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Indici

EXPANSÃO MARÍTIMA E O MARANHÃO


O MARANHÃO DENTRE OUTRAS CAPITANIAS HEREDITARIAS
OCUPAÇÃO FRANCESA NO MARANHÃO

HISTÓRIA DO MARANHÃO
EXPANSÃO MARÍTIMA E O MARANHÃO

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EXPANSÃO MARÍTIMA E O MARANHÃO

A expansão marítima européia, processo histórico ocorrido entre os séculos XV e XVII, contribuiu para que
a Europa superasse a crise dos séculos XIV e XV. Através das Grandes Navegações há uma expansão das
atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa.

O contato comercial entre todas as partes do mundo (Europa, Ásia, África e América ) torna possível uma
história em escala mundial, favorecendo uma ampliação dos conhecimento geográficos e o contato entre
culturas diferentes.

Expansão marítima portuguesa Portugal foi a primeira nação a realizar a expansão marítima. Além da
posição geográfica, de uma situação de paz interna e da presença de uma forte burguesia mercantil; o
pioneirismo português é explicado pela sua centralização política que, como vimos, era condição primordial
para as Grandes Navegações. A formação do Estado Nacional português está relacionada à Guerra de
Reconquista - luta entre cristãos e muçulmanos na península Ibérica. A primeira dinastia portuguesa foi a
Dinastia de Borgonha ( a partir de 1143 ) caracterizada pelo processo de expansão territorial interna.

