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MORFOLOGIA
VEGETAL
Raquel Finkler
Tecidos vegetativos:
esclerênquima
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Os tecidos precisam desempenhar diferentes funções para garantir a
sobrevivência. Desse modo, as propriedades de cada um desses conjuntos
de células devem ser específicas, tornando possível a cada vegetal adaptar-
-se às condições ambientais e realizar processos para a manutenção de
sua vida. Entre as funções dos tecidos está a sustentação, desempenhada
pelo colênquima e pelo esclerênquima. Neste capítulo, analisaremos as
características e as funções do tecido esclerenquimático.
Vamos também identificar os tipos de células que podem ser encon-
trados no esclerênquima: esclereides e fibras. Cada uma dessas categorias
apresenta atributos distintos. Portanto, mesmo sendo um tecido simples,
podemos visualizar diferentes subcategorias de cada tipo de célula con-
forme a espécie botânica em que são encontradas, especificidades que
serão identificadas e descritas neste capítulo.
Função do esclerênquima
A sustentação das plantas se dá pela presença de tecidos fundamentais, em
especial pela atuação dos tecidos colenquimático e esclerenquimático. Assim
como o colênquima, o esclerênquima tem origem no meristema fundamental.
O tecido pode ser observado em vegetais que apresentam os dois tipos de
crescimento: primário e secundário.
2 Tecidos vegetativos: esclerênquima
ESCLERÊNQUIMA
ESCLEREIDES FIBRAS
Característica Descrição
Conforme Taiz et al. (2017), a lignina é um material quebradiço e viscoso que confere
resistência e rigidez às paredes secundárias. Ela não pode ser digerida pelas enzimas
digestivas dos mamíferos, contudo é suscetível à degradação pelos microrganismos
intestinais.
Esclereides
Também denominado esclereideos, as esclereides se originam de uma escle-
rificação secundária de células parenquimáticas, assemelhando-se às células
paliçádicas lignificadas.
Trata-se de células mortas com formas e tamanhos distintos (alongadas,
ramificadas e isodiamétricas) que podem ser encontradas em grupos ou iso-
ladas. Na Figura 2, é possível observar uma célula de esclereide.
Fibras
Originadas nas células meristemáticas, as fibras diferem das esclereides por
terem formato alongado e não serem ramificadas. Encontram-se associadas
formando cordões e feixes, comercialmente denominadas fibras. Fibras de
interesse econômico, como cânhamo (comprimento da fibra de 0,8 a 6 mm),
juta (fibras de 5 a 55 mm) e linho (comprimento de 9 a 70 mm), são derivadas
de eucotiledôneas; já as fibras de abacá se originam de plantas monocotiledô-
neas. Na Figura 3, é possível observar as fibras esclerenquimáticas do feixe
vascular da folha de sempre-viva (Syngonanthus caracensis).
LU
ES
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Tipos de esclereides
As esclereides são classificadas de acordo com a forma e a característica da
sua parede celular, variando significativamente entre as famílias botânicas.
CP Escler
MS