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AGRICULTURA SINTRÓPICA

SEGÚN ERNST GÖTSCH


JOSÉ FERNANDO DOS SANTOS REBELLO
DANIELA GHIRINGHELLO SAKAMOTO
DANIELA GHIRINGHELLO SAKAMOTO

TRADUCCIÓN NO
OFICIAL POR
Abundanciaenexpasion
Copyright© 2021 by Reviver Editora
Todos os direitos reservados

AGRICULTURA SINTRÓPICA
SEGÚN ERNST GÖTSCH
JOSÉ FERNANDO DOS SANTOS REBELLO
DANIELA GHIRINGHELLO SAKAMOTO

Coordenação de projeto: Vinicius Biagi Antonelli, Emílio Vieira, Gabriel Mhereb e Giovanni Tabolacci
Autoria: José Fernando dos Santos Rebello e Daniela Ghiringhello Sakamoto

Diretor de Arte e Conteúdo / Projeto Gráfico: Giovanni Tabolacci Fotos da Capa: Iberê Périssé
Editora Executiva: Geovana Pagel Editor Responsável e Curadoria: Anderson Endelécio (7 Vidas)
Edição de texto / Preparação dos originais: Maria Teresa Mhereb Revisão: Marina Parra / Sílvia Anderson
Depto Comercial: Bianca Kian Yoshida Produção: Danilo Gonçalves e Guilherme Ferraz
Atendimento: Mariana Inagaki e Julya Joplin

Fotografias: Iberê Périssé / Bruno Dias / Craig Elevitch


Infografias: Giovanni Tabolacci, baseado nos trabalhos e ilustrações de Ernst Götsch,
Jaqueline Orlando, Ivone Lyra e Úrsula Arztmann Ilustração: Beatriz Garcia, pág. 108.

Expedição à Fazenda Olhos D’Água / ARICA Cinematográfica:


Vinicius Biagi Antonelli, Enio Staub, Iberê Périssé, Alexandre Rodrigues (Xéu).
Gabriel Mhereb e José Borges Junior (INE - Instituto Nova Era).

2021 DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) LINK PARA ACESSAR ÁLBUM
(CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL) DE FOTOGRAFIAS DE VÁRIOS
TÍTULO: AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH TRABALHOS REALIZADOS POR ERNST
AUTORES: JOSÉ FERNANDO REBELLO E DANIELA GHIRINGHELLO SAKAMOTO
GÖTSCH OU SOB SUA ORIENTAÇÃO.
EDITORIAL: EDITORA REVIVER 2021

INCLUI BIBLIOGRAFIA
ISBN 978-65-88983-03-4

1. AGRICULTURA SINTRÓPICA
2. AGROFLORESTA
3. MEIO AMBIENTE / SUSTENTABILIDADE Muitas imagens não puderam ser inseridas neste livro
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em função de questões técnicas. A leitora e o leitor,
contudo, podem acessar o site do Cepeas e consultá-las:
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AGRADECIMENTOS

ERNST GÖTSCH, nuestra eterna gratitud por mostrarnos

A
um camino posible para vivir en armonia con la
naturaleza. A Lama Padma Samten, que nos enseña como
tener más lucidez en este camino. Agradecemos tambíen
à Cimara Goulart, à Ilona Götsch, à Genevieve Götsch,
Tankred Götsch, Mathilde Götsch, Arntraut Götsch, Dietgard
Götsch eao Antonio Rebello; a nuestros pares y familiares; a
nuestros hijos, Cora, Zé Pedro e Bernardo; a los amigos
Namastê Messerschmidt, Henrique Sousa, Fabiana
Peneireiro, Úrsula
Arztmann, Murilo Arantes, Gustavo Lendimuth, Fernando Pospichil, Juã Pereira, Rômulo de
Araújo, Patricia Vaz, Karin Ranzi, Rodrigo Junqueira, Denise Bittencourt, Gudrum Götsch, Craig
Elevitch, Neil Logan, Gabriel Mhereb, Marcio Armando, Sofia Carvalho, Augusto Carvalho, Tiago
Barbosa, Osvaldinho, Isaias dos Reis, Lucas Bevilaqua, Cesar Maretti, Ian Lazoski, Ray Chan, Rafael
Fernandes, Bruno Dias; a los estudiantes del curso de larga duración de la Agenda Götsch y a
todos los agrofloresteiros y agrofloresteiras de todas las “etnias”del planeta. Estamos muy
agradecidos también a Maria Teresa Mhereb, responsable por la preparación y edición de los
originales de este libro, por su dedicación, competencia y comprometimiento con esta noble
causa, y a las artistas Beatriz Garcia, Ivone Lyra y Jaqueline Orlando. Nuestra eterna gratitud a
Pedro Paulo Diniz, el cual financió y cedió áreas de la Fazenda da Toca, su propriedad, para que
Ernst idealizase y desarrollase vários experimentos exitosos, volviendose estos uno de los marcos
del movimento de agricultura sintrópica, mostrando el enorme potencial de esa agricultura. Un
agradecimiento realmente especial y profundo a Felipe Pasini, a Dayana Andrade y a Edmara
Barbosa, que conseguieron, con su increíble habilidad y domínio de la magia del cine, divulgar la
agricultura sintrópica en la “novela das nove” y a los cuatro vientos; tambiém a Vinicius Biagi
Antonelli, a Emílio Vieira, a la Editora Reviver, con los trabajos de Giovanni Tabolacci, Geovana
Pagel, Anderson Endelécio (7 Vidas), Marina Parra, Sílvia Anderson; al Enio Staub, Iberê Périssé,
Alexandre Rodrigues (Xéu), y al Instituto Nova Era, por la colaboración de todos para la publicación
de este libro.

EL MOMENTO DE ACTUAR LLEGÓ.


“LA VIDA NO
TOMA POSICIÓN
DEL PLANETA A
TRAVÉS DEL
COMBATE, SINO
A TRAVÉS DEL
TRABAJO
EN RED”
MARGULIS E SAGAN
DEDICAMOS
ESTE LIBRO A
RENATE GÖTSCH.
SUS SEMILLAS
CONTINUARÁN
DANDO FRUTOS
POR MUCHAS
GENERACIONES
Índice

Sobre Ernst Götsch ............................................................................................... 11


Apresentação – Passos ......................................................................... 12
Prefácio – Assim nós ouvimos ................................................................. 14

Introdução – O que é sintropia? ............................................................... 16


Estratégias e principais técnicas usadas na agricultura sintrópica ...................................... 20

1 – Foco na fotossíntese ........................................................................ 22


A estratificação das florestas ..................................................................................................... 25
Como as doenças e o envelhecimento das plantas afetam o nosso sistema como um todo .......................... 31
Inclusão de dinâmicas do funcionamento das savanas naturais no manejo dos nossos agroecossistemas ................................... 34

2 – Dinâmicas da sucessão natural usadas como ferramentas ...................................... 37


Sistemas de colonização .................................................................................................. 40
Sistemas de acumulação.................................................................................................. 41
Sistemas de abundância .................................................................................................. 45
Criando sistemas específicos para grãos e pecuária, por Ernst Götsch ...................................................... 54
A importância da estratificação ......................................................................................... 56
História natural do abacaxi ............................................................................................... 62
Distribuição na ocupação dos diferentes estratos .................................................................... 64

3 – Solos cobertos e plantios adensados ...................................................... 82


4 – Capina seletiva e podas..................................................................... 90
5 – Concentrar energia e gerar biomassa de forma eficiente ....................................... 94
6 – Ecofisiologia e função ecofisiológica das plantas ................................................. 95
7 – Sincronizar os plantios ..................................................................... 96
8 – Tentar enxergar o que cada ser está fazendo de bom ............................................ 98
Na natureza tudo está em equilíbrio. O caso do feijoeiro ..................................................................... 100

Considerações finais............................................................................................. 101


Critérios de sustentabilidade dos sistemas sintrópicos ................................................... 104
Conhecendo nossas plantas .................................................................................... 106
Espécies cultivadas e respectivos estratos .................................................................. 109

Glossário ........................................................................................................... 114


Referências ....................................................................................................... 116
Imagens Fazenda Olhos D’Água................................................................................ 117
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AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGÚN ERNST GÖTSCH

SOBRE ERNST GÖTSCH


rnst Götsch, hijo de pequeños agricultores, nació en Suíza, en 1948. Pasó su

E
infancia y su juventud en el nor-este suízo, en una época en la que los cultivos
perennestenían una importancia mucho mayor que la actual en la vida cotidiana
del campo, cuandotodavía existian pomares con dos o tres siglos que producían
enormes cantidades de frutos, de lo mas diversificados y de mejor calidad.

La relación con los bosques En 1982, se mudó con su familía a una fazenda de tierras
tropicales comienza con su degradadas en el sur de Bahia, donde recuperó 340 hectares de
primera visita a Brasil, en vegetación de Mata Atlantíca. A partir de eso, fue invitado para
1976, por la invitación de un investigador brasileño. En esa trabajar con decenas de instituciones, dentro y fuera de
ocasión, Ernst conoció várias regiones en Paraná, Mato Grosso, Brasil, desde asociaciones de agricultores y coo- perativas hasta
Goiás y otros estados, regiones que, en aquel tiempo, eran grandes empresas brasileñas e transnacionales, siempre con el
fronteras agrícolas. El repetido proceso de inmensa destrucción mismo objetivo: recrear los bosques de cada lugar por donde
de los bosques en los lugares que visitó lo deprimió tanto que pasa. El conocimiento generado por sus investigaciones dió
cayó enfermo yfue a parar en la UCI de un hospital. Así, él origen a una nueva forma de agricultura, la cual denominó
volvió para supaís completamente transformado y decidido a agricultura sintrópica. A principios de los años 2000, ya era
seguir un nuevo rumbo en su vida: pasó a cuestionar el conocido como uno de los referentes más importantes en
sentido del trabajo que estaba haciendo en aquel tiempo, que sistemas agroflorestales en America. Además de proyectosen
incluía el mejoramento genético de plantas para la creación de América Latina, Götsch tambíem coordina iniciativas en
genotipos resistentes a enfermedades, llegando a la conclusión Portugal, Itália, España, Alemania e Suíza — su trabajoviene
de que sería más inteligente y eficaz trabajar para crear influenciando a miles de personas alredor del mundo.En una
condiciones en las cuales las plantas se sentiesen bien y se encuesta realizada en 2016, la periodista Dayana Andrade
desarrollasen mejor, en vez de intentar adaptarlas a señaló que los numerosos trabajos realizados porél desde el
condiciones cada vez peores de crecimiento. Ernst comenzó, inicio de la decada de 1980 ya han influenciado a más de 10
entonces, a hacer innumerables y extensos experimentos en el mil agricultores.
instituto donde trabajaba, enten- diendo, de manera cada vez
mas clara, que solo tendríamos una agricultura que atravesase
los siglos sí reconstruiesemos nuestros agroecosistemas de
acuerdo con el ambiente en que nuestras plantas
evolucionaron por miles de años. Convencidode que este seria
el camino mas adecuado, pedió la renuncia de su cargo como Site oficial: www.agendagotsch.com
servidor público para dedicarse plenamente a su investigación. Contato: agendagotsch@gmail.com

11
PRESENTACIÓN

PASOS...
PASOS EN EL APRENDIZAJE. ESTE LIBRO QUIERE CAMINAR JUNTO
CON EL LECTOR EN ESTE SENDERO, CONTANDO DONDE ESTAMOS
Y ADONDE LLEGAMOS EN LA INTERPRETACIÓN DE UNA OBRA
MUCHO MAYOR, INFINITA EN SUS FACETAS, EN SU DIVERSIDAD,
DIMENSIÓN Y PROFUNDIDAD: EL LIBRO DE LA VIDA DE NUESTRO
PLANETA.

12
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

l intentar leer este magnífico libro, cadavez que posible para sí; en el, no imperam la “concorrência e a compe- tição

A nos alegramos, seguros de que hemos captado el


contenido de un pequeño parráfo, más
preguntas brotan y florecen, y aquello que
pensabamos que sabíamos va
fria”, simplemente porque cada órgano y cada célula de este
macrorganismo sabe que ese seria el camino para su suicídio y para
la muerte de todos. Así, para que el conjunto pueda prosperar, cada
uno de nosotros debe adoptar la pregunta que

quedando cada vez más pequeño delante de lo que todavía no parece estar por detras de las interaciones que ocurren en este
sabemos. Pero es justamente eso lo que permite que un nuevo planetadesde antes de nuestra existencia: como puedo interaccionar
horizonte se anuncie poco a poco para nosotros, llevandonos mucho con los otros integrantes para que mi participación se transforme en
más allá de lo que esperabamos cuando comezamos la lectura. un evento benéfico para todos? Nuestro mundo cultural/ filosófico
Entonces, descubrimos que la llave para el saber no puede estar en impone, sin embargo, barreras de todo tipo, para quien se aventure
la intención de manipular o comandar el universo. Sin embargo, solo a abandonar la visión antropocentrica, visiblemente obsoleta y hasta
nos damos cuenta de esto después de haber hecho tantos intentos un poco irrisoria, y, en el lugar de ella, pase a adoptar una
para eludirel sistema de la vida y depués de que todos ellos, en tan perspectiva biófila, o sea, de amistad y amor por la naturaleza.
poco tiempo, hayan resultado ser un error, cuando no una catástrofe. No entanto, a partir del momento en que descendemos del
Al final, lo que conseguimos con setenta años de la llamada “pedestal de los inteligentes”, artificialmente elevado por nosotros
Revolución Verde fue llevar los ecosistemas, uno después del otro, mismos, eliminaremos el mayor obstáculo que creamos para
al borde de su colapso, exterminando al menos una especie cada dos aprender, entender y hablar la lengua común a todos los seres. Todo
minutos. Entonces, nos pereguntamos: será que cometemos tantos se hará más fácil: veremos que no debemos dividir el mundo entre
errores porque abordamos el asunto de forma errada? Siguiendo la “bien y mal”. Cada especie existente aqui cumple su función,
tan conocida máxima de Descartes cogito, ergo sum (“pienso,luego actuando en su “departamento”para el bien común de todos, esto
existo”), acreditamos, en los últimos siglos, estar encima de la es, para la optimización del funcionamento de los procesos de vida y
naturaleza, definiendonos a nosotros mismos, los seres humanos, del macrorganismo Tierra. Espero que este librolleve a sus lectores a
como los únicos seres inteligentes. intentar acceder a la verdadera internet, la red común que todos los
De este entendimiento de que somos superiores y, por tanto, seres — con excepción de la gran mayoriade los integrantes de
separados del mundo natural, proviene nuestro deseo de nuestra espécie — usam para comunicarse. Esa red es de acceso
dominárlo — un camino que, como sabemos cada vez mejor, es libre, no sufre censura y funciona con elmero uso de los sentidos que
errado. Es hora de que cambiemos radicalmente esa concepción, de recibimos al nacer y que tenemos en común con todos los demás
que ampliemos criticamente la máxima de Descartes rumbo a un integrantes del planeta. Si este pequeño gran libro de Daniela
ergo somos, que permite que nos consideremos como parte de un Sakamoto e José Fernando Rebello consigue abrir al menos una
sistema inteligente, en el cual todos los seres que lo componen ventana para vislumbrar todo eso, su inmenso trabajo estará
gratificado.
tienen esa misma característica, todos equipados y capaces de
comunicarse entre si, formando, en conjunto, un gran y único
Ernst Götsch – Fazenda Olhos D’Água, Primavera de 2020.
macroorganismo. En el, no impera el principio de la“astucia”,
según el cual cada uno debe agarrar lo máximo

13
PREFÁCIO

Así nosotros escuchamos...


onocimos a Ernst Götsch en 1995, cuando El conocimento, así como la vida, lleva esa impermanencia, por

C todavía éramos estudiantes de Agronomía.


Su conferencia en la Escuela Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) fue
a tal punto impactante que cambió el
rumbo de
eso tenemos que estar con el espíritu siempre abierto y
desarmado para entender el movimiento constante de ambos.
El oír verdadero implica una concentración enorme, algo que,
confesamos, no siempre conseguimos. Si lo hacemos bien, los
laureles serán sin duda para Ernst Götsch; si nos equivocamos
nuestras vidas. Su conocimiento sobre como la naturaleza fun- e n la interpretación de los conceptos, fue asi como los
ciona es tan profundo que, hasta hoy, siempre que lo entendimos.
encontramos,tenemos la sensación de que todavía estamos en Todas las imagenes, gráficos e diseños insertados en este
la primera clase. Este libro, basado enteramente en las libro son cppias de los diseños originales propuestos por Ernst
enseñanzas de Ernst Götsch, fue escrito por personas Götsch en muchas de las aulas que hemos asistido en los últimos
apasionadas por la naturaleza, apasionadaspor el planeta Tierra, 25 años y que siempre estan cambiando, en una mejora
personas que creen que vale la pena buscar hacer lo mejor para constante del arte de cosechar el sol. Si la humanidad consigue
cuidar de el. Es urgente la necesidad dedivulgar un sistema de crear sistemas de produción de alimentos realmente
produción que, al mismo tiempo enque produce toneladas de sustentables, superando los obstáculos creados por ella
alimentos saludables y sabrosos, recupera áreas degradadas, misma, no tenemos dudas deque ese camino encontrará en
devuelve las aguas a los manantiales perdidosy trae de vuelta algun momento la agricultura sintrópica creada por Ernst
nuestros bosques, los cuales nos empujan a esta empresa. El Götsch.
libro, no obstante, está lejos de ser una guia definitiva sobre
agricultura sintrópica, pues el conocimento so-bre ella es tan
dinámico como los agroecosistemas creados por Ernst Götsch.
Entendemos que el papel no debe congelar los conceptos, ya
que, cada dia, su creador perfecciona los métodos y la José Fernando dos Santos Rebello
interpretación sobre como la naturaleza funciona. Daniela Ghringhello Sakamoto

14
Margaridão (Tithonia diversifolia), planta muito
usada como produtora de biomassa, crescendo
muito rápido na estação chuvosa.

15
INTRODUCCIÓN

QUE ES LA SINTROPÍA?
a gran contribución que Ernst nos dá es haber y de la imprevisibilidad, la sintropia es la función que

L desvelado y realizado una sistemati-


zación de los princípios a traves de los
cuales la naturaleza trabaja. Ernst nos
representa el grado de orden y previsibilidad existente en ese
sistema. Así, el princípio de la sintropia es el que explica la
preservación de su existencia, apesar de que la entropia
proporciona tambien esta siempre
uma alfabetización ecológica, termino de Fritjof Capra, que presente en el. La tabla en la pág. 18 nos dá una idea precisa
significa la comprensión de los princípios de organización que sobre la capacidad que la vida tiene de mantener la estabilidad
los ecosistemas desarrollan para sustentar la vida — el de este macrorganismo conocido como Tierra, realizando sus
camino para la sustentabilidad. De modo simplificado, la funciones adecuadamente para su propio equilíbrio, fenomeno
sintropiaG se refere a la organización de las partículas de un conocido en la fisiologia animal como homeostasisG. Gracias
sistema dado. Mientras que la entropiaG es la medida del al surgimiento de la vida, hace unos 3,5 billones de
desorden

El bioma de la Mata Atlântica originalmente cubria más de 1 millon de km2 en la


costa de Brasil. Es posíble devolver los bosques a ese bioma, prueba de eso es esta
imagen, con bosques plantados por Ernst Götsch en el sur de Bahia, en la Fazenda
Olhos D’Água.

16
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

años, y por medio de la sintropia, la energia del Sol se fue planeta, la naturaleza por si sola no conseguió volver a su
complejificando, transformandose y almacenandose en las más estabilidad anterior: a lo largo de la história humana,
diversas formas de vida, formando uma compleja red viva. civilizaciones enteras desaparecieron y enormes desiertos
Hace miles de años, no obstante, los seres humanos vienen surgieron.
causando distúrbios ecológicos en muchos lugares del planeta.
Donde esa perturbación se mantuvo dentro de los limites • Sintropia: Refierase a la organización de las partículas de un sistema
aceptables, la red volvió a establecer sus conexiones, la vida dado. Es la función que representa el grado de orden y de previsibilidad
refloreció, como la regeneración de un pequeño corte en existente en ese sistema. Cuando el sistema va de lo simple para lo
complejo, convergiendo y concentrando la energia, se trata de um
nuestra piel. Sin embargo, en los lugares en que nuestras sistema sintrópico.
intervenciones fueron mayores que la capacidad de • Homeostasis: Capacidad que un organismo tiene de controlar su
autorregeneración del composición química y su estado físico, con el fin de mantenerse
siempre en buenas condiciones, incluso cuando el ambiente externo se
altera.

17
INTRODUCIÓN

ATMOSFERAS DE LA TIERRA CON Y SIN VIDA COMPARADAS CON LAS ATMOSFERAS DE MARTE Y VENUS

PLANETA
GAS
TIERRA
VENUS TIERRA SIN MARTE
ACTUALMENTE
VIDA
DIÓXIDO
DE CARBONO
98% 98% 95% 0,03%

NITRÓGENO 1,9% 1,9% 2,7% 78%

OXÍGENO TRAZOS TRAZOS 0,13% 21%


ARGÓN 0,1% 0,1% 2% 1%
TEMPERATURA DE LA
SUPERFÍCIE (°C) 447 290 + -50 -53 13

PRESIÓN TOTAL
(BAR) 90 60 0,0064 1,0
Fonte: Extraído do livro Gaia: um novo olhar sobre a vida na Terra (1995), de James Lovelock.

Sin embargo, si entendemos que la vida en el planeta es la energia que podría ser almacenada en nuestro sistema
regida por los principios sintrópicos, podemos emplearlos para es perdida, eso se refleja en la calidad de nuestros plantios.
restaurar la vida en las áreas degradadas y transformar desiertos
en bosques nuevamente. En los capítulos siguientes, los El surgimiento de hierbas de ciclo corto, “plantas invasoras” (de
princípios y técnicas propuestos por Ernst Götsch son sistemas de sucesión anteriores), ausencia de estratos,
colocados en una secuencia solo para facilitar la lectura. plantas envejecidas, enfermedades, explosión de insectos y
Ellos no estan en una jerarquía de importancia, todos son baja produción son solo los sintomas de la no aplicación
fundamentales y deben estar presentes siempre al mismo completa de todas las técnicas necesarias. Por eso, muchas
tiempo para el exito de nuestros plantios. La mejor imagen de veces,para entender una técnica, hacemos referencia a otra,
la relación entre ellos seria la de una red, en la cual todos estan ya que todas estan como fundidas en un amálgamaG.
interconectados y son interdependentes. Cuando implantamos
un sistema sintrópico, la ausencia de uno de los princípios
debilita esa red, es como un agujero por donde puede escapar
la energia que complejifica la vida. Si • Amálgama: Fusión (o mezcla) de cosas o
pesonas, formando un todo.

18
Imagem 2

Céu de julho de 2020 no Centro de Pesquisa em Agricultura


Sintrópica – Cepeas, Chapada dos Veadeiros (GO).

QUÉ ES LA SINTROPIA?

Ernst Götsch escogió el termino “sintropia” capacidad de vencer la tendencia a la entropia agrícolas productivos es lo que hace a la
porque tiene la misma etimologia griega que por medio del crecimento y de la agricultura sintrópica ser una agricultura de
la palabra “entropia”, dejando claro, desde el reproducción, por ejemplo. Más evidente aún información y procesos, no de insumos. El
início, su relación dialéctica. Estamos más es la tendencia de los sistemas naturales de resultado de eso se manifiesta en la forma de
familiarizados con el concepto de la entropia, evolucionar en el sentido de estructuras de aumento de recursos y de energia disponíble
que, dentro de la termodinamica, se refiere a organización, cada vez más com plejas. En un o, como Ernst Götsch acostumbra decir:
la función relacionada al desorden de un macroorganismoG, los participantes actúan de
sistema dado, asociada con la degradación de forma sinérgicaG y, a traves de su “En el aumento de la cantidad y de la
la energia. Todo lo que se refiere al consumo metabolismo, realizan la tarea de optimizar calidad de vida consolidada, tanto en
y la degradación de energia es, por lo tanto, los procesos de vida, aumentando la orga- lo lugar de nuestra interación como en
explicado por la Ley de la Entropia. Por otro nización y la complejidad del sistema como un el planeta entero”.
lado, los sistemas vivos poseen la todo. La traducción de esa lógica para los
sistemas

Adaptado de Dayana V. P. Andrade, Agricultura, meio ambiente e sociedade: um estudo sobre a adotabilidade da agricultura sintrópica (2019).

• Macroorganismo: cualquier organismo animal o vegetal cuyas dimensiones son visíbles al ojo desnudo. El próprio planeta
Tierra es considerado un macroorganismo, en la medida en que es un sistema vivo y auto-organizado, una unidad compuesta por
los innumerables sistemas físico-químico-biológicos.
19
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

ESTRATEGIAS Y PRINCIPALES TÉCNICAS


USADAS EN LA AGRICULTURA SINTRÓPICA

Antes de adentrarnos en las técnicas de la entre sistemas que aparentan ser sustentables y los sistemas
agricultura sintrópica, veamos un poco más la sintrópicos propuestos por Ernst: autodinámicos, altamente
importancia del termino sintropia. Por que Ernst productivos, creadores de recursos generales, con saldo
Götschabandonó el termino “agrofloresta” y adoptó energeticamente positivo en relación a la cantidad y la calidad
“agricultura sintrópica”? de vida consolidada, tanto en el lugar de su implantación
comoen relación al macroorganismo Tierra entero.
on el pasar del tiempo, y profundizando cada

C vez más sus conocimentos sobre como los


bosques funcionan y sobre como ocurre la
sucesión natural en bosques secundarios
• Surge, entonces, la pregunta: sería posible construir
agroecosistemasG en larga escala, que, manejados,
alcancen las cualidades de los sistemas sintrópicos?
y primarios, Ernst percibió que ya no era suficiente denominar
sus sistemas solo con los terminos usuales que muchos Ese es el gran desafío que Ernst se propone a enfrentar
emplean cuando mezclan árboles nativas o exóticos con actualmente. Es un objetivo que, para ser alcanzado,
especies anuales o frutíferas, pues dentro del termino depende de máquinas todavía inexistentes, sin embargo
agroflorestaG caben muchos modelos, como, por ejemplo, completamente factibles dada nuestra tecnologia actual. En
el consórcio de pinos y naranja, de eucaliptus con banana y este libro, traemos ejemplos de sistemas a gran escala
citrus, lineas de árboles con entrelineas de granos, etc. propuestos por Götsch y ya en funcionamiento, que
Esos sistemas pueden ser sustentables, pero pueden tam- abandonaron el uso de agrotóxicos y reducido el de
bien generar, a lo largo del tiempo, un saldo energeticamente fertilizantes. El camino para los bosques está trazado. cuanto
negativo. O sea, es posible tener sistemas que tienen la más investigadores, técnicos y agricultores entiendan las
apariencia de bosques, pero que carecen de la dinámica de la estratégias y técnicas propuestas por él y apuesten por este
sucesión natural que los llevará hasta la fitofisionomía de camino, más rapidamente tendremos ejemplos nuevos, más
bosques primarios, semejantes en su forma y función a los complejos que l os actuales y cada vez más próximos de la
ecosistemas originales del lugar donde se encuentran. Esa tal dinámica de la sucesión natural que ocurre en bosques
vez sea la linea divisoria primarios.

• Agrofloresta: Termino usualmente empleado cuando se mezclan


árboles nativos o exóticos, maderables o no, con especies anuales, frutíferas y/o animales.