Entre os anos de 1383 e 1385 o Reino de Portugal conhece um movimento político denominado Revolução
de Avis -movimento que realiza a centralização do poder político: aliança entre a burguesia mercantil
lusitana com o mestre da Ordem de Avis, D. João. A Dinastia de Avis é caracterizada pela expansão externa
de Portugal: a expansão marítima. A expansão Marítima fez com que europeus explorassem novas terras
que vai incentivar as invasões dos franceses no Rio de Janeiro em 1555 e no Maranhão em 1612. A
inserção do Maranhão nos moldes do Antigo Sistema Colonial deve ser entendido como consequência da
crise econômica da Baixa Idade Média ocorrida nos séculos XIV e XV e da política mercantilista, mas não
foi tão explorado no início por que a maior concentração do pau-brasil era entre o Rio Grande do Norte e o
Rio de Janeiro. Alguns historiadores afirmam que o primeiro a chegar no Maranhão em março de 1500 foi
Diogo de Lepe, mas há afirmações de que Vicente Pizon e Alonso de Ojeda tenham chegado antes.
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Não há só uma hipótese para a origem do nome do estado do Maranhão. A teoria mais aceita é que
Maranhão era o nome dado ao Rio Amazonas pelos nativos da região antes dos navegantes europeus
chegarem ou que tenha alguma relação com o rio Marañón no Peru. Mas há outros possíveis significados
como: grande mentira ou mexerico segundo o português antigo. Outra hipótese seria pelo fato do Estado
ter um emaranhado de rios. Também pode ser referente ao caju, fruta abundante no litoral ou ainda mar
grande ou mar que corre. A Expedição de Martim Afonso de Sousa e Diogo Leite (1530-1532) Em 1530, com
o propósito de realizar uma política de colonização efetiva, Dom João III, "O Colonizador", organizou uma
expedição ao Brasil. A esquadra de cinco embarcações, bem armada e aparelhada, reunia quatrocentos
colonos e tripulantes. Comandada por Martim Afonso de Sousa, tinha uma tríplice missão: combater os
traficantes franceses, penetrar nas terras na direção do Rio da Prata para procurar metais preciosos e,
ainda, estabelecer núcleos de povoamento no litoral. Portanto, iniciar o povoamento do "grande desertão",
as terras brasileiras. Para isto traziam ferramentas, sementes, mudas de plantas e animais domésticos. Em
1532 foi ordenado por Martim Afonso de Sousa que um dos navios fosse explorar o norte, que saiu de
Pernambuco no comando de Diogo Leite e chegou ao Maranhão, lá foi constatado que havia Drogas de
Sertão, cuja riqueza foi explorada mais tarde
O MARANHÃO DENTRE OUTRAS CAPITANIAS HEREDITARIAS
Em 1534 o rei de Portugal decidiu repartir o Brasil em lotes (15) – as capitanias hereditárias, que iam do
litoral até o limite estipulado pelo Tratado de Tordesilhas –, sistema já utilizado pelo governo português na
Ilha da Madeira e nos Açores, doandoos em caráter vitalício e hereditário aos cidadãos da pequena nobreza
portuguesa, os donatários, comandantes dentro de sua capitania. Eles tinham por obrigação governar,
colonizar, resguardar e desenvolver a região com recursos próprios. Dessa forma, a Coroa portuguesa
pretendia ocupar o território brasileiro e torná-lo uma fonte de lucros.A ligação jurídica existente entre o
rei de Portugal e cada um dos donatários era fundamentada por dois documentos capitais:
● Carta de Doação: atribuía ao donatário a posse hereditária da capitania, quando de sua morte seus
descendentes continuavam a administrá-la, sendo proibida a sua venda.
● Carta foral : Estabelecia os direitos e deveres dos donatários para com as terras.
João de Barros e Fernando Álvares de Andrade que, associando-se a Aires da Cunha, intentaram apossar-se
dela, sem resultado. Eram lotes enormes, de cerca de 350 km de largura, até à linha estabelecida pelo
Tratado de Tordesilhas, interior a dentro. A capitania de João de Barros não foi adiante; na primeira
tentativa toda a frota de 10 navios, segundo a História, perdeu-se nos baixios do Boqueirão, defronte da
ilha do Medo. Contrariando essa versão, ficou-nos a notícia da existência de uma cidade, chamada Nazaré,
fundada pelos sobreviventes do naufrágio. Somente duas capitanias prosperaram graças à lavoura
canavieira, Pernambuco e São Vicente, as outras malograram por diversos motivos.
OCUPAÇÃO FRANCESA NO MARANHÃO
Em 1612, aguçados pelo sucesso da atividade açucareira,
comerciantes e nobres franceses se associaram em um
empreendimento comercial. Contando com o incentivo do rei,
tentaram organizar uma colônia no Brasil, a França Equinocial,
em um vasto território ainda não ocupado pelos portugueses - o
atual estado do Maranhão.
A expedição francesa, comandada por Daniel de La Touche,
fundou o Forte de São Luís, em homenagem ao rei da França, e
que deu origem à cidade de São Luís, hoje capital do Maranhão.

UPAON-AÇU

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Entretanto, os portugueses expulsaram os franceses em 1615 na batalha de Guaxenduba, sob o comando


de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, e passaram a ter controle das terras maranhenses. Nesse
episódio, foi importante a participação dos povos indígenas que somaram forças a ambos os lados e
estendendo o tamanho da batalha.

Ano de 1616 – 9 de janeiro –


Primeiro capitão-mor do Maranhão

Assume o governo da colônia Jerônimo de Albuquerque Maranhão (como passou a assinar) com o título de
capitão-mor da Conquista, retirando-se Alexandre de Moura. São nomeados: Ouvidor e Auditor Geral, Luís
Madureira; Sargento-mor,. Baltazar Álvares Pestana; Capitão do mar, Salvador de Melo; Capitão das
entradas, Entretanto, os portugueses expulsaram os franceses em 1615 na batalha de Guaxenduba, sob o
comando de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, e passaram a ter controle das terras maranhenses.
Nesse episódio, foi importante a participação dos povos indígenas que somaram forças a ambos os lados e
estendendo o tamanho da batalha.

