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GEOGRAFIA

Professor Wilson Fernandes

Turma: 9º ANO
Apostila 4 - Capítulo 5 – Europa: Sociedade
Apostila 5 - Capítulo 6 – LESTE EUROPEU
Módulos: 28 a 43
REVISÃO – PI - 2º BIMESTRE
Movimentos de Migração na Europa
❖ A pequena extensão territorial de determinados países europeus e as
facilidades dos meios de transporte atuais permitem, sem grandes
dificuldades, que pessoas atravessem três ou quatro países em questão de
horas. Assim, o contato com estrangeiros, para os habitantes desse
continente, é considerado algo cotidiano.
❖ As grandes potências europeias, como Inglaterra, França e
Alemanha, apresentam considerável porcentagem de imigrantes, o que
evidencia a atração exercida pelo fator econômico sobre eles.

❖ O contato constante dos europeus com culturas estrangeiras não é um


fenômeno novo. Hoje, a Europa é um destino para os imigrantes, mas,
durante séculos, foi o ponto de partida de emigrantes, cujos destinos eram
diversos países pelo mundo.
É possível identificar dois grandes períodos de migração europeia para diversas
regiões do mundo. Esses períodos apresentam características específicas.

Período Colonial
• Séculos XVI e XIX - Emigração europeia entre
metrópole e colônia.
• Ligado ao desenvolvimento de atividades econômicas:
Colônias de exploração e povoamento.
• São exemplos: Ingleses para suas colônias na América
do Norte (EUA e Canadá – Colônias de povoamento) e
espanhóis para a América Latina; e franceses para os
territórios africanos que estavam sob seu controle.
É possível identificar dois grandes períodos de migração europeia para diversas regiões do
mundo. Esses períodos apresentam características específicas.

Período pós-abolição

• Séculos XIX e XX - Esse fluxo migratório teve como principal


destino os países da América e da Oceania, que passavam
por um processo de substituição da mão de obra de
africanos escravizados pela mão de obra livre para o
nordeste dos EUA, o Sudeste e o Sul do Brasil, o nordeste da
Argentina e todo o território do Uruguai.
Fatores de origem - Emigração
• Aumento demográfico nos países europeus.
• Melhorias na qualidade de vida e longevidade.
• Crises políticas e econômicas.
• Expansão dos impérios otomano, russo e
austro-húngaro.
• Guerras.
Fatores de Destino - Imigração

• Abolição da mão de obra de escravizada.


• Políticas de europeização da população.
• Expansão das atividades agrícolas e industriais.
• Grandes vazios territoriais e demográficos nas
áreas de interior.
A Organização da Europa no pós-Segunda Guerra Mundial

• Plano Marshall (Geopolítica)


• Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um
programa geopolítico de ajuda econômica dos EUA aos países
da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do
plano era reconstruir economicamente os países europeus
ocidentais e expandir o capitalismo na Europa. O Plano
Marshall recebeu esse nome em homenagem a seu
idealizador George Catlett Marshall.
• Outro objetivo do Plano Marshall era realizar uma
propaganda maciça contra a URSS, estabilizar a situação
política e social na Alemanha e conter o avanço do poder
de partidos comunistas na França e na Itália
Consolidação e Fragmentação dos Territórios Europeus
• Até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), estavam estabelecidos
na Europa três impérios diferentes:
• Império Austro-Húngaro: Século XIX e se manteve até o
início do século XX – Áustria, Hungria, Alemanha, Itália, República Tcheca,
Eslováquia, Ucrânia, Eslovênia, Sérvia....
• norte
• Império Otomano: De origem turca, surge no século
XVII, expandindo-se para a norte da África, Ásia e Leste
Europeu.

