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CI 90-1/1

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Caderno de Instrução

ASSALTO AEROMÓVEL E
INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL
ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag
CAPÍTULO 1 – PRESSUPOSTOS BÁSICOS
ARTIGO I - INTRODUÇÃO
1-1. Finalidade ..........................................................................................1
1-2. Conhecimentos Fundamentais .........................................................1
ARTIGO II - TRABALHO GERAL DO OBSERVADOR .............................2
1-3. Requisitos para um Bom Posto de Observação ...............................1
1-4. Materiais, Instrumentos e Aparelhos utilizados na Observação .......1
1-5. Alvos Apropriados para Artilharia ......................................................1
1-6. Trabalho Preparatório .......................................................................1
1-7. Execução da Missão de Tiro .............................................................1
1-8. Precisão dos Elementos ...................................................................1
1-9. Determinação de Distâncias para Correções ...................................1
1-10. Regras de Observação ...................................................................1
CAPÍTULO 2 – CONDUTA DO TIRO
ARTIGO I - CONHECIMENTOS BÁSICOS ..............................................2
2-1. Generalidades ...................................................................................2
ARTIGO II - LOCALIZAÇÃO DE ALVOS, DETERMINAÇÃO DE DISTÂN-
CIAS E TRANSPORTE ..............................................................................2
2-2. Localização de Alvos ................................................................... .....2
2-3. Determinação de Distâncias .............................................................2
2-4. Transporte .........................................................................................2
2-5. Exemplo ............................................................................................2
ARTIGO III - TIRO SOBRE ZONA ............................................................2
2-6. Generalidades ...................................................................................2
2-7. Ajustagem .........................................................................................2
.............................................................................................2
2-9. Missão de Tiro sobre Zona ...............................................................2
2-10. Caso Esquemático ..........................................................................2
ANEXOS
“A” PRESCRIÇÃO AOS OBSERVADORES ...........................................2
“B” LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA OBSERVADOR ............................2
“C” GLOSSÁRIO ......................................................................................2
CAPITULO 1

ASSALTO AEROMÓVEL

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

1-1. FINALIDADE
O presente caderno de instrução é destinado ao emprego das frações

Aeromóvel.
1-2. GENERALIDADES.
As características do combate moderno exigem o emprego de forças de

tornam esta tropa a mais apta para aproveitar as peculiaridades do combate


aeromóvel. A Inf L pode ser empregada em objetivos importantes que, devido
a grandes vazios territoriais do TO e à carência de meios, estarão pouco
guarnecidos.
O Assalto Aeromóvel é a ação de combate na qual uma força de helicópteros,
integrada à Infantaria Leve, compõe uma força tarefa aeromóvel (FT Amv) e
sob o comando desta última (força de superfície), tem por objetivo deslocar
tropas adestradas e equipadas, visando a conquista de regiões do terreno e/ou
destruição de forças ou instalações inimigas.
A Infantaria L (Amv) realiza o Assalto Amv em áreas fracamente defendidas
ou não defendidas pelo inimigo. Em princípio, o Assalto Amv deve ocorrer em
um objetivo à retaguarda deste e dentro do alcance de utilização da Artilharia do
Escalão Superior.
Destina-se à conquista e manutenção de acidentes capitais onde o inimigo
encontra-se vulnerável e considerados de vital importância para a manobra do
Escalão superior.
1-1
O combatente aeromóvel, devido às peculiaridades de seu emprego,atuando
em áreas sob o controle do inimigo, deverá ser um especialista nos seguintes
assuntos:
- sobrevivência;
- orientação;

- tiro;
- combate noturno;

- técnicas aeromóveis;
- construção de abrigos;
- construção de armadilhas;
- explosivos e destruições;
- equipamentos, materiais e armamentos especiais;
- ultrapassagem de obstáculos;
- construção de obstáculos;
- fuga e evasão; e
- outras técnicas especiais.

ARTIGO II

PLANEJAMENTO DE UM ASSALTO AEROMÓVEL

1-3. FASES DO PLANEJAMENTO.


O planejamento do Ass Amv deve ser conduzido de forma integrada entre a
força de helicópteros e a força de superfície (Inf L).

1-2
1-3-1. PLANO TÁTICO TERRESTRE

O plano Tático Terrestre é o primeiro a ser elaborado,e permite que os outros


planos sejam feitos ao mesmo tempo. Inclui, entre outros itens:
1) Missões e ordens aos elementos subordinados.
2) Medidas de coordenação e controle para o ataque.
3) Organização para o combate da Força de Assalto.
4) Localização e Composição da Reserva.
5) Apoio de Fogo.
6) Apoio Logístico.

1-3-2. PLANO DE DESEMBARQUE


Informa a seqüência, o momento e o local de desembarque das tropas,
meios de apoio de fogo e equipamentos de suprimento. Baseia-se no Plano
Tático Terrestre. As informações constantes neste plano servem de base para a
elaboração do Plano de Movimento Aéreo.

1-3
todas as medidas de coordenação e controle nas zonas de desembarque. Segue-
se, abaixo, um exemplo do referido plano:
An H(Plano de Desembarque) à O Op Nr 1 FT Amv 6º BIL
Rfr : Crt BRASIL (mosaico) - Esc 1: 50.000
Crt Gov SP Fl M LOBATO - Esc 1:10.000

1. QUADRO DE DESEMBARQUE.

VAGA ESCALÃO Nr FRAÇÃO CARGA Z Dbq HORA


(LEVA) Helep
- 1ª Cia Fuz L (-3ºPel Fuz L) +
canastra (2)
1 a 14 - Cmt Btl + S/2 + S/3 + Rad 126 B H+42
Op (2)
1ª Assalto - Pel Mrt Me (-2ª Sec)(19)
15 a 25 - 2ª Cia Fuz L (-3º Pel Fuz L) 99 C H+41
- 3ª Cia Fuz L (-2º e 3º Pel
26 a 32 63 A H+42
Fuz) (Sec Cmdo – 5 homens)
- 3º/1ª Cia Fuz L+ 2ª Sec MAC
+ Elm agregados (7)
33 a 38 54 B H+95
- Aux S/2 + Aux S/3
- Gp Rad Pel Com (4)
- 3º/2ª Cia Fuz L + Pel AC (- 2ª
Sec)
- Gp Def A Ae (31) + Elm agre-
2ª Assalto 39 a 51 115 C H+93
gados (7)
- 3º/3ª Cia Fuz L
- Pel Rec (- 3º Gp)
- 2º/3ª Cia Fuz + Elm agrega-
dos (7)
52 a 64 108 A H+95
- 2ª Sec Mrt Me + Gp Cmdo(3)
- Sec Cmdo/3ª Cia Fuz L (3)
- S Cmt Btl + S/1 + S/4 + Aux
S/1 + Aux S/4
- Cia Cmdo
Acompanha-
1ª 65 a 81 - S Cmt 145 G H+157
mento
- Pel Sup (11)
- Gp Sap (18)
- Pel Rec (28)
- Pel Com (30), Gp Tlf (17)
- Gp Rad (Rmsc) (8)
- Gp Cmdo (5)
- Sec Mun
Acompanha- 82 a - Pessoal (36)
1ª 126 B H+157
mento 110 - Mun
- Pel Sau(-)(15), Cmt Pel, Gp
Trg (2)
- Gp Ev (Rmsc)=3 SU x 4 (12)
- Sec Cmdo/Cia Cmdo(5)
1-4
2. LOCALIZAÇÃO DOS Loc Ater
- Conforme Apd Nr 1 - Clc Nr 11
Obs: Elementos agregados:
- OA Art + Rad Op
- OA Mrt Me + Rad Op
- Elm Pel Sau - Gp Ev
Acuse estar ciente: _____________________
Distr : lista A

Confere: _________________ a)___________________


S/3 Cmt FT Amv 6º BIL

1-3-3.PLANO DE CARREGAMENTO
Baseado no Plano de Movimento Aéreo, tem por objetivo organizar o
embarque da tropa e o equipamento previsto para o assalto. Como premissa para
a elaboração deste plano,deve-se evitar que a perda de determinada aeronave
comprometa a missão. Portanto, torna-se de relevada importância a execução
pormenorizada deste plano.
a. Fundamentos do Plano de Carregamento e Embarque.
1) Seqüenciamento:

forças, na ordem e na hora oportunas para a boa execução do Plano Tático


Terrestre.
Exemplo: Se o Plano Tático Terrestre prevê que uma fração qualquer
deva suprimir um ponto chave de resistência inimiga para que a Operação possa
obter sucesso, esta fração deve ser a primeira a desembarcar.
2) Integridade Tática:

cumprimento da missão, caso alguma aeronave seja abatida durante o desloca-


mento.
Exemplo: Não se deve separar o tubo do Mrt 60 mm da sua munição.

As condições meteorológicas, o inimigo, as panes e os problemas de


toda ordem podem fazer com que uma vaga não chegue ou demore muito a
chegar à Zona de Desembarque, depois que a primeira vaga já tenha desembar-

para se sustentar na Zona de Desembarque, a despeito do atraso ou fracasso


de uma outra vaga.
Exemplo: não se deve separar em uma vaga todos os fuzileiros e numa
outra todo o apoio de fogo.
4) Previsão de panes:

nave, antes do embarque. O Cmt da força de superfície é o principal responsá-


vel por cumprir este fundamento, pois ele sabe quem tem vital importância na
1-5
missão. Uma maneira prática de atender este princípio é escalar o pessoal não
fundamental para a missão para embarcar nas últimas aeronaves.
5) Distribuição de valores:

mento e pessoal que, caso abatido, comprometa o cumprimento da missão.


Exemplo: não se deve colocar Cmt e Subcomandante na mesma ae-
ronave.
O Plano de Carregamento é um anexo da Ordem de Operações do
Comandante do Batalhão. Segue-se abaixo um exemplo do referido plano:

Anexo J (Pl de Carregamento) à O Op Nr 1/ FT Amv 6º BIL


Rfr: Crt BRASIL -MOSAICO - Esc 1: 50.000
Crt Gov SP - Fl MONTEIRO LOBATO Esc 1: 10.000

1. ZONAS DE EMBARQUE
a. Localização
Altu E de P Cot 634 em NOVA PIEDADE (fora da carta)
b. Organização e Controle
A cargo do S/4, conforme Apd 1(omitido).

2. QUADRO AUXILIAR DE TRABALHO - Apd Nr 2 (omitido)


Seguir os dados de Plj do BIL.

3. COMPOSIÇÃO PARA O CARREGAMENTO


a. Escalão de Assalto
1) 1ª Cia Fuz L (+ 2ª Sec MAC).....................................(132+8) = 140
Elm agregados [OA Art, Mrt Me, Rad Op(2),Eq Sau(3)] ........ = 7
SUBTOTAL = 147

2) 2ª Cia Fuz L[+Pel AC(-2ªSec MAC)] ........................(132+17) =149


Elm agregados [OA Art, Mrt Me, Rad Op(2),Eq Sau(3)] ..........= 7
SUBTOTAL =156

3) 3ª Cia Fuz L(-3º Pel Fuz)..........................................................=100


Elm agregados [OA Art, Mrt Me, Rad Op(2),Eq Sau(3)] ..........= 7
SUBTOTAL = 107

1-6
4) EM / Cia Cmdo
Cmt, S/3, S/2, Aux S/3, Aux S/2........................................................5
Pel Rec(-3º Gp, Adj, Msg) ..............................................................48
Pel Mrt Me ......................................................................................37
Gp Rad / Pel Com .............................................................................7
Gp Def A Ae(Armt e Mun) ...............................................................31
3º / 3ª Cia Fuz L ..............................................................................32
SUBTOTAL = 160
TOTAL Esc Ass = 570

b. Escalão de Acompanhamento
- Cmdo Btl e Cia Cmdo
- Pel Sup - (Cmt+Adj+Cnst L)......................................................... 3
- Gp Trnp(-Mot) ...........................................................…............... 8
- S/1, S/4, Aux S/1, Aux S/4, S Cmt Cia Cmdo[+canastras(2 Epc)+
Msg(Cmt Btl)].................................................................................. 9
- Gp Sap (Pes e Mat) .................................................................... 18
- 3 Gp (+Adj - Escl/2º Gp + motos) ................................................ 28
- Pel Com
- Cmdo........................................................................................... 5
- Gp Tlf .......................................................................................... 17
- Gp Rad (Rmnsc) ......................................................................... 7
- Sec Mun
- Pessoal ....................................................................................... 10
- Mun ........................................................................................... 20
- Pel Sau
- Gp triagem + 1 Epc Mat .............................................................. 3
- Gp Ev (3 x 4 - Rmnsc das SU) ................................................... 12
- Sec Cmdo / Cia Cmdo(-) ............................................................. 5
TOTAL = 145
c. Escalão Recuado
- S/5 + Sec Cmdo/Cia Cmdo(Rmnsc)(3+Mat)............................. 9
- Pel Sup .................................................................................... 4
- Sec Comb Lub e água ............................................................... 1
- Pel Sau (Gp Trg + Mat)............................................................. 14
- Mot ............................................................................................. 8
TOTAL = 49
- O Esc recuado deverá seguir de Vtr junto com 42ª Bda Inf Bld .

