EQUILIBRIUM VESTIBULARES – CIÊNCIAS DA NATUREZA – ENEM – 2022
PROFESSOR – ERINALDO SILVA – CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS – HISTOLOGIA ANIMAL E VEGETAL
OBS- ESSE MATERIAL É DE USO EXCLUSIVO PARA
OS ALUNOS EQUILIBRIUM!!!!
PROJETO EQUILIBRIUM 17 ANOS!!!
EM 2022, UM CURSO À ALTURA DE SUAS
EXPECTATIVAS!!!
HISTOLOGIA
Histologia: Estudo dos tecidos.
Tecidos são grupamento de células diferenciadas e
especializada na execução de certa função.
Os tecidos podem ser: epitelial, conjuntivo, muscular
e nervoso.
OBS: Existem, porém, tecidos indiferenciados, cujas
células são dotadas de elevada capacidade proliferativa
e também de originar os diversos tecidos que formam o
organismo. As células indiferenciadas são denominadas
totipotente
Tecido epitelial ou epitélio: reveste todas as
superfícies internas e externas, além de formar
glândulas. Possui células estreitamente unidas, com
pouca substância intercelular, que são basicamente
glicoproteínas com função de adesão. O epitélio é rico
em terminações nervosas, mas não possuem vasos
sanguíneos sendo nutrido pelos vasos do tecido
conjuntivo. Os tecidos epiteliais estão sempre apoiados
sobre uma camada de tecido conjuntivo denominada:
lâmina própria. Entre o tecido epitelial e a lâmina
própria existe uma camada acelular, formada
principalmente de proteínas e glicoproteínas, chamada
membrana basal. Essa membrana, permeável aos
nutrientes oriundos da lâmina própria, permite que o
epitélio seja convenientemente alimentado, além de
servi-lhe de suporte, promovendo sua fixação no tecido
subjacente. O tecido epitelial pode ser de dois tipos: de
revestimento ou protetor e glandular ou secretor.
 Epitélio de revestimento: Reveste o corpo e forra
as cavidades (tubo digestivo) etc. Protege contra atrito,
invasão de microorganismos ou evaporação e serve
também para absorção de nutrientes e oxigênio. Nos
vertebrados o tecido epitelial de revestimento é
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constituído pela pele (revestimento externo), mucosas
(reveste cavidades internas que tenham contato com o
exterior, ex. mucosa nasal, etc) e serosa (revestem
cavidades internas fechadas, sem contato com o
exterior, ex. peritônio)
 Quanto mais grosso for o epitélio, maior será o
poder de proteção e quanto mais fino, maior será o seu
poder de absorção.
OBS: As células epiteliais são envolvidas pelo
glicocálise. Elas têm geralmente ciclo de vida curto,
estando em constante processo de renovação.
Exemplos de alguns tecidos de revestimento no
corpo humano:
1- Pavimentoso simples – reveste internamente os
vasos sanguíneos
2- Cúbico simples – reveste os ovários
3- Prismático simples – reveste o estômago e o intestino
4- Pavimentoso estratificado - reveste a pele, a boca e
o esôfago
5- Cúbico estratificado – ocorre na conjuntiva do olho
6- Prismático estratificado – Ocorre na epiglote e na
uretra masculina
7- Pseudo-estratificado – reveste a traquéia, as
cavidades nasais e os brônquios
8- De transição – reveste internamente a bexiga e as
vias urinárias
OBS: As células epiteliais são envolvidas pelo
glicocálise, o que aumenta a adesão entre elas. Elas têm
ciclo vital relativamente curto, sendo continuamente em
processo de renovação.
PRINCIPAIS TIPOS DE EPITÉLIOS
- simples – uma camada de células
- estratificado – várias camadas de células
- pseudo-estratificado – Apenas uma camada de
células com tamanhos diferentes
- pavimentoso – células achatadas
- Prismático ou colunar – células com forma de um
cubo
- Colunar – células com forma de um cubo
- De transição – epitélio formado de várias camadas de
células com grande poder de elasticidade
Epitélio glandular: As glândulas formam-se por
multiplicação das células epiteliais. Podem ser:
a) Exócrinas: possuem ducto de secreção e lançam
seus produtos diretamente sobre o órgão alvo. Ex.
