa medida
permite que, caso a base seja atacada, todos os homens consigam
responder prontamente ao fogo inimigo.
(e) Caso a situação permita o uso de redes, elas deverão
obedecer as mesmas regras dos outros abrigos, com o cuidado
especial de as colocar em uma altura baixa e de se dissimular as
marcas que esse tipo de material deixa nas árvores utilizadas na
ancoragem. Nas redes com mosquiteiro, o cano do armamento deverá
ser sempre mantido para fora da rede permitindo, assim, a pronta-
resposta em caso de ataques à base.

27
(f) Quando na área da base existirem restrições de cobertas e
abrigos, devem ser preparados abrigos individuais para um homem
deitado.
(4) Consumo de ração
(a) Caso a situação permita e conforme o período de tempo
previsto para a permanência na base, o Cmt Pa pode autorizar o
consumo de ração.
(b) Sempre que possível a ração deverá ser consumida ainda no
alto-guardado ou falsa-base, enquanto é realizado o reconhecimento
da base principal.
(c) Disciplinar a utilização do fogo para preparo da alimentação
em função da atividade do inimigo na região. Normalmente, este
preparo será realizado ainda com luminosidade, visando a não
denunciar a posição da patrulha.
(d) O consumo da ração deverá ser sempre no sistema de
rodízio ficando, no mínimo, um terço da patrulha sempre alerta em
seus postos.
(e) Cada homem deverá consumir a ração na posição, ou seja,
junto ao seu fardo de combate. Os militares do PV/PE não devem
consumir a ração enquanto estiverem na hora, devendo aguardar
serem rendidos para, aí então, comer.
(f) O consumo da ração não deverá estar associado a outras
medidas administrativas, isto é, no momento em que se está comendo,
o homem deve estar apenas se alimentando e não sem o coturno,
realizando a manutenção dos pés ou armamento, por exemplo.
(g) Ao ser utilizada ração operacional, deve se ter muito cuidado
com o lixo que é produzido. Os homens devem ser orientados a
guardar todos os detritos junto ao seu fardo de combate para que, na
primeira oportunidade e mediante ordem, desovem este material.
(5) Higiene Pessoal
(a) Regras rígidas de higiene devem ser estabelecidas, tais
como usar a roupa de muda, manutenir os pés, escovar os dentes e
fazer a barba.
(b) Essas medidas são de responsabilidade de cada um dos
combatentes sendo encargo dos Cmt em todos os níveis a fiscalização
da manutenção desses padrões de higiene.

28
(c) Se a situação tática permitir e de acordo com o tempo em
que a patrulha já está e ainda vai ficar em operações, o Cmt Pa pode
autorizar o banho. Nesses casos, devem ser montados pequenos
grupos e ser seguida a mesma sistemática do ressuprimento de água.
(d) Ainda com relação ao banho, deve ser selecionado um local
afastado de qualquer habitação e que permita aos integrantes da Pa se
aproximar e se evadir por caminhos desenfiados.
(6) Manutenção do armamento e equipamento
(a) Estabelecer um horário de manutenção diária do material
para que este permaneça em condição de pronto emprego.
(b) Durante a manutenção, no mínimo, um terço da patrulha
permanece alerta em seus postos.
(7) Descanso
(a) Conforme o grau de segurança exigido, não haverá
necessidade de prontidão permanente, de forma que cada homem terá
seu horário de serviço, podendo realizar atividades Adm ou descansar
quando não estiver na hora.
(b) O homem deverá dormir sempre fardado e com o
armamento junto ao corpo, seguindo os cuidados descritos no item
sobre a confecção do abrigo.
(c) Durante o dia, é interessante que o Cmt Pa coordene as
atividades administrativas de forma a manter sempre uma força de
reação. Por exemplo: 1/3 em condições de emprego, 1/3 realizando
manutenção e 1/3 descansando.
(d) Por medida de segurança, todos devem estar em condições
de emprego trinta minutos antes do escurecer e do amanhecer.
(e) O Cmt deve, sempre que possível, transmitir para a tropa os
horários previstos para as próximas atividades até o dia seguinte.

f. Inspeção
(1) As medidas de segurança e administrativas devem estar prontas
antes do escurecer, para que o comandante da patrulha possa
inspecioná-las.
(2) As inspeções são contínuas e têm por objetivo agilizar a
instalação da base, concorrendo para que, operacionalmente, a base
fique pronta ainda com luz.

