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CULTIVO DA BETERRABA

Introdução

A beterraba (Beta vulgaris) é uma planta bianual pertencente à família quenopodiacea.

Em vários países da Europa, da América do Norte e da Ásia, o cultivo da beterraba é altamente


econômico e o nível de tecnificação da cultura é bastante avançado, principalmente, o das variedades
forrageiras e açucareras.

No Brasil, o cultivo de beterraba é exclusivamente das variedades de mesa, mesmo assim, em pequena
escala comercial, se comparando com de outras hortaliças mais tradicionais, tais como batatinha,
tomate, repolho, cenourinhas, cebola, alho etc. Vem-se observando, contudo, nos últimos dez anos,
crescente aumento da demanda dessa hortaliça, para consumo “In natura” e também para as indústrias
de conservas e alimentos infantis.

Botânica e cultivares

A beterraba que nós brasileiros conhecemos é uma planta cuja parte comestível é a sua raiz tuberosa. Tal
raiz tem uma típica coloração vermelho-escuro, devido ao pigmento antocianina, coloração que também
ocorre nas nervuras e no pecíolo das folhas.

A planta é bianual, exige um período de frio para o florescimento, sendo que, na fase vegetativa, ela
desenvolve folhas alongadas, distribuídas ao redor de um caule diminuto e de uma raiz tuberosa bem
destacada. No florescimento, sob baixas temperaturas (já ocorreu em Lavras- MG) há emissão de um
pendão floral com 60-100 cm, com flores em inflorescência do tipo espiga ramificada, aglomeradas em
grupos de 2-5. Produzem glomérulos (aglomerados de frutos), com consistência corticosa, medindo 4
mm de diâmetro, que são as chamadas “sementes”, utilizadas na propagação.

O sistema radicular é do tipo pivotante, alcançando a raiz principal 60 cm de profundidade, ou até mais,
com poucas ramificações laterais. A raiz tuberosa tem formato quase estérico, possui sabor
acentuadamente doce , se desenvolve quase à superfície do terreno, nas cultivares produzidas entre nós.

As cultivares de mesa , produzidas entre nós, são de origem americana, sendo as sementes importadas
dos EUA A cultivar Asgrow Wonder, caracteriza-se por sua extrema precocidade, produzindo mais cedo
do que as demais. Produz raízes tuberosas de formato globular, quando novas, evoluindo para um
formato ligeiramente alongado posteriormente.

São de grande uniformidade e tamanho médio. A coloração vermelha é intensa, externa e internamente,
sendo a polpa delicada, tenra e de excelente sabor, com ótima qualidade para mesa. A planta
apresentam folhas eretas, alongadas, de tamanho uniforme e coloração verde-escuro, úteis para o
preparo de maços.

Note-se que as folhas desta e de outras cultivares são comestíveis.

A cultivar Early Wonder ou Wonder Precoce produz raízes globulares, ou ligeiramente cônicas, com
coloração externa vermelha, Internamente a coloração é mais escura, com anéis concêntricos mais
claros. As folhas são eretas, verde-escuro e não se prestam à feitura de maço.

A cultivar Detroit Dark Red é considerada um padrão de qualidade para a industria, nos EUA , também
sendo popular para a comercialização nos mercados.

Suas raízes tuberosas são de formato globular-alongado típico, uniformes, lisas e de coloração vermelho
intenso, internamente, sem a presença de círculos mais claros. As folhas são vigorosas, verde-escuro,
eretas, pouco mais curtas que as da Asgow Wonder, não se prestam à comercialização em molhos.

Clima e época de plantio

A beterraba é típica de climas temperados, produzindo bem sob temperaturas amenas ou frias, com
melhor desenvolvimento entre 10-20ºC, na parte aérea, em nossas condições. Apresenta boa resistência
ao frio intenso, inclusive a geadas leves.

Na maioria das localidades produtoras semeia-se de abril a junho, especialmente em altitudes inferiores
a 400m. Em localidades acima de 800m semeia-se de fevereiro a julho. Em certas localidades serranas,
de elevada altitude, pode-se semear durante o ano todo, inclusive durante o verão (verão de
temperaturas amenas).

Propagação

Ao contrário do que ocorre com outras hortaliças tuberosas, que são intolerantes ao transplante, a
beterraba é uma notável exceção: se adapta muito bem à propagação por mudas. Ao que parece os
nossos melhores produtores fazem a semeadura em sementeiras, da maneira usual para outras
hortaliças.

