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ANIMAIS

PSEUDOCELOMADOS
Filos:
Nematoda e Acanthocephala

Prof. Hugo José Message


Pseudoceloma = cavidade preenchida por líquido;
forte pressão hidrostática
Organismo PSEUDOCELOMADO
Corte transversal
De um Nematoda
Epiderme
(Ectoderme)

T. Digestório
(Endoderme)

Pseudoceloma
(Espaço na Mesoderme)
Pseudocelomados
• 9 Filos:
• Rotifera
• Gastrotricha
• Kinorhyncha
• Loricifera
• Priapulida

• Nematoda
• Nematomorpha
• Acanthocephala
• Entoprocta
FILO NEMATODA
(gr. nematos = fio, filamento)
(Roundworms = vermes cilíndricos)
Exemplos:
• Acaris lumbricoides (lombrigas)
Exemplos:
• Ascaris suum
(Lombriga do
porco)
Exemplos
• Ancylostoma duodenale
• Necator americanus
• Amarelão ou ancilostomíase
Exemplos
• Wuchereria bancrofti
• elefantíase ou filariose linfática (bancroftiana)

Hospedeiro intermediário: Culex

C. pipiens
Hospedeiro definitivo: HOMEM
Larva é liberada na
pele quando o
Estágio no Mosquito (HI) mosquito pica a pessoa Estágio Humano (HD)

Larva migra p/ a cabeça e


probóscide do mosquito

Adultos vasos linfaticos

Microfilaria que migram


Mosquito pica,
p/ o sangue e linfa
ingerindo a microfilaria
Microf. Penetram no mosquito e
vão p/ seus musculos toracicos
Características gerais
• Parasitam todos os tipos de animais e várias plantas
• 10% fitoparasitas; 25% zooparasitas;
Dispersor

• 65% VIDA LIVRE

• 12.000 sp. conhecidas  500.000

• Indicam bom solo  bilhões de nematodes/acre


Características corpóreas

• 1mm – até 1m;

• Sem cílios ou flagelos;

• Cilíndricos;

• Extremidades afiladas;

• Boca ornamentada
SISTEMA DIGESTÓRIO COMPLETO
Boca (anterior)
Ânus (posterior)
boca Pseudoceloma
Intestino
cutícula
Faringe

Poro excretor ovário Ânus


Anel Poro
nervoso reprodutivo

Ânus

Boca
Anfídio

Papilas
Labiais

Anfídio
Boca
Anfídio

Lábio
ANFÍDIOS : PAPILAS SENSITIVAS:
boca

Anfídio

Lábio

ANFÍDIO
ANFÍDIO
Região posterior (caudal) geralmente curvada

Poro
Anal
Poro
Anal

Cauda
Curva
Cauda
Curva
FASMÍDIOS: Papilas Sensitivas da cauda

CLOACA

FASMÍDIO
FASMÍDIO
Assim,
• Órgãos sensoriais =

• Anfídios (boca)
+
• Fasmídios (cauda)
+
• DERÍDIOS (laterais do corpo)
- DEIRÍDIOS – Região mediana e posterior do corpo

DEIRÍDIOS
DEIRÍDIO

ALETAS
LATERAIS

DEIRÍDIO
MORFOLOGIA
EXTERNA
CUTÍCULA CUTÍCULA

CUTÍCULA
Cutícula

Wuchereria bancrofti
MORFOLOGIA
CUTÍCULA EXTERNA

CUTÍCULA

CUTÍCULA

sulcos
CUTÍCULA – acelular (quitina), secretada pela HIPODERME
Função - conter a alta pressão hidrostática gerada pelo fluído
da pseudocele

CUTÍCULA
Locomoção
Somente Músculos longitudinais
Sem musculatura circular!