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(3) Normalmente, são inspecionados(as)
(a) Limites dos setores do grupo.
(b) Ligações entre os grupos (homens dos flancos).
(c) Localização do PVig ou PE, bem como sua ligação com o
grupo do setor e/ou centro da base (PC).
(d) Sistemas de alarmes (ligações) e segurança; interrogar
quanto a setor de tiro e condutas; validos também para as armas
coletivas.
(e) Patrulhas com saídas previstas à noite.
(f) Condutas para ocupação da(s) base(s) alternativa(s).
(g) Senha e contra-senha.
(4) Durante a inspeção, o comandante deve transmitir as medidas
administrativas e de segurança ainda não transmitidas e de interesse
da patrulha.

g. Desmobilização/evacuação da base de patrulha


(1) A base poderá ser desmobilizada, por imposição tática ou por
segurança, ou evacuada, por imposição do inimigo. O que diferencia a
desmobilização da evacuação é que a primeira ocorre sem
interferência direta do inimigo enquanto que a última é provocada pela
ação desse sobre a base. A evacuação de uma base de patrulha será
tratada no artigo V.
(2) No momento de abandonar uma base de patrulha, todas as
medidas são tomadas para impedir ou dificultar vestígios de
permanência da patrulha no local (contra-rastreamento).
(3) Os detritos são conduzidos pela patrulha para outro local.
Atenção deve ser dada aos indícios de confecção de abrigos (cordéis
em árvores, galhos cortados, etc), restos de ração e locais de latrina.
(4) A limpeza da área é de responsabilidade de todos os
patrulheiros, mas o Cmt Pa pode escalar um GC como responsável
pela esterelização da área.
(5) O SCmt Pa é o responsável pelo check de abandono, que nada
mais é do que fazer com que cada militar verifique se está levando
todo o seu material e que nada está sendo deixado para trás. Ele
também é o responsável pela conferência do efetivo após a saída da

30
base. Quando tudo estiver conferido e a patrulha estiver em condições
de seguir adiante, o SCmt deve dar o pronto para a o Cmt Pa.
(6) O período favorável para a desmobilização da área é o noturno.
(7) Agilizar a preparação para desmobilização.

ARTIGO V

COMUNICAÇÕES NA BASE DE PATRULHA

a. As comunicações são estabelecidas com o escalão superior e com


as frações subordinadas. No âmbito da patrulha, o sistema deve
permitir uma comunicação silenciosa entre os homens. Sempre que
possível, dobrar os meios.
b. Logo que chegar na base e conforme a O Op do Esc Sup, o
homem-rádio da Pa deve buscar o contato com a Base de Combate a
fim de informar a ocupação.
b. Pode-se empregar:
(1) Rádio
(a) Exige grande disciplina de exploração;
(b) Podem ser utilzadas antenas improvisadas a fim de melhorar
o contato com Esc Sup ou outras Pa;
(c) Nas comunicações no âmbito do pelotão o uso do rádio é
contra-indicado, tendo em vista a economia de meios (baterias). Nas
situações que exigirem o uso do rádio dentro da base, atenção deve
ser dada a manutenção do sigilo. Para tanto, todos os rádios devem ter
o seu volume ajustado ao mínimo possível e ser seguida uma rigorosa
disciplina de exploração.
(2) Telefone
(a) Devem ser utilizados, desde que seu fardo, peso e tempo de
instalação não tragam desvantagens às operações.
(b) No lançamento dos fios, a responsabilidade de ligação é do
GC. Portanto, o Cmt GC deve escalar um militar que será o
responsável pelo estabelecimento da ligação fio do seu GC com o
centro da base. Esse militar dever ter o cuidado de iniciar o lançamento
do fio do centro da base até a posição do seu GC, fazendo com que a
bobina permaneça junto a essa posição. Isso evita que, no caso de

