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aristocracia;
○ Queda da Monarquia
○ Stalinismo
Em um período em que teorias liberais e socialistas chegaram ao país, a revolução pode ser
dividida em duas fases, de acordo com a vertente ideológica. Um dos resultados foi a mudança
do sistema de governo com a criação da União Soviética.
● Antecedentes
A Rússia vivia sob o modelo Czarista, uma monarquia absolutista associada à autocracia.
Este modelo era sustentado pela nobreza rural (aristocracia) e tinha apoio do clero ortodoxo. O
“Czar” era o rei e este título veio de uma adaptação da palavra “César”, usada no Antigo Império
Romano.
O sistema russo era baseado na produção agrícola feudal e estava iniciando a primeira
fase de industrialização. Além disso, abrigava a maior população da Europa, que vivia em
pobreza porque os senhores das terras cobravam altos impostos em troca de proteção militar.
1858 – 1881: Alexandre II
O Czar tinha consciência da necessidade das reformas modernizadoras. Por isso, realizou
a abolição da servidão agrária, distribuição de terras inutilizadas para camponeses, incentivou o
ensino básico, deu autonomia às universidades e às províncias. Sofreu forte oposição da nobreza.
A tensão social permaneceu porque faltavam recursos técnicos para os agricultores e a
fome continuava. Com a autonomia das universidades, as ideias liberais e socialistas entraram no
país. Um grupo que era contrário à monarquia assassinou o Czar.
Após o assassinato, a aristocracia uniu-se ao novo czar, Alexandre III. Ele retomou o
absolutismo com todas as forças, investiu no poder da polícia do governo (Okhrana) e controlou
todos os setores educacionais e midiáticos.
A recém industrialização era desfrutada somente pelos nobres, surgindo uma classe
trabalhadora miserável. Com a chegada das ideias revolucionárias, surge o Partido Operário
Social-Democrata Russo (POSDR) que foi posto na ilegalidade.
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Alexandre III sofreu um atentado de morte em 1887 sem sucesso, realizado por
Alexandre Ulyanov, o irmão mais velho de Lênin, que anos depois seria o líder da Revolução
Russa.
Novas passeatas aconteceram, mas o governo temia um novo Domingo Sangrento e não
queria irritar mais a população. Em Fevereiro, um conjunto de soldados e trabalhadores vestidos
de vermelho invadiram o palácio onde a Duma se reunia.
Era um encontro de autoridades que davam conselhos ao Czar e era dividida em dois
grupos: um liberal e outro soviete (socialista). Cercado por pressões de todos os lados, Nicolau II
assinou sua abdicação.
Após a queda do Czar, o Governo Provisório surgiu comandado por um príncipe
latifundiário. Era um governo de caráter liberal burguês, que defendia a propriedade privada, a
diminuição da atuação do Estado e a continuação na Primeira Guerra Mundial.
A polícia foi abolida e substituída por milícias populares. Um dos militares tentou dar o
golpe para implantar uma ditadura militar, mas falhou.
Com um Estado menor e mais autonomia popular, os socialistas se organizaram em
conselhos chamados de Sovietes. Lênin foi o primeiro líder e juntou-se a Trotski, responsável
pela divulgação dos bolcheviques.
Pelas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo
Provisório e incitou a união dos soldados para tirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial e pôr
fim ao imperialismo. Eles acreditavam que a revolução motivaria outras rebeliões socialistas nos
demais países.
Foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes, chamado de Comitê
Executivo Central dos Sovietes. Eles organizaram manifestações que eram reprimidas pela
opinião pública. Acusado pelo Governo de ser um agente alemão, Lenin fugiu para a Suíça.
Mesmo em exílio, Lenin e Trotski preparam uma rebelião armada chamada Exército
Vermelho. A essa altura, o governo era um “poder-duplo” e os socialistas ganhavam força.
Governo de Lênin
As medidas de planificação econômica do Estado socialista não deram certo e Lênin teve
que implantar a NEP – Nova Política Econômica.
As medidas de violência e repressão física foram diminuídas, o foco de Lênin era
difundir a ideologia na população e fomentar um conjunto de medidas econômicas e políticas.
Por mais que parecesse contraditório ao plano inicial socialista, a NEP abria a URSS para
investimento de capital externo e dava liberdade de comércio interno, pois acreditava que era
preciso “dar um passo atrás para avançar dois a frente”.
Pois os teóricos socialistas entendiam o socialismo como uma superação do capitalismo
industrial. Desta forma, era preciso chegar ao ápice da produção de tecnologia e riquezas
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capitalistas para só então realizar as medidas socialistas. Como a burguesia russa não realizou
isso, até por falta de tempo, visto que a revolução veio logo, o Estado Soviético o fez.
Ainda assim, mantinha controle estatal sobre bancos e indústrias de base e permanecia
com o lema “todo poder aos sovietes”.