d. Cálculo de espaços
- Esc Ass ....................................................570
- Esc de acompanhamento.........................145
- TOTAL DE ESPAÇOS p/ FT Amv 6º BIL 715 (incluídos espaços
referentes a Mat, Mun
e armas coletivas)
1-7
e. Cálculos das necessidades em Anv

Nr Anv = Total espaços FT Amv = 715 = 79,44 * 80 (+ uma Anv


Cpcd da Anv 9 p/Aux Trnp motos)

4. QUADRO DE CARREGAMENTO
Apd Nr 3
5. MANIFESTO
- Apd Nr 4
- Será preenchido pela SU, sendo responsabilidade do militar mais antigo de
cada Anv, conforme modelo do Apd Nr 4 e entregue ao S/4 na Z Emb.
Apêndice Nr 3 (Quadro de Carregamento) ao An J à O Op Nr 1 - FT Amv 6º BIL
Rfr : Crt BRASIL (mosaico) Esc 1: 50.000

Tipo
OM/SU Ordem Helep -Tu Bem Pessoal Carga Total OBSERVAÇÕES
Anv
1 1º/1º/1ª Cia Fuz L (-4 Escl+Cmt Pel+Rad Op 9 - 9
2 2º/1º/1ª Cia Fuz L+E4/1º GC 9 - 9
3 3º/1º/1ª Cia Fuz L+Msg/Gp Cmdo 9 - 9
Gp Cmdo(-Rad Op-Msg)/1º Pel Fuz/1ª Cia Fuz L
4 7 1 8
+Cmt Cia+Rad Op(Cia)+Msg Cmt SU
5 1º/2º/1ª Cia Fuz L(-4 Escl+Cmt Pel+Rad OP) 9 - 9
HM-1(Ass) 1ª Leva

6 2º/2º/1ª Cia Fuz L+E4/1º GC 9 - 9


7 3º/2º/1ª Cia Fuz L+Msg/Gp Cmdo 9 - 9
1ª Cia Fuz L

Gp Cmdo(-Rad OP-Msg)/2º Pel Fuz/1ª Cia Fuz L


8 7 1 8
+Enc Mat+Rad Op(SU)+Arm
Cmt Pel Ap+Rad Op+Msg+Aux
9 8 1 9
Com+Furriel+Sec AC (-2º e 3º Pç)
Espaços p/Msl e
10 2ª Pç/Sec AC+Sec Mrt L(-2ª Pç) 7 2 9
fardo Mrt L
Cmt Btl+Rad Op(2)+Cmt Pel Mrt Me+Rad
Canastra S/3
11 Op+ 8 1 9
Calc+Ch CTir+Sgtte
Fardo Mrt Me-
12 S/3+1ª Pç/1ª Sec/Pel Mrt Me(5) 6 3 9
Mun-Rede Cmf
Fardo Mrt Me-
13 S/2+2ª Pç/1ª Sec/Pel Mrt Me(5)+Calc 7 2 9
Mun-Rede Cmf
+Adj Pel Ap+2ª Pç/Sec Mrt L/Pel Ap/1ª Cia Um espaço para
14 Fuz L 8 1 9 Pç Mrt L, Mun e
+3ª Pç/Sec AC/Pel Ap/1ª Cia Fuz L arma AC

1-8
TIPO
OM/SU Ordem Helep-Tu Bem Pessoal Carga Total Observações
Anv

1-9
TIPO
OM/SU Ordem Helep-Tu Bem Pessoal Carga Total Observações
Anv

1-10
Acuse estar ciente: _____________________

Distr : lista A
Confere: _________________ a)_____________________
S/3 Cmt FT Amv 6º BIL

1-3-4. PLANO DE MOVIMENTO AÉREO

É baseado no plano tático terrestre e no plano de desembarque. Fornece


instruções necessárias ao movimento aéreo de tropas, equipamento e suprimento
das zonas de embarque à zona de desembarque. É de responsabilidade do
comandante da força de helicópteros.

ARTIGO III

FASES DO ASSALTO AEROMÓVEL

1-4. UM Ass Amv É CONDUZIDO EM 5 FASES, A SABER :


a. 1ª Fase: APRESTAMENTO: onde são feitos os preparativos das forças de
helicópteros e de superfície.
b. 2ª Fase: EMBARQUE: Realizado em uma determinada região de terreno,
previamente escolhida e para onde se deslocam os meios aéreos e terrestres.
c. 3ª Fase: MOVIMENTO AÉREO: é o transporte realizado pela força de
helicópteros dos elementos de superfície com todo o seu material e equipamento
necessário a condução da Operação.
d. 4ª Fase: DESEMBARQUE: é o desembarque do pessoal de superfície em
local previamente determinado.
1-11
e. 5ª Fase: OPERAÇÃO TERRESTRE: É o momento da conquista dos
objetivos pela Força de Superfície.

1-5. EXECUÇÃO DO ASSALTO AEROMÓVEL

A FT Amv é dividida em quatro escalões: Avançado, Assalto, Acompanhamento


e Apoio e, por último, o Recuado.

1-5-1. ESCALÃO AVANÇADO:


É constituido por elementos de reconhecimento (irão reconhecer o objetivo,
informar presença de inimigo, montar as zonas de pouso de aeronaves).
O Escalão Avançado é constituído pelas forças empregadas na realização
das ações preliminares ao lançamento do Escalão de Assalto. Normalmente, ele

um dos princípios fundamentais para a realização do Assalto Aeromóvel.


O Pelotão de Reconhecimento (orgânico da Cia C Ap do BIL), reforçado por
guias aeromóveis, operadores aeromóveis, caçadores e elementos da Cia Eng
L (Amv), integra o Escalão Avançado. Ele tem a missão de reconhecer o terreno

resistências na Cabeça de Ponte Aeromóvel.


Os elementos do Escalão Avançado são, em princípio, aqueles que irão operar
a(s) zona(s) desembarque(s) da FT Amv, por ocasião da conquista, podendo ser
substituídos, por ocasião da manutenção, por elementos especializados da Cia
C Ap (Pel Sup e Pel Sau) ou mesmo elementos das Cia Fuz L.

1-12
1-5-2. ESCALÃO DE ASSALTO:
É constituido por forças e equipamento pertencentes aos elementos de
combate. É a força que conquista e mantêm os objetivos.
Basicamente formado pelas as companhias de fuzileiros, o Pelotão de
Morteiro Médio e os módulos da Companhia de Comando e Apoio do Batalhão, ou
seja, elementos de combate, de apoio ao combate e de apoio logístico julgados
imprescindíveis para a realização da manobra ofensiva terrestre.
O estabelecimento de uma Cabeça de Ponte Aeromóvel em território inimigo

O desembarque da tropa leve é realizado sobre os objetivos, quando


inexistir o inimigo, de acordo com os levantamentos realizados pelo Pelotão de
Reconhecimento. É a melhor situação para um Assalto Aeromóvel, pois a FT
aeromóvel é bastante vulnerável durante o desembarque e a reorganização.
Os objetivos deverão estar, em princípio, livres da presença do inimigo ou

para a fase de manutenção da Cabeça-de-ponte Aeromóvel, e que caracteriza o


cumprimento da missão.
Quando os objetivos estiverem defendidos pelo inimigo, o desembarque do
Escalão de Assalto deverá ocorrer em zonas de desembarques mais afastadas,

realizará um ataque para a conquista dos objetivos. Medidas de Coordenação


e Controle previstas em um ataque convencional tais como Posição de Ataque,
Linha de Partida, Limites entre as frações, são escolhidas no terreno. A hora
do ataque corresponderá à hora em que os primeiros elementos da Força de
Superfície tocarem o solo, nas zonas de desembarque.
O movimento aéreo e o ataque, se realizados durante o dia, apresentam
menores problemas de coordenação e controle. Realizando-os à noite ou sob
condições de visibilidade reduzida, são aumentadas as chances de manutenção
do sigilo da Operação e a conseqüente obtenção da surpresa.
A Força de Helicópteros poderá participar do ataque, cumprindo missões
de combate em proveito da ação terrestre, particularmente pelo emprego das
aeronaves de reconhecimento e ataque. Neste caso, avulta de importância
a coordenação do uso do espaço aéreo, de forma a prevenir o fratricídio

Operação.
O emprego de aeronaves com a missão de comando e controle transportando
os comandantes da Força de Superfície e da Força de Helicópteros é de grande
utilidade, de forma a permitir melhores condições para acompanharem o
desenrolar das ações e intervirem no combate, se necessário.

1-13
1-5-3. ESCALÃO DE ACOMPANHAMENTO E APOIO:
É constituído por elementos de Apoio ao Combate, Apoio de Fogo e
Reservas.
Normalmente, a partir do início das ações de consolidação dos objetivos
conquistados, ocorre o deslocamento do Escalão de Acompanhamento Apoio
para a região de operações. Integram este escalão as forças que, não sendo
necessárias para a conquista dos objetivos, o são para a manutenção da Cabeça-
de-ponte Aeromóvel.
Elementos de combate, de apoio ao combate e de apoio logístico que não
integraram o Escalão de Assalto, mas que são necessários para a montagem e
para a operação do sistema defensivo na Cabeça de Ponte Aeromóvel, devem
fazer parte deste escalão, tais como elementos de engenharia, material de
organização do terreno (obstáculos de arames, concertinas, minas, armadilhas
etc), motocicletas do Pelotão de Reconhecimento, material de rancho e suprimento
de diversas classes, baterias de obuses, seção de artilharia antiaérea etc.
Havendo uma pista de pouso no interior ou nas proximidades da Cabeça de
Ponte Aeromóvel, o Escalão de Acompanhamento e Apoio poderá transportar

os helicópteros da Aviação do Exército para as missões de combate e apoio ao


combate.

comunicações e de um conjunto de medidas de Guerra Eletrônica destinadas a

por parte do inimigo. Para isso, o BIL pode ser reforçado com elemento da Cia
1-14
Com L (Amv) da Brigada.
Cargas com suprimentos de diversas classes são paletizadas pelo Pelotão de
Suprimento do BIL e descarregadas nas áreas de trens das companhias. Grande
prioridade é dada ao suprimento de água e munição. Na vaga de retorno, as
aeronaves transportam os mortos e feridos para a retaguarda. O ressuprimento
da munição é realizado nesta fase, bem como a evacuação aeromédica, a cargo
do Pelotão de Saúde do BIL.
As motocicletas do Pelotão de Reconhecimento também são transportadas

ao mesmo para o cumprimento de missões de reconhecimento e segurança à


frente da linha da cabeça de ponte aeromóvel (patrulhamento da LRS - Linha de
Reconhecimento e Segurança).
A partir desse momento a FT contará com o apoio de baterias e obuses
do GAC L e de unidades de tiro da AAAe L para a manutenção dos objetivos
conquistados.

1-5-4. ESCALÃO RECUADO:


Idem Elementos de Apoio Logísticos.
Os elementos da Força de Superfície, não empregados no interior da Cabeça
de Ponte Aeromóvel, integram o Escalão Recuado.
A missão precípua do Escalão Recuado é realizar o Apoio Logístico em
proveito das forças empregadas na manutenção da Cabeça de Ponte Aeromóvel,
mantendo o seu poder de combate e ampliando a sua capacidade de durar na

orgânica de durar na ação por um período de até 48 horas. Quando o BIL realiza
o Assalto Aeromóvel de forma isolada, é normal que ele seja reforçado por um
Módulo Logístico do B Log L.
Para a manutenção dos objetivos conquistados, a Cabeça-de-ponte é
estabelecida como uma defesa circular. A Cabeça-de-ponte deverá possuir uma
dimensão tal que permita a disposição das forças da Área de Defesa Avançada
de acordo com os princípios das operações defensivas. Deve permitir, ainda, a
instalação, em seu interior, da reserva de todos os órgãos de apoio ao combate
e de apoio logístico que integram a FT e que necessitam estar lá desdobrados.
Normalmente, o raio de uma Cabeça-de-ponte de uma FT BIL varia de 1,5 a 2,5
1-15
Km.
Na Área de Defesa Avançada, empregam-se minas, armadilhas e obstáculos
para cobrir os intervalos existentes entre os núcleos de defesa e para canalizar

ser organizado à frente das posições. Na preparação da posição defensiva,


avultam de importância os trabalhos da Cia E Cmb L, preservando a mobilidade
da FT e atuando na Contra-Mobilidade em relação ao inimigo.

