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CENOURA

Daucus carota L
Origem
A cenoura (Daucus carota L.) é uma hortaliça do grupo
das raízes tuberosas, cujo centro de origem é a região do
Himalaia, Afeganistão.
(PEREIRA, 2014)

No que se refere à história da cenoura (Daucus carota)


var. Sativa, pertencendo à família das Umbelíferas, em
sua origem a cenoura era uma raiz branca. Na idade
Média era cultivada nos monastérios, apenas para uso
farmacêutico, em decorrência de sua textura ser mais
lenhosa e de difícil comestibilidade. Durante a época do
Renascimento aparecem as primeiras cenouras com
antocianinas, e depois a cor alaranjada conhecida
atualmente
(EMBRAPA, 1984)

Fonte: Ecycle, 2023.


Aspectos econômicos
Hoje, a cenoura está entre as hortaliças mais consumidas pelo brasileiro, sendo amplamente cultivada em todo
o País e em todas as estações do ano, com exceção da região Norte devido às condições climáticas.
(EMBRAPA, 2020)
Principais produtores
 Minas Gerais (região de São Gotardo adota um alto nível
tecnológico);
 Rio Grande do Sul;
 Paraná;
 Goiás ;
 Bahia.

Fonte: N plantas, 2023.


Importância Econômica
A cultura da cenoura constitui um produto de alto valor agregado,
permitindo assim retornos econômicos pelo segmento de mercado
em que está inserida, além de apresentar significativos ganhos de
produtividade.

A parte comestível de alta expressão econômica é a raiz,


considerada a principal hortaliça-raiz em valor alimentício, rica
em vitaminas e sais minerais, sendo largamente empregado na
dieta alimentar brasileira.
(RESENDE, 2016)

Fonte: N plantas, 2023.


Importância alimentar e industrial

A cenoura é um alimento altamente nutritivo e versátil, sendo consumida tanto crua quanto
cozida, em saladas, sopas, purês, bolos e sucos. A raiz é rica em carotenoides, como o
betacaroteno, que é convertido em vitamina A no organismo. A vitamina A é essencial para
a saúde da pele, visão e sistema imunológico.

Além disso, a cenoura possui vitamina C, vitaminas do complexo B, minerais como


potássio e fósforo, e fibras dietéticas importantes para a saúde digestiva.

A cenoura é altamente empregada na indústria de alimentos, principalmente na


fabricação de conservas juntamente com outras hortaliças, além de outros produtos
como os minimamente processados, alimentos infantis também chamados de “baby
foods”, sucos de cenoura, alimentos congelados e mais recentemente cenoura
desidratada.
Cenoura baby
Bolo de Cenoura

Cenoura desidratada

Suco de cenoura
Botânica
A cenoura (Daucus carota L.) é uma dicotiledônea pertencente à Ordem Apiales e a Família Apiaceae.

Apresenta uma raiz tuberosa que pode alcançar cerca de 50 cm


de altura, intumescida e reta sem ramificações, tendo como
principais características a coloração intensa e elevada
concentração de açúcares.

Apresenta folhas compostas alternadas ou basais e pecíolos


dilatados que abraçam o caule na altura dos nós. As flores
são pequenas, dispostas em umbelas compostas, regulares,
epígeas, pentâmeras, com sépalas muito pequenas, contendo
cinco estames que são alternados com as pétalas.
(CHITARRA & CHITARRA, 1990)

Fonte: N plantas, 2023.


Botânica

Anatomia da raiz

Fonte: Horta vertical em casa, 2020.


Cultivares
Cultiva-se as cultivares originárias dos grupos Nantes:

 Cultivar de origem francesa;

 Por sua exigência em temperaturas amenas é


recomendada para plantio em época fria;

 Alta produtividade e qualidade de raízes,


indicada apenas para os plantios de
outono/inverno;

 Apresenta coloração laranja intensa;

 Seu ciclo vegetativo é de 90 a 110 dias;

 Cultivares: Nantes, Forto, Nantesa etc.


