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GÊNERO Diospyros
. 200 espécies: maioria nativa regiões tropicais e subtropicais
. espécies de importância:
Diospyros kaki
Diospyros lotus (Ásia; extração tanino e porta-enxerto)
Diospyros oleifera (China; extração tanino e porta-enxerto)
Diospyros virginiana (EUA; porta-enxerto e fruta fresca e
processada)
Diospyros inconstans ( arb. Urbana-marmelinho)
Diospyros ebenum ( produtora de madeira-ébano )
CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE
PLANTA
. Porte
. Desenvolvimento inicial e longevidade
FOLHA
. Características
. Distinção de variedades
FLORES
. Localização
. Tipos
. Geralmente se comporta como espécie dióica
. Variedades comerciais: só flores femininas
GEMAS
. Vegetativa e Mista
FRUTOS
. Bagas
Flores femininas
TIPOS DE CAQUIZEIRO
TIPOS
. 3 tipos: de acordo com as características dos frutos
VARIÁVEL
. Características: variedades de polpa taninosa e cor amarelada
quando sem sementes. Quando com sementes, apresentam polpa
cor achocolatada (caqui chocolate)
TIPO TANINOSO - TAUBATÉ
VARIEDADES RECOMENDADAS
TAUBATÉ
. Origem: material de origem desconhecida, difundido por K.
Honda, que o encontrou em pomar de propriedade
de Eugenio David, em Taubaté (SP)
. Tipo taninoso
. Ainda é a variedade mais cultivada
. Planta: vigorosa e bastante produtiva
. Fruto: grande (180 g), globoso e vistoso
. Defeitos: rachamento e rápido amolecimento
. Colheita: do final de fevereiro a abril
. Produção de caqui-passa por processo industrial
TAUBATÉ
TAUBATÉ
VARIEDADES RECOMENDADAS
POMELO
. IAC 6-22: Chocolate x Hanagosho; lançamento em 1965
. Tipo taninoso
. Variedade de maturação mais precoce
. Planta: vigorosa e bastante produtiva; desbaste
. Fruto: grande (160 g), globoso, normalmente com
sementes
. Produz flores masculinas, mas não se presta como
variedade polinizadora
. Colheita: fevereiro
. Alternativa para a cv. Taubaté nas regiões mais quentes
POMELO
TIPO VARIÁVEL - RAMA FORTE e GIOMBO
VARIEDADES RECOMENDADAS
RAMA FORTE
. Origem: material de origem desconhecida, cujo nome foi
dado em homenagem a Joaquim da Rama Forte,
responsável pela sua difusão, no final dos anos 1920
. Tipo variável
. Variedade em grande expansão
. Planta: vigorosa e bastante produtiva
. Fruto: médio (130 g), achatado, de boa consistência, quase
sempre sem sementes e taninoso; sabor bastante
agradável
. Colheita: normalmente em março-abril; existem variações
clonais mais precoces e mais tardias
RAMA FORTE
RAMA FORTE
VARIEDADES RECOMENDADAS
GIOMBO
. Variedade originária do Japão, antiga no Estado de São
Paulo; desconhece-se seu introdutor, mas sua difusão
deve-se a K. Honda
. Tipo variável
. Cultivo em expansão: produções tardias
. Planta: bastante vigorosa e extraordinariamente produtiva
. Fruto: médio a grande (140 g) e ovóide, de qualidade
razoável
. Colheita: fins de março a fins de maio; colheitas mais tardias
. Frutos sem sementes: caqui-passa de excelente qualidade
GIOMBO
GIOMBO
TIPO NÃO ADSTRINGENTE - FUYU
VARIEDADES RECOMENDADAS
FUYU
. Variedade mais cultivada no mundo; originária do Japão,
foi introduzida no Brasil, no início do século passado
por imigrantes japoneses; em 1929, João Dierberger
fez nova introdução, trazendo-a dos Estados Unidos
. Tipo não adstringente
. Exigente de clima ameno e tratos culturais
. Planta: porte médio, com produção inferior à das
cultivares dos tipos adstringente e variável
. Produz só flores femininas; requer polinizantes
. Fruto: grande (180 g), globoso-achatado, de excelente
qualidade e conservação
. Colheita: fins de março a fins de maio
FUYU
FUYU
FUYU
Alternância de produção
EXIGÊNCIAS EDAFO-CLIMÁTICAS
SOLOS
. Adaptação aos mais variados tipos: boa capacidade de
retenção de água
. Condições mais propícias: areno-argilosos, profundos,
bem drenados e com bom teor de matéria orgânica
. Escolha do porta-enxerto
TEMPERATURA
. Planta tipicamente subtropical: ampla capacidade de
adaptação às nossas condições ambientais. Regiões
tropicais: altitude elevada, temperatura média 20°C
. Área de cultivo: mesma das plantas cítricas e figueira
. Variedades mais e menos exigentes de frio hibernal
EXIGÊNCIAS EDAFO-CLIMÁTICAS
UMIDADE
. Exigência: precipitação entre 1000-1500 mm anuais;
chuvas indesejáveis durante o florescimento
. Irrigação: corretivo da má distribuição das chuvas;
antecipação da brotação
VENTOS
. Prejuízos causados por rajadas fortes
. Instalação do caquizal: evitar faces mais sujeitas aos
ventos dominantes; instalação de quebra-ventos
Fenologia do Caquizeiro
PORTA-ENXERTOS
. Instalação do pomar: mudas enxertadas; qualidade.