ARTIGO IV

O PELOTÃO DE FUZILEIROS LEVE NO ASSALTO AEROMÓVEL

1-6. GENERALIDADES
O Pelotão de Fuzileiros é a fração básica de emprego da Infantaria Leve.
Sua organização permite que realize, através do fogo e do movimento, a manobra
com seus elementos constituídos. Seus três grupos de combate (frações
elementares), podem atuar descentralizadamente em missões compatíveis com
suas possibilidades e limitações. Deve estar preparado para atuar isoladamente,
sob condições de combate extremas e com reduzido apoio logístico.
O Pelotão de Fuzileiros Leve não realiza o planejamento de uma Operação
Aeromóvel, pois o mais baixo escalão a planejar esse tipo de Operação é o
Batalhão. Companhias podem conduzir operações de Assalto Aeromóvel, mas o
planejamento e o apoio serão realizados pelo escalão enquadrante.

1-7. FASE DE APRESTAMENTO


É nesta fase que o Comandante de Pelotão recebe a missão do Escalão
Superior, dirime dúvidas e realiza o seu estudo de situação para cumprir a
missão imposta.
Durante a fase de aprestamento o Pelotão, que estará na zona de reunião

equipamento individual e coletivo.


Nesta fase, o Cmt Pel deverá realizar todos os treinamentos necessários
ao cumprimento da missão, tais como: embarque nas aeronaves, reorganização
após o desembarque, ocupação na área de reorganização da companhia.

1-16
1-8. EMBARQUE

Deve ser feito da maneira mais rápida e organizada possível. É um dos


momentos críticos da Operação de Assalto Aeromóvel, pois se encontram
concentradas grandes quantidades de aeronaves e tropas, constituindo alvo
compensador para a Força Aérea ou Artilharia do inimigo.

reunidos próximos aos locais de aterragem sob controle de seus comandantes,

números colocados nos pára-brisas ou em suas laterais, cartões coloridos ou


qualquer outro meio visual previamente estabelecido. No caso de operações

da aeronave.
O mecânico abrirá as portas corrediças traseiras do HM – 1 e comandará
“embarcar” por gestos. Na ordem numérica crescente os homens entram no
helicóptero, dois de cada vez, sendo um de cada lado, sentando-se no local
previamente indicado (o Cmt GC é o último a embarcar).

segurança, ou atar os mosquetões aos olhais do piso, caso a aeronave esteja


operando sem assentos.
Nesta fase, o Cmt Pelotão deverá atentar para as seguintes normas de
segurança:
a) ajustar o equipamento para evitar perdê-lo no embarque;
b) armamento (alimentado, travado, cano para baixo);
c) retirar a cobertura (boné, gorro, chapéu, etc.);
d) proteger os olhos quando se aproximar da aeronave;
e) aguardar a chamada para o embarque a uma distancia de seguran-
ça de pelo menos 15 metros do local de pouso da aeronave; e
f) setor de aproximação para o embarque:
- Aeronave “Pantera”: pela frente do helicóptero;
- Aeronave “Black Hawk”: pelas laterais, em direção à porta de
passageiros.
Jamais se aproxime:
a) Pela retaguarda da aeronave “Pantera”;
b) Pela frente ou pela retaguarda da aeronave “Black Hawk”;
c) Atenção ao rotor. Quando o terreno for inclinado, aproximar-se e
afastar-se pela parte baixa do terreno; e
d) Prover a segurança para o pouso do helicóptero.

1-9. DESEMBARQUE
É o momento mais crítico no Assalto Aeromóvel. O Pelotão deverá
reorganizar-se o mais rápido possível na área reorganização da Cia. O desem-
1-17
barque será feito na ordem inversa do embarque (o Cmt GC é o primeiro a

comandará, por gestos, preparar para o desembarque, quando todos devem

fardamento ou equipamento está presa ao helicóptero.


Após o pouso, o mecânico comandará desembarcar. Somente após este
comando os cintos podem ser soltos e os homens iniciam o desembarque que
acontecem na ordem inversa ao embarque, conforme já foi dito (o Cmt GC desce
sozinho).
Após o desembarque a tropa adotará a formação em linha ou partirá para

1-10. MANUTENÇÃO DA CABEÇA DE PONTE AEROMÓVEL


Após a consolidação do Objetivo e o Escalão de Assalto reorganizado,
iniciam-se os trabalhos de preparação da posição defensiva. O Cmt Pel deverá
preocupar-se com a escassez de tempo e de meios, o trabalho de organização
no terreno deverá ser seqüenciado.
“H” é a hora em que foi consolidado o objetivo:
1) De H até H+1

1-18
posição das amas de apoio o apoio mútuo entre os pelotões e a linha de defesa
da Companhia;

entre os GC;
O Comandante de GC estabelece o setor de tiro de cada homem e a

há apoio mútuo entre as tocas de seu GC; e


O Pelotão executa a limpeza dos campos de tiro de sua posição
2) De H+1 até H+2

O Comandante do Batalhão, juntamente com os comandantes de Companhia

companhias.
A limpeza dos campos de tiro deve estar concluída;
O Comandante de Pelotão deverá determinar uma área minada e destacar
um GC para buscar as minas da companhia destinadas ao seu Pelotão e lançá-
las no terreno;
O Pelotão inicia a preparação das posições e a preparação do Núcleo do
Pelotão Reserva (toca para homem deitado).
3) De H+2 até H+3
O Posto de Comando e a Área de Trens da Companhia são estabelecidos.
4) De H+3 até H+8
O Comandante de Pelotão deverá estabelecer o PV/PE a frente da posição
do Pelotão. Deverá, também, destacar patrulhas de ligações entre os GC,
estabelecendo senhas.
De acordo com a Sit tática,serão lançados Min AC.
Os GC deverão lançar armadilhas e alarmes à frente de suas posições;
O Comandante do Pelotão deverá determinar uma área à frente do seu
pelotão para a construção de obstáculos de arames (concertinas) e destacar
um GC para buscar os obstáculos de arames na Área de Trens da Companhia
e lançá-los no terreno.
O Pelotão é ressuprido de munição, obstáculos de arames e água.
O Comandante de Pelotão entrega ao Comandante de Companhia os
seguintes documentos: Roteiro de Defesa dos GC, Plano de Fogos da Peça de
Metralhadora, Roteiro de Defesa do Pelotão, Plano de Fogos de todas as armas
de apoio que estiverem em reforço ao Pelotão.
O Pelotão deverá concluir as tocas e os espaldões, além de construir as
posições suplementares e de muda (toca para homem deitado).
5) De H+8 até H+16
Conclusão do PAF do Btl (Fogos Longínquos, de Defesa Aproximada, de
Proteção Final e no Interior da Posição);
O Comandante do Pelotão deverá determinar a construção de um obstáculo
1-19
de arame à frente de sua posição segundo o seu estudo do terreno, além de
determinar o agravamento dos obstáculos existentes.

as posições suplementares de muda do Pelotão.


6) De H+16 até H+47
A posição deverá ser continuamente melhorada
Evitar o movimento de tropa no interior da Cabeça de Ponte Aeromóvel, o
ressuprimento deverá ser à noite.
Deverá haver ensaios para restabelecer o LAADA ou limitar a penetração no
nível Pelotão, Companhia e Batalhão.
Estabelecimento do itinerário de Com e Evacuação (Refúgio da Cia, PS do
Btl).
Preparativos para a Junção, Substituição, Ultrapassagem, Resgate ou

A tropa mais apta à realizar a Junção, devido a complexidade da ação,


são os elementos do Pelotão de Reconhecimento, particularmente por ocasião
do contato inicial (troca de senhas e contra-senhas) com a força blindada ou
motorizada de acordo com o Plano de Junção.

1-11. LOGÍSTICA DO ASSALTO


a) Munição necessária:
Armt Individual: 9mm 45 tiros por homem; Pára-FAL, FAP e Fuzil do
Caçador, 100 tiros por homem.
Armt Coletivo: MAG, 500 tiros por arma; AT-4, dois tiros por GC, supri-
mento na 1ª noite, 01 por Pel; CSR 84mm, 06 tiros por arma, suprimento na 1ª
noite, 07 tiros por arma, na 2ª noite, 12 tiros por arma.
b) Classe I:
02 (duas) rações R2 e 01 (uma) AE.
c) Classe IV:
Minas necessárias para uma área minada de 20mx100m; obstáculos
de arames para 100 metros.
d) Classe VII:
Duas baterias por rádio, suprimento na 1ª noite, uma bateria por rá-
dio.
e) Classe X:
04 litros por homem, suprimento na primeira noite 04 litros por homem,
na segunda noite 04 litros por homem. (água para consumo próprio e para a
ração operacional).

1-20
CAPÍTULO 02

INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

2-1. GENERALIDADES

A busca da surpresa e a importância do combate noturno no cenário

Exército.

Aviação do Exército (Av Ex) e uma Força de Superfície (F Spf), geralmente uma
tropa aeromóvel muito bem adestrada. Desta forma, este tipo de operação só é
empregado pelo Escalão Superior em caso de extrema necessidade e quando
existem grandes probabilidades de êxito.

2-1
dispositivo inimigo para desorganizá-lo, colaborando com o emprego de outras
tropas, seja operando uma Zona de Pouso de Helicópteros (ZPH) ou uma Zona
de Desembarque (Z Dbq).

ARTIGO II

O BIL (Amv) EM OPERAÇÕES DE INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

2-3. GENERALIDADES

ofensiva, para obter vantagem sobre o inimigo, cerrar sobre ele e destruí-lo.
Devido à sua natureza e seu adestramento, o BIL (Amv) é o tipo de tropa

2-4. POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES

(Amv) tem basicamente as mesmas características:


a. Possibilidades:
- realizar incursões profundas no território inimigo sem despertar aten-
2-2
ção;
- preparar e operar a Zona de Pouso de Helicópteros e/ou Zona de
Desembarque; e
- negar ao inimigo o domínio de acidentes capitais.
b. Limitações:
- o homem conduz, para a missão, apenas o material estritamente ne-
cessário;

o cumprimento da missão;
- vulnerabilidade a blindados e à Aviação inimiga;
- ausência de ressuprimento na região do Objetivo; e
- atuação em áreas em que a presença inimiga seja fraca ou inexisten-
te

2-5. ORGANIZAÇÃO

O BIL (Amv) é composto por um Estado-Maior, 01 (uma) Cia C Ap, 03


(três) Cia Fuz L e a Base Administrativa.

2-6. A INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

de asa rotativa até o objetivo ou até às suas proximidades.

visibilidade reduzida proporcionada pela escuridão, neblina ou outra situação


semelhante que facilite o movimento aéreo.

se obedecer ao seguinte:
a) ZPH – 02 (duas) em cada 01 (uma) Zona de Desembarque.
2-3
b) Zona de Desembarque - 01 (uma) para cada SU.
c) L Reorganização – local no terreno destinado à reorganização da
Força de Superfície após o seu desembarque.
d) Z Reu Evasiva – local onde a Força de Helicópteros reúne-se após
o desembarque da Força de Superfície para início do retraimento aéreo.
e) Linha de Aproximação (LA) – linha imaginária onde o vôo passa de
nivelado para contorno.
f) Linha de Engajamento (LE) - linha imaginária onde o vôo passa de

2-6-1. OBJETIVOS DE UMA INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

a) destruir forças ou posições Inimigas;


b) estabelecer pontos fortes;
c) destruir instalações vitais ao inimigo ou que estejam sobre seu con-
trole;
d) montar emboscadas contra força Inimiga;
e) preservar acidentes capitais;
f) desorganizar ou confundir o sistema de defesa do inimigo; e
g) preparar ZPH ou Z Dbq;

2-6-2. GENERALIDADES

visibilidade reduzida proporcionada pela escuridão, neblina ou outra situação


2-4
semelhante que facilite o movimento aéreo.
Deve-se ter especial atenção quanto às medidas de coordenação e

No quadro de uma Op Amv, um BIL (Amv) poderá desdobrar F Spf,


até valor SU, transportada por uma Força de Helicópteros sob o comando da
primeira, em área hostil ou controlada pelo inimigo.

a) Op de pequeno vulto;
b) F Spf desdobradas em uma única vaga; e
c) sempre em área inimiga.
O PITCI

na missão, a elaboração conjunta do Plano, Tático Terrestre, de Desembarque,


Mvt Ae e de Embarque. .
Assim como no Ass Amv, o embarque e desembarque são os momentos
mais críticos, devido à exposição de elevado número de aeronaves e pessoal
em determinado local, e em um determinado período de tempo.

pois exige minuciosa análise de possíveis áreas em região hostil e informações


atualizadas sobre o inimigo.

Junção atuando como Força Estacionária.


A relação de comando da FT Amv só termina com o rompimento da
dependência entre os Elm Ae e a F Spf, ou seja, após o desembarque.

