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MEDICINA VETERINÁRIA

AULA INTRODUÇÃO

Profª: FLAVIA R. C. DIAS


Doenças Parasitárias e Micóticas dos Animais Domésticos
CRONOGRAMA

-Helmintoses: Importância Médica Veterinária e Econômica,


Etiologia, Patogenia e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento e
Profilaxia.
-Artrozooses: Importância Médica Veterinária e Econômica,
Etiologia, Patogenia e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento e
Profilaxia.
-Protozooses: Importância Médica Veterinária e Econômica,
Etiologia, Patogenia e Sintomas, Diagnóstico, Tratamento e
Profilaxia.
-Doenças Fúngicas: Importância Médica Veterinária e
Econômica, Etiologia, Patogenia e Sintomas, Diagnóstico,
Tratamento e Profilaxia.

UNIG Flavia Regina Cruz Dias


Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos

Principais Protozooses de
importância Médico Veterinária

Flavia Regina Cruz Dias

UNIG
Protozoários - Introdução
• Organismos unicelulares,
Giárdia, leishmania,
eucariontes.
doença chagas
• Protos = antes; zoário =
animal
• Heterótrofos (não
produzem seu próprio
alimento)
• Cerca de 65.000 espécies
são conhecidas, 10.000
espécies interagem com
animais vertebrados ou
invertebrados.

Toxoplasma,
babesia, eimeria
Protozoários - Introdução
• Primeira descrição de protozoários: século
XVII por Antony van Leeuwenhoek (1632 -
1723), comerciante têxtil holandês.
• ”, umas pequenas criaturas vivas apenas identificáveis através de vidros
curvos que montou num microscópio rudimentar. Viu microorganismos que se
moviam em gotas de chuva, infusões pútridas, saliva e vinagre

•Eimeria stiedae
• Giardia spp. Proprias
fezes

• www.radil.missouri.edu
Protozoários - Introdução

• São pequenos, de 1 a 150µm, apresentam alto índice de


reprodução.
• Eucarióticos unicelulares
• Sem parede celular
• São móveis
• Habitam a água e o solo
• Aeróbios, entretanto alguns protozoários intestinais podem
sobreviverem condições de anaerobiose
Protozoários –Nutrição
Nutre-se pela ingestão de compostos particulados, geralmente outras células

Por FAGOCITOSE: uma porção da membrana flexível envolve uma partícula


alimentar, englobando-a e conduzindo-a para o interior da célula.
MATERIA ORGANICA, BACTÉRIAS E OUTROS PROTOZOÁRIOS
Protozoários – Estrutura
• Os protozoários, como células eucarióticas:
• Núcleo, retículo endoplasmático (LISO-sem ribossomos
GORDURAS (fosfolipídeos), Rugoso - PTNS, mitocôndrias,
complexo de Golgi (empacotar e transportar ptns) e
lisossomos (degradar partículas).
• Organelas específicas relacionadas principalmente com a
locomoção, nutrição, proteção.
Protozoários – Locomoção
• Se dá por flagelos, cílios, pseudópodos ou microtúbulos

• Flagelo:
• Estrutura fina, filiforme,
exterioriza-se em
pontos definidos na
célula de acordo com a
espécie ou estágio do
protozoário.
• Tem origem no corpo
basal, também
denominado de
cinetossoma.
Protozoários – Locomoção
• Flagelo:

flagelo
CORPO bolsa flagelar
BASAL
cinetoplasto

mitocôndria

núcleo
Protozoários – Locomoção
• Se dá por flagelos, cílios, pseudópodos ou microtúbulos

FLAGELADOS

• cinetoplasto = mitocôndria –
• Fonte: Cox, 1993
ENERGIA PARA MOV.FLAGELO

• (a) – Promastigota – o flagelo emerge da parte anterior da célula


• (b) – Epimastigota - o flagelo emerge ao lado do núcleo da célula
• (c) – Tripomastigota - o flagelo emerge da parte posterior da célula
• (d) – Amastigota – somente o cinetoplasto é visível. Não há flagelo.
Protozoários – Locomoção
• Flagelo:
• Em algumas espécies o flagelo se une ao corpo do protozoário formando
uma membrana ondulante.
• Também se projeta como flagelo livre.
• Presente em Leishmania spp, Trypanosoma spp, Giardia spp,
Trichomonas spp.

