Você está na página 1de 19

ARROZ

INTRODUÇÃO
Origem
Gênero Oryza – 130 milhões de anos; disseminou-se como gramínea silvestre no
supercontinente Gondwana (continente asiático, africano, americano, australiano e
antártico)
Hoje, as espécies do gênero Oryza estão distribuídas em todos esses continentes, a
exceção da antártica
Foi provavelmente, o principal alimento e a primeira planta cultivada na Ásia.
Centro de origem: sudeste da Ásia e África
Na índia é o principal centro de origem – as províncias de bengala e assam, bem
como em Mianmar.
Formas silvestres (antes do arroz cultivado) –
Oryza rufipogon (Asia) deu origem a Oryza sativa
Oryza basthii = O. breviligulata (Africa ocidental) -> O. glaberrima
Gênero Oryza é o mais rico e importante da tribo Oryzeae (23 spp)

A domesticação há mais ou menos 9000 anos, na Ásia, a domesticação pode ter ocorrido
independentemente na índia, Myanmar, Tailândia, Laos, Vietnã e china. Inicialmente o
arroz foi cultivado em solo sem inundação
Foi na china que o processo de alagamento do solo e transplantio de plântulas foi
aperfeiçoado, tornando o arroz plenamente domesticado
Diferença entre formas cultivadas na índia e sua classificação em grupos de acordo com
ciclo exigência hídrica e valor nutritivo foram mencionados cerca de 1000 AC

Disperção
Índia – china
Indonésia – pérsia
China – Filipinas e Japão
Até sua introdução pelos árabes no delta Nilo, o arroz não era conhecido nos países
mediterrâneos.
Sarracenos (espanha) – espanhóis – italia;
Turcos – sudeste da europa e alcançou a região dos balcans
Na Europa, arroz começou a ser cultivado no século vii e viii
Com a entrada dos árabes na península ibérica
Os portugueses que introduziram esse cereal na África ocidental, e os espanhóis, os
responsáveis pela sua disseminação na américa central e parte da américa do sul. Os
holandeses e portugueses, américa do Norte, Australia e ilhas do pacifico
Brasil foi o primeiro a cultivar esse cereal no continente americano;
Arroz – ‘milho d’agua’ (abati-uaupé) que os tupis, muito antes de conhecerem os
portugueses, já colhiam nos alagados ao litoral
Integrantes da expedição de Pedro Cabral- após peregrinação traziam consigo amostras
de arroz
Em 1587, lavouras arrozeiras já ocupavam terras na Bahia e por volta de 1745 no
maranhão
1776 – Coroa português – 1ª descascadora de arroz no brasil – RJ
Orizicultura organizada – meados do século XVIII e até século XVX começou a exportar

Características morfológicas
Gênero Oryza está classificado na tribo Oryzeae, subfamília Oryzoideae, família Poaceae
(graminae)
Este gênero possui duas espécies cultivadas, O. sativa, cultivada no mundo todo, e O.
glaberrima, cultivada em alguns países da Africa Ocidental
É uma planta anual, adaptada a solos alagados, mas desenvolve-se bem em solos não
alagados, e é formada de raízes, caule, folhas e panículas, que na verdade, são um
conjunto de espiguetas
Em termos agronômicos as panículas são chamadas de cacho.
Raízes: raízes mesocotilas (até o colo da planta); raízes adventícias; raízes seminais
Nas raízes existem espaços intercelulares, chamados de Aerênquima, são comuns
na planta de arroz e conectam raízes, colmos e folhas, propiciando um eficiente
suprimento de oxigênio ao sistema radicular, mesmo em condições anaeróbicas

Perfilhamento:
o perfilhamento começa no estádio de quatro a cinco folhas. Perfilhos e raízes emergem
do mesmo nó ao mesmo tempo
espaçamento, intensidade luminosa, disponibilidade de nutrientes, sistema de plantio, é
entre outros fatores, afetam o perfilhamento.
a capacidade de perfilhamento é uma característica muito importante na cultivar, é um
indicativo de alta produtividade, porém não adianta ter muito perfilhamento sem emissão
de cacho.