• Agroecosistema: Según R. D. Hart (1978), un agroecosistema es constituído por las interaciones físicas y biológicas de sus componentes.
El ambiente va a determinar la presencia de cada componente en el tiempo y en el espacio. Ese arreglo de componentes será capaz de procesar inputs
(insumos) ambientales y producir outputs (productos). Ernst Götsch emplea este termino y no “agrofloresta”, el cual es usado normalmente.

20
Imagem 3

Os ensinamentos de Ernst Götsch ecoam por todo o Brasil. Fazenda Terra Booma (GO).

21
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

1 – FOCO EN LA FOTOSÍNTESIS
Cuanta más fotosíntesis, más vigoroso el sistema. La La glucosa sintetizada durante la fotosíntesis es la precursora de
fotosíntesis no ocurre solo con el agua que viene del los carbohidratos característicos de las plantas (sacarosaG,
suelo, las plantas tambíen beben agua de la almidónG, celulosaG etc.), o sea, aquellos no sintetizados por los
atmosfera. animales.
l aumento de este proceso, a traves de La celulosa es el polisacáridoG más abundante en la naturaleza,

E plantar en alta densidad y con conjuntos de


espécies que ocupan diferentes estratos, permite
volver verde escuro el sistema y el
cantidades enormes de el son producidas anual-
mente por el reino vegetal, no solo en los bosques en cresci- miento,
sino tambien por las plantaciones destinadas a la cosecha. A partir
de la glucosa producida en la fotosíntesis, las plantas forman

ambiente menos caliente. Si realmente entendieramos la innumerables otros azúcares, entre ellos la maltosa, la sacarosa,la
fotosíntesis en la profundidad que ella requiere, seriamos capaces fructosa, la manosa, la ribosa, la arabinosa, la xilosa y otros. Los
de construir los más bellos y productivos agroecosistemas. Hace carbohidratos son el “sustento de la vida” para muchos organismos,
mucho tiempo conocemos la ecuación de la fotosíntesis: pues ellos representan la mayor parte de la ingestión calórica de
los seres humanos, de la mayoria de los animales y de un sin
Luz numero de microrganismosG. Los carbohidratos tambien ocupan una
Água + CO2 Glucosa + posición central en el metabolismo de las plantas verdes y de otros
O2Clorofila organismos fotos- sintetizantes. Comprendemos, así, la importancia
funda- mental de la fotosíntesis como la fuente primaria de alimento
La fotosíntesis para la mayor parte de los seres vivos de este planeta y,
principalmente, como la base de la fertilidad de nuestros suelos.
ENERGIA

• Sacarosa: Substancia extraída de la caña-de-azúcar y de la


betarraga. Más conocida como azúcar, empleada como endulzante de
alimentos y bebidas, la sacarosa es usada tambien en procdutos
farmaceuticos.

• Almidón: Polisacárido formado por la unión de varias


moléculas de glucosa y presente en gran cantidad en los
vegetales. Es un carbohidrato de reserva energética.

• Celulosa: Principal polisacárido estructural de las


plantas. Es el componente más abundante de la pared
celular.

CARBONO
• Polisacárido: Son carbohidratos compuestos por grandes cantidades
ÁGUA
de moléculas de monosacárídos (azúcares simples). El monosacárido presente
en mayor cantidad en la formación de los polisacáridos
es la glucosa.

• Microorganismo: Cualquier organismo microscópico o


ultramicroscópico, como las bactérias, cianofíceas,
Imagem 4 hongos,levaduras, protistas y los vírus.

22
Alimentando la comunidad de microorganismos del Hoy, el número de plantas de maíz por hectaria puede llegar
suelo con carbono proveniente de la fotosíntesis, crearemos a 90 mil. Buscamos ocupar cada centímetro cuadrado de la plan-
un círculo virtuoso en el que más fertilidad produce más tación con hojas verdes para captar la luz del sol, reflejandose en
biomasa, más hojas, más clorofila, más fotosíntesis, más una mayor produción de granos. El peak de esa ocupación, no
alimento y más vida en el suelo, mayor fertilidad, un nivel más obstante, solo sucede durante pocas semanas en el período de
alto en el equilíbrio de la biocenosisG y mayor salud de las un año y, en general, a costos altos, con el uso de insumos
plantas. Observando este círculo virtuoso, entendemos la externos y biologicamente opresivos, provocando la exclusión de
importancia de crear sistemas estratificados, aprovechando otras formas de vida que no son las deseadas en nuestro
al máximo toda la energia luminosa del Sol, de modo que cada monocultivo.
estrato siempre produzca el máximo de biomasa. Cuando
conectamos eso con la sucesión natural de las plantas,
acelerada a traves de las podas, alcanzamos espontáneamente
el ápice de esa tecnologia creada por la propia vida y usada en BIOCENOSIS

todos los sistemas naturales. Cuando realizamos una


plantación convencional de maíz (Zea mays), por ejemplo,
como en la Imagem 8, estamos buscando maximizar la
fotosíntesis.
Imagem 5

23
Imagem 6

O verde se espalha por todas as


direções. Fazenda Olhos D’Água (BA).

24
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

LA ESTRATIFICACIÓN DE LOS BOSQUES


Según el ecologista Eugene Odum, en los bosques tro- perennes altos, elevandose hasta 30-40 metros de altura, pero
picales húmidos, “el número de espécies vegetales es contando tambien con árboles emergentes ocasionales que se
muy grande y, a menudo, existen más espécies de elevan encima de la copa a altitudes de hasta 55 metros, con
árboles en unas pocas hectárias que en toda la flora várias capas, subandares, abajo de la copa, que contiene miles
de Europa, y, así como la flora, la fauna del bosque de otros árboles, arbustos y herbáceas, además de plantas
tropical tambiem es increiblemente rica en espécies”. trepadoras, principalmente epífitasG y enredaderas leñosas. En
los trópicos, Ernst Götsch identificó 11 estratos, o sea, 11 capas
ún según el autor, la diversidad de es- de árboles y plantas, cada capa/piso tiene una densidad

A pécies en esos bosques “es más alta que


en cualquier otra parte de la Tierra”.1 Tal
diversidad puede ser explicada por la
específica de sombra. Conforme nos alejamos de los trópicos,
en direción a los polos, tenemos una diminución en el número
de capas, en virtud principalmente de la diminución de la
variación energia

de temperatura, luminosidad y humedad de ese biomaG luminosa proveniente del Sol.


y por el papel de la perturbación natural, que crea mosaicos de
etapas sucesionales y condiciones heterogeneas para el
asentamiento de plantas, estableciendo microclimas y micro- • Biocenose: Refierase al conjunto de comunidades formadas por las po
habitats, creando una infinidad de nichos, explorados por la blaciones de los organismos que interactuan entre si. Envuelve a la fauna,
la flora,los micróbios, o sea, los seres vivos en general.
rica diversidad de plantas y animales asociados con ellos y la
estratificación del bosque. La vegetación de los bosques plu- • Bioma: Un conjunto de ecosistemas forma un bioma, o sea, es una
gran comunidad estable y desarrollada, adaptada a las condiciones
viales tropicales es dominada por un contínuo dosel de árboles ecológicas de cierta región.

La estratificación del bosque tropical segun Ernst Götsch

1 – E. Odum, Ecologia (1983).

25
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

Plantación convencional de maíz (Zea mays). Imagem 8

E
n este ejemplo, podemos iniciar el cultivo a partir de un pasto, dejando el pasto entre las
lineas de granos, o sembrando el pasto al mismo tiempo en que sembramos los granos, así
es posíble mantener el suelo cubierto el año completo. Sumando a esto, todavia, el material
de la poda anual de las lineas de árboles a cada 6 metros, lo que cambia el cuadro por
completo. El desafio actual es el desarrollo de máquinas para realizar las diferentes
operaciones, algo simple para nuestra tecnología actual, soin embargo no disponible en el
mercado por la ausencia de sistemas como este.

ara que tengamos exito en la creación de una Esos factores, que no entran en la contabilidad y en el precio fi-

P agricultura realmente sustentable y que deja


el uso de agroquímicos, todas las estratégias
señaladas en este libro deben suceder si-
nal del producto agrícola, son considerados por los economistas
apenas como“externalidades de la actividad”. No en nuestro
caso.
multaneamente. De lo contrario, podemos tener, por ejemplo,
una gran producción de granos, sin embargo altamente El aumento de la fotosíntesis
dependiente de combustibles fósiles y del uso intensivo de está estrechamente
pesticidas (fungicidas, nematicidas, insecticidas, herbicidas, relacionado con:
plantas transgenicas) y fertilizantes químicos o organicos traidos
de afuera, implicando enormes daños, como la destrucción de • Plantar en alta densidad;
manantiales, arroyos y rios, de bosques y biodiversidad, y la • Arreglos estratificados;
perdida inimaginable de suelo • Arreglos girados (impulsionados)
por la dinamica de la sucesión
natural.
fértil (esterilización de la vida del suelo, compactación, erosión etc.).

26
En las plantaciones convencionales de fruticultura o para la podas y raleamientos siempre que haya plantas que hubiesen
recuperación de áreas degradadas, se planta un árbol cada 2 o cumplido su función o que tengan funciones iguales. Eso nos
3 metros. Hay, así, una enormedad de nichos (espacios vacios) permite captar más rayos solares, transformandolos en más vida
que no son ocupados, lo que resulta en una fuerte presión por para el sistema, más vida encima del suelo (mayor número de
parte de hierbas invasoras y gramíneas, demandando un enorme plantas por hectaria) y abajo de el, con mayor cantidad de
trabajo de control de estas en los primeros dos años,para evitar raízes y mayor formación de hojarasca. Por ejemplo, en lugar de
el sofocamiento de las plántulas de árboles plantados. En la matar con herbicidas el pasto en las entrelineas de nuestros
agricultura sintrópica, en cambio, se busca ocupar plenamente cultivos de frutos, como el mango (Mangifera indica), la naranja
todos los nichos con especies eficientes para cada una de las (Ci-trus sp), banana (Musa paradisiaca), café (Coffea arabica)
tareas, lo que permite ocupar tambien todo el espacio en cada etc.,nosotros lo plantamos y manejamos con herramientas bien
uno de los estratos, incluyendo aquellos temporalmente no afiladas (cortadoras de pasto), las cuales simultaneamente
destinados a nuestros cultivos principales. Por medio de la cortan y organizan el pasto, formando canteros debajo de las
creación de sistemas complejos, podemos aumentar la copas de los árboles y permitiendo que el alimente la vida en el
fotosíntesis en cada nicho a tiempo completo, manejando el suelo. Las gramíneas así cortadas rebrotan con mucho vigor.
sistema por medio de

Producción de maíz con entrelineas de pasto y lineas de árboles. Imagem 9

Adoptando estratégias y técnicas usadas en la agricultura sintrópica, la imagen de una plantación de granos
puede ser bastante diversa y mucho menos homogénea, como la plantación de maíz con entrelineas de pasto
y lineas de árboles, como puede ser observado en la imagen de arriba.
27
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

La información de crescimiento vigoroso es transmitida para hojas, en cambio que los abedules proveen carbono a los abetos
nuestros cultivos y todo crece más rápido — estamos en el de Douglas que estan en la sombra. Simard percibió que “los
flujo de la vida y el pasto se vuelve nuestra fábrica de NPK.2 Por abetos estaban usando la red fúngica para intercambiar
medio de la poda, nuestro sistema está siempre verde y con alta nutrientes con los abedules durante el transcurso de la estación”,
produción de hormonas de crescimiento (auxinas e gibereli- lo que le permitió concluir que “los árboles de diferentes espécies
nas), producidas y distribuídas por las micorrizasG de las plantas pueden prestarse azúcares unos a otros, pues los déficits ocurren
podadas. La investigadora canadiense Suzanne Simard realizó de acuerdo con los cambios estacionales”. Ese es un intercambio
vários experimentos para entender como los árboles se comu- bastante benéfico entre árboles coníferas y caducifolios, ya que
nican unos con otros. Empleando carbono radioactivo para que sus déficits de energia ocurren en diferentes períodos.
medir el flujo y el compartimiento de carbono entre cada árbol Los benefícios de esa cooperación subterranea parecen ser
y entre espécies, ella descubrió que abedules y abetos de Douglas una mejor salud, más fotosíntesis y una mayor resiliencia en
compartían carbono: los abedules reciben carbono extra de los situaciones de dificuldad.3 Es por eso que Ernst Götsch, que usa
abetos de Douglas cuando un abedul pierde sus sistematicamente este tipo de interacciones, dice que la agri-
cultura sintrópica es una agricultura de información y procesos,
• Micorrizas: São associações entre fungos e raízes de plantas. no de insumos. En la imagem de abajo, podemos ver el
2 – NPK é a abreviatura para nitrogênio, potássio e fósforo.
potencial de la agricultura sintrópica: entrelineas de un pomar
de 1 año de edad con capim-mombaça y lineas de abacaxi-
3 – M. Pollan, Intelligent Plants (2013).
pérola (estrato bajo) plantados en la misma linea que citrus
(estrato
Imagem 10

Trabajo realizado bajo la orientación de Ernst Götsch en el Centro de


Pesquisa em Agricultura Sintrópica – Cepeas, Alto Paraíso (GO)

28
médio), palto (estrato médio-alto) y eucalipto, que ocupa el Las ramas que estan en la misma altura de la mandioca, pero
estrato emergente, ademas de mandioca, mora y muchos otros que no se sobreponen a su copa, no necesitan obligatoriamen-
árboles nativos plantados de semillas, como mirindiba, ingá-de- te salir. Así, creamos para cada planta condiciones óptimas,
conta y cabo-de-machado, las cuales son manejadas por o mejor, una burbuja de vida, y permitimos que cada burbuja
medio de podas para ocupar su respectivo estrato. O sea, conviva armonicamente con l as otras, podandose solamente
tenemos luz suficiente y matéria organica proveniente de las lo necesario. Vale recordar que es necesario observar si no hay
podas para una produción abundante. plantas cercas que esten envejecidas y/o enfermas, pues estas
La agricultura convencional o organica generalmente tra- tambiem transmiten informaciones de su situación de vida al
baja en dos dimensiones: largo y ancho. Eso significa que sistema como un todo. cuando le decimos a las personas que
ella solo presta atención al espaciamiento bi-dimensional, sea plantamos eucalipto junto con gramineas, hortalizas, bananas y
para la plantación de soja (Glycine max), naranja (Citrus sp), frutíferas, muchas se asustan, pues pronto les viene a la mente
café (Coffea arabica), caña-de-azúcar (Saccha- rum la imagen del eucalipto plantado en monocultivo (Imagen
officinarum), pastos (gramíneas) etc. La agricultura sin- 11). Bosques nativos o agroecosistemas sintrópicos con varios
trópica, por otro lado, trabaja con cuatro dimensiones: ancho, estratos son más húmedos que los monocultivos forestales.
largo, altura (estrato o capa) y tiempo. Así, buscamos ofrecer a El monocultivo es susceptible al fuego porque no crea un
cada planta un nicho que potencializa su fotosíntesis y gradiente de temperatura descendiente desde la copa hasta el
disminuye su estrés. suelo, que podria enfriar la atmósfera, alcanzando más
facilmente
Miramos cada indivíduo y buscamos crear una el punto de rocío. El mayor incendio de la historia de Chile
burbuja de comfort para el: observamos si hay ocurrió en 2017 y quemó más de 450 mil hectarias de
cobertura suficiente y de calidad sobre el suelo para bosques nativos y plantados, campos y poblados enteros.
activar los procesos biológicos en el, notamos el estrato Un de las razones que provocó este incendio fue la gran
del cual la planta forma parte y si está en el consórcio cantidad de bosques plantados en monocultivo, las cuales se
adecuado. De esta forma, si la planta es del estrato vuelven pirófilas (“amigas”del fuego) sin la dinamica generada
bajo, verificamos si tenemos los otros estratos (médio, por el manejo de los sistemas sintrópicos sucesionales.
alto e emergente) encima de ella y si esos estratos El monocultivo de eucalipto de la Imagen 11 evidencia esa
superiores estan formados por espécies del ciclo actual predisposición al fuego. No hay ninguna copa verde abajo del
o del ciclo futuro. Por ejemplo, si plantamos dosel; lo que existe son ramas y hojas secas, formando una
simultaneamente mandioca (Manihot esculenta) y continuidad horizontal y vertical de combustible disponible.
eucalipto (Eucalip-tus sp), en el plazo de cuatro a seis Además de eso, la ausencia de hojas en las ramas abajo del dosel
meses el eucalipto superará a la mandioca en altura. No crea un corredor de viento, secando toda la atmosfera en el
obstante, no tenemos, necesariamente, que podar interior del bosque plantado, no ocurriendo tambien un
toda la falda del eucalipto, sino quitar solo las ramas gradiente de temperatura de la copa hacia el suelo, lo que
que se sobrepnen a aquel estrato ocupado por la crearía un vórtex de succión de la humedad en dirección a el.
mandioca y calibrar la sombra con podas. Ese proceso no sucede en agroecosistemas estratificados, pues
la optimización de la fotosíntesis enfria la atmosfera y crea una
mayor humedad en el interior del bosque. Es importante
4 – P. Wohlleben, A vida secreta das árvores (2017). recordar tambien que los árboles plantados en monocultivo no
consiguen asociarse con micorrizas, según mostró Wohlleben.4

29
Imagem 11

Plantación de eucalipto (Eucaliptus sp) en monocultivo.

30
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

COMO LAS ENFERMEDADES Y EL


ENVEJECIMIENTO DE LAS PLANTAS AFECTAN
A NUESTRO SISTEMA COMO UN TODO

La ciencia todavía no tiene respuestas claras sobre a estrés hídrico pueden cambiar el comportamiento de los
como circula la información sobre enfermedades y hongos y bacterias de la zona de sus raíces. Las evidencias
envejecimiento entre las plantas, pero los trabajos indican que las plantas usan sus exudados para influenciar a los
de la investigadora canadiense Suzanne Simard nos micróbios con los cuales coexisten. Es importante tener siempre
dan una pista. presente que en el suelo no hay desperdicios, ya que los
desechos de un microorganismo son usados como alimento por
na hipotesis es que las plantas hacen circular otros microorganismos. Lo que tendríamos

U la

información de senescencia por medio de la en el caso de una planta muriendo seria una comunidad
red fúngica presente en el suelo, así como específica de microorganismos que surgirian para optimizar ese
hacen cuando estan saludables. Cuando la proceso en el suelo. Seria casi como una cuestión hormonal.
decrepitud se

acerca, aparecen nuevos compuestos que pueden circular Por ejemplo, nosotros, los seres humanos, producimos
entre las plantas, llevando la información de que algo no va adrenalina en un momento de escape y dopamina en momentos
bien, afectando, así, a todos los seres alredor. Otra hipotesis de placer. Ocurriria así tambien en el macroorganismo suelo: las
viene de los trabajos de Ana Primavesi, investigadora brasileña plantas senescientes tendrían a su alredor toda una comunidad
que falleció en enero de 2020, pionera en el estudio de la específica en ese momento y un egregoreG asociado, lo que
biologia del suelo. La vida en el suelo existe alredor de la generaria una desarmonia pasajera para las plantas saludables
rizosfera, en una ínfima banda de algunos milímetros alredor de en otras etapas de la vida, retardando su crecimiento. Con la
las raíces, y cada espécie de planta tiene su própria comunidad muerte de un ser, se abre un claro y surgen miles de plantas
específica de microorganismos, la cual varia de acuerdo con el vigorosas y con gran vitalidad, con su propria comunidad
ciclo de vida de la planta. De este modo, las plantas específica de microorganismos. Conscientes de este fenomeno,
senescientes tendrian una comunidad de microrganismos debemos evitar el prolongamiento de este período de senescen-
saprófitos y descomponedores en mayor cantidad que las cia en el lugar, podando las plantas enfermas y envejecidas y
plantas jovenes. Más recientemente, investigadores de la sincronizando todo el sistema.
Universidad de Amsterdam descubrieron que las plantas
sometidas

31
Céu de agosto de 2020 no Centro de Pesquisa em
Agricultura Sintrópica do Cerrado. Alto Paraíso (GO).
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

INCLUSIÓN DE DINÁMICAS DE
FUNCIONAMIENTO DE LAS SABANAS
NATURALES EN EL MANEJO DE
NUESTROSAGROECOSISTEMAS

En la primera década de este siglo, Götsch conseguió nos posibilita tambíen la transformación de nuestra producción
dar un gigantesco paso con el descubrimiento de las de plantas anuales en una actividad benéfica, no solo
ventajas y de los potenciales adquiribles de las economicamente, sino, sobretodo, para el proprio ecosistema
herbáceas y gramíneas perenes sabanicas de los entero, incluso para su elemento arbóreo. El entendimiento de
generos Stylosanthes, Panicum, Brachiaria etc., con su esta herramienta aún no ha avanzado entre muchos de los que
inclusión y uso sistemático en los estratos bajos de los intentan construir agroecosistemas usando las gramíneas
agroecosistemasp planeados e implementados por él. sabanicas, ya que ellos las cortan simplemente para“ordeñar”
el sistema, o sea, solamente con intención de extraer y no de
rnst transformó esas plantas, que antes retribuir a este sistema, sin considerar esas plantas, mientras

E eran consideradas obstáculos, en grandes


aliadas en el camino para la construcción y
que otros las cortan,
tratandolas como enemigos. La Imagen 10, presentada
anteriormente (vea la pág. 28), nos dá una noción de la técnica
establecimento de agroecosistemas 1, presentada en este libro: “optimizar la fotosíntesis”. En la
productivos. linea de los

Haciedo parte del proceso de manejo, el raleamiento y la poda árboles, tenemos eucalipto como estrato emergente y, abajo,
de todos los estratos, cada uno de ellos en su(s) mejor(es) palto como estrato alto, citrus como médio e abacaxi como
momento(s), optimizan y sincronizan los procesos de vida del bajo, todos plantados muy cerca; en las entrelineas, tenemos
sistema como un todo. Tenemos, así, una herramienta que capim-mombaça (Panicum maximum) como estrato bajo.
Imagem 12

Plantación de eucalipto en filas dobles 2 m x 0,8 m plantadas a cada 10 metros (GO).


34
Imagem 13

Plantación de eucalipto en filas dobles 2 m x 0,8 m plantadas a cada 10 metros (GO).

Las imagenes 12 y 13 muestran una plantación de eucalipto crecimiento vigoroso. Nunca debemos dejarlo madurecer y
con un poco más de dinamica, permitiendo el cultivo de producir semillas, pues eso frenaría su crecimiento y,
pastos en las entrelineas, pero todavia sin la dinamica de las consecuentemente, el de todo el sistema. Es gracias al tiempo, la
podas. cuarta dimensión considerada por la agricultura sintrópica, que
podemos plantar en alta densidad, ya que cada planta tiene un
Muchos cuestionamientos son hechos con relación a las tiempo de desarrollo característico de su especie. Podemos,
plantaciones de eucalipto; se dice, por ejemplo, que seca la tierra y entonces, iniciar la plantación de hortalizas el el mismo espacio en que
produce alelopatía (inhibe el crecimiento de otras plantas). Esos plantamos árboles o capim-mombaça, por ejemplo, pues e pocos
efectos, no obstante, provienen de los monocultivos de eucalipto.En meses las primeras hortalizas de la placenta 1 se despedirán, para,
el contexto de la agricultura sintrópica, el eucalipto es un aliado que luego, se establescan las plantas de la placenta 2. Entre tanto,
más, siendo despuntado a una altura de 5,5 metros seguidamente, esa substitución solo sucede de forma correcta si las plantas que
aportando una gran cantidad de biomasa, acelerando el crecimiento componen el consórcio de la placenta 2 se dessarrollasen y llegaran
de todo el sistema con su rebrote vigoroso y proporcionando una al punto de poder substituir a las plantas de la placenta 1 en su
excelente madera después de 15 años. función de consórcio dominante en aquel momento de desarrollo del
El despuntamiento del eucalipto y la trituración mecanizada sistema.
alimentan fuertemente todo el sistema (lineas y entrelineas), Después de dos años, l as plantas de la placenta 2 también se
además de generar una madera más densa y que no se deforma. El despiden, dando lugar al sistema de árboles de crecimiento rápido,
platano, cuando se planta junto, tambien es una excelente los cuales, después de pocos años, son substituídos por árboles más
productora de biomasa, siendo tambien fuertemente podada, longevos. Esos árboles, que también plantamos enalta densidad, van,
alimentando la linea de árboles. Las entrelineas con capim- con el tiempo, siendo podados y raleados hasta que alcanzan su
mombaça son cortadas seguidamente: parte del material es dejado espaciamiento final o al ser substituídos por otros (este asunto será
en la propria entrelinea para alimentar el suelo y el pasto, y parte visto con mayores detalles más adelante). Esquematicamente, por lo
es depositada en las lineas, alimentando los árboles. El pasto tanto, tenemos lo siguiente:
es podado varias veces al año, presentando un

CLÍMAX

35
Imagem 14

EjEMPLO DE ESTRATIFICACIÓN

• EMERGENTE - ARARIBÁ

• ALTO - PUPUNHA (PERFILHOS CRESCENDO, POIS O MAIOR FOI PODADO)

• MÉDIO - CITRUS

• BAIXO - CACAU

Exemplo de estratificação.
Fazenda Olhos D’Água (BA).

36
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

2 – DINAMICAS DE LA SUCESIÓN
NATURAL USADAS COMO HERRAMIENTAS
La segunda técnica habla respecto a la sucesión natural de bosques”). Sin embargo, para facilitar el entendimiento, él resume esa
las espécies en nuestro agroecosistema y está dinamica del bosque en cuatro estratos (emergente, alto, médio y
intimamente asociada a la estratificación del bosque. Por bajo), cada uno de ellos generando un porcentage de sombra
más de 40 años, Ernst Götsch estudió los bosques y sus correspondiente a la suma de las copas de los árboles que los ocupan,
dinamicas y consiguió sistematizar uno de sus más como se ve en el gráfico abajo. La estratificación permite que la luz
importantes princípios, la estratificación. llegue hasta el suelo del bosque, donde todavia tenemos el estrato
rastrero. Si hicieramos un análisis de la luz dentro del sistema a partir
del estrato emergente, concluiriamos que cada estrato recibe
ada indivíduo, cuando llega a su fase adulta,

C alcanza un tamaño característico de su espécie.