Lacrimais, sudoríparas etc.
b) Endócrinas: Não possuem o canal de secreção e
por isso, lançam seus produtos diretamente no sangue.
Ex. Hipófise, tireóide etc.
c) Mista: Apresenta a parte endócrina e exócrinas. Ex.
pâncreas, fígado etc.
OBS1.: Quando a glândula elimina a sua secreção e
permanece intacta ela é denominada: Merócrina. Ex.
salivares, etc
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OBS2.: Quando a secreção é formada pela própria
celular da glândula, ou seja, a célula acumula sua
secreção, morre e é eliminada, essa glândula é
denominada holócrima. Ex. sebáceas
OBS3.: Existem glândulas cujas células secretoras
perdem uma certa quantidade de citoplasma ao
eliminarem sua secreção: As glândulas Apócrinas. Ex.
mamárias.
A pele humana
Representa 15% do peso do corpo, possui duas
camadas principais: Epiderme (formada de tecido
epitelial) e derme (mais profunda e formada de tecido
conjuntivo). A derme possui a maior parte das estruturas
da pele: terminações nervosas, vasos sanguíneos e
fibras elásticas. Abaixo da derme encontra a tela
subcutânea.
A pele confere proteção contra desidratação, infecções,
raios solares prejudiciais, além de auxiliar no controle da
temperatura corporal. A pele é também um importante
órgão sensorial.
Queratina – impermeabilizando a pele
As células epidérmicas mais externas da pele são
impregnadas por uma proteína impermeabilizante
denominada queratina. Essas células morrem e o
conjunto morto, descamativo e queratinizado de células
constitui a camada córnea.
A melanina – proteção contra a radiação ultravioleta
Certas células na base da epiderme, denominadas de
melanócitos, produzem a melanina. Quanto mais escura
a pele de uma pessoas, maior a quantidade de melanina
nos melanócitos.
Glândulas sebáceas – lubrificando a pele
Na pele humana podem ser verificadas também as
glândulas sebáceas. Essas glândulas associam-se aos
folículos pilosos e produzem secreções oleosas
denominadas sebo que atuam como impermeabilizantes
à água e lubrificam os pêlos e a pele. Em regiões como
a glande do pênis, as pálpebras e os mamilos, as
glândulas sebáceas podem ser encontradas
independentemente dos folículos pilosos, eliminado suas
secreções diretamente na superfície da pele.
OBS: As glândulas sudoríparas e as glândulas sebáceas
estão presentes apenas nos mamíferos. No ser humano,
existem cerca de dois milhões de glândulas sudoríparas,
com uma distribuição mais acentuada na palma das
mãos, na planta dos pés e nas axilas; já as glândulas
sebáceas são mais frequentes no rosto e no couro
cabeludo.
Tecido conjuntivo
Esses tecidos são assim chamados porque, entre outras
funções do organismo, atuam unindo outros tecidos
conferindo-lhes sustentação e nutrição. Eles possuem
uma grande quantidade de substância intercelular ou
matriz. Suas células possuem grande polimorfismo. O
tecido conjuntivo é formado a partir do mesoderma e é
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rico em vasos sanguíneos. É dividido em conjuntivo
propriamente dito, adiposo, cartilaginoso, ósseo,
hematopoético e sanguíneo.
A substâncias intercelular ou intersticial, também
chamada de matriz é composta de duas porções:
- Substância amorfa – Composta principalmente por
água, polissacarídeos e proteínas
- Fibras – De natureza protéica e distribuem-se
conforme o tipo de tecido. Os tipos principais são:
1- Colágenas – de cor branca, formada de colágeno,
essas fibras são as mais comuns no tecido conjuntivo e
têm grande resistência à tração
2- Elásticas –De coloração amarelada e constituída
pela proteína elastina, essas fibras são dotadas de
elasticidade.