31
uma evacuação, o homem-rádio fica sobrecarregado, tendo que levar,
além do seu material de dotação, as bobinas dos GC.
(3) Mensageiro
(a) Muito empregado no âmbito da base.
(b) É interessante que todos os militares que forem atuar como
mensageiro reconheçam, ainda durante o dia, as posições dos outros
GC e do Cmt Pa. Isso evita que durante a noite o sigilo seja quebrado.
(4) Meios acústicos, óticos e de fortuna
(a) Fumígenos podem ser utilizados tanto em auxílio à
operações aeromóveis quanto em situações emergência, como em um
ataque á base.
(b) Ao utilizar cordas e cipós como meios de comunicação,
lembrar de convencionar o número de puxadas. Deve ser evitada a
padronização de uma única puxada, pois com o trânsito de militares
dentro da base é comum que algum homem venha a tropeçar nesses
cordéis ou cipós.

ARTIGO VI

RESSUPRIMENTO

a. O ressuprimento terrestre exigirá os cuidados necessários para


que o deslocamento não seja descoberto pelo inimigo, correndo o risco
do material cair em seu poder. Não é recomendável e só será
executado em caso de muita necessidade.
b. O ressuprimento aéreo em seu planejamento deve prever:
(1) rota de aproximação;
(2) zona de lançamento, afastada da base;
(3) pista ou local de aterrissagem, se for o caso;
(4) hora de lançamento, de preferência à noite;
(5) ligação terra-avião, por código; e
(6) depósito camuflado, caso o material não possa ser todo
transportado à noite.

32
ARTIGO VII

CONDUTA DURANTE UM ATAQUE À BASE DE PATRULHA

a. Normalmente, não se defende uma base de patrulha atacada.


Para esta situação, o comandante deve utilizar as bases alternativas já
reconhecidas, desencadeando o plano de evacuação da base
principal.
b. Esse plano de evacuação nada mais é do que uma NGA que o
pelotão deve possuir para definir a conduta a ser seguida em caso de
ataque. De maneira geral, ele deve abranger três hipóteses de contato
com o inimigo:
 1ª Hipótese: a tropa plota a presença do inimigo sem que
este saiba que foi plotado;
 2ª Hipótese: a tropa plota o inimigo e este sabe que foi
plotado;
 3ª Hipótese: o inimigo ataca a a base sem ter sido plotado;

- 1ª Hipótese: a tropa plota a presença do inimigo sem que este


saiba que foi plotado;
(a) Geralmente serão os militares que estão no PV/PE que
irão plotar primeiro a presença da força inimiga. Isso pode acontecer
através da verificação de indícios (barulhos ou mesmo enxergando o
inimigo) ou através do sistema de alarmes.
(b) Nesse caso, o PV/PE deve, de imediato, informar ao
Cmt GC, que por sua vez irá informar ao Cmt Pel. Este, então,
determina, o mais rápido possível e preservando o sigilo, a evacuação
da base.
(c) Enquanto isso, os militares que estão no PV/PE
retraem, também em sigilo, para junto da posição do seu GC.
(d) O Cmt do GC que teve o seu perímetro violado aciona o
seus homens e mantém os mesmo em condições de fazer frente a
qualquer ameaça inimiga.
(e) Enquanto isso, os Cmt dos outros GC determinam que
todos os seus homens se preparem para partir e, quando prontos,