Fonte: Sitio da Mata, 2023.
Cultivares
KURODA
 As cultivares deste grupo apresentam tolerância a
temperaturas mais elevadas e resiste bem às doenças
de folhagem quando semeadas no verão de regiões
quentes;

 Tolerância à queima das folhas, ótimo enfolhamento,


permitindo comercialização em maços;

 Apresenta coloração laranja intensa;

 Seu ciclo vegetativo é de aproximadamente 100 dias;

 Cultivares: Kuroda, Nova Kuroda, Kuronan etc.


Fonte: Agristar, 2023.
Cultivares
BRASILIA: Resultou de um programa de melhoramento de cenoura para cultivo no verão desenvolvido pela
EMBRAPA e Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ

 É resistente ao calor, apresentando baixos níveis de florescimento prematuro


sob condições de dias longos;

 Tem alta resistência de campo à queima-das-folhas, produzindo em média


30-35 t/ha nas condições de verão;

 A colheita pode ser efetuada de 85 a 100 dias após a semeadura;

 É recomendada para semeaduras de outubro a fevereiro nas regiões Centro-


Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, embora esteja sendo utilizada, com
sucesso, em todo o país;

 Apresenta coloração laranja

 Cultivares: Brasília, Tropical, Nova Carandaí e Alvorada.


Fonte: Brasafrica, 2023.
Exigências climáticas
A temperatura é o fator climático mais importante para a produção de raízes.

Temperaturas de 10 a 15ºC favorecem o alongamento das raízes e o desenvolvimento


de coloração característica, ao passo que temperaturas superiores a 21 ºC estimulam
a formação de raízes curtas e coloração deficiente.

Existem cultivares que formam boas raízes sob temperaturas de 18 a 25ºC.

Acima de 30ºC, o ciclo vegetativo da planta fica reduzido, afetando o


desenvolvimento das raízes e a produtividade.

Temperaturas baixas associadas a dias longos levam ao florescimento precoce,


principalmente nas cultivares desenvolvidas para plantio em épocas quentes do ano.
Exigências climáticas
A germinação das sementes ocorre sob temperaturas de 8ºC a 35ºC, sendo que a
velocidade e uniformidade de germinação variam com a temperatura dentro desses
limites.

A faixa ideal para a germinação rápida e uniforme é de 20ºC a 30 ºC, ocorrendo a


emergência entre sete e dez dias após a semeadura.

A alta umidade relativa do ar, associada a temperaturas elevadas, favorece o


desenvolvimento de doenças nas folhas durante a fase vegetativa da cultura..
Solos e Preparo
Solo por ser uma hortaliça tuberosa, a cenoura é
exigente em solo apresentando ótimas condições
físicas (textura, estrutura e permeabilidade).

São mais favoráveis os solos de textura média, leves


soltos e arejados, que não apresentam obstáculos ao
bom desenvolvimento da raiz.

Pouco tolerante a acidez –pH entre 5,7 a 6,8.

Calagem: Saturação de bases para 70-80%.

Fonte: Carvalho, 2021


Solos e Preparo
Preparo do solo
Aração, gradagem e levantamento dos canteiros. Adubação
K, N, Ca, P, S e Mg.

Deve ser evitado o uso excessivo do encanteirador: PeK.

Adubação Química
Os canteiros devem apresentar um leito útil com
Análise química do solo, principalmente de
cerca de 100 cm de largura e 15-20 cm de alturas,
acordo com seus níveis de fósforo e potássio.
em solos de textura média. Entre canteiros deve-se
deixar uma distancia de 25 cm para movimentação
Metodos de plantio
No cultivo da cenoura, não há necessidade de produzir mudas.

Plantio:

 Semeadura direta.
 Sulcos de 1 a 2 cm de profundidade e distanciados de 20 cm entre si.
 Manualmente ou com emprego de semeadeira manual ou mecânica.

