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HISTOLOGIA VEGETAL I

PROFA. ALESSANDRA GUEDES


SALVADOR, 2018.
TECIDOS
o O estudo dos tecidos biológicos chama-se histologia.
o Tecido é um conjunto de células especializadas, iguais ou diferentes
entre si, separadas ou não por líquidos e substâncias intercelulares,
que realizam determinada função num organismo multicelular.
TECIDOS VEGETAIS
 São formados a partir de
células apicais. Quando
originam um tipo único de
células, formam tecidos Complexo
simples. Vários tipos de
células – tecidos complexos.

Simples
ORGANIZAÇÃO DOS TECIDOS -
SISTEMAS
 De acordo com a disposição dos tecidos no corpo vegetal podem ser
estabelecidos os sistemas:
 Sistema Dérmico - DERMATOGENO

 Sistema de Condução – CÂMBIO VASCULAR

 Sistema fundamental – MERISTEMA FUNDAMENTAL


MERISTEMAS
• São células indiferenciadas, especializadas em dividir-se
ordenadamente. A estrutura e fisiologia são diferentes de
qualquer outra célula do corpo do vegetal.

• Células meristemáticas: pequenas, paredes delgadas primárias,


isodiamétricas, citoplasma abundante, núcleo grande, vacúolos
ausentes ou pequenos e plastídios não diferenciados
(protoplastídios).
MERISTEMAS
 Estão classificados de acordo com
 Localização no corpo do vegetal em: apicais
laterais
intercalares
 Tempo de aparecimento: Primários ou apicais
Secundários
MERISTEMAS
 Função:

 Crescimento e cicatrização de injúrias.

 Autoperpetuação

 Produção de células somáticas

 Estabelecer padrões de desenvolvimento dos órgãos


MERISTEMAS

Apical caulinar Apical radicular Lateral


MERISTEMAS

Intercalar
MERISTEMAS APICAIS

 Meristemas primários apicais são


representados pelo dermatógeno
(protoderme), procâmbio e
meristema fundamental.
MERISTEMAS INTERCALARES
 São zonas de tecido primário em
crescimento ativo, situadas entre
regiões de tecidos mais ou menos
diferenciados.

 São interpretados como porções de


meristemas apicais que se separam
do ápice pelo aparecimento de
tecidos diferenciados.

 As bases dos entrenós de gramíneas


são constituídas por este tecido.
DIFERENCIAÇÃO
 Diferenciação É a mudança de células de uma condição
meristemática para uma condição complexa no corpo adulto da
planta.

 Estas células diferenciadas podem atuar isoladamente – com os


gametas ou podem agrupar-se em tecidos diferenciados, como
tecido de revestimento, preenchimento e condução.
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
 Células que perderam sua função meristemática, transformando-se
em células de outros tecidos e mais tarde voltaram ao estado
embrionário, readquirindo a capacidade de divisão novamente.

DESDIFERENCIAÇÃO
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
 São células responsáveis pelo crescimento em espessura de caule e
raiz, e tem comumente forma cilíndrica.
 Exemplo típico: tecidos de cicatrização, felógeno e Câmbio
interfascicular.
MERISTEMAS SECUNDÁRIOS
TECIDOS PERMANENTES
 São os tecidos restantes de um vegetal e estão classificados de
acordo com a função que desempenham:

 Revestimento: Epiderme e súber

 Sustentação: Colênquima e Esclerênquima

 Preenchimento: Parênquima

 Condução: Xilema e Floema


PARÊNQUIMA
 Principal tecido fundamental e meristemático.

 Composto por células vivas, de morfologia e fisiologia variáveis,


mas em geral de forma poliédrica e quase isodiamétricas. Mas
podem ser alongadas ou lobadas de vários modos.

 Sem parede secundária.

 É encontrado em todos os órgãos da planta formando um tecido


contínuo. Tais como: córtex e medula do caule, córtex das
raízes, tecido fundamental do pecíolo e mesófilo das folhas.
PARÊNQUIMA
 Reserva – Parênquima do tipo comum. Acumula reservas em
solução ou sólidas. É encontrado em raízes, rizomas, sementes,
polpas de frutas e partes de caules aéreos.
Amido – amilífero
Água - aqüífero
Ar – aerênquima
Óleo - oleífero
PARÊNQUIMA
 Comum – constituído de células do tipo meato, conhecido como
regular. Funciona como uma massa que contem outros tecidos. Ex.:
Parênquima cortical, medular e fundamental.
PARÊNQUIMA
 Clorofiliano - responsável pela fotossíntese, rico em clorofila
localizada no interior de cloroplastos.

