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Cláudia Langa

Dalton Homisio
Dânia Chefo
Jamila Chilusse

1 ° Ano de Licenciatura em Biologia

Botânica Geral

Morfologia Interna e externa da Raiz

UNISAVE
2021
Cláudia Langa
Dalton Homisio
Dânia Chefo
Jamila Chilusse

1 ° Ano de Licenciatura em Biologia


Botânica Geral

Morfologia Interna e Externa da Raiz

Trabalho a ser avaliado sob orientação


do Dr. Confúcio Matsena:
UNISAVE
2021

Índice

Introdução..................................................................................................................................4

Morfologia Externa e Interna da Raiz........................................................................................5

Origem da raiz............................................................................................................................5

Função da raiz............................................................................................................................5

Regiões de uma raiz...................................................................................................................6

Tipos de raízes............................................................................................................................7

Principais adaptações das Raízes...............................................................................................8

Morfologia interna da raiz........................................................................................................10

Importância da raiz na adaptação das plantas vasculares terrestres.........................................13

Importância da raiz...................................................................................................................14

Conclusão.................................................................................................................................15

Bibliografia..............................................................................................................................16
Introdução

O presente trabalho tem como tema a morfologia Externa e Interna da raiz, e tem como
objectivo fazer uma abordagem ao redor da raiz no que concerne a origem, a estrutura,
os seus principais tipos, bem como as suas funções.

No que diz respeito à estrutura do trabalho, vale salientar que logo após a introdução,
segue-se o desenvolvimento dos conteúdos acima abordados, a conclusão e por fim a
bibliografia, onde contam as fontes literárias usadas na elaboração do trabalho.

A metodologia usada na elaboração do trabalho baseou-se na revisão de obras literárias


dispostas nas bibliotecas, bem como o uso de tecnologias de informação e comunicação.

Morfologia Externa e Interna da Raiz

Origem da raiz

A raiz é um órgão subterrâneo encontrado nos vegetais que atua principalmente na


fixação do vegetal ao substrato e na absorção de água e sais minerais.
Nas gimnospérmicas e dicotiledóneas a raiz principal tem origem na radicula do
embrião. Nas monocotiledóneas a radicula degenera e o sistema radicular é constituído
por numerosas raízes com origem no caule.

Os dois tipos apresentam ramificações, raízes laterais ou radicelas, com origem no


periciclo, portanto, endógenas (cresce para dentro do solo)

Função da raiz
 Fixar a planta
 Absorção de água e sais minerais
 Sustentação da planta

Regiões de uma raiz

Coifa (caliptra): É uma espécie de capuz que protege a ponta da raiz. A coifa envolve e
protege a raiz contra o atrito com as partículas do solo e contra o ataque de
microrganismos diversos
Região lisa (crescimento): É a região onde ocorre o alongamento da raiz, situada acima
da coifa, conhecida como a zona nua. Assim, para que uma raiz cresça bem, deve haver:
multiplicação de células (na ponta) e alongamento celular (na região lisa);

Região prolífera (pêlos absorventes): Nessa região existem pêlos absorventes, que
retiram do solo água e sais minerais.

Região suberosa (ramificação): Região na qual a raiz se ramifica, originando as raízes


secundárias;

Colo (coleto): Ponto de encontro da raiz com o caule.

Tipos de raízes

Sabemos que as angiospermas podem ser divididas em dois grandes grupos:


monocotiledôneas e dicotiledóneas. Nesses grupos, verificam-se dois tipos básicos de
raízes: fasciculadas e pivotantes.

Raízes Fasciculadas: As raízes fasciculadas compõem-se de um conjunto de raízes


finas que têm origem em um único ponto, onde não distinguimos uma raiz principal,
seja pela posição ou pelo desenvolvimento, são quase sempre superficiais, finas e
bastante ramificadas, com pouca profundidade e unem-se com mais firmeza nas
camadas superficiais. Essas raízes ocorrem nas monocotiledôneas, como, o milho, a
cana, etc.

Raízes Aprumadas (Pivotantes): Apresenta raiz principal bem desenvolvida com


origem na radícula que penetra verticalmente no solo, da qual partem as raízes laterais,
que também se ramificam. Essas raízes também chamadas de raízes axiais, ocorrem nas
dicotiledóneas, como o feijão, o café, a laranjeira.
Principais adaptações das Raízes

As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas algumas plantas possuem tipos
especiais de raízes com outras funções.

1. Raízes Tuberculosas: As raízes tuberosas contêm reservas nutritivas e são muito


utilizadas na nossa alimentação. Como exemplos dessas raízes: mandioca, a cenoura, a
beterraba, a batata-doce e o nabo.

2. Raízes Aéreas (escoras): partem do caule e se fixam no solo, aumentando a


superfície de fixação da planta. Geralmente são encontradas nas plantas que se
desenvolvem nos mangues, ambientes de solos movediços (mangue-vermelho, do
gênero Rhizophora);

3. Raízes Tabulares: As raízes tabulares são raízes achatadas como tábuas que
encontramos em algumas árvores de grande porte. Auxiliam a fixação da planta no solo
e possuem poros que permitem a absorção de gás oxigênio da atmosfera. A sumaúma,
da Amazônia, apresenta raízes tabulares.
4. Raízes Sugadoras (haustórias): São raízes de plantas parasitas, como a erva-de-
passarinho, que penetram no caule de uma planta hospedeira, sugando-lhe a seiva.

5. Raízes Respiratórias (pneumatóforas): São raízes de algumas plantas que se


desenvolvem em manguais. O solo é geralmente muito pobre em gás oxigênio. Essas
raízes partem de outras existentes no solo e crescem verticalmente, emergindo da água;
possuem poros que permitem a absorção de oxigênio atmosférico

Morfologia interna da raiz

A estrutura interna da raiz pode ser dividida em raiz primária e secundária, levando em
conta o tipo de crescimento promovido.

