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Vírus hepatite C
INTRODUÇÃO
1. Conceitos
Microbiologia é a ciência que estuda os seres vivos microscópicos (microrganismos, micróbios,
germes etc.), somente através do microscópio. A Microbiologia preocupa-se com o estudo desses
microrganismos e de suas atividades. Além disso, estuda a forma, a estrutura, a reprodução, a fisiologia,
o metabolismo e a identificação dos seres microscópicos. Podendo ser dividida em bacteriologia, virologia
e micologia.
Parasitologia é a ciência que estuda os parasitas animais e vegetais e a relação entre parasita e
hospedeiro.
2. Tipos de Microrganismos
Patogênicos: responsáveis pelas doenças.
Não patogênicos: saprófitas (existem normalmente no tubo digestivo, flora intestinal e pele).
Comensalismo: apenas um se beneficia.
Simbiose: mútua ajuda.
3. Nomenclatura
São denominados por um binômio derivado do latim que representa o gênero e a espécie.
Ex: Stafilococus aureus
(gênero) (espécie)
4. Dimensão
São extremamente pequenos. Usam-se duas medidas para os microrganismos: micrômetro
(milésima parte do milímetro) que pode ser visto ao microscópio óptico e ângstron (um décimo do milésimo
do micrômetro) que só pode ser visto ao microscópio eletrônico.
DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS
1. VÍRUS
Representam o limite entre as formas vivas e as sem vida. Contêm somente um tipo de ácido
nucleico, RNA ou DNA que é circundado por um envelope proteico ou capa. Devido à ausência de
componentes celulares necessários para o metabolismo ou reprodução independente, o vírus pode
multiplicar-se somente dentro de células vivas, por isso não são considerados seres vivos por não
possuírem vida própria.
a. Principais características:
✓ São agentes infecciosos de menor dimensão;
✓ São parasitas intracelulares, ou seja, não se multiplicam fora das células vivas;
✓ São dotados de capacidade de infectar quase todos os seres vivos (desde bactérias
até o homem);
✓ São considerados partículas;
✓ Não possuem estrutura celular.
b. Estrutura:
✓ Genoma ou núcleo – constitui sua parte central, onde se encontra o RNA e DNA (ácido
nucléico), responsável pelas suas características genéticas.
✓ Cápsula – concha feita de proteínas que engloba o núcleo.
✓ Envelope – podem ser constituídos de lipídios, polissacarídeos e proteínas. O
envoltório participa do mecanismo de aderência dos vírus à membrana das células.
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c. Reação aos agentes químicos e físicos:
Temperatura – são geralmente inativados quando submetidos à temperatura de 60 oC durante 30
minutos e resistem à temperaturas inferiores a 0oC.
pH – quase todos os vírus são estáveis em pH entre 5 e 9.
Éter – alguns são éter resistentes e outros são inativados pelo éter (herpes vírus).
Radiações – são inativados por raios ultravioletas, raios-X, variando a sensibilidade de acordo com
o tempo e a intensidade da exposição.
Desinfetantes – são em geral, resistentes aos desinfetantes usuais.
d. Formas de transmissão:
Podem ser transmitidos através de secreções nasofaríngeas, fômites, água, alimentos
contaminados, mordeduras de animais, transfusão de sangue ou hemoderivados e pela via congênita e
perinatal.
e. Portas de entrada:
✓ Trato respiratório – vírus da influenza, caxumba, rubéola, sarampo, varicela, etc.
✓ Trato digestivo – enterovírus, rotavírus, etc.
✓ Conjuntiva – adenovírus.
✓ Contato sexual – AIDS, condiloma, hepatite B, herpes, etc.
✓ Injeções parenterais – AIDS, hepatite B, C e D.
✓ Transfusões de sangue, plasma e derivados – AIDS, hepatite (B, C e D),
citomegalovirose, mononucleose, Epstein Barr, etc.
✓ Mordeduras de animais – vírus da raiva.
✓ Transmissão vertical (congênita ou perinatal) – rubéola, citomegalovirose, hepatite B.
2. BACTÉRIA
Streptococcus mutans
a. Principais características:
✓ São seres simples quanto à organização e não apresentam um núcleo diferenciado,
faltando a membrana nuclear.
✓ São encontradas livremente no ar, na terra, na água em materiais de decomposição ou
associados a outros seres.
