Você está na página 1de 81

Botânica Geral

874502816/849143312
mugabecelia@gmail.com
Introducao ao estudo dos tecidos
A célula vegetal é considerada a unidade estrutural e funcional das plantas. O termo
célula (do latim cellula = pequena cela) foi designado em 1665 pelo físico inglês
Robert Hooke.

A parede celular envolve a membrana plasmática, que circunda o citoplasma, no


qual está contido o núcleo. No citoplasma estão presentes organelas, como
vacúolos, plastídios, mitocôndrias, microcorpos, aparato de Golgi e retículo
endoplasmático, citoesqueleto e ribossomos.
Célula vegetal
Parede celular
A parede celular ocorre nas células vegetais. Pode ser delgada e frágil, como nas
células meristemáticas, ou muito espessada e rígida, como nas células
esclerenquimáticas

O que as mantém unidas umas às outras é a lamela média, uma fina camada
constituída principalmente de substâncias pécticas sintetizadas pelas próprias
células, a qual é depositada entre as paredes de células contíguas.
Função da parede celular
A parede celular está relacionada a algumas funções importantes, como:
 permeabilidade a água e a outras substâncias;
 prevenção de ruptura da membrana plasmática;
 retenção de enzimas relacionadas a vários processos metabólicos e
 atuação na defesa contra bactérias e fungos.
Composição Química da Parede Celular
Na sua composição química, a parede celular apresenta:
 celulose,
 hemicelulose,
 substâncias pécticas e lipídicas,
 proteínas e,
 lignina.
Plastídios
Os plastídios ou plastos são organelas extremamente dinâmicas, capazes de se
dividir, crescer e se diferenciar. Incluem várias formas, cada qual com estrutura e
metabolismo especializados.
Apresentam um envoltório constituído por duas membranas lipoproteicas,
contendo uma matriz denominada estroma, onde se situa o sistema de
membranas denominado tilacóides, possuem seu próprio DNA e podem apresentar
ribossomos.
Tipos de plastidios
• Os cloroplastos contêm pigmentos do grupo das clorofilas, importantes na
fotossíntese, além de pigmentos acessórios, como carotenóides. Ocorrem em
todas as partes verdes da planta,

• Os cromoplastos são plastídios portadores de pigmentos carotenóides que,


geralmente, não apresentam pigmentos associados à fotossíntese . São
encontrados nas pétalas e em outras partes coloridas das flores, dos frutos e de
algumas raízes.
Cont.
Os leucoplastos são plastídios que não apresentam pigmentos, mas armazenam
substâncias. Eles podem ser classificados em:
a) Amiloplastos: quando acumulam de um a vários grãos de amido, um dos
produtos da fotossíntese, e se encontram em tecidos e órgãos de reserva.
Apresentam sistema de tilacóides pouco desenvolvido. Quando expostos à luz,
podem se transformar em cloroplastos.
b) Proteinoplastos: quando armazenam proteínas. São encontrados nos elementos
crivados da maioria das angiospermas, geralmente de forma cônica e parcialmente
cristaloide.
c) Elaioplastos: quando reservam óleos.
Vacúolos
Os vacúolos possuem diferentes funções e propriedades, de acordo com o tipo de
célula.
 Participam ativamente no crescimento e no desenvolvimento da planta, através
de Também participam da manutenção do pH da célula.
 Os vacúolos são responsáveis pela digestão de outros componentes celulares
(autofagia).
 Podem ser compartimentos de armazenamento de íons, proteínas e outros
metabólitos.
 Também podem acumular metabólitos secundários, como substâncias fenólicas.
Substâncias Ergásticas
São substâncias orgânicas ou inorgânicas resultantes do metabolismo celular que
não fazem parte da estrutura da célula.
Podem ser substâncias de reserva ou produtos de excreção, que têm função
importante na defesa da planta contra predadores.
Podem ser armazenados nas paredes celulares ou no vacúolo.
Idioblasto é a célula diferenciada que contém as substâncias ergásticas.
Tipos de substâncias ergasticas

• Lipídios: são óleos e gorduras que ocorrem frequentemente nas sementes,


esporos, embriões e células meristemáticas. Podem se apresentar como corpos
sólidos ou como gotículas.

