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Faaaala, pessoal! Tudo certinho?

Bem vindo ao fantástico mundo da histologia. Aqui estudaremos como as


células estão organizadas em nosso corpo, formando os diferentes tecidos. A
histologia é muito importante, pois ela complementa a fisiologia, que
estudaremos no futuro.

AULA 1 – INTRODUÇÃO À HISTOLOGIA

Existem basicamente quatro tecidos nos animais: epitelial, muscular,


conjuntivo e nervoso. Cada um deles é subdividido. Acompanhe a aula com
essa apostila:

1 - Tecido epitelial:

Tecido epitelial de revestimento – reveste internamente e externamente


os órgãos do corpo.
Tecido epitelial glandular – forma as glândulas do nosso corpo.

2 - Tecido muscular:

Tecido muscular estriado esquelético – geralmente associado ao


esqueleto, permite o movimento voluntário do nosso corpo.
Tecido muscular estriado cardíaco – ocorre apenas no coração, é
involuntário.
Tecido muscular liso – se ocorreu o movimento involuntário, fora do
coração, é devido a esse tecido, ex. intestino.

3 - Tecido conjuntivo:

Tecido conjuntivo propriamente dito (TCPD) – frouxo, denso modelado e


denso não modelado.
Tecido conjuntivo ósseo – forma os ossos.
Tecido conjuntivo cartilaginoso – forma as cartilagens.
Tecido conjuntivo adiposo – especializado em armazenar gordura.
Tecido conjuntivo sanguíneo – na prática é o sangue.
Tecido conjuntivo hematopoiético – especializado em fabricar as células
sanguíneas.

4 - Tecido nervoso:

- Presentes nos diferentes órgãos do sistema nervoso.

AULA 2 – TECIDO EPITELIAL

CARACTERÍSTICAS:

- Células justapostas: as células do tecido epitelial estão muito próximas, o que


explica a segunda característica desse tecido.
- Pouca matriz extracelular: entre suas células praticamente não existe
substâncias.
- Avascular: não passam vasos sanguíneos entre as células do tecido epitelial.

FUNÇÕES:

- Proteção: é por isso que as células estão muito unidas, pois ao revestirem os
órgãos elas impedem a perda de água ou a entrada de microorganismos
patogênicos.

- Absorção: as células do tecido epitelial podem se especializarem para a


absorção de nutrientes. É o caso das células do intestino delgado.
- Secreção: o tecido epitelial forma as glândulas de nosso corpo, sendo assim,
tem a função de secreção.
3
1 – Tecido epitelial
4
2 – Tecido conjuntivo
5
3 – Microvilosidades
1 6
4 – Pouca matriz extracelular
5 – Porção apical das células
6 – Junções celulares 7
7 – Lâmina basal 2

O tecido epitelial é subdividido em dois tipos: revestimento e glandular. Vamos


estudar cada um deles.

TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

Este tecido epitelial tem função de revestir os órgãos internamente e


externamente. É comum estes sofrerem muita mitose, pois como deve suportar
o atrito, as células estão constantemente se renovando.

A classificação é feita de acordo com o número de camadas e a forma das


células.

Quanto ao número de camadas ele pode ser:

- Simples: uma camada de células.

- Estratificado: muitas camadas de células.

- Pseudoestratificado: parece mais de uma


camada, mas como todas as células tocam
a lâmina basal, é falso estratificado.

Quanto a forma das células pode ser:

- Pavimentoso: células achatadas.


- Cúbico: células em formato cúbico.

- Prismático: células com formato de prisma.

- Transição: células de vários formatos.

Quando classificamos o epitélio de revestimento, juntamos o número de


camadas com o formato das células, veja alguns exemplos na imagem a
seguir.

TECIDO EPITELIAL GLANDULAR

É um tecido especializado em secreções, como hormônios, suor e saliva.

A classificação é feita de acordo com o número de células, a forma de


secreção e maneira de secretar. Unicelular Multicelular

Quanto ao número de células, pode ser:

- Unicelular: formado por apenas uma célula.


- Multicelular: formado por mais de uma célula.