3- Reticulina – As fibras mais finas do tecido
conjuntivo e constituídas por uma proteína chamada
reticulina, muito semelhante ao colágeno.
Principais tipos de células dos tecidos conjuntivos
 Células mesenquimais indiferenciadas – São
capazes de formar qualquer outra célula do tecido
conjuntivo, com exceção dos macrófagos e
plasmócitos.
 Fibroblasto: Produz a substância intercelular e outras
células desse tecido. Quando ele fica velho e inativo
chama –se fibrócito – com poucas mitocôndrias e núcleo
escurecido, mas ele pode reativar em casos de
cicatrização voltando a ser um fibroblasto comum
 Células adiposas: Armazenam gorduras. Possuem
núcleo deslocado para a periferia da célula, próximo a
membrana
 Macrófagos: fagocitam microorganismos. Originam-se
dos monócitos, glóbulos brancos que atravessam os
capilares sanguíneos e, por meio dos pseudópodes,
deslocam ao longo do tecido conjuntivo. Eles podem ser
fixos( histócitos, tem forma geralmente estrelada e
núcleo ovóide). Os móveis têm forma irregular com
núcleo reninforme. Monócitos, macrófagos e
histiócitos são na realidade, formas diferentes de um
mesmo tipo de célula
 Plamócitos: fabricam anticorpos. Originam-se dos
linfócitos
 Mastócitos: produzem a histamina (vasodilatadora) e
heparina (anticoagulante).
Tecido conjuntivo propriamente dito com
propriedades gerais: Esse tecido pode ser do tipo
frouxo e denso
a) Conjuntivo frouxo: Rico em substância intercelular
e amorfa, mas pobre em fibras. Nesse tecido estão
presentes todas as células típicas do tecido conjuntivo.
Esse tecido executa as seguintes funções:
- Preenchimento de espações ente os órgãos viscerais
- Suporte e nutrição dos epitélios
- Envolvimento de nervos e de vasos sanguíneos e
linfáticos
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- Cicatrização de tecidos lesados
b) Conjuntivo denso: Pobre em substância
intercelular, mas com muitas fibras.
- Quando as fibras colágenas se organizam de maneira
difusa, não ordenada: tecido conjuntivo denso não-
modelado. Esse tecido ocorre no periósteo (membrana
de tecido conjuntivo que envolve os ossos), no
pericôndrio (membrana que envolve as cartilagens) e
nas cápsulas envolventes de órgãos como os ris e o
fígado.
- Quando as fibras colágenas organizam de maneira
ordenada, formando feixes compactos e paralelos, o
tecido conjuntivo denso é denominado de modelado.
Esse tecido forma os tendões
TECIDO HEMATOPOÉTICO: É o tecido formador dos
elementos figurados do sangue. Divide em dois tipos:
1- Tecido mielóide ou medula óssea vermelha:
Encontrado no interior de alguns ossos (costelas,
esterno, vértebras, ossos do crânio e, em pessoas
jovens, próxima à extremidade do fêmur e do úmero). É
o principal produtor dos elementos figurados do sangue:
glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
2- Tecido linfático ou linfóide: Encontrado de forma
isolada em estruturas como o timo baço, tonsilas,
linfonodos ou em órgão diversos como os das vias
respiratórias e do sistema digestivo (mucosa intestinal).
Produz certos tipos de glóbulos brancos: monócitos e
linfócitos. É nesse tecido que o linfócito se reproduz e
passa a atacar células e substâncias invasoras. É por
esse tecido que circula na linfa.
TECIDO ADIPOSO: Trata-se de uma espécie de tecido
conjuntivo muito rico em células que acumulam gordura:
As células adiposas. Esse tecido forma a tela
subcutânea e serve como reserva de energia e como
proteção contra o frio. Além disso, envolve diversos
órgãos, protegendo-os contra traumatismo durante os
movimentos do corpo. Pode ainda servir para proteção
contra choques mecânicos, como sucede com a palma
das mãos e plantas dos pés.
