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Colônias de exploração
PROVOCAÇÃO
• É consensual que o Brasil foi uma colônia de exploração?
Monasterio, L., & Ehrl, P. (2019). COLÔNIAS DE POVOAMENTO VERSUS COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO: DE HEEREN A
ACEMOGLU. Análise Econômica, 37(72). https://doi.org/10.22456/2176-5456.71287
Bibliografias complementares
• ACEMOGLU, D.; JOHNSON, S.; ROBINSON, J. Reversal of fortune: geography and institutions in the
making of the modern world income distribution. The Quarterly Journal of Economics, v. 117, n. 4, p. 1231-
1294, Jan. 2002.
______. The colonial origins of comparative development: an empirical investigation. The American Economic
Review, v. 91, n. 5, p. 1369-1401, Dec. 2001.
https://www.jstor.org/stable/2677930?seq=1#page_scan_tab_contents
• BALDWIN, R. E. Patterns of development in newly settled regions. The Manchester School, v. 24, n. 2, p.
161-179, May 1956.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1111/j.1467-9957.1956.tb00981.x
• NORTH, D. C. Agriculture in regional economic growth. Journal of Farm Economics, v. 41, n. 5, p. 943-951,
Dec. 1959. Disponível em:
• https://www.jstor.org/stable/1235230?seq=1#page_scan_tab_contents
______. Institutions, institutional change and economic performance. Cambridge: Cambridge University Press,
1990.
• SMITH, A. An inquiry into the nature and causes of the wealth of the nations. Oxford: Oxford University
Press, 1776.
INVASÕES DO BRASIL
• Franceses ocupam o atual Rio de Janeiro, em 1555 (sua França
Antártica), se estabelecendo na Baía de Guanabara e sendo expulsos
por Estácio de Sá* em 1567;
• Outras incursões francesas sobre o Nordeste e Norte brasileiro
(Amapá), com destaque para a ocupação de São Luís (MA), em 1594
(chamada França Equinocial); e sua expulsão definitiva em 1615**.
• Holandeses invadem a Bahia (1624) e conseguem se estabelecer em
Pernambuco (1630);
*(Furtado, p. 27)
COLONIZAÇÃO DE POVOAMENTO NO BRASIL
• Colônia do Sacramento (atual Uruguai);
• Maranhão, que teve especial atenção dos portugueses*;
• São Vicente (São Paulo), com a fundação da primeira vila (São Vicente), em
1532;
• Sul do país (Santa Catarina, Rio Grande do Sul);
• França Antártica (Rio de Janeiro)?
• Nova Holanda (Pernambuco)?
*(Furtado, p. 108)
COLÔNIAS DE POVOAMENTO NA AMÉRICA
*(Furtado, p. 28)
IMIGRAÇÃO EUROPEIA PARA A
AMÉRICA
• “É a situação interna da Europa, em particular da Inglaterra, as suas
lutas político-religiosas, que desviam para a América as atenções de
populações que não se sentem à vontade e vão procurar ali abrigo e paz
para suas convicções. (…) Virão para a América puritanos e quacres da
Inglaterra, huguenotes da França, mais tarde morávios, schwenkfelders,
inspiracionalistas e menonitas da Alemanha meridional e Suíça”.
• “ Mas se concentrará quase inteiramente na zona temperada, de
condições naturais mais afins às da Europa, e por isso preferida para
quem não buscava ‘fazer a América’, mas unicamente abrigar-se dos
vendavais políticos que varriam a Europa, e reconstruir um lar desfeito
ou ameaçado”.
https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/japoneses/razoes-da-emigracao-japonesa.html
Distribuição dos imigrantes oriundos do Japão, naturais e brasileiros, segundo as Unidades da
Federação - 1940/1950 (Regiões selecionadas)
https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/japoneses/destino-dos-imigrantes.html
Imigração restrita (1500-1700)
• No final do século XV e no século XVI, a emigração portuguesa foi
pouco expressiva. As crises de abastecimento e epidemias dizimavam
a população, além de serem elevados os custos de qualquer
empreendimento econômico no Novo Mundo.