Pseudoceloma

Locomoção mais limitada que


dos platelmintos
Locomoção
• Movem-se para frente e para
trás por meio de ondulações no
corpo;

• Produzidas pela contração de


músculos longitudinais (dorsal e
ventral);
Pseudocele + cutícula = Esqueleto hidrostático
Alimentação Danos de 5 bilhões de dólares/ano
 plantas comerciais nos EUA
- Carnívoros;
PREJUÍZO COMERCIAL
- Fitófagos;
- Algas;
- Fungos;
CONTROLE DE PRAGAS

- Bactérias;
- Parasitas
- Saprófagos
Aparelhos bucais

Diretamente
relacionado com o
hábito alimentar

Cavidade bucal
(estroma)
• Bacteriófagos

J.D. Eisenback

U. Zunke
Fitoparasitas e fungívoros

U. Zunke J.D. Eisenback U. Zunke


• Fitoparasitas

U. Zunke

J.D. Eisenback
• Carnívoros

U. Zunke J.D. Eisenback


Lúmen do
Estilete esôfago

U. Zunke
Estilete

“Anel guia”

Longidorus sp. Foto: U. Zunke


Odontostilete

“Anel guia”

Xiphinema index. Foto: U. Zunke


Mononchus papillatus - Carnívoro

Dente

- Consome cerca de 100 nemátodos durante a vida (18 semanas)


Sistema Reprodutor  maioria é dióica

Menor que a fêmea


MACHO

Região
Anterior

Região
Posterior

Bolsa
Copuladora
MACHO

Espículas
Copulatórias

Raios da
Bolsa
Copulatória
Raios da
Bolsa
Copulatória
Espículas
Copulatórias

Espículas
Copulatórias
FÊMEA

Vulva

Vulva
Macho
Bolsa
Copuladora

Fêmea
Dimorfismo sexual
Fertilização interna - CÓPULA

Ovos  Armazenados no útero

Verme juvenil eclode  4 fases  Mudas de Cutícula

Macho

Fêmea
FÊMEA
o
Útero
com
Ovos

Vulva
Ciclo evolutivo básico

Desenvolvem-se no bolo fecal ou


em um HI antes da infecção

L1  L2  L3  L4
CUTÍCULA

TROCA DA CUTÍCULA = MUDA


MUDA

Cutícula
Antiga
Parasitismo
Nematodes ascaróides
(Ascaris spp.)

 Parasitas intestinais (Humanos, cães, gatos, suínos,


bovinos, equínos e galinhas)

 Maiores espécies de nemátodas (até 49cm)

 “Lombrigas”

 1 único hospedeiro

 Contaminação  ingestão de ovos ou juvenis


Nematodes ascaróides
Exemplo 1
Ascaris lumbricoides (homem)
Ascaris suum (porco)

Dimorfismo sexual
♀ - 20 a 40 cm
5 cm/diâmetro
♂ - 15 a 25 cm

♂ - cauda
curva
♀ - cauda reta
boca
faringe
Morfologia externa e
lábios
interna boca linha lateral

Ascaris lumbricoides intestino

poro genital e vagina

úteros (2)

oviduto (2)

ovário (2)

intestino
espículas
ânus peniais
Moléstia: ascaríase, ascaridíase, ascaridiose

CICLO DE VIDA
(Monoxênico)

♀ e ♂ copulam no intestino do hospedeiro  ovos*


saem com as fezes do hospedeiro  desenvolvem-se no
solo  ingeridos com água e alimento  larvas eclodem
no intestino do hospedeiro  perfuram vasos
sanguíneos e linfáticos  coração  alvéolos
pulmonares  traquéia  esôfago  estômago 
intestino  crescem até a maturidade (vivem de 1 a 2
anos)....repete-se o ciclo.....
*Ovos podem permanecer viáveis por até 10 anos
Ciclo de vida
Sintomas e consequências

 distúrbios intestinais

 irritação no intestino

 obstrução intestinal

 perfuração de órgãos
“Bolos de Ascaris”
 inflamação do pulmão Impede a passagem de alimento
no intestino!

 meningite

 otite
Ascaridíase
• Incide em 65% da população brasileira
• Verminose mais frequente no Brasil e nos países de 3º mundo
• Disseminação  Condições precárias de saneamento
Nemátodes ancilóstomos
Ancylostoma duodenale
Necator americanus

 Parasitas do trato digestivo de


vertebrados

 Alimentam-se do sangue do hospedeiro

 Placas e dentes na região bucal 


lacerar a parede intestinal

 “Ancilostomíase” ou “Amarelão” (anemia)


Dimorfismo sexual

♂ e ♀ = cerca de 1 cm

Bolsa copuladora ♂
Moléstia: ancilostomíase, amarelão (anemia)

Ciclo de vida
(Monoxênico)