• Taninos: é um grupo de substâncias derivadas do fenol que pode ocorrer em


todos os órgãos dos vegetais. Apresenta natureza amorfa, sendo comum nos
vacúolos, no citoplasma e na parede celular. Evita a decomposição do vegetal e a
ação de predadores, como insetos.
Cont.
Corpos de sílica: são depósitos de dióxido de sílica comuns em monocotiledôneas.
São específicos em famílias e gêneros. A sílica também pode estar depositada na
parede celular.

Corpos proteicos: ocorrem como material de reserva em sementes e frutos.


Podem se apresentar como corpos amorfos ou com formas distintas.

Mucilagem: são secreções que contêm carboidratos e água e se acumulam no


vacúolo, sendo comum em plantas de ambientes xéricos.
Os Meristemas
O crescimento das plantas ocorre graças à existência de regiões especializadas que
produzem novas células, as quais são incorporadas ao corpo do vegetal. Essas
regiões são denominadas de meristemas. Ao contrário dos animais, as plantas
continuam a crescer ao longo de toda a sua vida. Todo o seu crescimento é
resultante da atividade dos meristemas, que se localizam em regiões específicas no
corpo do vegetal.
Classificação dos meristemas
Quanto a localizacao no corpo: apicais,
intercalares e laterais,

Quanto ao tempo de surgimento no corpo


do vegetal,chamados meristemas primários
(apicais e intercalares) e meristemas
secundários (laterais).
Constituição dos meristemas
As células meristemáticas são indiferenciadas
- paredes primárias delgadas,
- citoplasma denso,
- núcleo volumoso,
- pequenos vacúolos e
- plastos indiferenciados (proplastídios).
Localização do meristema apical
Os meristemas apicais se originam no
embrião das pteridófitas (plantas
vasculares sem semente), das
gimnospermas (plantas vasculares com
sementes expostas) e das angiospermas
(plantas vasculares com sementes
encerradas em frutos).
Os meristemas de origem embrionária se
autoperpetuam, mantendo-se na planta
jovem e, depois na planta adulta,
localizando-se nos ápices dos caules e das
raízes, e nos ápices de suas ramificações
Meristema apical caulinar- suas funcoes
• O ápice caulinar, ou gema apical, além
de contribuir com o crescimento em
altura do vegetal, origina Também as
folhas e as gemas axilares
• Forma novas folhas
• As gemas axilares poderão
desenvolver ramos ou flores
Meristema apical radicular – suas funções
 A coifa é responsável por proteger o
meristema apical radical, e e de
natureza geralmente parenquimática.
 A organização dos meristemas
primários no ápice radicular é
semelhante ao ápice caulinar: ocorre a
protoderme, localizada externamente,
a qual é precursora da epiderme; o
meristema fundamental, de localização
intermediária, o qual origina o córtex;
e, por final, o procâmbio, de
localização central, que origina o
cilindro vascular, constituindo a
estrutura primária da raiz.
Meristemas intercalares
 Os meristemas intercalares
localizam-se na base dos entrenós do
caule reprodutivo (escapo floral) e na
base das folhas de várias espécies de
monocotiledôneas.

 Sua função é fazer o alongamento do


entrenó, nos caules reprodutivos, e,
nas folhas, permitir seu crescimento
constante durante toda a vida.
Meristemas Laterais
• Os meristemas laterais surgem
lateralmente em relação ao eixo da
raiz e do caule, em regiões que já
passaram pelo crescimento
primário.
• Eles são responsáveis pelo
crescimento secundário ou
crescimento em espessura da
planta. Ocorrem nas
espermatófitas (plantas com
semente), com exceção das
monocotiledôneas. Os dois tipos
de meristemas laterais são o
câmbio vascular e o felogênio.
Tecidos definitivos- Parênquima
O parênquima tem origem no meristema fundamental;
É um tecido vivo que ocorre em todo o corpo da planta;
Se localiza entre a epiderme e o cilindro vascular –das raízes e dos caules, na
medula, presente no caule e em raízes adventícias, no mesofilo das folhas –
tecido que se localiza interiormente a epiderme, entremeado pelo sistema
vascular;
Cont.
Células parenquimáticas ocorrem também associadas aos tecidos vasculares,
xilema e floema primários e secundários