Nova Zelândia: estacas herbáceas enraizadas
. Porta-enxertos: caqui comum D. kaki e caqui americano
D. virginiana
. Caqui comum: mais usado; sementes das variedades
comerciais; sistema radicular pivotante: terrenos
profundos
. Caqui americano: sistema radicular fasciculado e
superficial: solos rasos ou úmidos; plantas desuniformes
em tamanho e vigor; perfilhamento
. D. lotus: antes também usado; seedlings vigorosos e
uniformes; maior resistência ao frio; mais suscetível
à galha da coroa; certa incompatibilidade com cvs.
amagaki
PORTA-ENXERTOS - Diospyros virginiana
PORTA-ENXERTOS - Diospyros virginiana
PORTA-ENXERTOS - Diospyros virginiana
PORTA-ENXERTOS - Diospyros kaki
PRODUÇÃO DE MUDAS
SEMEADURA
. Sementes: obtidas de frutos maduros; extração
imediata, lavadas e deixadas secar à sombra;
escassa disponibilidade de sementes
. Plantio imediato ou conservação em geladeira (5ºC;
tratamento com fungicidas)
. Semeadura: canteiros, sacos plásticos (20 x 30 cm,
paredes escuras e espessas) ou tubetes;
germinação a partir de 30 dias; proteção
. Canteiros bem preparados, com bastante matéria
orgânica e bem drenados; espaçamento 20 x 2 cm
SEMENTES
SEMEADURA EM CANTEIROS
SEMEADURA EM TUBETES
PRODUÇÃO DE MUDAS
TRANSPLANTE
. Viveiro ou sacos plásticos: dias nublados ou chuvosos;
cuidados sistema radicular; redução da área
foliar
. Viveiro: mudas 20-25 cm, espaçamento 1,0 x 0,3 m;
sulcos: 20 cm profundidade; adubação: 5 kg
esterco curral e 200 g superfosfato, por metro
. Sacos plásticos: mudas 8-12 cm
. Nova prática: transplante dos porta-enxertos para o
local definitivo; bons resultados
TRANSPLANTE PARA SACOS PLÁSTICOS
PORTA-ENXERTOS PRONTOS PARA ENXERTIA
PRODUÇÃO DE MUDAS
ENXERTIA
. Processo mais usado: garfagem de fenda cheia ou
lateral, no topo de porta-enxertos com 1 ou 2 anos de
idade, a 5-25 cm do solo; garfos bem maduros;
melhores resultados: julho e agosto
. Enxertia por borbulhia: tipo T ou janela; período
vegetativo: outono e primavera
. Garfos e borbulhas: matrizes representativas da
variedade e de sanidade comprovada
. Tratos culturais devidos: eliminação brotos do porta-
enxerto, tutoramento do enxerto, etc.
. Plantio no local definitivo, no inverno do ano seguinte
ENXERTIA POR BORBULHIA
MUDAS ENXERTADAS POR BORBULHIA
IMPLANTAÇÃO DO CAQUIZAL
PREPARO DO TERRENO
. Limpeza do terreno: incorporação dos restos de
cultura, roçada, destocamento, etc.
