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CADEIRA DE HISTÓRIA MILITAR

HISTÓRIA MILITAR DO BRASIL


UNIDADE DIDÁTICA II

O DESENVOLVIMENTO DAS INSTITUIÇÕES MILITARES DO


TÉRMINO DAS INVASÕES HOLANDESAS À VINDA DA FAMÍLIA
REAL PARA O BRASIL
• - APRESENTAR AS INSTITUIÇÕES
MILITARES DO TÉRMINO DAS INVASÕES
HOLANDESAS À VINDA DA FAMÍLIA

OBJETIVOS REAL PARA O BRASIL;

DA
APRENDIZAGEM • - IDENTIFICAR A EVOLUÇÃO SOCIAL E
TERRITORIAL DO BRASIL, EM VIRTUDE
DAS ATIVIDADES MILITARES.
• a. A ATUAÇÃO MILITAR NA
DEFESA, EXPANSÃO E
CONSOLIDAÇÃO DAS
FRONTEIRAS.

ASSUNTOS • b. A EVOLUÇÃO SOCIAL À


LUZ DOS ACONTECIMENTOS
MILITARES.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

a. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A EXPANSÃO

DOS TERRITÓRIOS PORTUGUESES NA AMÉRICA DO SUL

b. A OCUPAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO AMAZONAS

c. A OCUPAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO

d. A OCUPAÇÃO DO CENTRO-OESTE

e. A DEFINIÇÃO DA FRONTEIRA SUL

3. CONCLUSÃO
A União Ibérica (1580-1640) trouxe ameaças por
parte dos principais inimigos dos espanhóis, à época:
França, Inglaterra e Holanda.

Razões Políticas X Razões Comerciais

Invasões no litoral brasileiro

Desenvolvimento das instituições militares coloniais


O envolvimento de Portugal nas sucessivas
guerras da Espanha promoveu o desmoronamento do
Império Português, com início de um período de
profunda crise econômica, perdendo várias colônias na
África e no Oriente, tendo como consequência o
colapso da atividade mercantil portuguesa.
Brasil passou a ter
vital importância para a
sobrevivência da
economia da Metrópole,
mas administração
portuguesa passou a ser
muito opressiva buscando
o lucro, esquecendo a
economia local dos cerca
de 100 mil habitantes na
época.

Carta Náutica de João Teixeira


Albernaz I (1620-1640)
Começaram a ocorrer as
primeiras rebeliões da Colônia,
como foi a de Beckman (1684),
no Maranhão, assim como o
surgimento dos quilombos,
como o de Palmares (1630-
1694).

SENHORES DE ENGENHO Desequilíbrio do


X sistema econômico
ESCRAVOS
Em meados do século
XVIII, surge importante
corrente no plano do
pensamento:
- o Iluminismo

• Reação ao poder absoluto do


Estado;

• Contra os privilégios da nobreza.


Nas colônias americanas a existência da
escravidão era incompatível com os ideais iluministas de
liberdade, mas dela dependia a atividade econômica
principal: a agricultura.
No Brasil, esses pensamentos
Inspiraram os movimentos libertários da
Inconfidência Mineira (1789) e da Conjuração
Baiana (1798), que foram influenciadas ainda,
respectivamente, pela Independência dos
Estados Unidos (1776) e pela Revolução
Francesa (1789).
As intervenções
militares de Napoleão,
na Espanha e em
Portugal, precipitou as
independências das
colônias espanholas e
a transferência da
Corte portuguesa para
o Brasil.
Essas circunstâncias levaram a
expansão do Brasil colonial para muito
além do meridiano de Tordesilhas.
O diário de um soldado dinamarquês a
serviço da Companhia das Índias Ocidentais
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

a. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A EXPANSÃO

DOS TERRITÓRIOS PORTUGUESES NA AMÉRICA DO SUL

b. A OCUPAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO AMAZONAS

c. A OCUPAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO

d. A OCUPAÇÃO DO CENTRO-OESTE

e. A DEFINIÇÃO DA FRONTEIRA SUL

3. CONCLUSÃO
As Ações das Bandeiras
O movimento bandeirante foi caracterizado pelas
inúmeras expedições realizadas ao interior da Colônia,
com objetivos definidos, nos três primeiros séculos da
colonização.
As Ações das Bandeiras