OBS: As sementes de cenoura são pequenas (840 sementes/grama),


possuem pouca reserva e as plântulas que emergem são tenras e
delicadas. Se a profundidade de semeadura for muito maior que 2,0 cm,
as plântulas podem ter dificuldades em emergir ou até mesmo não
emergirem.
Fonte: Horta e Flores, (2022) e Embrapa (2022).
Tratos culturais

Irrigação
A produtividade e a qualidade das raízes de cenoura são intensamente
influenciadas pelas condições de umidade do solo

É necessário o controle da umidade do solo durante todo o ciclo da


cultura, de modo a permitir a determinação do momento da irrigação e
da quantidade de água a ser aplicada

O sistema de irrigação em pequenas áreas:

 Aspersão convencional

O sistema de irrigação em grandes áreas:


 Sistema de pivô central.

Fonte: Embrapa (2022).


Tratos culturais

Desbaste

Tem como objetivo aumentar a disponibilidade de espaço, água, luz e nutrientes por planta.

Deve ser feito de uma só vez, aos 25-30 dias após a semeadura, deixando um espaço de 4 a 5 em entre plantas.

Fonte: Horta e Flores (2020).


Doenças e pragas
Podridão de pré e pós-emergência:

Dentre os vários patógenos envolvidos na ocorrência de


podridões em cenoura encontram-se a Alternaria dauci, a
Alternaria radicina, a Pythium sp., a Rhizoctonia solani e a
Xanthomonas campestris pv. carotae.

A podridão de pré-emergência resulta em falhas no estande. Na


podridão de pós-emergência, também chamada de tombamento,
as plântulas apresentam um encharcamento na região do
hipocótilo, rente ao solo.

Fonte: Embrapa, (2021).


Doenças e pragas
Queima-das-folhas:

É a doença mais comum da cenoura. É causada por Alternaria


dauci (mais comum), Cercospora carotae e Xanthomonas
campestris pv. carotae.

Caracteriza-se principalmente pela necrose das folhas que,


dependendo do nível de ataque, pode causar a completa
desfolha da planta e, consequentemente, resultar em raízes de
tamanho pequeno. Os três patógenos que causam a queima-das-
folhas podem ser encontrados na mesma planta, e até em uma
única lesão.

Fonte: Embrapa, (2021).


Doenças e pragas
As principais pragas da cultura da cenoura são lagartas e pulgões

A lagarta rosca, lagarta militar e lagarta-falsa-medideira, geralmente, se alimentam raspando as folhas


da cenoura.
(FRANÇA, 2008)

Lagarta rosca Lagarta militar Lagarta-falsa-medideira


Doenças e pragas

Os pulgões que ficam concentrados nas pontas das hastes


tenras da planta, logo abaixo das umbelas, provocando dano
direto pela sucção contínua da seiva.
(GUIMARÃES et al., 2012)

Pulgões

As principais pragas da cultura da cenoura são controlados, por meio de práticas culturais, e pela ação de inimigos
naturais como parasitoides e predadores. São poucos, os inseticidas registrados para o controle de pragas da cenoura,
o que torna o controle químico uma prática pouco recomendável para a cultura
(FRANÇA, 2008)
Colheita
Dependendo de alguns fatores:

Cultivar

Clima

Tratos culturais

Fonte: Globo Rural, (2015).


Colheita
Ponto de colheita:

Caracteriza-se por amarelecimento e


secamento das folhas mais velhas e o
arqueamento para baixo das folhas
mais novas

Fonte: Ciclo Vivo, (2021).


Classificação e comercialização das principais olerícolas
em sistemas em sistemas convencionais e alternativo

GRUPO
De acordo com o tipo varietal. A cenoura será classificada em 3 grupos:

Kuroda: Formato cônico, ponta arredondada, coração


pouco evidente, coloração laranja avermelhada, pescoço
pequeno.

Nantes: 90% da produção cilíndrica, ponta arredondada,


coração pouco evidente, pele lisa, coloração laranja
escura, pescoço pequeno.

Brasília: Formato cônico, ponta pouco fechada, coração


evidente, pele pouco lisa, coloração laranja clara,
pescoço grande.

Fonte: Normas de classificação, (2023).


Classificação e comercialização das principais olerícolas
em sistemas em sistemas convencionais e alternativo

CLASSE OU COMPRIMENTO

As raízes com comprimento igual ou acima


de 26 cm estarão na classe 26 (> 26 cm).

