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Universidade Zambeze

Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal

Departamento de Engenharia Agronómica

Curso: Engenharia Agronómica

Cadeira: Culturas Alimentares e industriais

3º Nível; II semestre

Tema: Resumo sobre cultura de Girassol e Chá.

Discente: Docente:
Adolfo Alberto Castigo Eng.º Manuel Jorge (MSc.)
Feliciano Jorge Araujo

Mocuba, Dezembro de 2021


CULTURA DE GIRASSOL

Origem de Girassol

O girassol (Helianthus annuus L.) teve inicialmente o Peru definido como seu centro de
origem, porém, pesquisas arqueológicas revelaram o uso do girassol por índios norte-
americanos, com pelo menos uma referência indicando o cultivo nos Estados de
Arizona e Novo México, por volta de 3000 anos a. C. Estudos indicam que a
domesticação do girassol ocorreu principalmente, na região do México e sudoeste dos
EUA, mas podia ser encontrado por todo continente americano devido à disseminação
feito por ameríndios, os quais seleccionavam plantas com apenas uma haste.
(CAVASIN JUNIOR, 2001).

Importância da Cultura

O girassol pode ser utilizado em diversas finalidades como: flor ornamental, girassol de
confeiteiro em substituição as amêndoas em geral, grãos natura e farelo (ração) para
alimentação de aves, suínos e bovinos, forragem, silagem. Também pode ser consumido
na alimentação humana tostado, salgado e envasado. (CAVASIN JUNIOR, 2001).

Classificação Botânica

O girassol (Helianthus annuus L.) é uma dicotiledónea anual, pertencente a ordem


Asterales e família Asteraceae. O género deriva do grego hélios, que significa sol, e de
anthus, que significa flor, ou "flor do sol", que gira seguindo o movimento do sol. É um
género complexo, compreendendo 49 espécies e 19 subespécies, sendo 12 espécies
anuais e 37 perene. (CAVASIN JUNIOR, 2001).

Sistema radicular

O sistema radicular é pivotante, crescendo mais rapidamente que a parte aérea da planta,
no começo do desenvolvimento, sendo formado por um eixo principal e raízes
secundárias abundantes, capazes de explorar um grande volume de solo e seus recursos
hídricos. No estádio cotiledonar já atinge de quatro a oito centímetros de comprimento,
com seis a dez raízes secundárias. Durante a fase de 4 a 5 par de folhas pode chegar a
uma profundidade de 50 a 70 centímetros, atingindo o máximo do crescimento na
floração, quando atinge até quatro metros de profundidade em solos arenosos. (Camille,
2012).
Temperatura

O girassol se desenvolve bem entre as temperaturas de 20ºC a 25ºC, com ponto óptimo
entre 27ºC e 28ºC, obtidas em condições controladas. Entretanto, não há redução
significativa de produção na faixa de 8 °C a 34ºC, o que demonstra uma grande
tolerância da cultura, suportando regiões de dias quentes e noites frias. Baixas
temperaturas aumentam o ciclo da cultura, atrasando a floração e maturação e afectam a
produtividade. (Camille, 2012).

Fotoperíodo

A planta de girassol é uma espécie considerada insensível no que diz respeito à


fotoperíodo. Entretanto, algumas variedades podem se comportar como plantas de dia
curto e outras como plantas de dia longo, e ainda outras como plantas neutras ou
indiferentes. Alguns trabalhos mostram uma possível relação entre temperatura e
fotoperíodo na duração de fases no ciclo do girassol, mas a temperatura aparenta ser o
principal factor determinante deste quesito, colocando em dúvida a participação do
fotoperíodo. (Camille, 2012).

Inflorescência

O crescimento em altura da planta se deve à actividade da gema apical vegetativa,


localizada no ápice do caule. Após certo período de crescimento, ocorre uma
diferenciação na gema apical, que se torna reprodutiva, repleta de primórdios florais,
originando a inflorescência do girassol. (Camille, 2012).

A inflorescência é do tipo capítulo e as flores são dispostas ao longo do receptáculo


floral, o qual apresenta brácteas imbricadas, compridas e ovais, ásperas e pilosas. O
diâmetro médio do capítulo pode variar de 17 a 22 cm, dependendo da variedade e do
híbrido, e das condições ambientais a que é submetido. O capítulo é composto por:
pedúnculo floral, receptáculo, flores e invólucro (Camille, 2012).