✓ São organismos muito pequenos cuja estrutura celular só pode ser estudada em
microscópio eletrônico ou de forma grosseira, no microscópio óptico.
b. Estruturas:
✓ Nucleoide – área nuclear desprovida de membrana.
✓ Citoplasma – área onde estão localizadas as organelas.
✓ Membrana celular – ou membrana citoplasmática é dotada de permeabilidade seletiva,
discriminando as moléculas que devem entrar e sair no citoplasma.
✓ Mesossomos – são invaginações da membrana e participam do processo de divisão
celular.
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✓ Parede celular – é o envoltório externo que todas as bactérias possuem. É responsável
pela forma e proteção desses microrganismos.
✓ Cápsula – relacionada com a proteção mecânica e/ou à resistência pela fagocitose.
✓ Flagelo – relacionado à locomoção das bactérias.
✓ Fímbrias – para a fixação da bactéria e reprodução
✓ Esporos – são formas bacterianas de grande resistência a agentes químicos, ao calor,
à dessecação, à radiação e à atividade de outros agentes físicos. Têm forma ovoide ou
esférica.
c. Morfologia:
✓ Quanto à forma as bactérias podem ser:
o Cocos – têm forma esférica, podem ser agrupadas (diplococos, estafilococos,
estreptococos).
o Bacilos – têm forma de bastonete ou bastão;
o Vibriões – têm formas curvas semelhantes à vírgulas;
o Espirilos – têm formato em espiral.
✓ Quanto à coloração:
A principal reação de coloração das bactérias é o método de GRAM, que consiste em tratá-
las pela violeta de genciana e iodo.
o Gram negativas – perdem a coloração roxa;
o Gram positivas – mantém a cor roxa inicial. São bactérias sensíveis às sulfas e
penicilinas.
d. Nutrição:
✓ Autótrofas – fabricam seus próprios alimentos.
✓ Heterótrofas – não fabricam seus próprios alimentos:
o Heterótrofas parasitas: vivem à custa de outros seres vivos prejudicando-os;
o Heterótrofas saprófitas: vivem em material morto, ajudando na sua decomposição.
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e. Respiração:
✓ Aeróbias – são aquelas que crescem somente na presença de oxigênio livre.
✓ Anaeróbias – podem ser do tipo estritas ou facultativas:
o Estritas – são aquelas que só crescem na ausência de oxigênio livre. Ex: bacilo do
tétano.
o Facultativas – são aquelas que crescem tanto na presença como na ausência de
oxigênio livre. Ex: bacilo da difteria.
3. FUNGOS
a. Nutrição:
✓ Saprófitas – fungos que se desenvolvem bem em restos de vegetais em
apodrecimento, animais mortos e até em fezes.
✓ Parasitas – que atacam vegetais, animais e o homem causando as conhecidas
micoses.
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b. Ação benéfica:
✓ Na indústria – são utilizados na produção de queijos e bebidas alcoólicas, como a
cerveja. São usados como fermento na preparação de massa de pão. Os champignons
servem como alimento.
✓ Na farmacologia servem como matéria prima para extração de várias drogas de
interesse médico como: penicilina, ergotamina (LSD), etc.
✓ Em genética – constituindo um ótimo material para estudos genéticos.
c. Ação maléfica:
✓ Em agricultura – grande número de fungos causa prejuízo em culturas atacando folhas,
frutos e sementes.
✓ Em medicina – as doenças causadas por fungos são chamadas de micoses. Das
100.000 espécies de fungos, não mais que 100 são patogênicas para o homem.
Podendo ser:
o Superficiais: limitam-se à pele, às mucosas, às unhas e aos pelos. Ex: Candida.
o Profundas: podem acometer vários órgãos e tecidos. Ex. Cryptococcus
neoformans
4. PROTOZOÁRIOS
São animais de uma única célula, geralmente microscópicos. A palavra protozoário significa
“primeiros animais” ou “animais primitivos”.
Na sua maioria são aquáticos, vivem nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida.
Muitas espécies, no entanto, vivem no interior de outros animais, às vezes como parasitas, outras vezes
numa relação de mutualismo. Não fazem parte da microbiologia geral, mas serão estudados neste
capítulo porque são organismos unicelulares visíveis só em microscópio.