•Trypanosoma spp
Rizonema ou porção intracitoplasmática do flagelo.

Espécies:
• T. vivax, T. brucei, T theileri , T. cruzi, T.evansi
Doença de chagas TRIATOMÍNEOS

febre, mal estar, falta


de apetite, edemas
(inchaço) localizados na
pálpebra ou em outras
partes do corpo,
aumento do baço e do
fígado e distúrbios
cardíacos.
Morfologia do tripanossomo-
epimastigota
" presente no trato intestinal do Barbeiro-
tripomastigota
" presente na parte final do trato intestinal do barbeiro e no sangue do vertebrado-
amastigota
" presente nos músculos do Vertebrado
TRIATOMÍNEOS

Amastigota Tripomastigota

epimastigota
alta temperatura, letargia, fraqueza, anemia e
perda na condição física,anorexia
Transmissão: tabanídeos, Stomoxys, morcegos hematófagos
Protozoários – Locomoção
• Cílio: estrutura muito fina, curtos, cada um dos cílios se origina num
corpo basal.
• Revestem grande parte da estrutura corpórea, batem em uníssono
(harmônico) promovendo movimento celular.

•Balanditiumcoli
•SUÍNOS -zoonose
Protozoários – Locomoção
• Pseudópodos: Prolongamentos citoplasmáticos.
• O movimento se dá às custas do movimento do citoplasma do
parasita.
• Participa da atividade fagocitária.
Protozoários – Locomoção
• Microtúbulos: Estruturas existentes em alguns protozoários que
permitem sua locomoção por contrações sucessivas possibilitando:
flexões, deslizamentos e ondulações.
• Ex. Toxoplasma, Sarcocystis, Eimeria

• Toxoplasma gondii
Protozoários – Estágios
• Formas de resistência: - cisto ( tecidos (toxop), fezes(giar)
- oocisto (proveniente de reprodução sexuada,
encontrados nas fezes, inseto)

Transmissão: Fecal-oral: Giardia duodenallis,


Entamoeba histolytica, Toxoplasma gondii

Vetores: Plasmodium sp., Leishmania sp. e


Trypanosoma cruzi
REPRODUÇÃO
• ASSEXUADA:

-FISSÃO BINÁRIA

-FISSÃO MULTIPLA

-. SEXUADA= MICROGAMETA E MACROGAMETA


Protozoários – Reprodução
• Assexuada:
• Fissão Binária=a célula se divide em duas células iguais

Divisão celular (assexuada) =


taquizoítos, bradizoítos,
merozoítos.
Protozoários – Reprodução

Plasmodium spp
Protozoários – Reprodução
• Esporogonia: Quando a célula que se divide é de origem de reprodução
sexuada. Após a fusão dos gametas ocorre uma meiose seguida de
mitose. Zigoto oocisto esporogonia oocisto contendo esporozoítos.

2n
Protozoários – Classificação
Protozoa
subreino
Eucarioto
Unicelular

Sarcomastigophora Ciliophora
Locomoção Locomoção
Apicomplexa por cílios
por pseudópodes MICROTÚBULOS
e/ou flagelos balantidiose

Sarcodina
Coccidia Pirosplamidia
Movimentos
Mastigophora Parasita células
Haemosporidia
amebóides por Parasita células Parasita células
Apresenta um epiteliais sanguíneas
Pseudópodes sanguíneas
ou mais flagelos reprodução Vetor: carrapato
AMEBA
TRIPANOSSOMA
sexuada
(reprodução Vetor: dípteros
sexuada) hematófagos
e assexuada
BABESIA (reprodução sexuada
EIMERIA
PLASMODIO
GÊNERO Leishmania