Juvenis penetram pela pele  percorrem vasos


sanguíneos e linfáticos  coração pulmões 
traquéia  esôfago  estômago  intestino 
acasalam  saem com as fezes do
hospedeiro...repete-se o ciclo.....
Ciclo de vida
Sintomas e consequências
Intestinal – causam úlceras na parede do intestino (produzem
anticoagulante)  hospedeiro perde de 20 a 30 ml de
sangue/dia;
Cutânea – a penetração de muitas larvas ao mesmo tempo
causam dermatite alérgica e edemas na pele. Quando o
parasitismo é por A. caninum causam “bicho geográfico”;

Pulmonar – perfuração
dos alvéolos, sintomas de
pneumonia.
Moléstia: elefantíase, linfedema
Hospedeiro definitivo: humanos
Hospedeiro intermediário: Culex

C. pipiens
Distribuição geográfica: regiões tropicais (Brasil – Norte)
Ciclo de vida
Pernilongo pica humanos infectados e ingere
larvas  larvas migram para o estômago,
musculatura e tromba do inseto  inseto pica
humanos e deposita larvas  larvas migram para
os vasos sanguíneos  crescem e se instalam
nos vasos linfáticos  acasalam  originam
novas larvas (microfilárias)  adultos causam
obstrução da linfa  alguns anos (8 a
10)...elefantíase....repete-se o ciclo
Larva é liberada na
pele quando o
Estágio no Mosquito (HI) mosquito pica a pessoa Estágio Humano (HD)

Larva migra p/ a cabeça e


probóscide do mosquito

Adultos vasos linfaticos

Microfilaria que migram


Mosquito pica,
p/ o sangue e linfa
ingerindo a microfilaria
Microf. Penetram no mosquito e
vão p/ seus musculos toracicos
Nematelmintos - Filarióse
Parasitas se alojam nos vasos linfáticos  Edema  Irreversível
NEMATOIDES:
AGENTES FITOPATOGÊNICOS
Como os nematoides podem causar
doenças em plantas?

 Vetores de patógenos (vírus)

 Agentes facilitadores de infecção (fungos e bactérias)

 Parasitas de plantas
Sobrevivência

Cutícula

Hospedeiro secundário
e Adaptações

Cisto
Disseminação

 Direta pela migração no solo  ÁGUA

 Indireta:

 Implementos e tratos culturais

 Animais

 Transporte de órgãos e plantas infectadas

 Água contaminada
Infecção

ENZIMAS  Degradação da parede celular

ESTILETE  Perfuração, sem ruptura da membrana


plasmática no sítio alimentar (sedentários) ou com ruptura
(migradores).
Principais nematoides
Principais nematoides fitoparasitas, no Brasil.
Espécie Denominação Hospedeiro
Anguina tritici Nematoide das sementes Trigo
Ditylenchus dipsaci Nematoide de bulbos Alho e cebola
Heterodera glycines Nematoide de cisto da soja Soja
Meloidogyne spp. Nematoide de galhas Diversas culturas
Mesocriconema xenoplax Nematoide anelado Pessegueiro
Scutellonema bradys Nematoide da casca preta Inhame
Rotylenchulus reniformis Nematoide reniforme Algodão e soja
Pratylenchus spp. Nematoide das lesões Diversas culturas
Tylenchulus semipenetrans Nematoide dos citros Citros
Radopholus similis Nematoide cavernícola Bananeira
Aphelenchoides besseyi Nematoide da ponta branca Arroz
Bursaphelenchus cocophilus Nematoide do anel vermelho Coqueiro

Adaptado de Ferraz et al. (2010)


Meloidogyne: sinais
Meloidogyne: sintomas
Meloidogyne: sintomas
Meloidogyne: galhas
Pratylenchus
(Nematoide das lesões radiculares)

Gramíneas (arroz, trigo, cana-de-açúcar, milho e


forrageiras), algodão, soja, café, citros, fumo, batata,
ornamentais, essências florestais e plantas daninhas.

 Principais espécies: P. brachyurus, P. zeae, P. jaehni,


P. coffeae
Pratylenchus: sinais
Pratylenchus: sintomas
Pratylenchus: sintomas
Heterodera glycines
(NCS – Nematoide de cisto da soja)

Principalmente cultura da soja.

