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MUCURI
Bacharelado em Agronomia
Diamantina
2019
1. INTRODUÇÃO
A abobrinha italiana, também conhecida como abobrinha de moita, de
tronco ou de árvore, pertence á família Cucurbitaceae, espécie, Cucurbita pepo
L., e originou-se na região central do México (FILGUEIRA, 2000). Essa espécie
é uma das dez hortaliças de maior valor econômico e de maior produção no
Brasil, principalmente nas regiões Centro e Sul do país (CARVALHO;
SILVEIRA, 2013).
O hábito de crescimento dessa espécie é ereto, as hastes são curtas, e a
planta forma uma típica moita. Adapta-se melhor á espaçamentos menores do
que as curcubitáceas de ramas longas. A planta é compacta, com flores bem
recortadas, de coloração verdes e manchas prateadas. O sistema radicular é
extenso e superficial, concentrando-se na camada de 20 cm do solo
(FILGUEIRA, 2000).
O hábito de florescimento é monóico. As flores são amarelas, sendo as
femininas menos numerosas e apresentando ovário alongado (FILGUEIRA,
2000).
Os frutos são colhidos ainda imaturos, com aproximadamente 20cm de
comprimento e pesando de 200 a 250 gramas. A coloração dos frutos é verde
clara podendo haver estrias longitudinais, de cor verde escura. Sua forma são
quase cilíndricos, com extremidades afiladas. O pedúnculo é acanelado, de
seção pentagonal, não se achatando no ponto de inserção com o fruto
(FILGUEIRA, 2000).
A espécie Cucurbita pepo possui crescimento rápido e o ciclo precoce seu
ciclo varia de 45 a 60 dias, de acordo com a cultivar (FILGUEIRA, 2000).
A abobrinha é uma excelente fonte de fibras e por conter grandes
quantidades de água em sua composição (cerca de 95%) é um alimento de
fácil digestão, regulador natural do funcionamento do intestino, além de
contribuir para hidratação. Também é um ótimo alimento para controlar enjoos
e tem ação vermífuga, importante para as funções intestinais, além de supri o
organismo com vitaminas e minerais essenciais. É um alimento muito versátil.
Pode ser consumida crua, grelhada, assada, cozida, frita e refogada. Também
pode ser inserida em diversas preparações como lasanha, sopas e tortas
(RAMOS, et al. 2017).
1.1 Dados de produção
De acordo com a revista Hortifruti Brasil na edição de abril de 2018, Os
principais estados produtores, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Paraná e Goiás, representam 92% do total comercializado nas ceasas.
Através de uma analise dos dados de área, produção e produtividade da
abobrinha italiana, em Minas Gerais, no período 1994-2003, evidencia um
aumento de produção decorrente não só do expressivo incremento na área,
mas também da utilização de novas tecnologias. Os principais municípios
plantadores são Araguari, Uberlândia e Uberaba, na região do Triângulo
Mineiro. A oferta de abobrinha italiana na Ceasa-MG, no ano de 2003, foi de
7.800 toneladas. O pico máximo de oferta do produto coincide com o mês
de novembro e o mínimo com o mês de fevereiro.
De acordo com o Ceasa é possível analisar os valores do kilo da
abobrinha ao longo do ano de 2018, fazendo assim uma possível análises
dos meses mais favoráveis para venda.
Fonte: Ceasa
2. O QUE PRODUZIR ?
2.1 Cultivar
A cultivar escolhida para plantio foi a cultivar caserta CAC, é uma cultilvar
melhorada, além disso, possui uma maior aceitação no mercado, é a cultivar
mais comercializada nos ceasas. Essa cultivar possui o ciclo entre 45 e 55
dias, requer espaçamento de 1 metro entre fileiras, e 0,7 metros entre plantas.
Além de possuir ampla adaptação as variações climáticas.
4. QUANDO PRODUZIR ?
Ocorre uma variação estacional entre os preços da abobrinha durante o
ano, de acordo com o Ceasa, no ano de 2018 os melhores preços do kilo da
abobrinha foram nos meses de novembro, dezembro e janeiro. A partir dessa
estimativa iremos iniciar o plantio no mês de setembro para iniciar as colheitas
no mês de Dezembro, onde iremos conseguir um maior valor no kilo do
produto.
5. COMO PRODUZIR?
Primeiramente, antes de se fazer o plantio, deve se fazer uma análise de
solo da área a fim de ver o estado nutricional do solo. Para realização dessa
análises serão coletadas amostras de solo, e posteriormente enviadas para o
laboratório, para de obter as análises de pH, macronutrientes e micronutrietes.
Nossas amostras foram mandadas para o laboratório de análises de solo da
UFVJM.
Após a análise da amostra de solo, é o momento de efetuar a correção do
solo.
5.1 Calagem
A partir da análise do pH do solo, decidimos que não será necessário
efetuar calagem, já que o pH ideal para o cultivo dessa cultura é de 5,6 até 6,7
, e o pH do solo está dentro dessa faixa, medindo 6,28
5.2 Adubação
A adubação será feita conforme a análise de solo e a recomendação da
50 aproximação-MG. Para o plantio serão aplicados 286 kilos de esterco de
aves curtido, o fósforo deverá ser aplicado todo no plantio, totalizando 6,86
kg de P2O5 na forma de 34 kilos Super Simples, o nitrogênio e o potássio
serão aplicados de forma parcelada, sendo 3,4 kilos de N para o plantio na
forma de 17 kilos de Sulfato de Amônio e o potássio será 2,3 kg de K2O na
forma de 3,8 kilos de Cloreto de Potássio. A outra parcela da adubação será
feita 20 dias após o plantio sendo aplicados 3,4 kilos de N na forma de 17
kilos de Sulfato de Amônio e 2,3 kg de K2O na forma de 3,8 kilos de Cloreto
de Potássio, essa aplicação será de cobertura. Toda essa adubação
corresponde a cada unidade de plantio individual.
5.3 Plantio
Será utilizada semeadura direta em covas, com o espaçamento de 1x0,7m.
Serão colocadas três sementes por cova , quando nascer duas folhas já poderá
fazer os desbaste.Visando favorecer a polinização que é feita por abelhas,
serão implantadas duas colméias de abelhas.
5.4 Irrigação
O método de irrigação será irrigação localizada por gotejamento, em
períodos de escassez de chuva, irá fazer irrigações regulares na quantidade
aproximada de 4 a 8 litros por cova ou metro de sulco. Caso contrário, em uma
semana a produtividade pode ser prejudicada e pode causar deformação de
frutos. Serão evitadas regas e pulverizações no período da manhã, para não
interferir no processo de polinização realizado pelos insetos.