As células parenquimáticas, normalmente, têm formato isodiamétrico, alongado,


Apresentam paredes primárias delgadas, onde há campos de pontoação, e um
vacúolo central amplo, que mantém o citoplasma periférico junto à parede

 Posteriormente, no desenvolvimento da planta, essas células


podem apresentar deposição da parede secundária e lignificação da parede
celular, havendo uma transformação de uma célula parenquimática em uma
célula esclerenquimática.
Exemplos de parênquimas
Função
 Fotossíntese
 Transporte
 Reserva
 Secreção
 Excreção
 Preenchimento em geral
Parênquima de preenchimento
É constituí- do por células poligonais, com espaços intercelulares esquizógenos
pequenos. Esse tecido é encontrado no córtex e na medula das raízes e nos caules,
denominado parênquima cortical e parênquima medular, respectivamente.
Ocorre, também, no pecíolo e na nervura principal das folhas. As células
parenquimáticas podem apresentar plastídios e substâncias variadas em seus
vacúolos, como compostos fenólicos.
Parênquima Clorofiliano ou Clorênquima
As células do parênquima clorofiliano são ricas em cloroplastos, os quais são
responsáveis pela captação de luz para o processo de fotossíntese.
Esse tipo de tecido ocorre principalmente em folhas, formando o mesofilo, embora
também possa estar presente em caules jovens e em raízes aéreas
Parênquima de Reserva
O parênquima de reserva pode armazenar diferentes substâncias provenientes do
metabolismo celular. Tais substâncias podem ficar armazenadas nos plastídios ou no
vacúolo dessas células, ou mesmo em espaços intercelulares.
Amilífero
– Grãos de amido nos amiloplastos
– Rizomas
– Relação fonte-dreno

Aerífero ou aerênquima
– Armazenamento de ar
– Solos sujeitos a alagamento

Aquífero
– Armazenamento de água
– Células ricas em mucilagem hidrófila
Cont.
Parênquima paliçádico : as células do parênquima paliçádico são cilíndricas,
alongadas e se posicionam com o seu maior eixo perpendicularmente à superfície
do órgão, paralelamente ao espectro luminoso.

Parênquima esponjoso : o parênquima esponjoso é caracterizado por possuir


espaços intercelulares amplos. Suas células são de diferentes formatos, com
projeções laterais que conectam umas às outras delimitando os espaços
intercelulares.
Colênquima
Células com protoplasto vivo, com paredes primárias e várias formas;
Tecido de sustentação;

Parede celular
 Brilhante;
 Irregular;
 Celulose;
 Substâncias pécticas;
 60% de água.
Colênquima
 Aparece em órgãos com flexibilidade
 Pode originar o felogênio – meristema secundário
 Pode formar tecido de regeneração
 Aparece na forma de cordões ou cilindros contínuos
 Com o envelhecimento, suas células ficam com o lúmem arredondado
 Pode sofrer lignificação em suas células, convertendo-se em esclerênquima
Tipos de colênquima
Colênquima lamelar suas células mostram espessamento nas paredes tangenciais
internas e externas.

Colênquima angular: nesse tipo de tecido, as paredes mostram maior


espessamento nos ângulos, onde há o encontro de três ou mais células. O
espessamento da parede primária possui um aspecto triangular em corte
transversal. É o tipo mais comum de colênquima.

Colênquima anelar: nesse tipo de colênquima, o espessamento pode ocorrer em


todas as paredes de forma regular.
Cont.
Devido às suas características celulares, as quais conferem plasticidade a esse
tecido, o colênquima está presente em órgãos ainda em crescimento primário,
permitindo o alongamento, a flexibilidade e a sustentação principalmente quando
ocorrem em espécies de regiões sujeitas às pressões externas, como ventos fortes.
Esclerênquima
Tecido de sustentação
Característica:
 Células com paredes celulares secundárias espessas, geralmente lignificadas
 Células com tamanhos variados
 Espessamento irregular da parede celular