 Pode parasitar feijoeiro e ervilha


Heterodera glycines: sinais
Heterodera glycines: sinais
Heterodera glycines: sintomas
Rotylenchulus reniformis
(Nematoide reniforme)

 Parasitam 57 espécies de plantas de importância


agrícola, como melão, maracujá, tomate, soja e algodão.
Rotylenchulus reniformis: sinais
Rotylenchulus reniformis: sintomas
Radopholus similis
(Nematoide cavernícola)

 Parasita principalmente bananeira

 Relatado como causador de danos em citros, chá,


coqueiro, etc.
Radopholus similis: sinais
Radopholus similis: sintomas
Radopholus similis: sintomas
Outros nematoides
Bursaphelenchus cocophilus (anel vermelho)
Nematoides quarentenários

Nematóides considerados pragas quarentenárias A1 para o Brasil

Espécies de nematoides

Anguina agrostis Heterodera punctata Pratylenchus fallax

Anguina avenae Heterodera oryzea Pratylenchus scribneri

Bursaphelenchus xylophilus Heterodera oryzicola Pratylenchus thornei

Ditylenchus angustus Heterodera sacchari Pratylenchus vulnus

Ditylenchus destructor Heterodera trofolii Punctodera chalcoensis

Ditylenchus dipsaci Heterodera zeae Radopholus citropholus

Globodera pallida Meloidogyne chitwoodii Rotylenchulus parvus

Globodera rostochiensis Nacobbus aberrans Subanguina radicicola

Heterodera schantii Nacobbus dorsalis Xiphinema italiae


Fonte: Ferraz et al., 2010.
Ditylenchus dipsaci (bulbos)
Bursaphelenchus xylophilus (pinheiro)
Importâncias na Agronomia
• 1- Como agentes de controle biológico
Nematódeos parasitas de insetos:
Parasitas facultativos – inseto/ambiente
Exemplos: Neoplectana, Diplogaster,
Rhabiditis. etc..
Parasitas obrigatórios – dentro do
hospedeiro

Os parasitos obrigatórios são os mais utilizados em


programas de controle biológico de pragas.
Controle biológico
• Um exemplo clássico de controle biológico é o uso do
nematóide Deladenus siricidicola no controle de Sirex
noctilio. a vespa da madeira, praga chave de florestas
de Pinus no sul do Brasil.
2. Importância como Fitopatógenos (ou Pragas)

Quanto ao parasitismo os fitonematóides podem ser


considerados:
• a) Endoparasitos: quando podem penetrar no organismo
vegetal;
• b) Ectoparasitos: quando parasitam externamente,
introduzindo na planta apenas o estilete e parte do
pescoço.
• Endoparasitos migradores: Pratylenchus,
Radopholus, Rhadinaphelenchus
• Endoparasitos sedentários: Melodoigyne, Nacobbus
• Ectoparasitos sedentários: Tylenchus. Helerudem,
Globodera e Rotylenchitlus
• Ectoparasitos migradores: Helicotvlenchiis.
Trichodonis, Xiphinema, Rotylenchus e
Criconemella
• Todas as partes das plantas, podem ser
invadidas por estes animais, tais como raizes,
tubérculos, bulbos, caules, folhas, flores, frutos
e sementes, todavia, as raízes e outras
estruturas subterrâneas são as mais
frequentemente atacadas
Nemátodes fitoparasitas
• Todos tem estilete
• Podem ser ecto parasitas – se mantém no solo, apenas
com o estilete no tecido vegetal
• Podem ser endo parasitas- enterram a cabeça na planta
(raiz fraca )e entram na planta por inteiro – provocando
inchaço ou galha
• Galha- estrutura vegetal deformada pela presença do
verme
Fitoparasitas
• Os grupos mais importantes - os gêneros Meloidogyne,
Heterodera, Globodera, Pratylenchus, Radopholus,
Rotylenchulus, Nacobbus, Tylenchulus