Caule
Raízes adventícias -> perfilho -> nó -> entre nó -> prófilo (primeira folha, e muito fina)

Panícula (cacho)
Raquis
Ramificação primaria, onde se inserem as espiguetas
Folha bandeira – folha mais importante, pois é a ultima folha e recebe totalmente os raios
solares, tendo uma fotossíntese liquida é alta
Pedicelo é a base da semente que fica próxima do raqui e da espigueta, responsável pela
degranação da semente
Ramificação secundária

grão
basicamente: casca, farelo e grão: o grão tem o embrião

Recursos genéticos
Planta silvestre x planta domesticada
De origem subtropical, o arroz é cultivado no mundo entre os paralelos 55N e 36S
Domesticação (aumento):
Tamanho da planta: folha mais largas e longas, colmos mais grossos, panículas
mais longas;
Aumento no numero de folhas e na sua taxa de desenvolvimento
Número de panícula secundaria
Massa de grãos
Vigor de plântula
Capacidade de emitir perfilhos (que está relacionado ao número de panículas)
Perfilho sem panícula é um defeito genético
Taxa fotossintética de folhas individuais aumentou levemente, assim como o
período de enchimento de grãos
Em contrapartida, no processo de domesticação houve diminuição e perda:
Formação de rizomas: por este fato, houve uma diminuição no tamanho da planta
para diminuir este problema
Habilidade em água profunda
Dormência de semente: chuvas constantes próxima da colheita, pode ter
germinação no cacho
Degrana na panícula
Arístas
Resposta ao fotoperíodo: isso é bom, pois pode produzir o não todo se tiver agua
e temperatura ideal
Sensibilidade a baixa temperatura
Frequencia de polinização cruzada: isso diminui a variabilidade genética

Variabilidade genética
O ciclo varia de 80 a 280 dias
No brasil as variedades de sequeiros 110 a 120 dias, as de várzea até 140 dias
Algumas são sensíveis ao fotoperíodo – as brasileiras não
O endosperma – grande maioria são não glutinosas, característica que confere o aspecto
de grão solto após o cozimento
Tolerância a estresses abióticos, como seca e frio, e resistência a estresses bióticos como
doença e inseto

Grupos varietais
de acordo com Chang and Bardenas (1965), Kato et al., 1928, classificaram o arroz
cultivado em duas subespécies, indica e japônica
década de 50 – outros pesquisadores, adicionaram outra subespécie a javanica, para
incluir os ecotipos bulu e tongil da indonesia
Oka (1958) postulou que os grupo japônica e javanica podem ser considerados,
respectivamente, como os componentes de clima temperado e tropical de um único grupo
varietal
Indica: folhas largas de cor verde-claro; perfilhamento profuso e estatura alta; tecido com
consistência macia. Grão finos, com pelos curtos no lema e pálea; na maioria das vezes
não apresentam arista e degranam facilmente. Sensibilidade variável ao fotoperíodo
Japônica: folha estreita cor verde-escuro; médio perfilhamento e baixa estatura; tecido
de consistência dura; grãos curtos e redondos, pelos densos e longos no lema e pálea;
arista ausente ou longa; baixa degrana. Sensibilidade variável ao fotoperíodo
Javanica: folha larga, rígida de cor verde-claro; baixo perfilhamento e alta estatura; tecido
de consistência dura; grãos largos e espessos, pelos longos no lema e pálea; arista ausente
ou longa; baixa degrana e baixa sensibilidade ao fotoperíodo.