. Aração e gradagem. Calagem
. Práticas conservacionistas adequadas
ESPAÇAMENTO
. De acordo com a variedade a ser cultivada
. Tipos taninoso e variável: 8 x 7 m, 7 x 7 m, 7 x 6 m
. Tipo não taninoso: 7 x 6 m, 6 x 6 m, 6 x 5 m
IMPLANTAÇÃO DO CAQUIZAL
PLANTIO
. Mudas de qualidade comprovada: variedade e sanidade
. Planta de folhas caducas: mudas de raiz nua, plantio no
período de repouso hibernal
. Construção da ‘bacia’; cobertura do solo; irrigação: até o
início das chuvas
. Mudas formadas em sacos plásticos: qualquer época do
ano; dias chuvosos ou nublados; redução da área foliar
CAQUIZAL EM FORMAÇÃO
PODA DE FORMAÇÃO
CAQUIZAL NO MATO’
Fonte: Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Instituto Agronômico, Boletim Técnico 100, 1997
RECOMENDAÇÕES DO IAC
Fonte: Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. Instituto Agronômico, Boletim Técnico 100, 1997
ESCORAMENTO DE RAMOS
TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO
Fonte: Medeiros, C.A.B. & Raseira, M.C.B. A cultura do pessegueiro, Embrapa Clima Temperado, 1998
MOSCA DAS FRUTAS
Fonte: Medeiros, C.A.B. & Raseira, M.C.B. A cultura do pessegueiro, Embrapa Clima Temperado, 1998
MOSCA DAS FRUTAS
PRAGAS
Inseto adulto
Fonte: Entomologia Agrícola. Biblioteca de Ciências Agrárias Luiz de Queiroz, vol. 10, 2002
PRAGAS
TRIPES
. Heliothrips haemorrhoidalis
. Inseto com pouco mais de 1 mm, coloração parda, com
corpo estreito e asas franjadas
. Ataca folhas: secam e caem; frutos: danos na casca,
depreciação para a comercialização
. Controle: a partir do florescimento; Paration Metílico
(Folidol 600), Fenitrotion (Sumithion 500 CE), Fention
(Lebaycid 500 CE)
PRAGAS
COCHONILHA
. Pseudococcus comstocki
. Inseto sugador: corpo coberto com secreção pulverulenta
branca, 3 mm de comprimento e 2 mm de largura
. Ataca ramos e frutos que ficam depreciados para a
comercialização
. Controle: Tratamento de inverno (Calda Sulfocálcica);
Paration Metílico (Folidol 600, Folisuper 600 BR, Mentox
600 CE)
COCHONILHA
Pseudococcus sp.
Fonte: Entomologia Agrícola. Biblioteca de Ciências Agrárias Luiz de Queiroz, vol. 10, 2002
PRAGAS
BESOURO DE LIMEIRA
. Sternocolaspis quatuordecincostata
. Besouro: 7-10 mm de comprimento, coloração verde-
azulada brilhante; fêmeas maiores que os
machos
. Causa grande prejuízo à folhagem de várias frutíferas,
entre elas o caquizeiro
. Controle: outubro-fevereiro; Paration Metílico (Folidol
600), Fention (Lebaycid 500), Fenitrotion
(Sumithion 500 CE)
PRAGAS
LEPIDOBROCA
. Leptaegeria spp.
. Adulto: mariposa preta, asas hialinas, 17 mm de
envergadura; lagarta: branco-amarelada, 30 mm
. Lagartas constroem galerias subcorticais que causam
secamento parcial ou total da planta
. Controle difícil: pasta de fosfina; obstrução das galerias
ou esmagamento das lagartas; poda e queima dos
ramos afetados
LEPIDOBROCA
Inseto adulto
Fonte: Entomologia Agrícola. Biblioteca de Ciências Agrárias Luiz de Queiroz, vol.10, 2002
PRAGAS
ERIOFIÍDEO-DO-CAQUI
. Eriophyes diospyri
. Ácaro: corpo afilado, coloração esbranquiçada e 0,2 mm
de comprimento
. Normalmente, vive debaixo do cálice do fruto
. Vem sendo responsabilizado pela grande queda de
frutos imaturos, que ocorre em certas
ocasiões
. Em Santa Catarina foram obtidos bons resultados com
Propargite (Omite) e Fenpiroximato (Kendo)
DOENÇAS
ANTRACNOSE
. Colletotrichum gloeosporioides
. Incide sobre folhas, ramos e frutos
. Sintomas: manchas concêntricas (folhas), lesões
escuras e deprimidas no centro (ramos e frutos)
. Prejuízos: queda prematura das folhas; rompimento de
ramos; frutos sem valor comercial
. Controle: Tratamento de inverno (Calda Sulfocálcica);
Cúpricos (Agrinose, Cupravit Azul BR, Cuprozeb,
Fungitol Verde, Sulfato de Cobre Microsal), Mancozeb