Quanto a forma de secretar, pode ser:

- Exócrina: possui ducto e secreta para fora


da corrente sanguínea.
- Endócrina: sem ducto e secreta na corrente
sanguínea.
- Mista: tem o papel das duas glândulas
anteriores.
Quanto a maneira de secretar, pode ser:
- Holócrina: a glândula é eliminada com a secreção.

- Merócrina: a glândula segue intacta.

- Apócrina: a glândula elimina parte de seu citoplasma.

AULA 3 – ESPECIALIZAÇÕES DE CÉLULAS EPITELIAIS

O tecido epitelial possui diversas especializações, classificadas em dois


grandes grupos: bordas de células e junções celulares.

As junções celulares basicamente servem para unir ou facilitar a comunicação


entre elas. As principais são:

- Desmossomos: placas de proteínas


que geram forte união entre células.
- Zona de adesão: une as células.
- Zona de oclusão: impede a entrada
de substâncias entre as células.
- Junção GAP: permite a comunicação
direta entre as células.
- Hemidesmossomos: mantém o
tecido epitelial ligado a lâmina basal.
As especializações de borda de célula modificam parte da membrana
plasmática melhorando a função específica de determinado tecido, as
principais são:

- MIcrovilosidade: aumenta a superfície de absorção, ocorre nas células


epiteliais do intestino delgado (veja figura acima).

- Cílios: melhoram a movimentação de


partículas, atuando também na
proteção. Em nosso corpo ocorre, por
exemplo, na traquéia.

- Invaginações da membrana plasmática: Melhoram a absorção, ocorre em


células do túbulo renal.

Pessoal (ou pra quem preferir, “mano veio” kkk), essas são as principais
especializações de células do tecido epitelial, mas é bom saber que existem
outras especializações de membrana plasmática, como os flagelos, por
exemplo. Mas te liga: o espermatozóide ou um protozoário ciliado não faz parte
do tecido epitelial.

AULA 4 – A PELE HUMANA - ESTRUTURAS E FUNÇÃO

A pele não é um tecido, mas um órgão (o maior do corpo humano) formado por
diferentes tecidos. Na porção de fora da pele, encontramos tecido epitelial,
mais abaixo, tecido conjuntivo. Além desses o tecido muscular e o nervoso
também estão presentes nesse órgão.
FUNÇÕES

- Proteção: física, química ou biológica.

- Sensorial: sentir o ambiente (quente, frio, áspero, dor, choque elétrico kkk etc)

- Controle de temperatura: a partir do suor ou arrepio dos pelos.

Divisões da pele

- Epiderme: veja na figura ao lado as


diferentes camadas. Repara que a
córnea é constituída por células
mortas. Os Melanócitos estão na
porção basal, produzindo melanina.

- Derme: formada por tecido


conjuntivo, é ela que fornece
nutrientes para a epiderme, pois é
altamente irrigada e inervada. Além
disso as glândulas e folículo piloso
estão inseridas nessa porção da
pele.

- Hipoderme: formado principalmente por células adiposas (veja imagem


acima).

Anexos da pele

- Pelos: comum aos mamíferos. Atuam na


proteção contra o frio. Cada pelo possui um
músculo, chamado de eretor do pelo.
- Unhas: proteção para a ponta dos dedos.
- Glândulas: produção de suor (regulação
térmica) ou sebo (hidratação) para a pele.

AULA 5 – TECIDOS CONJUNTIVOS: INTRODUÇÃO

O tecido conjuntivo é o mais complicado, pois possui muitas divisões. Nesta


aula de introdução vamos estudar a função geral desse tecido e suas principais
características. Fique muito atento que é fundamental entender essa aula para
seguir o estudo específico dos diferentes tipos de tecido conjuntivo. Veja como
ele é subdividido:

Funções

- Conectar tecidos - Absorção de impactos


- Sustentação - Resistência a tração
- Preenchimento - Elasticidade
- Cicatrização
- Armazenamento de energia - Transporte de gases, nutrientes e
- Defesa catabólitos
- Coagulação sanguínea
E acredite, existem outras (hahahaha).