TECIDO CONJUNTIVO DE TRANSPORTE
Existem duas variedades de tecido conjuntivo de
transporte: o sanguíneo e o linfático. Esses tecidos
promovem o transporte e a distribuição de substâncias
diversas dentro do organismo, além de participar
ativamente do mecanismo de defesa do corpo.
TECIDO SANGUÍNEO: O sangue é um tecido que
possui uma substância intercelular líquida: O plasma,
formada principalmente por proteínas e água e que
serve como meio de transporte de oxigênio, alimentos,
hormônios e excretas. No plasma estão mergulhados os
elementos figurados que podem ser de três tipos:
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glóbulos vermelhos ou hemácias, glóbulos brancos ou
leucócitos e plaquetas.
a) Hemácias – são as mais numerosas(5 milhões) por
mm3 de sangue. Nos mamíferos são circulares
bicôncavas e anucleadas, contêm a hemoglobina para
transporte de O2. Elas duram em média 120 dias e são
produzidas na medula óssea vermelha. As hemácias
velhas são destruídas n fígado e no baço.
b) Glóbulos brancos ou leucócitos: São de 6 a
10mil/mm3 de sangue. Entre eles encontramos:
1- Neutrófilos: Destroem microorganismos e participam
da diapedese.
2- Acidófilos ou eusinófilos: Defendem o corpo contra
vermes e parasitas e agem nas alergias.
3- Basófilos: Liberam histamina (vasodilatador).
4- Linfócitos: São muito ativos na produção de
anticorpos.
5- Monócitos: São grandes e com núcleo de forma
variável e têm grande poder fagocitário.
C) Plaquetas: Conhecida também como trombócitos, as
plaquetas formam-se na medula óssea vermelha, são
anucleadas. Elas são na verdade, fragmentos de certas
células denominadas megacariócitos e portadoras de
tromboplastina uma enzima que participa da coagulação.
TECIDO CONJUNTIVO LINFÁTICO: É formado a partir
da filtração do excesso de líquido intercelular
extravagado dos capilares sanguíneos. As células mais
comuns nesse tecido são os linfócitos. Não possui
hemácias e nem plaquetas.
O sistema linfático é formado pela linfa, por um
conjunto de vasos linfáticos e pelos órgãos
linfáticos, tais como: baço, timo e os linfonodos.
TECIDO CONJUNTIVO DE SUSTENTAÇÃO
TECIDO CARTILAGINOSO: É rico em cartilagens,
possui além de fibras colágenas e elásticas, uma
substância intercelular rica em proteínas associadas a
um tipo de glicídio chamado Ácido
condroitinossulfúrico. Essas substâncias dão à
cartilagem uma consistência firme e flexível, tornando-a
capaz de sustentar diversas partes do corpo e
permitindo ao mesmo tempo curta flexibilidade de
movimento.
É encontrado na orelha, no nariz, na traquéia e entre as
vértebras formando os discos intervertebrais, e entre as
articulações. Esse tecido é formado a partir de células
mesenquimais que se transformam em células
cartilaginosas jovens: Os condroblastos. Estas células
fabricam substâncias intercelular e crescem e se
transformam em células cartilaginosas adultas: Os
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condrócitos, que ficam alojados nas lacunas: os
condroplastos.
O mesênquima ao redor da cartilagem, transformam-se
num tecido conjuntivo denso chamado pericôndrio.
Como no interior da cartilagem não há vasos, é a partir
dos vasos do pericôndrio que, por difusão, as células
cartilaginosas recebem nutrientes.
TIPOS DE CARTILAGEM:
a) Cartilagem hialina: É a mais comum. Apresenta
substância intercelular homogênea e poucas fibras
colágenas. É encontrada na laringe, traquéia, brônquios
e na extremidade dos ossos que articulam.
b) Cartilagem elástica: Semelhante à cartilagem
hialina, mas apresenta, além de fibras colágenas, fibras
elásticas entrelaçadas o que lhe confere maior
elasticidade. Está presente na orelha, no septo nasal e
na epiglote.
c) Cartilagem fibrosa: Também chamada de
fibrocartilagem, apresenta grande quantidade de fibras
colágenas e é a mais resistente das três. É encontrada
entre os ossos pubianos da bacia e forma os discos
intervertebrais.