Tiveram como objetivo o apresamento de índios,


para a busca de metais preciosos ou para atuarem como
força de repressão contra rebeliões de escravos e tribos
hostis.
As Ações das Bandeiras

Destacaram-se, nesse período, as seguintes


expedições:

- Aleixo Garcia (1516) que, através dos rios Paraguai e


Paraná, atingiu o Peru;
- Francisco Bruza Espinoza (1554) dirigida à região da
atual Diamantina-MG;
- Vasco Rodrigues Caldas (1561) à chapada Diamantina
(Bahia);
- João Ramalho (1562), que combateu os índios do Vale
do Paraíba, os quais ameaçavam a vila de São Paulo.
As Ações das
Bandeiras

Com a escassez de
índios para o aprisionamento,
os colonos paulistas dirigiram
suas ações para as missões
jesuítas, localizadas no Sul e
no Centro-Oeste.
As Ações das Bandeiras

Com esse objetivo, foram atacadas e


destruídas as missões da região de Guaíra
(Paraná), as do Tape (Rio Grande do Sul) e as
do Itatim (Mato Grosso).
As Ações das Bandeiras em busca
de metais preciosos

Nessa atividade, destacaram-se as


expedições à região das Minas Gerais.
• 1668 - Lourenço Castanho;
• 1674 - Fernão Dias Paes Leme;
• 1682 - Bartolomeu Bueno da Silva (O
Anhanguera), ao centro da Colônia, na
direção de Goiás
• Porém, só no final do século XVII
foram localizadas jazidas importantes.
As Ações das Bandeiras

O Sertanismo de Contrato - forças de


repressão para rebeliões de escravos e os
ataques de índios hostis, com principal incidência
no Nordeste.

Domingos Jorge Velho


- Destruição do quilombo dos Palmares (1694),
em Alagoas;
- Dominação dos índios cariris (1683/1723)) em
várias regiões do Nordeste (Guerra dos
Bárbaros).
As Ações das Bandeiras

As bandeiras contribuíram de modo indireto para:

- a colonização dos territórios situados além das


Tordesilhas;
- a miscigenação com o índio;
- difundiram a cultura portuguesa;
- trouxeram informações geográficas;
- deram origem a localidades;
- atuaram contra a presença estrangeira de
invasores e espanhóis.
As Ações das Bandeiras

As bandeiras contribuíram de modo indireto para:

- a colonização dos territórios situados além das


Tordesilhas;
- a miscigenação com o índio;
- difundiram a cultura portuguesa;
- trouxeram informações geográficas;
- deram origem a localidades;
- atuaram contra a presença estrangeira de
invasores e espanhóis.
Antônio Raposo Tavares -
entre 1628 e 1638, participou
da destruição dos redutos
jesuítas espanhóis do Guaíra
e do Tape. Integrou as forças
mobilizadas para combater
os holandeses na Bahia e
em Pernambuco, entre 1639
Antônio Raposo Tavares no Museu e 1642.
do Ipiranga.
Seu maior feito foi a grande expedição iniciada
em 1648-1651, de São Paulo até Belém,.
A centralização política portuguesa era um
entrave ao desenvolvimento mercantil, o que
favoreceu a concorrência estrangeira, em especial
a dos mercadores holandeses, deixando as
atividades comerciais com o Oriente muito
onerosa.
A Expansão Territorial

Esse quadro econômico, somado à


expectativa da descoberta de metais
preciosos, a exemplo do achado espanhol no
Peru e no México, fez com que os
portugueses voltassem as vistas para o Brasil.
A Expansão Territorial

Fatores da expansão territorial portuguesa no século XVII:

- combate às incursões estrangeiras, de caráter militar;

- ações das bandeiras, de ordem econômica.