Admite-se até 10% de mistura de classes,


pertencentes às classes imediatamente inferior
ou superior, numa mesma embalagem. A
variação do diâmetro dentro da mesma classe
não deverá ser superior a 10 mm.

Fonte: Normas de classificação, (2023).


Classificação e comercialização das principais olerícolas
em sistemas em sistemas convencionais e alternativo

MORFOLOGIA

Fonte: Normas de classificação, (2023).


Classificação e comercialização das principais olerícolas
em sistemas em sistemas convencionais e alternativo

DEFEITOS
GRAVES

Fonte: Normas de classificação, (2023).


Classificação e comercialização das principais olerícolas
em sistemas em sistemas convencionais e alternativo

DEFEITOS
LEVES

Fonte: Normas de classificação, (2023).


Referências bibliográficas
CHITARRA, M. I. F; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE,
1990. 290 p
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Cenouras: resumos informativos, 23. EMBRAPA
- DDT, Brasília, 1984. 149 p.
EMBRAPA HORTALIÇAS, A cultura da cenoura. Brasllia: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 1999.
77p. : 16 cm. (Coleçao Plantar: 43).
FRANÇA, F. H. Cenoura (Daucus carota): pragas. Embrapa Hortaliças Sistemas de Produção, Brasília, n. 5, jun. 2008.
GUIMARÃES, J. A. et al. Reconhecimento e manejo das principais pragas da cenoura. Comunicado Técnico, Brasília, DF,
n. 82, p. 1-6, out. 2012.
NORMAS DE CLASSIFICAÇÃO. Cenoura. 2023.
PEREIRA, V. S. Caracterização físico-química, carotenoides totais e elementos-traço em cenoura (Daucus carota L.) e
tomate (Lycopersicon esculentum) orgânico e convencional. 2014. 117f. Dissertação (Programa de Pós-graduação em Ciência
de Alimentos) – Universidade Federal de Minas Gerais, 2014.
RESENDE, G. M.; YURI, J. E.; COSTA N. D. Planting Times And Spacing Of Carrot Crops In The São Francisco Valley,
Pernambuco State, Brazil. Rev. Caatinga, Mossoró, v. 29, n. 3, p. 30-67, 2016.
RÚCULA
Eruca sativa
Origem
A rúcula (Eruca sativa), é uma hortaliça folhosa
pertencente à família Brassicaceae, tendo como centro de
origem e de domesticação o gênero Eruca, o Mediterrâneo
e o oeste da Ásia.
(SILVA, 2004).

É conhecida desde a antiguidade, como uma hortaliça, onde o


primeiro registro data do século I, encontrado no herbário Grego
Dioscorides.
(MORALES & JANICK, 2002)

Fonte: Solução hidroponica, (2023).


Aspectos econômicos
A rúcula é uma das hortaliças folhosas mais consumidas no Brasil,
sendo também considerada economicamente viável, ainda apresenta
várias oportunidades de melhorias nos produtos ofertados aos
consumidores
(AMORIM, 2007).

É cultivada para produção de óleo a partir das sementes na Índia,


Paquistão, Canadá e China. O óleo da semente é usado para nutrição
humana, e por suas propriedades cosméticas e medicinais, também
como lubrificante, entretanto a capacidade da produção é restrita
devido à baixa produtividade em relação às outras brássicas.
(HUANG et al., 2014).

Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).


Importância Econômica
No último quarto de século, três grandes mudanças ocorreram que levaram à ascensão da rúcula como uma
espécie alternativa no segmento das hortaliças folhosas. Primeiramente, produtos de valor agregado foram
desenvolvidos, particularmente no mercado processado de folhosas. Depois novas formas de consumo foram
introduzidas, especificamente com o cultivo de baby leaf. Finalmente os consumidores estão focando cada vez
mais na qualidade nutricional e no valor das culturas que consomem.
(RYDER, 2002).

É amplamente cultivada na Itália, onde sua pungência é


apreciada tanto em forma de salada, cozida e agora
popularmente utilizada em pizzas

(MORALES & JANICK, 2002).