Lembre que tecido conjuntivo é caracterizado pela abundante matriz


extracelular e diversidade de células. Veja na figura a seguir, quais são as
células e como é dividida a matriz extracelular, lembrando que todos esses
elementos variam de acordo com o tecido conjuntivo em questão.

Matriz extracelular

A matriz extracelular é o que tem entre as células, veja que ela é subdividida
em substância fundamental amorfa e fibras protericas.

Substância fundamental amorfa:

- Água - Glicosaminoglicanos ácidos


- Íons - Proteoglicanos (glicoproteínas)
- Proteínas - Glicoproteínas adesivas
Fibras protéicas:

Elásticas - elastina e fibrilina. Função: Elasticidade ao tecido.


Colágenas – colágeno. Função: Resistência à tração.
Reticulares - colágeno III. Função: liga os tecidos vizinhos e gera sustentação
para células.

Agora vamos ver as principais células desse tecido:

Células
Nas próximas aulas falaremos especificamente de cada um dos tipos de tecido
conjuntivo. Sempre que houver dúvidas, volte aqui para ver a função de cada
célula. Vamos com tudo!

AULA 6 – TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO (TCPD)

É um tecido muito abundante em nosso corpo, veja as funções dele:

Funções

- Dar suporte ao tecido epitelial.


- Forma a derme (lembre-se, fica abaixo da epiderme).
- Forma os tendões.
- Forma os ligamentos.
- Outras.

O TCPD é subdividido em três tipos: frouxo, denso modelado e denso não


modelado, vamos ver cada um deles, sua característica, função e células
presentes.
Células
- Residentes – Fibroblastos, macrófagos, Mastócitos, Adipócitos*.
- Transitórias – Muitas, devido a localização.

Células
- Fibroblastos.
- Mastócitos.
- Macrófagos.
Células:

- Fibroblastos.

O grande bizu dessa aula é saber que esse tecido da principalmente


resistência. Lembre-se sempre que quando as fibras estão alinhadas (denso
modelado) elas aguentam muita força em uma única direção, portanto formam
os tendões.

AULA 7 – TECIDO CONJUNTIVO ADIPOSO

Guardar energia para utilização futura foi fundamental em nossa evolução.


Ainda mais nossos ancestrais que conseguiam comida um dia e não tinha
previsão para a próxima refeição. Toda energia em excesso armazemos em
nosso tecido adiposo. Neste tecido existem células especializadas em guardar
por tempo indeterminado a gordura. Vamos ver as características desse tecido:

Características

- É formado pela célula chamada de adipócito.


- Possui pouca matriz extracelular.
- Está localizado principalmente na hipoderme.
- É muito irrigado e inervado.
Função

- Reserva de energia. - Preenchimento.


- Isolante térmico. - Moldam a superfície do corpo.
- Absorção de impactos. - Produz calor.
- Forma os coxins.

Existem dois tipos de tecido adiposo: unilocular ou multilocular. Vamos


diferenciar cada um deles:
Dois aspectos importantes para pensar sobre essa aula.

1 – hoje a obesidade está crescente no mundo, principalmente pela facilidade


em acesso aos alimentos gordurosos a todo o momento, e na quantidade que
queremos. Perceba que gostamos mais de alimentos gordurosos, isso é uma
característica que herdamos de nossos ancestrais. Porém hoje não precisamos
armazenar tanta energia justamente pela facilidade do acesso ao alimento.

2 – Embora o grande desafio da humanidade tenha sido vencido: produzir


alimento suficiente para todas as pessoas. Ainda existe fome no mundo, mas o
problema é político.

AULA 8 – TECIDO CONJUNTIVO CARTILAGINOSO

O tecido cartilaginoso é abundante em nosso corpo, mas em alguns animais


TODO o esqueleto é formado por cartilagem. É o caso dos tubarões e arraias.

Características Funções
- Sustentação.
- É muito rígido.
- Revestimento.
- Flexível.
- Amortecer impactos.
- Avascular.
- Crescimento.
Vamos ver agora sua constituição, ou seja, sua matriz extracelular e suas
células:

Matriz extracelular
- Colágeno- gera resistência.
- Elastina – gera flexibilidade.
- Proteoglicanos.
- Ácido hialurônico.