Semeia-se em sulcos transversais, distanciados de 15 cm, com 15-25 mm de profundidade – já que as


‘’sementes’’ são relativamente grandes. Transplantam-se as mudas com cerca de 15 cm e 6 folhas
definitivas, 20-30 dias após a semeadura. Procura-se evitar danos à raiz principal, ao se retirar a muda,
pois isso acarretará deformação na raiz tuberosa. É importante que após o transplante as mudas fiquem
à mesma profundidade ,em relação a que estavam, na sementeira.

A semeadura direta é praticada na maioria dos países europeus e no EUA. Semeia-se em sulcos, à
profundidade já citada, deixando-se cair um a dois glomérulos a cada 5cm de sulco.

Em qualquer um dos métodos de propagação, o espaçamento definitivo deve ser de 25-30 x 10-15 cm.
Geralmente o espaçamento mais estreitos aumentam a incidência de beterrabas pequenas, de menor
valor comercial. Por outro lado, espaçamento maiores diminuem a produtividade, não se justificando.

No plantio por mudas utilizam-se sulcos longitudinais, em número de 2-3, em canteiros estreitos, muitas
vezes irrigado por infiltração. Para a aspersão são utilizados canteiros mais largos, com maior número de
fileiras longitudinais. Em pequenas, culturas irrigada por aspersão, utilizam-se sulcos transversais, tanto
na semeadura direta como usando-se transplante, que facilitam alguns tratos culturais.

Calagem e adubação

Calagem é feito para elevar a saturação de bases a 80% e o teor de magnésio a um mínimo de 9
mmolc/dm3.

Adubação orgânica deve ser feito com a aplicação de 30 a 40 t/há de esterco bem curtido ou composto
orgânico, sendo a maior dose para solos arenosos.

Pode-se utilizar ¼ dessa quantidade de esterco de galinha.

Adubação mineral de plantio recomenda se aplicar 10 dias antes da semeadura sendo a quantidade
determinada de acordo com a análise do solo.

Nitrogênio P resina, mg/dm3 K+ trocável, mmolc/ dm3 Zn, mg/dm3

0-20 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0 0-0,5 >0,5

N, kg/há P2O5, kg/há K2O, kg/há Zn, kg/há

20 360 240 180 180 120 60 3 0

Utilizar juntamente com o N,P e K de 2 a 4 kg de boro. Após 15 a 30 dias aplicar 5g de molibidato de


amônio diluído em 10 litros de água.

Adubação mineral de cobertura recomenda-se aplicar de 60 a 120 kg de nitrogênio por hectare e 30 a 60


kg de potássio por hectare parcelando este total em três parcelas, aos 15, 30 e 50 dias após a
germinação.
Tratos culturais

O desbaste é indispensável, já que cada glomérulo geralmente origina mais de uma planta. Também
serve para um raleamento nas fileiras compactas, obtidas pela semeadura direta, deixando-se apenas as
melhores plantas, no espaçamento adequado.

É feito na sementeira e no canteiro definitivo, quando as plantinhas atingem 5 cm de altura. Há


olericultores que aproveitam as plantas desbastadas para plantio.

A amontoa pode ser feita para evitar-se a exposição da parte superior da raiz tuberosa ao sol, tornando-
a lenhosa e diminuindo o seu valor comercial. Tal trato geralmente é feito por pequenos produtores.

A beterraba exige irrigações, sendo que aquelas leves e freqüentes são preferíveis àquelas espaçadas,
com pesada aplicação de água por vez. A deficiência hídrica é indesejável, mesmo por ocasião da
colheita, pois torna as raízes lenhosas e diminui a produtividade.

O método mais freqüentemente utilizado é a aspersão, sendo o mais recomendável quando se faz
semeadura direta. Observe-se que o ciclo cultural desenvolve-se no outono-inverno, razão pela qual as
irrigações devem ser aplicadas com precisão.

Colheita e comercialização

Na semeadura direta, em canteiros definitivos, a colheita se inicia aos 60-70 dias. Já o transplante
prolonga, perceptivelmente, o ciclo cultural, alongando-o por mais 20-30 dias, se bem que eleva a
produtividade e a qualidade do produto.