A JORNADA MILAGROSA
Conta a lenda que em 19 de novembro de 1615, diante do forte de Santa Maria de Guaxenduba, a situação
dos portugueses era crítica, não só em virtude de sua inferioridade numérica, mas principalmente porque
lhes faltavam as armas e munições com que poderiam sustentar suas posições e depois arremeter sobre os
inimigos. Em determinado instante, quando o ânimo dos soldados lusitanos havia atingido o seu ponto
mais baixo, surgiu entre eles uma formosa mulher irradiando luz brilhante, e ela, com suas mãos, passou a
transformar a areia em pólvora e o cascalho em balas. Diante disso, os combatentes de Jerônimo de
Albuquerque se reanimaram e acabaram infligindo aos franceses uma severa derrota, e a estes só restou,
então, o recurso da rendição.
Este feito militar foi comemorado com o entusiasmo que merecia, e mais tarde, para que sua lembrança
não se apagasse e caísse então no esquecimento popular, a Virgem foi aclamada como padroeira da cidade
de São Luiz do Maranhão, sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória.

9 de janeiro 1616 – Primeiro capitão-mor do Maranhão

Assume o governo da colônia Jerônimo de Albuquerque Maranhão (como passou a assinar) com o título de
capitão-mor da Conquista, retirando-se Alexandre de Moura. São nomeados: Ouvidor e Auditor Geral, Luís
Madureira; Sargento-mor,. Baltazar Álvares Pestana; Capitão do mar, Salvador de Melo; Capitão das
entradas,
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Bento Maciel Parente; Capitão de Cumã, Martin Soares Moreno; Ambrósio Soares, Comandante do forte de
São Felipe (o forte de São Luís teve o nome mudado para de São Felipe, em honra a Felipe II de Espanha. O
Capitão-mor tratou da remodelação do forte principal, de acordo com a planta do Engenheiro-mor do
Brasil, capitão Francisco Frias de Mesquita, bem como da disposição das ruas, segundo o plano do mesmo
engenheiro, e outras providências, inclusive a construção da residência dos governadores. Daí a discussão
acadêmica acerca da cidade de São Luís, para alguns, fundada pelos portugueses e não pelos franceses.
Minúcias de especialistas.
Iniciou-se assim, com Jerônimo de Albuquerque, o governo dos Capitães-mor, que se estendeu até 1824,
com a nomeação de Miguel Inácio dos Santos Freire e Bruce, primeiro presidente constitucional da
Província do Maranhão.

INVASÃO HOLANDESA NO MARANHÃO A UNIÃO IBÉRICA

Chamamos de União Ibérica ou União das Monarquias Ibéricas, o período que vai de 1580
a 1640, quando Portugal e suas colônias passaram para o domínio da Espanha.Isto aconteceu devido à
questão da sucessão dinástica em Portugal. Depois de D. João III reinou, em Portugal, seu neto D.
Sebastião. Mas este morreu na batalha de AlcáceQuibir (1578), na África combatendo os muçulmanos . É
sucedido pelo seu tio-avô, o velho Cardeal D.Henrique, que reinou apenas dois anos, pois morreu em 1580.
Ao falecer, surgiu a questão da sucessão dinástica: o cardeal D. Henrique não possuía filho e seu parente
mais próximo era Felipe II, rei da Espanha, da dinastia dos Habsburgos, que se impõe como herdeiro
legítimo e passa a governar
Portugal e todas as suas colônias, inclusive o Brasil.

Conseqüências da União Ibérica (1580 - 1640)

A ruptura prática da linha de Tordesilhas;


Em 1621, o Brasil foi dividido em dois Estados: ESTADO DO MARANHÃO, com capital em São Luís e depois
Belém;
Estado do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul), tendo como capital, Salvador;