Factores Bióticos

A boa condução da cultura do girassol pode ser prejudicada, também, pela presença de
patógenos (como fungos, bactérias e vírus), pragas (Lagartas, Besouros, Percevejos) e
de nematóides na lavoura. (GALLO et al. 2002).
CULTURA DE CHÁ

Origem

A história do chá remonta aos tempos ancestrais, no território chinês. Entre as lendas
que narram o nascimento desta bebida aromática, a mais célebre relata que suas raízes
se estendem até 5000 anos atrás, ao governo do Imperador Sheng Nong, popularmente
conhecido como o Curandeiro Divino. Tentando solucionar a constante incidência de
surtos epidémicos em seu reino, ele criou uma lei que obrigava o povo a ferver a água
antes de ingeri-la. Um dia, repousando sob uma árvore, o soberano deixou sua xícara de
água esfriando um pouco, e logo percebeu que algumas folhas haviam caído sobre o
líquido, conferindo-lhe um tom castanho. Ao experimentar a bebida, descobriu que ela
possuía um sabor aprazível, difundindo assim o cultivo deste alimento entre seus
súditos. (Mauro, 2017).

Em princípios do século IX alguns monges provenientes do Japão levaram consigo


algumas sementes, iniciando assim o cultivo do hábito que se tornaria tradição neste
país. Tanto na China quanto no Japão, o chá conquistou um desenvolvimento sem igual,
em todos os ambientes, até mesmo os artísticos e os religiosos, campo no qual passou a
integrar um cerimonial sagrado. O desembarque do chá na Europa se deu gradualmente,
a princípio por intermédio da Ásia Central e da Rússia. (Mauro, 2017).

Cultivo de chá

Em especialmente asiáticos os chás de podem ser classificados em três tipos básicos:


preto, verde e o Long, diferenciando-se pelo beneficiamento das folhas. Para o preparo
do chá preto, as folhas são fermentadas. Para o preparo do chá verde, as folhas são
apenas escaldadas e fervidas para garantir a preservação da cor. Enquanto nos países
orientais o chá mais consumido é o verde, no Ocidente o mais consumido é o chá preto,
embora o consumo do chá verde venha crescendo, devido principalmente à divulgação
de suas propriedades funcionais. Diversos estudos têm mostrado os benefícios do
consumo de chá verde, incluindo redução dos níveis de colesterol, actividades imuno
estimuladora, antimicrobiana e antioxidante, auxiliando na prevenção de doenças
crónico-degenerativas, como o câncer e doenças cardiovasculares. (Mauro, 2017).
Pragas e doenças da cultura do chá: Doenças: Mancha marrom phoma theicola,
Mancha cinza pestalotia thea, Armilaria sp e Roselina sp. Pragas: Mosca branca,
Gafanhoto, Ácaros. (Santos, 2016).

Exigências climáticas.

Clima

O chá pode ser cultivado em quase todos os subtópicos e regiões montanhosas dos
trópicos (regiões equatoriais, propriamente ditas). A planta pode suportar temperaturas
abaixo da congelação. Os limites de latitude e de altitude para o cultivo económico,
porém, estão determinados pelas isotermas das mínimas de inverno, que não devem ser
inferiores. (Mauro, 2017).

Temperatura

A temperatura média anual deve ser superior a 20 °C, para indicar plena aptidão térmica
a não ser durante a estação hibernal esta entre 17 e 20 °C, indicando marginalidade
térmica em grande parte do ano, abrangendo além do inverno parte do outono e da
primavera, inferior a 17 °C, indicando inaptidão por carência térmica na maior parte do
ano índice hídrico superior a 20, caracterizando a aptidão plena com respeito ao factor
humidade. (Mauro, 2017).

Precipitação

O chá precisa de muito sol e de uma precipitação significativa de 1000-1700 mm. Além
disso, as chuvas devem ser bem distribuídas ao longo do ano. Em algumas áreas, os
campos de chá são, portanto, regados no início da temporada. (Mauro, 2017).

E pH Para a cultura de chá, o pH ideal do solo deve situar-se entre os 4,5 e 6,5.

Colheita

A colheita é um grande determinante na qualidade dos chás, a melhor colheita possível


é feita quando o broto está com 2 folhas, logo no início do ciclo. Se ele estiver com 3 ou
4 folhas, o processo é considerado médio e precário, respectivamente. Esta colheita
perfeita proporciona a bebida as melhores características sensoriais como aroma e sabor,
além de influenciar directamente nas substâncias presentes e que dão cara ao chá
(teanina, cafeína, catequinas). Durante o verão e inverno também são colhidas as folhas,
pois a planta não para a sua produção. (Mauro, 2017).

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