• Entre 1500 e 1700, saíram de Portugal, dirigindo-se para as possessões
portuguesas na África e Ásia, cerca de 700 mil emigrantes,
aproximadamente. Mas na América Portuguesa, nesse mesmo período,
não entraram mais do que 100 mil imigrantes.
https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/portugueses/imigracao-restrita-1500-1700.html
Imigração restrita (1500-1700)
• Entre os primeiros portugueses a chegarem no Brasil, estavam os imigrantes
mais abastados que aqui se fixaram principalmente em Pernambuco e na Bahia.
Vieram para explorar a produção de açúcar, a atividade mais rentável da colônia
nos séculos XVI e XVII. Estavam em busca de investimentos lucrativos.
• Também, nesse mesmo período, Portugal incentivou a migração internacional
forçada, o degredo, para suprir as deficiências do povoamento. Calcula-se que
durante os dois primeiros séculos de povoamento, nas regiões centrais da
colônia, como Bahia e Pernambuco, os degredados correspondiam a cerca de 10
ou 20% da população. Mas em áreas periféricas, como é o caso do Maranhão,
essa cifra representava, aproximadamente, de 80% a 90% do total de
portugueses da região. Nesse mesmo período, também vieram para o Brasil
cristãos-novos e ciganos, ambos fugindo de perseguições religiosas.
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Imigração de transição (1701-1850)
• Durante a fase da Imigração de Transição, nos períodos de 1760-1791
e de 1837-1841, observou-se o extraordinário aumento do fluxo de
migrantes em alguns anos, cerca de 10 mil imigrantes, e um fraco
movimento em outros anos, cerca de 125 imigrantes.
• A origem socioeconômica dos imigrantes nessa fase de transição foi
contrastante: aportaram no Brasil não apenas imigrantes de elite, mas
também, minhotos pobres, expulsos de sua terra natal (a região do
Minho) devido à falta de trabalho. Estes, no entanto, não foram mais
numerosos do que aqueles oriundos de camadas intermediárias ou
superiores da sociedade portuguesa.
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Imigração de transição (1701-1850)
• O período em que fica mais evidente a origem rica dos imigrantes portugueses é o compreendido
entre 1808 e 1817, quando cerca de 10 ou 15 mil portugueses dos que aqui chegaram distinguiam-
se pela riqueza e pelo nível de educação: pertenciam à corte de D. João VI ou eram caixeiros, isto
é, indivíduos com uma clara inserção nos grandes ou médios estabelecimentos. Além disso, tinham
um nível de educação mais elevado do que a média da população portuguesa da época.
• No século XVIII, ocorreu, também, a emigração de grupos oriundos de camadas sociais pobres.
Dois acontecimentos propiciaram a vinda desses grupos para o Brasil:
a revolução agrícola na região do Minho
a descoberta do ouro na Colônia, para cuja exploração era exigido um investimento mínimo.
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Imigração de transição (1701-1850)
• A revolução agrícola significou, principalmente, a generalização do cultivo do milho e, com isso,
uma enorme melhoria na alimentação básica do minhoto.
• A população nesse período apresentou taxas de crescimento relativamente elevadas, o que resultou
numa alta densidade demográfica na região: em 1801, enquanto em Portugal eram registrados, em
média, 33 habitantes por Km2, no Minho a densidade populacional atingia 96 habitantes por Km2.
• Ao mesmo tempo, no Novo Mundo, eram descobertas, e já começavam a ser exploradas, as minas
de ouro das regiões das Minas.
• Assim, se o noroeste português tornou-se uma fonte quase inesgotável de trabalhadores, a Colônia,
por sua vez, tornou-se um mercado atrativo para os que não tinham muito dinheiro para investir na
atividade econômica.