Depois de terem ocupado a maior parte do território do Nordeste da Colônia portuguesa na América, os
holandeses dominaram as terras da Capitania do Maranhão em 1641. Eles desembarcaram em São Luís e
tinham como objetivo a expansão da indústria açucareira com novas áreas de produção de cana-deaçúcar.
Depois, expandiram-se para o interior da Capitania.
Os colonos, insatisfeitos com a presença holandesa, começaram movimentos para a expulsão dos
holandeses do Maranhão em 1642, sendo o primeiro movimento contra a dominação holandesa. As lutas
só acabaram em 1644 e nelas se destaca Antônio Texeira de Melo como um dos líderes do movimento
.
REVOLTA DE BECKMAN

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Em 1682, a Coroa Portuguesa decidiu criar a Companhia de Comércio do Maranhão. Tal Companhia tinha o
dever de enviar ao Estado do Maranhão um navio por mês carregado de escravos e alimentos como azeite
e vinho. Assim, Portugal pretendia aumentar o comércio da região. Mas a estratégia não dera certo. A
Companhia abusava nos preços e, por vezes, atrasava os navios. Isso somado às péssimas condições de vida
na época, fizeram com que entre os colonos se criasse um clima de hostilidade contra a Metrópole.
Liderada por Manuel Beckman em 1684, começa uma revolta nativista conhecida como a Revolta de
Beckman. Os revoltosos queriam o fim da Companhia de Comércio do Maranhão e a expulsão dos jesuítas,
pois a Companhia de Jesus era contra a escravidão indígena (principal fonte de mão-deobra na época). Os
revoltosos chegaram a aprisionar o Capitão-Mor de São Luís e outras autoridades, e expulsaram os jesuítas,
mas foram derrotados pelas forças da Coroa. Manuel Beckman foi condenado à morte e enforcado em
praça pública, apesar de seu irmão, Tomás Beckman ter ido à Portugal para falar diretamente ao rei o
motivo da revolta. O movimento conseguiu fazer com que a Companhia fosse extinta mas não foram
atendidos sobre a expulsão dos jesuítas.
ERA POMBALINA E O MARANHÃO
D. José I nomeou a Primeiro-Ministro, em Portugal, o Marquês de Pombal que teve importante papel na
História do Maranhão.Pombal fundou o Estado do Grão-Pará e Maranhão com capital em Belém e
subdivido em quatro capitanias (Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará). Além disso, expulsou
os jesuítas e criou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão cuja atuação desenvolveu a
economia maranhense. Na fase pombalina, a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão
incentivou as migrações de portugueses, principalmente açorianos, e aumentou o tráfico de escravos e
produtos para a região. Tal fato fez com que o cultivo de arroz e algodão ganhasse força e logo colocou o
Maranhão dentro do sistema agroexportador. Essa prosperidade econômica se refletiu no perfil urbano de
São Luís, pois nessa época foi construída a maior parte dos casarões que compõem o Centro Histórico de
São Luís que hoje é Patrimônio Mundial da Humanidade. A região enriqueceu e ficou fortemente ligada à
Metrópole, quase inexistindo relação comercial com o sul do país. Mas os projetos do Marquês de Pombal
foram abalados quando subiu ao trono D. Maria I que extinguiu a Companhia de comércio e muitas outras
ações do Marquês na Colônia.
ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A Independência do Brasil foi um processo que culminou com a emancipação política desse país do reino
de Portugal, no início do século XIX. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822,
quando ocorreu o episódio do chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a história oficial, nesta data, às
margens do riacho Ipiranga o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: Independência ou
Morte!. No Maranhão, as elites agrícolas e pecuaristas eram muito ligadas à Metrópole e a exemplo de
outras províncias se recusaram a aderir à Independência do Brasil. À época, o Maranhão era uma das mais
ricas regiões do Brasil. O intenso tráfego marítimo com a Metrópole, justificado pela maior proximidade