33
cerram sobre o ponto central onde se inicia o balizamento para as
bases alternativas.
(f) Nesse o ponto, estará o Cmt Pa que determinará aos
GC qual a base a ser ocupada.
(g) Rapidamente os GC iniciam o seu deslocamento pelo
caminho balizado, tomando o máximo cuidado para manter o sigilo,
caso ele ainda não tenha sido quebrado.
(h) Permanecem junto ao centro do dispositivo os dois
contra-rastreadores pertecentes aos GC não engajados. Eles devem
aguardar a chegada do GC que faz a cobertura do retraimento.
(i) Esse GC permanece em base de fogos, em condições
de fixar o inimigo enquanto o restante do pelotão se evade. Ele não
deve denunciar a sua posição até a quebra do sigilo. Quando isso
ocorrer, ele deve engajar o inimigo pelo fogo até que receba ordem
para retrair. Essa ordem deverá ser dada pelo SCmt Pa que a emitirá
no momento em que os dois outros GC sairem da base atacada.
(j) Recebendo a ordem para retrair, o Cmt do GC engajado
procura romper o contato com o inimigo pelo fogo. Assim que
conseguir romper esse contato, ele se desloca o mais rápidamente
possível em direção à base alternativa, incorparando ao seu grupo os
dois militares responsáveis pelo contra-rastreamento. Durante esse
retraimento, deve-se manter sempre uma segurança a retaguarda.
(l) Conforme a situação e tomando cuidado com o
fratricídio, pode ser solicitado apoio de fogo ao Esc Sup.
(m) Ao chegar na base alternativa, os Cmt GC dispões os
seus homens no terreno e iniciam uma conferência do efetivo e do
material da sua fração. Após essa conferência, dão o pronto para o
SCmt que o retransmite ao Cmt Pa.
(n) Terminada a conferência, deve ser feito contato rádio
com o Esc Sup informando a situação da Pa e, sfc, solicitando apoio
ou novas ordens.
(o) Conforme determinação do Esc Sup e de acordo com a
situação, a base alternativa pode ser usada apenas como um ponto de
reunião onde a patrulha se reorganizará e de onde seguirá para outro
local estipulado pelo Esc Sup.

34
- 2ª Hipótese: a tropa plota o inimigo e este sabe que foi plotado;
(a) Pode acontecer um contato fortuito (PV/PE avista a
força Ini ao mesmo tempo em que também é avistado) ou então, por
um acionamento de alguma das minas ou armadilhas lançadas pela
patrulha.
(b) Nessas situações, a conduta do GC que teve o
perímetro violado é abrir fogo imediatamente na direção onde está a
força inimiga. O único cuidado é com relação a se evitar o fratrícidio,
em especial com os militares que estão no PV/PE.
(c) Ao escutar os tiros, o Cmt Pa deve, sem se preocupar
com o sigilo que já foi quebrado, identificar o setor atacado, determinar
que o GC desse setor permaneça em base de fogos e ordenar a
evasão dos demais GC para a base alternativa oposta a posição
inimiga. Por exemplo:
“- PATRULHA ATENÇÃO!”
“- 2º GC BASE DE FOGOS!”
“- 1º E 3º GC BASE ZULU!”

(d) A partir daí, seguem-se os mesmo procedimentos


previstos na primeira hipótese com a única diferença de que não há
necessidade de haver tanta preocupação com relação ao sigilo.
Todavia, a partir do momento em que se abandonar a base ocupada e
se iniciar o deslocamento para a base alternativa, esse sigilo deve ser
retomado dificultando-se, assim, uma perseguição inimiga.

- 3ª Hipótese: o inimigo ataca a a base sem ter sido plotado;


(a) Essa hipótese pressupõe as mesmas medidas usadas
na 2ª hipótese, sendo a única diferença o fato de que a reação ao
ataque inimigo será mais difícil.
(b) Nesse caso, o cuidado com o fratricídio deve ser
redobrado, uma vez que o inimigo pode estar atuando junto ao núcleo
da base.

c. A ocupação da base(s) alternativa(s) implica em reforçar o


esquema de segurança, considerando que o inimigo tem conhecimento
das atividades da patrulha na região.

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d. Em caso de se ocupar uma base alternativa durante a noite, não
é aconselhável o lançamento de armadilhas ou alarmes, já que a
experiência mostra ser muito difícil a montagem desses dispositivos
sem luminosidade. As minas podem ser empregadas, desde que se
tenha o cuidado com a segurança, evitando-se que a própria Pa venha
sofrer os efeitos desse material. Assim que a luminosidade permita,
devem ser lançados todos os dispositivos de segurança possíveis.
e. O sucesso de evacuação depende de uma expressiva ação de
comando do comandante da patrulha e dos comandantes de grupos.