ARTIGO III

A COMPANHIA DE FUZILEIROS LEVE DO BIL (Amv) EM


OPERAÇÕES DE INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

2-7. GENERALIDADES
Para a realização de uma Operação de InfL Amv, as Cia Fuz L são

Para isto, as SU de um BIL (Amv) deverão adestrar-se constantemente,


estando preparadas para operarem em qualquer tipo de terreno.
A iniciativa, espírito de corpo, tenacidade, agressividade, rusticidade e o
bom preparo físico são características básicas que devem ser exigidas de uma

2-5
2-8. ORGANIZAÇÃO

A Cia Fuz L é composta por uma Seção de Comando, três pelotões de


fuzileiros e um Pelotão de Apoio

2-9. A INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

Amv, devido ao seu adestramento e suas características.

para compor a F Spf da Operação.


As medidas de coordenação e controle deverão ser informadas pelo
Cmdo do BIL (Amv) ao Cmt SU, que poderá acrescentar outras em sua ordem
aos Cmt Pel.
Por se tratar de uma Operação de pequeno vulto, os objetivos deverão
ser adequados ao efetivo empregado.

a exposição de tropas e aeronaves em um determinado ponto durante certo


tempo.
Os Cmt SU deverão estimular a iniciativa em todos os níveis, uma vez

Independente do Objetivo da SU, a mesma deverá cumprir sua missão


com rapidez e agressividade, devido à quebra de sigilo na área de operações no
momento do desembarque.
Há necessidade de ligação entre a F Spf e a Força de Helicópteros,
onde serão detalhados os Planos de Desembarque, de Embarque, Tático
Terrestre e Movimento Aéreo.
e for o
caso, um Plano de Junção, quando da substituição por elementos blindados
(FORÇA DE APROVEITAMENTO DO ÊXITO OU PERSEGUIÇÃO).

2-6
ARTIGO IV

O PELOTÃO DE FUZILEIROS LEVE DO BIL (Amv) EM OPERAÇÕES


DE INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

2-10. GENERALIDADES

O Pelotão de Fuzileiros Leve (Pel Fuz L) é empregado, normalmente,


enquadrado na Companhia de Fuzileiros Leve (Cia Fuz L), podendo ser
empregado isoladamente.
Para isso o Pel Fuz L deverá adestrar-se constantemente, e estar
preparado para atuar nos mais diversos tipos de ambiente operacional.

2-11. ORGANIZAÇÃO

O Pel Fuz L é constituído por 32 homens, distribuídos em um Grupo de


Comando e três Grupos de Combate.

2-12. INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

ressaltar alguns aspectos necessários para manter o sigilo da Operação, tais


como:

- O Comandante deverá preparar o Plano de Embarque, Plano Tático


Terrestre e o Plano de Desembarque;
2-7
- O Comandante deve acompanhar a confecção do Plano de Movimen-
to Aéreo;

- Leva consigo o mínimo de material necessário para o cumprimento


da missão.

ARTIGO V

O GRUPO DE COMBATEDO EM OPERAÇÕES DE INFILTRAÇÃO

2-13. GENERALIDADES

defensiva inimiga por meio terrestre, aquático, aéreo ou ainda, por dois ou três

posições de defesas avançadas para realizar tarefas decisivas, podendo ao


2-8
longo do itinerário cumprir missões inopinadas.

2-14. ORGANIZAÇÃO

O Grupo de Combate Leve é constituído por nove homens distribuídos em

COMPOSIÇÃO ARMAMENTO REPRESENTAÇÃO


3º Sgt Comandante PARA-FAL
Cb Cmt 1ª Esq PARA-FAL C1
PARA-FAL c/alça para
1ª Esq Sd 1º Esclarecedor E1
Lçmt de granada
Sd 2º Esclarecedor PARA-FAL e AT4 E2
Sd Atirador FAP A1
Cb Cmt 2ª Esq PARA-FAL C2
PARA-FAL c/alça para
Sd 3º Esclarecedor
Lçmt de granada E3
2ª Esq
Sd 4º Esclarecedor PARA-FAL e AT4 E4
Sd Atirador FAP A2
Os esclarecedores deverão ser selecionados nos aspectos de inteligência,
iniciativa e paciência, pois eles serão os olhos do comandante do grupo,
deslocando se sempre à frente, tornado-se primordiais no sigilo e execução da
manobra.

2-15. MISSÃO

O GC geralmente atua enquadrado em um Pelotão de Fuzileiros Leve.


A missão do GC poderá ser a ocupação de acidentes capitais do terreno. O
Comandante do Batalhão, Subunidade ou de Pelotão, poderá empregá-lo em
missões de busca de informações ou busca de alvos.

2-16. PLANEJAMENTO DA INFILTRAÇÃO

os GC, bem como medidas de coordenação e controle.

2-17. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

O ideal é que o grupo, durante todo itinerário, mantenha a integridade tática.


A atenção para a conferência de pessoal e material deverá ser aumentada.

2-9
O Comandante de Grupo regula as distâncias e toma as medidas relativas

visibilidade, do terreno e da atividade inimiga.


O grupo poderá ser forçado a fazer paradas demoradas para esperar a
passagem de patrulhas inimigas, sendo que o planejamento deve prever tempo
para atender todos imprevistos.
Os rádios, sempre que possível, permanecerão EM SILÊNCIO, e somente
será feita alguma comunicação no caso de encontro com o inimigo ou durante a
passagem sobre um ponto de controle.

deverá ser mantida.


Deverá ser realizado um estudo minucioso sobre o terreno, pois o êxito
da missão depende da escolha correta, selecionando partes mais acidentadas
ou brechas no dispositivo, linhas de fundo, cursos d`água, matas, etc. Estes,
são ótimos exemplos de locais propícios para que haja sucesso na missão. O

(caatinga, montanha, pantanal e selva) respeitando e tomando proveito das


peculiaridades de cada ambiente operacional.
O GC deverá atentar para ser conhecedor de algumas matérias ou técnicas

e treinando Técnicas de Ação Imediata, para que não haja dúvida quando o
encontro inesperado com o inimigo acontecer comprometendo toda a manobra;

deverá ser confeccionado o Quadro Auxiliar de Navegação contendo Pontos de


Controle e Linhas de Contato estabelecidas pelo Comandante do Pelotão. O
Grupo normalmente reunirá com o restante da fração a que pertence, no Ponto
de Reagrupamento, para cumprir a missão principal.

2-10
ARTIGO VI

O PELOTÃO DE RECONHECIMENTO EM OPERAÇÕES DE


INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

2-18. GENERALIDADES

Devido às suas características e formas de atuação, o Pelotão de

quais deverão ser exaustivamente treinadas.

tática ofensiva na qual procura-se desdobrar o pelotão como um todo ou em


grupos de reconhecimento, à retaguarda de uma posição inimiga por uma faixa

aeromóvel ou misto), com o objetivo de cumprir as missões atribuídas pelo


Escalão Superior, dentro das possibilidades do Pelotão de Reconhecimento.

2-19. CONSTITUIÇÃO

O Pelotão de Reconhecimento (Pel Rec) é constituído por 18 homens,


distribuídos em 03 (três) Grupos de Reconhecimento e 01(um) Grupo de
comando, de acordo com o quadro abaixo:

Grupo Posto/Graduação Função


2º ou 1º Ten Cmt Pel
Cmdo 2º Sgt Adj Pel
Soldado R Op
3º Sgt Cmt Gp
Cabo Aux Cmt Gp
Rec Soldado Esclarecedor
Soldado Esclarecedor
Soldado Esclarecedor

2-20. POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES

- Realizar Reconhecimentos de itinerário e áreas;


- Estabelecer Postos de Observação e Postos de Vigilância;
- Realizar limitadas operações como elementos de segurança;
- Realizar combate aproximado contra fracos elementos inimigos, no
2-11
curso de suas ações básicas de Reconhecimento e Segurança;
- Desenvolver ações de contra reconhecimento;

transporte;
- Realizar ações nas quais todo ou parte do Pelotão atue como guia;
- Executar tarefas de Observador Avançado (OA) e de Guia Aéreo
Avançado (GAA);
- Mobiliar e operar uma ZPH e reorganizar a tropa na Fase do Desem-
barque; e
- Monitorar RIPI e PD
b. Limitações
- Poder de Combate limitado;
- Transportar equipamento e material em grandes quantidades;
- Remover grande número de obstáculos;
- Estabelecer Comunicações diretas como Escalão Superior;
- Mobiliar todo o perímetro da Cabeça de Ponte Aeromóvel;
- Prover segurança adequada no Ponto de Junção;

2-21. EMPREGO DO PELOTÃO DE RECONHECIMENTO

desembarque da tropa nos horários e locais previstos e prover a segurança da

selecionadas pelo Comandante do Btl, onde são de conhecimento a existência


de interrupções nas defesas inimigas.

- estabelecimento das Comunicações com a Unidade que lançou o


Pel;
- estabelecimento das Comunicações com o Escalão de Assalto no

antes do Escalão de Assalto Aeromóvel.

novas missões em proveito do Batalhão ou SU que está reforçando.

2-22. MISSÕES DO PEL REC EM UMA INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL


a. destruir força ou posições inimigas;
b. estabelecer pontos fortes;
c. destruir instalações vitais para o inimigo,ou que esteja sobre seu
2-12
controle;
d. montar emboscadas;
e. atuar na área de retaguarda inimiga;
f. tentar preservar Acidentes Capitais do terreno;
g. desorganizar ou confundir o sistema de defesa inimiga;
h. reconhecer itinerários e servir de guias para o restante do Btl;
i. preparar a ZPH; e
j. monitorar RIPI.

2-23. TIPOS DE INFILTRAÇÕES REALIZADAS PELO PEL REC

O Pel Rec faz parte do Escalão Avançado no Assalto Aeromóvel. Utiliza

deslocar no território inimigo.

observação e a vigilância inimiga sejam limitadas.

reduzidas proporcionada pela falta de luz, neblina, chuva etc. O tempo ideal

Podendo este ser aumentado conforme a distância, tipo de terreno e missão a


ser cumprida.

2-23-1. INFILTRAÇÃO AEROMÓVEL

aeronaves de asas rotativas.

o efetivo do Pel em uma só aeronave (Cougar CH 34), para um único ponto,


ou separar por grupos nas aeronaves (Pantera HM-1), para diversos Eixos de

Os militares podem transportar mais equipamentos, e se aproximar do


Objetivo, sem exigir preparações do terreno (desprezar ponto de toque), com um
grau de precisão e segurança apreciável. Em contra partida, há de se considerar
que o sigilo poderá ser quebrado com maior facilidade, tendo em vista ruído das
aeronaves.
A “desova” do Pel Rec poderá ser feita pelos processos de Rapel,
Helocasting ou simplesmente com o toque da aeronave no solo e o desembarque
dos militares.
A distância do desembarque é de, no mínimo, 15 a 20 Km do objetivo,
sendo em território inimigo.
O planejamento da rota de vôo (Plano de Movimento Aéreo) é realizado
pela Força de Helicópteros. Cabe ao militar do Pel Rec, assessorar neste

2-13
Após o estabelecimento da rota a ser seguida, o militar do Pelotão deverá
confeccionar um croqui contendo os principais Pontos de Controle, proas e
tempos para todos os tempos de navegação (Quadro de Navegação).

- freqüência do Piloto;
- quantidade de Aeronaves;
- tipo de Aeronaves;
- números de vagas por Aeronaves;
- quantidade de Levas;

- HSO;
- rota de Aproximação;
- cor dos Painéis;
- comunicações (Mensagem, Senha, Autenticação);
- letra código; e
- quantidades de Escalões para o desembarque.

2-24. ITENS A SEREM OBSERVADOS AO LONGO DE UMA INFILTRAÇÃO


AEROMÓVEL

- reconhecimentos;
- levantamento de LocAter;
- cursos de água;
- atualização de cartas;
- balizamento de trechos;
- E E I;
- locação de pontos críticos;
- guias de itinerários;
- P Lib;
- Rec de ZPH; e
- Rec de RIPI.
b. Durante o deslocamento em área inimiga
- disciplina de luz e sons;
- Seg na retaguarda e vanguarda;
- seleção de Pontos de Reunião;
- controle e observação do Grupo durante o deslocamento;
- prever TAI;
- rodízio do equipamento pesado;
- deslocamento rápido;
- estabelecer segurança durante os altos;
2-14
- controle da saúde e do psicológico do Grupo;
- estabelecer as Comunicações; e
- manter-se sempre orientado.
c. Atenção para as Comunicações
- utilização de rádios de longo alcance (conjunto Rádio EB 11 ERC 620,
conjunto Rádio EB 11 ERC 616 e EB 14 ERC 518), para contatos com o escalão
que lançou o Pel;
- utilização de rádios de pequeno alcance, para contato interno do Pe-
lotão;
- utilização de rádios contato terra-ar;
- freqüências alternativas;
- senha e contra-senha;
- mensagens pré-estabelecidas;
- codinome se for o caso, para que não sejam falados os postos e gra-
duações; e
- antenas improvisadas.

