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Destacamos que:
Gimnospermas
A maioria das espécies é arbórea. As folhas são aciculadas ou escamiformes
nos pinheiros e ciprestes, nas cicas são semelhantes às das palmeiras,
enquanto o ginkgo tem folha em forma de leque.
Angiospermas
Plantas com flores, desde vistosas até minúsculas de difícil visualização.
Monocotiledôneas
Plantas herbáceas ou epífitas, com raízes fasciculadas, caule haste ou
subterrâneos, folhas com bainha, raro pecíolo, nervação paralelinérvea ou
peniparalelinervea, raro pinada.
Eudicotiledôneas
Hábitos diversos, raízes pivotantes, caule de todos os tipos, folha sésseis ou
com pecíolo, rara bainha, nervação, geralmente, peninérvea.
Famílias de Monocotiledôneas
Arceae (Antúrios, Filodendros)
Possuem nervação geralmente pinada, muitos tem folhas de base sagitada, as
tonalidades podem variar na mesma folha (variegada). As inflorescências são
envolvidas por uma bráctea grande, geralmente rígida e vistosa chamada
espata.
Arecaceae (Palmeiras)
Possuem caule em estipe e folhas pinadas ou flabeliformes.
Bromeliaceae (Bromélias)
Muitas epífitas, filotaxia rosulada, formando tanque, presença de escamas nas
folhas, folhas e brácteas vistosas e coloridas são muito comuns.
Orchidaceae ( Orguídeas)
Muitas epífitas, raiz com velame, presença de pseudobulbo em algumas
espécies, caules curtos ou subterrâneos, folhas alternas dísticas ou
espiraladas.
Poaceae ( Gramíneas)
Possuem a lígula como uma estrutura característica.
Famílias de Eudicotilledôneas
Cactaceae (Cactos)
São facilmente reconhecidas pelo seu caule do tipo cladódio e seus espinhos.
Fabaceae (Feijão, Caliandra, Ingá)
São reconhecidas por possuírem folhas geralmente compostas ou
recompostas, a presença do pulvino é algo bem comum.
Moraceae ( Amoreira, Figueira)
Geralmente, apresentam grandes estipulas recobrindo as gemas terminais.
Myrtaceae (Goiabeiras, Jabuticabeiras)
As árvores, geralmente, apresentam cascas esfoliantes, as folhas das espécies
nativas do Brasil são opostas, enquanto as espécies Australianas possuem
folhas alternas como ocorre com o eucalipto. As folhas possuem nervuras
coletoras e glândulas translucidas são facilmente visíveis no limbo foliar ao
colocá-lo contra a luz.
Raiz – Estrutura
A primeira estrutura a emergir da semente é a raiz. Essa parte torna possível à
planta jovem (plântula) fixar-se no solo e absorver água, duas funções
essenciais para a sua sobrevivência. A raiz que emerge na plântula é a raiz
principal.
Zonas da raiz
A raiz pode ser dividida em três zonas, que são:
Zona de Distensão ou Lisa
A zona de distensão é uma área localizada na ponta da raiz e possui células
indiferenciadas que se encontram em intensa divisão, sendo denominadas de
meristemáticas. A ponta da zona de distensão é protegida pela coifa, uma
estrutura semelhante a um dedal, formada por células vivas que secretam
mucilagem. Essa substância lubrifica a raiz durante a sua passagem através do
solo. Além da função de proteção, as células da periferia da coifa ajudam a
manter o contato entre as raízes e o solo, evitam o ressecamento e participam
na prevenção de infecções nas células meristemáticas da ponta. Desse modo,
o crescimento longitudinal da raiz ocorre próximo ao ápice, empurrado
constantemente para dentro do solo.
Zona Pilífera ou Absorção
A região pilífera ou de absorção é onde são produzidos os pelos radiculares
que ampliam a capacidade de absorção de água e nutrientes. Eles são
efêmeros, por isso, novos pelos são produzidos constantemente após a região
de distensão. Ela ocorre na mesma proporção em que os pelos mais velhos
são eliminados na extremidade superior da zona pilífera. O ápice da raiz
penetra o solo, novos pelos radiculares se desenvolvem, provendo a raiz com
uma superfície capaz de absorver novos suprimentos de água e nutrientes
minerais.