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com a Europa, tornava mais fácil o acesso e as trocas comerciais com Lisboa do que com o sul do país. Os
filhos dos comerciantes ricos estudavam em Portugal. A região era conservadora e avessa aos comandos
vindos do Rio de Janeiro. Foi da Junta Governativa da Capital, São Luís, que partiu a iniciativa da repressão
ao movimento da Independência no Piauí. A Junta controlava ainda a região produtora do vale do rio
Itapecuru, onde o principal centro era a vila de Caxias. Esta foi a localidade escolhida pelo Major Fidié para
se fortificar após a derrota definitiva na Batalha do Jenipapo, no Piauí, imposta pelas tropas brasileiras,
compostas por contingentes oriundos do Piauí e do Ceará. Fidié teve que capitular, sendo preso em Caxias
e depois mandado para Portugal, onde foi recebido como herói. São Luís, a bela capital e tradicional reduto
português, foi finalmente bloqueada por mar e ameaçada de bombardeio pela esquadra do Lord Cochrane,
sendo obrigada a aderir à Independência em 28 de julho de 1823. Os anos imperiais que seguiram foram
vingativos com o Maranhão; o abandono e descaso com a rica região levaram a um empobrecimento
secular, ainda hoje não rompido.

PERIODO REGENCIAL – A Balaiada Várias rebeliões marcaram o período regencial. As rebeliões eclodiram,
num período de nove anos, em quase todo o país. As principais rebeliões do período foram: Balaiada (1838
– 1841) Cabanagem (1835 – 1840) Sabinada (1837 – 1838) Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos
(1835 – 1845)
de Cosme Bento, ex-escravo à frente de três mil africanos evadidos, e de Manuel Francisco dos Anjos
Ferreira. Para combatê-los foi nomeado Presidente e Comandante das Armas da Província o coronel Luís
Alves de Lima e Silva, que venceu os revoltosos na Vila de Caxias. Por isso foi promovido a General e
recebeu o seu primeiro título de nobreza , Barão de Caxias, e inicia aí a sua fase de O Pacificador. Apesar
das tentativas de manipulação por parte dos bem-te-vis, o movimento adquiriu feição própria, saindo de
controle. Diante da proporção alcançada, envolvendo as camadas populares, as elites locais se
aproximaram em busca de estratégias para derrotar os revoltosos. O movimento, após uma tentativa
frustrada de invasão da capital da província, São Luís, dispersou-se após repressão sofrida de um
destacamento da Guarda Nacional, e alcançou a vizinha província do Piauí. Diante desse esforço, o governo
regencial enviou tropas sob o comando do então Coronel Luís Alves de Lima e Silva, nomeado Presidente da
Província. Conjugando a pacificação política com uma bem sucedida ofensiva militar, em uma sucessão de
confrontos vitoriosos obtida pela concessão de anistia aos chefes revoltosos que auxiliassem a repressão
aos rebelados, obteve a pacificação da Província em 1841. Foi auxiliado no Piauí por Manuel de Sousa
Martins, líder conservador, Presidente da Província, e conhecido repressor de movimentos liberais
ocorridos em toda a província, destacando-se por sua excepcional ajuda em reprimir a adesão à Balaiada na
província. Os líderes balaios foram mortos em batalha ou capturados. Destes últimos, alguns foram
julgados e executados, como Cosme Bento, por enforcamento. Pela sua atuação na Província do Maranhão,
Lima e Silva recebeu o título de Barão de Caxias. Pouco após o fim da revolta, também Sousa Martins
recebeu um título, o de Visconde da Parnaíba.

