Você está na página 1de 51

CEEP F.C.C.

MILTON SANTOS
Disciplina: Biologia Prof. Robson Almeida

MORFOLOGIA VEGETAL
Morfologia interna das plantas
Raiz
 A raiz é uma estrutura encontrada nos vegetais que atua
principalmente na fixação do vegetal ao substrato e na
absorção de água e sais minerais. As raízes podem
desempenhar outras funções, como funcionar como órgãos
de reserva. Podemos identificar quatro partes principais
nelas: coifa, região lisa, região pilífera e região de
ramificação.
 A raiz é um órgão vegetal que apresenta como função
principal a sustentação da planta e a absorção de água e
sais minerais, os quais são levados, via xilema, para as
partes aéreas da planta. Originam-se a partir da radícula
no embrião e, em sua maioria, não possuem nós e
entrenós, como nos caules, não apresentam clorofila, e o
crescimento dá-se em direção ao centro da Terra
(geotropismo positivo).
Nas raízes também são sintetizados hormônios vegetais, como
citocinina, e outros metabólitos secundários.
Morfologia da Raiz
 Coifa: Células produzidas na  Zona suberosa: local de onde
zona meristemática. Função partem as raízes secundárias.
proteger a extremidade da raiz.
 Zona Meristemática: células
em constante mitose. Determina o
crescimento das raízes em
comprimento.
 Zona Lisa ou de
alongamento. Crescimento das
raízes.
 Zona Pilífera: Células
epidérmicas formam os pelos
absorventes de água e sais
minerais.
 Colo: Zona de transição entra a
raiz e o caule.
Tipos de raízes

 Tuberosas: funcionam
como órgãos de reservas
nutritivas, principalmente
do amido.

 Ex: cenoura, beterraba,


batata-doce
Tipos de raízes

 Respiratórias /
Pneumatófotos:
Ocorrem em vegetais de
terrenos alagadiços e
pobres em nitrogênio:

 Ex: manguezais
Tipos de raízes

 Sugadoras ou
Hastórios: São raízes
de vegetais parasitas que
penetram até os vasos
condutores (floema) para
sugar-lhes a seiva.
 A estrutura responsável
pela fixação e absorção é
o apressório.

 Ex:Erva-de-passarinho,
cipó-chumbo.
Tipos de raízes

 Raízes Tabulares:
Achatadas verticalmente,
ocorrem sobre a
superfície do solo antes
de mergulharem nele.
Tem a função de
aumentar a estabilidade
de vegetais de grande
porte e aumentam a
superfície respiratória.
Tipos de raízes
 Raízes de suporte ou
escora / adventícias:
Partem diretamente do
caule e tem por função
aumentar a base de
sustentação do vegetal.

 Ocorrem principalmente em
terrenos alagadiços.

 Adventícias (milho,
samambaias, cana-de-
açúcar.
Tipos de raízes

 Raízes Aéreas: Ocorrem


em plantas epífitas, sem
parasitá-las. Algumas
apresentam um
revestimento chamado
velame ou vel, com a
capacidade de absorver a
umidade do ar.

 Ex: Orquídeas e sumarés.


CAULE
 Atua como estrutura de ligação
entre as raízes e as folhas.
Apresentam os vasos
condutores de seiva. Tem
ainda as funções de:
sustentação de ramos, folhas e
frutos. Em alguns casos
podem fazer a respiração,
fotossíntese e o
armazenamento de nutrientes.
Apresentam gemas ou botões
caulinares.
 Existem dois tipos: Gemas
apicais e Laterais:
TIPOS DE CAULE

 AÉREOS:
 Tronco: caule bem
desenvolvido, ereto,
lenhoso e ramificado,
característico
angiospermas
dicotiledôneas e de
gimnospermas como o
pinheiro-do-paraná
TIPOS DE CAULE
 Haste: Caule mole,
geralmente verde e
ramificado, flexível e
delicado. A haste é própria
de ervas, como a funcho
erva Santa Bárbara.

TIPOS DE CAULE
 Estipe: caule cilíndrico sem
ramificações, com folhas
emergindo apenas de sua
extremidade apical

 Ex: palmeira imperial,


babaçu, acaí.
TIPOS DE CAULE
 Colmo: são
caules não
ramificados,
apresentando
nós e enternós
bem nítidos, ao
contrário dos
estipes.

 Ex: Bambu,
cana-de-
açúcar.
TIPOS DE CAULE
 Estolhão: São caules que
rastejam sobre o solo. Em
alguns casos, emitem
raízes adventícias nos nós,
na superfície de contato
com o solo.