Diferença morfológica entre arroz de irrigado e de sequeiro


Segundo Chang and Bardenas, não existe critério, morfo-fisiologico, que possa
diferenciar o arrox com base no ecossistema a que estão adaptados, várzeas ou terras altas
De acordo com Yoshida and Hasegawa (1982), de uma maneira geral, as cultivares
tradicionais de sequeiro apresentam raízes longas e espessas, enquanto as cultivares de
terras inundadas são semi-anãs, finas e fibrosas
As cultivares de arroz irrigado em uso no brasil pertencem ao grupo Indica
As cultivares tradicionais de arroz de sequeiro do brasil pertencem ao grupo japônica
tropical
Atualmente (a partir dos anos 80) os novos lançamentos são produtos de hibridações entre
os grupos indica e japônica tropical, para obter cultivar com tipo de grão similar ao dos
genótipos comerciais de arroz irrigado.
Até meados da década de 80, as cultivares melhoradas utilizadas na abertura de áreas dos
cerrados eram originarias do IAC. Cultivares como IAC 1246, 47, 25, 164, 165,
pertencem ao grupo japônico tropical, sendo de porte alto, baixo perfilhamento e folhas
longas e decumbentes.
O programa de melhoramento genético de arroz, privilegiou, por longo tempo,
cruzamentos dentro do grupo japônico tropical, utilizando genótipos africanos e nacionais
como genitores. Desses cruzamentos resultaram cultivares como Rio Paranaíba e guarani,
que ocuparam os cerrados até meados da década de 90.
Arroz do tipo de planta moderno e tipo de grão longo – fino. As primeiras cultivares
lançadas sob esse novo cenário da cultura, agora referida como arroz de terras altas, foram
as cultivares Maravilha, Primavera, Canastra, Carisma e Confiança lançadas em 96.
Do cruzamento entre indica e japônica tropical.
Apresentam estatura ao redor de 90-100 cm, 250-350 panícula por m2 com
aproximadamente 150-180 espiguetas por panícula e 2,3 a 2,5g de massa de 100 grãos.
Apesar dos consideráveis avanços do melhoramento, alguns pontos fracos do novo tipo
de planta são detectados. O arranjo foliar, com folhas mais curtas, estreitas e eretas, leva
a uma baixa cobertura inicial do terreno, e consequentemente menor competividade com
plantas daninhas. (problema contornado em parte pelo espaçamento reduzido)
Sob condições de deficiência hídrica na fase reprodutiva, as cultivares de terras altas
apresentam desempenho inferior ao das tradicionais
FOTO

30/06/2022
FISIOLOGIA E ECOFISIOLOGIA
Fisiologia e componentes da produção
Produtividade depende -> Nº de panículas/m2; nº de espiguetas/panícula; fertilidade das
espiguetas (%); massa 1000grãos (g) x 10-4
- Arroz é uma gramínea anual e C3: o arros como as plantas C4, possui bainha vascular,
mas as células são desprovidas de cloroplastos.
Por ser uma planta C3 o período de desenvolvimento é maior, o que pode levar há
uma dificuldade no manejo de plantas daninhas.
Foto maturação

Fatores climáticos
Fotoperiodo
Arroz é uma planta de dias curtos: recebe estimulo para florescimento quando os dias
começam a diminuir, contudo no brasil é insensível ao fotoperíodo. Essa insensibilidade
é devido ao melhoramento genético, seleção de cultivares compatíveis as características
fotoperiódicas da região, podendo ser cultivados desde Roraima a pelotas. Portanto o
fotoperíodo não chega a ser um fator limitante observando-se as épocas recomendadas de
semeadura.
Temperatura
É um dos elementos climáticos de maior importância e cada fase fenológica tem sua Temp
ótima para desenvolvimento
No geral a temperatura ótima gira em torno de 20-25 ºC. e na hora da polinização deve
ser em torno de 30
Maior problema no arroz é a fertilidade das espiguetas, que é totalmente dependente da
temperatura, extremamente sensível a baixas temperaturas
Prevenções:
utilizar sementes com um bom vigor inicial
realizar semeadura nas épocas adequadas
durante o período reprodutivo – elevação do nível da agua 20-25cm por
+/- 15 dias – efeito termorregulador que pode atingir até 6ºC a mais do que a
temperatura ambiente durante a noite e 1 a 2ºC durante o dia. Essa técnica é
utilizada no sul, no caso de haver possibilidade de uma frente fria, pois isso irá
afetar a % fertilização das espiguetas
Radiação Solar
Caso a radiação solar diminui na fase reprodutiva, o número de espiguetas o que leva a
queda de produção, já na fase de maturação a redução é em % espiguetas granadas
Antigamente, as variedade de sequeiro, as plantas tinha as folhas decumbentes
(horizontais), causando o sombreamento, com o aumento da concentração de auxina na
planta, levando a um aumento da dominância apical e reduzindo o desenvolvimento das
gemas dos perfilhos
Atualmente as folhas são eretas, como no milho, deixando com que a luz atinja folhas
inferiores, aumentando a eficiência e diminuindo a produção de auxinas

