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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS


CAMPUS DE CHAPADINHA

DISCIPLINA: ANATOMIA E MORFOLOGIA VEGETAL


PROF. Dra. JEANE RODRIGUES DE ABREU MACEDO

Morfologia da Raiz
Roteiro

Introdução:
A raiz é uma estrutura de grande importância na conquista da terra pelas plantas. Não só
proporcionou o crescimento de estruturas capazes de crescer subterraneamente e buscar
por água e minerais onde eles são prováveis de serem encontrados no ambiente terrestre,
mas também por fixarem a planta em seu substrato. Posteriormente, as raízes adquiriram
também outras funções como reserva de nutrientes ou mesmo fotossíntese.

Objetivo:
Analisar a morfologia do sistema radicular de Dicotiledôneas e de Monocotiledôneas e
as adaptações das raízes.

Material botânico:
Raízes de monocotiledôneas (1) e dicotiledôneas (1)
Adaptações das raízes (3)
➢ Podem ser aquáticas, aéreas e subterrâneas

Método:
Analise as raízes coletadas, levando em conta o ambiente de ocorrência e seus
caracteres morfológicos.

Análise morfológica das raízes


1. Desenhe o sistema radicular de uma dicotiledônea, identifique as partes
constituintes e o tipo morfológico. Comente sobre a origem deste sistema
radicular.
As dicotiledôneas são caracterizadas como plantas (angiospermas) que têm em
sua formação dois ou mais cotilédones presentes na sua semente. ... É a partir da
raiz principal que se ramificam e partem as raízes laterais.
Quando a semente germina a primeira estrutura a emergir é a radícula, que é
responsável pela formação da primeira raiz da planta. Nas gimnospermas e
dicotiledôneas esta raiz, geralmente, permanece toda a vida da planta e a partir
dela se formam as raízes laterais.

2. Desenhe o sistema radicular de uma monocotiledônea. Identifique o tipo de raiz


quanto a morfologia e quanto a origem. Explique
Nas Monocotiledôneas (Angiospermas com um único cotilédone) onde após a
emissão da radícula surge o coleóptilo (capa protetora do epicótilo) e
posteriormente formam-se as raízes adventícias na região do colo ou coleto que
podem crescer simultaneamente à radícula formando um sistema radicular
fasciculado. Nas Monocotiledôneas, a radícula não se desenvolve
suficientemente para formar o sistema radicular pivotante.

3. Que diferenças foram observadas entre a morfologia dos dois tipos de sistema
radicular analisados?

As raízes podem se desenvolver a partir de uma radícula principal ou surgir em


ramificações a partir do caule.
O sistema de raízes das monocotiledôneas é fasciculado, um sistema radicular
fibroso com várias raízes moderadamente ramificadas crescendo a partir do
caule. Por outro lado, as dicotiledôneas têm um sistema de raiz principal, com
outras raízes que brotam lateralmente a partir dela. Elas são chamadas de raízes
axial ou pivotantes.
4. Qual tipo de sistema radicular é mais utilizado para cobertura de solos? Por quê?

Fasciculada ou cabeleira, característico das monocotiledôneas.


Tal sistema radicular pode proporcionar significativas melhorias ao solo,
especialmente nos aspectos relacionados à estrutura e no acúmulo de matéria
orgânica no solo, protegendo-o contra processos erosivos e a lixiviação de
nutrientes, porém não se limitando a isso, já que muitas são usadas para
pastoreio, produção de grãos e sementes, silagem, feno e como fornecedoras de
palha para o sistema de plantio direto. Além de contribuírem para a melhoria dos
atributos físicos, químicos e biológicos do solo, as espécies vegetais utilizadas
como cobertura do solo auxiliam no controle de plantas daninhas, de doenças, de
nematoides e de pragas, beneficiando diretamente as culturas sucessoras.

5. Cite uma vantagem das plantas com sistema radicular axial em relação as plantas
com sistema radicular fasciculado.

Nas raízes axial, existe uma raiz principal que penetra verticalmente no solo,
sendo, geralmente, maior e mais grossa que as secundárias que partem dela.
Esse tipo de raiz consegue absorver água das camadas mais profundas do solo e
é típico das dicotiledôneas e das gimnospermas.

6. Estude três tipos de adaptações das raízes em várias espécies que você conhece,
elabore desenhos, identifique-as e cite as características.

As raízes podem ser classificadas em tipos mais especializados, levando em


consideração suas adaptações.
Raízes respiratórias: de aeração ou pneumatóforos: Essas raízes são muito
comuns em plantas que vivem em manguezais, principalmente por realizar
trocas gasosas com o meio ambiente. Possuem geotropismo negativo e por isso
podem ser vistas saindo do solo. Nelas são encontradas estruturas denominadas
pneumatódios, que permitem a obtenção de oxigênio.
Exemplo: Avicennia schaueriana. (Mangue-preto)

Raízes sugadoras ou haustórios: Essas raízes são encontradas em espécies de


plantas parasitas e hemiparasitas. Elas atuam retirando seu alimento das plantas
em que se estabelecem, penetrando projeções denominadas de haustórios no
interior dos vasos condutores. Quando a planta é parasita (ex. Cipó-chumbo), os
haustórios retirarão água e nutrientes sugando a seiva elaborada.
Quando as plantas são hemiparasitas (ex. Erva-de-passarinho), elas não
dependerão dos nutrientes, pois são capazes de realizar o processo de
fotossíntese. Neste último caso, elas só retiram da planta hospedeira água e sais
minerais.

Raízes tuberosas: Raízes caracterizadas pelo espessamento devido ao grande


acúmulo de substâncias de reserva, principalmente carboidratos, como os grãos
de amido. A reserva ocorre normalmente no tecido parenquimático. Entre as
espécies que possuem esse tipo de raiz podemos citar a cenoura, a batata-doce, o
nabo, a mandioca e a beterraba como raízes tuberosas.

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