Algumas trepadeiras podem apresentar


caules desse tipo, como é o caso do
maracujá, que possui um caule volúvel.
Ex: Morangueiro
TIPOS DE CAULE

 Caules Subterrâneos:
Rizoma: Esse tipo de caule se
desenvolve paralelamente à
superfície do solo.
Do rizoma podem surgir várias
folhas aéreas.
Ex: Samambaia e a bananeira,
taioba.
TIPOS DE CAULE
 Tubérculo: Caules que
armazenam substâncias
nutritivas.
 Apresentam gemas laterais
bem visíveis, das quais
podem surgir ou brotar
novas plantas.

 Ex: Batata-inglesa e o
inhame.
TIPOS DE CAULE
 Bulbos: São estruturas
complexas, formadas pelo
caule e por folhas
subterrâneas modificads.

 Bulbo simples: cebola, que


possui uma parte central
“prato” do qual partem as
folhas. Da porção inferior
parem as raízes.
 Bulbo composto: é o alho,
em que cada dente
corresponde a um pequeno
bulbo.
Atividade
 1- Observe os plantas em sua volta, identifique os diferentes tipos de raízes e
caules. Registre-as por meio de fotos, vídeos ou desenhos, informando suas
principais características.
(1,5 pontos)

 Obs.: no mínimo 4 exemplos de cada.


FOLHAS
 A folha é um órgão especialmente adaptado à transpiração, gutação,
respiração e fotossíntese.
 São classificadas quando à duração em perenes “ folhas persistentes como a
laranjeira” e caducas como a macieira, nesses vegetais as folhas caem e
deixam uma cicatriz denominadas camada de abcisão.
 Uma folha completa possui: limbo, pecíolo, bainha e estípulas.
Estrutura das folhas
 Limbo: porção laminar
com nervuras bem
visíveis, na extremidade
livre (ápice) e uma
extremidade presa ao
pecíolo (base). O limbo
pode ser dividido em
diversas partes, possui
aspecto de pequenas
folhas denominadas
folíolos, sendo no caso
chamadas de folhas
compostas.
Estrutura das folhas

 Pecíolo: é a região
cilíndrica e flexível que
sustenta as folhas.
Estrutura das folhas

 Bainha: é a parque prende o pecíolo ao caule, basal.

Bainha
Estrutura das folhas

 Estípulas:
Duas
expansões
laterais
laminares
de cada
lado do
ponto de
inserção do
pecíolo.
http://www.upm.es/sfs/E.U.I.T.
%20Agricola/FicherosEstaticosImagenes/Departamentos/Biologia/Hojas/Hoja118.j
pg
Estrutura das folhas

 Algumas folhas podem ou


não apresentar todas as
partes características de
uma folha completa. As
mais comuns são:
 Pecioladas:
Pecioladas folhas que se
inserem diretamente ao
caule, não apresentando
bainha. Comuns nas
angiospermas
dicotiledôneas.
Estrutura das folhas
 Sésseis:
Sésseis São folhas pouco
comuns na natureza. Não
possuem pecíolo nem
bainha e a inserção ao
caule é feita diretamente
pela base da nervura
central do limbo. O
exemplo mais claro é a
folha do tabaco.
Estrutura das folhas
 Invaginantes: A bainha
envolve diretamente o
caule, não apresentando
pecíolo.

 O caso mais clássico é o


da folha do milho.
Outras estruturas da folha
 As folhas podem ser
classificadas
principalmente pelas
nervuras:
 Paralelinérvias:
nervuras paralelas
típicas das
monocotiledôneas.

 Peninérvias:
nervuras ramificadas
presentes
principalmente em
dicotiledôneas.
Adaptações das folhas:
 As adaptações
morfológicas
especiais das folhas
permitem que elas
desempenhem
outras funções além
das que já vimos.
 Algumas dessas
adaptações são:

 Cotilédones:
formações
embrionárias ricas
em reservas
nutritivas
Adaptações das folhas:
 Gavinhas: podem ser
folhas modificadas,
originadas pelo
alongamento do pecíolo e
da nervura central,
servindo para a fixação do
vegetal.
 Podemos observá-las em
muitas plantas trepadeiras.