 Origem: Meristema fundamental – sistema primário da planta


 Protoplasto morto na maturidade

Parede celular secundária


 Celulose
 Hemicelulose
 Substâncias pécticas
 Lignina – 35%
– substância amorfa,
– polimerização de vários álcoois – coumaril; coniferil; sinaptil
– Reveste e impermeabiliza a célula – evita ataques químico, físico e biológico
Tipos de células esclerênquimáticas
As células do esclerênquima são classificadas de acordo com a sua forma, sendo
de dois tipos: as fibras e as esclereídes.
Fibras
– Células longas e geralmente mortas, com paredes secundárias grossas
– Podem ser vivas, se o espessamento da parede permitir, com presença de
pontuações
– Cordões ou feixes
– Podem ser xilemáticas ou floemáticas
– Podem acumular amido, óleos, resinas e cristais
– As fibras podem ser gelatinosas ou mucilaginosas, pobres em ligninas e , às
vezes, vivas
– Têm valor comercial – cânhamo, linho e rami – fabricação de tecidos
Esclereídes

– Células isoladas ou em grupos esparsos


– Idioblásticas
– Tipos principais
» Esclereídes fibriformes
» Colunares
» Osteoesclereídes
» Astroesclereídes
» Tricoesclereídes
Classificação
As esclereídes são classificadas de acordo com sua forma:

a) Braquiesclereídes: são células isodiamétricas curtas, com parede fortemente expessada, ocorrem
geralmente isoladas ou
em pequenos grupos.

b) Astroesclereídes: são esclereídes em forma de estrela com longas projeções.

c) Macroesclereídes: são células alargadas com formatos prismáticos, geralmente associadas aos
osteoesclereídes.

d) Osteoesclereídes: são células curtas, cujo lúmen tem forma de osso, como as que ocorrem nos
envoltórios das sementes de leguminosas .

e) Tricoesclereídes: são células longas, com forma de um tricoma, como as que ocorrem em raízes de
banana-de-macaco (Monstera deliciosa, Araceae)
Funções
Resistência
Sustentação
Proteção aos órgãos
Tecidos de transporte
Os tecidos vasculares são formados pelo
procâmbio, no crescimento primário, e
pelo câmbio vascular, no crescimento
secundário.

Os tecidos vasculares, também chamados


de tecidos de condução ou de transporte,
têm como função a condução de
seiva e são chamados de xilema e floema.
O Xilema
O xilema é um tecido morto que
conduz seiva bruta ou inorgânica, ou
seja, água e sais minerais da raiz para
as folhas para que possam ser
utilizadas pela planta na fotossíntese.

É formado por: elementos de vaso,


parênquima lenhoso e fibras de
esclerênquima.
Tipos de celulas
 O xilema é o tecido vascular responsável, principalmente, pela condução de água
e sais minerais das raízes para as partes superiores da planta, fazendo a
condução ascendente. É constituído por diferentes tipos de células, vivas e
mortas, que exercem funções nomeadamente:
 Elementos condutores
 Células parenquimáticas
 Fibras
 Outros tipos de células – ex: Secretoras
Cont.
Dois tipos de elementos traqueais ocorrem no xilema: as traqueídes e os
elementos de vaso.

As traqueídes são células longas com as extremidades afiladas a arredondas . São


imperfuradas, isto é, sem placa de perfuração nas paredes terminais

Os elementos de vaso são células perfuradas, isto é, possuem placa de perfuração.


As placas de perfurações geralmente ocorrem nas paredes terminais dos
elementos e são responsáveis pela comunicação e pela passagem da água entre as
células no sentido longitudinal.
Cont.
Elementos traqueais: esses elementos recebem esse nome por serem semelhantes
às traqueias dos insetos. São células longas, com parede primária e parede
secundária lignificadas.

Fibras: são células longas, de extremidades afiadas e parede secundária espessa e


lignificada. Exercem a função de sustentação e em alguns casos de armazenamento

Parênquima: são células isodiamétricas, ou alongadas, com paredes finas, mas


que, posteriormente, podem apresentar deposição de parede secundária e
lignificação. As células parenquimáticas do xilema podem exercer a função de
reserva de amido, de óleos, de compostos fenólicos e de cristais e, ainda,
translocar substâncias à curta distância
Funções
O Floema
O floema é um tecido vivo
que conduz a seiva elaborada
ou orgânica, água e açúcares
das folhas para a raiz.