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ANEXOS

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ANEXO “A”- MEMENTO DE ORDEM AO PELOTÃO PARA
OCUPAÇÃO DE BASE DE PATRULHA

- OBS: Como foi dito anteriormente, a emissão de uma Ordem ao


Pelotão para a ocupação de uma Base de Patrulha só se justifica em
frações não adestradas ou pouco habituadas a esse tipo de atividade.
Para as demais esse procedimento é dispensável, bastando seguir as
NGA da fração para essa atividade.

1. SITUAÇÃO (Situar a patrulha no terreno, caixão de areia, croquis e/ou


cartas; informar à patrulha o que deu origem à missão; informações da situação
geral essenciais para conhecimento e compreensão da situação existente).

a. Forças Inimigas (até dois escalões acima)

- Informar à tropa as forças inimigas presentes na área de operações que


possam influenciar a ação da patrulha.

- Transmitir à tropa dados relevantes, tais como: localização, efetivo, valor,


dispositivo, armamento, equipamento, uniforme, identificação, atividades

recentes e atuais, movimentos, atividades da Força Aérea, procedimentos


rotineiros, moral, tempo de reforço, apoios, nível de adestramento etc.

b. Forças Amigas (até dois escalões acima)

- Informar a localização, limites de zona de ação, contatos, apoios (de fogo,


aéreo etc), outras patrulhas e atividades da Força Aérea.

c. Meios recebidos e retirados

- Quais, a partir de quando e até quando.

d. Área de Operações e Condições Meteorológicas

- Apresentar as conclusões a respeito das conseqüências para nossa patrulha


sobre o ICMN/FCVN, as fases da lua (influência sobre a visibilidade), a neblina,
os ventos, as chuvas, a temperatura e o gradiente para emprego de fumígenos.

- Apresentar as conclusões, ainda, sobre os aspectos fisiográficos do terreno:


sistema hidroviário, relevo, vegetação, considerando informações do escalão

38
superior, informações de especialistas de área, reconhecimentos, estudos da
carta etc.

2. MISSÃO

- O comandante da patrulha deverá transmitir a localização e, sfc, o período de


tempo que a patrulha irá ocupar a base de patrulha.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito da Operação

- Neste item, o comandante da patrulha faz uma descrição SUCINTA de como


pretende ocupar a base, na seqüência cronológica das ações.

- O objetivo desta explanação é transmitir uma noção de conjunto das ações a


serem realizadas pela patrulha, procurando-se facilitar o entendimento
posterior das ordens particulares.

- Não é fornecido qualquer detalhe de coordenação ou execução.

- São abordados os seguintes aspectos: processo de deslocamento e itinerário


de ida, ocupação do alto-guardado, reconhecimento da falsa-base(sfc),
ocupação da falsa-base (sfc), reconhecimento da base principal, ocupação da
base principal, realização das medidas de segurança (genérico), realização das
medidas Adm (genérico) e reconhecimento das bases alternativas.

b. Ordens aos Elementos Subordinados

- Este é o ponto, no memento do comandante da patrulha, em que deverão ser


estabelecidas as responsabilidades pelas ações a serem realizadas.

Este procedimento deverá seguir uma seqüência cronológica a fim de


caracterizar as ações, deixando as medidas de coordenação e controle para
serem definidas no item “prescrições diversas”. É importante que a enunciação
destas ordens ocorra de forma a abordar as ações a serem realizadas por um
determinado escalão, grupo ou homem nas principais fases da missão.

Neste item são abordados os seguintes tópicos:

1) Hora do dispositivo pronto para início do deslocamento

2) Deslocamento até o alto-guardado

a) Hora de Partida.

39
b) Itinerário de ida (conforme quadro auxiliar de navegação).

c) Meios, processos de deslocamento e medidas de coordenação e controle


nos diversos trechos.

d) Formação inicial e ordem de movimento.

e) Planos de embarque e carregamento (SFC).

f) Prováveis pontos de reunião.

g) Segurança nos deslocamentos e altos.

h) Passagem pelos postos avançados amigos.

i) Ocupação do alto-guardado.