TECIDO MUSCULAR: Suas células são alongadas,
altamente especializadas e dotadas de capacidade
contrátil denominadas miócitos (fibra muscular). Essas
células musculares têm nomes específicos para as suas
estruturas. Assim, a membrana plasmática é
denominada sarcolema e o citoplasma é chamado de
sarcoplasma.
Esse tecido é formado a partir do mesoderma e é
formado por células alongadas chamadas fibras, ricas
em miofibrilas de proteínas que são responsável pelas
contrações desse tecido, responsável pelo movimento e
pelas atividades de certos órgãos como útero, intestino,
coração.
TIPOS DE MÚSCULO:
a) Músculo liso ou não estriado: Possui fibras
mononucleadas, com núcleo alongado e central,
fusiforme e sem estrias transversais. É encontrada na
parede dos órgãos ocos (Tubo digestivo, útero, artérias,
veias, brônquios, bronquíolos e bexiga e ainda, preso
aos pêlos do corpo. Sua contração é involuntária.
OBS: Os movimentos peristálticos ocorrem em
decorrência da contração da musculatura lisa
b) Músculo estriado esquelético: É formado por
células plurinucleadas com miofibrilas que apresentam
alternadamente faixas claras e escuras (estrias
transversais). Tem contração voluntária, isto é,
controladas conscientemente, obedecendo a nossa
vontade. É encontrado preso aos ossos do abdômen,
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sob a pele do rosto, braços e na bexiga, controlando a
saída de urina.
c) Músculo estriado cardíaco: Forma o miocárdio.
Possui fibras estriadas mononucleadas e de contração
involuntária. Em certas regiões, as membranas das
células estão intimamente unidas, formando os
chamados discos intercalares, que facilitam a
passagem de íons entre as células e,
consequentemente, do impulso elétrico que determina a
contração do músculo.
O SISTEMA NERVOSO
Sistema nervoso difuso: Consiste numa rede de
células nervosas espalhadas pelo corpo do animal. Ex.
Celenterados.
Sistema nervoso ganglionar: Aglomerados de
neurônios situados na cabeça interligado ao resto do
corpo pelos cordões nervosos ventrais. Ex.
Platelmintos
Nos anelídeos, torna-se mais aperfeiçoado,
consistindo de dois gânglios cerebróides (que formam
um cérebro primitivo) e um gânglio subfaríngeo, que se
comunica com um duplo cordão nervoso ganglionar, de
localização ventral.
Nos insetos e moluscos cefalópodes, o sistema
nervoso ganglionar apresenta gânglios cerebróides
desenvolvidos - que constituem um cérebro - e uma
cadeia nervosa ganglionar ventral. Nesses animais, os
gânglios cerebróides atingem alto grau de
desenvolvimento e especialização, apresentando
supremacia funcional em relação aos outros gânglios
existentes.
Sistema nervoso dos vertebrados
O sistema nervoso apresenta-se disposto
dorsalmente e protegido pela caixa craniana e pela
coluna vertebral.
Anatomicamente, o sistema nervoso dos vertebrados
subdivide-se em:
 Sistema nervoso central (SNC)
 Sistema nervoso periférico (SNP)
O SNC é constituído pelo encéfalo - massa nervosa
situada na caixa craniana - e pela medula espinhal -
filamento nervoso que percorre o interior do canal
raquiano da coluna vertebral. O encéfalo apresenta
basicamente as seguintes regiões:
PRINCIPAIS CÉLULAS DA GLIA
1- Astrócitos – Dão suporte mecânico e fornecem
alimento à complexa e delicada rede de circuitos
nervosos.
2- Oligodendrócitos – Desempenham função
equivalente à das células de Schwann, formando a
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bainha de milelina dos neurônios que fica no encéfalo e
na medula espinal.