• Império Russo: Surge no século XVIII e expandiu-se para


a Europa, Ásia e a América. Em 1947, foi o primeiro império a
adotar o sistema socialista, dando origem a URSS – União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Implicações Populacionais da Segunda Guerra Mundial – 1939 a 1945

• Estima-se que foram cerca de 47 milhões de


mortes, equivalendo-se a 7% do total da
população mundial, sendo a Europa a mais
afetada.
• Essas baixas na população tiveram reflexos
diretos na estrutura etária dos países
europeus, mostrando a desproporção
populacional entre homens e mulheres nas
faixas-etárias entre 20 e 40 anos.
Implicações Econômicas
• Além das perdas populacionais, a ocorrência da guerra trouxe
também grandes reflexos econômicos para os países europeus.
• Consequências econômicas da Segunda Guerra na Europa:
❖ Capital Humano: As perdas populacionais significaram perda de
mão de obra disponível. O mercado consumidor europeu
apresentou uma diminuição significativa.
❖ Capital Físico: A destruição de construções e infraestruturas pelos
bombardeios exigiu a inserção de capital externo no continente
europeu para a sua reconstrução.
❖ Capital de Estoques: Alteração das bases produtivas de
algumas indústrias, que se tornaram bélicas ou voltadas
ao abastecimento de soldados, no que se refere à
alimentação, ao transporte e ao vestuário.
Estado de Bem-Estar Social na Europa
• Durante o século XIX, as ideias de organização de um sistema
de produção alternativo ao CAPITALISMO já rondavam a
sociedade europeia.
• Por outro lado, apesar de não ter sido implementado de
forma permanente ainda, o SOCIALISMO
despontava como forte candidato, principalmente entre
as organizações sindicais e operárias no continente, com
diversos levantes pontuais na tentativa de se estabelecer
esse sistema produtivo na Europa.
• Socialismo Ideal (Teoria) X Socialismo Real (Prática).
Esquema do Estado de Bem-Estar Social
O Capitalismo e o Espaço Mundial

• Chegada dos europeus à América e a


descoberta de novas rotas comerciais para
regiões da Ásia.

• O comércio mundial intensificado na Europa.

• Mercadorias passaram a ser transportadas em


rotas pelo oceano Atlântico, depois de
contornar o continente africano.
Capitalismo
• Principais características:
▪ Busca do lucro.
▪ Sociedade dividida em classes sociais.
▪ Meios de produção podem ser propriedades
privadas.
▪ Economia de mercado - A produção de
mercadorias e a geração de serviços destinam-se
à comercialização.
▪ Trabalho assalariado.
Neoliberalismo
Indicadores Sociais da Europa
• Um dos meios de analisarmos, de forma objetiva, as diferenças
espaciais existentes em um território é com base em dados
estatísticos.
• O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma
medida resumida do progresso a longo prazo em três
dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda,
educação e saúde.
• Atualmente, um dos dados sociais mais importantes
considerados para a compreensão de um território é o IDH.
Esse índice permite conhecer de maneira ampla diversos
parâmetros de um determinado local.
Pontos de Atração e Políticas de Contenção de Imigrantes

• Em grande parte das regiões Sudeste e Sul do Brasil, é muito


comum encontrar pessoas de origem europeia. Seja pelas
características físicas, seja pelos hábitos culturais, é fato que a
influência europeia nesses lugares é marcante.
• No início do século XX, o Brasil recebeu muitos
imigrantes europeus, como meio de substituição da mão
de obra escravizada africana que fora libertada.
• No contexto atual, houve uma alteração drástica nos
fluxos migratórios do continente europeu, que
deixou, há muito tempo, de ser ponto de partida
(EMIGRAÇÂO) para tornar-se ponto de chegada
(IMIGRAÇÂO) para os imigrantes de diferentes locais
do mundo.
Períodos de Migração Europeia
Do ponto de vista demográfico, podem ser
identificados três grandes períodos de fluxos
migratórios para o continente europeu.
1. 1950 a 1974 – Trabalhadores migrantes e
descolonização
2. 1975 a 1989 - Controle migratório e crise
do petróleo.
3. 1990 a 2012 - Alterações recentes na
migração para a Europa e dentro dela.
Alguns Aspectos Positivos e Negativos da Imigração
Consequências
• Com o estabelecimento do Estado de crise, houve,
na sociedade europeia, o aumento de tensões
entre os imigrantes e as populações nacionais,
fazendo emergir movimentos de intolerância aos
imigrantes. O nacionalismo europeu ressurgiu em
alguns países, e os movimentos de discriminação e
xenofobia intensificaram-se. Como resposta, os
Estados europeus buscaram criar políticas de
integração social e cultural de imigrantes, na
tentativa de estabelecer coesão social.
LESTE EUROPEU