3) Reconhecimento da Base Principal (utilizar os mesmo tópicos no caso de se


ocupar uma falsa-base)

a) Quem vai para o reconhecimento.

b) O que vai reconhecer.

c) Por onde vai.

d) Medidas de coordenação e controle (particularmente nos casos do grupo


que reconhece ser engajado).

e) Missões específicas.

f) Horários.

g) Conduta de quem permanece na base.

3) Ocupação da Base Principal.

a) Definição dos setores dos GC.

b) Entrada/saída da base.

c) Posição do Armt Coletivo.

d) PV/PE.

e) Sistema de alarmes.

40
f) Comunicações (meios empregados, ligações a serem estabelecidas e
responsabilidades de lançamento- prescrições, senha e contra-senha, etc
serão abordados no parágrafo 5º).

f) Minas e armadilhas.

g) Balizamento entre as posições.

h) Realizações de patrulhas ao longo do perímetro (sfc).

4) Medidas Administrativas

a) Construção de latrinas (quantidade, localização e balizamento);

b) Ressuprimento de água (onde, quando, quem, medidas de coordenação e


controle, segurança);

c) Construção de abrigos (tipo e cuidados);

c) Consumo de ração (quando e como);

d) Higiene pessoal (quando e como);

e) Manutenção do armamento e equipamento (quando e como);

f) Descanso (quando e como);

5) Reconhecimento da Base Alternativa

a) Quem.

b) Quando.

c) Por onde.

d) O que vai reconhecer.

d) Material de balizamento (qual e quem leva).

e) Conduta no balizamento do itinerário e da base alternativa.

5) Conduta em caso de ataque à base

a) Procedimento do PV/PE.

41
b) Procedimento do Cmt GC.

c) Ações do GC engajado.

d) Ações dos GC não engajados.

e) Contra-rastreadores.

f) Conduta ao chegar na base alternativa (BEM, Ctt Esc Sup, Mdd Seg, etc).

g) Solicitação de apoio de fogo do Esc Sup (sfc).

6) Outras Prescrições

a) Situações de contingência (nas diversas fases da operação).

b) Ações em áreas perigosas e pontos críticos (POCO - Pare, Olhe, Cheire e


Ouça).

c) Ações em contato com o inimigo (TAI) durante o deslocamento.

d) Reorganização após dispersão.

e) Tratamentos com prisioneiro de guerra, mortos e feridos inimigos.

f) Conduta com mortos e feridos amigos.

g) Conduta ao cair prisioneiro de guerra.

h) Medidas especiais de segurança.

i) Destino do material especial.

j) Rodízio de material pesado.

l) Contato com elemento amigo.

m) Ligação com outras patrulhas.

n) Linhas de controle.

o) Apoio de fogo (onde, até quando e como solicitar).

p) Documentos a serem conduzidos (procedimentos para destruição).

q) Procedimentos para ensaios e inspeções.

42
r) Elementos essenciais de inteligência (EEI).

s) Estória-cobertura coletiva.

t) Conduta com civis.

u) Azimutes de fuga (SFC).

4. LOGÍSTICA

- Ração e água.

- Armamento e munição.

- Uniforme e equipamento especial.

- Localização do homem-saúde.

- Local do posto de socorro (PS), posto de refúgio e posto de coleta de


prisioneiros de guerra.

- Processo de evacuação (pessoal e material).

5. COMANDO E COMUNICAÇÕES

- Processo de codificação da IE Com Elt.

- Senhas e contra-senhas (horários para mudança).

- Sinais de reconhecimento.

- Sinais de ponto limpo e de ponto ativado.

- Freqüências principais e alternativas (sinais para mudança).

- Indicativos.

- Autenticações.

- Horários para contato.

- Sinais convencionados.

- Localização do comandante e do subcomandante (durante o ensaio e nas


demais fases).

- Cadeia de comando.

43
- Dúvidas?

- Cheque do acerto dos relógios.

OBSERVAÇÃO

- É importante que os itens referentes ao parágrafo 5º sejam memorizados por


todos. A IE Com Elt deve ser conduzida codificada.