3- Micróglia – São um tipo especializado de
macrófagos cuja função é fagocitar detritos e restos
celulares presentes no tecido nervoso.
HISTOLOGIA VEGETAL
Não podemos esquecer que cada espécie de
planta está adaptada ao seu ambiente: plantas de clima
úmido podem ter folhas grandes, que absorvem mais
luz; plantas de clima seco têm folhas reduzidas ou
mesmo ausentes, já que correm maior risco de
desidratação.
A organização do corpo dos vegetais é bem
diferente da organização do corpo dos animais. A maior
parte dessas diferenças deve ser interpretada como
adaptações ao modo autotrófico de vida que caracteriza
os vegetais, em oposição ao modo heterotrófico dos
animais.
Os tecidos vegetais
Os tecidos vegetais podem ser divididos em
tecidos de formação embrionária, chamados
meristemas, e tecidos permanentes ou diferenciados.
Estes últimos estão adaptados às seguintes funções:
revestimentos e proteção, assimilação e reserva de
substâncias, sustentação, condução de seiva e
secreção.
Meristemas
O meristema é um tecido formado por células com
características embrionárias, isto é, que não estão
especializadas e têm grande capacidade de divisão,
podendo dar origem a qualquer outro tipo de tecido.
Divide-se em dois tipos: meristema apical ou primário
e meristema lateral ou secundário.
Meristema apical
Localizado na ponta do caule e da raiz, provoca o
crescimento em comprimento da planta. No caule, o
meristema apical forma pequenos brotos, as gemas
apicais (na ponta do caule) e as gemas laterais ou
axilares (nas ramificações do caule).
O meristema da ponta da raiz é protegido por um
“capacete” de células, a coifa ou caliptra. A parte
inferior desse meristema repõe as células da coifa à
medida que estas se desgastam e, por isso, é chamado
de caliptrogênio.
O meristema apical divide-se em três regiões:
- protoderme – origina um tecido protetor, a epiderme,
que reveste o vegetal.
- procâmbio – vai se diferenciar nos tecidos condutores
de seiva, localizados no interior da raiz e do caule.
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- meristema fundamental – irá produzir os demais
tecidos da planta, responsáveis pela sustentação,
fotossíntese, armazenamento de substâncias, etc.
O tipo de crescimento produzido pelo meristema apical
pé chamado crescimento primário.
Meristema lateral
Localizado no interior do caule e da raiz das
gymnospermas e angiospermas. O meristema lateral é
responsável pelo crescimento em espessura e divide-se
em duas regiões:
1- Felogênio – localizado na parte mais externa do
caule e da raiz, forma células de preenchimento e
reserva (feloderme) e células de proteção (súber), que
substituem a epiderme. O conjunto formado pelo
felogênio, feloderme e súber é chamado periderme.
2- Câmbio – localizado mais internamente no caule
e na raiz, irá produzir novos vasos condutores de
seiva, à medida que o vegetal aumenta de espessura.
O tipo de crescimento produzido pelo meristema lateral é
chamado crescimento secundário
Tecidos de revestimento e proteção
Revestindo os vegetais, encontramos estruturas que
fornecem proteção mecânica e, nas plantas terrestres,
evitam a desidratação. Há dois tipos de tecidos
protetores:
1- Epiderme – originada do meristema apical ou
primário, reveste as folhas e as partes jovens do caule e
da raiz. É formada por uma camada de células vivas e
aclorofiladas.
Anexos de epiderme
A) A cutícula
A cutícula é organizada por um depósito de ceras e
cutinas que forma sobre a face epidérmica exposta
ao ar atmosférico; é uma camada acelular e
impermeabilizante que contribui para evitar a
desidratação da planta. A cutícula protege ainda o
vegetal contra o excesso de luz. De fato, a cutícula
reflete muito bem os raios luminosos; daí o brilho
que certas folhas apresentam, principalmente na
face superior.