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Imigração de massa (1851-1930)
• A partir de meados do século XIX, o perfil do imigrante português sofreu uma radical
transformação: entre os que chegavam predominavam os de origem pobre; as mulheres passaram a
representar parcelas cada vez maiores dos grupos de emigrantes, e as crianças menores de 14 anos,
pobres, órfãs ou abandonadas, chegaram a representar 20% do total de emigrados.
• Esses pequenos proprietários rurais pobres, rudes, originários do norte de Portugal, da região do
Minho, contribuíram para a formação da imagem negativa e preconceituosa do imigrante
português, estigmatizando-os como pessoas pouco qualificadas intelectualmente.
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Imigração de massa (1851-1930)
Alguns acontecimentos contribuíram para a mudança:
• o aumento expressivo da população portuguesa: a taxa de crescimento que em 1835 foi 0,08%
pulou para 0,75% em 1854 e para 0,94% em 1878;
• a mecanização de algumas atividades agrícolas, produzindo um excedente de trabalhadores no
campo;
• o empobrecimento dos pequenos proprietários rurais que se multiplicaram e engrossaram as
fileiras dos candidatos à emigração. O aumento deles foi de tal ordem que permitiu um
significativo fluxo de emigrantes não apenas para o Brasil, mas também rumo aos Estados Unidos
e, posteriormente, em direção à África.
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AGRICULTURA DOS ENGENHOS
• “(…) a colonização portuguesa foi estritamente levada pelas
circunstâncias em que se processou, e sofreu as contingências fatais
criadas pelo conjunto das condições internas e externas que
acompanham a obra aqui realizada por ela.
• A grande exploração agrária – o engenho, a fazenda – é consequência
natural e necessária de tal conjunto; resulta de todas aquelas
circunstâncias (…): o caráter tropical da terra, os objetivos que
animam os colonizadores, as condições gerais da nova ordem
econômica do mundo que se inaugura com os grandes descobrimentos
ultramarinos, e na qual a Europa temperada figurará no centro de um
vasto sistema que se estende para os trópicos, a fim de buscar neles os
gêneros que aquele centro reclama e que só eles podem fornecer.”
• INOVAÇÃO?
• “Economia verde”?
• ENERGIA?
• Agronegócio?
ENGENHOS DE AÇÚCAR
• Em 1570, haviam cerca de 60 engenhos no litoral brasileiro,
concentrados na Bahia e em Pernambuco;
• Além dos escravos africanos (geralmente dezenas deles), alguns
trabalhadores livres eram os Mestres de Açúcar;
• A localização no litoral visava facilitar a exportação;
• Não foram desenvolvidas estruturas de refino na colônia, sendo este
processo realizado na Europa, principalmente pelos holandeses.
CICLOS ECONÔMICOS
• Deslocamento do centro dinâmico nacional, simbolizado inclusive
pela mudança na capital (de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763);
• A decadência do ciclo do açúcar e o início do ciclo do ouro levou à
necessidade de deslocar a capital para mais próximo de Minas Gerais,
que passou também a absorver população migrante de várias partes do
país, além de se tornar o novo centro consumidor da Pecuária, pólo
promotor das trocas comerciais dentro do Brasil colonial;
PAPEL DA MÃO-DE-OBRA INDÍGENA
• A instalação dos primeiros engenhos foi feita com a mão-de-obra
indígena, sendo os escravos inseridos com o aumento da escala de
produção;
• Os jesuítas tinham como missão catequizar os índios, buscando sua
cooperação, em vez de sua submissão, criando conflitos com colonos
(do Maranhão, por exemplo) e com os Bandeirantes, que promoviam
incursões ao interior para conseguir mão-de-obra indígena.
ECONOMIA ESCRAVISTA DE
AGRICULTURA TROPICAL
• “Com a grande propriedade monocultural instala-se no Brasil o
trabalho escravo. Não só Portugal não contava população suficiente
para abastecer sua colônia de mão-de-obra, como também, já vimos, o
português, como qualquer outro colono europeu, não emigra para os
trópicos, em princípio, para se engajar como simples trabalhador
assalariado do campo.”