- Todos os integrantes da patrulha deverão saber quem está conduzindo a IE


Com Elt e onde ela está guardada. Ao término da emissão da ordem, deverá
ser feito um cheque rigoroso de cada detalhe da missão a ser cumprida.

44
ANEXO “B”- SUGETÃO DE MATERIAIS A SEREM
CONDUZIDOS PARA UMA BASE DE PATRULHA

- OBS: Como está descrito no título desse anexo, essa relação de


material é apenas uma sugestão. O que irá ditar o material a ser
conduzido serão as peculiaridades da base que se vai ocupar e das
missões que se irão cumprir.

 Ferramentas de sapa;
 Alarmes (mínimo de 02 por GC);
 Material para balizamento (cialume, cordel, etc);
 Eqp Rádio com baterias reservas (Ctt Esc Sup, interno e
terra-avião);
 Telefones de campanha;
 Bobinas;
 Centrais telefônicas;
 IEComElt;
 Artifícios pirotécnicos;
 Painéis para LocAter;
 Granadas de Mão;
 Granadas de Bocal (AP e AC);
 Minas;
 Acionador Polivalente M142;
 Petardos;
 Moto-serra;
 Combustível;
 OVN com bateria reserva;
 Binóculo;
 GPS com baterias reservas;
 Equipamento de escalada;
 Macas;
 Sacos de lixo;
 Funil (ressuprimento de água);

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ANEXO “C”- MODELO DE CONFECÇÃO DE UM ALARME
IMPROVISADO

O alarme a ser montado pode ser, de maneira geral, classificado


como luminoso ou sonoro, além de poder ser confeccionado com
meios de fortuna (latas de ração, por exemplo) ou usar materiais
especiais. O que veremos nesse exemplo é um alarme luminoso
improvisado e que utiliza meios facilmente encontrados no comércio e
que geralmente estão presentes no apronto operacional de qualquer
combatente.

1. MATERIAIS:

a) LED ou lanterna (no caso de se utilizar lanterna é necessário que


a mesma seja “velada” a fim de não revelar a posição do PV/PE);

b) Pilhas ou baterias;

c) Cordel (o material mais adequado é o cordel que acompanha os


dispositivos de armadilhas ou então o uso de cipó. No caso de se
utilizar nylon, levar em consideração a grande elasticidade desse
material);

d) Fita isolante;

e) Cartão telefônico ou qualquer outro material isolante.

2. CONFECÇÃO DO ALARME:

O primeiro passo é reconhecer o perímetro a ser coberto pelo


alarme. Em seguida, deve se definir a posição do PV/PE e, a partir daí,
escolher uma árvore ou qualquer outro ponto de fixação que permita
ao militar que estiver no PV/PE observar o alarme. Escolhido esse
ponto, a lanterna deve ser fixada firmemente a este anteparo,
lembrando-se de deixar livre o acesso ao compartimento das baterias e
de mantê-la no modo LIGADO.

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A seguir, o cordel é amarrado ao cartão telefônico. Coloca-se,
então, o cartão telefônico junto ao alojamento da bateria, de forma a
manter o circuito da lanterna aberto, ou seja, mantendo a lanterna
apagada. (Figura 11). Feito isso, procura-se um ponto de fixação
próximo a uma das extremidades do perímetro a ser coberto e nesse
local é feita a ancoragem da outra extremidade do cordel (extremidade
sem o cartão), tomando-se o cuidado de manter o cordel o mais
esticado possível. (Figura 12).

Figura 11.

Figura 12.

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3. FUNCIONAMENTO:

Depois de montado o alarme ao redor da base de patrulha, a


possível invasão inimiga implicará no tracionamento do cordel e no
conseqüente fechamento do circuito. Com isso, a lanterna se acenderá
e indicará ao militar do PV/PE que alguém penetrou no perímetro da
base, possibilitando que o plano de evacuação da base de patrulha
seja oportunamente acionado e proporcionando o desengajamento da
tropa com o mínimo de perdas possível. (Figura 13 e 14).

Figura 13. Figura 14.

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CONTATO:
3ª SEÇÃO DO CURSO AVANÇADO DA AMAN

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