Exemplos de protozoários patogênicos: Plasmodium (causador da malária), Entamoeba histolytica
(causadora da disenteria), Trypanosoma cruzi (causador da doença de Chagas), Giardia lamblia
(causadora da giardíase), Leischmania brasiliensis (causadora da leishmaniose cutâneo mucosa).
a. Estrutura:
As células dos protozoários podem ser consideradas pouco especializadas, já que realizam
sozinhas todas as funções vitais dos organismos mais complexos, tais como: locomoção, obtenção de
alimentos, digestão, excreção, reprodução, respiração, etc.
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b. Classificação quanto à locomoção:
✓ Rizópode - eles se locomovem e capturam seus próprios alimentos através de
pseudópodes (falsos pés).Ex. Ameba.
✓ Flagelados – classe que possui um ou mais flagelos. São causadores de importantes
doenças no homem. EX. Giárdia, Trypanosoma (doença de Chagas), Trichomonas, etc.
✓ Ciliados – são de organização mais complexa. Normalmente de vida livre, incluem raras
espécies parasitas do intestino de mamíferos. Ex. Balantidium, Paramecium, etc.
✓ Esporozoários – são parasitas intracelulares desprovidos de organelas de locomoção.
Ex. Plasmodium (malária), etc.
c. Nutrição
São heterótrofos e nutrem-se de detritos orgânicos, bactérias e outros microrganismos existentes
no meio.
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Capitulo 2 - Princípios gerais de Biossegurança
INTRODUÇÃO
1. Conceitos
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a
biossegurança é: “Conjunto de medidas e procedimentos técnicos necessários
para a manipulação de agentes e materiais biológicos, capaz de PREVENIR,
REDUZIR, CONTROLAR ou ELIMINAR riscos inerentes às atividades que
possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal, bem como o meio
ambiente”. Biossegurança em Odontologia é o conjunto de procedimentos
realizados no consultório odontológico com o objetivo de dar proteção e
segurança ao paciente, ao profissional e sua equipe.
O único meio de prevenir a transmissão de doenças é o emprego de medidas de controle de
infecção como equipamento de proteção individual (EPI), esterilização do instrumental, desinfecção do
equipamento e ambiente. São essenciais a padronização e manutenção das medidas de biossegurança
como forma eficaz de redução de risco ocupacional, de infecção cruzada e transmissão de doenças.
Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para impedir que a contaminação do meio.
Antissepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas de um tecido vivo.
Limpeza: remoção da sujidade de qualquer superfície, reduzindo o número de microrganismos
presentes. Esse procedimento deve obrigatoriamente ser realizado antes da desinfecção e/ou
esterilização.
Desinfecção: processo que elimina microrganismos patogênicos de seres inanimados, sem atingir
necessariamente os esporos. Só deve ser indicado na impossibilidade de esterilização do artigo.
Descontaminação: processo que inclui limpeza e desinfecção de um artigo contaminado.
Esterilização: é um processo que elimina todos os microrganismos: esporos, bactéria fungo e
protozoários. Os meios de esterilização podem ser físicos ou químicos.
Armazenamento: Os artigos esterilizados devem ser armazenados em condições adequadas,
evitando-se a sua contaminação.
1. Introdução
Todos os profissionais da saúde e profissionais que atuam na prevenção de acidentes
compartilham o mesmo problema: trabalhar por um longo período manipulando e/ou manuseando
materiais e/ou equipamentos que podem produzir risco à saúde e ao meio ambiente. As substâncias
manuseadas e os tipos de equipamentos operados podem resultar numa série de acidentes, como
intoxicações, envenenamentos, queimaduras térmicas e químicas, contágio por agentes biológicos,
incêndios, explosões, etc. Esses acidentes podem ser evitados ou minimizados pelo uso de equipamentos
de proteção individual e coletivos de forma correta. Sempre se deve escolher EPIs de boa qualidade que
possuam certificados de aprovação perante o Ministério do Trabalho e Emprego.
Os equipamentos de uso coletivo nem sempre significam os de manipulação pessoal. Um exemplo
clássico é o sistema de ventilação central com deficiência de exaustão. Tal anormalidade pode
comprometer seriamente o ambiente de trabalho que manipula produtos químicos voláteis, tóxicos entre
outros, levando a sérios riscos aos trabalhadores se não utilizarem capelas químicas de forma adequada.