Zona de Ramificação
A zona de ramificação corresponde à parte mais velha da raiz e não possui
pelos absorventes. Nessa parte, desenvolvem-se as raízes laterais e ocorre o
espessamento do órgão. Por terem uma origem profunda na raiz-mãe, as
raízes laterais são consideradas endógenas, ou seja, de origem interna. À
medida que a raiz lateral cresce do interior da raiz principal e aumenta em
tamanho, ela se projeta através do córtex. Enquanto ainda muito jovens, os
primórdios destas raízes desenvolvem a coifa e o meristema apical.
Para distinguir um caule subterrâneo que possui gemas de uma raiz gemífera é
indicado um corte anatômico para distinção, já que a estrutura interna desses
órgãos é diferente.
Botânica
Nas plantas aquáticas possui aerênquima, um tecido que auxilia no
armazenamento de oxigênio da água. A zona pilífera pode estar ausente, já
que a água é abundante e não há necessidade de aumentar a área de
absorção. A zona pilífera sua estrutura são raízes laterais, e tem presença da
coifa.
Raízes Assimiladoras
A epiderme das raízes de orquídeas tropicais (Orchidaceae) epífitas, por
exemplo, tem varias camadas de células. Esse tecido é denominado de velame
e ata na absorção de água e nutrientes de modo eficiente, e as raízes são
chamadas de assimiladoras.
Raízes Haustórios
Plantas parasitas como a erva de passarinho possuem raízes denominadas de
haustórios. Essas raízes penetram no corpo do hospedeiro retirando seiva
elaborada(holoparasitas) ou seiva bruta(hemiparasitas).
Raízes Grampiformes
Estão presentes em plantas trepadeiras e possuem origem caulinar, ou seja,
são adventícias, e se aderem como grampos às superfícies ou a outros
vegetais
Raízes Micorrizas
São uma associação de raízes e fundos que promove o crescimento das
plantas ao aumentar a absorção de água e nutrientes. A associação de raízes
de eguminosas (Fabaceae) com a bactéria Rhizobium é fundamental para o
ciclo do nitrogênio.
CAULE - ESTRUTURA
O caule é o órgão da planta que liga as raízes às folhas, provê suporte, além
de conduzir seiva bruta e elaborada. Ele se caracteriza por possuir uma
estrutura básica de nós e entrenós. As gemas estão sempre localizadas nos
nós e são compostas por células que ainda não se diferenciaram e que, por
meio de estímulos hormonais, formam as estruturas vegetativas e reprodutivas
das plantas.
As gemas são regiões compostas por células que ainda não se diferenciaram e
que, por meio de estímulos hormonais, formam as estruturas vegetativas e
reprodutivas das plantas. As gemas ocupam diversas posições no corpo da
planta:
Gemas Apicais
As gemas apicais se formam no ápice do caule ou no ápice dos ramos da
planta e têm a função de promover o crescimento em comprimento. Os termos
apicais e terminal são usados como sinônimos, porém, alguns autores
preferem usar o termo apical para a gema presente no ápice do caule principal
da planta, e terminal, para as que estão no ápice dos ramos.
Gemas Axilares ou Laterais
As gemas axilares ou laterais se encontram no nó, ou seja, na lateral de um
caule ou ramo, junto à axila de uma folha. Essas gemas surgem na base da
superfície superior (adaxial) das folhas.
Gemas Adventícias
As gemas adventícias se formam na base ou ao longo dos troncos, nas
nervuras ou nas margens das folhas e mesmo em algumas raízes, como ocorre
nas denominadas raízes gemíferas.
Gemas Acessórias
As gemas acessórias se desenvolvem ao lado ou acima da gema axilar ou
terminal. Podem variar em número e se desenvolver em diferentes estruturas
vegetais. Em árvores cítricas, por exemplo, em uma mesma axila pode ocorrer
o desenvolvimento de um ramo e um espinho.