Raiz primária
Na raiz primária estão presentes os componentes que contribuem para o crescimento em
tamanho (longitudinal) da raiz. O crescimento longitudinal ocorre nas monocotiledóneas
em todo o seu desenvolvimento em raízes jovens de dicotiledóneas.

Na visualização do corte transversal da raiz primária, é possível verificar a presença de


um conjunto de camadas que compõem essa estrutura:
 Epiderme: camada mais externa, geralmente composta por uma camada única
de células e que possui a função de revestir os demais tecidos da raiz;
 Córtex: ocupa maior parte do corpo primário da raiz e é constituído por células
parenquimáticas, colenquimáticas e esclerenquimáticas, com função de
preenchimento e sustentação dos demais tecidos da raiz.
São constituintes do córtex a exoderme, o parênquima cortical e a endoderme:
1. Exoderme: formada pelo conjunto de células suberificadas com origem na
epiderme da raiz, tem a função de protecção dos tecidos subjacentes.
2. Parênquima cortical: tecido de preenchimento que fica no córtex.
3. Endoderme: é a última camada do córtex, formada por células prismáticas,
alternadas com células do periciclo e tem a função de proteger a medula que
contém os tecidos condutores.
 Cilindro vascular: localizado na região central da raiz, pode ser subdividido
em:
1. Periciclo: constituído por uma camada fina de células que possuem
capacidade de divisão celular, isto é, promover a proliferação celular e a
diferenciação para formar estruturas secundárias da raiz.
2. Xilema (lenho): esse vaso condutor em forma de prisma tem a função de
transportar a seiva inorgânica, composta por substâncias absorvidas pela
raiz.
3. Floema (líber): esse vaso condutor disposto em feixes ao redor do xilema,
tem a função de levar os produtos da fotossíntese para a raiz do vegetal.

Raiz secundária

Entre os feixes do xilema e floema, está o procâmbio, tecido de células merismáticas


que possuem capacidade de divisão celular.
Outra estrutura relacionada ao crescimento secundário é o periciclo, que é composto por
células que podem apresentar capacidade de divisão celular para formarem tecidos
secundários.

As células do procâmbio e do periciclo se proliferam e geram o câmbio vascular, onde a


partir da sua divisão, formam-se os tecidos secundários.
 Xilema secundário: gerado a partir da divisão do câmbio, formando células
localizadas mais para o interior da raiz.
 Floema secundário: gerado a partir da divisão do câmbio, formando células
externas da raiz.

As células do periciclo também, se diferenciam e auxiliam na formação mais externa,


conhecida como felogénio. Este possui a capacidade de divisão celular, gerando
feloderma (região interna) e súber (região externa), que contribuem para o crescimento
em espessura da raiz.

Importância da raiz na adaptação das plantas vasculares terrestres

O fator determinante para a adaptação da raiz ao meio ambiente é a água do solo.

Assim como os animais, as plantas também tiveram dificuldades para se fixar em terra
firme. Os desafios eram muitos e as plantas precisavam enfrentar problemas, tais como:
dessecação, trocas gasosas na atmosfera, sustentar-se fora da água e reprodução. E para
se contornar esses problemas, houve uma evolução:

 Para evitar a dessecação, o surgimento da cutícula foi essencial


 Para a realização de trocas gasosas, o aparecimento de estômatos foi de
fundamental importância
 O problema da sustentação foi resolvido com o surgimento de duas estruturas:
raízes e tecidos vasculares. As raízes estão relacionadas à fixação da planta ao
substrato e à absorção de nutrientes e água do solo. Os tecidos vasculares estão
relacionados principalmente com o transporte de seiva bruta e seiva elaborada
 O problema da reprodução foi solucionado com o surgimento de esporos, que
são considerados uma grande adaptação ao meio terrestre

Na evolução das plantas terrestres, a formação de um grande sistema subterrâneo para a


fixação e absorção, a raiz teve um grande significado. Parece que o arranjo alternado do
lenho e líber nas raízes facilita a absorção da água.

Importância da raiz
 Acção económica: são usadas como fonte de matéria-prima na indústria
alimentar e como fonte de rendimento.
 Acção alimentar: Algumas raízes são comestíveis e usadas para a alimentação.
 Acção medicinal: São utilizadas para tratar diversas doenças.
 Acção anti-erosiva: Fixam o solo evitando a erosão

Conclusão

No presente trabalho abordamos a morfologia interna e externa da raiz, onde chegamos


à conclusão de que a raiz é uma estrutura encontrada nos vegetais que atua
principalmente na fixação do vegetal ao substrato e na absorção de água e sais minerais.
Vale salientar, no entanto, que as raízes podem desempenhar outras funções, como
funcionar como órgãos de reserva. Podemos identificar quatro partes principais nelas:
coifa, região lisa, região pilífera e região de ramificação.
Assim como os animais, as plantas também tiveram dificuldades para se fixar em terra
firme. Os desafios eram muitos e as plantas precisavam enfrentar problemas, tais como:
dessecação, trocas gasosas na atmosfera, sustentar-se fora da água e reprodução. E para
se contornar esses problemas, houve uma evolução:

Bibliografia

 LINDON, Fernando; GOMES, Hélio; ABRANTES, António. Anatomia e


Morfologia Externa das Plantas Superiores. Lisboa
 NABORS, Murray. Introdução à Botânica. São Paulo: Roca. 2012
 MIRA, William. Raiz - Partes da Planta. Quero Bolsa, 2018. Disponível em:
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/raiz.

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