 Espinhos: são folhas que


reduziram a sua superfície
como proteção contra a
transpiração excessiva e
para proteção contra os
animais.
Adaptações das folhas:
 Brácteas: são folha existentes na base das flores. Quando
coloridas, atuam na atração de polinizadores.
 Ex: antúrio e bico-de-papagaio.
Adaptações das folhas:
 Catáfilos: São folhas reduzidas que protegem as gemas
caulinares. Em alguns casos como a cebola e o alho, são
bastante desenvolvidas e armazenam substâncias nutritivas.
Adaptações das folhas:
 Insetívoras ou carnívoras: mostram diversas adaptações para a captura
de insetos. Possuem diversos formatos aptos a capturar as possíveis
presas.
 Folhas em forma de urna (Sarracenia sp).
 Folhas dotadas de cerdas ou tentáculos (Drosera sp).
FRUTO

 Órgão encontrado somente nas angiospermas, com a finalidade


protetora, mas acima de tudo, de dispersão das sementes. Portanto,
suas características estão adaptadas ao tipo de dispersor, assim
como, observado nas flores.

 Os frutos são considerados também órgãos reprodutores. São


originados após a fecundação, a partir do ovário floral. Qualquer
órgão semelhante, desenvolvido a partir de qualquer outra parte
floral será denominado de PSEUDOFRUTO.
Partes de um fruto:
epicarpo (1), endocarpo (2) e mesocarpo (3)

3
CLASSIFICAÇÃO DOS FRUTOS SIMPLES:

BAGA - contém várias sementes

CARNOSOS

DRUPA - contém só uma semente


FRUTOS
INDEISCENTES
(não se abrem quando maduros)
SECOS

DEISCENTES
(se abrem quando maduros)
FRUTOS CARNOSOS DO TIPO BAGA:
FRUTOS CARNOSOS DO TIPO DRUPA:
FRUTOS SECOS INDEISCENTES:

Sâmara - Tipuana
Cariopse ou grão -
Milho
PSEUDOFRUTOS: Órgãos originados a partir
de outra parte floral que não seja o ovário

Pedúnculo floral Receptáculo floral

Pseudofruto
composto
SEMENTE:
- Óvulo fecundado
- Partes:
*Tegumento
*Amêndoa: formada por:
Embrião – produto da fecundação da oosfera.
Cotilédones – folhas embrionárias, originadas do zigoto
Albúmen ou endosperma – tecido de reserva
ABSORÇÃO E
TRANSPORTE

FISIOLOGIA VEGETAL
Fisiologia Vegetal
 É um ramo da botânica
que estuda as funções
dos vários órgãos que
uma planta apresenta.

 Absorção de transporte
de seiva bruta:
 A entrada de água
ocorrem principalmente
pela zona pilífera.
 A água entra por osmose
e os minerais por
transporte ativo.
Transporte de seiva bruta
 1 –A água por osmose
chega move-se através
das células vivas até o
xilema, assim como os
minerais (transporte
ativo).

 2 – Através dos pelos


absorventes a água
movimenta-se por entre
as paredes das células
epidérmicas e corcicais
até à endoderme, onde
é barrada pelas estrias
de Caspary). Os
minerais fluem até à
endoderme
Transporte de seiva bruta

 A seqüência do caminho
percorrido pela seiva
bruta até o xilema é:

 Pelos absorventes
 Epiderme
 Córtex
 Endoderme
 Periciclo.
Transporte de seiva bruta

 Para que as plantas


desenvolvam
normalmente há
necessidade de:
 Macronutrientes:
(precisam em maior
quantidade) - nitrogênio,
fósforo, potássio, cálcio,
enxofre, magnésio.
 Micronutrientes: (menor
quantidade) – ferro, cloro,
cobre, boro, zinco,
manganês e o molibdênio.
Transporte de Seivas nos Vegetais

 Nas plantas vasculares existem tecidos


especializados na condução de substâncias
úteis ao vegetal:

 Lenho ou xilema: transporte de seiva bruta.

 Líber ou floema: conduz a seiva elaborada


produzida na fotossíntese.
Transporte de substâncias:
 Ocorre que o xilema é
apenas um tubo
condutor, que nada pode
fazer para que a água
possa chegar à uma
altura de 100m por
exemplo.
 Existem dois mecanismos
para explicar o transporte
da seiva bruta das raízes
até a folha:
 Pressão positiva da
raiz
 Teoria da Tensão-
Coesão
TEORIA DA TENSÃO COESÃO
 A transpiração põe em movimento este
transporte.

 A perda de água traduz-se num déficit que


cria uma força de tensão que se propaga ao
xilema e deste às células da raiz,
promovendo a absorção de água ao nível da
raiz.

 As moléculas de água, por ação de forças de


coesão, unem-se por pontes de hidrogênio,
facilitando a sua ascensão em coluna no
xilema.
 Por ação de forças de adesão, estabelecem-
se ligações entre as paredes do xilema e as
moléculas de água, que também facilitam a
ascensão da coluna de água.

 A coluna contínua em que a água ascende


nos vasos xilémicos é denominada corrente
de transpiração.


Resumindo

Você também pode gostar