Por ejemplo, cuando un indivíduo está en el
“techo” del bosque, o sea, cuando su altura
una cantidad de luz filtrada por los estratos de encima, creandoel
ambiente ideal para cada planta. Al hacer eso, rescatamos lahistoria
evolutiva de las espécies, investigando como son o como

sobresale en relación a las otras, lo llamamos “emergente”. Ese es el eran sus bosques de origen. Ernst destaca, sin embargo, que, más
caso, en la Amazonia, de la castañera (Bertholletia excelsa), de la importante que el porcentaje de sombra adecuada a cada estrato,
samaúma (Ceiba pentandra), del piquiá (Caryocar villosum), del es la dinamica que le damos a esa sombra y a cada estrato con las
dandá (Joannesia princeps); en la Mata Atlântica, es el caso del podas, pues la información de crecimiento es transmitida al sistema,
jequitibá (Cariniana legalis); en el Nor-este, el coco da praia (Cocos principalmente por medio de ellas. Podemos tener la cobertura
nucifera); en la región Sur, la araucária (Araucaria angustifolia) y correcta en cada estrato, pero, si esa cobertura se prolonga por
muchas otras espécies. Ernst consiguió identificar 11 estratos o pisos mucho tiempo sin nuestra intervenión, no tendremos la información
(aunque concibe la posibilidad de que haya mas) que ocurren en de crecimiento generada por las podas; tendremos, al contrario, la
muchos biomas del planeta Tierra, con excepción de las regiones información negativa de madurecimiento y senescencia, lo que
próximas a los polos (ver Imagen 15 “La estratificación de los impide la producción de frutos, el crecimiento de

Estratificación del bosque y porcentaje de sombra de cada estrato Imagem 15

ALTO

40%

60%

37
GRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

tejidos y la propria sucesión natural del bosque, la cual es Si, en el momento de plantar, no tenemos semillas de algu-
nuestro objetivo final. La estratificación debe suceder desde el nas especies del futuro, pero queremos insertarlas en algun
inicio, cuando ya podemos comenzar plantando las hortaliças, momento depués, será necesario hacer, en ese momento, una
que son la placenta del sistema, o sea, ellas protegen y crian poda más drástica, o incluso un corte raso, produciendo un
nuestro embrión: el bosque del futuro. claro en el cual seran introducidas las especies deseadas (se-
La Imagen 16 (abajo) fue elaborada por Ernst Götsch en 2018 millas o plantines). La Imagen 17 (a la derecha.), tambíen
y muestra la evolución del agroecosistema por medio de la elaborada por Ernst, complementa la anterior. Ella está dividida
sucesión de las especies. Cada color indica una fitofisiono- en tres partes: sistemas de colonización, sistemas de
mia, esto es, el paisaje de especies dominantes, la “piel” del acumulación y sistemas de abundancia. los círculos coloridos
sistema. E n el inicio, tenemos l as placentas 1 y 2, abajo se repiten decenas de veces entre cada linea trazada
destacandose las hortalizas, los tubérculos, el frijol, la (cada una de ellas puede durar entre 100 y 300 años). En
mandioca, el abacaxi y la papaya. cuando se trata de áreas muy cada cambio de fase, tenemos espécies más exigentes en
degradadas, con menos vida, podemos tener hierbas y fertilidad substituyendo especies menos exigentes, o sea, la
gramíneas poco exigentes, y, junto a ellas, en el mismo cantidad y la calidad de vida consolidada aumentan en función
momento, plantamos semillas o plantines de los árboles del de dos parámetros principales: nutrientes disponíbles y
futuro (en su mayoria) de todos los estratos y ciclos de vida. capacidad de retención de água.

Evolución del sistema por medio de la sucesión de especies. El esquema indica donde se localizan
sus plantaciones sintrópicas después 30 años de trabajo en su fazenda en la Mata Atlantica, en
Bahia.

• FEIJÃO • MANDIOCA • CARVOEIRO • BABOSA • JATOBÁ


• MILHO • BANANA-DA-TERRA • ASSA-PEIXE • MARINHEIRO • JABUTICABA
• JACARÉ • CACAU

SECUNDÁRIA 1 SECUNDÁRIA 2 SECUNDÁRIA 1

Imagem 16

38
Da colonização aos sistemas de abundância Imagem 17

Con el objetivo múltiple de crear procesos tener en determinado espacio un árbol de cacao, que perdieron su resilencia, nuestra placenta
transformatórios y evolutivos, como en la jaca, castaña o ingá, sembramos cien semillas de capaz de generar ingresos se vuelve más
implementación y en el establecimiento de cada una de ellas en ese lugar. Junto con los restringida, pues la mayoria de las hortalizas y
nuestros agroecosistemas complejos, árboles del futuro, sembramos plantas de rápido cereales que comemos solo crecen en suelos de
sembramos en alta densidad una gran crecimiento y ciclo de vida de hasta dos años, como sistemas de abundancia. En esos casos, debemos
diversidad de plantas, siguiendo un cereales, hortalizas, abonos verdes y frutos, como buscar plantas adaptadas a ambientes menos
princípio de la genética que dice que, en la papaya y abacaxi, entre otros. A esas plantas, cuyo privilegiados encuanto a recursos disponibles,
formación de un nuevo indivíduo, solamente ciclo de vida es de hasta dos años, llamamos plantas de rápido crecimiento y que soporten
1% de los genes se manifiesta. De ahí la ne- “placenta”. Ellas son plantadas en la densidad de- suelos compactados (con pH 4,5 y baja
cesidad de crear plantaciones en densidad, o sea, finitiva al contrario de las especies de ciclo de vida disponibilidad de água y nutrientes), como
plantando cien veces más semillas de la espécie más largo (mayor que dos años). Cuando nos gramíneas africanas, margaridão (Tithonia
que deseamos, para que queden como adultos solo encontramos con suelos muy empobrecidos, diversifolia), algunas agaváceas, además de las
el 1% del total. En otras palabras, si queremos plantas nativas del lugar en cuestión.

39
SISTEMAS DE COLONIZACIÓN
Sistemas de colonización son característicos de lugares donde comienza la vida, como los cercanos a los
volcanes (Imagen 18). Con el enfriamiento de la lava, surgen las primeras formas de vida, como bactérias,
algas, hongos, líquenes y musgos. Es en esa secuencia que sucede tambíen la colonización en laderas
de carreteras y barrancos, donde todo el suelo fue removido, exponiendo el subsuelo.
Imagem 18

h c
vt i
Ele
g
a ri
C
o:
o t
F

Ohia (Metrosideros polymorpha, Myrtaceae) colonizando actualmente un campo de lava


después de la erupción ocurrida en 1960, en el sur de Kona, Hawaí.

40
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

SISTEMAS DE ACUMULACIÓN
Cuando destruímos un bosque primario con fuego y, Ese lugar, situado en la Chapada dos Veadeiros (GO), fue
durante algunos años, cultivamos el lugar, el suelo se destruído por incendios antrópicosG muchos años atrás.
empo brece, pierde carbono y se vuelve ácido, el Protegido de ellos hace 25 años, solo recientemente está siendo
fósforo es indisponibilizado y el alumínio, tóxico para ocupado nuevamente por árboles y una espécie de helecho
las raíces de muchas plantas, se vuelve biodisponible. arbórea. Incluso estando en la cabeza de una fuente de agua y
habiendo fragmentos de bosques en las cercanías, los cuales
n ese lugar pasan a aparecer y predominar podrían dispersar semillas, la naturaleza no consigue, en muchos

E especies

de los sistemas de acumulación iniciales


— plantas que tienen una relación
lugares

(y en una escala humana de iempo), recrear por si sola el bosque


original destruído por el ser humano. En otras palabras, el eco-
carbono/nitrogeno más alta, sus hojas son sistema destruído no consigue alcanzar naturalmente el nivel
más coriaceas

y casi no hay frutos para mamíferos de porte grande. Muchas posterior de cantidad y calidad de vida consolidada. Para
áreas degradadas estan en esa etapa. Si el sistema todavia no implementar nuestros sistemas sintrópicos en estos lugares,
perdió completamente su resiliencia, la naturaleza puede necesitamos espécies “valientes”, que consigan crecer en suelos
regenerarse, pero, dependiendo de la profundidad de la con 1 ppm5 de fósforo biodisponible, pH 4,3 e micronutrientes
destrucción, ese proceso puede tardar muchos años, e incluso no detectables en un análisis. Necesitamos espécies que sean el
siglos, para avanzar de nuevo hacia consorcios pertenecientes a puente para l a recuperación de sistemas de abundancia, y,
los sistemas de abundancia. Hoy, en nuestro país, tenemos para realizar esa tarea, tenemos vários ejemplos de espécies
millones de hectarias en las cuales el ecosistema perdió casi
completamente su resiliencia, como en la Imagen 19, en cual 5 – Abreviação de “partes por milhão”. Ppm é a medida de concentração que se utiliza quando
vemos un pasto nativo donde aparecen algunas helechos y as soluções são muito diluídas.
árboles.

Área protegida contra fuego antrópico Imagem 19


hace 25 años. Chapada dos Veadeiros (GO).

41
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

Imagem 20

nativas y exóticas, como el eucalipto, el margaridão (Tithonia A diferencia de la agricultura convencional o organíca, en la
rotundifolia), las braquiárias (Brachiaria spp.), la piteira (Agave agricultura sintrópica esa ayuda externa va disminuyendo con el
americana), el sisal (Agave sisalana), el guandu (Cajanus ca- tiempo, en la medida que nos aproximamos a los sistemas de
jan), el estilosantes (Stylosanthes spp.), el assa-peixe (Vernonia abun dancia, pues estamos caminando en el flujo de la
polysphaera), la lobeira (Solanum lycorcapum) y muchas otras. naturaleza, donde pequeños cambios generan grandes
Cultivando esas especies, incluso podemos prescindir del uso de transformaciones. Así, las especies se suceden en el tiempo y, a
insumos externos. Llamamos a este sistema de “acumulación” medida que vamos podando todo el sistema, aceleramos esa
porque estamos acumulando la energia del sol, complejifican- sucesión (vea Imagen 24).
dola en materia, aumentando el contenido de materia organica
que mejorará las condiciones físicas, químicas y biológicas del CONSEJOS
suelo, alimentando su biocenosis, permitiendo el
establecimiento de plantas más exigentes. Estamos caminando,
por lo tanto, para sistemas de abundancia. Cuando iniciamos
un sistema de acumulación, podemos plantar especies
frutíferas más adelantadas en la sucesión natural, cada una en
su estrato adecuado, sin embargo, necesitaremos de un input
externo: como el suelo y el ambiente como un todo aun no son
adecuados para recibir estas especies, tenemos que ayudarlas
con una“muleta”, como fertilizante organico, caliza,
termofosfato, polvo de roca etc.

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Vale destacar que, cuando buscamos dar saltos, o sea, saltar (pasto que es más capaz de digerir los insumos externos al sistema),
fases dentro de los sistemas de acumulación, con el fin de que depués será cortado y usado para abonar nuestros cultivos
acercarnos más rapidamente a los sistemas de abundancia, corremos economicos. Con eso, tenemos la liberación lenta de los nutrientes,
el riesgo de abrir espacios para hierbas invasoras y tener explosiones que pueden ser totalmente asimilables por nuestros cultivos
de insectos, bactérias y hongos, que pueden volverse plagas de las economicos principales. Cuando buscamos crear artificialmente
plantas para las cuales creamos artificial- mente un sistema de sistemas de abundancia, nos volvemos inevitáble y obligatoriamente
abundancia (Imagen 21). sus cuidadores mas dedicados porque mejoramos artificialmente la
Al intentar crear un suelo de bosque primario con el uso de fertilidad del suelo. De esa manera,nuestras frutíferas más exigentes
insumos, muchas veces desequilibramos la biocenosis del suelo. En pueden crecer, asi como todos los tipos de hierbas y otras formas de
esos casos, lo que los insectos, hongos y bactérias nos estan diciendo vida, como insectos ymicroorganismos, que, antes, con aquel suelo
es que aquel ambiente de acumulación no es adecuado para nuestra degradado, no tenian las condiciones de establecerse. Por eso, si nos
planta, proveniente originalmente de un sistema de abundancia. descuidamos de aplicar cualquiera de las técnicas (si hubiese, por
Insectos, hongos y bacterias cumplen, así, su papel de optimizar la ejemplo, suelo descubierto, falta de materia organica o baja
vida y nos dan el mensaje: cuanto más correctamente escojamos las densidad de plantas), rapidamente esos nuevos seres harán su
espécies para nuestros consorcios, más rapidamente llegaremos a los trabajo, cubriendo el suelo, comiendo nuestras plantas más
sistemas de abundancia. Una alternativa para avanzar es buscar queridas... Contaremos, entonces, con el apoyo de la naturaleza,
insumos naturales (polvo de roca, fosfato natural, estiercol animal que nos mostrará en cual sistema realmente estamos, o sea, el
etc.), empleandolos,sin embargo, en dosis pequeñas, y abonar las domínio de las técnicas sintrópicas es fundamental para que
entrelineas de pasto avancemos.

Por que tenemos plagas, hierbas invasoras y enfermedades en nuestros cultivos?


VETOR 1
SISTEMAS DE ABUNDANCIA INSTRUMENTALIDAD
SISTEMAS DE COLONIZACIÓN SISTEMAS DE ACUMULACIÓN DE LA VIDA EN
RELACIÓN AL PLANETA
TIERRA.

CANTIDAD Y
PRESIÓN QUE TENDREMOS POR CALIDAD DE
PARTE DE LAS HIERBAS
VIDA CONSOLIDADA
INVASORAS
NECESARIAS PARA
LA OCURRENCIA
DE LA ESPÉCIE EN
CANTIDAD Y CALIDAD DE VIDA CONSOLIDADA CUESTIÓN; EN EL CASO,
COMO EJEMPLO, EL
MAMÃO.

CANTIDAD Y CALIDAD DE VIDA TAMAÑO DE LA MULE-


CONSOLIDADA EN EL SUELO TA NECESARIA PARA
DEL LUGAR DONDE CULTIVAR EL MAMÃO
TAMAÑO DE LA PRESIÓN QUE TENDREMOS POR PARTE DE “PLAGAS” Y ENFERMEDADES, PRETENDEMOS CULTIVAR. EN
O SEA, POR PARTE DEL “DEPARTAMENTO” PARA L A OPTIMIZACION DE LOS ESTE CASO, POR VETOR 2
Imagem 21 PROCESOS DE VIDA. EJEMPLO, EL MAMÃO. SUCESIÓN NATURAL

Fonte: Elaborado por Ernst Götsch, em 1998.

43
Imagem 22

Florestas estratificadas e biodiversas produzem muita


comida, mesa farta e paz. Fazenda Olhos D’Água (BA).

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AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

SISTEMAS DE ABUNDANCIA
Independientemente del estado de destrucción en vamente y se volvieron perennes. Los gráficos de sucesión de las
que encontramos un lugar, sea un desierto, un área espécies (imagenes 16, 17 y 24) nos dan una idea de comola
degradada, una capoeira abandonada, una área de transición entre ellas ocurre. Junto a esa transición, el suelo va
minería o una tierra de cultivo, nuestro objetivo es mejorando en todos los parametros, sean ellos químicos, físicos o
llevarlo a ser un sistema de abundancia. Podemos biológicos. Es importante recordar que co- mezamos el
dicer que ese es nuestro “sistema de lujo”. agroecosistema plantando todas las espécies de todos los sistemas
(acumulación y abundancia), teniendo cada sistema representantes
de cada estrato. Sin embargo, si iniciamos
n el, podemos producir, sin ayuda de in-

E sumos externos, alimentos em abundancia para


mamíferos de porte grande, como nosotros, los
humanos, pues la tierra tiene la cantidad y la
nuestro agroecosistema en un bosque con gran cantidad y calidad
de vida consolidada, o sea, si ya iniciamos el trabajo en un nivel
elevado, no necesitamos plantar

calidad de vida consolidada que permite a nuestras plantas un espécies de sistemas de acumulación, pues ya tenemos un nívelmayor
desarrollo pleno de su potencial. Muchas veces, erroneamente, de fertilidad del suelo.
denominamos eso como tierra fértil. Elaborado apartir de un punto En ese caso, podemos introducir, para cada piso (o estrato),
de vista antropocentrico, el concepto no toma en cuenta el hecho espécies de sistemas de abundancia, además de aprovechar la vi-
de que una tierra fértil para la rúcula, por ejemplo,no es apta gorosa regeneración natural. Podemos, por ejemplo, incluir frutíferas
para feto-de-gaiola (Pteridium aquilinum), planta que ocurre en y maderables nativas y exóticas que crecen bien en cada bioma.
los sistemas de acumulación iniciales. Actualmente, debido a Como ejemplo de sucesión de las espécies, iniciamos un
muchos años de trabajo para mejorar las tierras con las técnicas agroecosistema con hortalizas (placentas 1 y 2), secundárias 1,
que ha desarrollado, Ernst Götsch se ve obligado a ralearG, en su secundárias 2 y climáxicas, con representantes en todos los estratos.
fazenda en Bahia, especies exigientes en fertilidad, como el Después de 30 o 40 dias, podemos cosechar rúcula, rabanito,cilantro y
papayo (Carica papaya) y el inhame (Colocasia esculenta), que mostaza. En seguida, viene la cosecha de lechuga, brócolis, berenjena,
nacen abundantemen- te en los claros abiertos en los yacon, batata-baroa, mandioca, abacaxi y papaya. La horta,
agroecosistemas antiguos. Ernst ya produjo maíz y tomate entonces, se despide y los árboles se establecen. Como primera
(Solanum lycopersicum) con solo 5 mm de lluvia, y, por su emergente, surge la embaúba (Cecropia sp, secundária 1, que vive
experiencia, afirma que agroecosistemas complejos que ocupan de 10 a 20 años),l a balsa y la eritrina; luego justo abajo de ellas
territorios con más de 500 hectarias son capaces de producir un tenemos el guapuruvu (Schizolobium parahyba, secundária 2,que
aumento de las lluvias, influenciando toda la región del entorno. vive de 60 a 80 años) y, debajo de ellos, creciendo mucho más lento ,
Después de 30 años de trabajo y 340 hectarias transformados en tenemos el dandá (Joanesia princeps, sistema de abundancia, que vive
bosques,17 arroyos en su fazenda volvieron a tener agua corriendo más de 80 años).Todas las tres espécies son emergentes,pero cada una
nue- tiene un tiempo de vida diferente. Embaúba y guapuruvu son de
sistemas de acumulación, encuanto el dandá es más cercano al
sistema de abundância. cuando podamos la embaúba, el guapuruvu
se estira un poco más bajo la influencia
• Ralear: volverlo delgado, menos compacto, menos denso.

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TÉCNICAS DE AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

de varios factores: el rebrote vigoroso de la embaúba estimula a las crecimiento en profusión, brotación y, consecuentemente, un
otras plantas a crecer también; el material de su poda abonatodas las sistema rejuvenecido, joven, con vitalidad. Es como si estuviesemos
espécies a su alrededor; y la mayor entrada de luz, resultante de la entrenando a un atleta de alto rendimiento, siempre trabajando con
poda, aumenta la capacidad de fotosíntesis de todas ellas. Si no su maximo potencial. Un ejemplo de la necesidad de disturbio para
estuviese el guapuruvu, la embaúba se quedaría más tiempo la frutificación ocurrió cuando el huracán Richard azotó a América
esperando por alguien que ocupe su lugar, hasta completar su ciclo Central, en 2010, causando una gran destruición, derrumbando
de vida, muriendo de vejez. Llega el momento en que el guapuruvu muchos árboles y muchos fueron “podados”. En el año siguiente, en
comienza a pasar a la embaúba. Esta, entonces, se despide, pues esa región, los plantadores de cacau, cultivo conocida por vivir dentro
cumplió su función en el trayecto hacia el bosque climáxico. Ahora, el del bosque, tuvieron una gran produción de frutos. Lo que explicamos
guapuruvu ocupa el techo del bosque y, debajo de el, viene para esas tres especies del estrato emergente (la embaúba, el
creciendo el dandá. Con cada poda hecha al guapuruvu, se repite guarapuvu y el dandá) vale para las especies de todos los estratos. Las
el ciclo: mayor entrada de luz, inducción de crecimiento a todo el plantas economicas de cada estrato tambien pueden contribuir con
sistema por medio de las micorrizas y hormonas de crecimiento. las podas. Por ejemplo, en el cultivo de cacau, según Ernst, su poda
Así, el dandá va creciendo hasta el dia en que pasa al puede llegar al 30% de lo podado en el sistema. Si al inicio de nuestro
guapuruvu. Es su turno de despedirse, pues, como emergente, no agroecosistema, conseguimos recolectar y plantar semillas de árboles
tolera otras árboles sobre su copa. En el caso que estuviese el de todos los estratos, tendremos los estratos completos cuando el
dandá, el guapuruvu permaneceria en el sistema hasta envejecer dandá comience a dominar el bosque como emergente.
por completo, lo que nos llevaria a quedar estancados en un Podemos imaginar, entonces, que en el estrato alto comenzará
sistema de acumulación por muchos más años. Gracias a esa la produción de jaqueira, abacate, cajá-manga, manga; en el estrato
dinamica de manejo por medio de las podas, aceleramos médio, la produción de cupuaçu, rambutan, nêspera, ci- trus etc.; en
enormemente l a velocidad de cambio, de la fito- el estrato bajo, la del café, cacau, jabuticaba; y, como rastreras,
fisionomía, o sea, de la cara de nuestro bosque. podremos tener inhame, gengibre, açafrão, taioba etc. Además de
Recuerdese: agricultura sintrópica es distúrbio, y la poda es todas esas especies frutíferas, tendremos muchas otros
necesaria para impulsionar el bosque, para que hayan hormonas de

Profundizando la discusión sobre la sucesión de mandioca. Después de cuatro a cinco años, taboquinha. En los lugares más pobres aparece el
las espécies en un ecosistema, Ernst Götsch dá derrumban y queman de nuevo. En ese segundo ciclo, lacre (Vismea guianensis). Si avanzaramos más con
como ejemplo lo que sucede en la Amazonia, todavia consiguen plantar arroz y banana-da- la de gradación, surgirián el sapé y la tiririca, y la
cuando un sistema natural de abundancia es terra. Cuatro a cinco años más tarde, queman una capoeira secará. No conseguiremos producir más de
derrumbado para dar comienzo a la vez más. En ese tercer ciclo, ya no se produce mamão nada, llegaremos al colapso. Cuanto mayor la
agricultura de tumba y quema: (excepto mamão macho), cosechandose mamão cantidad y calidadde vida consolidada en un sistema,
fêmea solamen te en lugares privilegiados. Crece menos espécies son necesarias para restaurarlo, de lo
“Después de la tala de un bosque de sistemas de ahora el paricá como emergente, pudiendo aparecer contrário, excedemos los limites aceptables de
abundancia, quemado o no, en seguida, en este claro los dos tipos, paricá de cerne y sin cerne, y abajo de perturbação. Cuanto menos abundancia, mayor la
pueden aparecer, por ejemplo, mamão, junto con el surgen ciertas euforbiáceas. En ese ciclo, no se necesidad de más espécies para su recuperación.”
pau-de-balsa. Pueden aparecer tambien, como consigue producir más arroz, apenas mandioca e
secundárias 1, jaracatiá y eritrina. En ese primer banana una vez más. Con ocho a diez años, se quema ESTA EXPLICACIÓN QUE ERNST NOS OFRECE
ciclo, los agricultores plantan de todo: melancia, nuevamente. Ahora surge embaúba (en el final de la RETRATA UN CICLO QUE SUCEDE EN TODOS LOS
abóbora, arroz, milho, feijão, banana, degradación), junto con l a taboca (una espécie de BIOMAS, EN TODAS LOS BOSQUES DEL PLANETA.
bambu) y

Ernst Götsch, em comunicação pessoal com os autores.

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árboles, maderables y no maderables, nativos y exóticos, que VEASE ALGUNOS EJEMPLOS DE BIOMAS Y
contribuyen para la producción de matéria organica y fito- PLANTAS NATIVAS EXÓTICAS POR ESTRATOS:
hormonas cuando son podados, imprecindibles para la AMAZÔNIA
autodinamica del sistema. Al escojer que plantar, debemos
tener cuidado para evitar traer plantas que no se adaptan a • Estrato emergente: castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), angelim
(Dinizia excelsa), piquiá (Caryocar villosum), cajá-mirim (Spondias mombim) etc.
nuestro lugar de cultivo, ya sea por causa del frio en exceso, del
calor o de la cantidad de lluvia, etc. Por ejemplo, en la • Estrato alto: jaca (Artocarpus heterophyllus), açaí (Euterpe oleracea),
bacaba (Oenocarpus bacaba), cajuí (Anacardium giganteum), mogno
Amazonia, según mostró un estudio realizado por el profesor (Swietenia macrophylla), cedro rosa (Cedrela fissilis) etc.
Paulo Cavalcante,6 del Museo Emílio Goeldi, crecen bien más de
150 espécies de frutas nativas y exóticas. Las plantas no • Estrato médio: cupuaçu (Theobroma grandiflorum), citrus (Citrus spp),
mangustão (Garcinia mangostana), achachairu (Garcinia humilis), abiu (Pou- teria
adaptadas al clima local pueden sufrir estrés que, si es caimito), biribá (Rollinia mucosa), carambola (Averrhoa carambola) etc.
prolongado, inhibe el sistema inmunológico, el cual desempeña
• Estrato bajo: cacau (Theobroma cacao), abacaxi (Ananas comosus),
un importante papel en la auto-organización del organismo.7 araçá-boi (Eugenia stipitata), uarutama (Cheiloclinium cognatum), bacabi
El sistema inmunológico, aqui, no se refiere solo a la planta (Oenocarpus minor) etc.
individual, sino a toda la biocenosis asociada a su zona de raíces, MATA ATLÂNTICA
pues los microorganismos no seran alimentados adecua-
damente por los exudados de la planta, cuya ecofisiologia se • Estrato emergente: jequitibá (Cariniana legalis), jatobá (Himenaea cour-
baril), cajá-mirim (Spondias mombim), castanha-do-brasil (Bertholletia excel- sa),
encuentra desequilibrada. Desde la perspectiva sistemica, el pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) etc.
estres es um desequilíbrio en el organismo que ocurre cuando
• Estrato alto: cedro (Cedrela fissilis), jaca (Artocarpus heterophyllus),
una o varias de sus variables fluctuantes son empujadas hacia juçara (Euterpe edulis), açaí (Euterpe oleracea) etc.
sus valores extremos, lo que induce un aumento de rigidez en
todo el sistema y, por lo tanto, una perdida de flexibilidad.8 Como • Estrato médio: cambucá (Plinia edulis), jabuticaba (Myrciaria jaboticaba),
citrus (Citrus spp), banana-prata (Musa acuminata), longan (Dimocarpus lon- gan)
ejemplo, podemos citar el caso de la frutífera lichia (Litchi etc.
chinensis), la cual es bastante exigente con relación al clima. Ella
• Estrato bajo: cacau (Theobroma cacao), abacaxi (Ananas comosus), café
se desarrolla bien, pero no produce satisfactoriamente en (Coffea arabica), espinheira-santa (Maytenus ilicifolia), cabeludinha (Myrciaria
regiones tropicales, adaptandose mejor en regiones donde el glazioviana) etc.
clima es frio y seco antes del florecimiento y, en el resto del año, CERRADO
caliente y húmedo. La precipitación ideal para ella se encuentra
entre 1.250 mm y 1.700 mm anuales. • Estrato emergente: jatobá (Himenaea courbaril), barriguda-lisa (Cava-
nillesia umbellata), ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), cajá-mirim (Spondias
mombim), jequitibá (Cariniana legalis) etc.
Se listo al lado una pequeña muestra de especies posíbles, incluyendo muchos • Estrato alto: copaíba (Copaifera langsdorffii), baru (Dipteryx alata), mangaba
árboles cultivados, de conocimento de los agricultores, pero las posibilidades de (Hancornia speciosa), vinhático (Plathymenia foliosa), gonçalo (Asdtronium fraxi-
consorcios son practicamente infinitas, ya que solo el Cerrado, por ejemplo, nifolium), aroeira (Myracrodruon urundeuva), cedro-rosa (Cedrela fissilis) etc.
posee más de 10 mil espécies de plantas nativas.
• Estrato médio: biribá (Rollinia mucosa), citrus (Citrus spp), jabuticaba (Myr-
6 – P. Cavalcante, Frutas comestíveis da Amazônia (1991). ciaria jaboticaba), amora (Morus nigra), pera-do-cerrado (Eugenia klotzchiana) etc.

7 – F. Capra e P. L. Luisi, A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada e suas implicações • Estrato bajo: marmelada-de-cachorro (Cordiera sessilis), araçás (várias
filosóficas, políticas, sociais e econômicas (2014). espécies), abacaxi (Ananas comosus), café (Coffea arabica) etc.