Células
- Condroblastos (mais ativos) que se transformam em condrócitos (menos
ativos). Esses últimos ficam dentro de lacunas.

Pericôndrio é uma membrana de tecido conjuntivo


que reveste as cartilagens e tem por função o
crescimento, regeneração e nutrição da
cartilagem, uma vez que ela não é irrigada.

Existem 3 tipos de cartilagem: hialina, elástica e fibrosa. Vamos ver cada uma
delas:
Hialina
- É o mais comum.
- Presente na traquéia, laringe, brônquios e
extremidade dos ossos, por exemplo.
- Possui colágeno do tipo II.
Elástica
- Possui maior flexibilidade.
- Fibras elásticas e um pouco de colágeno
tipo II.
- Presente na orelha, nariz e epiglote, por
exemplo.

Fibrosa
- Muita resistência.
- Evita atrito e choques.
- Muito colágeno.
- Presente entre as vértebras.
- Única sem pericôndrio (nutrientes vem de
outros tecidos conjuntivos visinhos).
- Condrócitos alinhados.

AULA 9 – TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

O tecido ósseo ocupa a maior parte de um osso, lembrando que um osso é um


órgão constituído por vários tecidos.

Características
- Rígido.
- Muito irrigado e inervado.
- Revestido pelo periósteo.
Funções
- Sustentação. - Apoio para a musculatura.
- Proteção. - Aloja a medula óssea.
- Reserva de cálcio.
No tecido ósseo, dividimos sua matriz extracelular em orgânica e inorgânica.
Matriz óssea
- Orgânica: colágeno.
Gera resistência ao tecido, sem colágeno o osso apesar de duro,
fica quebradiço.

- Inorgânica: Cálcio e Fósforo na forma de fosfato de cálcio. Além desses


possui magnésio, potássio e sódio.
Dá a dureza ao osso, sem eles o osso fica amolecido.

Agora vamos estudar as células que compõe o tecido ósseo.


Células
- Osteoblastos produzem a matriz óssea, quando maduros se transformam em
osteócitos e ficam menos ativos.
- Osteoclastos reabsorvem a matriz óssea permitindo a regeneração do
tecido.

Os ossos são envolvidos por uma membrana de tecido conjuntivo denso


chamada de periósteo. Neste tecido existem células mesenquimatosas que
podem se transformar em osteoblastos. Veja a função do periósteo:
- Proteção.
- Fonte de células.
- Regeneração de lesões ou fraturas.

Quanto ao processo de ossificação, existem dois tipos: endocondral e


instramembranosa.

Endocondral
- Tecido cartilaginoso é substituído por
tecido ósseo.
- Ocorre no feto e em extremidade dos
ossos.

Intramembranosa
- Ocorre no interior de uma membrana.
- Crescimento de ossos achatados e
laminados.

Em ossos maduros, as células estão organizadas em unidades chamadas de


ósteons, que são pequenos círculos de células contendo no centro vasos
sanguíneos.

Osteoporose é uma doença degenerativa do osso, ocorre quando os


osteoclastos em maior abundancia degradam o osso em um ritmo
maior do que os osteoblastos conseguem produzir a matriz óssea.
Como resultado o osso fica fragilizado e mais propenso a fraturas. A
causa pode ser hormonal ou por falta de algumas vitaminas.
Exercícios físicos ajudam o osso a ficar forte e saudável.

AULA 10 – TECIDO CONJUNTIVO HEMATOPOIÉTICO

Este tecido tem por função produzir células sanguíneas. É subdividido em dois
tipos: mielóide e linfóide.
O tecido mielóide está presente em ossos longos ou esponjosos, ele pode ser
classificado como medula óssea vermelha (ativa) ou amarela (inativa). Neste
tecido são produzidas células como hemácias, basófilos, eosinófilos, monócitos
e neutrófilos, além das plaquetas.

