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Tecidos Vegetais

(Sistema de Revestimento)

Profa. Thais (2022)


Sistemas:
❖ Revestimento: Epiderme e Periderme

❖ Origem: Protoderme e Felogênio

❖ Fundamental: Parênquima, Colênquima e Esclerênquima

❖ Origem: Meristema Fundamental

❖ Vascular: Floema e Xilema

❖ Procâmbio e Câmbio Vascular


Sistemas:
❖ Revestimento: Epiderme e Periderme

❖ Origem: Protoderme e Felogênio

❖ Fundamental: Parênquima, Colênquima e Esclerênquima

❖ Origem: Meristema Fundamental

❖ Vascular: Floema e Xilema

❖ Procâmbio e Câmbio Vascular


Sistema de Revestimento

• Epiderme • Periderme
Reveste os órgãos com
Reveste o corpo crescimento secundário
primário da planta
Origem: Felogênio
(meristema lateral)
Origem: Protoderme
(meristema apical) Células: súber/felema
(mortas na maturidade),
felogênio (vivas,
Células fundamentais e meristema), feloderme
especializadas (vivas na (células parenquimáticas
maturidade) ativas)

Trocas gasosas: lenticelas


Trocas gasosas:
estômatos
Características

Tecido complexo: ampla variedade de tipos celulares –


reflete suas múltiplas funções

Maior parte do tecido: células pouco especializadas –


células epidérmicas comuns (fundamentais, células
epidérmicas propriamente ditas, células de
revestimento)

Outras: células mais especializadas dispersas. Ex:


células guarda dos estômatos e uma variedade de
apêndices (tricomas, pelos radiculares)
Características
Características

Contêm plastídios com


membranas internas pouco
desenvolvidas, deficientes em
clorofila

Exceção: cloroplastos
fotossinteticamente ativos na
epiderme de plantas vivendo
em sombra profunda e
epiderme de plantas
aquáticas submersas

Células epidérmicas em Elodea


Características

Células epidérmicas comuns maduras:


formas variáveis, geralmente tabulares
com pouca profundidade.

Exceção: sementes – tipo paliçada, muito


mais profundas que largas

Muitas folhas, pétalas, ovários e óvulos´-


células epidérmicas com as paredes
verticais (anticlinais) onduladas

Protoplasto vivo, podem armazenar


muitos metabólitos

Amido e cristais proteicos podem estar


presentes nos plastídios da epiderme, e
antocianinas nos vacúolos.
Características

Parede celular: varia em espessura


nas diferentes plantas e/ou
diferentes partes da mesma planta

Epiderme com parede


excessivamente espessa em folhas
de coníferas – espessamento
parietal, lignificado, secundário
causa quase a oclusão da célula

Parede silicificada nas gramíneas e


ciperáceas
Características
Em uma epiderme múltipla: camada mais externa é mais similar a uma epiderme unisseriada pela
presença da cutícula

Camadas mais internas com pouco ou nenhum cloroplasto; uma das funções: armazenar água

Exemplos de epiderme múltipla: Moraceae (Ficus); Malvaceae; Monocotiledôneas (palmeiras,


orquídeas)

Epiderme múltipla ou células corticais? Estudos de desenvolvimento..


Cutícula Planta de sombra

Cutícula: dois componentes lipídicos –


cutina insolúvel (ou/e cutano) e ceras
solúveis (depositadas na superfície da
cutícula: ceras epicuticulares)

Cutícula: característica de todas as


superfícies vegetais expostas ao ar, as
vezes estendendo-se através dos poros
estomáticos
Planta de sol

Primeira barreira protetora entre a


superfície aérea da planta e seu
ambiente, e barreira entre o movimento
de água (corrente de transpiração)

Processo de formação da cutícula:


cuticularização
Ceras

Cera epicuticular: superfície da cutícula de maneira


amorfa ou como estruturas cristalinas de vários
formatos

Confere brilho a muitas folhas e frutos (resultado da


reflexão e distribuição da luz pelos cristais de cera)

Importante na redução de perda de água via cutícula

Camada excepcionalmente espessa de cera (até 5mm)


ocorre nas folhas de Klopstockia cerifera, palmeira de
cera dos Andes; folhas de Copernicia cerifera, palmeira
brasileira – cera de carnaúba
Estômatos

Estômatos (grego = boca): aberturas (poro


estomático) delimitadas por duas
células-guarda – mudanças em seu formato
causam abertura e fechamento do poro.