B) Os acúleos
Os acúleos são anexos epidérmicos muito resistentes,
pontiagudos com função defesa; aparecem, por
exemplo, nas roseiras e são, geralmente, confundidos
com espinhos.
OBS: Espinhos são atrofiamentos de ramos caulinares
ou foliares. Eles promovem a defesa da planta. No caso
dos cactos, a redução da superfície foliar – que resulta
em um espinho – constitui uma adaptação da planta
contra a desidratação.
C) Os pêlos
Os pêlos são evaginações epidérmicas que
representam, em geral, uma eficiente proteção contra a
desidratação. Realmente, quando formam um
emaranhado na superfície da folha, passam a reter
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umidade em torno dela, o que dificulta a transpiração.
Existem, porém, pêlos com outras funções, como os
pêlos absorventes das raízes. Eles ficam situados na
zona pilífera ou de absorção do solo e,
consequentemente, contribuindo pra uma melhor
absorção de água e de sais minerais do meio em que a
planta vive.
OBS: Nas urtigas existem pêlos que contêm substâncias
tóxicas e protegem a folha contra ataque de animais.
D) Os estômatos
Os estômatos são estruturas epidérmicas reguláveis,
normalmente encontrada nas folhas e que permitem a
entrada e a saída de gases relacionados com respiração
e a fotossíntese.
2- Súber – originado do felogênio, protege
as partes mais antigas do caule e da raiz. É formado por
várias camadas de células mortas e ocas, que possuem
as paredes revestidas por suberina, substância
impermeável. É do súber que se produz a cortiça.
Tecidos de arejamento
Estômatos – Na superfície da epiderme, há uma
cobertura – a cutícula que dificulta a passagem de gás
carbônico e oxigênio pela folha. Mas a entrada e a saída
desses gases são garantidas por estruturas existentes
na epiderme: os estômatos.
Do mesmo modo que a epiderme, o súber é
impermeável e apresenta estruturas de arejamento: as
lenticelas. Essas estruturas são formadas por grupos de
células arredondadas, com espaços intercelulares por
onde o oxigênio passa para os tecidos internos da
planta.
Tecidos de assimilação
Os sistemas responsáveis pela assimilação
(fotossíntese) e reserva de substâncias são formados
por tecidos chamados parênquimas, ou seja, conjuntos
de células vivas, com parede celulósica sem
espessamentos. Há dois tipos de parênquima:
Parênquima de assimilação ou clorofiliano
É responsável pela fotossíntese. Portanto, ele é
rico em cloroplastos. Esse tecido é encontrado nas
folhas e nos caules jovens (estrutura primária), sob duas
formas: parênquima paliçádico e parênquima
lacunoso;
Parênquima de reserva
1- Parênquima amilífero – armazena amido
2- Parênquima aquífero – armazena água
3- Parênquima aerífero – armazena ar
Tecidos de sustentação
Formados por células de parede espessa, que
dão resistência e sustentação às diferentes partes da
planta, esses tecidos podem ser de dois tipos:
1- Colênquima – localiza-se na periferia do
caule e da folha, logo abaixo da epiderme; formado por
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um agrupamento de células vivas, existentes (possuem
espessamento de celulose nos ângulos das células) e
dotado de grande flexibilidade, é encontrado em partes
jovens da planta e em vegetais herbáceos.
2- Esclerênquima - É formado por
células mortas, com paredes espessas, constituídas de
celulose e de uma substância rígida e impermeável, a
lignina ou linhina. Suas células podem ser de dois
tipos:
a) Fibras – frequentemente associadas
aos tecidos de condução, ajudando na sustentação da
planta;
b) Esclereides ou células pétreas –
células muito duras, servem para a sustentação e a
proteção dos embriões de algumas sementes, mas
também são encontradas em outras partes do vegetal.
Tecidos condutores de seiva
Na algas e nos musgos, as substâncias do
ambiente (água e sais minerais) são distribuídos de
célula para a célula através da difusão e osmose. Os
vegetais maiores e mais complexos, no entanto, com um
grande número de células, utilizam um sistema de
transporte mais rápido. Por isso, nas pteridófitas,
gymnospermas e angiospermas, encontramos os
chamados vasos condutores de seiva.