Os equipamentos de proteção individual destinam-se a proteger a pessoa nas operações com
riscos de exposição ou quando houver emanações de produtos químicos, riscos de explosões, riscos de
cortes ou perfurações na pele, etc. Os EPIs podem ainda ser considerados um dispositivo de uso
individual destinado a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. Os EPIs devem proporcionar
o mínimo de desconforto sem tirar a liberdade de movimento do funcionário.
2. Legislação
Segundo a Lei nº 6.514, de 22.12.77, Seção IV, art. 166, toda a empresa é obrigada a fornecer
aos seus funcionários, gratuitamente, EPIs segundo as suas necessidades de trabalho e ao risco inerente
do exercício profissional e em perfeito estado de conservação.
Os empregados, de acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 (NR6) da Portaria nº 3.214, de 8
de junho de 1978, são obrigados a usar os EPIs e se responsabilizar pela guarda e conservação destes.
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É obrigatório a utilização desses equipamentos de proteção na execução de qualquer atividade
que envolva o manuseio, movimentação e transporte de materiais perigosos e também na circulação em
áreas externas, consideradas de risco.
3. Classificação
A classificação dos EPIs pode ser feita segundo a parte do corpo que se protege: proteção para a
cabeça, proteção do corpo, dos membros superiores e dos membros inferiores (CIPI 1992).
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As luvas também fornecem elevado grau de proteção contra dermatites, pois a exposição repetida
a pequenas concentrações de inúmeros compostos químicos eventualmente cria reações adversas na
pele dos operadores.
Todo o estabelecimento de assistência odontológica deve ter lavatório com água corrente, de uso
exclusivo para lavagem de mãos dos membros da equipe de saúde bucal.
A lavagem de mãos é obrigatória para todos os componentes da equipe de saúde bucal. A limpeza
e/ou descontaminação de artigos não deve ser realizada no mesmo lavatório de lavagem de mãos.
O lavatório deve contar com: dispositivo sem contato de mãos com o volante da torneira ou do
registro quando do fechamento da água; toalhas de papel descartáveis ou compressas estéreis e
sabonete líquido;
1. Quando realizar
✓ no início do dia, antes e após o atendimento do paciente;
✓ antes de calçar as luvas e após removê-las;
✓ após tocar qualquer instrumento ou superfície contaminada;
✓ antes e após utilizar o banheiro;
✓ após tossir, espirrar ou assuar o nariz;
✓ ao término do dia de trabalho.
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ATIVIDADES PRÁTICAS RELACIONADAS:
Lavagem das mãos;
Uso de EPIs.
Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): Inclui os agentes biológicos
conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios. Exemplos:
Lactobacillus spp. e Bacillus subtilis.
Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): Inclui os
agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na
comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas profiláticas
e terapêuticas conhecidas eficazes. Exemplos: Schistosoma mansoni e vírus da rubéola.
Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): Inclui os
agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão, em especial por via respiratória, e que
causam doenças em humanos ou animais potencialmente letais, para as quais existem usualmente
medidas profiláticas e terapêuticas. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio
ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Exemplos: Bacillus anthracis e Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV).
Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): Inclui os agentes biológicos com
grande poder de transmissibilidade, em especial por via respiratória, ou de transmissão desconhecida.
Até o momento, não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas
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por estes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação
na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente vírus. Exemplos: vírus Ebola e vírus
da varíola.
Como se pode verificar, é necessário fazer uma avaliação cuidadosa dos grupos acima citados
para promover o seu descarte de forma adequada evitando a contaminação local e do meio ambiente. As
normas de segurança devem ser rigorosamente seguidas para propiciar melhor saúde a todos os
envolvidos.
1. Identificação e rotulagem
Para que os materiais a serem descartados possam ser manipulados com segurança, tanto para
os operadores internos quanto para os procedimentos seguros de transporte e destinação final, são
necessárias informações que podem constar num rótulo simples elaborado no próprio ambiente de
trabalho. Além das questões relativas à segurança, a identificação precisa é muito importante também
para a adequação do material às normas impostas pelas empresas de incineração ou disposição final do
resíduo ou ainda para envio a outras finalidades como recuperação, reciclagem, reutilização, etc.
