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08/09/2017

Classificação das Plantas


Daninhas

2017/2
08/09/2017

Classificação das Plantas


Daninhas
1. Botânica
2. “Folha Larga” e “Folha Estreita”
3. Ciclo Vegetativo
4. Habitat
5. Plantas Indicadoras

CLASSIFICAÇÃO

1) BOTÂNICA

a) Plantas superiores

GIMNOSPERMA (nuas)

Monocotiledônea
ANGIOSPERMAS
(protegidas por fruto)
Dicotiledônea
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Reino: Vegetalia
Divisão: Magnoliophyta
Classe Liliopsidae
Subclasse: Commelinidae
Ordem: Poales
Família: Poaceae Barnhart
Subfamílias Bambusoideae; Poideae e
Panicoideae

CLASSIFICAÇÃO

1) BOTÂNICA
Monocotiledônea
- Presença de um único cotilédone;
- Sistema radicular fasciculado;
- Folhas alternadas e constituídas de
bainha, lígula e limbo;
- Folhas com nervuras paralelas;
- Gramíneas e ciperáceas.
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CLASSIFICAÇÃO

1) BOTÂNICA

Dicotiledônea
- Presença de dois cotilédones;
- Raízes axiais;
- Folhas com nervuras ramificadas;
- Asteraceae, Convolvulaceae,
Malvaceae, Amaranthaceae.

CLASSIFICAÇÃO

1) BOTÂNICA

Monocotiledônea Folhas estreitas

Dicotiledônea Folhas largas

Exceção: Trapoeraba (folha larga, monocotiledônea)


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1. Taxonomia
 Presença de bainha, nervuras
paralelas, flores trímeras, folhas
lanceoladas, raízes fasciculadas.

1. Taxonomia

 Divisão
 Subdivisão
 Classe
 Família
 Gênero
 Espécie.
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1. Taxonomia

 Divisão I - Pteridophyta (Plantas


Inferiores) - reproduzem-se por
esporos - exemplos: algas, liquens,
samambaia, cavalinha.

 Divisão II - Spermacophyta (Plantas


Superiores) - flores verdadeiras e
sementes com embrião.
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1. Taxonomia

 Família Poaceae
– Contempla a maior quantidade de
espécies de PD.
– Seus representantes consistem em
plantas floríferas, monocotiledôneas.

1. Taxonomia

 Família Poaceae

– Em 1789, no Sistema de
Jussieu, Gramineae era o nome de uma
ordem e detinha 58 gêneros.

– Com o passar dos anos e novas descobertas,


em 1981 o Sistema de Cronquist inclui esta
família na ordem Cyperales.
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1. Taxonomia

 Família Poaceae
– 1998 ordem Cyperales foi extinta e
inserida na família Gramineae;
– 2003 a família Gramineae passou para
Poaceae.

2. “Folha Larga” e
“Folha Estreita”
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2. “Folha Larga” e “Folha


Estreita”
 Surgiu com o aparecimento dos
primeiros herbicidas orgânicos;

 Classificação com finalidade prática;

 Separando-as em dois grandes


grupos:
– FOLHA LARGA
– FOLHA ESTREITA

2. “Folha Larga” e “Folha


Estreita”

 Folha larga (Dicotiledoneae)


 Várias famílias: Asteraceae,
Euphorbiaceae, Amaranthaceae,
...
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Chamaesyce hirta
(Euphorbiaceae)

Conyza canadensis Amaranthus spp.


(Asteraceae) (Amarantaceae)

2. “Folha Larga” e “Folha


Estreita”

 Folha estreita (Monocotiledônea)


 Poaceae (Gramineae);
 Cyperaceae;
 Commelinaceae.
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Digitaria insularis
(Poaceae)
Cyperus rotundus
(Cyperaceae)

Commelina benghalensis
(Commelinaceae)

3. Ciclo Vegetativo
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3. Ciclo Vegetativo

1. Monocárpicas

2. Policárpicas

3. Ciclo Vegetativo

1. Monocárpicas
– Florescem e frutificam encerrando seu
ciclo de vida e permanecendo no solo as
estruturas responsáveis pela perpetuação
da espécie.
– Anuais e Bianuais
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3. Ciclo Vegetativo

 Anuais
– Florescem e frutificam em períodos
inferiores a um ano;
– Constituem a grande maioria e as mais
importantes PD do Brasil;
– Ciclo varia de 40 a 160 dias;
– São divididas em:
 Anuais de verão
 Anuais de inverno