No centro-sul a cotação mais alta é para beterrabas com 8-10 cm de diâmetro transversal e 6-7 cm,
longitudinalmente, pesando cerca de 300 g (isso em mercados exigentes). O tipo preferido apresenta
coloração púrpura uniforme e intensa, externa e internamente, e formato globular ou globular-achatado.

O ponto de colheita é quando as raízes apresentam tamanho adequado, não estando ainda
completamente desenvolvidas; como nem todas atingem tal condição ao mesmo tempo, a colheita
prolonga-se por alguns dias. Se o preço não for favorável, a beterraba pode permanecer até um máximo
de 15 dias, no solo, após atingir o ponto de colheita; após isso, torna-se fibrosa, de tamanho indesejável
e com aspecto grosseiro.

Podem ser comercializadas em maços que geralmente são constituídos de uma dúzia de plantas
amarradas pelas folhas, o que é interessante já que as folhas também são comestíveis. Para isso as folha
devem ser atrativas, verde-escuros, sem manchas de doenças, estando bem viscosas.

Também pode-se utilizar caixas que suportam aproximadamente 24 kg de beterrabas do tamanho


desejável. Para isso, após a colheita, as raízes são lavadas e secas à sombra, sendo a parte aérea cortada,
rente, aparando-se, também, a raiz pivotante. Embaladas em caixas é possível o transporte até mercados
mais distantes.
Como se trata de uma cultura de outono-inverno as cotações mais elevadas ocorrem em fevereiro-junho,
especialmente de março a abril. Normalmente, de agosto em diante os preços baixam. Regiões mais
altas podem produzir e comercializar também durante o verão.

As plantas inteiras ou apenas as raízes tuberosas, conservam-se bem quando estocadas a 0ºC e UR de
95%. Em tais condições conservam-se durante 10-15 dias. Já temperaturas mais altas diminuem o
período de conservação e afetam a qualidade do produto.

Doenças e Pragas

1. Tombamento de sementeira

O Tombamento de sementeira, enfermidade encontrada na cultura da beterraba, tem sido importante


em razão da tradição de semeio direto do glomérulo.

Caracteriza-se pela decomposição dos tecidos das plântulas, principalmente na região do coleto,
estendendo-se nos dois sentidos, tanto em direção à parte aérea, como em direção à ponta da raiz.
Fungos dos gêneros Pythium e Rhizoctonia são os mais freqüentemente associados à ocorrência, bem
como Phoma betae Frank, veiculado via semente. No Brasil, muitos agricultores tem abandonado o
semeio direto e preferindo o transplante de mudas produzidas em viveiros.

Este método propicia a utilização de substratos de germinação livres de patógenos e um melhor


aproveitamento do material propagativo com seleção das melhores mudas. O controle químico também
é eficiente, tratando-se as sementes com fungicidas apropriados.

2. Mancha de Cercospora – Cercospora beticola Sacc.

Esta é provavelmente a enfermidade fúngica mais séria da cultura da beterraba. O fungo ataca as plantas
adultas, decorrendo daí o surgimento de manchas necróticas, inicialmente pequenas, rodeada de uma
pigmentação arroxeada na face superior da folha. Em seu reverso, as manchas apresentam uma
coloração acinzentadas relacionadas com estrutura reproduzida pelo fungo Cercospora beticola Sacc.

Quando em grande número, as lesões coalescem ocasionando o crestamento da folha. O fungo


sobrevive em semente e restos de folhas afetadas deixadas no campo. O controle químico pode ser feito
com pulverizações com benomil, alternando com fungicidas cúpricos. Utiliza-se também cultivares
menos susceptíveis como Agrow Wonder, Tall Top Early Wonder.

3. Mancha de Phoma- Phoma betae Frank

O agente causal desta enfermidade é freqüentemente relatado como um patógeno fraco que ataca as
folhas velhas da cultura, causando manchas de 10 a 12 mm de diâmetro, nas quais podem ser
observadas pontuações negras correspondentes às estruturas reprodutivas do fungo Phoma betae
Frank. O fungo pode ainda infectar a raiz.
4. Podridão de raízes – Rhizoctonia solani Kuhn

Encontram-se referências de Rhizoctonia solani Kuhn infectando raízes tuberosas de beterraba, em


associação com a bactéria Streptomyces scabies, que causa lesões com odor fétido, depreciando o
produto para o mercado.

Mancha Bacteriana da Folha da Beterraba

A mancha bacteriana da folha da beterraba hortícola é causada por Xanthomonas campestris pv. Betae .