2-25. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

verá preparar um Plano de Contato com as seguintes imposições:


- o contato deve ser feito com o mínimo de elementos;
- conduzir roupas de contato típicas da região, se for o caso;
- historias de cobertura;
- senhas; e
- descaracterizar o elemento; (deixar a barba crescer, óculos, cabelo,
bonés etc).
b. Apoio de Fogo
Planejado para apoiar a passagem pelas posições inimigas e o ataque

Campanha, empregada em apoio à operação.


c. Planejamento
Embora as técnicas de planejamento sejam as mesmas adotadas para
outras operações ofensivas, certos aspectos exigem especial atenção:
- é uma operação de pequeno vulto, empregado pelo o Escalão Supe-
rior;
- sempre realizada em área inimiga;
- os elementos são desdobrados no terreno;

separado por grupos, e lançado um em cada eixo dentro da Faixa;


- é essencial o estudo detalhado de todas as informações disponíveis,
sobre o dispositivo do inimigo;
2-15
- as medidas de coordenação e controle com o Escalão que o lançou
na missão;

- estudo minucioso do terreno;

percorrida;

Grupos de Rec;
- meios a serem empregados na missão;
- material de comunicações;
- material de orientação;
- meios visuais para o esclarecimento da missão;

-suprimento classe I e II.

2-16
CAPÍTULO 3

TÉCNICAS AEROMÓVEIS

TRANSPORTE AEROMÓVEL OPERACIONAL

3-1. GENERALIDADES

Sempre que possível, deve-se usar uma ZPH para embarque e


desembarque de uma tropa. Entretanto, é possível a utilização de outras técnicas
para a realização dos mesmos.
Os métodos/meios utilizados atualmente são o do Rapel, MacGuire,
Desova em meio aquático (Helocasting), Corda rápida (Fast Hope) e Guincho.

3-1
3-2. RAPEL

descendo ao solo por meio de cordas, partindo de um helicóptero) em áreas


onde não é possível pousar e livre de observação direta do inimigo.
A descida pode ser realizada com até 04 (quatro) cordas de uma só
vez, utilizando-se corda de perlon. Pode ser empregado de um lado, ou de
ambos os lados simultaneamente. Assim como o outro processo, cada chicote

Requer treinamento especial da tropa para sua utilização.


A vantagem deste processo é a rapidez do desembarque, além da
economia de força. A desvantagem é a necessidade do homem estar equipado
com um assento, mosquetão, freio em oito e luvas.
a. Material a ser utilizado:
-mosquetões com rosca (para a ancoragem no helicóptero e amarração
individual), freio em oito, luvas, cabo solteiro ou boldriê, capacete e corda (tipo
perlon de miolo mole).
b. Técnica de desembarque:

ponto no qual será feito o desembarque, efetuando o vôo pairado;


2) o piloto ordena ao artilheiro ou mecânico, o lançamento das cordas;
3) a descida deverá ser iniciada simultaneamente em ambos os lados;
4) se já houver alguém no solo, estes deverão estar orientados no sentido
de afastar os chicotes, de modo a não se embaraçarem após o início do rapel,
comprometendo a segurança do combatente que esteja executando o rapel e
dentro da situação tática, realizar a segurança do rapelista e;
5) após a descida do último rapelista, o mesmo deverá dar um sinal de OK
(positivo) para o mecânico, para que o mesmo inicie o recolhimento da corda.

3-2
c. Fixação da corda na Anv:

pontos varia de acordo com a aeronave empregada:


1) Anv Esquilo: a amarração da corda deverá ser feita em três pontos.
A corda lançada pela porta direita da aeronave terá seus pontos de amarração

cruzem, permitindo, em caso de pane na aeronave, que o mecânico alije os dois


rapelistas com apenas um golpe de facão. Deve-se tomar o cuidado de livrar a
caixa de ICS (Painel de Controle das Comunicações da Anv) dos cabos, para
que os mesmos não a forcem, evitando ocasionar alguma avaria.

pontos de amarração, e, sem os seus bancos, 06 (seis) pontos. A amarração da


corda deverá ser feita em quatro pontos. A corda lançada pela porta da direita

que as cordas se cruzem, proporcionando, em caso de pane na aeronave, que o


mecânico alije os dois rapelistas com apenas um golpe de facão.

3-3
d. Sinais Convencionados:
1) Descida individual – recebendo-se o “pronto” do mecânico inicia-se a
descida.
2) Descida simultânea – recebendo o “pronto” dos mecânicos, sinalizarão
um para o outro e iniciarão a descida simultaneamente, visando não desestabilizar
o helicóptero e deverão tocar o solo simultaneamente.
3) Durante a descida – cortar a corda (mão aberta roçando a garganta).
4) Toque no solo - liberar a corda, sinal para o mecânico, para que o
mesmo inicie o recolhimento da corda ou inicie a descida do próximo rapelista.
OBSERVAÇÕES:

da Anv é a “AZELHA DUPLA EM OITO”;

e deverão estar todos frenados para a realização da descida;

seu estado. A mesma deverá estar em condições de suportar o trabalho a ser


realizado, sem “cocas” e sem qualquer outra obstrução que impeça a descida
do rapelista.

tocando o solo.

3-3.EXTRAÇÃO VERTICAL COM CORDAS

onde a aeronave não possa aterrissar, para outro em que a tropa possa ser
embarcada sem riscos, ou ainda, quando o guincho for considerado vagaroso
ou não disponível. A velocidade de deslocamento da aeronave deverá ser de
no máximo de 60 nós (cerca de 120 Km/h). É importante que as cordas tenham
exatamente o mesmo comprimento de modo a não haver diferença de nível
3-4
entre os homens a serem transportados.

a. Material a ser utilizado


Mosquetões com rosca (para a ancoragem no helicóptero e amarração
individual), cinturão para transporte de pessoal ou assento americano, luvas,
capacete e corda (tipo “perlon” de miolo mole).
b.Técnica de Transporte:

que será feita a retirada dos homens;


2) Após as cordas atingirem o solo, o piloto deverá aguardar que os
homens se conectem ao cabo. Para a amarração o homem deverá estar com
assento e mosquetão. Então, o homem conecta a azelha dupla no mosquetão do
seu assento (que já está preso ao assento) e a azelha simples no de seu com-
panheiro (aproximadamente 1 metro entre a azelha simples e a dupla), o qual
fará simultaneamente. Feito isto, todos estarão com dupla segurança, a da sua
corda e a do companheiro;
3) Feita a amarração e travados os seus mosquetões, os homens sina-
lizarão para os mecânicos, que informarão aos pilotos;
4) O helicóptero subirá na vertical, sob orientação dos mecânicos, até
que os homens estejam numa altura de segurança em relação aos obstáculos;
5) Quando houver duas ou mais cordas e conseqüentemente o trans-
porte de dois ou mais homens ao mesmo tempo, estes deverão viajar afastando-
se mutuamente, para evitar o giro em torno de si próprio e o possível entrelaça-
mento das cordas;
6) Quando o transporte for de apenas um homem, após a saída do
solo, este deverá cruzar os braços à frente do corpo.

3-5
c. Fixação da Corda na Anv:
A amarração utilizada para a extração é a mesma utilizada no rappel,
com a diferença apenas de que, em cada extremidade da corda deve haver
uma azelha dupla, sendo uma azelha simples na extremidade do chicote.Os nós
estarão distantes 01 (um) metro um do outro.
d. Sinais Convencionais:
1) subir – palma da mão para cima, em movimentos na vertical (da
altura dos ombros para cima);
2) manter altura – movimento de mão aberta no mesmo plano;
3) descer – palma da mão para baixo, movimentos na vertical (da altu-
ra dos ombros para cima);
4) cortar corda – mão aberta roçando pela garganta;
5) diminua a velocidade – movimentos de mão na cabeça;
6) pronto para ser içado – sinal de positivo com o polegar.
7) emergência – mãos ao alto movimentando-se para os lados.

OBSERVAÇÕES:

da Anv é o AZELHA DUPLA EM OITO;

nados para a realização da extração;

seu estado. A mesma deve estar em condições de suportar o trabalho a ser rea-
lizado, sem cocas, devidamente permeada e sem qualquer outra obstrução;
- não se deve utilizar este método por mais de 30 minutos;
- a velocidade de deslocamento não deve ultrapassar 60 nós (cerca de
120 Km/h);
- quando for executado por dois homens simultaneamente, cada um
deverá estar com um dos pés por cima e o outro por baixo e afastados pelos
braços.

3-6
3-4. DESEMBARQUE EM MEIO AQUÁTICO
a. Técnica de lançamento.
1) a técnica de lançamento de helicóptero compreende uma aeronave,
um bote e uma equipe. No bote de borracha podem se colocadas mochilas, se
for o caso, as armas coletivas, os Eqp rádio e outro material pesado utilizado no
cumprimento da missão. Todo este equipamento se mantém dentro do bote por
um sistema de amarração. No momento desejado o bote é liberado dentro da
água, a montante do rio, e a equipe se lança em duas colunas, homem a homem,
a jusante do rio, pelas laterais do helicóptero;
2) os integrantes da equipe levam consigo o uniforme, o suspensório,
o equipamento individual (inclusive a mochila, se for o caso) e um colete salva-vi-
das. As armas individuais são levadas de tal forma que possam ser manuseadas
na amerissagem, o armamento deve ser conduzido ao lado do corpo, de modo
que não atinja o militar por ocasião do salto;
3) o bote preparado é amarrado em quatro pontos com uma corda
de aproximadamente 20m, formando duas alças. Estas alças são unidas por
meio de uma azelha e nesta azelha é colocado um estropo. Esse estropo vai
enganchar no gancho de transporte de carga do helicóptero. Ao receber o sinal
o piloto alija o bote sobre a água e logo após os membros da equipe se lançam.

que nenhum material foi perdido. Após isto, solta os remos, indo ao encontro dos
demais elementos da equipe;
4) caso a equipe seja lançada em mais de uma vaga, os primeiros ho-
mens a atingirem o bote poderão colocar o motor e resgatar os demais;
5) a água deverá ter pouca ou nenhuma correnteza, e deve estar livre
de obstáculos, o que inclui vegetação, troncos e pedras. Deve ter pelo menos 5
metros de profundidade;
6) a experiência tem mostrado que com 5 horas de adestramento, uma
equipe pode lançar-se, reunir-se em um bote e empreender o deslocamento em
menos de 3 min;
7) esta técnica pode ser empregada sem o bote para lançar uma equi-
pe ao longo da margem de um rio. A equipe pode nadar até uma das margens,
ou um ponto pré-determinado e ir cumprir a missão. Esta técnica e empregada
de maneira idêntica ao salto de viatura em movimento, ou seja, para iludir o
inimigo quanto a real presença de tropa na região, pois o helicóptero não pousa

que opera ao longo de obstáculos aquáticos. Dentro de cada bote se pode colo-
car ração munição e outros itens de ressuprimento.

3-7
b. Posição de Salto (Execução):

1) a arma vai colocada do lado direito ou esquerdo do corpo, segura

do militar deverá estar à frente no esqui/estribo e a outra mão, que está livre,
segurando o cabo de segurança no piso da aeronave. A outra mão irá segurar
a arma;
2) cabeça erguida olhando para o horizonte (nunca para o chão ou a
Anv);
3) corpo ereto;
4) joelhos unidos;
5) pés juntos apontando para a água; e
6) a princípio, o lançador será um mecânico experiente em lancamen-
tos. Se não o for, então o lançador deverá solicitar a condução de um par de
fones extra e extensão para que possa se comunicar com o piloto e ter contato
permanente com a tripulação. Para isso, o lançador deverá ter conhecimento da
fraseologia empregada pela tripulação.

3-8
c. Lançamento.
As duplas serão numeradas na seqüência de lançamento de cada

comando de “preparar para o desembarque”, haja visto que o Cmt da Força de


Superfície está em contato pelos interfones com o mecânico, o qual irá realizar
um gesto de apontar, com o indicador, para baixo.
Obedecendo ao comando, a equipe soltará o cinto de segurança,
empunhará o cabo de segurança com a mão esquerda (porta da esquerda) ou
mão direita (porta da direita) e sentará no piso da Anv. Não deverá mais soltar
a corda. Em seguida será dado o comando de “em posição”, a voz e por gesto
(ambas as mãos espalmadas apontando para fora da Anv). A equipe deverá

momento deverão permanecer olhando para o lançador.


Para executar o lançamento, o lançador comandará o “já” a voz e
por gestos, apontando para os mesmos. Para as próximas duplas será feito da
mesma forma que no primeiro lançamento.

d. Procedimento de Emergência:
1) falha no lançamento elétrico (bote) – acionar o comando manual;
2) pane da Anv – procedimento de acordo com a doutrina da FAB e da
Aviação do Exército.