• Estilete bucal - que possibilita a injeção de substâncias


tóxicas no interior de células vegetais e a
posterior ingestão de meio líquido nutritivo produzido por
elas; parasitam principalmente os órgãos subterrâneos
( raizes )
As galhas são os sintomas típicos da infecção por espécies
de Meloidogyne
Quando adultas, as fêmeas possuem o corpo arredondado (forma de melão
ou cabaça) e translúcido. Sob condições favoráveis podem produzir até 500
ovos, em um período de 4 a 6 semanas.
Fitonematóide utilizando o
estilete para parasitar raízes de
plantas.
A ação dos nematóides sobre as plantas se manifesta
de três maneiras:
• * Ação traumática: advém das injúrias mecânicas
resultantes da movimentação que certos nematóides
realizam no interior do vegetal, através de seus tecidos.
• * Ação espoliadora: resulta das substâncias nutritivas
que são desviadas para o sustento do organismo do
animal parasito.
• * Ação tóxica: é a ação que causa a maior parte dos
prejuízos, provém das reações às substâncias liberadas
pelos nematóides no vegetal.
Sintomas apresentados
1- Sintomas gerais no campo:
• Tamanho desigual de plantas;
• Murchamento durante a parte mais quente do
dia;
• Amarelecimento e queda prematura;
• Folhas e frutos pequenos;
• Nanismo de plantas;
• Sintomas exagerados de deficiência de certos
elementos essenciais, em regiões, onde o solo é
deficiente de tais elementos;
• Diminuição na produção;
• 2. Sintomas nas plantas atacadas:
• Sistema radicular muito denso, com formação
excessiva de laterais;
• Sistema radicular pobre, deficiente;
• Formação de galhas em raízes, tubérculos,
bulbos
• Raízes com forma de dedos;
• Descolamento e quebra do córtex radicular;
• Rachaduras;
• Paralisação do crescimento (raízes amputadas)
ou morte da ponta das raízes;
• Necrose em órgãos subterrâneos
• Manchas escuras em folhas, caules, frutos, etc..
Principais plantas atacadas:
• abacateiro, abacaxizeiro, algodoeiro, alho, arroz,
bananeira, batata, batata-doce, cacaueiro, cafeeiro, cana-
de-açúcar, capins, cará. cebola, cenoura, eitros,
chuchuzeiro. coqueiro, cíendezeiro. eucalipto, feijoeiro.
fruteira-do-conde, frutíferas de clima temperado, frutíferas
tropicais, girassol, jaqueira, mandioca, mandioca-salsa,
mamoeiro, mamona, maracujazeiro, melão, melancia,
milho, morangueiro, oliveira, pimenta-do-renio, repolho,
serinspeira, soja, sorgo e tomateiro.
Métodos de Controle
• Métodos Físicos :
a) Impedir a entrada e a disseminação dos
nematóides nas áreas de cultivo.
Quarentena
Materiais/produtos/água/vento/animais/materiais
vegetais/agricultor
b) Eliminação de partes atacadas
Corte/solução nematicida
• Métodos culturais:
a) Alqueive – manutenção de uma gleba sem qualquer
vegetação – endoparasitas que dependem da planta
para sobreviver/ expõe os nematódeos a ação de
calor, luz solar .
b) Destruição de plantas atacadas -arrancar e levar para
fora da cultura todas as plantas com sintomas, as
quais atuam como focos
c) Rotação de culturas – plantas resistentes a
nematódeos
d) Adição de matéria orgânica no solo
A adição ao solo de substâncias orgânicas resulta
em diminuição da população de certos
nematóides, e favorece o desenvolvimento de
inimigos naturais, principalmente fungos

e) Utilização de nematicidas naturais


O subproduto da fabricação da farinha de
mandioca, possui ação nematicida
sobre Meloidogyne incognita.
Através da trituração de flores e folhas de
mandioca-brava (Manihot ultissima) para
utilização em pó ou extrato acetônico das folhas
pode-se obter um bom controle desses animais.
Controle biológico
• Os principais inimigos naturais dos nematóides
são os fungos, principalmente Phycomycetes,
Basidiomycetes e a maioria do Fungi
imperfect, todavia raros são os trabalhos que
apresentam métodos de controle aplicado a
esses animais.
Controle químico
• Consiste na aplicação no solo, no ato do plantio
ou com antecedência de quinze a vinte dias. de
um nematicida. Os principais nematicidas são:
paratiom. mecab, aldicarb e furadan.
Pseudocelomados
• Filos Filos:
• Nematoda e Acanthocephala
ectoderme

mesoderme

endoderme
pseudoceloma
Filo Acanthocephala
(gr. akantha = espinho + kephale = cabeça)
"Vermes de cabeça espinhuda”
Filo Acanthocephala
 Todos ENDOPARASITAS de intestinais de porcos e eventualmente

do homem

Probóscide
Filo Acanthocephala
 Corpo = PROBÓSCIDE + COLO + TRONCO
 A probóscide é protrátil, com espinhos recurvados
 Fixação no trato intestinal do hospedeiro
 Tem rugas transversais PROBÓSCIDE com
+ superfície de absorção Espinhos