Os sintomas da doença aparecem, como pequenas lesões de aspecto encharcado nos limbos das folhas
que, ao se desenvolverem, adquirem contorno arredondado e anéis concêntricos. Posteriormente, as
lesões tornam-se translúcidas e coalescem com as vizinhas, comprometendo extensas áreas do tecido
foliar.

Esporadicamente, as nervuras secundárias são atingidas e se tornam enegrecidas. A doença tem sido
verificada de forma endêmica em áreas olerícolas.

A bactéria penetra através de aberturas naturais, como estômatos e hidatódios, ou através de


ferimentos , condições de alta umidade favorecem a ocorrência da doença .

Nenhuma estratégia especial tem sido desenvolvido para o controle da mancha bacteriana em campo.

Murcha bacteriana

A murcha bacteriana causada por Pseudomonas solanacearum apresenta os seguintes sintomas: murcha
acentuada dos folíolos mais velhos , seguido da murcha dos ponteiros; amarelecimento, nanismo e
produção de raízes adventícias são outros sintomas comuns.

Pseudomonas solanacearum é uma bactéria tipicamente do solo sua disseminação a média e longa
distância é feita por meio de material de propagação contaminados.
A bactéria penetra através de ferimentos causados nas raízes por nematóides, insetos ou mesmo por
tratos culturais realizados pelo homem. As temperaturas elevadas e a alta umidade favorecem a
ocorrência da doença.

Entre as medidas de controle, recomenda-se plantar mudas livres da bactéria; evitar o plantio em solos
infestados pelo patógeno; erradicar os nematóides-das-galhas, os quais aumentam a incidência da
murcha bacteriana; fazer rotação de cultura com gramíneas, como milho, arroz e pastagens, realizando-
se posteriormente a incorporação dos restos de cultura, fazer o plantio nos meses de temperatura
amenas; tomar maiores cuidados nas operações culturais para se evitarem ferimentos nas plantas.

Podridão Mole e Necrose Vascular

A podridão mole é causada por Erwinia carotovora. Os primeiros sintomas surgem nas folhas e hastes
mais espessas e tenras e nos órgãos de reservas como pequenas lesões encharcadas que aumentam de
tamanho e causam maceração do tecido afetado, ocorre amarelecimento nas folhas e coloração verde-
escuras das hastes e pecíolos. Internamente ocorre o escurecimento do sistema vascular.

Disseminação ocorre por meio de gotículas de água contendo o patógeno durante as chuvas ou irrigação
ela se desenvolve bem em alta umidade e temperatura por volta dos 28ºC.

Medida de controle: recomenda-se utilizar variedades resistentes quando disponíveis e fazer tratos
culturais evitando ferimentos nas plantas.

Nematóides

Nematóides do gênero Meloydogine são os mais daninhos à cultura da beterraba olericola. Os sintomas
mais comuns são as galhas radiculares refletindo na parte aérea da planta o enfezamento e clorose.
Controle rotação de cultura, eliminação de plantas daninhas hospedeiras.

Pragas

As quenopodiaceas são atacadas por insetos mastigadores e sugadores, controláveis por pulverizações
com inseticidas de ação de contato em injetam, ou sistêmicos , respectivamente.
Beterraba

Também apropriada para cultivo em pequenas áreas, de preferência em regiões de clima frio, a hortaliça
traz vários benefícios à saúde

Com sabor levemente adocicado e textura suave, a beterraba (Beta vulgaris L.) é apreciada cozida ou
crua em saladas, mas também pode ser usada como ingrediente em purês, musses, sopas, tortas,
vitaminas e sucos. Além de saborosa, a hortaliça conta com vários benefícios à saúde: é diurética,
combate a anemia, descongestiona as vias urinárias e tem efeito antiinflamatório.

Embora a raiz de cor vermelha-escura seja o principal produto comercializado, - é de grande valor na
produção de açúcar -, as folhas correspondem à parte mais nutritiva dessa planta herbácea. É nelas que
se encontram as maiores quantidades de cálcio, ferro, sódio, potássio e vitaminas A, B e C. Grandes e
volumosas, as folhas podem ser consumidas refogadas ou em omeletes e bolinhos.