Basicamente o tecido linfóide produz células que se deslocam até os órgãos


linfóides para se transformarem em diferentes tipos de linfócitos. Exemplos de
órgãos linfóides: baço, timo, tonsilas e linfonodos.

AULA 11 – TECIDO CONJUNTIVO SANGUÍNEO

Repara que esse tecido tem grande abundância de matriz extracelular, sendo
ela líquida.
Funções
- Transporte de substâncias como
- Gases.
- Células.
- Nutrientes.
- Excreções.
- Hormônios.

Composição do sangue

- Plasma (aproximadamente 56%).

- Células (aproximadamente 44%).

Vamos estudar o plasma e o sangue com mais detalhes

Plasma

- 90% é água

- 10% sais minerais e proteínas

Sais minerais – sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto entre outros.

Proteínas – Albumina, fibrinogênio (importante na coagulação) e


imunoglobulinas.

Anote aqui o bizu da aula


Você sabia que o volume sanguíneo interfere na pressão arterial? Quanto
maior o volume de sangue, mais força seu coração deve fazer. É por isso que o
sal é um grande problema, ele atrai água por osmose e seu plasma fica mais
volumoso.

Células (vamos numerá-las para ficar mais organizado).

1- hemácias (glóbulos vermelhos)

- Anucleadas.

- Transportam O2.

- O2 se liga ao grupo heme, onde tem um átomo de ferro ferroso


Fe++.

É normal em um exame de sangue os homens terem entre 4,6 e 6,2 milhões de


hemácias por mm3 de sangue e mulheres entre 4,2 e 5,4 milhões de hemácias
por mm3 de sangue. É comum os vestibulares cobrarem isso, mas não precisa
decorar esses valores e sim saber o que pode causar a baixa quantidade de
hemácia: a anemia. Isso porque elas carregam o gás oxigênio, que é
fundamental na respiração celular durante a produção de energia.

A eritropoietina é um hormônio liberado pelos rins que atua na regulagem de


produção das hemácias. Em grandes altitudes, por exemplo, onde o O2 possui
uma concentração menor, esse hormônio é liberado e nosso corpo produz mais
células vermelhas.
2 – Glóbulos brancos

- Atuam na defesa do corpo.

- Divididos em agranulócitos e granulócitos.

Linfócitos - Realizam a defesa do organismo contra agentes infecciosos.


Produzem anticorpos.

Monócitos – Atuam na defesa, fazem fagocitose. Podem atravessar a parede


de vasos sanguíneos (diapedese) e se transformam em macrófagos.

Eosinófilos – Limitam processos inflamatórios, fazem fagocitose e são


abundantes contra as parasitoses.

Basófilos – Participam de processos alérgicos produzindo histamina. Produzem


também heparina, um poderoso anticoagulante.

Neutrófilos – Primeira linha de defesa do corpo, atuam também na fagocitose

3 – Plaquetas (trombócitos)

São fragmentos de um tipo específico de célula,


chamada megacariócito. Atuam na coagulação
sanguínea, junto com proteínas. Quantidade
normal varia entre 150 e 400 mil/mm3 de sangue.
AULA 12 – TECIDO MUSCULAR

Este tecido é responsável pelos diversos movimentos de nosso corpo, sejam


eles voluntários ou involuntários. Veja suas características:

- Células alongadas.

- Pouca matriz extracelular.

- Origem embrionária: mesoderme.

Existem 3 tipos de tecido muscular:

1 – Estriado esquelético

- Voluntário.
- Possui estrias.
- Contração rápida.
2 – Estriado cardíaco

- Involuntário.
- Possui estrias.
- Contração vigorosa.
3 – Liso

- Involuntário.
- Sem estrias.
- Liso.

Esse é o “resumo do desespero”. Você tem que saber, mas é claro que você
busca ser o melhor, então vamos nos aprofundar em cada um dos tipos de
tecido muscular e falar de suas particularidades.
A – Tecido muscular estriado esquelético

Básico (o mínimo que você tem que saber):


- Voluntário
- Possui estrias
- Contração rápida
Mais características

- Faz parte de aproximadamente 40% da massa muscular total.