O xilopódio é também é uma estrutura mista, formada por caule e raiz. São
sistemas subterrâneos espessados, lignificados e rígidos. São comuns em
diversas espécies do Cerrado que sofrem de seca e queimadas regulares.
Ocorrem também na Caatinga, campos de altitude da Mata Atlântica, assim
como, em outros locais com pouca disponibilidade de água. Após o período de
seca ou de fogo, a planta rebrota a partir do xilopódio.
Gavinhas
São modificações caulinares ou foliares alongadas que se enrolam em algum
substrato ao tocá-lo. O maracujá, o chuchu e a uva são exemplos de plantas
que possuem gavinhas de origem caulinar.
Espinhos
São estruturas que espetam e cuja função é defender as plantas. Podem ter
origem foliar, como ocorre nos cactos, ou caulinar, como o do limão.
Acúleos
São projeções epidérmicas semelhantes externamente aos espinhos, porém,
não possuem vascularização.
Lianas
São plantas sustentadas por outro vegetal ou por alguma estrutura, apesar de
suas raízes estarem fixadas ao solo. Seu crescimento depende de estar
escorada em algo que sirva de suporte. Nas matas as lianas, apoiam-se nas
árvores e podem chegar ao topo de suas copas, onde a luz solar é mais
intensa. O hábito lianescente é comum na Mata Atlântica e na Amazônia. O
pente de macaco é um exemplo de liana.
Epífita
Incluem as plantas que vivem sobre outras sem parasitá-las. Muitas espécies
de orquídeas e bromélias (Bromeliaceae) possuem esse hábito e vivem sobre
árvores. Se completam seu ciclo de vida sem contato com solo, são
denominadas holoepífitas. Se estabelecem contato com o solo em alguma fase
da vida, são denominadas hemiepífitas. Algumas espécies de
Monocotiledôneas, como alguns filodendros (Araceae), são exemplos de
hemiepífitas. Na Mata Atlântica, as epífitas são abundantes.
FOLHAS - ORIGEM
A teoria do megafilo afirma que as folhas da maioria das plantas atuais são
derivadas de um complexo de ramos que se achataram e se conectaram. Esse
achatamento de vários ramos e conexão de nervuras, gerando um tipo de folha
com uma grande lâmina.
As primeiras Angiospermas podiam otimizar a perda de água com máximo
ganho de carbono por meio do desenvolvimento de folhas com poucos
estômatos de grande tamanho. Porém, durante o cretáceo, a queda de CO2
levou as folhas à evolução de uma máxima condução de gases pelos
estômatos. Isso deu às Angiospermas folhas de lâmina ampla com maior
número de estômatos de menor tamanho o que aumentou a eficiência das
trocas gasosas.
A evolução foliar ocorreu de maneiras diversas em grupos de plantas
terrestres. Devido a esse fato, a folha é uma estrutura altamente variável e
apresenta uma maior complexidade morfológica do que as encontradas na raiz
e no caule.
FOLHAS – ESTRUTURA
As folhas podem ser definidas de acordo com sua estrutura e desempenham
diversas funções:
As folhas são órgãos laminares, clorofilados de crescimento limitado e
com inserção nodal.
São responsáveis pela fotossíntese, processo pelo qual a luz é captada
e sua energia é utilizada para transportar gás carbônico em nutrientes
para a planta.
Além da fotossíntese é por meio das folhas que ocorre a transpiração,
processo que favorece a passagem de água com nutrientes pelo corpo
da planta.
A cor verde da maioria das folhas é causada pelo pigmento da clorofila. São
achatadas para o aproveitamento da luz solar, elas se originam dos ramos e
estão sempre acompanhadas de uma gema localizada em sua axila.
As folhas chamadas completas têm uma estrutura básica que inclui bainha,
pecíolo e limbo, mas nem todas apresentam essas partes. Embora pareça
simples, identificar uma folha exige entendimento sobre a sua estrutura, bem
como, treinamento prático.
Destacamos que:
Bainha
É a porção achatada e alargada da base do pecíolo ou do limbo. É um
componente típico das folhas das Monocotiledôneas, mas, raramente, ocorre
nos outros grupos, assim podemos dizer que a maioria das folhas é incompleta.