As raízes tuberosas, de maior valor comercial, constitui-se numa das principais fontes de açúcar no norte
da Europa

Originária de regiões de clima temperado da Europa e do norte da África, a beterraba tem seu plantio
mais garantido em locais de clima frio. As temperaturas mais adequadas para o desenvolvimento da
planta estão dentro da faixa de dez a 20 graus. Por isso, as melhores regiões brasileiras para o cultivo
abrangem os estados do Sul e do Sudeste. No estado de São Paulo, destacam-se as cidades de Sorocaba,
Mogi das Cruzes e a própria capital. Nos meses quentes, a semeadura da beterraba é mais vulnerável a
doenças e pragas. O calor pode interferir na formação das raízes, provocando anéis claros que depreciam
o produto na hora das vendas. Sob temperaturas elevadas, também aumenta o risco do ataque de
doenças, como mancha da folha, podridão da raiz e ferrugem. Entre as pragas que mais acometem a
hortaliça estão a lagarta-rosca e a vaquinha.
Plantio

Plantio: ano todo em áreas acima de 800 metros de altitude e de clima frio

Solo: leve, com boa drenagem

Temperatura ideal: na faixa de 10 a 20 graus

Colheita: de 70 a 100 dias após o início do plantio

Área mínima: pequenos canteiros e caixotes

MÃOS À OBRA

As folhas, geralmente desprezadas, são ricas em minerais e vitaminas A, B e C

Época – A beterraba pode ser semeada o ano todo em áreas com altitude acima de 800 metros. De 400 a
800 metros, o cultivo é indicado entre os meses de fevereiro e junho. Abaixo de 400 metros, o melhor
período para a plantação é de abril a junho. A semeadura pode se tornar mais difícil nos meses quentes
e chuvosos. Um dos motivos é a falta de cultivar resistente à principal doença foliar, a mancha da folha.

Adubação – Antes de adubar, faça análise do solo, seguida da calagem, se necessário. Com 30 dias de
antecedência do início da semeadura ou transplante, aplique 20 toneladas por hectare de esterco de
curral bem curtido. Aumente a quantidade para 30 toneladas em caso de o cultivo ocorrer em solos
arenosos. Se a escolha for pelo uso de esterco de galinha, o material também deve ser bem curtido. Em
solos pobres, juntamente com o adubo químico (NPK), é bom adicionar de dois a quatro quilos por
hectare de boro e três quilos por hectare de zinco. Aos 15 dias e 30 dias após a emergência das plântulas
(ou transplante das mudas), pulverize cinco gramas de molibdato de sódio ou molibdato de amônio,
misturados em dez litros de água.

Local – Para a semeadura, mantenha espaçamento entre as linhas de 20 a 30 centímetros; no


transplante ou após o raleio, a recomendação é manter de dez a 15 centímetros entre plantas. Para
facilitar o cultivo inicial, o indicado é adquirir sementes descortiçadas. Elas já passaram por um processo
mecânico de quebra do glomérulo – sementes comerciais que possuem de três a quatro sementes
botânicas em seu interior. Há várias opções disponíveis no mercado.
Semeadura – De um a dois centímetros é a profundidade ideal para semear beterraba. A semeadura
pode ser realizada em bandejas específicas, que são vendidas no varejo, ou diretamente no local
definitivo. Após 20 dias, o transplante para o campo já pode ser feito. Outra opção é utilizar canteiros
(sem alvenaria) com um a 1,2 metro de largura e de 20 a 30 centímetros de altura; entre um canteiro e
outro, deve-se deixar um espaço de 40 a 50 centímetros. Neste caso, as mudas estarão prontas para o
transplante depois de 20 a 30 dias após a semeadura. Para fortalecer a planta, faça o raleamento quando
ela atingir cinco centímetros de altura.

Colheita – O tempo para iniciar a colheita varia de acordo com a opção do plantio. No sistema de
semeadura direta, a beterraba pode ser colhida de 60 a 70 dias após o cultivo. Para mudas
transplantadas, leva de 90 a 100 dias para começar a apanhar a hortaliça. Quando atingirem de seis a
oito centímetros de diâmetro, as raízes estão no ponto de colheita.

Custos – As sementes de beterraba podem ser compradas em lojas especializadas em produtos


agropecuários. Um envelope com dez gramas sai, em média, a dois reais; o de 25 gramas sobe para três
reais. O quilo da semente custa de 40 a 55 reais, mas em geral são vendidas em latas de 500 gramas. As
sementes híbridas são mais caras, e alcançam preço cinco vezes maior do que o das convencionais.

Carlos pena às 11:01:00

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