3-5. CORDA RÁPIDA (“FAST HOPE”)

Consiste na execução de uma descida por uma corda especialmente


confeccionada de modo a diminuir o atrito com as mãos do militar.
Técnicas de utilização: com as mãos calçadas com luvas, empunhar a
corda com as duas mãos à frente do corpo e na altura do peito, e empurrar uma
mão ao encontro à outra de modo a aumentar o atrito e, conseqüentemente, a
diminuição da velocidade de descida.
3-9
CAPÍTULO 4

ZONA DE POUSO DE HELICÓPTERO (ZPH)

GENERALIDADES

4-1. CONCEITO

a. A Zona de Pouso de Helicóptero (ZPH) é o local onde se tem toda a


infra-estrutura para o pouso de aeronaves.

4-1
4-2. FATORES A CONSIDERAR NA ESCOLHA DE UMA ZPH

a. Tipos de Anv empregadas e a formação de vôo


b. Tipos de cargas a serem desembarcadas
c. Limpeza relativa da ZPH

e. Existências de cobertas e abrigos para facilitar a reorganização da


tropa
f. Não estarem separadas dos objetivos por pontos fortemente defendidos
pelo inimigo
g. Serem situadas de maneira a colocar favoravelmente as tropas para
que possam iniciar o deslocamento para o ataque
h. Serem facilmente atingidas e evacuadas pela Anv, evitando a defesa
contra Anv inimiga.

4-3. INSTALAÇÕES DE UMA ZPH

a. Centro de controle (CC)


É o Posto de Comando e o Centro de Comunicações que controlam as
operações da ZPH, mantendo ligação em fonia com as Anv. O CC é ligado ao

meios.
b. Locais de aterragem (LocAter )
São os locais previstos para permitir a aterrissagem e decolagem de
um número máximo de helicópteros, no menor tempo possível. O movimento
de pessoal e material que desembarcam ou embarcam deve ser balizado de tal

há ligação rádio terra-ar, dos LocAter com os helicópteros, exceto quando este
é empregado isoladamente. O chefe do LocAter é o responsável pela segurança
do local.

4-2
c. Pontos de liberação (P Lib):
Local pré-determinado onde a equipe que monta a ZPH deve marcar

cará ao piloto que a ZPH é segura para o pouso.


d. Ponto Referência das Comunicações (PRC)

ponto nítido do terreno. A partir deste ponto o piloto tentará contato com a equipe
da ZPH.

DIAGRAMA DE OPERAÇÃO DE UMA ZPH

4-4. SELEÇÃO DAS ÁREAS DE UMA ZPH.

4-3
A escolha das áreas de uma ZPH é feita com base no estudo de car-

a. Escolha do Centro de Controle (CC):

preferência, de forma central em relação aos Loc Ater ou em terreno mais ele-
vado para aumentar os alcances dos rádios e facilitar o controle. O CC deve

possa ter um controle visual dos Loc Ater.


b. Seleção dos Loc Ater :
Para a escolha dos LocAter devem ser considerados os seguintes
fatores:
1) Tipo e número de helicópteros.
O tipo da Anv determina a área necessária para seu pouso e o número de
helicópteros capazes de aterrissar simultaneamente. O balizamento tipo Tango
comporta no máximo 06 (seis) Anv; o Yankee 01(um) e o quadrado 01 (um).
2) Natureza do Solo
As condições de solo devem proteger os helicópteros de redemoinhos
ou poeira excessiva. Deve-se remover qualquer objeto que possa ser aspirado
pelas pás dos rotores. Se possível cuidar para não denunciar a área durante e
após a limpeza da ZPH.
3) Declive
Geralmente se a inclinação é maior que 10º, os helicópteros não podem
pousar com segurança. Nos casos de rampas, os pilotos preferem pousar com o
nariz do helicóptero na direção de aclive.
4) Obstáculos
Somente nas operações noturnas devem ser balizados com lâmpadas
VERMELHAS. Nas operações diurnas deverão ser utilizados painéis ou fumígenos
vermelhos para o balizamento. Obstáculos pequenos, como arbustos, moitas,
buracos, podem ser facilmente removidos com o facão de mato ou ferramenta de

de serem percebidos pelos pilotos.


Pode-se improvisar Loc Ater em pântanos ou terrenos alagados,
construindo-se plataformas com material utilizado no local. Tais Loc Ater, em
princípio, só devem ser utilizados durante o dia. O material utilizado (tronco ou
bambu) deve ser disposto de tal modo, que não afunde com o peso do helicóptero
ou escorregue quando da decolagem. Helicópteros podem aterrar na água, sem

seja consistente.
5) Cobertas e abrigos
Sempre que possível, devem ser procurados locais de aterragem em
que existam nas proximidades, e cobertas e abrigos, que servirão de pontos de
reunião para a tropa. As vias de acesso para os pontos de reunião devem ser

4-4
material que desembarque, desimpedindo os locais de aterragem.
6) Direção de aterragem
O vento é um fator muito importante na escolha da melhor direção de

maior que 10 Kt (dez nós), sendo que, baseada nesta observação, será estabe-
lecida a prioridade para a melhor direção de pouso:
a) vento menor ou igual a 10 Kt. Observa-se a seguinte prioridade:
- Direção do Inimigo;
- Obstáculos (Pouso e decolagem);
- Rota de Aproximação;
- Sol (não estar no nariz);
- Declividade (nariz voltado para cima); e
- Vento de nariz.
b) vento maior que 10 Kt. A prioridade é a seguinte:
- Direção do Inimigo;
- Vento de nariz;
- Obstáculos (Pouso e decolagem);
- Rota de Aproximação;
- Sol (não estar no nariz); e
- Declividade (nariz voltado para cima).
7) Métodos de fortuna para estimar a direção e a velocidade do vento:
a) Direção.
Para informar à tripulação a direção do vento, utiliza-se a bússola
apontando-a para a origem do vento e lê-se o seu azimute: “Vento de (azimute
lido na bússola)”.
b) Intensidade:
Para informar a tripulação a intensidade do vento, utilizamos o
anemômetro ou o método expedito (tabela de Beaufort):

Velocidade em Kt (Nós) Dados para avaliação


0-2 Fumaça sobe na vertical
2-4 Ligeiro desvio de fumaça
4-6 Sente-se o vento no rosto
As folhas das árvores são
6-8
levemente agitadas
Movem-se as folhas das
8-10
árvores
Bandeira se estende; Palmeiras
>10 tendem a formar um cocar

4-5
c) Observações:
Para se determinar a direção do vento, é básico que se tenha uma
bússola. O meio de fortuna mais elementar, e o lançamento de um punhado
de capim ou vegetação seca, de peso desprezível, ao ar, aproximadamente da
altura do ombro. Caso esteja ventando, a trajetória do capim, do ponto em que foi
lançado até o ponto em que atingir o solo, indicará a direção do vento. A direção
do vento é a direção de onde ele vem. Assim, se o capim lançado deslocou-
se na sua trajetória na direção de 60º, isto indica que a direção do vento é de
240º. Outro meio de fortuna é a observação das fumaças (para que direção se
inclinam) que porventura existam nas proximidades.
Quando se faz uma estimativa de velocidade do vento, visando
prestar auxílio ao pouso ou decolagem de um helicóptero, deve-se utilizar a
unidade nós (Kt): dois nós (2 Kt), a grosso modo, equivalem a 1m/s ou 4Km/h.
Na estimativa da velocidade do vento deve-se observar o movimento provocado
pelo vento nas árvores, folhagens, fumaças, etc...
Em relação aos obstáculos, deve ser observado que, para o
desembarque (helicóptero pesado para o pouso) a melhor rampa deverá ser a
de chegada, conseqüentemente, para o embarque (helicóptero pesado para a
decolagem) a melhor rampa deverá ser a de saída.
A densidade do ar é determinada pela altitude e temperatura.
Assim, quanto menor a densidade, menor a carga que o helicóptero poderá
transportar e maior a área de aproximação que ele necessita para aterragem e
decolagem.
Quando carregados, a maioria dos helicópteros não pode aterrar
nem se deslocar verticalmente, necessitando de maior área para estas manobras.
No planejamento sempre deverá ser selecionado um Loc Ater alternativo para
pouso de emergência.

4-5. TIPOS DE BALIZAMENTO

4-6
4-5-1. TIPO “T”:

A aeronave não se aproxima, ao contrário do que possa parecer, para a


vertical do balizamento. O local de aproximação é para a base do “T”, à esquerda

no melhor lugar que a área oferece, e sim no(s) ponto(s) de toque.


No melhor lugar escolhido para pouso, o Piloto Tático fará a aproximação
e realizará o pairado, mantendo sempre as referências visuais do “T” com o
objetivo de evitar a desorientação espacial.

4-5-2. TIPO “Y”:

No balizamento tipo “Y”, o local de aproximação e pouso é a abertura do


“Y”. Este é o melhor local, pois além do piloto possuir a visualização da rampa
para o pouso, possui também a melhor área para ponto de toque, já que as
referências estão localizadas a esquerda e a direita da aeronave.

4-7
4-5-3.QUADRADO DE EMERGÊNCIA

Este balizamento simples é adequado para somente uma aeronave.


Durante o dia, devem ser usados painéis azuis para a sua confecção.

4-6. BALIZAMENTO NOTURNO.

Visto de longe, o balizamento pode se confundido com luzes que


normalmente são encontradas em campanha: sedes de fazenda, iluminação

balizamento, quando estiver mais próximo. A luz poderá piscar de acordo com

os pilotos.

4-7. OS OBSTÁCULOS PRÓXIMOS AO BALIZAMENTO.

A rampa de aproximação diurna possui um ângulo médio de 6º. Para o vôo


noturno ela aumenta para até 8º. Nos setores de aproximação e de decolagem
não pode haver nenhum obstáculo numa rampa de 40’’’(aproximadamente 2,5º).
Nos setores laterais não pode haver nenhum obstáculo numa rampa de 100’’’
ou maior que 500 pés para o maior obstáculo admissível num raio de 4 Km do
4-8
balizamento tático.
Para a operação em campanha foi idealizado um esquadro que materializa
os ângulos de 40’’’ e 100’’’ com o qual a equipe que montará o balizamento
poderá checar estas elevações não devendo ser esquecida e restrição de 500
pés para o maior obstáculo admissível num raio de 4 KM.

Aponta-se o lado de 4 cm para os setores de aproximação e de decolagem,

para checar os obstáculos laterais

4-8. EQUIPE E MATERIAL PARA MONTAGEM DO BALIZAMENTO.

a. O efetivo a ser empregado em uma ZPH depende da quantidade de


Loc Ater a serem utilizados, da quantidade de aeronaves previstas para cada
vaga e do tempo útil da equipe antes da vaga principal. Uma equipe Prec para
operar uma ZPH é organizada em três turmas básicas.
1) Turma do Centro de Controle (CC) - Controla as atividades de toda
a equipe e das Anv, dentro da ZPH, utilizando a rede rádio terra-avião para a
ligação com as Anv. Controla, ainda, as ações do restante da equipe através das
ligações terrestres e mantém um controle das aterragens e decolagens.
2) Turma dos Loc Ater - Escolhe, prepara e marca as áreas dentro
destes locais destinados ao pouso de cada helicóptero, designando os pontos
exatos de toque das Anv. Mantém ligação terrestre com o CC, indica com meios
auxiliares visuais as direções de aterragem e decolagem para os helicópteros,
indica os pontos de Reu iniciais para a tropa, equipamento e suprimento, fornece
segurança relativa contra ataque inimigo.
3) Turma do Ponto de Liberação - Atua com meios auxiliares eletrôni-
cos de longo alcance [ SFC(NDB de campanha – Rádio Farol Não-Direcional/
Non Direcional Beacon)] e meios auxiliares à navegação em ponto predetermi-
nado na rota de aproximação das Anv. Mantém comunicação com o CC.

4-9
b. Constituição da equipe e suas atribuições.

Turma Posto/Grad Função Atribuições


Centro de Controle Ten/Sgt Ch Equipe Controla a ZPH
Providencia os
meios Aux à
navegação, pre-
Sgt Ch Tu Loc Ater para e marca o
ponto de toque,
Locais de Aterragem realiza Com
com CC
Auxiliar na mon-
Cb/Sd Rad Op e Aux tagem do Loc
Ater
Estabelece
os meios Aux
Sgt/Cb Ch Tu P Lib eletrônicos e
Ponto de Liberação visuais à nave-
gação
Auxiliar na mon-
Sd Auxiliar
tagem do P Lib
Observação: se a Op Ass Amv exigir em grande Nr de Loc Ater, o efetivo

número de componentes da equipe dependerá da operação). O responsável

compreende:
1) kit para balizamento tático noturno;
2) bússola;
3) coletes;
4) lanternas para sinalização;
5) facão e/ou ferramenta de sapa;
6) óculos de proteção;
7) luvas de raspa;
8) equipamento rádio;
9) gps;
10) carta (SFC); e
11) isqueiro ou fósforo.
d. Para o chefe da equipe, é imprescindível o conhecimento de detalhes
da missão, como:
1) desenvolvimento da missão;
2) número de helicópteros;

4-10
3) tempo de duração do vôo;
4) início e término da missão; e
5) tropa e/ou material a desembarcar.

