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1. Se Ricardo poderia realizar o negócio de forma válida?

O Ricardo poderia realizar o negócio de forma válida sim

2. A decisão do tribunal em interdita-lo é legal?

Ricardo é interdito, tal como um menor, é incapaz de actuar no mundo jurídico sozinho,
pessoal e livremente, sem o seu representante legal (tutor).Tratando-se de uma
incapacidade de exercício de direitos com a mesma extensão da menoridade. Por ai a
decisão do tribunal foi legal.

3. Quais os mecanismos legais para atacar o negócio firmado pelo Ricardo?

Se se demonstrar que essa incapacidade era notória, conhecida ou facilmente


constatável por um homem medianamente atento (o homem médio teria notado que o
Ricardo não se encontrava no pleno uso das suas faculdades).
Preenchidos estes dois requisitos, o tutor podia anular o negócio.

4. 4 O tutor indicado pelo Tribunal, poderia ou não invalidar o negócio de


aquisição do equipamento?

Ricardo é interdito, tal como um menor, é incapaz de actuar no mundo jurídico sozinho,
pessoal e livremente, sem o seu representante legal (tutor). Trata-se de uma
incapacidade de exercício de direitos com a mesma extensão da menoridade. Porém, ao
contrário desta última, só existe quando haja uma sentença judicial que a reconheça e
decrete, e o competente registo.
Por isso, antes de mais, temos de enquadrar a situação temporalmente, identificando se
o negócio se deu antes de ser intentada a acção de interdição (durante a pendência da
mesma, enquanto corre termos a acção, temos a figura do interditando), ou após ser
decretada a interdição, por sentença registada aqui, já temos um interdito, equiparado a
um menor.
Ora, neste caso, e tendo em conta as datas apontadas pelo enunciado, temos que o
negócio que o tutor quer atacar foi celebrado antes de ter sido proposta qualquer acção
em Tribunal.

5. 5 Se a solução seria a mesma se Ricardo fosse maior e tivesse feito a


aquisição do equipamento em Setembro de 2007, por um preço
excepcionalmente favorável?
Nesta segunda situação, temos uma nova data de celebração do negócio: Setembro de
2007.
Ora, desta vez, olhando para as datas que nos são dadas pelo enunciado (a data em que
foi proposta a acção e a data da sentença) o negócio foi celebrado durante a pendência
da acção, ou seja, enquanto esta corria em Tribunal. Já tínhamos um interditando, mas
não um interdito. Já tinha havido publicidade da acção, mas ainda não havia decisão
final (sentença).
Por isso, para que o negócio seja atacável era necessário que se encontrem preenchidos
os requisitos de artigos.

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