É formada por:
elementos de tubos crivados,
células companheiras ou
anexas, parênquima liberiano
e fibras esclerenquimáticas.
Cont.
Floema Primário
– Protofloema – são formados no início da diferenciação
– Metafloema – diferenciam-se mais tardiamente, são células maiores e são mais
persistentes que o protofloema

Floema Secundário
– Elementos crivados, células parenquimáticas, esclerenquimáticas,
células secretoras e lactíferas
Tipos de celulas
Elementos condutores crivados
• Células companheiras; de transferência e albuminosas
• Células parenquimáticas
• Fibras colenquimáticas e esclerenquimáticas
• Esclereídes
• Outros tipos de células – ex: Secretoras
Cont.
Elementos crivados
Células crivadas
• Células longas com áreas crivadas em todas as paredes
• Poros com pequenos diâmetros, similares entre si
• Mais comuns nas criptógamas vasculares e gimnospermas

Elementos de tubos crivados


• Células curtas com áreas crivadas nas paredes laterais e terminais
• Células conectadas longitudinalmente
• Exclusivas de Angiospermas
• É comum a presença de calose – polissacarídeo que provoca obstrução do poro
• Protoplasto vivo com organelas e demais estruturas
Células parenquimáticas associadas aos elementos crivados

– Células companheiras
• Mesma origem procambial ou cambial
• São interligadas às células condutoras

– Células albuminosas
• Contém material de reserva

– Células intermediárias
• Promovem o acúmulo de solutos provenientes da fotossíntese sintetizados no mesófilo
• São consideradas células de transferência

– Células parenquimáticas não-especializadas, fibras e esclereídes


• Componentes comuns
• Podem conter várias substâncias, como amido, tanino e outros
• Células esclerificadas auxiliam no processo de proteção e sustentação
Tecidos de revestimento
Os tecidos de revestimento protegem as plantas de diferentes maneiras,
representando, muitas vezes, adaptações a determinados ambientes em que as
plantas vivem.

O sistema de revestimento compreende a epiderme e a periderme. A primeira


reveste a superfície do vegetal em crescimento primário, podendo ser substituída
pela periderme nos órgãos que apresentam crescimento secundário.
Epiderme
 As células epidérmicas são vivas;
 Aclorofiladas;
 Altamente vacuoladas;
 Possuem forma, tamanho e arranjo variáveis;
 Possuem paredes celulares primárias delgadas, com campos de pontoação
primários e plasmodesmos nas paredes de modo a favorecer a passagem de água
entre células adjacentes;
 Raramente se observa lignina.
Caracteristicas
A epiderme é formada por células vivas, e os grandes vacúolos estão repletos de
suco celular incolor ou colorido (podem ter taninos, ou antocianinas como nas
pétalas de muitas flores, pecíolo e caule de Ricinus e Begonia).
Podem conter cristais.
Os plastídios habitualmente são proplastos ou leucoplastos, não possuem
cloroplastos.
Possuem numerosas mitocôndrias, retículo endoplasmático e dictiosomos.
Em geral não possuem função de reserva.
Funções
• Regulação de trocas gasosas e transpiração (estômatos),
• A epiderme desempenha algumas funções no corpo do vegetal tais como
revestimento do corpo primário da planta, regulação, absorção e reserva de
substâncias.
• Fornece ainda diversos tipos de proteção tais como mecânica, proteção contra
perda de água, contra excesso de luminosidade e contra a entrada de patógenos.
• Além disso, a epiderme ainda desempenha algumas funções especiais como a
percepção de estímulos para a execução de movimentos násticos e reações
fotoperiódicas.
Tipos de celulas
 Células fundamentais;
 Estomas;
 Tricomas;
 Idioblastos epidérmicos.
Cont.
Apresentam cutina, polímero de ácidos graxos insaturados, que é impregnada
entre os espaços das fibrilas de celulose (processo de cutinização) e depositada
sobre a parede periclinal externa (processo de cuticularização), na forma de uma
película semipermeável à água, denominada de cutícula.