Água
Na fase reprodutiva vai precisar de mais água, e a necessidade varia de acordo com a
cultivar e região
Fase vegetativa (30% do consumo de água); reprodutiva (55%); maturação (15%)

CLIMA E REGIÕES PRODUTORAS DE ARROZ


Ecossistema de várzea (irrigado)
RS, SC e TO
33milhões de há no brasil
69% da produção nacional de arroz

Solos do RS cultivados com arroz irrigado (várzea)


5,4 milhões de ha – 20% da área total do estado
Relevo plano e suavemente ondulado
Planície costeira interna e externa
Litoral sul
Planícies dos rios depressão central e da campanha e fronteira oeste
Baixas altitude (0-200m)

Solo de SC cultivados com arroz irrigado


685mil ha – 7% da área total do estado
Planícies litorânea (90% das áreas de várzeas)
Ao Sul, da divisa com o RS até o cabo de Sta. Marta
Ao Norte, na Baia de babitonga e região de Joinville e Itajaí
10% restante encontrados no planalto de canoinhas
Altitudes desde valores próximos ao nível do mar até 1110m

Solo de Tocantins cultivados com arroz irrigado


Terceiro maior produtor de arroz irrigado
Estado mais promissor neste ecossistema (porem devido a nova legislação não pode mais
expandir)
Atualmente ocupa 72mil ha, mas tem potencial para 500mil ha

Ecossistema de terras altas


Cerrado (MT, GO e MA)
O arroz de terras altas é encontrado em praticamente todos os estados de brasileiro
Predomina no Nordeste, Centro-Oeste e especialmente dentro do domínio do cerrado
brasileiro
O clima do cerrado
Precipitação média anual entre 1100-1500mm
Estações bem definidas: inverno seco e verão chuvoso
Veranicos: com duração de 2-4 semanas em plena estação chuvosa, nos meses de
janeiro e fevereiro. Pode ser prejudicial.

PREPARO E MANEJO DO SOLO


Preparo e semeadura no ecossistema de terras altas
Métodos de preparo
Preparo com arado
Preparo com grade aradora
Incorporação da resteva com grade
Seguida de aração profunda
Semeadura direta
Plantio direto
Problemas: menor % de germinação e, ou, emergência de plântulas; Crescimento inicial
mais lento; Sistema radicular menos desenvolvida; Menor perfilhamento; Plantas
daninhas; Menor produtividade
No plantio direto, causa adensamento do solo, o não revolvimento do solo e a
movimentação das maquinas e implementos agrícolas usados nas varias etapas do
processo produtivo
O maior problema do plantio direto no arroz foi a semeadura, depois que foi resolvido
isso, com a semeadora c/ haste escarificadora

Semeadura
Épocas:
Parana: 1/09 – 31/10
São Paulo norte: 15/10
São Paulo CO: 01/10-31/10

A embrapa recomenda que para terras altas espaçamento pode variar 20-60cm, porem
atualmente se utiliza 30cm
E a profundidade 3-5cm
-para arroz convencional: 100 a 120 kg/ha
- para arroz hibrido: 40-45 kg/há
N existe hibrido de sequeiro
07/07/2022
SISTEMA PRÉ-GERMINADO NO ECOSSISTEMA DE VÁRZEA
Histórico
Introduzido por imigrantes italianos em santa catarina
Surgiu em decorrência do ambiente da região, com solos argilosos, mal drenados e
inexistência de uma estação seca, dificultando o preparo convencional
Rendimento pode chegar até 10 mil kg/ha
Visa acelerar o processo de germinação
Conjunto de técnicas de cultivo de arroz irrigado adotadas em áreas sistematizadas onde
as sementes, previamente germinadas, são lançadas em quadros nivelados e inundados
Corresponde a 100% do arroz cultivado em Sta Catarina e 12% no RS
Alternativa viável para áreas com problemas de produtividade pela infestação de arroz
vermelho
Nivelamento do solo com adequados sistemas de irrigação
Sistematizar em nível zero que facilita a drenagem para a colheita de arroz
O projeto de incluir: taipas permanentes; tamanho e forma adequados dos quadros; é
aconselhável que o sistema de irrigação e drenagem tenha suas funções separadas.