 Apresenta dois tipos: Parênquima paliçadico, formado por células


cilíndricas, e o parênquima lacunoso, formado por células
isodiamétricas.

 O parênquima clorofiliano é também conhecido como


clorênquima. É encontrado no mesófilo das folhas, caules jovens,
nas partes verdes das plantas.
PARÊNQUIMA CLOROFILIANO
PARÊNQUIMA
 Parênquima do Sistema de Condução: Serve para o
armazenamento de substâncias e como para o transporte a curta
distância.
COLÊNQUIMA
 Tecido vivo, simples, flexível, forte e plástico.

 Constitui o sistema de sustentação.

 As células são poligonais, apresentam paredes primárias espessas,


em particular nos ângulos e as vezes em toda a extensão.

 As células do colênquima possuem campos de pontuações


primários e são capazes de retomar a atividade meristemática. As
células podem ainda conter cloroplastos e realizar fotossíntese.
COLÊNQUIMA
 Localização:
 Abaixo da epiderme ou separado dela por meio de uma capa de
células.
 Nos caules e pecíolos.
 Nas nervuras das folhas, aparece em ambos os lados.
 Flores e frutos.
 Próximo ao xilema e floema.
COLÊNQUIMA
 Classificação de acordo com o tipo de espessamento:
 Colênquima angular – espessamento localizado nos ângulos da
célula. O lúmen tem forma poligonal.
COLÊNQUIMA
 Colênquima lamelar- espessamento localizados nas paredes
tangencias externa e interna.
COLÊNQUIMA
 Colênquima anular – O lúmen da célula apresenta-se circular.
Último estágio de desenvolvimento do colênquima angular.
COLÊNQUIMA
 Lacunar - as células apresentam espaços intercelulares, o
espessamento ocorre próximo aos espaços
ESCLERÊNQUIMA
 Tem função de sustentação.

 Tecido morto, as células têm paredes espessadas e lignificadas.

 As células podem ser distendidas, curvadas e torcidas em decorrência


de sua elasticidade.

 As células esclerenquimaticas se diferenciam das colenquimáticas


por possuírem paredes secundárias, geralmente lignificadas e quando
adultas carecem de protoplasto.

 Apresenta dois tipos de células: fibras e escleritos.


OCORRÊNCIA
 Faixas ou calotas ao redor dos tecidos vasculares, fornecendo uma
proteção e sustentação.

 Cascas de frutos secos ou endocarpos de drupas, bem como nos


envoltórios de sementes duras.

 Ocorrem também nos tecidos parenquimáticos, como por exemplo


na medula e córtex de caules e pecíolo
ESCLERÊNQUIMA
 Tipos de Células esclerenquimaticas
 Fibras – são largas ou estreitas, com extremos afinados. Podem ser
encontradas em diversas partes da planta. As paredes são lignificadas.

 As fibras variam em forma, tamanho, espessura, quantidade e tipo de


pontoações.
ESCLERÊNQUIMA
 Escleritos – Células de formas variadas e frequentemente curtas.
Podem ser encontradas em diferentes órgãos da planta,
incorporadas a diversos tecidos, primários ou secundários.

 Encontram-se isoladas ou agrupadas. As pontoações deste tipo de


célula, geralmente, são bem visíveis e do tipo simples.
ESCLERÊNQUIMA
 De acordo com a forma, tamanho e características de sua parede
podem ser classificados em:

 BRAQUIESCLEREÍDEO: Células curtas, isodiamétricas,


parecidas em sua forma com as células do parênquima
fundamental.
ESCLERÊNQUIMA
 MACROESCLEREÍDEO – células alargadas, mais ou menos
prismáticas.
 OSTEOESCLEREÍDEO – células colunares, com extremos
alargados, em forma de osso.
ESCLERÊNQUIMA
 ASTROESCLEREÍDEO – células ramificadas em forma de
estrelas.
ESCLERÊNQUIMA
 TRICOESCLEREÍDEO – células com paredes delgadas,
semelhantes a pelos.
 ESCLEREÍDEOS FILIFORMES – células largas ou delgadas,
semelhantes a fibras.

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