3. Ciclo Vegetativo
 Anuais de Verão

 Germinam na primavera, atingem a maturidade no verão e


completam o ciclo (sementes) no outono, terminam seu ciclo de
vida antes da entrada do inverno.
 As sementes então permanecem no banco de sementes do solo
até que houver condições ideais para o início da germinação
(caso ela não apresente alguma dormência).
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3. Ciclo Vegetativo
 Anuais de Verão
– Caruru (Amaranthus retroflexus),
– capim-marmelada (Brachiaria plantaginea) e
– capim-colchão (Digitaria horizontalis)

3. Ciclo Vegetativo
 Anuais de Inverno

 Germinam no outono/inverno, desenvolvem-se durante o


inverno/primavera. Produzem sementes durante o verão.
 As sementes então permanecem no banco de sementes no
solo até que houver condições ideais para o início da
germinação (caso ela não apresente alguma dormência).
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3. Ciclo Vegetativo
 Anuais de Inverno
– Nabiça (Raphanus raphanistrum),
– Mentruz (Lepidium virginicum),
– Erva-salsa (Bowlesia incana) e
– Macela (Gnaphalium pensylvanicum).

3. Ciclo Vegetativo
 Anuais

– Propagam-se por frutos e sementes


– Ideal fazer controle antes da produção de
sementes.

Amaranthus hybridus var. patulus


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3. Ciclo Vegetativo
 Bianuais
– Ciclo de vida em um período superior a 1 ano e
inferior a 2 anos;
– Geralmente:
 1º ano  desenvolvimento vegetativo

 2º ano  florescimento e frutificação;

– Controle: 1º ano (antes do florescimento);


– Poucas espécies bianuais existentes no Brasil,
mais comuns em países de clima temperado.
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3. Ciclo Vegetativo
Podem ser bianuais ou anuais (Leonurus
sibiricus), e;

–Bianuais ou perenes (Boerhavia diffusa);


Depende das condições climáticas e época de
germinação.

3. Ciclo Vegetativo
2. Policárpicas
– Vivem durante vários anos produzindo
estruturas responsáveis pela perpetuação da
espécie em várias estações (plantas perenes);
– Reprodução por sementes e por meios
vegetativos;
– Melhor controladas através de herbicidas
sistêmicos  sistema mecânico  ocorre >
multiplicação partes vegetativas.
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3. Ciclo Vegetativo

Sida rhombifolia

3. Ciclo Vegetativo
 Perenes
– Perenes simples
 Propagação exclusivamente por
sementes;
 Relativo fácil controle.

– Perenes complexas
 Sementes e órgãos de propagação
vegetativa;
 Controle mais difícil.
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3. Ciclo Vegetativo
 Perenes complexas (rizomatosas)
• Rizomas: Geralmente horizontal, emitindo, de
espaço a espaço, brotos aéreos foliosos e
floríferos, dotado de nós, entrenós, gemas e
escamas, podendo emitir raízes.

• Produzem caule subterrâneo  rizoma  se


propaga/reproduz distante planta mãe;
Controle  herbicida sistêmico;
• Sorghum halepense (Capim massambará);
• Digitaria insularis (Capim amargoso);
• Commelina benghalensis (Trapoeraba).

 Gengibre é um rizoma
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Digitaria insularis

Sorghum halepense
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3. Ciclo Vegetativo
 Perenes complexas (estoloníferas)
– Estolão: broto lateral, em geral longo, formando,
de espaço em espaço, rosetas foliares e raízes
foliares e raízes fasciculadas, pode ser aéreo,
apoiado sobre o solo, subterrâneo ou aquático.

• Produzem estolões  emitem nós, raízes


e a nova planta;
• Ex:
 Grama seda (Cynodon dactylon) (rizomas e estolões).

Cynodon dactylon
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3. Ciclo Vegetativo
 Perenes complexas (tuberosas)
– Tubérculo: caule subterrâneo em formato
geralmente arredondado, armazenam energia,
é uma estrutura que sobrevive por longos
períodos.

– Reproduzem basicamente por tubérculos;


– Ex:
 Tiririca (Cyperus rotundus).
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4. Habitat
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4. Habitat

4.1 Terrestes

4.2 Parasitas

4.3 Aquáticas

4. Habitat

4.1 Terrestes

–Herbáceas
 Porte pequeno, com altura e diâmetro de copa
inferior a 1,0 m, para plantas eretas ou
prostradas, respectivamente.
 Ex: Richardia brasiliensis – Poia Branca, mata
pasto.
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4. Habitat

4.1 Terrestes
–Sub-Arbustiva
 Porte variado de 0,80 a 1,50m de altura, caules
lenhosos e hábito ereto;
- Fedegoso (Senna obtusifolia);
- Guanxuma (Sida rhombifolia)

4. Habitat
4.1 Terrestes
–Arbustiva
 Caule de hábito ereto, são lenhosas de porte
variado de 1,50 a 2,5m de altura;
 Ex: Mamona (Ricinus communis)
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4. Habitat
4.1 Terrestes
–Arbórea
 Mesmas características que arbustivas, mas com
porte acima de 2,5 m;
 Ex: Leucena (Leucaena leucocephala).