• “Utilizaram-se a princípio os autóctones. Lá onde a sua densidade é
grande, e onde estavam habituados a um trabalho estável e sedentário,
como no México e no altiplano andino, o escravo ou semiescravo
indígena formará o grosso da mão-de-obra”.
Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTTÍSTICA. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, 2000. p. 221.
ECONOMIA ESCRAVISTA DE
AGRICULTURA TROPICAL
• “Na ilha de Barbados passou-se qualquer coisa de semelhante. A
primeira organização que se estabeleceu aí foi de propriedades
regularmente subdivididas, e não se empregou trabalho escravo em
escala apreciável. Mas pouco depois introduziu-se na ilha uma cultura
eminentemente tropical como a da cana-de-açúcar: as propriedades se
congregaram, transformando-se em imensas plantações; e os escravos,
em número pouco mais de 6 mil em 1643, sobem, 23 anos depois, a
mais de 50 mil.”*
*(Furtado, p. 97-98)
PERFIL DA PECUÁRIA NO NORDESTE
• *“A expansão pecuária consiste simplesmente no aumento dos
rebanhos e na incorporação de mão-de-obra. A possibilidade de
crescimento extensivo exclui qualquer preocupação de melhora de
rendimentos”.
• “Por outro lado, como as distâncias vão aumentando, a tendência geral
é no sentido de redução da produtividade na economia”.
• “Excluída a hipótese de melhora nos preços relativos, à medida que ia
crescendo a economia criatória nordestina, a renda média da
população nela ocupada ia diminuindo, sendo particularmente
desfavorável a situação daqueles criadores que se encontravam a
grandes distâncias do litoral”.
*(Furtado, p. 99)
PERFIL DA PECUÁRIA NO NORDESTE
• *“Ao contrário do que ocorria com a economia açucareira, a criatória
– não obstante nesta não predominasse o trabalho escravo –
representava um mercado de ínfimas dimensões. A razão disso está em
que a produtividade média da economia dependente era muitas vezes
menor do que a da principal, sendo muito inferior seu grau de
especialização e comercialização”.
• “Observada a economia criatória em conjunto, sua principal atividade
deveria ser aquela ligada à própria subsistência de sua população. (…)
a criação de gado era fonte quase única de alimentos e de uma
matéria-prima (o couro) que se utilizava praticamente para tudo”.
*(Furtado, p. 99-100)
COMPLEMENTARIEDADE DA
PECUÁRIA
• *“O recrutamento de mão-de-obra para essas atividades baseou-se no
elemento indígena, que se adaptava facilmente à mesma”;
• “Que possibilidades de crescimento apresentava esse novo sistema
econômico que surgira como um reflexo da atividade açucareira? A
condição fundamental de sua existência e expansão era a
disponibilidade de terras. Dada a natureza dos pastos do sertão
nordestino, a carga que suportavam essas terras era extremamente
baixa. Daí a rapidez com que os rebanhos penetraram o interior,
cruzando o São Francisco e alcançando o Tocantins e, para o norte, o
Maranhão no começo do século XVII”.
*(Furtado, p. 98)
EXPANSÃO DA PECUÁRIA
• *“(…) à medida que os pastos se distanciavam do litoral, os custos
iam crescendo, pois o transporte do gado se tornava mais oneroso”;
• “No que respeita à disponibilidade de capacidade empresarial, (…)
essa atividade apresentava para o colono sem recursos muito mais
atrativos que as ocupações acessíveis na economia açucareira”;
• “Aquele que não dispunha de recursos para iniciar por conta própria a
criação tinha possibilidade de efetuar a acumulação inicial trabalhando
numa fazenda de gado”.
*(Furtado, p. 98)
EXPANSÃO DA PECUÁRIA
• *“À semelhança do sistema de povoamento que se desenvolveu nas
colônias inglesas e francesas, o homem que trabalhava na fazenda de
criação durante um certo número de anos (4 ou 5) tinha direito a uma
participação (1 cria em 4) no rebanho em formação, podendo assim iniciar
criação por conta própria”.