A Expansão Territorial

• A vocação das ordens


religiosas em catequizar
os nativos facilitou a
participação deles nas
atividades que
importavam à
colonização, inclusive a
militar.
Minissérie “A Muralha”
2000
A Muralha é um romance publicado no Brasil
por Dinah Silveira de Queiroz em 1954.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

a. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A EXPANSÃO

DOS TERRITÓRIOS PORTUGUESES NA AMÉRICA DO SUL

b. A OCUPAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO AMAZONAS

c. A OCUPAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO

d. A OCUPAÇÃO DO CENTRO-OESTE

e. A DEFINIÇÃO DA FRONTEIRA SUL

3. CONCLUSÃO
A Ocupação A ocupação da Amazônia
do Estuário do brasileira, teve início a partir da
Rio Amazonas expulsão dos franceses do Maranhão.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

Os portugueses haviam sido precedidos por


diversas expedições espanholas à região:
- Alonso Ojeda (1499)
litoral
- Vicente Yanez Pizon (1500)
- Gonçalo Pizarro (1539)*
Peru
- Pedro de Ursua (1559)

*Francisco Orellana, integrante da expedição de Pizarro,


realizou a viagem pioneira completa, de Quito até a foz
do Amazonas.
Em 1616, Francisco Caldeira Castelo

Branco, Capitão-Mor do Grão-Pará à frente de cerca

de 200 soldados, ergueu um forte de madeira,

A denominado Forte do Presépio, em torno do qual

Ocupação
surgiu o povoado de Nossa Senhora de Belém, hoje

a capital do Estado do Pará.

do
Estuário
do Rio
Amazonas
A Ocupação do
Estuário do Rio
Amazonas
A consolidação da posse da
região, no entanto, foi marcada
por grandes dificuldades,
principalmente com problemas
de liderança.

Atos de indisciplina da tropa


e revoltas de índios levaram
Francisco Caldeira a ser
deposto do comando.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

Durante a vigência da União Ibérica


(1580-1640), os colonos estabelecidos na
América espanhola demonstraram
desinteresse em ocupar a Região
Amazônica, face às imensas dificuldades
impostas pelos obstáculos naturais e pela
agressividade dos índios.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

A presença espanhola na região ficou restrita


à existência de escassas guarnições militares e de
missões religiosas no Alto Solimões.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

Diante das ameaças das


ocupações estrangeiras a partir
do litoral Norte, com a
possibilidade de acesso às
riquezas minerais do Peru
através dos afluentes do
Amazonas, o Rei Felipe IV, da
Espanha, houve por bem
delegar aos súditos portugueses
do Brasil a missão de combatê-
las e de ocupar a região.
A Ocupação do
Estuário do Rio
Amazonas

Após a fundação do Forte


do Presépio, as primeiras
dificuldades se deram por conta
das lutas contra exploradores
estrangeiros que chegaram no
início do século XVII e já estavam
estabelecidos na foz do Amazonas
e proximidades.
A Ocupação do
Estuário do Rio
Amazonas
Entre 1604 e 1616, a
Inglaterra manteve uma colônia na
margem esquerda do Oiapoque, que
mesmo após ser desarticulada pela
coroa espanhola, as feitorias que
haviam estabelecido nas adjacências
do Estuário Amazônico prosperaram,
realizando ativo comércio com os
ingleses.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

Em 1621, Bento Maciel Parente foi nomeado


Capitão-Mor do Grão-Pará. Na oportunidade,
restaurou o Forte do Presépio e levantou informações
sobre as incursões holandesas e inglesas na região.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas
organizar uma fazer o
expedição para reconhecimento
Em 1623, o explorar o
Capitão Luís de da margem
Amazonas na
Aranha Vasconcelos direção oeste;
esquerda do
chega ao Pará com as estuário até o
seguintes missões: cabo do Norte;

expulsar os
estrangeiros
encontrados.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas
Dias após sua saída de Belém, a tropa defrontou-se com uma guarnição
composta por ingleses e holandeses, no Forte Mario Cai, que havia sido construído
por holandeses no início do século, na ilha de Gurupá.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