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A FORMAÇÃO DO PARQUE FABRIL TEXTIL MARANHENSE

No Maranhão a economia agrária e escravagista encontrou-se falida, por causa da lei áurea de 1888.Com
isso a desvalorização das terras foi a maior consequência dessa falência. Com o capital parado os grandes
latifundiários resolveram investir em algo novo, A INDÚSTRIA. O parque fabril têxtil Maranhense tinham
suas fábricas voltadas para a fiação, tecelagem de algodão, sabão, prego, calçado, cerâmica ... Podemos
dizer que o dinheiro empregado no parque fabril têxtl foi proveniente do algodão.
A Balaiada foi uma revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841 no interior da então Província do
Maranhão, no Brasil,e que após a tentativa de invasão de São Luís, dispersou-se e estendeu-se para a
vizinha província do Piauí. Foi feita por pobres da região, escravos, fugitivos e prisioneiros. O motivo era a
disputa pelo controle do poder local. A definitiva pacificação só foi conseguida com a anistia concedida pelo
imperador aos revoltosos sobreviventes. As causas foram a miséria promovida pela crise do algodão.
Durante o Período regencial brasileiro o Maranhão, região exportadora de algodão, passava por uma grave
crise econômica, devido à concorrência com o gênero estadunidense. Em paralelo, a atividade pecuária
absorvia importante contingente de mão-de-obra livre nessa região. Esses fatores explicam o envolvimento
de elementos escravos e de homens livres de baixa renda no movimento. No campo político ocorria uma
disputa no seio da classe dominante pelo poder, que se refletia no Maranhão opondo, por um lado, os
liberais (bem-te-vis) e os conservadores (cabanos). O evento que deu início à revolta foi a detenção do
irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes (bem-te-vi), por determinação do
sub-prefeito da Vila da Manga (atual Nina Rodrigues), José Egito (cabano). Contestando a detenção do
irmão, Raimundo Gomes, com o apoio de um contingente da Guarda Nacional, invadiu o edifício da cadeia
pública da povoação e libertou-o, em dezembro de 1838. Em seguida, Raimundo Gomes conseguiu o apoio
A euforia dessa economia no Maranhão, durou pouco, pois vários fatores levaram o parque ao declínio,
dentre eles temos: altos impostos, incapacidade gerencial, falta de incentivo do governo, falta de
tecnologia, escassez de mão-deobra e energia elétrica.
A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA E O MARANHÃO
A proclamação do regime republicano brasileiro aconteceu em decorrência da crise do poder imperial,
ascensão de novas correntes de pensamento político e interesse de determinados grupos sociais. O maior
centro de propaganda republicana no Maranhão foi BARRA DO CORDA. Em São Luis ocorreu quando se
deu a presença do Conde D’Eu na capital. Os estudantes foram as ruas demonstrar o descontentamento da
aristocracia rural com a abolição dos escravos e o não recebimento da indenização. Em 1889, um comando
militar do Rio de Janeiro fez com que o Maranhão aderisse a República. .Dessa forma, considerou-se muito
mais fácil a adesão do Maranhã à República do que à Independência do Brasil em 1822.

QUESTÕES :
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1 - A França Equinocial colônia francesa no norte das possessões lusitanas na America, tinha como objetivo:
a) A instituição de uma colônia com o objetivo de inserir a França na corrida colonial monopolizada
pelas potências Ibéricas.
b) O estabelecimento de indústrias têxteis para fortalecer a economia francesa.
c) O estabelecimento da mão-de-obra escrava necessária à produtividade de região.
d) Articular esse território no contexto das colônias francesas.
e) Fazer intercâmbio comercial com os nativos.

2 - A Revolta de Beckman, no Maranhão teve como causa, entre outras a:


a) A revolta dos colonos contra o monopólio da Companhia de Comércio do Estado do Maranhão e
Grão-Pará; A apoio dado pelo imperador à Companhia de Comércio, contrariando os interesses da
burguesia;
b) A participação de elementos marginalizados ,pela defesa de princípios democráticos;
c) O ódio de todos os brasileiros contra os portugueses;
d) O descontentamento diante das leis de Pombal, que propiciavam total liberdade aos indígenas.

3 - A Balaiada foi:
a) Um movimento financeiro da classe militar;
b) Uma luta de cunho religioso liderado por Gomes Bento;
c) Uma luta de massas populares, insuflada por idéias liberais;
d) Uma revolta das classes pobres mais sofridas contra os conservadores do Maranhão;
e) Um movimento de políticos poderosos e grandes fazendeiros do Maranhão.