Fonte: Cookpad, (2023).


Importância alimentar e industrial

No Brasil, a rúcula com suas folhas tenras é muita consumida na forma de salada crua e em pizzas, sendo
que nos últimos anos teve aumento na sua popularidade e consumo.
(SILVA, 2004)

Devido a composição nutricional a rúcula vem se


destacando entre as hortaliças no Brasil. Com altos teores
de vitamina A, C, fibras, proteínas, e minerais como o
potássio, ferro e enxofre. Por conter pouquíssimas calorias
(uma xícara contém cerca de 10 kcal), a rúcula pode estar
presente em dietas de emagrecimento
(STEINER, 2011).

Fonte: Brogui, (2023).


Botânica
Pertencente à família das brássicas, três espécies são utilizadas no consumo humano:
• Eruca sativa Miller, que possui ciclo de crescimento anual,
• Diplotaxis tenuifolia (L.) DC.
• Diplotaxis muralis (L.) DC., ambas perenes
(PIGNONE, 1997)

Apresenta folhas verde escuras, dispostas em roseta, pinadas em 4 a 10


profundos lobos laterais e um grande lobo terminal. Elas são tenras quando
jovens, e gradativamente vão ficando mais firmes e fibrosas. As flores surgem
em corimbos, inflorescências típicas da família Brassicaceae, e são brancas com
veios liláses, tetrâmeras. Os frutos que se seguem são do tipo síliqua, finas
vagens com sementes comestíveis.
(PATRO, 2017)

Fonte: Freepik, (2023).


Cultivares
Rúcula tradicional ou cultivada:
É a mais tradicional e conhecida. É semeada o ano todo em
várias regiões do Brasil, e suas folhas são pequenas e levemente
arredondadas. São muito utilizadas em restaurantes no preparo
de saladas.
SCHWELLBERGER, (2022).

Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).

Rúcula gigante:
Folha larga tem um única característica que a difere
muito das outras: o sabor é mais suave que o das
outras. Além disso, como o nome já diz, sua folha é
bem maior que as outras, e seu cultivo pode ser feito
em qualquer época do ano.
SCHWELLBERGER, (2022).
Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).
Cultivares
Rúculas silvestres:
Possuem as folhas recortadas. Muito usada na gastronomia
internacional, principalmente na Itália, tem o período de
colheita durante o ano todo.
SCHWELLBERGER, (2022).

Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).


Rúcula rokita
Essa espécie possui folha estreita e pontiaguda. É mais amarga
que as outras e sua aparência lembra muito a rúcula silvestre.
Essa folha, dentre todas as espécies é a mais muito aromática.
SCHWELLBERGER, (2022).
Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).
Cultivares
Rúcula Antonella:
Essa espécie de rúcula tipo folha curta, possui folhas
maiores e mais arredondadas. A Antonella é uma seleção
especial que apresenta mais resistência e produtividade,
mantendo as características de consumo da espécie
Cultivada.
SCHWELLBERGER, (2022).

Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).

Rúcula Donatella:
Tem folhas e características muito semelhantes as da antonella.
Ela apresenta alta precocidade e um excelente sabor marcante que
a marca dessa folha.
SCHWELLBERGER, (2022).
Fonte: Tribuna de Jundiaí, (2022).
Exigências climáticas
A cultura da rúcula se desenvolve melhor em condições de temperatura amena.

No Brasil, segundo), para o bom desenvolvimento da planta,


com produção de folhas grandes e tenras, existe a
necessidade de temperaturas entre 15 a 18o C, sendo que a
melhor época de plantio no planalto paulista ocorre de
março a julho (outono/inverno).
TRANI et al. (1992)

Em temperaturas mais altas a planta tem seu


desenvolvimento prejudicado, florescendo precocemente.
Além disso, quando cultivada em temperaturas elevadas,
suas folhas tendem a ser menos tenras e mais amargas.

Fonte: Hortas.info, (2023).


Solo e preparo
O solo ideal para a rúcula deve ser de alta fertilidade, com bom teor de matéria orgânica, boa drenagem,
sem a presença de certas plantas daninhas (tiririca, trevo etc.), sem nematóides e fungos causadores de
doenças nas raízes das plantas.