LEISHMANIOSE

UNIG
PROGRAMA:
Leishmanioses
Vetor
Transmissão
Patogenia
Achados Clínicos
Alterações laboratoriais
Diagnóstico
Estadiamento
Tratamento e monitoramento
Legislação

UNIG
Leishmaniose: Judiciário
proíbe eutanásia de
animais
Nova decisão vai impedir
recolhimento de cães
doentes e geralmente
levados ao sacrifício

Mesmo após recomendação de


‘eutanásia’, protetora opta por
cuidar de cadela com
leishmaniose
É sempre bom lembrar que
leishmaniose tem tratamento e
que, diferente de demais países
do mundo, é vergonhosamente
proibido pelas autoridades
sanitárias brasileiras (portaria
interministerial nº 1.426/08, dos
Ministérios da Saúde e da
Agricultura)
Araçatuba, SP: 2004: 31 mil animais sacrificados

• Presente em 98 países – só Brasil faz


eutanásia.
Leishmanioses:

Grupo de doenças infecciosas que acometem o ser


humano e animais (domésticos e selvagens).

Transmissão: Vetores

Doença negligenciada:
Populações pobres; Baixo investimento sem
pesquisas de novos fármacos(WHO, 2009).

98 países
afeta populações economicamente vulneráveis em mais de 80 países da Ásia, África
Oriental, América do Sul e a região do Mediterrâneo. Os 18 países mais afetados são Brasil,
Etiópia, Eritréia, Índia, Quênia, Nepal, Somália, Sudão do Sul e Sudão, e representam mais
de 90% dos novos casos.
Agente Etiológico:

Família = Trypanosomatidae (reações cruzadas)


Classe = Kynetoplasta
Gênero = Leishmania

O cinetoplasto que é uma região


específica da mitocôndria onde está
concentrado o DNA mitocondrial,
Parasito Intracelular Obrigatório:
No hospedeiro vertebrado
Vetor – intestino
Não causa doença vetor

Cinetoplasto ++ diferença Babesia


• Parasitas intracelulares obrigatórios de
macrófagos.

Promastigota penetrando um macrófago


Formas evolutivas
Amastigota:

Promastigota

Amastigota
Formas evolutivas
Amastigota:
• Forma esférica ou oval, tem um flagelo rudimentar. Somente o núcleo e
o cinetoplasto são visíveis à microscopia óptica.
• Multiplica-se por fissão binária.
• Geralmente encontrados em grupos no interior de macrófagos ou livres
após rompimento destas células.
• Também observados em células do sistema fagocítico mononuclear que
estão presentes na pele, baço, fígado, medula óssea, linfonodos, mucosa
etc...

Amastigota Amastigota
Formas evolutivas
Promastigota
• Formas extracelulares encontradas no intestino dos insetos
• Apresenta flagelo longo alongado sem membrana ondulante (porção
anterior do parasita)
• Núcleo arredondado ou oval, situando-se na região mediana ou
anterior do parasita

Promastigota em intestino de flebotomo


Espécies: L. amazonensis
, Leishmania guyanensis = Região • Espécies: L. infantum
Norte • Notificação obrigatória
L.braziliensis = todas regiões
Não e de notificação obrigatória
Avança projeto de lei que torna obrigatória e gratuita
vacina contra Leishmaniose Visceral Canina. 04/02/19

Uma das estratégias mais comumente utilizadas no combate


à Leishmaniose Visceral é o sacrifício de cães soropositivos
considerados infectados, bem como reservatórios do parasito
(Leishmania infantum), porém esse método de controle não
tem sido efetivo. Enquanto isso, a doença avança pelo Brasil
e a população ainda sofre com animais doentes e com a
dificuldade de acesso ao tratamento. Para tentar mudar essa
realidade, a Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos
Deputados aprovou, por unanimidade, em 12 de dezembro
de 2018, proposta que pretende tornar obrigatória a
vacinação anual de animais contra a leishmaniose em todo o
País, como ocorre com a vacina contra a raiva.
TRANSMISSÃO:

-Inoculação no repaste sanguíneo =


. Flebotomíneo ≠ mosquito
Todas as regiões do Brasil

- Transfusão sangue
-Venérea
-Transplacentária
Vetor Lutzomyia
“mosquito palha” ou “birigui”, inseto pequeno com 2 a 3 mm de comprimento
Centro-oeste e
nordeste

tro
INOCULA – 100 A 1000 promastigotas
Infecta diferentes
vertebrados: homem,
animais domésticos e
silvestres.
Fêmea fica nauseada após o
repaste e regurgita
promastigotas.
Reproduz matéria orgânica
Habito crepuscular
Ciclo de vida
• Ciclo de vida heteroxeno.
• Transmitido por flebotomíneos hematófagos (Lutzomyia longipalpis e
Phlebotomus spp.), também denominado de mosquito palha. São
pequenos, vivem em solo úmido em áreas de matas ou florestas. A
fêmea se alimenta de sangue de animais silvestres e/ou domésticos e
de humanos.
• Saliva do inseto → componentes que tem atividade anti-inflamatória,
anti-coagulante, vasodilatadora e imunossupressora (interfere com a
atividade microbicida dos macrófagos → auxilia na disseminação do
parasita.
• Gênero Lutzomyia (América Central e do Sul) – principal espécie – L.
longipalpis e cruzi
• Gênero Phlebotomus (Europa, Ásia e norte da África)
Ciclo : vetor x hospedeiro

animal doente
tatu

rato

gambá

preguiça
tamanduá
Somente cães são reservatórios!!!!!!!!
200 gatos, Santos, SP (endêmica LV)
Parasitológico e ELISA
8/200 parasitados 4%
2 animais tinham sinais clinicos (lesão de pele e
hepato esplenomegalia)
30/302 + 9%

46/302 + 15%

Gatos são menos propensos a desenvolver sinais clínicos, a imunidade celular em gatos pode
ser mais eficaz do que em cães
PATOGENIA

Promastigotas dentro do fagolisossomo se transformam em


amastigotas, que se multiplicam no macrófago. A célula
hospedeira é rompida liberando amastigotas que são fagocitados
por outros macrófagos

M
Porque uma célula profissional do sistema fagocitário não
consegue eliminar um parasita dentro do fagossomo?
Os macrófagos, repletos de amastigotas, tornam-se desvitalizados e rompem-se
liberando essas formas, que serão fagocitadas por novos macrófagos e em um
processo contínuo.
M

M
M

M
BOOM!!!
Patogenia
• Leishmaniose → forma cutânea e visceral.
• Em ambos os casos há destruição dos macrófagos.

• APÓS A INFECÇÃO: A doença!!!!!!!!!!!!!


• ASSINTOMATICOS = por anos ou por toda a vida.
• SINTOMÁTICOS → quadro progressivo → geralmente após
2 a 4 meses aparecem os sintomas da leishmaniose →
lesões cutâneas, esplenomegalia, hepatomegalia,
linfoadenopatia e lesões cutâneas persistentes, alem da
anemia.
• Animais assintomáticos podem ser fonte de infecção
Sintomas
Sintomáticos
Assintomáticos

Frequentemente mais de 50% dos cães com infecção por leishmania


confirmada são portadores assintomáticos. Geralmente eles não são
levados ao veterinário, mas podem transmitir a doença e, portanto, ajudar
a manter a infecção em uma área endêmica.
Resposta imune
Celular x humoral celular ativa
Macrófago com
amastigotas Elimina
Não depende da qt de parasito
formas amastigostas
inoculadas

humoral
A Leishmania é capaz de direcionar a diferenciação de
células T para uma resposta do tipo Th2, caracterizada pela
persistência da infecção.
Se a resposta for do tipo Th1, citocinas como IL-2, IFN-γ,
TNF-α e IL-12 serão produzidas, ativando os macrófagos e
consequentemente levando à destruição dos parasitos.
No caso da LV a resposta é tipo Th2, portanto são
produzidos IL-4 e IL-10, que inibem a ativação macrofágica
e ativam a resposta humoral.
Assim, o parasita escapa da resposta celular do hospedeiro
e pode ser encontrado em órgãos como baço, fígado,
linfonodo e medula óssea
SINAIS CLINICOS
- Imita qualquer doença= macrófago em todo tecido.
- Não existe caso clássico