Pré germinação
Hidratação: imersão das sementes (25 a 30kg) em água por 24h acondicionados em
embalagens de polipropileno trançado
Cuidados: evitar pilha de mais de 3 sacos; inverter a posição dos sacos 1 vez ao dia; evitar
secamento completo da semente antes que sejam levadas ao solo
Incubação: após a hidratação as sementes são colocadas a sombra por 24h dependendo da
temperatura do ar
As sementes devem ser umedecidas sempre q necessário
O coleóptilo e a radícula deverão atingir aproximadamente 3mm para o momento
adequado da semeadura
É realizada em solo com lâmina de água de 5 a 7mm sendo recomendável que seja feita
com mínimo vento e que a água dos quadros esteja limpa, favorecendo a passagem da luz
Na presença de arroz vermelho, recomenda-se deixar a lâmina de água em 20cm por 20
a 30 dias antes da semeadura
Pesquisas recentes evidenciam que não há necessidade de retirar a água após a semadura
do arroz pré germinado, independente da cultivar utilizada.
A manutenção de lâmina de água durante todo o ciclo da cultura não afeta a produtividade
do arroz irrigado no sistema pré germinativo, reduzindo o consumo de agua e a perda de
nutrientes

CALAGEM E ADUBAÇÃO

Calagem
Arroz consegue absorver nutrientes nas faixa de 4.5 a 5.5 de pH
Sistema de terras altas
V = 50% para o sistema de sequeiro
V = 60% para o sistema irrigado
Mg = 5mmol/dm3
Não aplicar mais do que 3t de calcário

Sistema de várzea
Autocalagem;
Fe(OH)3 + 3H+ + e- < ----- > Fe2+ + 3H2O
Após 1 mês a partir da inundação o pH se estabiliza entre 6 e 6.5
após drenagem pH volta ao normal
Calagem para repor Ca e Mg
Semeadura em solo seco
V = 50% para o sistema de várzea úmida
V = 50% para o sistema irrigado por inundação

Adubação
Terra altas:
Nitrogênio: por classe de resposta
-1.5 – 2.5 t/ha: 10 kg N/ há
-Parcelar adubação de cobertura em até 2x (perfilhamento e/ou ponto de algodão)
Alta: 40(1.5 a 2.5 t/há) ou 60 (2.5 a 4 t/ha)
Media baixa: 20 a 40 (2.5 a 4 t/ha)
-Excesso de N aumenta o acamamento; também pode elevar a esterilidade das espiguetas;
reduz a viabilidade do pólen, maturação tardia; maior suscetibilidade ao frio, vento e a
brusone

Fosforo (P)
- de acordo com classe de resposta
- somente no plantio
- solo de cerrado não aplicar muito antecipadamente

Potássio (K)
Se tiver mais do que 3 mmol/dc3 já no solo, não aplicar mais, de acordo com o IAC

Micronutriente
Zinco é o mais importante, aplicar 5kg há
Solos ácidos tem menor teor de zn no material de origem
P e calcário em altas doses, imobilizam o zinco
Silício
Solos intemperizados tem menor teor de Si
p/ 5t de grãos remove 500 a 1000 kg/há de SiO2

arroz inundado
nitrogênio
fertilizantes N nítrico; exemplo de nitrato de amônio; tem problema de lixiviação a
desnitrificação e a volatização
sempre utilizar a ureia para adubação (45% de N), as vezes sulfato de amônio (20% de
N)
doses acima de 80kg há-1 de sulfato de amônio -> áreas com muita m.o + longos períodos
inundações e aumenta toxicidade as plantas por gás sulfídrico
sulfato de amônio: solos com auto teor de Fe causando a redução do enxofre e gerando
um composto toxico
fosforo
somente no plantio
potássio

MANEJO DE PLANTAS DANINHA


Periodo críticos
Terra altas: 12-40 dias PCPI (1 ano), 26-42 dias (2 ano)
Varzea: 7-42 dias PCPI