8 – Idem.

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AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

Otro ejemplo interesante es el de la mangueira (Mangifera con sistemas específicos para cereales, en el cual introducimos
indica), frutífera bastante comun que crece bien en practicamen- el pasto como estrato bajo y lineas de árboles para poda a cada
te todos los biomas de Brasil, pero que solo produce frutos en 4 o 5 metros (vea pág. 54, “Creando sistemas específicos para
aquellos en que el período de verano coincide con el de su granos y ganado”). Lo mismo vale para la ganadería.
floración. Al fin y al cabo, no es nuestro objetivo, después de adquirir
experiencia y conocimiento para crear bosques biodiversos y
Queda claro, por lo tanto, porque la ecofisiologia de las altamente productivos, con cultivos perennes prósperos,
plantas es uno de los princípios fundamentales de la derrumbarlos para producir principalmente granos o criar
agricultura sintrópica: es necesario entender como las ganado, algo que iría completamente encontra de la
plantas funcionan y responden a los cambios en sus conservación de energia y los princípios de la sucesión natural
ambientes naturales. Dominando el conocimiento sobre su de las espécies. Con relación al esfuerzo de la mano de obra
comportamiento, su morfología, ecología y fisiología, necesaria para la implementación y el mantenimiento de un
buscamos siempre imitar al máximo el ambiente natural
sistema sintrópico, el 5% de ese esfuerzo esta relacionado a la
donde evolucionaron durante miles de años.
siembra y 95% es dedicado a su manejo. Si atrasamos o
Con el bosque de alimentos y maderas nobles formado, abandonamos el manejo, comienzan a surgir conflictos, tales
donde entran el maíz, el quiabo, los cereales y el tomate? Sabe- como el sombreamiento excesivo o el envejecimiento de los
mos que un bosque próspero no es un lugar apropriado para esas árboles, para lo que la naturaleza, por supuesto, siempre tiene
espécies, que necesitan de más luz — sin embargo aún solución. Sin embargo, en la naturaleza, esos conflictos son
podemos producirlos. Para iso, derrumbamos nuestro agroeco- resolvidos generalmente en una escala de tiempo mucho mayor.
sistema d onde hayamos que podemos mejorarlo, donde falta En una escala humana de tiempo, buscamos ajustar los estratos
un estrato o d onde queremos introducir una frutífera que de los árboles podandolos, de modo de permitir que cada árbol
no tenemos. Ahí, entonces, plantamos nuestros cereales, tenga la cantidad necesaria de luz o sombra, después cubrimos
nuestro tomate,nuestras hortalizas, ahora sin la necesidad de con el material de las podas los lugares descubiertos o más
usar abono o cualquier insumo, pues, desde que comezamos pobres, colocamos los troncos en una curva de nivel en los
nuestro trabajo, el suelo mejoró mucho. El se volvió un suelo lugares con pendiente y ayudamos a la infiltración de las lluvias.
de bosque, sin compactación, con un pH más alto; el fósforo Cuando manejamos un agroecosistema, aceleramos el ciclaje de
disponible subió, el alumínio se volvió indisponíble y, por el nutrientes y fijamos mucho carbono.
excelente sabor de las frutas, los micronutrientes volvieron.
Los agroecosistemas, los sistemas silviculturales y/o
Y hay más, vamos a producir hortalizas y granos conservando
agroforestales bien manejados pueden almacenar
el suelo y usando el mínimo de agua, eso gracias a la gruesa
hasta 228 toneladas de carbono por hectaria, incluido
cobertura muerta, al perfil profundo de suelo que hemos
el retenido en el suelo.9 Es importante destacar que
creado y la ayuda de millones de microorganismos. En el
no solo tenemos que prestar atención al ciclaje del
momento en que plantamos nuestros cereales y hortalizas,
carbono, sino tambien al factor hormonal, ya que,
plantamos tambíen las frutas y las maderas nobles que
cuando podamos, estimulamos fuertemente la
deseamos. Junto a todo eso, tendremos tambíen la valiosa
producción de hormonas de crecimiento en las
regeneración natural, que manejaremos podando y
plantas, las cuales circulan por todo el sistema. Con
conduciendola sin irrespetar el porcentaje de sombra de cada
esto, tenemos un aumento de la fotosín tesis y un
estrato. Si quisieramos producir granos, la descripción de
fuerte crecimiento de todas las plantas, de la parte
encima no encajaría, pues necesitamos de otro diseño “design”,
aérea y de las raíces
48
Al iniciar l a implementación de un agroecosistema, es proprio ser humano. Muchas veces, las plantas que muestran la
fundamental identificar en que punto de la sucesión se deficiencia de un nutriente son hiperacumuladoras de el y,
encuentra el área. Podemos hacer eso observando las espécies al morir, dejan un nicho rico de ese nutriente escaso,
presentes, pues muchas de ellas, como el sapé (Imperata preparando un lugar mejor para las próximas plantas en la
brasiliensis) y la guanxuma (Sida rhombifolia), nos dan sucesión, como es el caso del mio-mio (Bacharis coridifolia).
información sobre el pH del suelo y si hay en el capas
compactadas. Las plantas indicadoras, al contrario de lo que
muchos piensan, no son plagas, sino valiosos instrumentos que Sepa más sobre las plantas indicadoras en
l a naturaleza posee para curar las heridas abiertas, causadas, las págs. 106 a 108 de este libro.
gran parte de las veces, por el

9 – R. K. Dixon, Sistemas agroflorestales y gases invernadores (1995).


Imagem 23

Creando y recreando, así Ernst Götsch viene trabajando hace más de 40 años en su fazenda en Piraí do Norte,en
Bahia. Cuando observa que puede mejorar los bosques plantados por él mismo, derrumba y planta nuevamente,
sin insumos, la placenta 1, placenta 2, cacau, castanha-do-brasil, açaí, marang, mangustão, achachairu etc.(la
mayoria por semillas), en suelos que recuperaron casi plenamente su fertilidad. En esta foto, vemos un claro con
mandioca, la cual es una de las criadoras de las fruteras y maderas duras debajo de ella. Apesar de que el agroe-
cosistema es tan próspero y productivo, Ernst dice que todavía no ha alcanzado los sistemas de abundancia.
49
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

SISTEMAS DE ACUMULACIÓN
Actualmente es la situación de buena parte de los ecosistemas antrópicos
P S C P S C P S C P S C P S C P S C P S C

CLÍMAX PLACENTA SECUNDÁRIA CLÍMAX

VERMONIA POLYANTHES MYRSINE SP BOWDICHIA VIRGILOIDES


• EMERGENTE
(ASSA-PEIXE) (CAPOROROCA) (SUCUPIRA-PRETA)

IMPERATA BRASILIENSIS SYAGRUS BOTRYOPHORA BROSIMUM RUBESCENS


• ALTO
(SAPÊ) (PATI) (CONDURU)

CLIDEMIA SP OU MELASTOMA SP MICONIA DODECANDRA ASTROCARIUM TUCUMA


• MÉDIO
(FOLHA-FOGO) (MUNDURURU-BRANCO) (TUCUM)

ASTERACEAE DOLIOCARPUS DENTATUS


• BAIXO (EX: MALMEQUER) (CIPÓ-FOGO)

CIPERÁCIAS
• RASTEIRO LÍQUENS DE FOLHAS ESTREITAS

En el proceso inicial de observación, es fundamental


que detectemos si el área presenta estratificación y si posee los
juegos completos de espécies de la sucesión natural, el que
LA FALTA DE ESPÉCIES EN LA SUCESIÓN
permitirá completar cada ciclo con la máxima eficiencia. Tener CREA OPORTUNIDADES PARA ENFERMEDADES
cada nicho ocupado espacial y temporalmente es lo que
nos hace avanzar a grandes pasos hacia los sistemas de
abundancia. Vea un ejemplo de la sucesión en el gráfico.

P (n): Son puntos de implantación y/o ocurrencia de un claro

LA ESCALA
TEMPORAL NO P1
ESTÁ
REPRESENTADA
EN LA FIGURA

Texto de Felipe Pasini e Dayana Andrade, a partir de espécies sugeridas por Ernst Götsch. Infográfico de Giovanni Tabolacci, baseado na arte de Úrsula Arztmann.
50
Ejemplo de sucesión natural de espécies
SISTEMAS DE ABUNDANCIA mostrando algunas posibilidades de plantas,
Capaces de sustentar espécies más exigentes sus estratos y ciclos de vida.
Imagem 24

CARICA SP SCHIZOLOBIUM PARAHYBA CARINIANA LEGALIS


(MAMOEIRO) (GUAPURUVU) (JEQUITIBÁ-ROSA)

POTHOMORPHE PELTATA JACARATIA SPINOSA CAESALPINA ECHINATA


(CAPEBA) (MAMÃO-DO-MATO-GROSSO) (PAU-BRASIL)

SOLANUM PANICULATUM PERESKIA ACULEATA PLINIA CAULIFLORA


(JURUBEBA-BRANCA) (ORA-PRO-NÓBIS) (JABOTICABA)

TALINUM PATENS COSTUS SPICATUS DICKSONIA SELLOWIANA


(JOÃO-GOMES) (CANA-DE-MACACO) (XAXIM)

LEANDRA LACUNOSA
(ERVA-DE-JABUTI)

A FALTA DE ESPÉCIES NA ESTRATIFICAÇÃO


CRIA OPORTUNIDADE PARA "MATOS"
INDESEJADOS

P2

CAPITAL NATURAL
Aumento de diversidad:
O ECOSSISTEMA CULTIVADO CRESCE EM O CAPITAL NATURAL ACUMULADO PERMITE QUE O SIS- O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA IMPLANTADO
SERVIÇOS E CAPITAL NATURAL TEMA DE ABUNDÂNCIA ESCOE EXCEDENTES DE RECURSOS SOMA AINDA MAIS RECURSOS AO CAPITAL NATURAL Cantidad y calidad de vida

La figura no está en escala temporal, pues el tiempo de placenta parece muy largo cuando es
comparado con el tiempo de las espécies climáxicas, el cual es mucho más largo (350 años, por ejemplo).
51
Mandioca (Manihot esculenta), excelente
criadora de árvores, da qual tudo se aproveita,
até a sombra. Fazenda Olhos D’Água (BA).
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

CREANDO SISTEMAS ESPECÍFICOS


PARA GRANOS Y PECUARIA, POR ERNST GÖTSCH
Actualmente, la agricultura, principalmente de larga Por ejemplo, podemos decidir pulsarlo (o sea, causar el distúrbio
escala, que viene buscando disminuir sus costos de por medio de la poda) en octubre/deciembre para plantar maíz
producción, reduciendo el uso de agrotóxicos, blanco, o en febrero/marzo para plantar hortalizasde verano. En ese
fertilizantes químicos y semillas transgênicas, se apoya momento, hacemos la poda drástica, despuntan do los árboles,
en el siguiente tripode: plantas de cobertura anuales, polvo derrumbando toda la banana y dejando solo el hijo chifre. Eso puede
de roca y microorganismos. ser hecho en gran escala. Ese método no empobrecerá el sistema, al
contrário, tendremos un aumento de la matéria organica y un fuerte
onsideramos recomendable el uso de efecto hormonal.

C microorganis-

mos para traer la vida de vuelta a nuestros


suelos degradados, junto con el reju-
Para un sistema específico para cereales, no es posible emplear
el mismo diseñode los agroecosistemas en los que producimos
venecimiento proporcionado por el polvo de Mandarina, manga, café, naranja, pues el no podría atender los
habitos alimentarios actuales de la población (gran consumidora de
granos)
roca, pero, al plantar granos solamente con plantas de ciclo de vida Necesitamos crear sistemas específicos para cereales,así como para
corto, nunca caminaremos para los sistemas de abundancia, pues, frutas, nueces y para la pecuaria. Un sistema para cereales debe
para eso, necesitamos de los árboles de ciclo de vida largo en gran tener un diseño bastante específico debido a la presencia de
número. En la pecuaria, debemos seguir la misma recomendación. canteros en la linea de las árboles, donde podemos cultivar plantas
Como podemos, entonces, crear sistemas en larga escala con semiperennes, como cúrcuma, jengibre, cardamomo etc. Ya en un
árboles? Creamos una sabana sometida fuertemente a uno o dos sistema para ganadería, no podemos tener canteros en las lineas de
disturbios (podas) por año. Usamos árboles como araribá los árboles, pues el ganado no los respeta; además de eso, l os
(Centrolobium tomentosum) o cajá-mirim, las cuales so portan la árboles escojidos para ganadería necesitan aguantar el pasto en el
poda y son plantadas en el início junto com el eucalipto y el pie. Un sistema de ganadería debería funcionar estrictamente
guapuruvu (en una distancia de dos a tres metros en la linea),entre rotando, con, un máximo, entre 6 y 12 horas para la rotación del
los cuales plantamos cajá, mogno-africano, mogno-ama- zônico — ganado. Después de su retiro, el pasto no comido debe ser cortaddo
plantas que soportan la poda anual y reaccionan muy bien, además para no volverse viejo, asi no tendremos problemas. Cuando el
de buscar por más espécies con ese comportamiento, como el ganado vive en un pasto sombreado, el nunca deposita el estiercol
jambolão (Eugenia jambolana), que produce buena madera y cerca de los árboles, sino en las entrelineas. Con esa lógica, los
tambien reacciona bien a la poda. El sombreiro tendría el mismo animales siempre van a comer el capim de las lineas de los árboles,
comportamiento, pero no produce madera de buena calidad. sobrando solamente el pasto no pastado en las calles, donde el
Podemos tambien, en lugar de plantar la safrinhaG, colocar banana ganado deposita parcialmente el estiercol. Entonces,
en el sistema (en las lineas de los árboles), lo que crearía unsistema inmediatamente después del termino de cada rotación, se puede
más inteligente y un descanso maravilloso a las plantas. Con eso, mecanizar el corte del pasto no pastado.
tendríamos más liberdad para pulsar el sistema.

• Safrinha: El cultivo de la safrinha (generalmente maíz o sorgo) es definido como el plantio de secano (sin irrigación), cultivado
extemporaneamente, de enero a abril, casi siempre después de ña soja precoz. Ocurre en la región Centro-Sul brasileira, envolviendo basicamente
los estados de Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, mais recentemente, Minas Gerais.

54
Imagem 25

Frutos de castaña, la “vaca” de los amazonenses, por su leche de excelente calidad, extraído de los
frutos recien-cosechados. Una vaca cria un becerro; una castañera, una floresta.

55
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

LA IMPORTANCIA DE LA ESTRATIFICACIÓN
Recrear bosques prodctivos, semejantes en la forma, en la como el maíz silvestre y el cultivado, batata, granos, forragens,
función y en su dinámica a los ecosistemas originales del frutas y todo tipo de vegetales. Él llegó a tener la mayor colección
lugar, implica que construyamos bosques estratificados. de semillas del mundo, la cual contaba con cerca de 200 mil
espécies, que fueron almacenadas y sembradas en más de 100
n la naturaleza, cada planta se encuentra dentro estaciones experimentales en la entonces Unión Soviética. En sus

E de

un contexto. Caminando por el interior de un


bosque primario en la Amazonia, podemos
viajes, Vavilov percibió que la distribución de la biodiversidad
agrícola se daba de modo desigual: mientras en algunos lugares
observar, por ejemplo, que el cupuaçu (Theobro- sobraban plantas, en otros, habían muy pocas. Él tambíen

ma grandiflorum) no está en el techo del bosque. Existen árboles registró que los lugares con mayor biodiversidad agrícola cuentan
encima y abajo de él, lo que nos lleva a concluir que el cupuaçues con diferentes topografias, tipos de suelo y clima. Además de eso,
una planta del estrato médio. Caminando por las islas del Caribe, determinó, en su época, que esa biodiversidad se concentraba en
percibimos que un “pé de acerola” (Malpighia emarginata) es, en el ocho núcleos: China (origen de la soja), Índia, Oriente Próximo, Ásia
bosque xerófiloG, un árbol que hace parte del dosel (estrato alto), Central, Sudeste de Ásia, regiones monta-ñosas de Etiópia, México y
apesar de no sobrepasar los 6 metros de altura, o sea, es mucho más América Central (origen del maíz), Los Andes Centrales (origen de la
pequeño que un cupuaçuzeiro, el cual, en su lugar de origen, llega patata) y el Mediterraneo. Aún hoy, esas áreas geográficas son
facilmente a los 15 metros de altura. conocidas como “centros Vavilov”(Imagen 26).
En las islas del Caribe y en la América Central, donde la “acerola”
ocurre naturalmente, los bosques son mucho más bajos (7 a 10
metros de altura) que los del lugar de origen del cupuaçu, donde Principales centros de origen de las
pueden alcanzar de 40 a 60 metros de altura. Así, lo que plantas cultivadas, según el estudio
determina el estrato de la planta no es su altura, sino el estrato que original de Vavilov. Imagem 26
ella ocupa en el bosque en el que ella se origina, o sea, en su “centro
de origen”. El ruso
Nikolai Ivanovich Vavilov (1887-1943) fue
el primer investigador en estudiar de-
talladamente los centros de origenes de las
plantas cultivadas. En la primera mitad del
siglo XX, Vavilov viajó durante más de 20
años por los cinco continentes,recolectando
semillas de plantas agrícolas,

• Bosque xerófilo: Es compuesto


por plantas que estan adaptadas
a habitats secos y que sobreviven
con cantidades de agua reducidas.

56
Imagem 27

Población natural de abacaxis (Ananas ananassoides) frutificando bajo la copa de los


árboles en el interior del Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (GO).

Brasil es centro de origen de muchas plantas cultivadas, dentro los abacaxi de las imagenes 27 y 28 estan protegidos por
de ellas el abacaxi. Observando una plantación convencional de las copas de los árboles, mientras que los de la Imagen 29
esta fruta, bajo la forma de monocultivo, podríamos pensar que estan a pleno sol. En ese ambiente, todas las plantas que
ella pertenece al estrato alto o emergente. Pero será ese el encontramos estaban raquíticas (crecieron poco) y con las hojas
estrato ocupado por el abacaxi en ecosistemas naturales? En el envejecidas y secas, mientras las que crecieron bajo el bosque
Cerrado brasilero, tenemos una espécie de abacaxi que prospera (centenas de ellas) estaban bien mayores y con un verde
naturalmente, el Ananas ananassoides, que es bastante seme- brillante en las hojas, como ilustran las imagenes 27 y 28.
jante al abacaxi que cultivamos, el Ananas comosus. Si nosotros Las imagenes 30 y 31 fueron obtenidas posicionando la
vamos al interior del Parque Nacional da Chapada dos Vea- máquina fotográfica sobre l os pies de los abacaxi más
deiros, un área protegida de 240 mil hectares en el interior del vigorosos y apuntando el lente hacia lo alto. O sea, las
estado de Goiás, encontraremos varias poblaciones de abacaxi imagenes captan lo que las plantas de abacaxi “ven” cuando
vegetando naturalmente. Cuando nos encontramos con una de “miran” para el cielo.
esas poblaciones, podemos ver claramente que el abacaxi es una Observando la mayor vitalidad de las plantas que crecieron
planta del estrato bajo, conforme muestran las imagenes a bajo el bosque en relación a aquellas que nacieron a pleno sol,
seguir. Aunque los pies de los abacaxi de las imagenes 27, 28 y no quedan dudas de que el abacaxi es una planta de estrato
29 crezcan cerca unos de otros, existe una gran dife rencia bajo. En nuestra incursión por el Parque Nacional da Chapada
encuanto a la cantidad de luz que reciben: los pies de dos Veadeiros, quedó claro que las poblaciones de abacaxi más
frondosas seguían precisamente el bosque de ribera del arroyo.

57
Imagem 28

Poblaciones naturales de abacaxi en el interior del Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (GO).

58
Imagem 29

Planta de abacaxi nativo a pleno sol en el Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (GO).

59
Imagem 30

Visión del cielo del punto de vista de la planta de abacaxi.

60
Imagem 31

Visión del cielo del punto de vista de la planta de abacaxi.

61
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

HISTÓRIA NATURAL DEL ABACAXI


Ernst Götsch vivió varios años en Costa Rica y, en Cuando intenté hacer algo similar, entre a finales del
aquella época, conoció una investigación de larga siglo pasado y el año 2004, tuve un gran éxito, habiendo
duración sobre el abacaxi, la cual nos relata abajo. procedido de la siguiente manera:

l abacaxi cultivado que conocemos tiene una 1. Primero, derrumbé capoeiras altas y concentré la madera de los

E história natural que pocos conocen. Su origen se


remonta a los bosques climáxicos, vi- viendo
árboles, cortada en trozos cortos y rectos de
aproximadamente 40 cm,en forma de hileras G dobles.
como epífitaG por más de 70 años en la
copa de arboles grandes. Y como llegó hasta allá? Fue plantadoa 2. Después, planté los abacaxis cada 30 cm en el medio de esas
partir de semillas por pequeñas aves frugívoras G y omní- vorasG, hileras, y planté tambien tallos de mandiocaG cada 90 cm y
como el sanhaço, la sabiá, etc. Así, los abacaxis pasa toda su vida en semillas de árboles cada 30 cm entre los abacaxis, junto con
la copa de árboles viejos climáxicos, donde las semillas brotaron y feijão-de-porco y feijão-carioca o feijão-vigna, repitiendo
se desarrollaron en plántulas, necesitando de aproximadamente 60 hileras dobles de madera cada 1,2 metros, conforme el esquema
años para alcanzar la floración, entretanto, los árboles en que se de abajo.
apoyan van cayendo. Imagem 32

A partir de ese evento, los abacaxis, que hasta entonces eran 1,2 M 1,2 M
plantas epífitas, comienzan a crecer en el suelo y en el medio del
claro, alimentados por el abundante material lignificado G, y poco
después comienzan a florecer. Los primeros frutos son grandes y son
comidos por tapires y otros frugívoros de porte grande.Los frutos
de la segunda cosecha ya son menores y comidos por coatíes, jacus,
90 CM

etc. Los frutos de la tercera cosecha son menores todavía, siendo


comidos por raposas, papamel etc.
Los últimos frutos, los cuales se encuentran dentro de la placenta
2 y 3, así como dentro del bosque secundario de ciclo de vida
corto/medio (pues ya han pasadp cinco a seis años desde

la caída del arbol viejo y el sistema se encuentra rejuveneci- MIX DE SEMILLAS DE ÁRBOLES JUNTO CON FEIJÃO E FEI JÃO-DE-PORCOFEIJÃO

do), ahora son muy pequeños, teniendo, cada una, semillas del E FEIJÃO-DE-PORCO NAS RUAS

tamaño y forma semejantes a semillas de linaza. El ciclo, entonces, TORETES DE MADEIRA COM 40 CM DE COMPRIMENTO
recomienza: los sanhaços y sabiás comen los frutos y depositan sus MANIVAS DE MANDIOCA
heces, que contienen las semillas del abacaxi, encima de la copa de MUDAS DE ABACAXI
viejos arboles climáxicos, donde los abacaxis nacen, crecen y se
desarrollan en plántulas, pequeñas epífitas, que permanecen y • Epifitismo: Es una relación de tenencia entre dos plantas o
crecen allí... Y el ciclo se rehace... algas, en la cual una planta vive encima de la otra, utilizandola
solo de apoyo y sin quitarle nutrientes.

62
Encuanto a la mantenimiento y desarrollo del sistema, es las condiciones ideales en las cuales evolucionó por miles de años.
posible señalar lo siguiente: Si creamos las condiciones adecuadas para que nuestras plantas
cultivadas manifiesten, a partir de si mismas, todo su potencial
1. Se cortaron las primeras hojas trifolialadasG del feijão-de- productivo, podremos crear campos de cultivo bellísimos y altamente
-porco, lo que permitió una excelente cosecha del feijão-carioca o productivos, sin necesidad de forzar la producción con fertilizantes
feijão-vigna. La operación de poda apical del feijão-de-porco resultó químicos, hormonas y pesticidas.
en un fuerte crecimiento de todo el sistema poco después de la Si las grandes compañias productoras de frutos entendieran la lógica
intervención. de funcionamiento del bosque, tal cual hace la agriculturasintrópica,
si los grandes productores de granos hicieran pequeños cambios en
2. Siete a diez meses después de la plantación del sistema, la sus campos y si es posible obtener máquinas adaptadas para trabajar
mandioca fue cosechada y los árboles de rápido crecimiento fueron con los árboles, será posible abandonar completamente el uso de
cortados(despuntados) a la altura de los abacaxizeiros. Con eso, el agrotóxicos. Ernst Götsch ya viene trabajando con algunos grandes
96% de las plantas de abacaxi, la gran mayoria de ellas productores y los resul- tados son impresionantes. En la Fazenda da
extremadamente alta (con 1,7 a 1,8 m), recibieron la inducción Toca, en Itirapina (SP), pomares organicos de naranja con infección
floral. Cuatro meses después ellas florecieron, bien protegidas del de greening que recibían 57 pulverizaciones anuales de caldas,
sol por los árboles que rebrotaron (las más altas con 3 a 5 metros de permitidas en la agricultura organica, pasaron a dispensar
altura), y los frutos maduraron de manera extremadamente totalmente de cualquier pulverización con la adopción de la
homogenea, sin tratamiento fitosanitário. Perdimos menos del 5% agricultura sintrópica, además de presentar una reducción del
debidoa la broca, la gomose u otras enfermedades. El peso de los greening. Se llegó a ese resultado retirando los tractores pesados y
frutos varió deacuerdo con la calidad del suelo y la variedad (pérola plantando mombaça (Panicum maximum) en las entrelineas, y, en
cilíndrica y pérola cônica) entre 1,3 y 1,9 kilos por fruto. Es las lineas de citrus, se plantó mandioca, banana, eucalipto y árboles
importante enfatizar que solamente la primeera cosecha es nativas.
economicamente inte- resante, ya que, en las sguientes, la
productividad es menor, los frutos tienen menor tamaño y la cosecha • Frugívoro: Animales frugívoros son aquellos cuya dieta
dura meses debido a la maduración heterogenea. alimentaria esta compuesta principalmente por frutos, no causando
daño a las semillas de una planta, que son eliminadas intactas por la
defecación o regurgitación.
Cuando respetamos la ecofisiologia de las plantas, evitamos • Omnívoro: Animales omnívoros son aquellos con capacidad
que ellas entren en estado de estrés. El estrés es uno de los ga- para metabolizar diferentes clases de alimentos. Ellos tienen, por
tillos que desencadena enfermedades y ataques de insectos, lo tanto, una dieta alimentaria menos restricta que la de los
carnívoros o herbívoros. Normalmente son depredadores, pero
influenciando incluso en la calidad de los frutos. Muchas veces, tienen el aparato digestivo adaptado para metabolizar diferentes
compramos un abacaxi en el mercado con la cascara todavía bien tipos de alimentos.

verde, pero, al abrirlo, notamos que su pulpa está como • Lignificado: Lo mismo que leñoso, que tiene
vitrificada: el fruto, apesar de estar verde, está pasado, pues el aspecto o consistencia de madera.

calor excesivo del sol la ha madurado forzadamente. Así como • Hilera: Cualquier conjunto en linea. Por ejemplo: a) hilera de café:
una vaca holandesa (nativa del clima frio de Europa) entra en una pequeña fila de café en linea en el terreiro; b) hilera de tierra:
el monton de tierra al lado de cada surco en un campo arado.
estrés cuando la temperatura ambiente pasa de los 16 °C,
ocasionando frecuentes mastitis, micoses de pezuñas, etc., un • Tallo de mandioca: Pedazo del tallo de la
mandioca usado para plantar.
simple fruto de abacaxi tambien se puede “estresar” en el caso
de que no le sean proporcionadas

63
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

Pero por que la introducción de unas pocas espécies en ese el sistema, mientras que la matéria orgánica es organizada en hileras
campo de citrus y la retirada de las máquinas pesadas generaron dobles debajo de las copas de las fruteras, formando canteros
todo ese cambio? Porque cambiamos el paradigma de riquísimos para ellas, lo que evita el surgimiento de “hierbas” no
producción! Antes, el pasto en la entrelinea era un “mal necesario”, deseadas y produce un suelo idéntico al de una lombriz. Los árboles
una plaga a ser controlada o eliminada. Para eso, en campos podados (eucalipto, banana y otros) son triturados y su material es
convencionales, se emplea herbicida; en la agricultura orgánica, se dispersado en los campos, pro- duciendo húmus más estable en el
usa una cortadora ecológica, fuego y hasta choques eléctricos. En la suelo (originado de lignina). El rebrote de los árboles estimula a
agricultura sintrópica, a diferencia,tratamos el pasto como nuestra todas las demas espécies que los rodean a crecer tambien. En el peak
fábrica de NPK. El es cortado con cuchillas afiladas para que del verano, el citrus tiene la sombra del eucalipto y, en invierno,
rebrote más rápido y transmita esa información de crecimiento tiene el sol para calentarlo. Pequeños cambios, grandes
vigoroso a todo transformaciones.