Função: regular a troca de vapor d’água e de


CO2 entre tecidos internos da planta e a
atmosfera

Estômatos circundados por células que não


se diferem das demais células epidérmicas –
células vizinhas; circundados por uma ou
mais células que diferem no tamanho, na
forma, no arranjo, e as vezes, no conteúdo –
células subsidiárias
Estômatos

Densidade estomática (N/mm2)


varia muito nas folhas
Ocorrem em todas as partes
fotossintetizantes, em diferentes
aéreas do corpo primário da Raízes geralmente não possuem
partes da mesma folha, em
planta, mas são mais abundantes estômatos
diferentes folhas na mesma
nas folhas
planta – influenciada por fatores
ambientais: luz e níveis de CO2
Estômatos

Folhas: estômatos em ambas as faces


(folha anfiestomática); ou somente
uma - na superior (folha epiestomática)
- ou na inferior (folha hipoestomática),
mais comum.

Geralmente a densidade estomática é


maior em folhas de plantas
xeromórficas do que em folhas de
plantas mesomórficas e hidromórficas
Estômatos

Plantas aquáticas: todas as


superfícies das folhas emersas e
somente na face superior das folhas
flutuantes (folhas submersas
geralmente não possuem
estômatos)

Posição em relação as células


epidérmicas: mesmo nível, salientes,
nível inferior. Ex: estômatos em
depressões chamadas criptas
estomáticas (frequentemente
contêm tricomas).
Estômatos

Células guarda:
Eudicotiledôneas – formato de meia-lua com as extremidades atenuadas (formato reniforme) -
cobertas por cutícula mais permeável à água;
Poaceae e outras famílias de monocotiledôneas: células-guarda são halteriformes (em forma de
halteres); núcleo das células-guarda em Poaceae também tem formato de haltere.
Estômatos
• Aumento de volume nas células-guarda é compensado em parte pela diminuição do
volume nas células epidérmicas adjacentes
• Diferença de turgor entre as células-guarda e suas vizinhas imediatas determina a
abertura do poro – complexo estômático: unidade funcional
• Transporte de íons K+ entre células-guarda e vizinhas imediatas: principal fator de
movimento das células-guarda – estômato se abre na presença de grandes
quantidades de K+.
• Elevação na concentração de solutos resulta em um potencial de água mais negativo,
que causa o movimento osmótico da água para dentro das células-guarda, levando
ao intumescimento e à separação das células-guarda no local do poro.
Estômatos

• Estômatos começam a se desenvolver nas


folhas pouco antes do principal período de
atividade meristemática na epiderme ser
finalizado, e continuam a ser formados ao
longo de uma considerável parte da
expansão da folha por crescimento celular.

• Em folhas com venação paralela, como a


maioria das monocotiledôneas, os
estômatos são organizados em fileiras
longitudinais.

• Em folhas com venação reticulada, como na


maioria das eudicotiledôneas, estômatos
ocorrem de modo difuso ou mosaico.
Padrões
• Padrões formados pelas células-guarda e pelas células ao redor, em vista frontal,
são utilizados com propósitos taxonômicos.
Padrões

Anomocítica: células epidérmicas ao redor das células-guarda não são distintas das demais
células epidérmicas, células subsidiárias ausentes;

Anisocítica: estômato é rodeado por três células subsidiárias, sendo uma delas bem menor
que as outras duas; (Arabidopsis e Brassicaceae)

Paracítica: estômato acompanhado de cada lado por uma ou mais células subsidiárias
paralelas ao eixo maior das células-guarda;

Diacítica: estômato rodeado por um par de células subsidiárias cujas paredes comuns
formam um ângulo reto com as células-guarda;

Actinocítica: o estômato é rodeado por um círculo de células em posição radial cujos eixos
maiores são perpendiculares ao contorno das células-guarda;

Ciclocítica (enciclocítica): estômato é envolvido por um ou dois anéis estreitos de células


subsidiárias;

Tetracítica: estômato está envolvido por quatro células subsidiárias, duas laterais e duas
polares (terminais), sendo encontrada em muitas monotociledôneas
Padrões
• Padrões formados pelas células-guarda e pelas células ao redor, em vista frontal,
são utilizados com propósitos taxonômicos.
Tricomas

Tricomas (grego = conjunto de pelos):


apêndices epidérmicos bastante
variáveis.