- Geralmente associado ao esqueleto.
- Células multinucleadas (núcleos periféricos).
- Célula é chamada de miócito ou fibra muscular, e possui nomes
específicos:
- Membrana plasmática = Sarcolema.
- Reticulo endoplasmático = Retículo sarcoplasmático.
- Citoplasma = Sarcoplasma.

- Os miócitos são ricos em actina e miosina, são essas miofibrilas que


permitem a contração do músculo.
- Na imagem acima, vemos em destaque o sarcômero: unidade contrátil do
músculo. Um miócito possui muitos sarcômeros.

- A membrana plasmática sofre invaginações chamadas de túbulos T.

Contração muscular

1 – Músculo relaxado (cálcio dentro do reticulo sarcoplasmático).


2 – Chega impulso nervoso.
3 – Altera a permeabilidade da membrana plasmática.
4 – Libera cálcio para o sarcoplasma.
5 – São expostos os sítios de ligação da actina.
6 – Ocorre a contração (passos 7 e 8).
7 - A actina desliza sobre a miosina.
8 - Encurtamento da distância entre as actinas.
9 – Gasta ATP (tanto para contrair, quanto para relaxar).

Bizu: é importante você assistir com muita calma a videoaula. Neste ponto é
mais fácil compreender assistindo o esquema que eu preparei entre os minutos
19:24 e 22:26.
Fontes de energia para o músculo

1 – ATP (pequena reserva no citoplasma).

2 – Fosfocreatina.

3 – Fermentação.

4 – Respiração celular.

Crescimento muscular

A célula muscular não se divide, quando ela


cresce é porque sofre pequenas lesões e
células satélites, presentes ao redor do
músculo, passam a fazer parte da célula
muscular e gera sua hipertrofia (volume).

Intensidade Muscular

Depende da quantidade de células musculares ativadas.

Tipos de fibras musculares

Veja uma tabela com base na musculatura de uma ave que não faz longos
vôos, como o frango.

Complemente a tabela com as informações da videoaula.

B – Músculo estriado Cardíaco

Básico (o mínimo que você tem que saber).


- Involuntário.
- Possui estrias.
- Contração vigorosa.

Mais características

- Ocorre exclusivamente no coração.


- Responsável pelos batimentos rítmicos
(sístole e diástole).
- Possui estímulo próprio.
- Suas células são ramificadas e possuem 1
ou 2 núcleos.
- Células com discos intercalares.

C – Músculo liso
- Não possui sarcômeros, pois os
microfilamentos (actina e miosina) não estão
alinhados.
- Um núcleo por célula.
- Não possui túbulos T.
- Responsável por movimentos peristálticos.

Regeneração do tecido muscular


- Estriado cardíaco não regenera (infarto).
- Estriado esquelético regenera pouco.
- Liso regenera melhor. .
AULA 13 – TECIDO NERVOSO
O tecido nervoso forma os diversos órgãos do sistema nervoso. Vamos ver
quais são eles no esquema abaixo.

Sistema nervoso central (SNC)

Sistema Nervoso periférico (SNP)


Perceba a diferença entre nervos e gânglios nervosos:

As fibras nervosas são envolvidas por tecido conjuntivo, Veja a sua


classificação:
Características do tecido nervoso
- Origem ectoderma.
- Pouca matriz extracelular.
- Muito especializado.
- Altamente vascularizado.
- Exclusivo dos animais .

Funções
- Receber estímulos, interpretar e transmitir a resposta.
- Armazenar informação.

Células que fazem parte do tecido nervoso


São os neurônios e as células da glia. Vamos falar primeiro dos neurônios.

Neurônios
- Especializados no impulso nervoso (próxima aula).
- Podem ter até um metro de comprimento.
- No axônio existe a bainha de mielina (isolante elétrico – garante maior
velocidade do impulso nervoso).
- São os neurônios que recebem, interpretam e respondem aos estímulos.

Pra complicar, os neurônios podem receber classificações quanto a sua forma,


veja:
Quanto a classificação fisiológica dos neurônios, existem três tipo: sensitivo
(sensorial), motor (eferente) e associativo (misto):

Vamos adiante nas infinitas classificações desse tecido. kkkkk

O tecido nervoso central possui a substância cinzenta e substância branca:

Substância branca – Neurofibras revestidas por bainha de mielina.