DISTRIBUICIÓN EN LA OCUPACIÓN
DE LOS DIFERENTES ESTRATOS
Muchos técnicos todavía tienen la idea errónea de que, apesar de la agricultura sintrópica es un modelo
ecológicamente excelente, es imposible renunciar a los princípios de la Revolución Verde (que, apesar del nombre,
prevé el uso de pesticidas y fertilizantes químicos para el aumento de la producción) para producir a gran escala y
alimentar a toda la humanidad.

lgunos incluso llegan a llevar esta forma de Ese tipo de plantaciones basado en monocultivo no es inteli-

A ver hasta a las agencias gubernamentales,


creando paquetes tecnológicos que
multiplican ese error. De acuerdo con el
gente porque simplemente se podria producir de 30 a 50% más
de madera, y de mejor calidad, si el pino y el eucalipto,o mogno
y eucalipto, por ejemplo, fuesen plantados juntos.
cultivo principal que
el agricultor escoja, es comun que observemos sistemas de Eso porque el eucalipto es una planta emergente que produce un
cultivo que no alcanzan la autonomia y la independencia fusteG reto y más largo, mientras que el mogno, que ocupa el
deseadas encuanto al uso de pesticidas, de fertilizantes estrato alto, puede aprovechar al luz filtrada por él, lo que permite
químicos o orgánicos, la necesidad de água, etc. Eso ocurre en caminar para una otimización de los cultivos.
función de algunos errores cometidos, principalmente en lo
que respecta a la ocupación de los estratos. Por ejemplo: Es importante tambien prestar atención al hecho de que, si
Ernst habla de un porcentaje ideal de 15 a 25% de sombra
1) Fuerte peso en los estratos alto y emergente. producida por plantas del estrato emergente en un bosque, él
La mayor parte de los árboles maderables es, naturalmente, de tambien destaca que tenemos esa proporción en florestas que
los estratos alto y emergente. Cuando apuntamos solo a la estan en el auge de producción de alimentos para animales de
madera, nos enfocamos solamente en la construcción de un porte grande.
sistema de acumulación, como en el caso de las plantaciones
• Fuste: Es la parte principal del tronco de un árbol, aquella situada
modernas de eucalipto o pinos. entre el suelo y las primeras ramificaciones.

64
Al observar las plantaciones de Ernst Götsch en su fazen da en por hectaria y de 70 a 80% de ese numero en árboles de otros estratos
Bahia, podemos identificar claramente todos los estratos: (700 a 900 indivíduos), incluyendo plantas frutíferas, maderables,
emergente, alto, medio y bajo. Cuando solo nos mueve la visión medicinales, melíferas etc., las cuales son anual- mente podadas o
económica y capitalista de la naturaleza, nuestra mirada se restringe raleadas.
solo a aquello que directamente nos interesa, y todo pasa a ser un
recurso económico para maximizar el capital financiero. 2) El desaparecimiento de los estratos médio y bajo.
No obstante, si perdemos la visión del todo, perdemos tam- bien Cuando nuestros bosques dejan de ser podados o cuando la
el futuro, porque las plantas no estan solas en la naturaleza,estamos ocupación de los estratos ocurre de forma natural, sin intervención
trabajando con un macroorganismo y no es posible recreárlo si nos del ser humano, el bosque llega a un punto en que los estratos medio
olvidamos de insertar parte de sus órganos en ese proceso. Pero y bajo desaparecen.
podemos invertir esa lógica cuando entende- mos como la naturaleza
funciona y seguimos en este camino de hacer la vida prosperar. Al Por ejemplo, la jabuticaba no produce más, el cacauo se va,
comenzar cualquier sistema sintrópico, sembramos los árboles de los naranjos se despiden, la jaqueira tambien, sucediendo incluso en
cada estrato en mucha mayor densidad de la que ellos aparecen en el lugar natural de esas fruteras. Eso puede suceder en la etapa
un bosque adulto. Imaginemos, por ejemplo, el cultivo del cacau medio-tardía, en casi todos los bosques en su fase de clímax, en
(estrato bajo). climas humedos y subhumedos, siendo más acentuado en las
altitudes fuera de los trópicos, en la contracara de las montañas
Si deseamos una planta de cacau en determinado lugar, (cara sur en el hemisfério Sur y cara norte en el hemisfério Norte).
sembramos cien semillas de cacau en esa área, de modo Por lo tanto, en el sistema de acu mulación, el bosque se vuelve vacio
que, cuando las plantas sean adultas, tendremos en los estratos inferiores (medio y bajo), pero todavía tenemos la
solamente una planta de cacau en aquel lugar castañera produciendo (estrato emergente); el bosque todavia
(acompañada de todos los otros estratos necesarios). sustenta animales de porte grande, pero ya no tenemos una
Cuando los cacaueiros inician la producción de frutos, producción abundante de frutos.
ese todavía no es el auge de producción de ese sistema, Del punto de vista puramente conservacionista, podríamos
los árboles van volviendose mayores cada año y nuestro considerar este proceso natural y no interferir en el, pues las fru-
papel es crear más espacio para los mejores de ellos. tíferas que plantamos en nuestros sistemas evolucionaron en bosques
naturales sin la intervención de los seres humanos. Pero la vida no
Seleccionamos los mejores entre de los mejores, sin que es una lata de conserva, la vida es un flujo. Solo volveremos a tener
queden espacios, y eso es justamente porque plantamos en alta producción en los estratos medio y bajo cuando tengamos algun
densidad en el inicio. Ese es uno de los secretos!Los emergentes disturbio, como la abertura de claros, por ejemplo.
pueden ser podados, pero son principalmente raleados (la poda de El disturbio es productivo, como ya fue dicho antes, es una pré-
indivíduos muy altos dificulta el manejo), mientras que los estratos -condición para la renovación de los bosques, pues aumenta su
alto, medio y bajo pueden ser raleados, pero snon principalmente capacidad de fotosíntesis. Evidentemente, los distúrbios de los que
podados. Eso queda bien claro cuando el estrato bajo es el foco de hablamos aquí son bastante diferentes de los distúrbios antrópicos
producción, como en el caso del cacao o del café. Así, en el auge
de producción del cacao,en sistemas complejos, podemos tener tecnomorfosG, provocados por los seres humanos en todos los
biomas del planeta; estos, diferentemente de los naturales, causan
1.100 árboles de cacao
una verdadera devastación antinatural, ya que no consideran los
princípios que crearon y mantienen el proprio sistema.

65
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

3) Sistemas de acumulación que se vuelven “eternos” y sin ESTRATO MÉDIA


vida, es decir, que permanecen en la acumulación, sin 15% a 25% de área sombreada por emergentes 20%
condiciones de vida para animales de porte grande. 30% a 40% de área sombreada por altos 35%
Esos sistemas ocurren en lugares y situaciones en que, debido a sus 50% a 60% de área sombreada por médios 55%
précondiciones ecofisiológicas, deberian estar sometidos a 80% a 90% de área sombreada por bajos 85%
10% a 20% de área sombreada por rastreros y regeneración nueva 15%
distúrbios periódicos que no suceden por falta de la presencia de su
vector causador (viento, tempestades, animales de porte grande,
etc.) o en el caso de agroecosistemas inadecuadamente diseñados y
manejados (falta de poda). En el otro extremo, tenemos sistemas
naturales de abundancia, que muestran, en su auge, la siguiente
distribución de cobertura de área por estrato.

Para alcanzar esos numeros, los bosques conocen muchos


medios y usan innumerables estratégias. Depende de nosotros perdiendo casi todas sus hojas en el comienzo de la temporada de
escojer l os más indicados y eficientes en el manejo de nuestros aguas. Eso permite un crecimiento vigoroso de las plantas debajo
agroecosistemas. En las imagenes 34 y 35, a continuación, podemos de él (incluso las anuales, como el maíz, frijol, tomate etc.), las
ver la estratificación e la estruturación de un bosque natural de cuales son abonadas por las hojas que cayeron del cajueiro y, prote-
abundancia antes y después de un disturbio mayor (la caída de las gidas del viento y del sol fuerte en pleno verano de la Caatinga
copas de dos árboles de estrato alto después de un distúrbio natural, (diciembre, enero y febrero).
como una tormenta, vientos fuertes, etc.). La “poda” natural Así, en ese ecosistema, podemos sombrear porcentual-
resulta en una fuerte frutificación y crecimiento vigoroso del mente mucho más las áreas que el habita, cuidando de no pasarse
sistema. Podemos observar el mismo efecto en bosques de de un 30% a 40% de sombra producida por el estrato alto
producción inspiradas en sistemas naturales de abundancia, las (estrato del cajueiro). Lo mismo sucede con espécies como la
cuales, después de la poda, tambien dan como resultado un nuevo castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), el jaracatiá (Jacaratia
crecimiento vigoroso del sistema y fuerte fructificación, como spinosa), el cajá (Spondias mombin), entre otras, que se quedan sin
muestran las imagenes 36, 37, 38, 39 y 40. Es importante notar follaje por mucho tiempo en los meses sin lluvia, lo que genera
también que existen otros medios, además de la poda, para el estímulo (la inducción floral) para la fructificación de las plantas
regular la sombra proporcionada por las plantas que componen los debajo de ellas.
estratos emergente, alto y medio, que son naturales de las proprias
espécies. Por ejemplo, muchas plantas son caducifólias (pierden sus
hojas en una cierta estación del año, generalmente en los
meses más frios y sin lluvia).
Al trabajar con ese tipo de plantas, es necesario observar el • Antrópico(a): Característica resultante de la acción de los seres humanos.
período del año en que los árboles se quedan sin hojas y por
cuanto tiempo, ya que, al perderlas, ellas ofrecerán poca sombra • Tecnomorfia: Se refiere al conjunto de relaciones entre las
para la vegetación debajo de ellas, favoreciendo a las espécies técnicas y el suelo, y entre el suelo y las técnicas. La tecnomorfia en
sí no es algo negativo, sin embargo, cuando esas relaciones se dan
que necesitan luz para su indución floral. Un ejemplo extremo de modo destructivo para el planeta, ella se vuelve dañina para la
es el cajueiro (Anacardium occidentale), que florece en el peak vida. Frecuentemente, al tener el lucro como objetivo
fundamental, las tecnologías creadas y empleadas por los seres
del verano, volviendose verde oscuro, madurando sus frutos al humanos no toman en cuenta los principios que rigen a la
final de esa estación y multiplicación y el mantenimiento de la vida en el planeta.

66
Imagem 33

Después de la cosecha del cacau (Theobroma cacao), se realiza la poda drástica anual de los árboles,
reciclando 120 toneladas de biomasa por ha/año. Fazenda Olhos D’Água (BA).

67
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

ESTRATIFICACIÓN Y
ESTRUCTURAMIENTO
DE UN BOSQUE
NATURAL DE
ABUNDANCIA

EMERGENTE
ALTO
MÉDIO-ALTO
MÉDIO
BAJO

RASTRERO

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
ESTRATIFICACIÓN ANTES DE UN
DISTÚRBIO MAYOR, COMO
TEMPESTAD, VIENTOS
FUERTES, HURACÁN, ETC.

Imagem 34
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

SEIS MESES DEPUÉS DE UN DISTÚRBIO MAYOR,


ABRIENDO El DOSEL SIGNIFICATIVAMENTE, QUE,
POR SU VEZ, RESULTÓ EN NUEVO Y VIGOROSO
CRECIMIENTO Y FRUCTIFICACIÓN DE
TODO EL SISTEMA.

EMERGENTE
ALTO
MÉDIO-ALTO
MÉDIO
BAjO
RASTRERO

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
Imagem 35
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

SOMBREAMIENTO DE LOS DIVERSOS


ESTRATOS EN EL MOMENTO DE MAYOR
MASA VEGETAL Y ÁREA FOLIARDEL AÑO
AGRÍCOLA.

EMERGENTE ~ 20%
ALTO ~ 50 - 55%
MÉDIO ~ 80 - 85%
BAIXO ~ 90%
RASTEIRO ~ 20 -30%

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
Estratificación de nuestros ASPECTO DEL AGROECOSISTEMA
agroecosistemas, en este caso, PÓS-COSECHA PRINCIPAL DEL
ejemplificando nuestras plantaciones
de cacao en la Fazenda Olhos D’Água CACAO EN JUNIO, MOSTRANDO
(BA). EL SISTEMA EN EL AUGE Y EN EL
Observe el fuerte aumento en el
FIN DE LA FASE ACUMULATÓRIA
tamaño de las copas de los árboles, ANUAL
que, en conjunto, formam los
estratos médio y alto, donde
acontecen los lanzamientos de
nuevos brotes entre febrero y abril,
creando, así, el “capital” para la
cosecha del próximo año agrícola.

Imagem 36
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

SOMBREAMIENTO EFECTUADO EN
LAS PRIMERAS SEMANAS DESPUÉS
DE LA PODA INVERNAL,
RESPECTIVAMENTE EN EL PERÍODO
DE LA CAÍDA DE LAS HOJAS DE
LOS EMERGENTES.

EMERGENTE ~ 3 - 5%
ALTO ~ 3 - 5%
MÉDIO ~ 3 - 5%
BAIXO ~ 70%
RASTEIRO ~ 1 - 2%

De esta operación de
poda pós-cosecha, da • BAIXOS –
como resultado un sometidos a
aumento de una fuerte
aproximadamente 12 limpieza(poda de
a 14 t/ha de matéria • RASTEIROS las ramas viejas,
seca (80 a 120 t/ha – Sometidos enfermas y mal
de material verde a una poda formadas).
cada año). drástica.

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
REJUVENECIMIENTO E INDUCCIÓN DE LA
FLORACIÓN PARA LA PRÓXIMA COSECHA.
PLANTACIÓN DE CACAO
FAZENDA OLHOS D’ÁGUA (BA).

• EMERGENTES – no sometidos a la poda,


centrándose en especies que cambian sus hojas en
los meses de invierno, permaneciendo desnudos por
un tiempo.

• ALTOS – como resultado de


la poda, este estrato
queda con pocas hojas durante los próximos dos
meses.

• MÉDIOS – poda fuerte, similar a la del estrato alto.

Imagem 37
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

DOS MESES DESPUÉS DE LA PODA FUERTE DE LOS


ÁRBOLES DE SOMBREAMIENTO DEL CACAO.
PLANTACIÓN DE CACAO FAZENDA OLHOS
D’ÁGUA (BA).

SOMBREAMIENTO DEL ÁREA POR LOS


DIFERENTES ESTRATOS.

EMERGENTE 2 - 6%
ALTO 7 - 10%
MÉDIO 8 - 12%
BAIXO 85 - 90%
RASTEIRO 6 - 8%
Todas las espécies del
sistema reaccionan con
nueva brotación y se
preparan para florecer
(con pocas excepciones,
como, por ejemplo, la
mangueira).

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
PRINCIPALES FUENTES FORMADORAS DE AGUA PARA EL SISTEMA:
Fuerte hojarasca con composición Materia orgánica dentro del suelo, este, bien Disturbios naturales y podas de
equilibrada entre hojas, ramas finas, estructurado (con material radicular y material rejuvenecimiento (como se muestra
ramas gruesas y troncos, lo que traído de la hojarascappor las lombricez para en la Imagen 37) que inducen un
favorece la creación de una fuerte dentro de él), siendo una précondición para rejuvenecimiento de todo el sistema
población de hongos y setas que una abundante vida bacteriana y fúngica, que, (independientemente de la
trabajan higroscópicamente. por su, vez, crea un substrato higroscópico. precipitación que tenemos en ese
momento).

Xilopodio (ocurre normalmente en especies Fuerte fotosíntesis con nuevo


de estrato alto o emergente, las cuales crecimiento de las espécies de
almacenan agua en los xilopódios o en el los estratos bajo y médio, lo que
tronco en la época de lluvia, distribuyendo enfria el microclima en aquel
esa agua en la epoca seca para otras lugar y resulta en una fuerte
espécies, si es necesario, cuando estan formación de rocío.
desnudas de hojas).

PARA LA FRUCTIFICACIÓN DE LAS ESPECIES


DE LOS ESTRATOS BAJO Y MÉDIO, EN ESTA
FASE, ES DECISIVO QUE LAS PODAS SEAN
HECHAS DE MODO Y EN EL MOMENTO
INDICADO EN LA IMAGEN 37. EN MUCHOS
SISTEMAS NATURALES, ESO ESTÁ SIENDO
REALIZADO POR LOS IMPACTOS DE VIENTOS,
INUNDACIOES Y TEMPESTADES

Imagem 38
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

APROXIMADAMENTE 7 MESES
DESPUÉS DE UNA PODA FUERTE
DEL SISTEMA Y EL EL AUGE DE
LA FRUCTIFICACIÓN
CONSOLIDADA. PLANTACIÓN DE
CACAO, FAZENDA OLHOS
D’ÁGUA (BA).

SOMBREAMIENTO DEL ÁREA POR LOS


DIFERENTES ESTRATOS.

EMERGENTE 20 - 25%
ALTO 30 - 40%
MÉDIO 60%
BAIXO 95%

RASTEIRO 15%

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
OBSERVE: DESPUÉS DE LOS FUERTES LANZAMIENTOS NUEVOS QUE OCURREN DURANTE LA PRIMAVERA
(SEP/OCT),ES HABITUAL HACER UNA PODA EN LOS ÁRBOLES DE LOS ESTRATOS MEDIO Y ALTO, SIENDO
NORMALMENTE LAS RAMAS DE AQUELOS ÁRBOLES DISMINUÍDOS ENTRE 30 Y 50%.

Imagem 39
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

ENTRE 9 Y 10 MESES DESPUÉS DE LA PODA


FUERTE DEL SISTEMA Y EN EL INÍCIO DE
LA COSECHA PRINCIPAL DEL CACAO.

EMERGENTE 20 - 25%
ALTO 40 - 45%
MÉDIO 70 - 80%
BAIXO ~ 95%
RASTEIRO ~ 15%

Fonte: Material didático criado, desenhado e usado por Ernst Götsch em trabalhos de ensino. Infografia de Giovanni Tabolacci, baseada nos desenhos de Ernst Götsch.
OBSERVE: LA MASA VEGETAL SE ACUMULA EN LOS ESTRATOS MÉDIO Y ALTO. LA SOMBRA DEBAJO DE ESTOS
ÁRBOLES NO DISMINUYE EL TAMAÑO DE LOS FRUTOS DE CACAU NI EL DE SUS ALMENDRAS, SOLAMENTE
AUMENTARÁ SU CALIDAD. ESO TAMBIEN OCURRE CON LOS GRANOS DE CAFÉ, LOS FRUTOS DE CÍTRICOS, ETC.
POR EL CONTRARIO, ESTA FASE DE ACUMULACIÓN EN ESTE PUNTO DO DESARROLLO ES UN FACTOR
DECISIVO CONTRIBUYENTE PARA EL VIGOR, TAMAÑO Y UN EXCELENTE SABOR DE NUESTRAS FRUTAS.

Imagem 40
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

3 – SUELO CUBIERTO
Y PLANTACIONES EN DENSIDAD
Uno de los princípios fundamentales con el que Ernst Götsch trabaja es la cobertura del suelo, pues solamente
ella podrá devolverle su fertilidad. Eso puede ser bien observado en su fazenda en Piraí do Norte, en el estado
de Bahia. Desde la implantación y durante todo el manejo de los sistemas sintrópicos, Ernst siempre observa
donde estan los lugares con poca cobertura muerta y deposita en ellos grandes cantidades de material de las
podas. Él ha estado trabajando bastante con gramíneas en las entrelineas de cultivos perennes, siempre
escogiendo aquella especie que prospera mejor en cada situación.

uando las condiciones del suelo todavía no son Se encuentra en formas minerales de fácil asimilación por las

C adecuadas para gramíneas productivas, él


realiza una plantación super densa de árbo-
les poco exigientes, como, por ejemplo, la
plantas. Debido a eso, el abastecimiento normal de nitrógeno
de las plantas depende de la velocidad de mineralización de la
materia orgánica nitrogenada.10
Acacia mangium, en la Amazônia, o el Pinus eliotis, en los sub-
trópicos etc. Las plantas son colocadas en un espaciamiento Al iniciar una plantación, siempre tenemos que tener en mente
de 1 a 1,5 m x 0,5 m a 0,7 m, junto con la mandioca- cual especie será mejor para cubrir rapidamente el suelo. Para
-brava y el feijão-de-porco. Más adelante, cuando las plantas eso, no hay receita, es nesario observar su fertilidad, el clima,
estan fuertes y vigorosas, él las somete a una o incluso dos el estrato de la planta escogida, etc. En lugares con baja
podas drásticas apicales cada año, hasta que la tierra del lugar fertilidad, por ejemplo, podemos optar por plantas menos
se recupere y aquellas primeros árboles puedan ser substituídos. exigentes, como la braquiária, el andropogon u otros pastos. No
El enfoque constante de Ernst en la cobertura del suelo no es hay que olvidar que el ciclo de la braquiária es más corto que
es vano: si miramos el ciclo del nitrogeno en el suelo, esta el de la mombaça, y, cada vez que la gramínea
es una condición crucial para el éxito de nuestras
plantaciones.

Según Sebastião Pinheiro:


La reserva total de nitrogeno, en la capa arable de una
hectaría, oscila en diferentes suelos, desde 1,5 toneladas en
suelo limo-arenoso podzólico hasta 15 toneladas en
chernozem profundo. Sin embargo, el suministro de nitrógeno
de las plantas depende tanto de su contenido bruto en el suelo
como del contenido de compuestos minerales asimilables por
las plantas. La mayor parte del nitrógeno del suelo es
inaccesible o de difícil aceso para las plantas, ya que está
contenido en diferentes compuestos orgánicos (94 a 95%) o
en forma de amónio no intercambiable fijado por minerales
arcillosos (3 a 5%). Solo una pequeña cantidad de nitrógeno
(cerca del 1% del total)
82
florece, debemos cortarla para evitar la propagación de una in- Así, consiguen producir biomasa incluso en esa es-
formación de senescencia, que influencia negativamente y frenael tación.11 En el Sítio Semente, en Brasília, en el Distrito Federal,
crecimiento de los cultivos que estan consorciados con ella. se ha venido utilizando con gran éxito madera triturada,
Además de eso, algunas variedades de braquiária (por ejem obtenida de las calles de la ciudad. Los árboles de las plazas y
plo, la B. decumbens), por ser decumbentes (se desparraman más de los caminos son podadas y, en el mismo lugar, son trituradas
hacia los lados), acaban entrando en las lineas de los cultivos, con un implemento acoplado al tractor. En el año 2014, Ernst
dificultando el manejo, al contrario de la mombaça, que tiene un
Götsch realizó una consultoria en Martinica para un productor
crecimiento cespitoso. En suelos más pobres, podemos cambiar
la mombaça por el andropogon, que también tiene hábito
que exporta fru tas para Europa. Pasados algunos años, es
impresionante la vitalidad que los campos transmiten: el suelo
cespitosoG. Para que no nos quedemos presos con recetas, está bien cubierto con capim-mombaça en las entrelineas, el
tenemos que conocer la función ecofisiológica de cada planta, ya cual es cortado y colocado en las lineas de banana y árboles;
que, de esa forma, siempre escogeremos la mejor especie para cada
los árboles son podados anualmente y triturados,
situación.Al final, si trabajamos con recetas y no con principios,
no sabremos que hacer cuando nos encontremos con un lugar alimentando los caminos de capim. Con ese ejemplo,
donde esa receta no encaja. Puede ocurrir, por ejemplo,que el podemos ver varias técnicas actuando al mismo tiempo:
capim-mombaça no crezca en determinado lugar debido a las optimización de la fotosíntesis, estratificación, suelo cubierto y
deficiencias del suelo. Para usar una imagen didáctica,podemos plantación en densidad.
comparar nuestro trabajo al de un cocinero que entiende la
función de cada ingrediente en la receta. Y a falta de algun
ingrediente, él lo puede substituír por otro, ya que conoce Imagem 41

sus funciones y sabe que son equiparables. Exjmplo de madeia y celulosa, que es el sustento de la vida.
Cuanto más conocemos el lugar donde estamos y las plantas
adaptadas a el, más posibilidades de consorcios tendremos. De este
modo, en lugares muy secos, como la Caatinga, por ejemplo,
debemos buscar especies que crezcan bien en ambientes con poca
lluvia, como la palma-forrageira, la palmatória, el sisal, el pinhão-
roxo, etc. Veamos algunos ejemplos concretos: en el asentamiento
de Contestado, en el Paraná, debido a las heladas, que el capim-
mombaça no soporta, los pobladores estan utilizando la arveja
como cultivode invierno sobre la mombaça.

• Hábito cespitoso: Es un termino botánico que se refiere al modo de


como algunas plantas crecen, lanzando nuevos brotes o tallos de
manera aglomerada, generalmente formando un grupo o estera gruesa.

10 – S. Pinheiro, Agroecologia 7.0 (2018, p. 224).

11 – N. Messerschmidt. Comunicação pessoal feita em 20 de agosto de 2016, em Workshop sobre


agricultura sintrópica realizado no Instituto Caminho do Meio, Alto Paraíso.