Tem a função de proteção contra perda de água e penetração de microrganismos


e parasitas; reflexão, difusão ou concentração dos raios solares.
Estômatos
Estômatos são aberturas na epiderme delimitadas por
células especializadas, denominadas de células-guarda, que
por sua vez podem ser ladeadas ou não por células
subsidiárias.
Raramente presentes nas raízes, os estômatos são
encontrados nas partes aéreas do vegetal, principalmente
nas folhas.
Possuem núcleo proeminente e cloroplastos que realizam
fotossíntese; a parede celular é desigualmente espessada,
sendo mais delgada junto às células subsidiárias, o que
possibilita movimentos de abertura e fechamento, em
decorrência do turgor celular.
Tricomas
São anexos de origem epidérmica, que tem varias funções:
dificultarem o movimento das correntes de ar na superfície
vegetal;
 diminuindo a perda de água;
 desempenharem papel de defesa, oferecendo barreira
mecânica e química, por meio de repelentes olfativos e
gustatórios, à ovoposição, à nutrição de larvas e insetos, e à
predação por herbívoros;
 ou produzirem elementos atrativos a agentes polinizadores e
dispersores de sementes.
Tecidos secundarios
A periderme compreende o meristema
lateral denominado felogênio e os tecidos
que este gera: externamente, súber, e
internamente, feloderme.

Ao conjunto desses tecidos mortos, como


floema externo, córtex e peridermes
periféricas, denomina-se ritidoma.
Poliderme é um tipo especial de
periderme, constituída de
camadas alternadas de células suberizadas
e não suberizadas.
Câmbio vascular
O câmbio tem origem mista: parte
origina-se de células do procambio,
que permanecem indivisas entre
xilema e floema primário;

e parte origina-se de células do


periciclo, ou ainda de células
parenquimáticas que retornam à
atividade meristemática.
Felogênio
O felogênio é um meristema lateral que forma a periderme a qual substitui a
epiderme nos caules e raízes com crescimento secundário.
O felogênio, nas raízes, pode se originar do periciclo, e nos caules, se origina de
camadas subepidérmicas, de outras camadas mais internas do córtex, ou ainda, de
células parenquimáticas do floema.
O felogênio apresenta um só tipo de célula inicial. Em secção transversal, as células
do felogênio e suas derivadas aparecem como uma faixa estratificada mais ou
menos contínua na circunferência do órgão.
O felogênio produz para fora o súber (felema) e para dentro a feloderme.
A raiz
Morfologia externa
• Coifa
• Zona lisa ou de crescimento
• Zona pilífera ou de ramificação
Funções da raiz
– Fixação
– Absorção
– Reserva
– Condução
Estrutura interna
Organização geral
– Cilindro vascular
– Córtex
– Coifa
– Região meristemática - alto
potencial de crescimento
– Endoderme – presença de estrias
de Caspary
Estrutura primária da raiz
• Epiderme
– Geralmente unisseriada
– Células com expansão – pelos

Córtex
– Região entre a epiderme e o cilindro vascular
– Várias camadas parenquimáticas sem cloroplastos, mas com amido
– Pode haver exoderme – camada mais externa do córtex – células
suberificadas e/ou lignificadas
– Estrias de Caspary – fita com suberina ou lignina – filtro biológico

Cilindro vascular
– Periciclo
» Parênquima ou esclerênquima
» Origina raízes laterais, câmbio e, às vezes, felogênio
– Tecidos vasculares
Estrutura primaria
Epiderme – uma única camada de células vivas, algumas das quais se dilatam,
formando os pelos absorventes;
Zona cortical ou córtex – preenchida por um tecido fundamental, formado por
células vivas, chamado parênquima, que pode ter função de reserva, de elaboração
de várias substâncias ou de realização de fotossíntese;
Endoderme – última camada de células do córtex, com espessamentos em forma de
U nas monotiledoneas e pontuações de Caspary em dicoledoneas;
Periciclo – primeira camada de células da medula. Estas células têm capacidade de
se dividirem por mitose e estão relacionadas com a formação das raízes secundárias;
Floema – tecido condutor de seiva elaborada, formado por células vivas;
Xilema – tecido condutor de seiva bruta, formado por células mortas.
Estrutura secundaria
A estrutura secundária da raiz resulta da actividade de meristemas secundários
que produzem o seu engrossamento.
A adição de tecidos vasculares secundários, vai provocar um aumento no
diâmetro do cilindro vascular e, esse desenvolvimento leva a região cortical da
raiz a apresentar modificações, para acompanhar esse crescimento.
Esta camada meristematica chama-se câmbio vascular. O câmbio toma depois a
forma circular, originando xilema secundário para o interior da raiz e floema
secundário para o seu exterior.
Ao xilema e ao floema pode chamar-se agora lenho e liber respetivamente. Na
periferia do córtex aparece outro meristema secundário, chamado câmbio cortical
ou felogénio. Devido a actividade deste câmbio, origina-se, para o interior da raiz,
um. parênquima chamado feloderme e para o exterior, células suberificadas
que formam a exoderme (também chamada suber ou cortica) e substituem a
epiderme.
Diferencas na estrutura interna das raizes
Monocotiledonea Dicotiledonea
Cont.
• Nas monocotiledóneas, o centro da raiz é ocupado por um parênquima medular
(ou medula), situando-se os feixes condutores à volta do cilindro central.