Capítulo 6
Módulos 37 a 43
LESTE EUROPEU – Características Gerais
• O Leste Europeu é formado por países localizados no centro do continente
europeu.
• Este termo indica uma série de países que tiveram uma trajetória histórica e
cultural diferente dos países da Europa Ocidental.
• Também podemos designá-lo Europa Oriental ou Europa do Leste.
• Os países do Leste Europeu são agrupados conforme suas características
culturais e históricas.
• Normalmente, reúnem países que ficaram sob a influência da Igreja Ortodoxa
e possuem o idioma de origem eslava.
• Muitos deles, como Sérvia, Montenegro e Croácia foram dominados pelo
Império Turco-Otomano. Por isso, encontramos um número grande de
muçulmanos estabelecidos ali há vários séculos.
• Depois da Primeira Guerra Mundial, os Impérios que dominavam essa região se
desfizeram.
• Nesse momento, vários povos conseguiram a sua independência.
• Foi criado o Reino da Iugoslávia
Socialismo
• Principais características:
• A igualdade de divisão de bens entre a
sociedade;
• Empresas Estatais: O poder centralizado no
Estado – inclusive de controlar os meios de
produção;
• Economia Planificada: A ausência de
competição e lucro;
• A ausência de divisão de classes.
Países Bálticos
Localizados junto ao Mar Báltico, próximos à região mais
ocidental da Rússia. Compreende 3 países:
• Lituânia: Capital – Vilnius

• Letônia: Capital – Riga

• Estônia: Capital – Talín


Países do Cáucaso
Estão localizados entre o Mar Negro e o Cáspio, e são considerados
as fronteiras mais orientais europeias. Sendo eles:

• Armênia: Capital – Yerevan

• Azerbaijão: Capital – Baku

• Geórgia: Capital - Tiblissi


Países Balcânicos
Localizados na região sudeste do continente europeu, entre o Mar
Negro e o Mediterrâneo. São predominantemente formados pelos
países que formavam a antiga Iugoslávia, EXCETO:
• Romênia (Bucareste)
• Bulgária (Sófia)
Países que formavam a ex-Iugoslávia:
• Macedônia (Escópia)
• Sérvia (Belgrado)
• Kosovo (Pristina)
• Montenegro (Podgorica)
• Albânia (Tirana)
• Bósnia-Herzegovina (Sarajevo)
• Croácia (Zagreb)e Eslovênia (Liubliana).
Países das Planícies Centrais
Compreendem a região da grande planície central
europeia, entre o Mar Báltico, ao norte, e a região
dos Balcãs, ao sul. São:
• Bielorrússia: Capital - Minsk
• Polônia: Capital - Varsóvia
• Ucrânia: Capital - Kiev
• República Tcheca: Capital - Praga
• Eslováquia: Capital - Bratislava
• Hungria: Capital - Budapeste
Divisão Regional da Europa
A Guerra Fria e o Leste Europeu
• Depois da Segunda Guerra Mundial, a região foi libertada dos
nazistas pelos soviéticos. Assim, essas nações adotaram o
socialismo como regime de governo.
• Também assinaram o Pacto de Varsóvia em 1955, a fim de
estabelecerem uma união e um sistema de defesa parecido ao da
OTAN.
• A única exceção foi a Iugoslávia, que não se alinhou com a política
soviética, embora fosse socialista.
• De todas as formas, a expressão “leste europeu” foi largamente
utilizada para designar os países do continente que haviam
adotado o socialismo como regime de governo.
• Devido ao isolamento e à influência da União Soviética - URSS
nesses países, o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill
denominou este processo de Cortina de Ferro.
Cortina de Ferro
• Cortina de Ferro foi uma expressão usada para designar a
divisão da Europa em duas partes, a Europa Oriental e
a Europa Ocidental como áreas de influência político
econômica distintas, no pós-Segunda Guerra Mundial,
conhecido como Guerra Fria. Durante este período, a
Europa Oriental esteve sob o domínio (ou fazia parte)
da União Soviética, enquanto os países da Europa
Ocidental se mantiveram independentes, embora
formassem um bloco político com os Estados Unidos.
• Esta expressão célebre é utilizada para designar o domínio
da extinta União Soviética sobre os países do leste da
Europa. Tal nome surgiu de um discurso do primeiro-
ministro britânico Winston Churchill, proferido a 5 de
março de 1946 no Westminster College, na cidade de
Fulton, Missouri, nos Estados Unidos.
Queda do Muro de Berlim (1989)
• Em 1989, com a queda do Muro de Berlim, os regimes socialistas
foram caindo um após o outro no Leste Europeu. Com exceção da
Romênia e da Iugoslávia, a transição foi realizada de maneira pacífica.
• Na Romênia, houve uma disputa entre os antigos dirigentes
socialistas, o Exército e o povo. O levante popular bombardeou
edifícios de Bucareste, e o dirigente e sua mulher, Nicolai Ceausescu e
Elena Ceausescu, foram presos e fuzilados.
• A antiga Iugoslávia mergulhou num conflito sangrento, onde cada uma
das nações da antiga república socialista desejava constituir um país
soberano.
• A década de 90 foi especialmente dura, pois estas nações tiveram que
passar de uma economia estatal para uma economia de mercado.
• Atualmente, alguns dos antigos países do Leste Europeu fazem parte
da União Europeia, tornando o termo obsoleto.
A Alemanha e o Muro de Berlim
• O Muro de Berlim foi construído, em 13 de agosto de1961, como
parte de uma decisão da Alemanha Oriental e da União Soviética
para isolar Berlim Ocidental e impedir que a população
da Alemanha Oriental mudasse-se para o outro lado.
O muro simbolizou mundialmente a polarização que marcou o
século XX durante a Guerra Fria.
• E foi iniciado a derrubada, 28 anos depois, em 9 de novembro de
1989 e concluído em 1991.
Muro de Berlim: Passado e Presente – “O Muro da Vergonha”
As Estratégias de Coesão do Bloco Soviético