83
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

El PROFESOR GILLES LIMIEUX, DE LA


UNIVERSIDAD DE LAVAL, EN CANADA, EVALUÓ
EL RESULTADO DE LA APLICACIÓN DE VIRUTA
DE MADERA EN EL SUELO:
Después de analizar el subproducto de las virutas de ramas de coníferas con respecto a su contenido en nutrientes, ese
material fue aplicado experimentalmente en suelos agrícolas, en una base de 150 a 200 m3/ha. Esta fertilización dió buenos
resultados en la productividad de la batata, la fruticultura arbórea y las fresas. Los resultados, sin embargo, fueron mejores
todavía cuando se utilizó MRF (madera rameal fragmentada) — de madera dura, particularmente del roble (Quercus
rubor).12
DESPUÉS DE LA APLICACIÓN DE MRF (MADERA RAMEAL
FRAGMENTADA), SE OBSERVARON LAS SIGUIENTES
MODIFICACIONES EN EL SUELO:13

• Después de tres meses, la • El color del horizonte "A" se • El contenido de matéria • El pH del suelo • El contenido de fósforo disponible
mayoria de la viruta ya habia volvió más oscuro, organica aumentó 3% aumentó la tasa en 0,5 y de magnesio intercambiable
sido metabolizada por la aproximandose a un marrón en solo 12 meses. en la mayoría de los mostraron un aumento
biologia del suelo. muy oscuro. suelos analizados significativo

EFECTOS DE LA APLICACIÓN DE MRF (MADERA RAMEAL FRAGMENTADA) SOBRE LOS CULTIVOS


A) EN CLIMA TEMPERADO, SE OBSERVÓ QUE: B) EN CLIMA SUBTROPICAL, SE OBSERVÓ QUE: C) EN CLIMA TROPICAL, SE OBSERVÓ QUE:

• Hay tubérculos de batata con un aumento • EN el tomate, un aumento de productividad • En el maíz, se observó un enorme salto de
en el contenido de matéria seca en 30% y y calidad que varió entre 900% y 1.000%. productividad, que aumentó de 1 para 4 t/ha
obteniendo mayor es contenidos de fósforo, con la aplicación de MRF de Acacia
potásio y magnésio. auriculiformes, Tectona grandis, Gliricidia
• La necesidad de irrigación sepium, Senna siamea, Azadirachta indica.
suplementaria cayó 50%.
El Trigo y la avena tuvieron un aumento en el
peso de mil granos y en el número de granos
por espiga da del orden de 30%.
POR QUE MADERA RAMEAL Y NO DEL TRONCO (MADERAS Y
• El contenido de nutrientes de la paja disminuyó ASERRADEROS)?
con la aplicación de MRF, mostrando un claro
estímulo a los procesos fisiológicos de Las ramas, en un princípio con un diametro igual o inferior a 7 centímetros, forman la madera joven con
fructificación. las siguientes cualidades:

• Reducción del 50% en la necesidad de • Alta proporción de corteza;


água suplementar (irrigación). • Alto contenido de polifenoles solubles (cadena más corta);
• Fuente de matéria orgánica fundamental para la agregación del suelo;
• Fresas: incremento de 300% en los frutos cosechados y • Precursores de un húmus altamente reactivo;
mayor resistencia a pulgones • Concentran 70% de los nutrientes del árbol;
• La relación C/N está en el rango de 30:1 e 170:1; La del tronco está en el rango de 400:1 a 750:1.
• Notable incremento en la resistencia
a heladas y sabor más pronunciado en las Frutas.

84
Cabe destacar que en un clima tropical, como en Brasil, por hectaria, los parámetros de la ciencia agronómica tradicional no
los procesos de crecimiento y decomposición son bas nos ayudan mucho, por lo que, necesitamos de otros criterios.
tante acelerados encomparación con el clima Entonces, Ernst los creó para avaluar la sustentabilidad de una
temperado. Por ejemplo, los agricultores del asen- plantación sintrópica (vea “Critérios de sustentabilidad de los
tamiento Mario Lago, en .Ribeirão Preto, en el estado de sistemas sintrópicos” en la pág. 104).
São Paulo, donde uno de los alumnos de Ernst, Namastê Si quisieramos tener una plantación de cacao en un espaciamiento
Messerchmidt, inició la implementación de sistemas de 3 m x 3 m, tenemos que sembrar cien semillas de cacao en ese
sintrópicos, relatan que, en la entrelineas de los espacio; si quisieramos tener una jaqueira cada 10 m x 10 m,
canteros de hortalizas, donde se colocan troncos gruesos, tenemos que sembrar cien semillas de jaqueira en ese espacio. Para
el suelo se vuelve, con el tiempo, más oscuro que en los alguien que trabaja con agricultura convencional, puede parecer
canteros que son cubiertos con capim o MRF (madera absurdo sembrar cien cacaos en 9 m2 o cien jaqueiras en 100 m2, al
rameal fragmentada). final, imaginando las plantas adultas, esa persona concluirá, con
razón, que cien cacaos no caben en 9 m2, asi como cien jaqueiras
n los años 2000 y 2001, Ernst Götsch no caben en 100m2. Sin embargo, solo estamos recreando los
procesos naturales que vienen siendo repetidos hace miles de años,
E realizó una serie de experimentos en su ya
mencionada fazenda en bahia, probando
varias densidades de árboles por metro
millones de veces, en los bosques del planeta.

cuadrado.

Lo que impresiona es la vitalidad de los cultivos tras un año Un árbol de aroeira (Myracrodruon urundeuva) tiene semillas del
de plantación. Ernst derrumbó matorrales envejecidos y plantó, tamaño de una semilla de cilantro, y un solo árbol adulto
junto con abacaxi, árboles en densidades variadas, yendo de 1 a 10 dispersa miles de semillas en el viento. Cuando llega la lluvia
árboles por m2. Los experimentos fueron rigurosamente se forma una estera de plántulas en el suelo del bosque, y
inspeccionados, y los que presentaron mejores resultados fueron aquellas que encuentran las condiciones ideales pueden crecer
mucho más rápido que otras plántulas, pues el suelo no es
aquellos en los cuales nacieron y crecieron 10 árboles por m2. El homogéneo. Es ese proceso el que buscamos reproducir:
concepto de plantación en alta densidad es un concepto simple plantamos una semilla de cacao cada 3 cm
cuando se trata de monocultivos, en que miles de plantas de la
misma especie ocupan un determinado espacio en una disposición
bidimensional, siendo solo considerado el ancho y el largo. En estos
casos, el aumento de la densidad de plantas toma en cuenta factores
como fertilidad de la tierra y disponibilidad de agua. Si la cantidad
de plantas supera los limites de estos factores, ellas pueden crecer,
pero habrá menor fructificación y, en consecuencia, menor
rendimento por hectaria. Pero, cuando pensamos en un sistema
que puede contener de 40 a 80 especies de plantas

12 – G. Limieux apud M. Osterroht, “Madeira como fonte de fertilidade duradoura e sustentável. O papel da lignina no manejo dos solos” (2002, p. 14).

13 – Esquema produzido a partir de trechos do artigo de M. Osterroht, “Madeira como fonte de fertilidade duradoura e sustentável.
O papel da lignina no manejo dos solos” (2002), baseado no trabalho de Gilles Limieux.

85
Imagem 42

Depois de 40 anos de trabalho e 340 hectares reflorestados, a casa de Ernst quase desaparece na floresta plantada por ele.

o una semilla de jaca cada 10 cm; en pocos meses las semillas plántulas; dos años después, cinco plántulas; tres años después,
germinan, las plántulas crecen y pronto comienzan a destacarse tenemos cinco arboles de cacao en 9 m2; luego tendremos
aquellas que han encontrado un lugar mejor. La propria dos o tres árboles que ya comezaron a producir frutos, pero ellos
dinámica del sistema nos muestra quien puede permanecer. todavía no han ocupado los 9 m2. En ese momento, evaluamos
Nuestro papel ahora es apoyar a aquellas que encontraron un los árboles más productivos, que generan los frutos más
mejor lugar para crecer, por lo que vamos podando y raleando sabrosos,y, cuando llegue el momento de tener un solo árbol
aquellas que permanecieron pequeñas. En el comienzo, adulto de cacao en 9 m2, habremos escogido al mejor de cien
teniamos 30 plántulas de cacao en 1 metro; un año después, plantas sembradas cuatro o cinco años antes.
diez
86
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

propria naturaleza, si aún no ha perdido su resiliencia, ocupa estos


espacios, sembrando muchas veces hierbas de ciclo corto, pastos,
conocidas erroneamente por muchos como “plagas”, “inços”,
“plantas invasoras”o “oportunistas”, pero que, en ver-dad, son solo
instrumentos del macroorganismo Tierra para cumplir su función de
optimizar la fotosíntesis, haciendo la vida prosperar. Otro efecto de
plantar en alta densidad dice respecto a la genética. Explicando de
forma bien resumida, para la formación de un nuevo indivíduo,
tenemos la contribución de solo el 1% del material genético
disponible. Al plantar 100 veces más semillas por cada árbol que
deseamos tener en nuestro sistema, buscamos tener una mayor
variabilidad genética en el campo, lo que nos permitirá aumentar la
resiliencia del sistema, ya que una mayor variabilidad genética
permitirá una mejor adaptación a todas y cada una de las variaciones
del ambiente. Cada semilla que plantamos es la expresión única
de una combinación posible de genes, la cual todavía sufrirá modifi-
caciones inducidas por el ambiente (epigenéticaG) durante su vida.
Así, plantar en alta densidad significa dar la oportunidad de
crecer para aquellas que puedan crecer.
Cada centímetro cúbico de suelo es diferente, asi como
cada semilla que se deposita en el suelo. Ese encuentro entre un
suelo único con una semilla única es lo que hace que este planeta
sea tan biodiverso, con cada ser completamente adaptado a su lugar.
Por eso, cada árbol que crece dentro de nuestro bosque, sin el uso
de insumos externos, es algo sagrado. Debemos señalar que la
plantación en alta densidad no se aplica a la siembra de las
placentas 1 y 2. En esos casos, tenemos que plantar en la densidad
adecuada lo que pretendemos cosechar. No plantamos cien veces
más, ya que eso generaria una obstrucción en el sistema. Si como
No debemos olvidar que, en esos 9 m2, aún podemos tener placenta 1 vamos plantar hortalizas, como la lechuga, por ejemplo,
árboles de los estratos medio, como un mangustão (Gar- cinia lo haremos en el espaciamiento convencional de ella (30 cm x 30
mangostana), del estrato alto, como un açaí (Euterpe oleracea), y cm), ya que la lechuga crece rapidamente y pronto será
del emergente, como una castanheira (Berthol- letia excelsa). Está cosechada, despidiéndose del sistema. Esto es cierto si vamos
claro, entonces, que podamos no solo el cacao, sino todos los aplantar mandioca como placenta 2: la plantamos en el
árboles asociados a él, de todos los otros estratos. Buscamos crear espaciamiento convencional o mayor, en el caso de que entren otros
estratos durante su ciclo. Como ya fue dicho, al iniciar una
en 10 m2 un fractal de lo que tendremos, en el futuro, en 100 m2, plantación en un suelo decaído, maltratado por generaciones,
en 10.000 m2. Vamos proporcionando la sombra adecuada para cada
planta, no hay espacios vacios, ya que, si dejamos de plantar por
cualquier razon, la

87
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

tenemos que plantar las especies que consiguen crecer en ese


suelo bien cercas unas de otras. Como ilustración de esa
situación, tenemos el caso del Centro de Pesquisa en Agricultura
Sintrópica (Cepeas),14 que viene realizando plantaciones
sintrópicas en una fazenda con más de 100 años de edad,
localizada en la Chapada dos Veadeiros, en el interior del estado
de Goiás.
En muchas áreas de la fazenda, el suelo está expuesto,
porque, durante casi cien años, una explotación excesiva por
parte del ganado lo ha agotado, por lo que casi ninguna planta
consigue ahora ocupar espontaneamente el lugar. Sin embargo,
se ha conseguido recuperar ese suelo combinando el uso minimo
de insumos y la plantación de diversas espécies, como la piteira
(Furcraea foetida), el margaridão (Thitonia diversifolia), la fruta-
l
-de-lobo (Solanum lycocarpum), el assa-peixe (Vernonia sp) y
el andropogon (Andropogon gayanus). En los lugares donde el
suelo está más débil, la piteira es plantada cada 20 centímetros.
Cualquiera que haya visto una piteira adulta en terreno de
cultivo sabe que la planta ocupa con sus hojas un círculo con El cupuaçu comienza a producir a los 6 o 7 años de edad,
diámetro de hasta 3 metros. Con el crecimiento de la piteira, mientras que el cambucá, que tiene un crecimiento mucho más
primero podamos sus hojas y cubrimos todo el suelo. Después, lento, solo alcanza el estrato médio y comienza a producir a los
conforme el área se vaya volviendo pequeña para las plantas 15 años. Como ambos árboles son del mismo estrato y estan
crecidas, comenzamos a raleárlas. Ese raleo es fundamental, cerca, comienzan a surgir tensiones cuando el espacio se
pues es el que alimenta el suelo: el material del raleo es vuelve pequeño para ellas. A los 15 años, el cupuaçu ya ha
transformado en cobertura muerta, que, por su vez, se vuelve producido muchos cultivos de frutas y, en este momento, nos
húmus. vemos delante de un dilema positivo: mantenemos los cupuaçus
Además de eso, tenemos el rebrote vigoroso de la piteira, y cortamos los cambucás, o damos preferencia a los cambucás
información que circula por toda la red de microorganismos y cortamos los cupuaçus? Como dice Ernst, tenemos que escoger
del suelo, estimulando el crecimiento de todo el sistema. entre el Nirvana, el Paraíso, o la Tierra de los eternamente
Podemos repetir ese proceso plantando árboles en alta felices! El lector y la lectora se acordarán, probablemente, de
densidad: conforme ellas van creciendo y las tensiones las cuatro dimensiones con que la agricultura sintrópica trabaja.
comienzan a surgir, podemos seleccionar las mejores plantas y La cuarta dimensión es el tiempo, y está estrechamente
podar las otras, construyendo la fertilidad a medida que el asociada con la plantación en alta densidad. Gracias a la
sistema avanza. En una plantación en Casimiro de Abreu, en plantación en alta densidad y al manejo del sistema con el
la región de la Mata Atlântica, en el estado de Rio de Janeiro, raleamiento y las podas, conducimos a las plantas hasta la fase
Ernst plantó como estrato médio el cupuaçu (Theobroma adulta con un espaciamiento que reproduce el sombreamiento
grandiflorum, nativo de la Amazônia, pero que crece muy adecuado para cada estrato.
bien en la Mata Atlântica) y el cambucá (Plinia edulis).

14 – A página do Cepeas na internet é: www.cepeas.org


88
Imagem 43

Lignina, el sustento de la vida en nuestro


planeta.

89
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

4 – DESHIERBE SELECTIVO Y PODAS


Siempre que iniciamos la mantención de un sistema florece, indica una maduración del sistema, frenandoel desarrollo
sintrópico, es recomendado hacer primero el lla- de la mombaça. Lo mismo sucede cuando florece el malmequer
mado “deshierbe selectivo”. El deshierbe selectivo (nome comum de várias espécies de Asteraceae), el picão-preto
es un termino creado por Ernst Götsch y que significa: (Bidens pilosa), el capim-carrapi- cho (Cenchrus echinatus), el
ervanço (Alternanthera sp) y muchos otros pastos y hierbas de
1. Retirar del sistema las plantas que hayan cumplido ciclo corto que son abundantes en los sistemas de acumulación.
su función (normalmente, esas plantas ya estan en Esas hierbas tienen el importante papel de cubrir el suelo,
aquel momento en que tienen un sistema radicular concentrar nutrientes escasos, preparar el ambiente para las plantas
débil); del futuro, etc. Esto es fundamental de tener encuenta porque, si
tenemos las plantas de sistemas de acumulación más avanzados
ocupando el campo, significa que la salud de nuestro sistema está
2. Podar solo lo que está madurando
prosperando. Es importante señalar que no
(plantas que han salido de la fase de rápido crecimiento).

on el deshierbe selectivo, cada espécie trabaja

C hasta que haya cumplido su función en el


sistema. Por ejemplo, cuando plantamos capim-
mombaça y en
podemos arrancar las hierbas de ciclo corto cuando estas
son las únicas plantas que tenemos cubriendo nuestro suelo
al inicio de la recuperación de un área extremamente
degradada.
y en medio de él nace el capim barba-de-bode (Cyperus En este caso, solo podamos y concentramos su bioma-
compressus), debemos, al cortar la mombaça, tambien podar el sa cerca de nuestros árboles del futuro, creando nichos con más
capim barba-de-bode, ya que este, ademas de tener un materia orgánica y una mejor fertilidad, que son la puerta de
florecimiento más precoz, pertenece también a un sistema de entrada para el próximo paso en la sucesión. Cuando el
acumulación mucho más anterior al de la mombaça. Si tenemos sistema avanza y el suelo mejora, plantas más eficientes,
la presencia del barba-de-bode en nuestros campos, todo indica productoras de biomasa y con una relación carbono/nitrogéno
que aun no hemosalcanzado la fertilidad ideal para la mombaça más estrecha, comienzan a surgir. Nuestro papel, entonces, es
y que el barba-de-bode aún cumple una función. Por eso, el de acelerar la sucesión natural, retirando las plantas de
nuestra capacidad de observación es importante para evaluar sistemas anteriores y creando mejores oportunidades para el
el estado de salud de las hierbas y no praticar lo que Ernst llama surgimiento de las plantas del futuro.
“exterminación selectiva”. Cada vez que el capim barba-de- Así, arrancamos el picão-preto y lo usamos para proteger un
bode “pé de guandu” o una mombaça, por ejemplo. Para entender
mejor, vamos a imaginar un campo de “sapé” (Imperata sp).
• Sistema radicular: Es constituido por las raíces de plantas,
Iniciamos este campo sin insumos y concentramos el sapé
órganos especializados que tienen como funciones: a) ser medio de cortado en islas. En esas islas, plantamos árboles de sistemas de
fijación al suelo; b) servir como organo absorvente de agua,
compuestos nitrogenados y otras sustancias como potasio, fósforo,
acumulación más avanzados, como la lobeira (Solanum
micronutrientes, moléculas orgánicas, etc.; c) alimentar hongos y lycocarpum), el assa-peixe (Vernonia polyphasera),
bacterias por medio de sus exudados (azúcares, acidos orgánicos,
etc). La extensión del sistema radicular depende de varios factores,
tamboril (Enterolobium contortisiliquum) o el angico
pero la gran masa de raíces de nutrición se encuentra cerca de la (Anadenanthera
superficie del suelo.

90
macrocarpa), en el caso de que el lugar este en el bioma del Cerrado; introduciendo plantas que demandan una fertilidad que
en los lugares con un suelo un poco mejor, plantamos mandioca naturalmente no existía en aquel campo. Es muy importante tener
(Manihotesculenta), por ejemplo. Cuando el sapé concentrado en esto en mente, porque, empleando de manera simplista e incorrecta
esas islas se descompone, alimenta el suelo. En estos lugares, estos elementos, se destruyó practicamente todo el Cerrado
pueden surgir naturalmente matorrales de Braquiaria brasileiro, cuya agricultura industrial se basaba en el trípode:
brisantha, un pasto que exige una fertilidad del suelo mayor que el mejoramiento genético de los cultivos de soja, corrección de la
sapé. Además de eso, el sapé rebrota, produciendo más acidez de los campos con calcário y aumento de la fertilidad del
biomasa para un nuevo ciclo de corte y generando una suelo con NPK. Pero, con eso, los suelos fueron ampliamente
concentración de los recursos disponibles (en este caso, comprometidos por la erosión y la compactación, las lluvias
solamente matéria orgánica proveniente del sapé). Cerca a las islas, disminuyeron, miles de arroyos y rios se llenaron de sedimentos y
siempre habrá un mayor grado de fertilidad. Las plantas que surgen uno de los bosques con mayor biodiversidad del planeta fue
nos muestran ese gradiente: son l as plantas indicadoras. El destruido. Volviendo a nuestro agroecosistema imaginario, después
surgimento, por ejemplo, de plantas de sistemas de de corregir cuidadosa y conscientemente el suelo, plantamos maíz,
acumulación, como el capim rabo-de-burro o el capim rabo-de- frutíferas, hortalizas, árboles de madera noble, etc. Podemos
raposa, nos indica que el suelo aún es ácido en esos lugares (vea deducir si estamos caminando o no para el sistema de abundancia
“Plantas indicadoras” en la pág. 106 de este libro). a partir del surgimento natural de plantas indicadoras. Por ejemplo,
si el campo se llena de guanxuma (Sida sp.), eso indica que no
A medida que los árboles crecen y son podados, hicimos una buena descompactación del suelo; si aparece mucho
introducimos material de mejor calidad para la amendoim-bravo, hay deficiencia de molibdeno; si sembramos
formación de húmus, la acidez disminuye y aparece la mombaça, pero la braquiária reaparece en muchos lugares, es señal
verdolaga (Portulaca oleraceae), planta indicadora de una de que todavía estamos en un fuerte sistema de acumulación, ya que
mejor fertilidad del suelo. Con las podas de los árboles y no hemos alcanzado la fertilidad exigida por la mombaça.
la mejora de la fertilidad del suelo, introducimos plantas Forzar el avance artificialmente es posible, pero requiere cui-
como la maracujá, mandioca y todas las otras que nos dado y mucha observación, en el caso contrario, colocaremos
interesa establecer en el lugar, junto con los árboles insumos que no serán aprovechados y el campo insistirá en
nativos, frutíferas y maderas nobles. Hasta ahora, la permanecer en etapas más tempranas de la sucesión (vea la Imagen
construcción de nuestro agroecosistema se harealizado 21 “Por que tenemos plagas, hierbas invasoras y enfermedades en
sin la introducción de insumos externos, a excepción de nuestros cultivos?”). Además de eso, cuando creamos una condición
semillas y tallos de mandioca. artificial de fertilidad, quemando etapas en la sucesión natural,
abrimos el camino para que hongos, bacterias e insectos se vuelvan
En este mismo campo, si quisieramos crear condiciones “plagas” y para que las hierbas y pastos se vuelvan plantas invasoras,
artificiales de una etapa más avanzada en la sucesión natural ya que estos son los inspectores de nuestros cultivos y estan siempre
para introducir desde el início plantas más exigientes, indicandonos la verdadera etapa de la sucesión en que nuestro campo
tendremos que utilizar muletas, como abono orgánico se encontra, permitiendonos detectar la verdadera causa de los
(estiércol, compost, torta de mamona etc.), termofosfato, problemas que surgen con nuestras plantas (ver pág. 98 “Intentar ver
lo que cada serestá haciendo de bien”). Por eso, además de observar
polvo de roca, caliza, inoculación de microrganismos. Esta
factores, como deficiencias nutricionales, aspectos físicos, químicos
aplicación de insumos debe ser cuidadosa y lo más y biológicos
homogénea posible, ya que crearemos una condición
artificial de fertilidad,

91
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

del suelo, compactación, nutrientes disponibles y microflora, es


fundamental tener planificada toda la sucesión de las
principales espécies productoras de biomasa en nuestros
campos, ya que el estiercol y el compost (abonos) agregados
no forman humus estable y por lo tanto en poco tiempo serán
consumidos por la biologia del suelo, de modo que el suelo será
rapidamente descubierto y lavado por las lluvias, retrocediendo
en su fertilidad y siendo ocupado nuevamente por el picão-
preto, por la braquiária, el capim-marmelada, feto-de-gaiola,
barba-de-bode etc. Evaluados todos esos factores y escogidas
cuidadosamente las especies y los insumos, avanzamos a pasos
largos rumbo a los sistemas de abundancia. Cuando conseguimos
crear una fertilidad estable y homogenea para el suelo,
conectada con la plantación de las espécies correctas, no hay
espacio para el aparecimiento de plantas de etapas anteriores
de la sucesion, ya que nuestras plantas estan en su máximo
vigor, ocupando correcta y rapidamente sus estratos —
estamos “volando bajo”. Uno de los principios fundamentales
para el crecimiento y la fructificación de nuestro
agroecosistema son las podas, ellas son el motor propulsor,
aceleran el ciclaje de nutrientes y la sucesión natural de las
espécies, o sea, pavimentan el camino para sistemas de
abundancia, o, como dice Ernst, son “el salto del gato”. Cuando
Ernst inició los trabajos en Brasil, recibió una tierra comple-
tamente devastada, en la llamada Fazenda Fugidos da Terra Seca
(más tarde, se descubrió que el nombre original del lugar era
Fazenda Olhos D’Água, lo que ya sugiere el proceso de
degradación por el cual el suelo del local pasó con el tiempo).
Él plantó en alta densidad miles de semillas y,
conforme fue raleando y podando las plantas que crecian,
descubrió el gran input de energia que surgia con las podas, Ernst nos da algunos consejos básicos para orientarnos
como si fuese un rejuvenecimiento del sistema o, como dice en el arte de la poda. Siempre que vayamos a podar los árboles,
Renate Götsch (esposa de Ernst, cuando llegaron a Brasil), un debemos comenzar preferencialmente de arriba para bajo, ya
“reprimaveramiento”. Actualmente, como vimos anterior- que, así, podemos disminuir los daños que provoca la caída de
mente, varios investigadores han estado estudiando la gran las ramas grandes, las cuales son amortiguadas por las ramas de
red subterránea formada por las raíces y miles de abajo. Él aconseja, también, que podemos primero las ramas
microrganismos, que mantienen los árboles conectados. Las enfermas, mal formadas, torcidas y sobrepuestas. Podemos
investigaciones muestran que los nutrientes, el carbono y las podar drasticamente los árboles que resisten ese manejo,
hormonas se trasladan de una planta para la otra, lo que hace dejando solo el tronco
que todo el sistema entre en resonancia por medio de bucles de
retroalimentación positivos.
92
Imagem 44

Na copa de uma árvore, Ernst Götsch se sente em casa, e ele está. Fazenda Olhos D’Água (BA).

principal, o podarlas manteniendo la arquitectura de la copa. como los seres humanos, tienen una gran inversión de árboles
Todo depende del contexto, del lugar y del objetivo de la en los estratos médio y bajo; los sistemas de acumulación tienen
poda. Los porcentajes de sombra en cada estrato tampoco son un aumento del estrato alto. De todos modo, una cosa es cierta:
cláusulas de piedras, podemos aumentar el sombreamiento en solo vamos realmente a entender estos princípios cuando
un piso si lo disminuímos en el anterior o posterior y vice-versa. plantemos y manejemos nuestros próprios agroecosistemas.
Generalmente, sistemas que sustentan mamíferos de porte Solamente practicando es que vamos adquirir confianza y
grande, sabiduria.
93
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

5 – CONCENTRAR ENERGÍA
Y GENERAR BIOMASA DE FORMA EFICIENTE

Concentrar energia significa aglutinar recursos en lineas o islas, lo que es particularmente importante cuando
trabajamos en suelos degradados, empobrecidos por la agromineración. Acumulamos, entonces, las gramíneas
y las hierbas en lineas o islas y plantamos en estos lugares nuestros cultivos, que pueden recibir el lujo de
algun insumo, como estiercol o polvo de roca, etc., para ayudarlos a crecer.
Imagem 45
a braquiária es considerada por muchas

L personas como una planta mala, agresiva,


invasora, de difícil control, pero, entendiendo
como la natureza funciona, podemos usarla
a nuestro favor.
Podemos comenzar un agroecosistema en un pastizal de
braquiária: retiramos la hierba en lineas con un ancho de 80 cm,
que ablandamos; luego cortamos 5, 10 o 15 metros a cada
lado de esas lineas15 y acumulamos la braquiária cortada en
ellas. Estas lineas forman dos hileras convexas paralelas, y
es en la concavidad de ellas (el centro de la linea) donde
vamos a plantar lo que deseamos. Con esa cobertura, ningúna CONSEJOS
“maleza” crecerá y nuestro cultivo estará mejor fertilizado y
protegido contra la sequedad. Si fuera verano, treinta o
cuarenta dias después tendremos nuevamente a la braquiária
crecida en las entrelineas, de modo que vamos sucesivamente
dominando el campo con la fuerza de la propia braquiária, en
lineas o islas, como muestra la siguiente imagen.
Actualmente, Ernst Götsch viene desarrollando varios
proyectos de consultoria en los cuales prevee la utilización de
gramíneas en las entrelineas de los árboles. Una de esas
gramíneas es el capim-mombaça, que tiene hábito
cespitoso, no invadiendo las lineas de los árboles, y presenta un
ciclo vegetativo largo (trayendo, por lo tanto, menos
información de senescencia). Esas características facilitan el
manejo.
magem 45 - Concentrando recursos: capim roçado e acumulado na linha de