Luís de Vasconcelos solicitou reforços a Maciel


Parente, o qual se deslocou à frente de um contingente de
70 soldados e algumas centenas de índios. Coordenando as
ações, o Capitão-Mor tomou a região, e mandou construir o
Forte de Santo Antônio do Gurupá, que se tornou um ponto
de apoio importante para as ações direcionadas para o
interior.
A Ocupação do Estuário do Rio Amazonas

Entre 1624 e 1625, novas feitorias estrangeiras foram levantadas nas


proximidades de Gurupá. A missão de destruí-las coube a Pedro Teixeira,
auxiliado por Pedro da Costa Favela. Na oportunidade foi destruído o Forte de
Mandiutuba e outras instalações na região do Xingu.
A Ocupação do Estuário
do Rio Amazonas

Em 1626, os ingleses
organizaram a "Companhia da Guiana”
para explorar as terras que se estendiam
do rio Essequibo (na atual Guiana) até o
Amazonas, construindo o Forte de
Tauregue (ou Torrego), em 1628, rio
Amazonas, o qual foi destruído em 1629
por Pedro Teixeira.
A Ocupação do Estuário
do Rio Amazonas

Em 1632, o Capitão
Feliciano Coelho atacou e
destruiu o Forte de Cumaú,
sendo essa a última tentativa
de fixação, dos ingleses, na
foz do Amazonas.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

a. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A EXPANSÃO

DOS TERRITÓRIOS PORTUGUESES NA AMÉRICA DO SUL

b. A OCUPAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO AMAZONAS

c. A OCUPAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO

d. A OCUPAÇÃO DO CENTRO-OESTE

e. A DEFINIÇÃO DA FRONTEIRA SUL

3. CONCLUSÃO
A Ocupação do Vale
Amazônico
A Ocupação do Vale Amazônico

A constituição da Capitania do Cabo do Norte


(1637) foi fundamental para a conquista do Amapá e a
decorrente posse do estuário amazônico,
imprescindível para o controle e ocupação do interior.
A Ocupação 1637
do Vale
Amazônico

No mesmo ano, haviam


chegado ao Forte Gurupá,
provenientes de Quito, oito
remanescentes de uma
expedição espanhola, os quais
foram conduzidos à presença
de Jácome Raimundo de
Noronha, Governador do
Estado do Maranhão.
A Ocupação do Vale Amazônico

De posse das informações prestadas pelos


espanhóis, o Governador decidiu organizar uma
expedição portuguesa com o objetivo de fazer o trajeto
no sentido inverso.
A Ocupação do Vale Amazônico
Jácome de Noronha incumbiu o Capitão Pedro
Teixeira de tal missão.
A Ocupação do Vale Amazônico

Os objetivos passados pelo Governador


Geral do Maranhão eram:

- reconhecimento minucioso do rio Amazonas;


- seleção dos melhores locais a serem
fortificados;
- estabelecimento de relações amistosas com
as populações indígenas; e
- fundação de uma localidade aquém da região
ocupada pelos índios omaguás (Tefé).
A Ocupação do Vale Amazônico

Os objetivos passados pelo Governador


Geral do Maranhão eram:

- reconhecimento minucioso do rio Amazonas;


- seleção dos melhores locais a serem
fortificados;
- estabelecimento de relações amistosas com
as populações indígenas; e
- fundação de uma localidade aquém da região
ocupada pelos índios omaguás (Tefé).
A Ocupação do Vale Amazônico

Capitão-Mor e Mestre-de-campo,
SCmt, Coronel Sargento-mor, Filipe
General de Estado, Capitão Antônio
Bento de Oliveira Cotrim
Pedro Teixeira Azambuja

Almoxarife, Manoel Escrivão, João Piloto-mor, Bento Capitão Pedro da


de Matos Oliveira Gomes de Andrade da Costa Costa Favela

Capitão Pedro Capitão Domingos Alferes Fernão Alferes Bartolomeu


Baião de Abreu Pires da Costa Mendes Gago Dias Matos

Frei franciscano Cinco sobreviventes


Alferes Antônio
Agostinho das da expedição
Gomes de Oliveira
Chaga espanhola
A Ocupação do Vale Amazônico
A expedição partiu de Cametá (foz do Tocantins),
em 5 de setembro de 1637, inicialmente com 70
soldados e numerosos índios. Quando chegou a
Gurupá, rumo ao interior, o efetivo já somava 900
índios.
A Ocupação do Vale Amazônico
Os nativos eram organizados na composição da
força de choque da expedição (flecheiros) e dos grupos
de remadores das dezenas de grandes canoas, que
transportavam os efetivos e meios necessários à
viagem. A quantidade de pessoas em deslocamento
ultrapassou 2.000, contando mulheres e crianças.
A Ocupação do Vale Amazônico