Pecíolo
É uma estrutura cilíndrica, mas pode ser anguloso e flexível. Conecta o limbo
diretamente ao caule ou à bainha. Pode ser bastante longo, como nas folhas
de imbaúba, ou bem curtos, como nas folhas de cana do brejo. É responsável
pelo movimento das folhas.
Limbo
Também chamado de lâmina, é a porção laminar bifacial da folha, responsável
pela fotossíntese. A face da lâmina que fica voltada para cima é denominada
superior, ventral ou adaxial. A outra, que fica voltada para baixo, é denominada
inferior, dorsal ou abaxial. As duas faces podem, tanto ser iguais, quanto
diferentes em cor e indumento.
FOLHAS – FUNÇÃO
A superfície da folha é plana e achatada, facilitando o aumento da relação
superfície/volume. Isso permite a realização de suas principais funções
fisiológicas: fotossíntese, trocas gasosas e transpiração. As folhas estão
envolvidas na preservação da espécie, pois atuam na reprodução, dispersão,
reserva, proteção, fixação, acúmulo e absorção, propagação, além de servir
como armadilhas para animais. Quando as folhas não forem planas, como as
acículas dos pinheiros, que se assemelham a uma longa agulha, não deixam
de desempenhar as funções fisiológicas. As folhas atuam na preservação da
espécie, por exemplo, protegendo-se contra o congelamento nas regiões de
neve.
FOLHAS – FILOTAXIA
A filotaxia refere-se ao arranjo das folhas nos ramos caulinares e ao número de
folhas de cada nó. É uma característica muito importante para a distinção
das famílias de Angiospermas.
FOLHAS – TIPOS
No que se refere à integridade do limbo, há dois tipos principais de folhas:
as simples, em que o limbo não está dividido em subunidades, e as compostas,
em que o limbo é dividido em folíolos. As folhas simples são extremamente
variáveis, de acordo com os recortes que o limbo pode apresentar.
As folhas com três lados e ângulos e com base mais larga são chamadas
de triangulares, e aquelas com o ápice mais largo são chamadas
de obtriangulares. A terminologia para forma foliar é muito extensa.
A margem, assim como o limbo, pode ser inteira ou apresentar recortes, que
podem ser:
Crenadas –quando as reentrâncias forem superficiais, simétricas de
ápice arredondado
Denteadas – quando as reentrâncias forem superficiais, simétricas de
ápice agudo
Serreadas – quando as reentrâncias forem um pouco mais profundas,
assimétricas de ápice agudo.
FOLHAS – CONSISTÊNCIA
A consistência da folha é muito útil para a identificação das espécies. De
acordo com a natureza dos tecidos que a compõe, do ambiente, do teor de
água e de sua resistência, esse tipo de folha pode ser:
Cartácea
Quando a folha é maleável e possui a espessura de papel A4. E. Este tipo de
consistência é encontrado na folha da maioria das espécies, como no hibisco e
na roseira.
Membranáceas
Quando a folha tem a consistência de uma membrana é translúcida, ou seja,
permite a passagem de luz sem dificuldade. Encontramos folhas
membranáceas em plantas aquáticas submersas, como a espada de melão
(Alismataceae), cultivada por muitos aquaristas. Essas folhas não possuem
muita lignina e são muito flexíveis para acompanhar a flutuação da água.
Coriáceas
Apresentam consistência rígida, semelhante a couro curtido, e não se dobram
sem quebrar, como ocorre nas folhas da lixeira (Dilleniaceae).
Carnosas
Têm aspecto volumoso por armazenarem água, sendo típicas de suculentas.
Ciliada
Se os tricomas estão restritos à margem das estruturas, a superfície é
chamada de ciliada.
Glândulas Translucidas
Podem ser facilmente vistas nas folhas de espécies da família da goiabeira.
Essas glândulas são secretoras de óleo e podem ser visualizadas em muitas
espécies ao se colocar a folha contra o sol. Também são encontradas nas
folhas dos limoeiros e laranjeiras (Rutaceae), e seus óleos exalam um odor
cítrico. Nectários extraflorais são encontrados na base das folhas ou pecíolos
de muitas espécies de leguminosas.