• Nas dicotiledóneas, o cilindro central é ocupado pelo xilema. Após a


diferenciação da estrutura primária da raiz, as dicotiledóneas tem um número
reduzido de feixes condutores geralmente 4. Nas monocolidoneas, os feixes
condutores são mais numerosos geralmente mais de 10
O caule
 Sustenta as folhas e estruturas de reprodução
 Apresenta nós e entre nós
 Acima do ponto de inserção de cada folha – desenvolvimento de gemas axilares
ou laterais
 Porção terminal = gema apical, formada por uma região meristemática
Estrutura primária do caule
Epiderme
• Tecido vivo
• Origem: protoderme
• Presença de tricomas
• Estômatos
• Cutícula
Cont.
Córtex
• Origem: meristema fundamental
• Contém tecido parenquimático fotossintetizante
• Pode haver diferenciação para:
– Colênquima
– Esclerênquima
– Tecidos de secreção
– Aerênquima
– Reserva
Estrutura primaria do caule
Epiderme: formada por células com cutícula serosa a cobrir a membrana externa,
que impede a perda de água. Muitas vezes possui pêlos (tricomas) pluricelulares.

Zona cortical: pouco espessa e, geralmente, pouco diferenciada do cilindro central.


Na periferia é constituído é constituída por parênquima clorofilino e pode também
apresentar tecidos de suporte como a colenquima.

Cilindro central; é onde se localizam os feixes condutores duplos e colaterais, isto


é, formados pelo xilema e floema envolvidos por tecidos fundamentais. Em cada
feixe o floema situa-se do lado externo do caule e o xilema na zona mais interna.
Cont.
Os caules das angiospérmicas diferem entre mono e dicotiledóneas:

Monocotiledóneas: feixes vasculares dispostos de forma irregular ou em séries


entre os tecidos fundamentais. Entre o xilema e floema não existe câmbio, dizendo-
se que os feixes condutores são fechados.

Dicotiledóneas: feixes vasculares dispostos numa única série formando um anel e


em muitas plantas existe entre o floema e o xilema o câmbio intrafascicular.
Posteriormente, o câmbio intrafascicular prolonga-se através dos tecidos
fundamentais que separam os feixes, formando o câmbio interfascicular. A esta
organização dá-se o nome anel meristemático contínuo.
Estrutura interna primaria do caule
Monocotiledonea Dicotiledonea
Estrutura secundária do Caule
A maior parte das dicotiledóneas apresenta crescimento secundário, consequência
da actividade dos câmbios felogénio e vascular.
Os câmbios intrafascicular e interfascicular produzem floema secundário para fora e
xilema secundário para dentro, formando-se dois anéis concêntricos, um interno de
lenho secundário e um externo de líber secundário.
O felogénio, tal como na raiz, produz súber para o exterior e feloderme para o
interior, originando a periderme (súber, felogénio e feloderme). No súber existem
estruturas denomindas lentículas através das quais podem ocorrer trocas gasosas
entre as células mais internas e o exterior, uma vez que o súber é um tecido
impermeável à água e gases.
Nas árvores de grande porte, só a camada mais externa de xilema (a mais recente)
desempenha funções de transporte, a parte mais interna e mais velha – o cerne – fica
obstruída pelo deposito de resinas, gomas e outras substâncias.
Estrutura secundaria
 Periderme: suber, felogenio e
feloderme
 Parenquima cortical
 Floema secundario
 Cambio vascular
 Xilema secundario
 Parenquima medular

Você também pode gostar