• “(…) não somente da região açucareira mas também da distante colônia de
São Vicente muita gente emigrou”
• “Do lado da oferta não existiam fatores limitativos à expansão da economia
criatória. Esses fatores atuavam do lado da procura. Sendo a criação
nordestina uma atividade dependente da economia açucareira, em princípio
era a expansão desta que comandava o desenvolvimento daquela”.
*(Furtado, p. 98-99)
EXPANSÃO PARA O INTERIOR
• *“A etapa de rápida expansão da produção de açúcar, que vai até a
metade do século XVIII, teve como contrapartida a grande penetração
nos sertões. Da mesma forma, no século XVIII a expansão da
atividade mineira comandará o extraordinário desenvolvimento da
criação no Sul”.
*(Furtado, p. 99)
AS MUDANÇAS COM A UNIÃO IBÉRICA
(1580-1640)
• Morte do rei português D. Henrique I, sem herdeiros;
• Vacância do trono aproveitada pelo rei espanhol Felipe II, que tinha
origem portugesa;
• Independência da Holanda frente à Espanha (Países Baixos
espanhóis);
• Após a União com a Espanha, Portugal deixou a cooperação de lado
com a Inglaterra e a Holanda, parceiros comerciais até então;
AS MUDANÇAS COM A UNIÃO IBÉRICA
(1580-1640)
• “O quadro político-econômico dentro do qual nasceu e progrediu de
forma surpreendente a empresa agrícola em que assentou a
colonização do Brasil foi profundamente modificado pela absorção de
Portugal na Espanha. A guerra que contra este último país (Espanha)
promoveu a Holanda, durante esse período, repercutiu profundamente
na colônia portuguesa da América”.
(Furtado, p. 42)
EXPANSÃO TERRITORIAL PARA O SUL
E O OESTE
• Fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento (atual Colonia del
Sacramento, no Uruguai), em 22 de janeiro de 1680, por Manuel Lobo,
então Governador da Capitania do Rio de Janeiro;
• Fundação da Fortaleza do Rio Grande de São Pedro (1737), iniciando a
colonização portuguesa do Rio Grande do Sul;
• Expansões territoriais também foram realizadas pelos bandeirantes paulistas;
• Expansão até a foz do rio Amazonas*, em proteção contra incursões de
franceses, holandeses e ingleses;
*https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/memoria/memoria-fazendaria/arrecadacao-de-impostos-no-brasil-colonial
IMPOSTOS COLONIAIS
• “A arrecadação era feita em parte por prepostos, os chamados
‘contratadores’ ou ‘arrematantes’, que compravam do Rei o direito de
cobrar impostos sobre determinados produtos em determinadas
regiões. Quando a arrecadação era direta, o pagamento era feito nas
Provedorias (uma em cada capitania), nas alfândegas, nas casas de
fundição ou nos ‘registros’ e ‘contagens’ (pedágios existentes nos
limites das capitanias). Não havia bancos, exceto o Banco do Brasil,
recém-fundado, mas que não estava autorizado a receber impostos.”
• Curiosamente, o Banco do Brasil foi o primeiro banco também de
Portugal.
*https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/memoria/memoria-fazendaria/arrecadacao-de-impostos-no-brasil-colonial
IMPOSTOS COLONIAIS
• “O Fisco régio também cobrava impostos sobre escravos e sobre
empregos públicos, sobre casas comerciais e sobre engenhos engenhos
de açúcar, além de vender pólvora, sal e gêneros alimentícios. Até
livros foram vendidos pelo governo no final do século XVIII, já que
aqui não havia livrarias”*.
• Quinto, cobrado diretamente nas Casas de Fundição;
• Derrama, promovida em 1763-64, a fim de assegurar um piso na
arrecadação do Quinto;
• A elevação dos impostos está diretamente ligada às revoltas na
colônia, como no caso da Inconfidência Mineira.