15 – O que vai determinar se vamos roçar 5, 10 ou 15 metros é a quantidade de capim presente


no campo, pois as leiras acumuladas e apertadas devem ter uma altura ideal de, no mínimo, 50 cm

94
6 – ECOFISIOLÓGIA Y FUNCIÓN ECOFISIOLÓGICA DE
LAS PLANTAS
a ecofisiologia vegetal estudia la adaptación la alteración profunda del clima en cada uno de ellos. Vastas
regiones de la Amazônia estan pasando por un proceso de
L de la fisiologia de los organismos a las
condiciones ambientales. Por ejemplo, con
respecto a las plantas nativas de la Caatinga,
fueron observados tres
savanización; en grandes áreas del Cerrado, la cantidad de lluvias
entre 2014 y 2017 fue la mitad del promedio histórico, recordando
las condiciones de la Caatinga;

mecanismos de adaptación a la sequía: la resistencia de las espécies en muchas áreas degradadas de la Mata Atlântica crecen plantas del
que permanecen frondosas en el período seco, como el juazeiro Cerrado. Eso nos muestra que, para recuperar la Amazônia, por
(Zizyphus joazeiro); la tolerancia de las espécies caducifólias, que ejemplo, necesitaremos de plantas del Cerrado, y, para recuperar el
pierden las hojas durante la estación seca, como el umbuzeiro Cerrado, necesitaremos introducir plantas de la Caatinga (lo que es
(Spondias tuberosa); y el escape de las plantas anuales, que más difícil, ya que los suelos de la Caatinga tienen, en general, una
completan el ciclo fenológico durante la época lluviosa, como la Bra fertilidad bastante mayor que los suelos del Cerrado). O sea, las
chiaria plantaginea, conocida como milha. Muchas espécies de la condiciones creadas con la destrucción de los biomas no permiten,
Caatinga ejercen un estricto control de la transpiración, en muchos casos, que especies del proprio lugar lo colonicen
principalmente debido a la velocidad de cierre de sus estomas, como nuevamente, ya que el ecosistema perdió la resiliencia, necesitando
reacción al aumento del déficit de vapor de la atmosfera, incluso urgentemente de nuestra intervención. Cuando la plantación de
bajo condiciones favorables de humedad de suelo.16 espécies típicas de determinada región no es suficiente para su
Así, queda clara la importancia de la elección correcta de las recuperación, necesitamos introducir espé cies exóticas con mayor
especies que compondrán nuestra plantación, ya que ellas necesitan resiliencia, provenientes de otras partes del mundo, como el
tener los instrumentos necesarios para lidiar con los diversos eucalipto, la Acacia mangium, etc.
factores del lugar donde crecen, como la baja fertilidad, Esas especies no son plagas ni destructoras de manantiales y
compactación, encharcamiento o sequía prolongada del suelo, bajas suelos. En realidad, cuando son utilizadas en el contexto de la
o altas temperaturas, insolación, etc. De ahí la importancia del agricultura sintrópica, ellas son verdaderas “salvadoras de la pátria”,
trabajo de Vavilov, pues es necesario descubrir cual es el contexto pues el eucalipto puede favorecer el crecimiento de nuestra peroba,
de origen de las plantas que estamos usando, para que podamos cedro, jabuticaba, naranja, mangaba etc., siempre que sea utilizado
reproducirlo y disminuir el estrés de ellas. Conociendolas, podemos de forma dinamica, como ya se ha visto. Por ejemplo, en Australia, en
dar forma a nuestras plantaciones y librarnos de las recetas la región de Melbourne, el eucalipto es vegetación nativa protectora
preparadas. Es importante resaltar que no basta conocer solo las de manantiales. Así, muchas especies exóticas pueden ser puentes
plantas de nuestro bioma, ya que, debido al acelerado proceso de para el establecimiento de bosques primários altamente biodi versos
destrucción de todos los biomas de Brasil y del mundo, lo que y productivos.17 Con la ecofisiologia de las plantas, podemos
contribuye al calentamiento global y al cambio climático, transformárlas en una herramienta. Por ejemplo, en ambientes
presenciamos áridos, introducimos plantas que resisten la sequía para crear
humedad para las plantas del futuro; en suelos pobres, introducimos
16 – J. A. Araújo e F. C. Carvalho apud J. M. P. Lima Filho, plantas que disponibilizan fósforo, con la función de crear la
Ecofisiologia de plantas da Caatinga (2004). fertilidad para las plantas que vendrán después.
17 – Ernst Götsch, comunicação pessoal, Rio de Janeiro, 2016.

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AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

7 – SINCRONIZAR OS PLANTIOS
Muchas veces, cuando optamos por la agricultura tamente las lineas alternadas de seringueiras y podar
sintrópica, ya tenemos en nuestra fazenda áreas con fuertemente las lineas que dejamos. Después del corte y la poda
cultivos perennes instalados, ya sea de forma orgánica o de las seringueiras,podemos plantar en las entrelineas, como
convencional, con aplicación de fertilizantes químicos u estrato bajo, algún tipo de capim junto con plantines de café,
orgánicos, de agrotóxicos o lechadas, y el empleo de caca, jabuticaba; como estrato médio, banana-prata (que
máquinas pesadas, osea, con todo el paquete tecnológico crece bien bajo la sombra del estrato alto), citrus, achachairu,
de la agricultura industrial.
rambutan; como estrato emergente, seria posible
experimentar con plantas de jequitibá, castanha-do-brasil,
uando Ernst inició los trabajos en la
cajá-mirim, guapuruvu. Este último sería el estrato más difícil

C Fazenda

da Toca, en Itirapina, en el estado de São Paulo,se


producían en ella frutas orgánicas. Ernst recibió
de introducir, ya que,
según la lógica de la sucesión natural, los emergentes estarían
por encima de las seringueiras, surgiendo la necesidad de la
una de las áreas con manejo orgánico y poda drástica de ellas, atrasando su crescimento para que haya
luz suficiente para los emergentes recíen plantados.
con citricos ya plantados, con 1 a 2 años de edad. Después del manejo Ernst ya realizó experimentos intentando hacer estas “cirugías”
sintrópico, la pulverización de lechadas fue abandonada y se buscó y percibió que lo ideal es comenzar de cero, realizando el corte
utilizar máquinas más livianas para disminuir la compactación del raso del sistema y sembrando todas las plantas de todos los
suelo y evitar la muerte del capim. Cuando optamos trabajar con lo estratos, ya que, con eso, tendremos un gran input de matéria
que ya está plantado, es necesário evaluar de que mane ra podemos orgánica en el, además de una fuerte información de
aplicar todas las técnicas sintrópicas en aquel lugar y si es viable crecimiento promovida por las semillas introducidas y por el
mantener o no el cultivo anterior. Por ejemplo, si tenemos una rebrote de la mayoria de los árboles cortados.
plantación adulta de seringueiras ya en producción, el primer paso
es identificar a cual estrato pertenece aquel cultivo. Hecho eso,
evaluamos si es posible introducir los otros estratos. En el caso de
En los cultivos convencionales en monocultura,
esta plantación adulta de seringueira, es necesario que realicemos generalmente tenemos un estrés provocado en las
una poda drástica, pues sería inviable que nuevas plantas plantas por varios factores. Por ejemplo:
introducidas creciecen bajo plantas adultas, envejecidas y con un
porcentaje de sombra mucho mayor al del estrato alto (al final, ellas 1. Plantas como el café son de estrato bajo, lo que hace que sea
fueron plantadas en monocultivo). La seringueira es buena para la fundamental tener los otros estratos encima de él para evitar
poda, rebrota con vigor, y todo el material podado servirá como su estrés. Al observar un monocultivo de café a pleno sol, uno
abono para los otros estratos que introducimos. Una posibilidad puede imaginarse que de esa forma produce más y mejor; no
seria suprimir comple- obstante, el café va muy bien bajo la copa de los estratos
superiores. Lo que sucedió es que muchos genótiposG actuales
• Genótipo: Composición genética de un indivíduo, o sea,el usados en monocultivos fueron seleccionados por su capacidad
para tolerar el pleno sol. Además de eso, el problema de plantar
conjunto de todos los genes de aquel organismo.

• Bisel: Corte oblíquo en un borde o esquina. el café solo es que estaremos atados al uso excesivo de insumos
externos, pues, en esta forma de cultivo, no

96
tenemos otras plantas para alimentarlo, no hay poda de los es- El neem será utilizado para la poda, fertilizando las lineas
tratos superiores, tampoco hay formación de serrapilheira, la cual del coco y el pasto. Cuando nos encontramos con un cultivo
provoca un aumento de húmus, trayendo mayor fertilidad, mayor perenne en monocultivo, deberíamos preguntarnos: ¿es posible
acmulación de agua en el suelo y resistencia a las enfermedades. dinamizar este cultivo? Cuales plantas pueden ser introduzidas
Aqui, citamos el café, pero lo mismo vale para las plantas cultivadas para cubrir mejor el suelo y ocupar, si es posible, todos los
de cualquier estrato, como naranja, noz pecã, pêssego, maçã, man- estratos? Es posible hacer esto de modo mecanizado?
ga, banana etc.
A menudo, cuando se completamos una plantación, tenemos en
un lado del campo, un bosque o plantación de eucalipto, pinus
2) En las entrelineas de los cultivos, suelen predominar muchas
veces las gramíneas o hierbas que florecen rapidamente (como la etc. Para evitar una influencia negativa sobre nuestros
braquiária) y que, si se manejan mal y no son podadas en el cultivos, debemos manejar obligatoriamente esos árboles,
momento adecuado, maduran y provocan un freno en el crecimiento realizando una poda desde el borde hacia dentro del
de los árboles y en la captación de agua de la atmosfera por parte bosque, eliminando la influencia negativa de un estrato
de las micorrizas. A partir del momento en que entendemos eso, fuera de sincronía con nuestro campo, ya que ella provocaría
buscamos colonizar las entrelineas con un pasto que no sea del una depresión en el crecimiento de las plantas. Esta influencia
mismo estrato que los árboles cultivados. Por ejemplo, en una negativa sobre el campo corresponde a la longitud de los
plantación de naranja (estrato médio), podemos plantar mombaça, árboles acostados. Así, podemos realizar una poda en biselG y
que es del estrato bajo, y no capim-elefante, que es estrato alto, ya trasladar todo el material podado para nuestro campo,
que este entraria en conflicto con la naranja y causaria problemas fertilizandolo. Tenga en cuenta que es mucho más prejudicial
cuando es podado, ya que el material podado y depositado en la para nuestros cultivos no ser bañados por la luz del sol
linea de los árboles rebrotaria facilmente, ocupando esa linea y naciente que no recibir luz del sol poniente.
dificultando el manejo.
Imagen 46
Muchas veces, solo conseguimos realizar una transición de los Ejemplo de entrelinea de cultivo en la práctica.
cultivos arbóreos ya plantados en monocultvo hacia la agri- cultura
sintrópica si los árboles aceptan podas, ya que son ellas las que
permitiran sincronizar la brotación vigorosa de los árbolesya
instalados con la brotación de semillas y plantines introducidos. A
veces esa poda significa un corte raso. Podemos citar, como
ejemplo, el coqueiro (emergente). En 2017, Ernst Götsch realizó un
trabajo para la empresa Ducoco, en el que recomendó la poda de las
hojas viejas de cada coqueiro y la substitución de las hierbas de las
entrelineas de los coqueiros por un pasto cespitoso resistente a la
sequía (green panic), además de la introducción, en esas mismas
entrelineas (con 9 m de ancho), de filas alternadas (de 4,5 m x 1 m)
de caju y neem, intercalando con la plantación de la mandioca. El
caju, como estrato alto, no lucha con el coco y seguirá produciendo
frutos y castañas.

97
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

8 – INTENTAR VER LO QUE CADA


SER ESTÁ HACIENDO DE BIEN
La parte visible de la naturaleza para los seres u otros insectos: ¿ Que estan haciendo ustedes bien? Que
humanos es infinitamente mas pequeña que la parte preguntemos a las plantas: ¿ Cual es el plan de ustedes para
no visible, y, la mayoria de las veces, no tenemos la este lugar? Y que también preguntemos, antes de cada
capacidad de mirar más allá de su aspecto material y intervención (poda, manejo, etc.): ¿Que puedo hacer para
físico. Somos incapaces de ver a simple vista lo que optimizar los procesos de vida y traer más vida a este lugar?
sucede en el suelo, que relaciones se establecen ¿Que puedo hacer para ser un ser querido en este lugar?
entre las plantas, entre la microfauna y la flora. Haciendo estas preguntas, nos presentamos como seres
Dificilmente conseguimos observar a los animales si receptivos a las respuestas de la naturaleza. Según l a física
no usamos técnicas de camuflaje y escondites. Como cuantica, el observador interfiere en el objeto y vice-versa
si eso no fuera suficiente, todavía existe un mundo (en escalas nanométricasG). Esto significa que las
desconocido al nível de energia, un mundo etéreo interferencias que hacemos sobre nuestro objeto, las distintas
que no puede ser captado por los cinco sentidos. medidas que tomamos, dependen de la perspectiva a partir
de la cual lo observemos. Alguien que no ve a las hormigas
upert Sheldrake provó, a través de decenas cortaderas como nuestras aliadas, sino como plagas, seguirá

R de experimentos, que los animales so sensí-


bles a campos de conocimento inaccesibles
el camino del control, del uso de venenos, exterminando la
vida, contaminando las aguas subterráneas, etc. Alguien que
reciba a las hormigas cortaderas como mensajeras de la
para la mayor parte de los seres humanos. Es naturaleza y las entienda como parte del sistema imunológico
comun, del macroorganismo Tierra, tomará otras medidas:

por ejemplo, que los animais detecten un tsunami antes de que plantará en alta densidad en las áreas cercanas a los
acontesca. En el libro “Los perros saben cuando sus dueños exploradores, cubrirá el suelo con mucha matéria orgánica,
estan llegando (2000), Sheldrake muestra la capacidad de los ayudando a las hormigas en su trabajo de traer más vida para
perros de detectar el pensamiento del dueño a miles de aquel agroecosistema, al fin y al cabo, las hormigas no cortan
kilometros de distancia. Estos animales tienen la capacidad de indiscriminadamente las plantas.
acceder a regiones sutiles que el autor denominó campos ¿Que hace que un hormiguero cerca de decenas de
morfogenéticos. Observando los trabajos desarrollados por Ernst eucaliptos (una planta comunmente cortada por ellas) viaje por
Götsch, podemos preguntarnos si los seres humanos también más de 50 metros para cortar un árbol de neem o una
no seriamos capaces de acceder a ellos. El próprio Ernst se jabuticabeira? Según la lógica del racionalismo capitalista
pregunta si nuestra fuente primordial de inteligencia no seria, occidental, sería mucho más fácil y barato cortar los árboles
antes de la razón, nuestra intuición. Ernst propone, entonces, cercanos. Pero la naturaleza no trabaja según la lógica
que, siempre que lleguemos a un lugar y encontremos animales capitalista, la naturaleza trabaja todo el tiempo para optimizar
trabajando (los que muchos llaman plagas), preguntemos, ya el sistema, para crear sistemas de abundáncia. La Tierra, como
sean hormigas, termitas un macroorganismo, posee una inherente capacidad
autocurativa, una capacidad que los pueblos antiguos
• Escala nanométrica: Escala cuya base de medida es igual o inferior
demostraron reconocer cuando dejaban la tierra en pausa G
a un billonésimo de metro. (barbecho) para que recuperase su fertilidad.
98
Imagem 47

A floresta bem manejada, impulsionada pelas podas, faz com que todos os estratos tenham folhas verdes na maior parte do ano.

de ciclos de retroalimentación de refuerzo negativo hasta que la


resiliencia del agroecosistema se rompe, y muere. Para recuperar
áreas degradadas, mayores esfuerzos son necesarios,
especialmente cuando deseamos que esto ocurra en un corto
período de tiempo. En este caso, podemos recurrir a ayudas
En el lenguaje de los sistemas, esta capacidad autocurativaestá externas, como inoculación de microorganismos, aplicación de
asociada a ciclos de retroalimentación autoequilibradores inherentes polvo de roca, estiercol de animales, plantas de cobertura
a los sistemas vivos, mediante los cuales el sistema auto-organizador resistentes a la salinización y a condiciones de vida inhóspitas,
vuelve más o menos a su estado fluctuante original.18 Podemos ver creando una sucesión de espécies de sistemas de acumulación
la destrucción de los bosques y, en consecuencia, de los suelos iniciales hasta los sistemas de abundancia, donde será posible
provocada por los seres humanos como un estado precario de salud plantar alimentos que sostengan mamíferos de porte grande.
del macroorganismo Tierra. Cuanto más se aleja la agricultura Este camino incluye etapas de crisis y transformación, que
industrial de los bosques en la dimensión temporal, más comunes se conducen al surgimiento de un estado de equilíbrio
vuelven las explosiones poblacionales de insectos, hongos y completamente nuevo.19
bactérias, que, desde el punto de vista de esa forma de agricultura,
son plagas y enfermedades, pero, del punto de vista del planeta
Tierra, son parte del sistema inmunológico, ya que aparecen para
restablecer el equilíbrio interrumpido, forzando un cambio de ritmo. • Barbecho: En agricultura, es el nombre que se le da al descanso o
Si no entendemos la aparición de estos seres como un mensaje reposo de las tierras cultivables, interrumpiendo los cultivos para
volver el suelo más fértil. Puede ser usado también como medio de
de alerta advertencia de la perdida de matéria orgânica, de la control de hierbas- dañinas, consorciado a otras prácticas, como la
salinización del suelo por el uso de fertilizantes químicos, rotación de cultivos.

compactación,erosión, disminución de las lluvias etc., la crisis 18 – F. Capra e P. L. Luisi, A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada
e suas implicações filosóficas, políticas, sociais e econômicas (2014).
se profundiza a través
19 – Idem.
99
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

EN LA NATURALEZA TODO ESTÁ


EN EQUILÍBRIO. EL CASO DEL FEIJOEIRO
Actualmente, el cultivo del frijol con manejo ser evidentes, lo que resulta en vulnerabilidade: númerosas
convencional no ha soportado toda la gama de enfermedades del suelo, como, principalmente, el moho blanco, la
agrotóxicos empleados para combatir las enfermades y pudrición radicular por Rhizoctonia, el marchitamiento por el
las plagas que se presentan. El manejo intensivo del fusário y la pudrición gris del tallo.
cultivo de frijol, principalmente en sistemas de En la naturaleza, es comun encontrar una gama de diversidad
producción irrigados, incrementó la alta demanda por el microbiológica en flujo, o sea, cadenas y redes de desarrollo y
paquete tecnológico de producción, de preparación del relacionamiento dinamico de las poblaciones. Se sabe que, dentro
suelo, selección de variedades, fertilización y manejos de esa biodiversidad, menos de 0,06% es de organismos
de control de plagas y enfermedades en la cosecha del fitopatógenos del frijol en relación al mundo microbiológico. En un
grano. área irrigada con podredumbre, luego de la recomposición biológica
con resíduos de biorremediación, hubo una recuperación de 83 a 91%
l uso de la alta carga química en forma de fer- de la salud de las plantas. En áreas manejadas con la aplicación de

E tilizantes y agrotóxicos en el suelo del


Cerrado vulnerable a la producción intensiva
interferió negativamente. Además de esto,
todos los recursos de manejo sustentável, acompañadas con
monitoreamiento de plagas y enfermedades y con el uso de
biofertilizantes que promueven el establecimiento de la
quebró el equilíbrio biodiversidad benéfica, fue posible reducir en 28,1% la
ecológico de los organismos, de los ciclos biológicos y de la relación fertilización química y en 81,7% las cargas químicas pulverizadas
armónica de las comunidades, creando una dinámica contra plagas y enfermedades.20 Aunque, la investigación realizada
poblacional restringida de plagas y enfermedades, resultando en por el fitopatologista Celso Tomita no esta relacionada directamente
problemas que limitan la producción de frijol. Durante el ciclo de con los princípios propuestos por Ernst Götsch, a traves de este
cultivo del frijol, el número promedio de pulverizaciones de estudio, se puede observar que es posíble abandonar casi por
insecticidas y acaricidas es de 14,8 aplicaciones, además de 9,2 para completo los agrotóxicos, reactivando la vida en el suelo, incluso en
el control de enfermedades en sistemas de regadío. En el sistema de áreas de monocultivo. Cuando adoptamos la agricultura sintrópica,
tierras secas, el uso de agrotóxicos es 17,3% menor, pero su restablecemos la biocenosis del suelo, de forma endógena, y no por
produtividad promedio es 21,6% menor que la de regadió. Se medio de insumos externos. Solamente cuando ella está en equilíbrio
puede observar que el número exagerado de aplicaciones que se podemos traer de vuelta la salud de nuestros cultivos y,
realizan para el control de plagas y enfermedades no estan consecuentemente, abandonar por completo los agrotóxicos.
teniendo la eficiencia adecuada, y las perdidas comienzan a

20 – Adaptado do artigo de C. Tomita, “Feijão: o manejo sustentável de pragas e doenças”(2011).

100
CONSIDERACIONES FINALES

PARA QUE TENGAMOS Este conocimento implica la valorización y el rescate del sa-
ber local y tradicional, base importante para el exito de
EXITO EN LA nuestros cultivos. Con esta mirada sintrópica del mundo, no
IMPLANTACIÓN Y EN EL hay dudas de que seremos cada vez más capaces de construir
MANEJO DE NUESTROS sistemas semejantes en su forma, función y dinámica a los
SISTEMAS SINTRÓPICOS, bosques originales de nuestro lugar. Nuestro cerebro, así como
DOS PUNTOS SON la naturaleza, se presenta como una red, y las
FUNDAMENTALES: investigaciones actuales demuestran que incluso nuestro
propio DNA no es lineal,ya que la manifestación de los genes
depende más de una red epigenética y del metabolismo de
1) Conocer profundamente todas las técnicas la célula para ser manifesta do que de su próprio DNA. Con
y princípios de la agricultura sintrópica; estas informaciones en nuestra “sangre”, facilmente
estableceremos las conexiones (entre espécies) necesárias
2) Conocer las necesidades y características de todas las plan- cuando nos enfrentemos con la necesidad de construir
tas cultivadas que crecen bien en nuestra región, junto con sistemas sintrópicos en cualquier lugar que una vez fue bosque
todas las plantas nativas y exóticas que van bien alli. Eso en nuestro planeta.
significa que debemos saber: lugar de origen, nombre popular Todavia queda mucho por desarrollar y probar en la
y científico, resistencia a la poda, estrato que la espécie ocupa agricultura sintrópica (en pequeña y gran escala), que busca
en el bosque, presencia o no de hojas caducas, arquitectura de recrear el ambiente en el que las plantas co-evolucionaron por
la copa,época de floración y fructificación, utilidades para el miles de años. Aunque actualmente no encontremos en el
ser humano, tipo de sistema radicular, velocidad de mercado máquinas adaptadas para la agricultura sintrópica,
crecimiento, cualidades de la semilla (presencia de dormencia, con el desarrollo tecnológico actual es totalmente factíble
semilla recalcitrante u ortodoxa etc.), si la espécie ocurre la construcción de ellas, las cuales nos permitirán cultivar
naturalmente en tierra buena o “pobre”, el tipo de suelo miles de hectarias. Esto no solo transformará el paisaje rural
(arcilloso, arenoso o mixto) más adecuado a ella, el tipo de de la Tierra, sino que también podrá garantizar un futuro para
relieve en el cual más ocurre (pendiente,cabecera de naciente, la espécie humana, ya que, si hay algun futuro para
desembocadura, cumbre, etc.) y el ciclode vida de la espécie nosotros, el está intrinsicamente ligado a la recuperación de
(placenta, secundaria 1 o 2, o climáxica). todos los bosques de nuestro planeta.

• Epigenética: Es el área de la biologia que estudia cambios en


el funcionamiento de un gen que no son causadas por
alteraciones en la secuencia de DNA y que se perpetuán en las
divisiones celulares,meióticas o mitóticas.

101
102
Clareira aberta por uma das filhas de Ernst, Mathilde, para construção de uma
casa com madeira oriunda das florestas plantadas por ela mesma e sua família. A
banana, no início, gera renda e cria as árvores do futuro. Fazenda Olhos D’Água (BA).
103
CRITERIOS DE SUSTENTABILIDAD DE
LOS SISTEMAS SINTRÓPICOS

ERNST GÖTSCH ESTABLECE LOS


SEGUIENTES CRITERIOS PARA MEDIR LA
SUSTENTABILIDAD DE UN SISTEMA
SINTRÓPICO:

SUELO

• Porcentaje de la superfície del suelo cubierto con matéria orgánica;


• Composición del material de cobertura (cuanto mayor es la fracción lignificada y/o coriácea, mejor);
• Espesura de la cobertura;
• Actividad de la microflora y microfauna.

VEGETACIÓN

• Cobertura vegetal (%);


• Vigor y salud de la vegetación;
• Estratificación del consórcio dominante;
• Desarrollo, complejidad y distribución individual de cada espécie;
• Complejidad, salud, vigor y desarrollo de los consórcios que llegaran a dominar en el sistema
del cual el consórcio dominante hace parte; o, en el caso en que este último fue dominado por espécies
primárias,vigor regenerativo del mismo sistema;
• Capacidad del sistema para aumentar, por su autodinámica, la calidad y la cantidad de vida consolidada,tanto
en el “lugar”en que se encuentra como en el planeta Tierra por entero.

IMPACTO ECOLÓGICO

• Proximidad del agroecosistema al ecosistema natural y original del lugar encuanto a su modo de funcionar
ecofisiologicamente y encuanto a su dinámica y a su impacto en el macroorganismo planeta Tierra por entero;
• Impacto del uso de insumos considerando toda la “cadena”, desde su producción
hasta los impactos directos e indirectos provocados por sus usos.

104
ECONÓMICO

• Uso de insumos;
• Costo-benefício encuanto a requerimientos de mano de obra para su implementación;
• Costo-benefício considerando por completo los impactos causados por el sistema en relación al
desarrollo de los recursos del planeta (suelo, biodiversidad, agua potáble, hidrocarburos
(petróleo), atmosfera etc., incluyendo los costos causados por los impactos originados por la
producción,transporte y comércio de los insumos).

SOCIAL

• Distribución de requerimientos de uso de mano de obra durante el año;


• Accesibilidad (dependencia del uso de alta tecnologia y otras inversiones para su implementación);
• Dependencia de factores externos (crédito, mercado etc.).

Delante de tales complejidades, la implantación de sistemas sintrópicos


depende, en grande parte, de los siguientes factores:

• Un instrumento didáctico eficaz para que el agricultor


entienda todas las técnicas y princípios envueltos en la
implantación y en la manutención de eu agroecosistema;
• Disponibilidad de mano de obra;
• Acceso del agricultor a su principal medio de producción, que es la tierra.

Ernst em comunicação pessoal no “Workshop de Agricultura Sintrópica”, Alto Beni, Bolívia, 2001.

105
CONOCIENDO NUESTRAS PLANTAS

PLANTAS INDICADORAS* Berneira ou maria-mole (Senecio brasiliensis)


Indica solos (pastagens) com uma camada
Na relação que se segue, estão algumas das plantas adensada entre 40 cm e 120 cm de profundidade.
indicadoras mais comuns e as indicações que elas
fornecem. Capim-amargoso ou capim-açu
(Digitaria insularis)
ESPÉCIES INDICADORAS Surge em lavouras abandonadas e em pastagens, nas
manchas úmidas onde a água estagna após a chuva.
Amedoim-bravo (Euphorbia heterophylla) Nunca indica solos com boa produtividade.
Também conhecido como “leiteira”. Invade campos
de soja, indica solos onde há desequilíbrio do Capim-amoroso ou capim-carrapicho
nitrogênio com micronutrientes e, em especial, (Cenchrus echinatus)
com molibdênio e cobre. Indica campos agrícolas muito decaídos, erodidos e
adensados. Surge também em pastagens onde
Ariri (Syagrus vagans) o pisoteio foi intenso em época adversa.
Aparece em solos muito queimados. Afofado o solo, desaparece.