Principais daninha
Capim arroz
Maior densidade dem lavouras irrigadas
Controle químico até 2 a 4 folhas
Controle tardio, maior dosagen de herbicida, pode causar prejuízo irreversíveis
Propanil

Arroz vermelho e preto

Sistema de várzea
herbicidas normalmente utilizados par acontrole de arroz vermelho no sistema de pré
germinação
oxadiazon 2 a 2,5 L há
oxyfluorfen 1 L há
thiobencarb 6 a 8 L há

Em pré emergência: máxima eficiência do herbicida

Aplicação em pos emergência tardia: pode haver maior interferência de plantas daninhas
no desenvolvimento da cultura
Principais herbicidas
-bentazon
-propanil

Problema de transgênico do arroz, é que o arroz vermelho é da mesma espécie, por isso
pode haver uma transferência de gene devido ao pouco de ocorrência de fecundação
cruzada.

14/07/2022
MANEJO DE PRAGAS
Foto

Gorgulhos/bicheira
3 especies principais, que atacam o sistema radicular
É exclusivo de arroz irrigado
Infestação ocorrem na inundação, sendo que o ataque tem inicio 10 dias após a irrigação
Atacam hastes e raízes, causando prejuízos de 20 a 30%
Sintoma: coloração clorótica; destruição de canteiros; orifícios nas folhas; raízes
danificadas
Controle: 2 larvas/planta; destruir sítios de hib./rotação; variedade resistente (BR Irga 410
a 413; controle químico com thiametoxan, fipronil e carbofuram no tratamento de
semente; thiametoxan por pulverização ou na agua de irrigação

Percevejo do colmo
Suga o colmo, levando a uma formação deficiente da panícula e do cacho
Ocorre mais em SP, RS e GO, causando perdas de 5 a 80%
Ocorrem em elevadas populações (200 ´percevejos/m2)
Sugam a haste do arroz, reduzindo a produtividade
Sintoma: estrangulamento da haste; coração morto; cachos murchos; panícula branca
Controle: evitar plantio escalonado; Tiametozam – cruiser (1 ou mais percevejos/100
colmos)
Percevejo do grão/panícula
Efeito esta na panícula, deteoriando o arroz
Ataca o arroz em todo o brasil causando danos expressivos
Sugam constantemente a seiva dos grãos reduzindo a produtividade
Sintoma: casca vazia (sem semente); grãos manchados; grãos gessados; germinação de
grãos
Controle: evitar plantio escalonado; eliminar restos de culturas; variedade resistente;
tiametoxam + lambda-cialotrina – engeo maxx (5 percevejos/10 redadas)

DOENÇAS
De forma geral podem ocasionar de 20 a 50% de percas, sendo suas principais doenças a
brusone (principal), mancha parda, escaldadura, mancha das bainhas, mancha das glumas

Brusone
Sintomas na folha: pequenos pontos de colaração castanha; evoluem para manchas
elípticas crescendo no sentido da nervura; centro da mancha cinza; bordos das manchas
avermelhados circundado ou não por halo amarelo
Sintoma nos colmos (entre nó): Mancha elíptica escura
Sintoma no nó: lesões de cor marrom que provocam ruptura da região nodal e quebra de
colmo, que permanece ligado a planta
Sintomas nas panículas: a doença atinge a raque, ramificações e nó basal, mancha
marrom, os grãos originados dessas ramificações são chochos; infecção do nó na base da
panícula é conhecido com brusone de pescoço e é relevante na produção; as panículas
apresentam esbranquiçamento e eriçadas, facilmente identificadas no campo
Sintoma na semente: pequenas manchas marrons nas glumas e glumelas; o fungo pode
ser transmitido pelas sementes e poderá causas sintomas nas plântulas
Fatores ambientais ligados a brusone
- temperatura ótima entre 20 e 25º
- chuvas lavam os conídios do fungo
- a incidência nas panículas é menor em lavouras irrigadas por aspersão
- baixa umidade do solo
- estresse hídrico do solo, aumenta o N no tecido da planta e reduz a absorção de silício
- doses excessivas de nitrogênio
- nitrogênio na forma de NO3
Controle
Tratamento de sementes
Carboxin + thiram
Pyroquilon
thiabendazole
Variedade resistente ou moderamente resistente (existe uma escala de 0 a 9, até 3 ela pode
ser considerada resistente)
Praticas culturais
Eliminação de plantas de arroz do cultivo anterior; evitar adubos de nitrogênio em
excesso, deficiência de nitrogênio, agua, silício e colhita tardia: predispõem as plantas ao
patógeno; recomendasse que os grão sejam colhidos com 22% de umidade; entre 30 a 50
dias do plantio as folhas são mais sucesssitevel ao patógeno
Proteção química
60 dias apros semeadura
Triciclazole
Thiabendazole
Kasugamicina
Tebuconazole
Edifenfos