*https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/memoria/memoria-fazendaria/arrecadacao-de-impostos-no-brasil-colonial
REVOLTAS NO BRASIL ATÉ O SÉCULO XIX
• Quilombo dos Palmares (~1680-1695);
• Revolta de Beckman, no Maranhão (1684);
• Guerra dos Emboabas (1708-09): entre portugeses e bandeirantes paulistas,
pelo domínio da exploração nas regiões mineiras, com vitória portuguesa;
• Guerra dos Mascates, em Pernambuco (1710);
• Inconfidência Mineira (1789), inspirada nas ideias iluministas e na
Independência dos Estados Unidos;
• Conjuração Baiana (1798);
• Cabanagem (1835-1840)*;
• Canudos (1896-1897)*.
*Já na República Velha, após a Independência (1822).
Consequências da Revolução Francesa (1798)
• Bloqueio comercial de Napoleão aos ingleses na Europa;
• Enfraquecimento do poder colonial espanhol e eclosão de processos
separatistas na América espanhola;
• Fim do Sacro Império Romano-Germânico (1806) e enfraquecimento
da dinastia Habsburgo (Áustria, da princesa Leopoldina, primeira
esposa do Imperador Pedro I e Imperatriz Consorte do Brasil, de 1822
até sua morte, em 1826, também brevemente Rainha Consorte de
Portugal e Algarves entre março e maio de 1826);
• Com a iminente tomada de Portugal, vinda da família real (corte de
Dom João VI) para o Brasil, com a escolta da Marinha inglesa, entre
25 e 27 de novembro de 1807;
Mudança de status com a vinda da
família real (1807)
• Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves;
• Capital transferida de Lisboa para o Rio de Janeiro;
• Investimentos nunca antes vistos no Brasil; construção
de universidades e de infraestrutura;
• Abertura dos portos às nações amigas (1810)
Relevância do século XIX
• “O início do século XIX não se assinala para nós unicamente por estes
acontecimentos relevantes que são a transferência da sede da
monarquia portuguesa para o Brasil e os atos preparatórios da
emancipação política do país. Ele marca uma etapa decisiva em nossa
evolução e inicia em todos os terrenos, social, político e econômico,
uma fase nova.
• (…) para qualquer um que procure compreender o Brasil, inclusive o
de nossos dias, o momento é decisivo. (…) nos fornece, em balanço
final, a obra realizada por três séculos de colonização e nos apresenta
o que nela se encontra de mais característico e fundamental (…)
daqueles trezentos anos de história. É uma síntese deles”.
(Prado Jr., p.7)
PRODUTOS COLONIAIS E SEUS
CICLOS ECONÔMICOS
• Pau-Brasil (litoral, interação inicial com os indígenas);
• Cana-de-açúcar (litoral, aumento da escala demanda a vinda de
escravos africanos);
• Ouro (interiorização, fluxos migratórios, uso da mão-de-obra ociosa,
decorrente da decadência do açúcar);
• Pecuária (interiorização, subsistência e complementariedade à cana e
ao ouro);
• Café (inicialmente próximo ao RJ, sofisticação do processo
produtivo).
OS CICLOS ECONÔMICOS
BRASILEIROS
• “À primeira fase de prosperidade, que alcança os mais antigos centros
produtores de açúcar da colônia, em particular a Bahia e Pernambuco,
e que vai até o fim do século XVII, segue-se a decadência logo no
início do seguinte. Substituem-se a essas regiões, na linha ascendente
de prosperidade, os centros mineradores. Essa ascensão não irá muito
além da metade do século (XVIII). (…). Volta novamente a
prosperidade dos primitivos centros agrícolas do litoral; a eles se
acrescentam alguns outros; e o açúcar é subsidiado pelo algodão. (…)
outras vinham a tomar-lhes o lugar, já agora com um produto novo: o
café.”