Podem ocorrer em todas as partes do


corpo vegetal e podem ser
persistentes. Destes, alguns
permanecem vivos; outros morrem e
se tornam secos.

Geralmente são uniformes em um


determinado táxon, sendo utilizados
com propósitos taxonômicos.

Distintos de emergências (ex:


espinhos) que são formados por
tecidos epidérmicos e subepidérmicos.
Tricomas

Tricoma unicelular do algodão (Gossypium) comumente conhecido como fibra do algodão;

Origem: célula protodérmica do tegumento externo do óvulo;

Etapas: origem da “fibra”; alongamento da “fibra”; formação da parede secundária e


maturação. Morrem por processo de morte celular programada e se tornam desidratadas.
Pelos radiculares

Tricomas das raízes ou pelos


radiculares: extensões tubulares
das células epidérmicas.

Diâmetro varia de 5 a 17
micrômetros, comprimento entre
80 e 1.500 micrômetros.

Geralmente unicelulares e não


ramificados

Função: extensão da superfície


de absorção da raiz para a
entrada de água e nutrientes.
Células silicosas e suberosas

• Poaceae: sistema epidérmico foliar


composto de células longas e dois tipos de
células curtas (células silicosas e
suberosas)

• Sílica: depositada em grandes quantidades


no sistema caulinar de gramíneas, e as
células silicosas são assim chamadas
porque quando estão completamente
maduras, seu lúmen é preenchido com
corpos de sílica.

• Células suberosas: apresentam paredes


suberizadas e geralmente contêm material
orgânico sólido.

• Frequência e distribuição das células


curtas, junto com o formato dos corpos de
sílica nas células silicosas é muito
importante para fins taxonômicos e
diagnósticos.
Células silicosas

• Fitólitos (grego: pedras vegetais) =


corpos de sílica, mais exatamente seu
formato variado, desempenham um
papel importante em pesquisas de
arqueobotânica e geobotânica.

• Tipo mais comum em


monocotiledôneas é o corpo esférico
“semelhante à drusa”. Outros
formatos incluem o tipo “chapéu”
(“cuneiforme truncado”, o tipo “em
forma de calha”, e um tipo amorfo
fragmentado (areia silicosa)

• Os formatos dos corpos de silica não


necessariamente seguem o formato
das células silicosas que os contém
Corpos de sílica

• Corpos de sílica podem ocorrem em outras células


epidérmicas, além das células silicosas, incluindo as
células epidérmicas longas e as células buliformes.

• Depósitos de sílica são abundantemente encontrados


nas paredes das células epidérmicas

• Função: nas paredes, sustentação foliar

• Presença de sílica também aumenta a resistência a


vários insetos, bactérias e fungos patogênicos
Células buliformes

• Células buliformes (“células


com formato de bolhas”)
ocorrem em quase todas as
ordens de monocotiledôneas

• Função: armazenar água (são


incolores porque contem
pouca ou nenhuma
clorofila); podem promover
o desdobramento das folhas
jovens (células de expansão);
papel nos movimentos de
abertura e fechamento de
folhas maduras (células
motoras) por mudanças no
turgor.
Cistólitos

• Mais comuns: elipsoides encontrados em


Ficus, que se desenvolvem dentro de litocistos
na epiderme foliar múltipla.

• Podem ocorrer em pelos na epiderme


unisseriada de folhas (pelos com cistolitos).
Ex: identificação forense de Cannabis sativa;

• Formados principalmente por carbonato de


cálcio; alguns contêm carbonato de cálcio e
sílica

• Significado fisiológico ainda não é claro;


sugerido que a formação de cistólitos pode
estimular a fotossíntese por aumentar o
fornecimento de dióxido de carbono ou
seriam produto de desintoxicação similar a
formação de grãnulos de cálcio em células de
molusco.

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