- Quanto tempo demora incubação após infecção.

- De 6 meses há 2 anos.
SINAIS CLINICOS:
-Imunocomplexos : relacionados com resposta TH2
- Vasculite
-Nefrite
-Uveite
-Artrites
-Anemias
-Aumento dos órgãos linfoides
- anemia – hipoplasia medular ou automediada
Sintomas
•Sintomas: CRÔNICA

•ALTERAÇÕES PELE = 89% CASOS

Alopecia orelha e periocular


Sintomas
•Sintomas: CRÔNICA

•LINFADENOMEGALIA = 90 % CASOS
Sintomas
Alopecia e hiperqueratose
Sintomas
Lesões oculares 17% casos
Sintomas
Lesões oculares 17- 80 % casos
Sintomas
Lesões unhas 21 % casos
Lesões

AG-ICB-USP
Lesões
Lesões
Onicogrifose
• Em humanos:

Visceral (calazar) Cutânea

Cutâneo-mucosa Cutânea difusa


Equinos: estudo em Araçatuba (5%)- ainda não está esclareci do o seu
papel (FEI TOSA et al, 2012)

Gatos: 45 casos (2010): RESISTENTES?


Fase mais avançada
Linfoadenopatia e linfoadenomegalia
Hepatomegalia e / ou esplenomegalia;
Onicogrifose===presença do parasito na matriz
ungueal

Glomerulopatias
; Lesões oculares (ceratoconjuntivite);
Epistaxe.

Poliartrite
Onicogrifose

Cão com Leishmaniose Visceral


Lutzomia
longipalpis
EPIDEMIOLOGIA

Epidemias relacionadas à derrubada das


matas para construção de estradas e
surgimento de povoados em regiões-
pioneiras.
- êxodo rural, do processo de urbanização crescente,
empobrecimento da população

- fenômenos naturais como as secas, acarretam a expansão das


áreas endêmicas e o aparecimento de novos focos.

O ambiente típico e propício apresenta baixo nível socio


econômico, pobreza e promiscuidade; condições que prevalecem
no meio rural e nas periferias das grandes cidades.
O fígado e o baço - apresentaram-se
aumentados de tamanho e peso e congestos.

Rins – glomerulonefrite
ANATOMIA PATOLÓGICA e IRA e C
hemorragias – sangramento digestivo e
nasal
Rins - nefrite
Diagnóstico
• Está baseado em três categorias principais de provas:
- Parasitológicos - para identificação do parasito

- Sorológicos - para detecção de anticorpos anti-


Leishmania sp.;

- Moleculares (para amplificação do DNA do


protozoário).

- Não há nenhum método diagnóstico considerado


100% sensível e específico, cada um deles apresenta
vantagens e desvantagens
Diagnóstico
- Parasitológicos - sensibilidade está diretamente relacionada com a carga
parasitária do animal infectado.
- Fecha o diagnóstico
- Se não achar o parasita o animal mesmo assim pode ser positivo
Diagnóstico
- Sorológicos – produção de anticorpos contra Leishmania

- Soro conversão lenta (que é o tempo decorrido entre a infecção e a


formação de anticorpos anti-Leishmanias) demora no mínimo de 3 a 6
meses. Ate 22 meses.
- Vantagem de fornecerem resultados rápidos, porém, são indicados como
métodos de triagem, sendo recomendado, nos casos positivos, que se
proceda a confirmação do diagnóstico por outros método
-

ELISA para Leishmaniose - material soro sanguíneo, coleta em tubo seco,


resultado em 1-2 dias;

IFI para Leishmaniose - material soro sanguíneo, coleta em tubo seco,


resultado em 1-2 dias;
Quantitativos
Od –densidade
óp tica 2-3x>
O Ministério da Saúde recomenda a triagem com o
Teste ELISA e a
confirmação com titulação acima de 1:40 pela
Imunofluorescência.