4. Habitat
4.1 Terrestes
–Trepadeira
 Utilizamoutras plantas como suporte;
 Ex: Corda de viola (Ipomoea purpurea).
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4. Habitat
4.1 Terrestes
– Epífita
 Plantas que vivem sobre outras plantas, afastadas
do solo, mas não são parasitas
– Ex: Bromélias, barba de velho (Tillandsia
usneoides).

4. Habitat
4.2 Parasitas
–Parasitas da Parte Aérea
 Cresce sobre outra utilizando do seu alimento;
 Ex: Cipó-chumbo (Cuscuta racemosa); Erva de
passarinho (Struthanthus sp.).
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4. Habitat
4.2 Parasitas
–Parasitas do Sistema Radicular
 Não existem plantas daninhas registradas no
Brasil
 Ex: Erva de bruxa (Striga spp.)  África, Ásia e
Austrália.

4. Habitat
4.2 Aquáticas
1.Algas: unicelulares (microscópicas) ou
pluricelulares (filamentosas), grandes
infestações: “água podre” dificultam o uso da
água.

 Ex: Água-verde (Chlorella spp.)


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4. Habitat
4.2 Aquáticas

2. Submersas: aproveitam a luz difusa


 Ex: Elodea (Elodea canadensis)

4. Habitat
4.2 Aquáticas
3.Macrófitas

a)Flutuantes: plantas permanecem na


superfície da água, movimentam-se
livremente, raízes submersas na água.

–Ex: Aguapé (Eichhornia crassipes)


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4. Habitat
4.2 Aquáticas

3. Macrófitas

b) Suspensas: o contato é apenas


com a água, não há raízes.

Ex: Utriculária (Utricularia foliosa)

4. Habitat
4.2 Aquáticas

3. Macrófitas
c) Submersas ancoradas: em contato
com a água e o solo.
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4. Habitat
4.2 Aquáticas

3. Macrófitas
d) Emergentes: Ocorrem em águas rasas,
com Sistema radicular fixo e enterrado no
solo, as folhas emergem fora da superfície
do solo.
 Ex: Taboa (Typha angustifolia)
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4. Habitat
4.2 Aquáticas

3.Macrófitas
e) Âncoradas com folhas flutuantes: raízes
ancoradas no leito do manancial, em
contato com o solo, água e o ar.

 Ex: Lírio-aquático (Nymphaea ampla)

4. Habitat
4.2 Aquáticas

3. Macrófitas
f) De Terra Molhada: sobrevivem em
solos constantemente encharcados
 Ex: erva-de-bicho (Polygonum
persicaria)
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FONTE: OLIVEIRA JR.; CONSTANTIN; INOUE,


2011.

5. Plantas Indicadoras
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5. Plantas Indicadoras

 PD de solo fértil
– São as que extraem grandes quantidades de
nutrientes, requerendo elevado suprimento
de água (solos argilosos não compactados);
– Sua presença valoriza as terras
comercialmente – são indicativos de terras
férteis;
– spp gênero Amaranthus, Portulacaceae,
Commelineacea.

Amaranthus tricolor

Amaranthus retroflexus
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Portulaca oleraceae
(Beldroega, onze-
horas)

Commelina benghalensis
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5. Plantas Indicadoras

 PD de solos de baixa fertilidade


– PD que se desenvolvem em solos de
baixa fertilidade - elevados índices de
acidez;
– PD pouco exigentes, podendo indicar
padrões de solo fraco;
– Aristida pallens (capim-barba-de-bode),
spp gênero Sida (guanxuma) e Pteridium
aquilinum (samambaia).

Aristida pallens
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Sida santaremensis

Sida cordifolia

Sida spinosa

Pteridium aquilinum
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5. Plantas Indicadoras
 PD de solos de média fertilidade

– PD que se desenvolvem em solos de


fertilidade e textura intermediária;
– Existem ainda PD que são indiferentes
quanto a fertilidade e ao tipo de solo:
 Cyperus rotundus (tiririca);

 Cynodon dactylon (Grama bermuda)

 Cenchrus echinatus (Capim carrapicho);

 Imperata brasiliensis (sapé).

Cynodon dactylon

Cenchrus echinatus

Imperata brasiliensis

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