TRONCO com
Rugas
Colo

aumenta a superfície
 TRONCO
de absorção
Filo Acanthocephala
 Probóscide cilíndrica com fileiras de espinhos  fixar-se ao intestino do
hospedeiro
Filo Acanthocephala PROBÓSCIDE
Secção transversal intestino de Plagioscion squamosissimus
Probóscide
Probóscide
 ESPINHOS curvos
Lemniscos

 Presa à região do pescoço  pode


ser invertida em um
RECEPTÁCULO DA
PROBÓSCIDE

Lemniscos
 2 LEMNISCOS  reservatórios de
fluido lacunar da probóscide Receptáculo
quando esta for invaginada da probóscide
Ganchos

Músculos retratores

Receptáculo da
probóscide
Leminiscos

Probóscide invertida Probóscide evertida


Parede intestinal
NÃO TEM SIST. DIGESTÓRIO
Absorvem os nutrientes pelo tegumento (Rugas)
 Enzimas digestivas
- Tegumento com SISTEMA DE LACUNAS  transporte de nutrientes
e remoção de dejetos
Filo Acanthocephala
 Sistema respiratório: ausente

 Sistema circulatório: ausente

 Sistema excretor: em algumas espécies

Protonefrídios com célula-flama  se abrem em duto


comum ao sistema reprodutor
Filo Acanthocephala
 2mm – 1m

 Fêmeas > Machos

(dimorfismo sexual)
Neoechinorhynchus buttnerae

TAMBAQUI Colossoma macropomum


Macracanthorhynchus hirudinaceus Acantocéfalo gigante do porco
Macracanthorhynchus hirudinaceus
(Gr. makros, longo, grande + akantha, espinho + rhyncus, bico)

 Ocorre no mundo todo

 Intestino delgado de porcos (às


vezes – outros mamíferos)

 HD: Porco Sus domesticus

 HI: Larvas de besouros (Fam.


Scarabeidae; Phyllophaga sp.)
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia
• Corpo cilíndrico de coloração esbranquiçada recoberto por cutícula
invaginada e enrugada  aumenta a superfície de absorção.
• Macho até 10 cm de comprimento
• Fêmeas maiores até 80 cm
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia
• Probóscide
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia
Dimorfismo sexual: Fêmea Macho

•Machos:
•Recurvados em forma de
vírgula.
•Bolsa copuladora com pênis na
extremidade posterior.
•Fêmeas:
•Enroladas com o corpo em
espiral
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Morfologia
• Ovos
• Ovos fusiformes ou ovalados de casca espessa marrom-escura
• Sobrevivem por anos no ambiente
• Larva: acantor (110mm por 65 mm). “dentro do ovo”
• Cada fêmea pode liberar 80.000 a 260.000 ovos por dia durante
pelo menos 10 meses.
Acantor Cistacanto

Ovos
ingeridos
pelo HI
Ciclo evolutivo de M. hirudinaceus

Larva de besouro (coprófago) ingere o ovo


contendo o Acantor  ovo eclode na hemocele do
inseto  desenvolve-se em um CISTACANTO (3
meses)  Porco consome o Besouro contaminado
(larva ou adulto)  Cistacanto (jovem) fixa-se no
canal digestivo  Adultos  Reproduzem-se 
Ovos liberados nas fezes do HD  Ciclo reinicia-
se…
Macracanthorhynchus hirudinaceus - Ação sobre o hospedeiro
Macracanthorhynchus hirudinaceus- Ação sobre o hospedeiro

• Reações inflamatórias no ponto de fixação dos parasitas adultos 


granulomas na parede do intestino delgado.
• Infecções bacterianas secundárias.
• Perda de peso.
• Perfuração da parede intestinal  peritonite.
Macracanthorhynchus hirudinaceus
• Diagnóstico:

• Exame parasitológico de fezes

• Necrópsia - diferenciar de Ascaris spp.

• Tratamento: levamisol, ivermectina.

• Controle:

• Controlar acesso dos suínos aos hospedeiros intermediários.

• Remoção das fezes das instalações para reduzir a prevalência dos


besouros coprófagos.

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