O pH do solo deve estar ao redor de 6,0 a 6,5.

Sua adubação é composta basicamente por adubos orgânicos e


fósforo no plantio e coberturas nitrogenadas durante o ciclo,
condição semelhante à utilizada em alface.
(NARDIN,2002.)

Fonte: Terra e Negócios, (2023).


Metodos e plantio
 Semeadura em sulcos: em geral, o espaçamento utilizado está entre 15 a 30 cm.

 Plantio de mudas: transplante das mudas.

 Profundidade do sulco deve ser de 0,5 – 1,0 cm, para semeadura manual, e de
1,0 a 2,0 cm se for mecanizada.

 Quantidade de semente é de 0,2 a 0,3 g por metro linear de linha.

 Espaçamento: no sistema convencional de cultivo, campo com semeadura em


canteiros definitivos, é de 0,20 a 0,30 m entre linhas e aproximadamente 0,05
a 0,10 m entre plantas, após o desbaste
(FILGUEIRA, 2000).

Fonte: Horta do Horto (2023).


Tratos culturais
Irrigação:
Como a rúcula não requer muita água, ela prefere solos com boa
drenagem. Mesmo porque, em solos encharcados, essa hortaliça
pode ser acometida por doenças, principalmente fúngicas.
A irrigação da rúcula pode ser realizada, na parte da manhã, Fonte: Jornal VS (2023).
todos os dias, mas moderadamente.

Tratos culturais:
Retire as plantas invasoras que estiverem concorrendo por
recursos e nutrientes.

Fonte: Unitins, (2023).


Pragas e doenças
As principais doenças da cultura da rúcula são:

Ferrugem branca (Albugo candida): são pústulas que aparecem nas


folhas, recobertas pela cutícula, e que, posteriormente, formam uma
massa branca de esporos. As folhas se entumecem, sofrem deformação
e as áreas afetadas amarelecem. Fonte: Agrolink (2023).

Hérnia das crucíferas (Plasmodiophora brassicae): inicialmente,


não apresenta nenhum sintoma na parte aérea, pois a doença iniciase
na raiz. Com o tempo, a planta passa a não crescer, apresentando
murchamento nos horários mais quentes do dia. As raízes das plantas
apresentam galhas, em conseqüência da hipertrofia das células.

Fonte: Plantix (2023).


Pragas e doenças
Míldio (Peronospora parasitica): podem aparecer na fase
cotiledonar. São pontos necróticos espalhados pela folha na
página superior. Na pagina inferior, correspondente a cada
ponto, aparece uma intensa frutificação branca do fungo,
ocorrendo, em seguida, a necrose.

O controle das doenças deve ser feito preventivamente com a


aplicação de fungicidas, como mancozeb, clorotalonil, etc. No
caso da hérnia não há nenhum fungicida que seja eficiente. A
orientação é de se evitar solos contaminados. Outras medidas
sugeridas são a rotação de culturas, a elevação do pH a 6,0 e
7,0, além de se evitar locais que formam neblina e solos com Fonte: Remi rúcula (2019).
umidade excessiva.
Pragas e doenças
Curuquerê da couve
Ascia monuste orseis
Lagarta das folhas
Fonte: Maneje bem, (2023)
Trichoplusia ni
Fonte: Agrolink, (2023)

Pulgão
Brevicoryne brassicae Traça das crucíferas
Fonte: Agrolink, (2023)
Plutella xylostella

Fonte: Agrolink, (2023)


Colheita
A colheita da rúcula é feita de 30 a 40 dias após a semeadura. Nesta fase, as folhas deverão estar com
15 a 20 cm de comprimento, bem desenvolvidas, bem verdes, frescas. É conveniente se irrigar bem, no
dia anterior à colheita.

A colheita é feita arrancando-se as plantas, com raízes, ou


cortando-as rente ao solo. Neste caso, deixa-se o restante no
solo para a rebrota, originando-se um segundo corte. Até um
terceiro e quarto corte são possíveis, mas a qualidade das folhas
diminui a cada corte

Fonte: Angatu, (2016).