Existem dois tipos de vasos condutores de
seiva: os vasos lenhosos e os vasos liberianos:
1- Vasos lenhosos – Transportam seiva bruta –
água e sais minerais- da raiz para as folhas. Ou seja,
transportam a matéria-prima para a fotossíntese. São
formados de células mortas com parede celular com um
reforço de celulose e lignina.
Entretanto, a lignina não se deposita em toda a
parede celular. Em plantas jovens, encontramos vasos
com depósitos em forma de anel ou hélice, o que dá a
esses vasos maior elasticidade para acompanhar o
intenso crescimento da planta. No vegetal adulto, os
vasos costumam ter mais lignina. Há dois tipos de
vasos lenhosos:
a) Traqueídes ou vasos fechados – A lignina
desaparece em alguns pontos, mas a celulose persiste,
ficando apenas mais fina; a seiva bruta tem de passar
pela parede de celulose; as regiões sem lignina
denominam-se pontuações;
b) Elementos de vasos ou vasos abertos – A
parede celular desaparece completamente em alguns
pontos, formando perfurações que permitem a
passagem da água com facilidade; a separação entre as
duas células forma uma placa perfurada.
O conjunto de vasos lenhosos e do parênquima e
esclerênquima a eles associados forma o xilema ou
lenho
2- Vasos liberianos – A água e os sais minerais
trazidos pelo xilema chegam até as folhas. A água e o
gás carbônico do ar são usados na fotossíntese para
produzir glicídios e outros compostos orgânicos do
vegetal. Esse material orgânico forma a seiva elaborada,
que vai ser distribuída para todo o corpo da planta
através desses vasos.
 EQUILIBRIUM VESTIBULARES – CIÊNCIAS DA NATUREZA – ENEM – 2022
PROFESSOR – ERINALDO SILVA – CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS – HISTOLOGIA ANIMAL E VEGETAL
As células que compõem os vasos liberianos são
vivas e alongadas. Na união entre duas células, a
parede (sem espessamento de lignina) possui uma série
de orifícios ou crivos, por onde os dois citoplasmas se
comunicam. A presença dessa parede ou placa crivada
justifica o nome de tubos crivados para os vasos
liberianos. Apesar de vivas, as células dos tubos
crivados não possuem núcleo nem boa parte das
organelas celulares. A sobrevivência dessas células
depende de uma troca de substâncias com células
parenquimatosas adjascentes, chamadas células
companheiras.
Além dos tubos crivados e das células
companheiras, encontramos fibras de esclerênquimas e
células do parênquima com função de sustentação e de
armazenamento de substâncias. O conjunto desses
elementos forma o floema ou líber.
Tecidos secretores
Existem tecidos que fabricam diversas
substâncias úteis à planta (secreções). O néctar, por
exemplo, que atrai aves e insetos polinizadores é
fabricado por um agrupamento de células secretoras, o
nectário. Pertencem a esse tipo também os pêlos
glandulares, como os da urtiga, que fabricam um líquido
cáustico que irrita a pele, ou vasos laticíferos, que
fabricam um líquido pegajoso, o látex.
Nas plantas de clima úmido, em que a saída de
vapor de água pelos estômatos é difícil, encontramos na
borda da folha pequenas aberturas, os hidatódios, que
eliminam água na forma líquida. Esse fenômeno,
chamado gutação, pode ser considerado excreção uma
vez que o excesso de água não desempenha nenhuma
função na planta.
Há ainda bolsas secretoras, que acumulam
produtos que, em alguns casos, ajudam a afugentar
insetos, e células que acumulam cristais de oxalato de
cálcio, chamadas drusas ou ráfides, de acordo com
sua forma.

“O SONHO É UMA DÁDIVA DE TODOS NÓS, MAS O

SACRIFÍCIO É O PREÇO PARA TORNÁ-LO REAL”.

ERINALDO SILVA

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