Assa-peixe (Vernonia spp) Capim-arroz ou capim-capivara


Indica solos de Cerrado secos e com lajes. (Echinochloa crusgalli)
Frequente em campos de arroz irrigado.
Bacuri (Attalea phalerata ) Indica a formação de um“horizonte de redução”
Também conhecido como palmeira-do-cerrado, (rico em substâncias tóxicas) logo abaixo da superfície
indica solos férteis, tanto física quanto quimicamente. do solo. Eliminando-se o horizonte de redução
(por drenagem), o capim não germina mais.
Barba-de-bode (Aristida pallens)
Capim típico de paisagens com queimadas recorrentes re- Cabelo-de-porco (Carex sp)
sultantes da ação humana. Indica pobreza de fósforo, cálcio Aparece em solos muito compactados e anaeróbicos,
e potássio. Quando recém-brotado, o gado aceita. Eliminan- com um nível de cálcio irrisório. Altamente beneficiado
do-se o fogo, pode dar lugar a outras forragens. pelas queimadas.

Beldroega (Portulaca oleracea e outras) Capim-cabeludo (Trachypogon spp)


Recurso de pastagem na seca (na região Nordeste). Típico de paisagens com queimadas recorrentes;
Aparece nos solos melhores, protegendo-os. sem queimadas, regride.

106
Capim-caninha ou capim-colorado (Andropogon laterallis) que, na época de estiagem, são muito secos.
Surge em solos temporariamente encharcados Dependem da pobreza do solo em molibdênio.
e periodicamente queimados (típicos no Rio Grande do Sul).
Indica deficiência aguda de fósforo. Adubado com fosfato, Chirca (Eupatorium spp.)
torna-se forrageira boa. Em pastejo rotativo, tende Indica boas condições para o gado. Só aparece
a desaparecer. em solos ricos em molibdênio e nos quais há
o manejo rotativo das pastagens.
Capim-favorito, capim-gafanhoto
ou capim-natal (Melinis repens) Cravo-branco ou erva-fedorenta
Indica solos muito secos, decaídos. (Tagetes erecta e Tagetes minuta)
Assentam-se em grande quantidade nos
Capim-marmelada ou capim-papua solos infestados por nematoides.
(Brachiaria plantaginea)
Surge só em terra arada ou gradeada. Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
Boa forrageira. Indica solos em decadência. Surge em pastagens, indicando a presença de
boro no solo. O gado o aprecia como aperitivo.
Capim-rabo-de-burro (Andropogon bicornis e outros) As folhas novas são comestíveis para o ser humano.
Indica solos muito ácidos, com baixo teor de cálcio
e uma camada impermeável entre 60 cm e 120 cm Fazendeiro ou picão-branco (Galinsoga parviflora)
de profundidade. Rompida a laje subterrânea, Surge em solos com excesso de nitrogênio, mas
desaparece. deficientes em micronutrientes. Aparentemente,
é beneficiado pela deficiência de cobre.
Capim-rabo-de-raposa (Setaria parviflora)
Indica solos pobres. Faz pouca massa verde e floresce cedo. Feto-de-gaiola ou samambaia-das-taperas
Durante a seca, pode ser um recurso forrageiro. Típico (Pteridium aquilinum)
de beiras de estradas, onde a compactação é maior. Indica solos ácidos, encharcados e níveis
elevados de alumínio.
Caraguatá ou gravatá (Eryngium ciliatum)
Bromeliácea típica de pastos com húmus ácido. Grama-seda, do-burro, paulista
ou bermuda-grass (Cynodon dactylon)
Carquejas (Baccharis spp.) Indica solos muito compactados, muito pisoteados.
Preferem terrenos que, na estação das chuvas, O solo em que aparece é bem mais rico do que aquele
estagnam águas do subsolo até a superfície, mas onde cresce o amoroso, mas é menos compactado.

107
CONHECENDO NOSSAS PLANTAS

Guanxuma, malva ou vassourinha (Sida spp.) Sapé (Imperata exaltata)


Indica onde o subsolo é adensado ou onde o solo superficial Capim ácido, rico em alumínio.
foi lavado pela erosão. Indicadora de laje mais ou menos Indica um pH entre 4,0 e 4,5.
grossa, que restringe o crescimento radicular em geral,
mas que a guanxuma consegue vencer. Aparece por efeito Tiririca ou capim-dandá (Cyperus rotundus)
da aração profunda demais, de pisoteio de gado ou de Indica solos muito ácidos, adensados e temporariamente
movimentação excessiva de máquinas. encharcados (ou anaeróbicos pela perda de macroporos).
Viceja, em geral, também em solos em que há deficiência
LEGUMINOSAS EM GERAL de magnésio.
Indicam, no solo, presença de fósforo, cuja quantidade elas
aumentam. Faltando potássio, são dominadas por capins. * Adaptado de Manual de Agricultura Orgânica. Editora Abril. S/d.
Faltando cálcio, são atacadas pelas cochonilhas, como o
guandu, e suas sementes são facilmente
parasitadas por brocas.

Mentrasto (Ageratum conyzoides)


Indica o melhoramento físico do solo.

Mio-mio (Baccharis coridifolia)


Surge em solos rasos e em locais onde o solo é pobre
e ácido. Indica, sobretudo, deficiência de molibdênio.

Nabisco ou nabo-bravo (Raphanus raphanistrum)


Indica carência de boro e manganês.

Pinhá ou pinhão-manso (Jatropha curcas). Na atualidade,


apresenta distribuição cosmopolita nas regiões tropicais e
subtropicais devido à sua grande facilidade em se adaptar
a condições adversas, nomeadamente à secura, aos solos
degradados e à salinização de solos e águas. Indica solos
adensados pelo uso do fogo e pela exposição ao impacto das
chuvas, solos que alternam erosão e enchentes com secas.

Sapé-macho, mãe-de-sapé
ou erva-lanceta (Solidago microglossa)
Indica solos muito ácidos, com pH entre 4,5 e 5,2.
Mentrasto (Ageratum conyzoides)

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AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

ESPÉCIES CULTIVADAS Y RESPECTIVOS ESTRATOS

ESTRATO Y OCUPACIÓN DE ALGUNAS ESPÉCIES CULTIVADAS QUE PUEDEN OCURRIR E N LAS PLACENTAS 1 Y 2

ESTRATO OCUPAÇÃO GRUPOS SUCESIONAleS


Até 45 dias Até 90 dias Até 120 dias Até 6 meses Até 12 meses Até 18 meses
EMERGENTE 20% Crotalária Girassol Milho Quiabo Mamona -
- Milho-verde Gergelim - - -
- Couve-flor Tomate Mucuna Mandioca Guandu
- Brócolis Ervilha-torta Berinjela Guandu Fedegosão
- Milheto Cebolinha Manjericão Yacon Algodão
Pimenta-
ALTO 40% - Sorgo Repolho Manjericão -
cambuci
Pimenta
- Feijão-de-corda Trigo Alfavaca -
dedo-de-moça
- Vagem-trepadeira Pimentão - - -
- - Vinagreira - - -
- - Jiló - - -
- - Couve - - -
Alface-crespa Alface-americana Batata Cebola Inhame Amora-de-espinho
Pimenta-
Alface-roxa Arroz de 3 meses Almeirão-roxo Pimenta-cambuci -
malagueta
Rabanete Chicória Linhaça Mangarito Moranguinho -
Almeirão Mandioquinha
MÉDIO 60% Rúcula Alho-poró Arroz -
pão-de-açúcar Salsa
Coentro Nabo-forrageiro Cenoura Fava Alho -
- Acelga Beterraba - Helicônia -
- Nabo Salsão - Bardana -
- - Arroz - Mangarito -
Abobrinha-
- - - - -
de-tronco
- Feijão-preto Feijão-de-porco Amendoim Gengibre Abacaxi
- Agrião-d’água Melancia Salsinha Nirá Açafrão
- Feijão-carioca Batata-doce Hortelã Orégano -
BAIXO 80% - Pepino Melão Abóbora Poejo -
- Maxixe Espinafre - Araruta -
- Vagem-rasteira Soja - Manjerona -
- - Feijão-azuki - Lírio-do-brejo -
- - - - Taioba -

109
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

ESTRATO EMERGENTE NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Araucária Araucaria angustifolia 15 e mais de 30


Cajá-mirim Spondias mombin 3 e mais de 30
Castanha-do-brasil Bertholletia excelsa 12 e mais de 30
Coco-da-bahia Cocos nucifera 5 e mais de 30
Fruta-pão Artocarpus altilis 5 e mais de 30
Jatobá Hymenaea courbaril 10 e mais de 30
Mamão Carica papaya 1e4
Noz-pecã Carya illinoinensis 10 e mais de 30

ESTRATO ALTO/EMERGENTE NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Bacuri Platonia insignis 10 e mais de 30


Buriti Mauritia flexuosa 15 e mais de 30
Chichá Sterculia striata 6 e mais de 30
Copaíba Copaifera Langsdorffii 10 e mais de 30
Pequi Caryocar brasiliense 6 e mais de 30
Pera Pyrus sp 6 e mais de 30
Tamarindo Tamarindus indica 8 e mais de 30

ESTRATO ALTO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Açaí Euterpe oleracea 3 e 15


Acerola Malpighia emarginata 10 e mais de 30
Araçá-piranga Eugenia leitonii 10 e 30
Babaçu Attalea speciosa 10 e mais de 30
Banana-da-terra Musa sp / Plantain group 1e3
Banana-nanica Musa sp 1,5 e 3
Caqui Diospyros kaki 3 e 30
Cereja-do-rio-grande Eugenia aggregata 10 e mais de 30
Figo Ficus carica 2 e 30
Goiaba Psidium guajava 3 e 30
Guaraná Paullinea cupana 6 e 15
Ingá Inga sp 3 e 15
110
ESTRATO ALTO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Jaca Artocarpus heterophyllus 6 e mais de 30


Jambo Eugenia malaccense 7 e 30
Jambo-amarelo Syzygium jambos 10 e mais de 30
Jambolão Syzygium cumini 3 e 15
Jerivá Syagrus romanzoffiana 10 e 30
Juçara Euterpe edulis 6 e mais de 30
Lichia Litchi chinensis 5 e mais de 30
Maçã Malus domestica 3 e mais de 30
Manga Mangifera indica 3 e mais de 30
Marangue Artocarpus odoratissima 10 e mais de 30
Maracujá Passiflora edulis 0,5 e 3
Oliveira Olea europaea 5 e mais de 30
Pitaia Hylocereus polyrhizus 2 e 15
Pupunha Bactris gasipaes 5 e 30
Rambutã Nephelium lappaceum 6 e 15
Romã Punica granatum 5 e 15
Seringueira Hevea brasiliensis 10 e mais de 30
Videira Vitis vinifera 3 e mais de 30

ESTRATO MÉDIO/ALTO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Abacate Persea americana 6 e 30


Abiu-roxo Chrysophyllun cainito 15 e mais de 30
Araçá Psidium sp 8 e mais de 30
Banana-roxa Musa acuminata (Red dacca) 2 e 15
Banana-são-tomé Musa sp 2 e 15
Biribá Rollinia deliciosa 4 e 15
Cagaita Stenocalyx dysentericus 10 e mais de 30
Cambucá Plinia edulis 10 e mais de 30
Cupuaçu Theobroma grandiflorum 6 e mais de 30
Erva-mate Ilex paraguariensis 3 e mais de 30
Graviola Annona muricata 5 e 15
Guabiroba Campomanesia xanthocarpa 10 e mais de 30
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AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

ESTRATO MÉDIO/ALTO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Jabuticaba-da-mata-atlântica Plinia cauliflora 15 e mais de 30


Jambo Eugenia jambos 8 e 30
Macadâmia Macadamia integrifolia 10 e 30
Nêspera Eryobotria japonica 5 e 15
Pinha Annona squamosa 4 e 15
Pitomba Talisia esculenta 10 e 30
Sapoti Manilkara zapota 10 e 30

ESTRATO MÉDIO/MÉDIO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Abiu Pouteria caimito 10 e 30


Ameixa-japonesa Prunus salicina 3 e 30
Amora Morus nigra 1,5 e 3
Bacupari-açú Rheedia macrophylla 10 e mais de 30
Banana-maçã Musa sp 1,5 e 30
Banana-ouro Musa sp 1,5 e 30
Banana-pão Musa sp 1,5 e 30
Banana-prata Musa sp 1,5 e 30
Caferana Bunchosia armeniaca 5 e 15
Cambuci Campomanesia phaea 10 e mais de 30
Canela-de-cheiro Cinnamomum zeylanicum 15 e 30
Carambola Averrhoa carambola 3 e 30
Coité Crescentia cujete 3 e 15
Goiaba-serrana Acca sellowiana 6 e 15
Groselha (vinagreira) Hibiscus sabdariffa 6 e 15
Grumixama Eugenia brasiliensis 10 e 30
Laranja Citrus x sinensis 3 e 15
Longan Dimocarpus longan 5 e 15
Louro Laurus nobilis 3 e 20
Mangostão Garcinia mangostana 15 e mais de 30
Mangostão-amarelo Cratoxylum cochinchinense 15 e mais de 30
Marmelada-de-cachorro Alibertia edulis 6 e 15
Murici Byrsonima crassifolia 6 e 30

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ESTRATO MÉDIO/MÉDIO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Nectarina Prunus persica var nucipersica 3 e 15


Pataste Theobroma bicolor 8 e 30
Pêssego Prunus persica 3 e 30
Pitanga Eugenia uniflora 6 e mais de 30
Poncã Citrus reticulata 3 e 15
Urucum Bixa orellana 2e3
Uvaia Eugenia pyriformis 6 e mais de 30

ESTRATO MÉDIO/BAIXO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Cacau Theobroma cacao 3 e mais de 30


Jabuticaba-sabará Myrciaria jaboticaba 10 e mais de 30
Lima-da-pérsia Citrus limettioides 3 e 15
Limão-taiti Citrus x latifolia 3 e 15
Marmelo-português Cydonia oblonga 5 e 30

ESTRATO BAIXO NOME CIENTÍFICO PRODUZ ENTRE (ANOS)

Abacaxi Ananas comosus 1,5 e 3


Bacupari-miúdo Garcinia gardneriana 10 e 30
Cabeludinha Myrciaria glazioviana 6 e 30
Café Coffea arabica 2 e mais de 30
Limão-cravo Citrus x limonia 3 e 10

Adaptado do livro de Nelson E. Neto et al., Agroflorestando o mundo de facão a trator (2016).
113
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

GLOSÁRIO
Agroecossistema: Segundo R. D. Hart (1978), um agroecossistema é constituído pe- Epifitismo: É uma relação de inquilinismo entre duas plantas ou algas, na qual uma
las interações físicas e biológicas de seus componentes. O ambiente vai determinar a planta vive sobre a outra, utilizando-se apenas de apoio e sem dela retirar nutrientes e
presença de cada componente no tempo e no espaço. Esse arranjo de componentes sem estabelecer contato com o solo. O epifitismo é muito comum nas florestas tropicais
será capaz de processar inputs (insumos) ambientais e produzir outputs (produtos). e abundante em comunidades de algas.
Ernst Götsch emprega este termo e não“agrofloresta”, o qual é usado normalmente.
Epigenética: É a área da biologia que estuda mudanças no funcionamento
Agrofloresta: Termo usualmente empregado quando se misturam árvores nativas de um gene que não são causadas por alterações na sequência de DNA e
ou exóticas, madeiráveis ou não, com culturas anuais, frutíferas e/ou animais. que se perpetuam nas divisões celulares, meióticas ou mitóticas.

Amálgama: Fusão de elementos ou pessoas, formando um todo. Escala nanométrica: Escala cuja base de medida é igual
ou inferior a um bilionésimo de metro.
Amido: Polissacarídeo formado pela união de várias moléculas de glicose
e presente em grande quantidade nos vegetais. É um carboidrato de reserva energética. Floresta xerófila: É composta por plantas que estão adaptadas a
habitats secos e que sobrevivem com quantidades de água reduzidas.
Antrópico(a): Característica resultante da ação dos seres humanos.
Frugívoro: Animais frugívoros são aqueles cuja dieta alimentar é composta
Biocenose: Refere-se ao conjunto de comunidades formadas pelas principalmente por frutos, não causando prejuízo às sementes de uma planta,
populações dos organismos que interagem entre si. Envolve a fauna, que são eliminadas intactas por defecação ou regurgitação.
a flora, os micróbios, ou seja, os seres vivos em geral.
Fuste: É a parte principal do tronco de uma árvore, aquela situada entre o solo e as
Bioma: Um conjunto de ecossistemas forma um bioma, ou seja, primeiras ramificações.
é uma grande comunidade estável e desenvolvida, adaptada às
condições ecológicas de certa região. Genótipo: Composição genética de um indivíduo, ou seja, o conjunto de todos os
genes daquele organismo.
Bisel: Corte oblíquo em aresta ou quina.
Hábito cespitoso: É um termo botânico que se refere ao modo como algumas plantas
Celulose: Principal polissacarídeo estrutural das plantas. crescem, lançando novos brotos ou caules de maneira aglomerada,geralmente for-
É o componente mais abundante da parede celular. mando uma touceira ou espesso tapete.

Egrégora: Campo de energias extrafísicas criado pelo plano astral Homeostase: É a capacidade que um organismo tem de controlar a sua composição
a partir da energia emitida por um grupo de seres vivos através química e o seu estado físico, de forma a se manter sempre em boas condições, mesmo
de seus padrões vibracionais. quando o ambiente externo se altera.

Entropia: Conceito que, dentro da Termodinâmica, refere-se à função relacionada à Leira: Qualquer amontoado em linha. Por exemplo: a) leira de café: uma pequena pilha
desordem de um dado sistema, associada com a degradação de energia. Tudo o que de café em linha no terreiro; b) leira de terra: o monte de terra ao lado de cada sulco
se refere ao consumo e à degradação de energia é explicado pela Lei da Entropia. num campo arado.

Maniva de mandioca: Pedaço do caule da mandioca usado para o plantio.

Micorrizas: São associações entre fungos e raízes de plantas.

Lignificado: O mesmo que lenhoso, que tem aspecto ou consistênciade madeira. Microrganismo: Qualquer organismo microscópico ou ultramicroscópico, como as
bactérias, cianofíceas, fungos, leveduras, protistas e os vírus.
Macrorganismo: Qualquer organismo animal ou vegetal cujas dimensões são visí-
veis a olho nu. O próprio planeta Terra é considerado um macrorganismo, na medida Onívoro (ou omnívoro): Animais omnívoros são aqueles com capacidade para
em que é um sistema vivo e auto-organizado, uma unidade composta pelos inúme- metabolização de diferentes classes alimentícias. Eles têm, portanto, uma dieta alimentar
ros sistemas físico-químico-biológicos. menos restrita que a dos carnívoros ou herbívoros. Normalmente são pre- dadores, mas têm o
aparelho digestivo adaptado para metabolizar diferentes tipos de alimentos.
114
Polissacarídeo: São carboidratos compostos por grande quantidade de molécu- plantio de sequeiro (sem irrigação) cultivado extemporaneamente, de janeiro a abril,
las de monossacarídeos (açúcares simples). O monossacarídeo presente em maior quase sempre depois da soja precoce. Ocorre na região Centro-Sul brasileira,
quantidade na formação dos polissacarídeos é a glicose. envolvendo basicamente os estados do Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e, mais recentemente, Minas Gerais.
Pousio: Em agricultura, é o nome que se dá ao descanso ou repouso das terras cul-
tiváveis, interrompendo as culturas para tornar o solo mais fértil. Pode ser usado Sintropia: Refere-se à organização das partículas de um dado sistema. É a função
também como meio de controle de ervas-daninhas, consorciado a outras práticas, que representa o grau de ordem e de previsibilidade existente nesse sistema. Quando
como a rotação de culturas. o sistema vai do simples para o complexo, convergindo e concentrando a energia, trata-
se de um sistema sintrópico.
Ralear: Tornar ralo, menos compacto, menos denso.
Sinergia: É o momento em que o todo é maior que a soma das partes.
Sacarose: Substância extraída da cana-de-açúcar e da beterraba. Mais conhecida
como açúcar, empregado como adoçante de alimentos e bebidas, a sacarose é usada Sistema radicular: É constituído das raízes das plantas, órgãos especializados que
também em produtos farmacêuticos. têm como funções: a) ser meio de fixação ao solo; b) servir como órgão absorvente
de água, compostos nitrogenados e outras substâncias como potássio, fósforo, mi-
Safrinha: O cultivo da safrinha (geralmente milho ou sorgo) é definido como o cronutrientes, moléculas orgânicas etc.; c) alimentar fungos e bactérias por meio de
seus exsudatos (açúcares, ácidos orgânicos etc.). A extensão do sistema radicular
depende de vários fatores, mas a grande massa de raízes de nutrição encontra-se
próxima à superfície do solo.

Tecnomorfia: Refere-se ao conjunto de relações entre as técnicas e o solo, e entre


o solo e as técnicas. A tecnomorfia em si não é algo negativo, porém, quando essas
relações se dão de modo destrutivo para o planeta, ela se torna danosa para a vida.
Frequentemente, ao ter o lucro como objetivo fundamental, as tecnologias criadas
e empregadas pelos seres humanos não levam em conta os princípios que regem a
multiplicação e a manutenção da vida no planeta.

Trifoliolada: Que tem folha dividida em três partes, com três folíolos.

115
AGRICULTURA SINTRÓPICA SEGUNDO ERNST GÖTSCH

REFERÊNCIAS

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tabilidade da agricultura sintrópica. 2019. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais
e Conservação) Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, 2019. MARGULIS, L.; SAGAN, D. Microcosmos. Nova York: Summit, 1986.

ARAÚJO FILHO, J. A.; CARVALHO, F. C. Apud LIMA FILHO, J. M. P. MESSERSCHMIDT, N. Comunicação pessoal em 20 de agosto de 2016, em Workshop
Ecofisiologia de plantas da Caatinga. XXVII Reunião Nordestina de Botânica. sobre Agricultura Sintrópica realizado no Instituto Caminho do Meio, Alto Paraíso,
Petrolina, 2004. Goiás.

CAPRA, F.; LUISI, P. A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada e suas NETO, E. C.; MESSERSCHMIDT, N.; STEENBOCK, W.; MONNERAT, P. F.
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CARON, C. “Agricultural soil, more precious than oil”. Maine Organic Farmers and PINHEIRO, S. Agroecologia 7.0. Porto Alegre, 2018 (Edição do autor).
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SHELDRAKE, R. Cães sabem quando seus donos estão chegando.
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LOVELOCK, J. Gaia: um novo olhar sobre a vida no planeta.


Lisboa: Editora 70, 1995.

116
LAS IMAGENES A SEGUIR SON DE LA FAZENDA OLHOS D’ÁGUA,
MORADA DE ERNST GÖTSCH, EL CUAL RECUPERÓ 340 HECTARES DE
FLORESTA EN LA MATA ATLÂNTICA, UNO DE LOS LUGARES CON
MAYOR TASA FOTOSINTÉTICA DEL BIOMA, SEGÚN IBAMA.
Morar na floresta e viver da floresta, filosofia de vida que Ernst segue à risca.

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La poda de los árboles aumenta la superfície de la copa, el tamaño de las
raíces y el diámetro del tronco, cuando se compara con indivíduos no
podados. Ernst sobre un marang (Artocarpus odoratissimus) ya podado.

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Ernst podando um ejemplar de marang (Artocarpus odoratissimus)
planta del mismo género de la jaca (Artocarpus heterophyllus).

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La poda drástica anual reduce la superfície foliar de los
estratos médio y alto hasta en un 3% la sombra de solo
estos estratos, la perturbación es esencial para la
induccióm floral de todo sistema.

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Poda drástica, principalmente de los
estrato s médio y alto, después de la
cosecha del cacao.

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Castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), Fazenda Olhos D’Água (BA).

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Açaí (Euterpe oleraceae), ejemplo de espécie del estrato alto.

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Un dia de cosecha en la Fazenda Olhos D’Água (BA).

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Cuarenta años de investigaciones dedicadas para mejorar el
cultivo de cacao (Theobroma cacao), el resultado: 70 arrobas por
hectare, dos veces y medio la média del estado de Bahia, con cero
insumos, cero fertilizantes químicos, cero fungicidas y cero
agrotóxicos.

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Cacao crudo, elaborado, producido en la Fazenda Olhos D’Água,
sin tostar y de gran vitalidad, un producto de calidad superior.

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Após a colonização de todo o tronco podado, os fungos expõem
seus corpos de frutificação. Um grama de solo saudável pode ter
75 mil espécies de fungos e 25 espécies de bactérias.

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Hongos por todas parte. Las estimaciones
apuntan que hay más de 1,4 millones de especies,
apesar de que solo conocemos menos de 100 mil
espécies de hongos.

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En muchos lugares del mundo las abejas estan
desapareciendo por vários factores, principalmente por
falta de alimento y por el uso excesivo de
agrotóxicos.En agroecosistemas biodiversos tenemos
flores en abundancia y un ambiente libre de cualquier
pesticida.

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Floresta Atlântica, parte de las 340 hectarias
plantadas manualmente por Ernst Götsch a lo largo
de los años.

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Cuando ocupamos toda nuestra fazenda con bosques, podremos abrir
claros, como ese de la foto, para poder plantar nuestras hortalizas
nuevamente,ahora en un nivel mucho más elevado (alto) de fertilidad y
colocar todas los árboles que nos gustaría tener plantado cuando
comezamos.

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Cuanto más investigadores, técnicos y agricultores
entiendan las técnicas propuestas por Ernst y
apostasen a este camino, más rapidamente tendremos
ejemplos nuevos y más próximos de la dinámica de
la sucesión natural que ocurre en bosques primários.

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Foto da capa: castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa).

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Ernst nos proporciona una alfabetización ecológica
y el camino para la sustentabilidad.
Iberê Périssé

“Conoci a Ernst Götsch en la Fazenda da Toca, donde él asesoraba la recuperación de un área severamente degradada. Entre las
hileras de árboles plantadas, me llamó la atención la tiririca. Le pregunté como lidiava con esa hierba-daniña, y él replicó
enérgicamente: ‘hierva-daniña no, es una planta milagrosa!’. Delante de mi asombro, explicó: ‘La tiririca es un milagro tecnológico,
ella crece y produce biomasa donde ninguna planta considerada útil consigue crecer’. Como agrónomo y ecólogo, yo deberia saber
eso, pero la agricultura y la ecologia ocupaban nichos separados en mi mente, hasta conocer a Ernst. Este libro es una introducción
maravillosa para la agricultura sintrópica. Los autores hicieron un trabajo bellísimo en la concatenación de las ideias bondadosas y
sabias de Ernst Götsch, un Nikola Tesla de la agricultura. En lenguaje accesíble, rica y bien documentada, esos campos mutuamente
fecundos del saber son presentados de forma articulada y viva. Esta obra amplifica y proporciona las bases para la indispensable
revolución en la agricultura, que la acercará al funcionamiento saludable en Gaia.”

Antonio Nobre
Pesquisador do INPE

ISBN 978-65-88983-03-4

9 786588 983034

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