Churchill, Roosevelt e
Stálin se encontram para
discutir o futuro da Europa
na Conferência de Yalta -
Criméia, meses antes do
fim da Segunda Guerra
Mundial.

Além disso, a União Soviética criou duas organizações para manter a coesão
do bloco: o Comecon – (Conselho para Assistência Econômica Mútua) criado
em 1949, em resposta ao Plano Marshall, envolvendo todo o bloco soviético para integrar
a economia socialista entre os países e o Pacto de Varsóvia – acordo militar criado em
1955, em resposta ao fortalecimento da OTAN, para manter o poder soviético sobre os
países do bloco, em caso de agressões militares.
O fim da União Soviética e a queda da Cortina de Ferro

As pessoas começaram a perceber um governo que não


representava os ideais socialistas, mas que defendia
apenas os interesses de uma elite burocrática.
Em 1985, Mikhail Gorbatchev assumiu o poder da União
Soviética e adotou duas medidas:
➢ Glasnost (Abertura ou Transparência Política), que
visava principalmente aumentar a liberdade política.
➢ Perestroika (Reestruturação Econômica), que tinha
por objetivo reformar a economia, permitindo a
abertura para o mercado internacional e a propriedade
privada de pequenos negócios.
Fragmentação da URSS e Formação da CEI

• A CEI - Comunidade dos Estados Independentes, foi


formada após a dissolução da União Soviética, em 1991.
• Das 15 repúblicas soviéticas, apenas três nações rejeitaram a
adesão à CEI. Trata-se dos países da república bálticas,
como Estônia, Letônia e Lituânia. O motivo da não
adesão é por conta de sua relação conflituosa com a URSS,
sendo que estes países foram anexados a contragosto, e
diante disso, com a independência política, estes países se
afastaram da Rússia e almejam o ingresso na União Europeia.
• As 12 repúblicas que aderiram à CEI: São Países-Membros
da CEI: Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa,
Moldávia, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão,
Ucrânia, Uzbequistão, desde 1991, e Geórgia e Azerbaidjão,
a partir 1993.

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