Importância do silício: o silício cria um cutícula que impede a hifa penetrar dentro da
célula da planta

Mancha parda
Podem causr danos de 10 a 15%
Manchas castanhas escuras nas folhas, colmos e grãos
Maior suscetibilidade no período de emergência (4 a 5 folhas)
Tratamento de semente e químico é igual ao do brusone

Escaldadura
Sempre acontece na borda com manchas mas pontas
Condições climática semeljante ao brusone
Tratamento igual ao do brusone

Queima/mancha das bainhas


Causa a morte das folhas inferiores
Pode levar a esterilidade de espiguetas
Fonte de inoculo: solo e sementes infectadas
Áreas devem ser drenadas na entressafra
Isso é problemático em santa catarina
Tratamento de semente igual o do brusone

Mancha das glumas


Podem levar a esterilidade
Depreciam o produto
Plantas são mais sensíveis na emissão da panícula até o grão leitoso
Controle: semeadura em época correta, cultivares tolerantes e fungicidas (tratamento de
sementes para brusone)

COLHEITA E BENEFICIAMENTO DE ARROZ


Trilha estacionaria
Pequenas propriedades

Fatores que afetam a eficiência da colheita


Condições de preparo de solo (tração, lâmina d’água)
Uniformidade da cultura
Ocorrência de plantas daninhas
Retardamento da colheita, as plantas vão acamar
Teor de agua do grão
Regulagem e condições gerais da colhedora
Quando colher
Época correta -> depende das condições e clima, ideal é 18 a 23% de umidade no grão

Adaptações da colhedora para sistema inundado


Tração traseira auxiliar com motor hidráulico individual
Esteira com roletes ou rodados duplos

observações
Velocidade média de colheita para maquina convencional – 2,3 km/h
Hibridas ou adaptadas a velocidade média sobe para 3 km/h
Plataforma utilizadas de 15 a 20 pés rígidas. Plataformas superiores a 20 pés possuem
dificuldades em colher sobre as taipas
No arroz irrigado a utilização de esteiras é praticamente obrigatória, porém está crescendo
a utilização de rodado duplo dianteiro com tração auxiliar
Maior flexibilidade de deslocamento
Menor manutenção quando comparado as esteiras
Questoes operacionais – as colheitadeiras normalmente descarregam o tanque graneleiro
em movimento, para evitar o peso excessivo da maquina e melhorar a eficiência de
colheita
das lavouras de grãos de verão (soja, arroz, feijão e milho), o arroz é que apresenta
maiores perdas, chegando a 22% da produção. A maior parte deste desperdício se dá na
colheita (12,6), seguida pelo armazenamento (7%) e processamento (2,4%)

praticas de pós colheita


limpeza: retirada de matérias estranhos
secagem (para grão e semente)
13-14% armazenamento a granel
14-15% armazenamento em sacas
Métodos:
Secagem natural → terreiros
Secagem artificial: ar natural; ar aquecido
Armazenamento
65% de umidade relativa e 22-25C de temperatura;
Silos, armazéns graneleiros (granel), galpões ou depósitos e armazéns
convencionais (sacas)

Beneficiamento
Operações: limpeza; descascamento; brunição (embrião, pericarpo, camadas de
células de aleurona e pequena porção do albumem); polimento; classificação (%inteiro,
%beneficio, preço)

Classificação:
Arroz em casca
Natural
Parboilizado
Arroz beneficiado
Integral
Parboilizado
Polido
Classes
Longo fino; longo; médio; curto; misturado

Você também pode gostar