4 - Existiram dois fatores que foram responsáveis pela decadência do parque industrial têxtil, são eles:
a) A falta de uma tecnologia avançada e seu atrelamento a uma agricultura estável;
b) A falta de uma tecnologia avançada e seu atrelamento a uma agricultura frágil,dependente e
decadente;
c) A alta tecnologia do parque industrial e o aumento da mão-de-obra;
d) A transferência do trabalho escravo para o trabalho livre proporcionando um excedente de mão-
de-obra; Falta de uma indústria de base e a existência de alta tecnologia evidenciada no
maquinário importado.

5 - No final do século XIX, mesmos assolados pela crise na lavoura grande número de fazendeiros tentou
reerguer a economia maranhense através:
a) Da reaplicação do capital, vendendo propriedades e aplicando num parque fabril que se instalava;
b) Da reformação da política agrária visando atender o mercado interno;
c) Da reaplicação do capital, através da extração do babaçu;
d) Da reaplicação do capital através da venda de propriedades e investimento na pecuária em
expansão nesse período;
e) De investimentos na pecuária e mineração.

6 - Sobre a sociedade colonial maranhense no final do período colonial é correto afirmar:


a) A base da pirâmide social era composta por servos e mestiços e o vértice composto por jesuítas;
b) A base da pirâmide social era composta por escravos, indios,mestiços e no vértice a aristocracia
rural, administradores e comerciantes;
c) A base da pirâmide era composta por mestiços e o vértice pelos crioulos;
d) Não havia distinção social;
e) Todas estão corretas.

7 - Em 1684, eclodiu uma revolta de proprietários de terra no Maranhão, conhecida por Revolta de
Bequimão. Os revoltosos posicionaram-se.
a) Contra o monopólio da companhia de comércio e contra os jesuitas.

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b) Contra a escravidão dos africanos e dos indigenas maranhenses.
c) A favor da catequização dos indigenas realizada pelos jesuítas.
d) A favor do monopólio real sobre a exploração dos produtos da região.
e) Contra a expulsão dos jesuitas determinada pela coroa portuguesa.

8 -A Balaiada foi uma revolta que ocorreu na província do Maranhão, no periodo regencial (1831-1840).Ela
estava inserida no contexto histórico de grande efervescência política nas provincias do Brasil.
Identifique as afirmações que estejam associadas corretamente ao contexto socioeconomico e politico na
qual emergiu essa revolta.

I. Como outras revoltas do periodo, a Balaiada limitou-se a uma disputa politica entre membros das
elites locais, de um lado os conservadores e do outro os liberais.
II. As divergências políticas entre lideres e à falta de unidade entre os rebeldes acarretaram o declinio
do movimento, facilitando sua derrota pelas tropas do governo
III. Os lideres populares da revolta eram liberais e tinham como objetivos principais a proclamação de
uma republica democratica e a distribuição igualitaria da terra.
IV. A revolta aglutinou imensa massa de excluidos, que acabou atemorizando os grandes proprietarios
e mobilizando as autoridades regenciais contra os insurrectos.

Está correto o que se afirma APENAS em :


a) I e II b)I e III c) II e III d) II e IV e) III e Iv

9-Quanto ao Maranhão no Sistema de Capitanias Heredetárias :


a) Houve um amplo desenvovmento da agromanufatura.
b) Houve povoamento, mais não prosperou devido aos naufrágios das frotas de abastecimentos.
c) As expedições colonizadoras fracassaram em seus objetivos em função dos naufrágios e
dificuldades de acesso.
d) A cooperação dos indígenas ocasionou a fundação de São Luís.
e) A colonização obteve pleno êxito.

10- Foram os primeiros donatários das capitanias do Maranhão:


a) Pero Coelho de Sousa e Aires da Cunha.
b) João de Barros e Fernão Álvares de Andrade.
c) Mém de Sá e Tomé de Sousa.
d) Fernando de Noronha e Diogo Leite.
e) Diogo Leite e Martin Afonso.