(Tillex)
DOENÇAS
GALHA DA COROA
. Agrobacterium tumefaciens
. Ocorre principalmente em viveiros de mudas e pomares
plantados em terrenos úmidos e mal drenados;
infecção através da enxertia e de ferimentos
. Sintomas: engrossamento de aspecto granuloso, que se
manifesta na região do colo e nas raízes; murchamento
das folhas
. Prejuízos: morte das plantas
. Controle: não existe controle eficiente; medidas de caráter
preventivo
DOENÇAS
ADSTRINGÊNCIA
. Caquis tipo taninoso e tipo variável quando sem sementes:
polpa adstringente, mesmo quando maduros
. Adstringência: provocada pelos taninos, que são
polifenóis solúveis em água; formam complexos com
proteínas e glicoproteínas do muco da boca,
resultando diminuição da sua ação lubrificante e a
sensação de adstringência (‘língua travada’)
. Perda da adstringência natural ou induzida; coagulação
ou polimerização dos taninos, que se tornam insolúveis
DESTANIZAÇÃO
CONSUMO DOMÉSTICO
. Ácido acético
. 1 colher de chá de vinagre, no cálice dos frutos
. Maturação se completa em 4-5 dias
CULTURAS COMERCIAIS
. Destanização de grandes quantidades: câmaras de
maturação ou ‘estufas’; tempo de tratamento: variedade,
ponto de maturação e temperatura
. 2,5 m x 2,5 m x 2,0 m (12,50 m3): 150 caixas tipo K
. Temperatura ideal: entre 22 e 28ºC. Fontes de calor
. Substâncias empregadas: acetileno, monóxido de carbono,
vapores de álcool e etileno
DESTANIZAÇÃO - CÂMARA DE MATURAÇÃO
DESTANIZAÇÃO
CONSUMO
. Praticamente 100% como fruta fresca e mercado interno
. Maiores mercados: São Paulo e Rio de Janeiro
. Exportação
COTAÇÕES
. Variedades tipos taninoso e variável: oscilações
. Variedades tipo não adstringente: preços mais estáveis
COMERCIALIZAÇÃO
EMBALAGENS
. Caixa K: 26 kg; várias camadas separadas por cepilho ou
capim seco. Tipos: A (bom), B (regular) e C (fraco)
. Meia-caixa: 10 kg; sem tampa; duas ou três camadas
separadas por cepilho ou capim seco. Tipos: A (bom),
B (regular) e C (fraco)
. Caixa caqui: 4,5 kg; duas camadas de frutos separadas por
jornal ou papel picado; tipos: 36, 40, 48, 56, 64, 72 e 80
. Caixeta: caixa semelhante às de uva; variedades mais finas;
1 camada de frutos protegidos por cepilho ou redes
plásticas. Tipos: 7, 8, 9, 10, 12, 15, 18 e 21
. Outras embalagens
EMBALAGEM - CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS
CAQUI-PASSA
. Produto altamente nutritivo; sabor agradável; produção
pequena
. ITAL: processo industrial, variedade Taubaté
. Produção artesanal: variedades Giombo e Taubaté. Frutos
‘de vez’, colhidos com pedúnculo. Pré-secagem: frutos
descascados, ao sol ou luz infravermelho. Secagem:
estufas com temperatura não superior a 48ºC, com
circulação interna de ar. Frutos semi-desidratados:
retirados da estufa para eliminação das crostas. Voltam
para a estufa: secagem se completa em 5-6 dias.
Eliminação dos pedúnculos, antes da embalagem.
Rendimento: 100 kg de frutos dão 20 kg de caqui-passa
CAQUI-PASSA
INDUSTRIALIZAÇÃO
VINAGRE
. Produto de alta qualidade
. Aproveitamento de descartes
. Produção artesanal: mosto preparado com frutos bem
maduros; adição de metabissulfito de potássio:
20g/100 l de mosto. Coar mosto 4 dias após início da
fermentação tumultuosa. Fermentação lenta: mais 15 dias.
Trasfega. Início da fermentação acética: inoculação com
vinagre não pasteurizado; acetificação: processo
aeróbico, com duração de 6 a 12 meses. Nova trasfega e
engarrafamento. Rendimento: 100 kg de caquis dão 60 l
de vinagre
O CAQUI NA CULINÁRIA
Diversos usos
. Sucos
. Mousses
. Geléias
. Bolos
. Compotas
. Sorvetes
. Tortas
. Biscoitos
. Como ingrediente de pratos variados
O CAQUI NA CULINÁRIA
O CAQUI NA CULINÁRIA
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