Substância cinzenta – Corpos celulares dos neurônios mais gliócitos.


Gliócitos (células glia)

- São todas as células do tecido nervoso que não são neurônios. Mas existem
principalmente para dar suporte para eles.

Vamos ver cada uma delas

Astrócitos

Oligodentrócitos
Células de Schwann

Micróglias

Células ependimárias

Feito! Perceba a complexidade do tecido nervoso.


AULA 14 – IMPULSO NERVOSO

Impulso nervoso é um sinal elétrico que proporciona a comunicação entre os


neurônios, com eles mesmos ou com outras células alvo, como os músculos.
Ele permite que os animais percebam o ambiente, pois mandam a informação
até o cérebro, que interpreta o sinal em forma de sensações.

Características
Bizu: impulso nervoso é uma das aulas mais difíceis
- É unidirecional. dentro da biologia. É importante que você assista a aula
com muita calma, os esquemas estão bem detalhados.
- Ocorre nos neurônios.
Faça anotações seguindo a ordem da apostila e aula.
- É muito rápido.
- É de natureza eletroquímica.

Vamos ver como é a carga parcial elétrica da membrana de um neurônio em


repouso:

Agora vamos imaginar que o estímulo está chagando até o neurônio. Ele
começa a excitar os dendritos. Se esse estímulo for suficiente, ele gera o
impulso nervoso. Quanto o neurônio está em repouso, sua carga interna está
em -70mV (continua em repouso até -55mV). Se o estímulo fizer com que a
carga suba e ultrapasse o limiar de ação (-55mV) ele sofre a onda de impulso
elétrico: impulso nervoso. Veja a imagem:
Se o estímulo ultrapassar o -55mV, ocorre o impulso nervoso, sem volta! É o
famoso tudo ou nada. Neste caso a carga parcial do neurônio é invertida ao
longo da sua membrana, no sentido corpo celular terminação do axônio.

Veja que nesse caso ocorre a despolarização da membrana, mas é um


processo muito rápido. Isso ocorre porque canais se abrem e o sódio entra na
célula, tornando ela com carga parcial positiva. Isso estimula os canais ao seu
lado se abrirem, transmitindo o impulso nervoso ao longo de todo neurônio. Ele
permanece apenas em uma direção, pois os canais que estavam aberto, estão
agora no período refratário, e consequentemente não voltam a abrir tão
rapidamente.

A repolarização ocorre porque potássio sai da célula, deixando a célula


negativa por dentro, novamente. Em seguida volta a funcionar a bomba de
sódio e potássio para manter o equilíbrio osmótico ideal para a célula.
Vale lembrar que o impulso nervoso possui caráter saltatório, ou seja, ele vai
saltando entro os nódulos de Ranvier, espaços presentes entre as células da
bainha de mielina, isso aumenta em até 100x a velocidade do impulso nervoso.
Veja a imagem.

Agora esse impulso é transmitido para outro neurônio por regiões muito
próximas entre eles, as famosas sinapses. Assunto da próxima aula.

AULA 15 – SINAPSES

A sinapse é a região de contato entre os neurônios. Existem dois tipos: química


e elétrica.

Sinapse química:
- Neurônios sem contato físico, separados pela fenda sináptica.
- A comunicação é unidirecional.
- Ocorre por neurotransmissores, exemplos:
- Acetilcolina.
- Adrenalina.
- Dopamina.
- Serotonina.
- Vesículas liberam os neurotransmissores que se ligam aos receptores do
neurônio pós-sináptico. Ocorre então a modificação da permeabilidade desse
neurônio gerando um novo impulso nervoso.

Sinapse elétrica:

- Sem neurotransmissores.
- Comunicação direta por junções comunicantes (GAP).
- Muito rápida.
- Íons passam direto.
- Pouco comuns em neurônios.
- Ocorre em outras células, como as do coração
ou musculatura lisa.

Feito!
Um grande abraço do professor Samuel Cunha

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