11- Sobre a colonização portuguesa no Maranhão:


a) Iniciou-se com a invasão francesa ao Maranhão.
b) Começou no momento de instalação das Capitanias hereditárias.
c) Foi iniciada com a expedição de Diogo Leite que fundou uma povoação na foz do rio Gurupi.
d) Nunca foi iniciada, pois as primeiras vilas foram organizadas apenas no império.
e) Foi iniciada com a invasão holandesa.

12- A divisão do Brasil, em 1621, quando foi criado o Estado Colonial do Maranhão deve-se principalmente:
a) A necessidade de estimular a procura de metais preciosos na Amazônia
b) A necessidade de colonizar a parte norte do Brasil, diretamente por Lisboa, pois os contatos
mantidos entre Salvador e a região era difícies, o que deixava essa região bastante vulnerável às
invasões estrangeiras.
c) A necessidade de estimular a catequese na região Norte onde as tribos se mostravam muito hostis
à presença portuguesa.
d) Ao interesse português de implantar a lavoura algodoeira no litoral norte, favorecido pelo
crescimento da indústria têxtil na Europa.

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e) Ao fim da União Ibérica.

13- O domínio holandês na Maranhão:


a) Processou-se em conjunto com a dominação francesa;
b) Ocorreu após a união das coroas ibéricas; Antecedeu a invasão francesa;
c) Ocorreu antes da união das coroas ibéricas;
d) Resultou na fundação de São Luís.

14- Sobre a revolta de Beckman podemos afirmar:


a) Foi uma rebelião que não chegou a explodir sendo reprimida no seu nascedouro.
b) Foi uma rebelião vitoriosa, pois a metrópole atendeu as exigências dos revoltosos não punindo
niguém;
c) Deve seu êxito a colaboração dos senhores de engenho e dos comerciantes da Companhia de
Comércio do Maranhão.
d) Apesar de reprimida, obrigou a metrópole a mudar a sua política na região, na medida em que a
Companhia de Comércio foi extinta e a escravidão indígena voltou a ser tolerada

. 15- Justifique a afirmação: “ A adesão do Maranhão à independência ocorreu de fora para dentro”.
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16- observando-se a conjuntura histórica na qual ocorreram as rebeliões do período regencial, afirma-se
que a balaiada foi:
a) Um levante que não teve a participação de gente pobre e trabalhadora;
b) Uma luta que envolveu um grande número de sertanejos;
c) A mais longa das revoltas regenciais;
d) Um movimento que surgiu exclusivamente do desejo de justiça de um mestiço.
e) Um movimento de vaqueiros;

17- A economia maranhense no século XIX caracterizou-se por surtos de crescimentos ocasionados por:
a) Um aumento na mão-de-obra do escravo propiciando um aumento no nível de produção agrícola;
b) Incentivos dados pelo governo central à agricultura do note do império;
c) Uma diminuição da mão-de-obra negra a partir de 1850 ocasionando uma estagnação gradativa da
produção;
d) Perdas no mercado produtor internacional (EUA), permitindo a entrada de novos concorrentes,
entre eles o Maranhão, favorecido pelo clima e pela terra favorável a produção de produtos
comercializáveis;
e) Entrada gradativa da mão-de-obra do imigrante.

18- No final do século XIX, mesmo assolados pela crise na lavoura um grande número de fazendeiros tentou
reerguer a economia maranhense através:
a) Da reaplicação de capital, vendendo propriedades e aplicando num parque fabril que se instalava;
b) Da reformação da política agrária visando atender o mercado interno;
c) Da reaplicação do capital, através da extração de babaçu;
d) Da reaplicação do capital através da venda de propriedades e investimento na pecuária em
expanção nesse período;
e) De investimentos na pecuária e mineração.

19- Cite e explique 4 fatores que contribuíram para a decadência do Parque Fabril Têxtil maranhense.
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leonorasousa@hotmail.com
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