Após mais de seis meses de árdua marcha, a comitiva foi


recebida em Quito com festas e homenagens, e conduzida à
presença das autoridades espanholas.
Rio Napo
Rio Napo

Rio Amazonas
A Ocupação do Vale Amazônico

O Vice-Rei do Peru decidiu, então, que a expedição


deveria retornar à sua origem, devidamente acompanhada de
dois representantes espanhóis, padres jesuítas Christóbal de
Acuña e Andrés de Artieda, para que pudessem dar contas à
Coroa espanhola das descobertas havidas na viagem de
retorno, que se iniciou em fevereiro de 1639.
A Ocupação do Vale Amazônico
A Ocupação do Vale Amazônico

Em 12 de dezembro, a
frota chegou a Belém, onde
desembarcou parte dos
expedicionários. O destino
final dos remanescentes da
frota foi São Luís do
Maranhão, onde foram
recebidos pelo Governador
Bento Maciel Parente.
Os conhecimentos levantados pela expedição,
constantes nos relatórios de Pedro Teixeira e de seu piloto-
mor, Bento da Costa, e no livro do padre Acuña, fizeram
aumentar os interesses de outros reinos pela região.
A Ocupação do Vale Amazônico
O Padre Acuña, seguindo as
orientações do Vice-Rei do Peru,
elaborou um minusioso relatório da
viagem, na forma de um livro
(Descubrimiento del Amazonas), o
qual constitui-se em um valioso
documento histórico sobre o
evento. Nele, o religioso procurou
alertar as autoridades espanholas
quanto à necessidade de garantir
a posse da Amazônia.
A Ocupação
do Vale
Amazônico
Os conhecimentos
geográficos e etnográficos
obtidos ao longo da viagem
foram fundamentais para o
planejamento e a execução
das ações que
determinaram, à época, a
posse da região.
A Ocupação
do Vale
Amazônico

Em 1750, as Coroas ibéricas assinaram o Tratado


de Madri, que prezava o uti possidetis e das fronteiras
naturais.
De 1750 a 1777, Sebastião
José de Carvalho e Mello, o
Marquês de Pombal, exerceu o
cargo de Secretário de Estado do
Rei D. José I.
Com o objetivo de
incrementar a presença do
Estado nas áreas ocupadas,
foram criadas as capitanias
do Mato Grosso (1748) e a
de São José do Rio Negro
(1755).
A Ocupação do Vale Amazônico

Duas providências tomadas pelo Marquês foram


importantíssimas para a formação da unidade da Colônia:

- a centralização do controle de todo o território colonial


pelo Governo-Geral, com a extinção do Estado do Brasil
e Estado do Maranhão (1774); e

- a reversão à administração da Coroa das últimas


capitanias que ainda estavam nas mãos de particulares.
1767

Em 1767, Pombal transferiu a sede do Governo-Geral de Salvador


para o Rio de Janeiro. Tal mudança ocorreu pela necessidade de maior
controle da produção aurífera de Minas Gerais e para permitir uma maior
atenção à Região do Prata, devido aos conflitos com os espanhóis.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. DESENVOLVIMENTO

a. FATORES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A EXPANSÃO

DOS TERRITÓRIOS PORTUGUESES NA AMÉRICA DO SUL

b. A OCUPAÇÃO DO ESTUÁRIO DO RIO AMAZONAS

c. A OCUPAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO

d. A OCUPAÇÃO DO CENTRO-OESTE

e. A DEFINIÇÃO DA FRONTEIRA SUL

3. CONCLUSÃO

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