Os testes sorológicos apesar de serem rápidos e de


baixo custo podem apresentar resultados falso-
positivos

Ex. Animal reagente – titulo baixo = reação cruzada

Título tem que ser acima de 1\160


Pesquisa sobre leishmaniose visceral canina alerta para resultados falso-negativos
em cães na região de Lavras. 2019

Na pesquisa desenvolvida na UFLA, “foram avaliados três diferentes testes rápidos, dentre
eles o teste preconizado pelo Ministério da Saúde para utilização em inquérito
epidemiológico. Também foi analisada uma técnica molecular, a Reação em Cadeia da
Polimerase (PCR) com amostra de medula óssea e swab conjuntival, e o parasitológico
direto da medula óssea”, explica a farmacêutica-bioquímica Carolina Novato Gondim,
responsável pelo estudo.
De acordo com Carolina, os exames foram realizados em 52 cães segregados em grupos com
ausência e presença de sintomas clínicos da Leishmaniose Visceral Canina. Os resultados
mostraram que mais de 25% dos cães soronegativos estão, na realidade, infectados e que os
testes sorológicos como o DPP (aquele usado pelos agentes nas visitas domiciliares)
apresentaram resultados insatisfatórios de sensibilidade nos cães sem sinais clínicos, para
serem enquadrados como testes de triagem. Isso significa que, de acordo com a pesquisa,
muitos cães que recebem o resultado negativo, na verdade, podem estar infectados. Sendo,
dessa forma, importante o acompanhamento permanente do animal por um médico
veterinário e, se possível, a realização de outros exames mais sensíveis.
A pesquisa afirma que o método de PCR com “swab” conjuntival apresentou elevados
valores de sensibilidade. “Nossa pesquisa sugere que a PCR de swab conjuntival possa ser
utilizada principalmente em animais sem sinais clínicos
Exame de laboratório particular contesta CCZ e salva cadela de
'sentença de morte' em Araguaína
Diagnóstico
- Moleculares = identificar e ampliar sequências de DNA do parasito a
partir de material oriundo de diversos tecidos, particularmente de órgãos
linfóides (linfonodos, medula óssea, baço, fígado) e de biópsias cutâneas
(inclusive cortes histológicos de tecidos parafinados e congelados),
dentre outros (swab de conjuntiva, sangue, líquor e vetor).
- É considerado o método diagnóstico mais sensível nas fases iniciais de
infecção, particularmente se o material é oriundo de órgãos linfóides.
- Quantificar a carga parasitária
Tratamento e Controle
Achou
parasito
teste
rápido Achou
parasito
Está
positivo
Sinais
clínicos+
Perfil
renal ok
Sinais
clínicos++++
+
Imunocompl
exos
Miltefosina = leishmanicida
Alopurinol –leishmaniostáticos
Domperidona = imunoestimulante
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA APROVA O ÚNICO
MEDICAMENTO PARA TRATAMENTO DE LEISHMANIOSE
VISCERAL CANINA NO BRASIL
21/09/2016

Morte por apoptose da célula protozoária.


miltefosina é capaz de ativar algumas imunofunções do hospedeiro
Controle - tratamento
• O tratamento não cura o cão, mas aumenta o tempo de vida
do animal assim como ameniza os sinais da doença fazendo
com que ele tenha uma qualidade de vida melhor.
• O tratamento elimina os sintomas mas o animal continua
portador.
• O cão precisa ser monitorado clinicamente e com exames
laboratoriais várias vezes ao ano
Reduz síntese de proteína da leishmania
Controle - vacinação
• Leishmune (Fort Dodge)

• Leish-Tec (Hertape Calier/UFMG)


Posição do CRMV-SP
CRMV-SP Pedido de VETO ao PL 510/10
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA
ESTADO DE SÃO PAULO

GAB/OF. Nº. 1305/2010 São Paulo, 30 de junho de 2010.