4-9. COMUNICAÇÕES.

Em qualquer operação com aeronave, é imprescindível a correta


comunicação com a aeronave, para não afetar a segurança de vôo, seja em
exercício ou em situação real. Mas, para que haja a compati da segurança
de vôo com o sigilo da operação, há a necessidade da utilização correta do
equipamento rádio e das informações transmitidas.
a. Mensagem do balizamento:
É composta de cinco itens que informam à tripulação a situação geral
do balizamento:
1) tipo de balizamento (“T” ou “Y”);
2) proa da aproximação (azimute magnético no sentido do pouso);
3) vento (direção e intensidade);
4) obstáculos (processo do relógio e altura aproximada em pés); e

b. Fraseologia
1) A conversação terra-avião é realizada dna seqüência descrita a se-
guir:
- chamada (indicativo)
- autenticação (alfa geométrico)
- situação do inimigo na área
- direção de aproximação (azimute)
- vento na região (direção e intensidade)
- observe balizamento/balizador à sua frente
2) Exemplos
a) Loc Ater é de conhecimento do piloto:
ANV: Urubu, é Pantera.
RADIO OP: Prossiga/Pantera é Urubu.
ANV: Autentique “golf-hotel”.
RADIO OP: “alfa-charlie”. Autentique “bravo-sierra”.
ANV: “Quebec-mike”.
RADIO OP: Ciente.
ANV: Pantera com mais três alas, estimando 4 minutos fora,
instrução para pouso!
RADIO OP: - (Situação e localização do inimigo SFC)
- Vento de Zero – sete – zero com cinco nós (070º/5kt).
- Melhor setor de aproximação proa zero – cinco – zero.
ANV: Ciente.
b) Loc Ater não é de conhecimento do piloto:
(1) Patrulha vê o helicóptero e o Piloto não vê o balizamento
(Processo do Relógio).
4-11
... Contato inicial e autenticação...
ANV: Urubu, assinale a sua localização.
RADIO OP
vermelho.
ANV: Urubu, Pantera tomando proa 9 horas.Blz avistado.
... Situação do Inimigo, vento direção de pouso e
Balizamento...
(2) Patrulha escuta mas não vê o Helicóptero ( Processo do Contra
Azimute):
...Contato inicial e autenticação...
ANV: Urubu, assinale sua localização.
RADIO OP
fumígeno vermelho.
ANV: Urubu, Pantera tomando proa 230 graus.Blz avistado.
... Situação do Inimigo, vento direção de pouso e
Balizamento...
É importante que se tenha em mente que “o vento vem e a aeronave vai”.
Desta forma, o azimute do vento é obtido apontando a bússola para a direção
que ele vêm. A Anv deve pousar na direção contrária do vento.
Processos para condução da Anv: Da bússola / do relógio / do espelho
sinalizador / do fumígeno / “homming” (ao acionar a tecla do combinado do
equipamento rádio, compatível com esse equipamento de auxílio à navegação
da Anv, a agulha do Homming da Anv aponta nesta direção.)

4-12
CAPÍTULO 5

EVACUAÇÃO AEROMÉDICA

PROCEDIMENTOS GENÉRICOS DE PRIMEIROS SOCORROS

5-1.GENERALIDADES

È a missão de apoio logístico, realizada num quadro de Operações


Aeromóveis, na qual meios aéreos são empregados no movimento de doentes
e feridos (baixas), para ou entre instalações de saúde que propiciem melhor
5-1
recuperação e tratamento adequado.
- Procedimentos Genéricos de Primeiros Socorros:
a. Proteger a Equipe Aeromédica: as equipes deverão estar com luvas
cirúrgicas, coletes, e dependendo da natureza da enfermidade ou ferimento’,
estar também com máscaras e sacos de despojos.

guras para o salvamento.


c. Presença de algum perigo iminente: apagar qualquer princípio de
incêndio, cortes de baterias, combustíveis (no caso de Anv fazer a parada dos
rotores).

necessários: pedidos de maior quantidade de Vtr, ou Anv dependendo da gravi-


dade e quantidade das vítimas.

f. Controlar o vocabulário e hábitos

h. Evitar comentários desnecessários sobre a gravidade das lesões


i. Efetuar avaliação de análise primária.

j. Efetuar avaliação de análise secundária:


1) relacionar o local da ocorrência com as lesões da vítima;
2) questionar a vítima e/ou testemunhas;

4) realizar o exame da cabeça aos pés.


l. Estabilizar a vítima: deixá-la em condições de ser transportada. He-
morragias são estancadas e fraturas imobilizadas.
m. Informar para o médico o resultado das análises, freqüência cardí-
aca, respiratória e as lesões encontradas.

5-2. A EVACUAÇÃO.

Havendo ferido grave, a equipe de salvamento é composta de no


mínimo dois homens. Conforme a natureza do ferimento, a equipe decidirá se é
necessário ou não providenciar maca.
Com o helicóptero pousado, o ferido é transportado pela equipe e colocado
a bordo, realizando assim o resgate.
Na impossibilidade de pouso, a equipe prepara o ferido para o resgate.

maca é uma das tarefas da equipe de salvamento. As amarras deverão ser

graus, aproximadamente, com a cabeça do ferido na parte superior, conforme a

5-2
Quando não houver maca, sendo possível, o ferido será resgatado
utilizando-se somente a alça de resgate, a qual é lançada junto com o cabo
do guincho. Passa-se a alça pelo tronco do ferido, ajustando-a por baixo dos
braços. Se o ferido estiver consciente e em condições de segurar a alça,
não é necessário amarrar suas mãos. Caso contrário, as mãos do ferido são

de salvamento.
A área de resgate deverá ser totalmente limpa, quando possível, para
evitar que o ferido seja arremessado contra árvores ou outros obstáculos.
Quando o helicóptero arremete com o cabo distendido, todo o material do ferido
é resgatado com ele.
Obs: No resgate noturno, o cabo, ao ser lançado do helicóptero, deverá
ter uma lanterna em sua ponta.
5-3. O PELOTÃO DE SAÚDE.
a. É o encarregado pelo apoio em serviço de saúde para os integrantes
do BIL. Possui um comandante e um subcomandante para possibilitar o apoio
através de duas equipes de apoio direto. Dependendo da situação, seus

das subunidades de fuzileiros. O Pelotão de Saúde é o responsável em realizar


os procedimentos de primeiros socorros e a evacuação aeromédica na cabeça
de ponte aeromóvel.

b. O pelotão de saúde é organizado com um grupo de comando e grupo


de triagem e três grupos de evacuação.

5-3
CAPITULO 6

EMPREGO DOS APOIOS

ARTIGO I

APOIO DE FOGO E DEFESA ANTIAÉREA

6-1. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS


a. Em princípio, um Assalto Aeromóvel é executado à retaguarda do
inimigo e dentro do alcance de utilização da Artilharia do Escalão Superior;
b. Neste tipo de Operação, o princípio da SEGURANCA é fundamental;
c. O deslocamento das SU do GAC L deve, em princípio, e quando
possível, ser auto-rebocado;
d. As SU do GAC L devem estar ECD serem transportadas por helicópteros,
sem apegar-se a números pré-estabelecidos de aeronaves;
e. As ligações devem ser realizadas entre a força a ser transportada e a
Força de Helicópteros;

6-2. EMPREGO DA ARTILHARIA

à área de objetivos da Força Aeromóvel é feito da apreciação dos seguintes


fatores:
6-1
b. Valor da Artilharia a ser empregada
Pode variar desde uma Seção, a uma Bia, normalmente em reforço,
até um GAC, em Ap G ou em reforço;

6-3. LIMITAÇÕES
a. Limitada Def AAe;
b. Durabilidade na ação;
c. Limitada Proteção contra blindados;
d. Limitada proteção contra efeitos de armas químicas, biológicas e
nucleares;

f. A Artilharia deve estar ECD acompanhar a velocidade de deslocamento


e o dinamismo da Arma Base, devendo, desta forma, ser dotada de material leve
e versátil;
g. Além disso, existem outras limitações:
-Vulnerabilidade à ação aérea do inimigo, particularmente durante os
deslocamentos;
- Necessidade de grande quantidade de munição;
- Necessidade de regulação para obter precisão máxima;
- Redução de apoio de fogo durante as mudanças de posição;

mado.
h. Mudança de Posição (Grande Vulnerabilidade)
-Por helicóptero
-A braço

6-4.ESCALONAMENTO DA PEÇA

a. Anv HM1,PANTERA.
Cada peça (obuseiro+guarnição+munição) é transportada por 04 (qua-
tro) Anv e uma Bia a 06 (seis) peças por de 24 (vinte e quatro) Anv.
b. Anv HM3 COUGAR.
A peça (obuseiro + guarnição + munição) é levada em uma aeronave.
-Carga externa: 1.350,00 Kg
-Carga interna: em torno de 900,00 Kg

6-5. POSSIBILIDADES

a. Deslocar rapidamente os fogos de suas armas em largura e profundidade


se necessidade de mudança de posição.
b. Emassar seus tiros sobre um ou mais alvos.
c. Concentrar unidade para proporcionar maior poder de fogo.
d. Executar tiros precisos sob quaisquer condições de visibilidade,
6-2
atmosféricas e de terreno.
e. Realizar tiros precisos sem ajustagem.

g. Destruir alvos-ponto.
h. Executar tanto o tiro direto como o indireto e.
i. Proporcionar a iluminação do campo de batalha.

6-6. TIPOS DE HELITRANSPORTE DA ARTILHARIA

a. Helitransporte em “Carga Interna”

2) Pode ser realizado quando a C Pnt Amv a ser ocupada e o itinerário


de deslocamento estejam livres da presença do Inimigo, bem como quando o
tempo disponível para a ocupação não venha a ser um fator restritivo.
b. Helitransporte em “Carga Externa”
1) A Bia O L pode ser transportada até uma C Pnt Amv a curta distân-
cia, em função da autonomia de vôo da Anv HM -1 PANTERA (Aprox 30 Km).

6-7. REORGANIZAÇÃO NA ÁREA DE OPERAÇÕES DA BATERIA DE


OBUSES LEVE.

a. Deve-se seguir a sistemática convencional, com algumas adaptações,


6-3
de:

civil e inimigo;
2) principalmente prover a segurança da Bia O, durante a ocupação
de posição;
3) o efetivo deverá variar de um GC até um Pel conforme a situação;
4) o Sargenteante estabelecerá o contato com o Destacamento de Se-
gurança para levantar as necessidades de segurança da posição; e
5) todos os militares da Bia não empenhados durante o REOP deverão
ser empregados no estabelecimento da segurança;
b. Um Assalto Aeromóvel é uma missão extremamente importante,
complexa e decisiva. Necessita de coordenação nos mínimos detalhes, por isso,
avultam de importância as medidas de Coordenação e Controle como LCAF,
LCF, EAR, Linhas e Pontos de Controle, dentre outras.
c. A atribuição de meios de Artilharia à Força Tarefa Aeromóvel proporciona
um aumento do Poder de Combate desta Força, facilitando o cumprimento da sua
missão, sendo a decisão do emprego da Artilharia, fruto da análise dos Fatores
de Decisão, com o material orgânico do GAC L, leve e versátil, permitindo o
transporte aeromóvel e com o valor que pode variar desde uma Seção, até um
GAC L.

6-8. A BATERIA AAAe

Este parágrafo trata acerca dos princípios básicos de emprego da Bateria


de Artilharia Antiaérea (Bia AAAe), orgânica da Brigada de Infantaria Leve
Aeromóvel (Bda Inf L Amv), no decorrer de uma Operação de Assalto Aeromóvel.
Aborda também sua organização, missões, possibilidades e limitações. Tem

relacionadas com as Operações Aeromóveis.

6-8-1. MISSÃO

A missão da Bia AAAe orgânica da Bda Inf L Amv é de prover a Defesa


Antiaérea (DAAe), da Brigada como um todo ou de seus elementos subordinados,
contra vetores aéreos hostis e, principalmente, durante o momento do embarque
e do desembarque; posteriormente, na região da Cabeça-de-ponte Aeromóvel,
aumentando a capacidade de defesa da Força Aeromóvel.