Classificação e comercialização das principais olerícolas
em sistemas em sistemas convencionais e alternativos

O objetivo da construção das normas de classificação é a criação de uma linguagem de comercialização


transparente, baseada em características mensuráveis .

O Instituto Internacional de Recursos Fitogenéticos (IPGRI) de Roma, apresenta para a rúcula os seguintes
parâmetros de descrição: formato da margem da folha, forma do limbo foliar, presença e freqüência de lóbulos
foliares, forma do ápice foliar, comportamento do limbo foliar, cor da folha, pubescência e desenvolvimento da
nervura mediana.

A unidade de comercialização da rúcula é o maço, definido pela embalagem do produto, e apresenta 350 a 500g
para plantas produzidas pelo sistema convencional de cultivo, e 250 a 350g pelo sistema hidropônico. É preciso
ressaltar que o peso e qualidade do produto variam de acordo com a sazonalidade da produção, ou seja, em
épocas mais quentes o produto apresenta menor qualidade e disponibilidade, enquanto o inverso ocorre nas
épocas mais frias. Em função disso, os estudos para a elaboração da norma serão desenvolvidos ao longo do ano.

(ATHAYDE, 2023).
Fonte: Athayde, (2023).
Fonte: Athayde, (2023).
Aspectos gerais da produção em hidroponia

Na produção hidropônica de rúcula o tempo médio é de 30 dias e o


rendimento fica acima de 22 maços por metro quadrado de bancada.

O uso da hidroponia para o cultivo de rúcula pode aumentar em até 200


vezes a produtividade para esta cultura.

Nesse sistema possibilita ganhos agronômicos significativos, tais


como: redução de ciclo, ganho de em peso, aumento da produção por
área e, consequentemente, produtividade, além da ampla aceitabilidade
do mercado consumidor, tanto pelo sabor quanto por ser possuidora de
elevado conteúdo nutricional, como K, S, Fe, proteínas, vitaminas A e
C.
GENUNCIO et al., (2020)

Fonte: PlantPar, (2023).


Aspectos gerais da produção em hidroponia

O sistema NFT (Nutrient film technique) ou técnica do fluxo laminar de


nutrientes é constituído por um reservatório de solução nutritiva, um
sistema para bombeamento, um sistema de retorno ao tanque e canais de
cultivo. A solução nutritiva é lançada aos canais e decorre por gravidade,
onde forma uma lâmina fina de solução que irriga as raízes.

No sistema DFT (Desp film technique) ou cultivo na água a solução


nutritiva forma uma lâmina mais profunda de 5 a 20 cm onde as raízes
ficam submersas. Não há presença de canais, mas sim de uma mesa
plana que a solução passa por meio de um sistema de entrada e
drenagem característico.

Fonte: Filho, (2018).


Referências bibliográficas

AMORIM, HC. HENZ, GP. MATTOS, LM. Identificação dos tipos de rúcula comercializados no varejo do Distrito Federal.
Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento: 34. 2007. Brasília: Embrapa Hortaliças, 13 p.

ATHAIDE, M. B. Chegou a vez da rúcula. 2023. CEAGESP. Disponível em:


<https://ceagesp.gov.br/wp-content/uploads/2014/12/chegou_a_vez_da_rucula.pdf>. Acesso em:28 abr. 2023.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa.
UFV, 2000. 402 p.

GENUNCIO, et al. Rúcula hidropônica: Manejo correto da solução nutritiva. Revista Campo e Negócios. 2020.

HUANG, B. et al. Variation, correlation, regression and path analyses in Eruca sativa Mill. African Journal of Agricultural Research,
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MORALES, M.; JANICK, J. Arugula: a promising specialty leaf vegetable. Reprinted from: Trends in new crops and new uses.
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NARDIN, R.R.; CASTELAN, F.; CECÍLIO FILHO, A. B. Efeito do cultivo de rúcula e beterraba estabelecida por semeadura direta,
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SILVA MAB. GEAGESP. Seção de Economia. São Paulo-SP. Comunicação pessoal.2004

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