À Sua Excelência o Senhor


Dr. Alberto Goldman
Governador do Estado de São Paulo
Av. Morumbi, 4.500
05650-000 – São Paulo/SP

Excelentíssimo Senhor Governador,

No último dia 23 foi aprovado pela 20ª Sessão Extraordinária da Assembléia Legislativa do Estado de São
Paulo, Projeto de Lei nº 510/2010 que normatiza o controle da eutanásia de cães portadores de Leishmaniose Visceral
Canina.

Considerando que a Leishmaniose Visceral é doença de notificação compulsória em todo território nacional e
apresenta alta letalidade e, ainda, o Projeto de Lei apresenta pontos conflitantes em relação ao controle desta enfermidade,
podendo colocar em risco a saúde humana e animal, vimos a presença de Vossa Excelência sugerir o veto ao referido PL.

Esclarecemos ainda, que não foram consultados os órgãos profissionais envolvidos no controle desta doença,
inclusive este Conselho Regional de Medicina Veterinária, conforme previsto no artigo 9º da Lei Federal nº 5517, de 23 de
outubro de 1968.

Na expectativa de merecer de Vossa Excelência a atenção especial que o assunto requer, apresentamos os
nossos protestos de estima e consideração.

Atenciosamente,

FRANCISCO CAVALCANTI DE ALMEIDA - CRMV-SP 1012 - Presidente AG-ICB-USP


Posição do CRMV-SP
CRMV-SP Pedido de VETO ao PL 510/10
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA
ESTADO DE SÃO PAULO

GAB/OF. Nº. 1305/2010 São Paulo, 30 de junho de 2010.

À Sua Excelência o Senhor


Dr. Alberto Goldman
Governador do Estado de São Paulo
Av. Morumbi, 4.500
05650-000 – São Paulo/SP

Excelentíssimo Senhor Governador,

No último dia 23 foi aprovado pela 20ª Sessão Extraordinária da


Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Projeto de Lei nº 510/2010 que normatiza o controle da eutanásia de cães portadores de
Leishmaniose Visceral Canina.

Considerando que a Leishmaniose Visceral é doença de notificação


compulsória em todo território nacional e apresenta alta letalidade e, ainda, o Projeto de Lei apresenta pontos conflitantes em relação ao controle
desta enfermidade, podendo colocar em risco a saúde humana e animal, vimos a presença de Vossa Excelência sugerir o veto ao referido PL.

Esclarecemos ainda, que não foram consultados os órgãos


profissionais envolvidos no controle desta doença, inclusive este Conselho Regional de Medicina Veterinária, conforme previsto no artigo 9º da Lei
Federal nº 5517, de 23 de outubro de 1968.

Na expectativa de merecer de Vossa Excelência a atenção especial que o assunto requer, apresentamos os
nossos protestos de estima e consideração.

Atenciosamente,

FRANCISCO CAVALCANTI DE ALMEIDA


CRMV-SP 1012
Presidente
“Existem milhares de animais mortos sem
necessidade, passíveis de tratamento e que não
tiveram essa oportunidade”, disse. Segundo ela, a
informação de que o cão, mesmo tratado, continua um
reservatório da doença é controversa. “Estudos
apontam que algumas formas de tratamento diminuem
o grau de parasitemia do cão e ele deixa de ser um
transmissor, caso contrário, não defenderíamos essa
ideia”, concluiu. Maíra Kaviski Peixoto

E a polêmica continua…
Projeto de Lei 1738/2011
arsenicum album 30 ch

Alopurinol

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