6-4
6-8-2. EMPREGO

A Bia AAAe L é composta por 01 (uma) Sec Cmdo, 01 (uma) Sec Log e
02 (duas) Sec AAAe (Unidade de emprego). Cada Sec AAAe possui 04 (quatro)
Unidades de Tiro (U Tir), cada uma com 03 (três) mísseis, perfazendo um total
de 24 (vinte e quatro) mísseis.
O material empregado pela Bia AAAe L é o míssil Antiaéreo Portátil Igla
9k38, cujo alcance útil é de 5200 m.
a) Aspectos a considerar no assalto aeromóvel.
1) É imprescindível, em qualquer Operação Aeromóvel, a obtenção da
superioridade aérea, pelo menos local, sobre a região do assalto e ao longo das
rotas de vôo. No entanto, essa superioridade é temporária e pode ser perdida a
qualquer instante, principalmente em se tratando de uma operação em terreno
inimigo.
2) É importante que seja observado a dosagem de meios AAe adequa-
dos ao escalão envolvido na Operação. Por exemplo: 01(uma) Sec AAAe por FT
nível Batalhão.
3) As medidas de coordenação e controle do uso do espaço aéreo são
fundamentais para esse tipo de operação, uma vez que nem toda aeronave que

amigas é muito grande no local da operação, mesmo após a consolidação do


objetivo.
b) Necessidades de defesa antiaérea
1) Base de operações da Unidade Aérea (Aviação do Exército) que
desde o tempo de paz já são levantadas pelo inimigo e, portanto, vulneráveis a
6-5
ataques aéreos;
2) Z Reu da tropa que fará o assalto;
3) Z Embarque, locais de grande concentração de tropa e aeronaves;
e
4) Cabeça-de-ponte aeromóvel.
5) Equipes precursoras empregadas na seleção e balizamento da ZPH
devem ser acompanhadas de meios AAe.
c) Ações antes, durante e após o assalto.
1) Num assalto aeromóvel de uma FT nível Batalhão, os meios AAe
serão os de 01 (uma) Sec AAAe. Antes do assalto, 01 (uma) Unidade de Tiro (U

U Tir e do Radar de Vigilância da Bia AAAe L. Além disso, a posição de toque da


aeronave que transporta o Rdr Vig tem que ser balizada pelo Sgt Adj que além
de reconhecer, irá preparar essa posição e balizar o local exato do radar. Essa U

em condições de realizar uma Autodefesa Antiaérea da posição no momento do

Rec) estará realizando a DAAe da Z de Embarque até a partida do Escalão de


Assalto.
2) Após a partida do Escalão de Assalto, a AAAe permanece na Z Reu
fazendo a DAAe do Escalão de Acompanhamento.
3) Depois de consolidado (conquistado) o Objetivo, deslocar-se-ão
para a posição o Escalão de Acompanhamento e Apoio as demais U Tir da Se-
ção junto com o Rdr Vig e o Cmdo da Sec para estabelecer a DAAe da Cabeça
de Ponte Aeromóvel.
4) O Adj da Sec AAAe, que preparou a posição do Rdr Vig, irá balizar o
pouso desta aeronave que colocará o radar exatamente na posição. As três U Tir
que irão na vaga de acompanhamento ocuparão suas posições e deverão fazer
as ligações necessárias; o Centro de Operações Antiaéreas da Seção começa a
funcionar controlando e comandando todas as ações da Artilharia Antiaérea na
Cabeça de Ponte Aeromóvel.
d) Aeronaves empregadas
- HM1 – “Pantera” para as U Tir (3); e
- HM3 – “Cougar” para o Rdr Vig e Gr Rdr mais Tu Vig.

6-8-3. LIMITAÇÕES

·Limitada capacidade noturna de Operação;


·Meios limitados para atender a todas as necessidades;
·Relativa vulnerabilidade a Guerra Eletrônica;
·Capacidade de carga da aeronave visto o peso e o volume do material
empregado pela Bia AAAe:
- Msl Ptt 9K 38 IGLA 17 Kg;
- Radar de vigilância EL/M NG-40 150 Kg.
6-6
ARTIGO II

MOBILIDADE, CONTRA-MOBILIDADE E PROTEÇÃO

6-9. ORGANIZAÇÃO E EMPREGO


a. A Cia E Cmb L (Amv), como um dos elementos essenciais de apoio
ao combate, deve proporcionar à Bda Inf L (Amv) um apoio adequado, quer
seja pela correta dosagem de emprego de suas frações, quer seja pelo correto
emprego dos seus meios e equipamentos de engenharia.
b. Nos casos de emprego de um BIL (FT BIL) em um Assalto Aeromóvel, a
Cia E Cmb L (Amv) empregará seus Pel E Cmb L, principalmente, como frações
de apoio ao combate.
c. O Pel E Cmb L(Amv) é a fração da Cia E Cmb L(Amv) apta a trabalhar
em apoio aos BIL. Normalmente, o Cmdo da Cia designa esses Pel E Cmb
L em reforço (situação de comando) ou apoio direto para apoiar cada peça
de manobra valor Btl empregado em 1º escalão. Eventualmente, equipes de
Engenharia de valor menor que o Pel E Cmb L, e até mesmo equipamentos de
Eng com seus operadores, poderão ser empregados em apoio a uma Unidade
que não disponha de Engenharia orgânica ou que já tenha recebido uma fração
em apoio.
d. Nos BIL empregados em 1º escalão, as necessidades de trabalho
de Engenharia fazem-se sentir de forma mais premente e, normalmente,
condicionadas pelo fator tempo, exigindo, dessa forma, o posicionamento

dos meios de engenharia o mais próximo possível. Desta forma, os trabalhos


técnicos, mais que nos outros escalões, são sumários, rápidos devendo atender,
em princípio, apenas às necessidades mais urgentes das peças de manobra.

6-10. APOIO DE ENGENHARIA NO ASSALTO AEROMÓVEL


a. Escalão de Reconhecimento
Antes do Ass Amv, elementos de Eng do Grupo de Reconhecimento

6-7
objetivo de realizar reconhecimento especializado e/ou limpeza e melhoramento
dos Loc Ater. Nesta fase do Assalto Amv, avultam as seguintes atividades no
reconhecimento: prováveis locais de suprimento de água, condições das estradas
que penetram no interior da Cabeça-de-Ponte; reconhecimento das pontes e
itinerários e recursos para Engenharia.
b. Escalão de Assalto
Militares de Engenharia dos Grupos de Explosivos e Destruições e
Sapadores Mineiros são desembarcados na área do Objetivo próximo a ela, vi-
sando prover o Apoio da Engenharia necessário aos elementos de combate.
Estes grupos têm como principal missão realizar, dentro de suas possibilidades,
os trabalhos técnicos de Engenharia em proveito do BIL.
c. Escalão de Acompanhamento e Apoio
O Grupo de Equipamento de Engenharia de Combate Leve inicia os
seguintes trabalhos: construção de PC, espaldões para Artilharia e trabalhos de
construção (limitados) na área do Objetivo ou próximo a ela.
d. Escalão Recuado

ocupada pela Bda Inf L (Amv) ou DE, a qual a FT BIL encontra-se subordinada
(controle operacional).

ARTIGO III

APOIO DE COMUNICAÇÕES E GUERRA ELETRÔNICA

6-11. GENERALIDADES

a. O planejamento, a preparação e a execução de uma Operação


Aeromóvel envolve três fases:
1) Montagem (Planejamento e aprestamento);
6-8
2) Movimento aéreo; e
3) Assalto
b. O comando, o controle e as comunicações das forças componentes
de uma Operação Aeromóvel são estabelecidos pelo comandante que exerce o
controle e supervisão da operação.

6-12. MATERIAL UTILIZADO


O material disponível para o apoio das comunicações no Assalto
Aeromóvel é o seguinte:

6-13. FORMAS DE EMPREGO

a. Planejamento
1) Durante o planejamento do Ass Amv, a Bda Inf L (Amv) encontra-se

6-9
em sua Zona de Reunião, estando já instalado um Sistema de Comunicações
de Comando. Na Operação desse sistema, deve ser mantidos um volume e um
tráfego normal para não revelar ao inimigo o planejamento da Operação.

Bda deve levar em consideração todas as peculiaridades da Operação Aeromó-


vel, a saber:
-Natureza da operação;
-Dependência quase total das comunicações pelo rádio.
b. Aprestamento
1) Nesta fase, em princípio, o Escalão de Assalto da Bda Inf L já deixou
a sua Z Reu e acha-se distribuída pelas áreas de embarque. O sistema de comu-

2) O equipamento de comunicações orgânico da Bda deve ser prepa-


rado para embarque.
3) O sistema de comunicações estabelecido antes do início da Ope-
ração Aeromóvel deve manter o mesmo volume de tráfego, tendo em vista não
revelar ao inimigo indícios desta.
c. Movimento aéreo
1) A fase do movimento aéreo começa com a partida das aeronaves e
estende-se até a saída do pessoal e do equipamento das mesmas.

pelas comunicações e cabe ao comando do transporte prover comunicações


para as unidades aeromóveis.
d. Fase do Assalto
1) A fase do Assalto Aeromóvel começa quando a tropa desembarca
das aeronaves, e estende-se até a conquista dos objetivos iniciais e consolida-
ção da Cabeça de Ponte Aeromóvel.
2) O controle centralizado não é praticável durante os estágios iniciais
do assalto e a operação. Geralmente a fase é caracterizada por ações indepen-
dentes das unidades subordinadas. Deve-se atentar ao máximo para as NGA
de Com. Todo esforço deve ser despendido, todavia, para estabelecer as comu-
nicações, o que capacitará o comando da tropa exercer sua ação o mais cedo
possível. Alguns métodos podem ser usados nessa fase:
- artifícios pirotécnicos, sinais sonoros e painéis (usado, principalmente,
na ligação terra-avião);
- estabelecimento de rede-rádio para ligar o comando da tropa às uni-
dades subordinadas;
- mensageiros a pé e motorizados;
- estabelecimento de comunicações rádio da força aérea com as unida-
des de manobra.
e. A localização do PC no interior do dispositivo favorece a sua segurança,
tendo em vista a forma circular na Cabeça de Ponte Aeromóvel.
f. Após a tomada do dispositivo da Cabeça de Ponte Aeromóvel, deverá
ser estabelecido o contato com o Escalão Superior, esse contato deverá seguir
o previsto na IECOM que estiver em vigor.
6-10
g. As comunicações iniciais serão através rádio, devido às particularidades
da operação, e, no menor tempo possível, será estabelecido o sistema físico
para uma maior segurança.

ARTIGO IV

APOIO LOGÍSTICO

6-14. GENERALIDADES

a. No caso em que a FT BIL for empregada de forma isolada, a GU

tropas de Inf L (Amv). O B Log deverá prestar este apoio destacando uma Cia
Log L (Amv), de constituição variável e temporária de acordo com a missão

Cabeça-de-ponte Aeromóvel ocupada pela FT BIL ou, na impossibilidade, no


interior da Ap Log da GU enquadrante.
b. Levando-se em consideração que a FT BIL tem a capacidade de durar

quanto ao ressuprimento das Classes I, IV, V e água, utilizando-se de quaisquer


meios disponíveis, em especial os meios aéreos.
6-11
c. Quando se processar o ressuprimento aéreo, a evacuação de feridos,
mortos e prisioneiros de guerra será realizada utilizando-se as vagas de retorno
das Anv, caracterizando-se assim, uma Op Log Amv.

d. O Cmt da Cia Log L (Amv) acompanha o planejamento da Op desde


o estudo de situação 1ª fase, dando conhecimento ao S/4 da FT Amv que irá

6-15. MISSÃO

particularmente em Op Amv.

6-16. POSSIBILIDADES

a. Apoiar a FT BIL nas seguintes atividades:


1) manutenção de 2° e 3° Escalão de material moto, Armt e Com;
2) apoio de Saúde, operando um Posto de Triagem e uma enfermaria.
Realizar a evacuação de feridos da FT BIL, particularmente evacuação Amv,
para a Área de Apoio Logístico ou outra instalação de saúde, SFC;
3) realizar as atividades de Suprimento e Ressuprimento Amv, espe-
cialmente das Classes I, IV, V e água;
4) enquadrar as Tu Cozinha do BIL/FT BIL; e
5) coordenar a Z Reu do BIL durante o seu emprego.

6-12
6-17. LIMITAÇÕES

a. Dependência de outra tropa para prover sua segurança; e

uma Op Amv

6-18. MÓDULOS LOGÍSTICOS DO BIL

classes de suprimento em módulos de 1 à 4, de acordo com a prioridade de


ressuprimento.
a. Nível 1: fardo aberto + fardo de combate + fardo de bagagem (saco
VO) + armamento coletivo e munição.

Fardo aberto e armamento individual Fardo de combate

Armamento coletivo Fardo de combate


b.Nível 2: PC do Cmt, módulo de comunicações, módulo de saúde
e módulo de manutenção

PC Cmt Cia Módulo de Com

6-13
Módulo de saúde
c. Nível 3: Utensílios de cozinha, material de rancho.

Equipamento de rancho

Módulo de rancho

6-14
Pallet de rancho

Pallet de rancho

d. Nível 4: Módulo de higiene

6-15
intermédio das aeronaves que compõem a FT Amv BIL. Os módulos logísticos de
um Btl Inf L foram planejados e confeccionados de modo que todos eles possam
seguir destino para a Cabeça-de-ponte Aeromóvel, por intermédio das aeronaves

a tropa que se encontra defendendo a Cabeça-de-ponte Aeromóvel a mesma


poderá durar na ação por até 48h, sem necessidade de ressuprimento. Após isso

6-16
6-17

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