Vermelho
Azul Amarelo
Branco
b. Métodos Químicos:
✓ Neutralização
c. Tratamentos Térmicos:
✓ Incineração
d. Métodos Biológicos:
✓ Depósitos no Oceano
✓ Aterros Sanitários
Aterro sanitário
1. Rejeitos Radioativos
Os materiais radioativos produzidos em Instalações Nucleares (Reatores Nucleares, Usinas de
Beneficiamento de Minério de Urânio e Tório, Unidades do Ciclo do Combustível Nuclear), Laboratórios
e Hospitais, nas formas sólida, líquida ou gasosa, que não têm utilidade, não podem ser simplesmente
“jogados fora” ou “no lixo”, por causa das radiações que emitem.
Esses materiais, que não são utilizados em virtude dos riscos que apresentam, são chamados de
Rejeitos Radioativos. Na realidade, a expressão “lixo atômico” é um pleonasmo, porque qualquer lixo é
formado por átomos e, portanto, é atômico. Ele passa a ter essa denominação popular, quando é
radioativo.
Os rejeitos radioativos precisam ser tratados, antes de serem liberados para o meio ambiente, se
for o caso. Eles podem ser liberados quando o nível de radiação é igual ao do meio ambiente e quando
não apresentam toxidez química.
Rejeitos sólidos, líquidos ou gasosos podem ser, ainda, classificados, quanto à atividade, em
rejeitos de baixa, média e alta atividade.
Os rejeitos de meia-vida curta são armazenados em locais apropriados (preparados), até sua
atividade atingir um valor semelhante ao do meio ambiente, podendo, então, ser liberados. Esse critério
de liberação leva em conta somente a atividade do rejeito. É evidente que materiais de atividade ao nível
ambiental, mas que apresentam toxidez química para o ser humano ou que são prejudiciais ao
ecossistema não podem ser liberados sem um tratamento químico adequado.
Rejeitos sólidos de baixa atividade, como partes de maquinária contaminadas, luvas usadas,
sapatilhas e aventais contaminados, são colocados em sacos plásticos e guardados em tambores ou
caixas de aço, após classificação e respectiva identificação.
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Os produtos de fissão, resultantes do combustível nos
reatores nucleares, sofrem tratamento especial em Usinas de
Reprocessamento, onde são separados e comercializados, para uso
nas diversas áreas de aplicação de radioisótopos. Os materiais
radioativos restantes, que não têm justificativa técnica e/ou
econômica para serem utilizados, sofrem tratamento químico
especial e são vitrificados, guardados em sistemas de contenção e
armazenados em Depósitos de Rejeitos Radioativos.
BIOSSEGURANÇA E CÂNCER
É provável que o câncer sempre tenha consistido em uma doença do ser humano, sendo conhecido
desde a antiguidade. Assim, evidências de câncer foram encontradas em humanos mumificados e em
fósseis de ossos de animais. Entretanto, as taxas de incidência de cânceres, bem como os padrões de
ocorrência de diferentes cânceres, eram desconhecidas até épocas relativamente modernas. Desde o
século XVIII, encontram-se registros em que se relacionava o ambiente de trabalho com a incidência de
alguns tipos de câncer. É o caso, por exemplo, de Sir Percival Pott que chamava atenção para alta
incidência de câncer de escroto entre limpadores de chaminé de Londres. Segundo esse médico, a causa
de tais casos estaria relacionada ao contato constante com o alcatrão e a fuligem presentes nas
chaminés. Nesse contexto, podemos observar que o ambiente de trabalho pode ser, em muitos casos,
fonte de exposição a centenas de agentes nocivos à saúde, como pós e partículas, fumaças, fluidos,
fibras, radiação e substâncias químicas.
O trabalho realizado pelos profissionais da saúde, em diversas situações, envolve a manipulação
de substâncias carcinogênicas.
Assim, é de extrema importância que sejam inicialmente identificadas as substâncias em uso
consideradas carcinogênicas.
As medicações utilizadas para combater o câncer, podem também causar a doença em quem
manipula e/ou administra tais medicações. Por isso é imprescindível o conhecimento na preparação e
administração com também no descarte desses produtos. Os riscos podem atingir
pacientes, manipuladores e meio ambiente. Escola Técnica Dr. Gualter Nunes
Os procedimentos para descarte de carcinogênicos não podem envolver
exposição do pessoal às substâncias, nem resultar na produção de outros
carcinogênicos. Eles não devem ser descartados em pias ou ralos.
Resíduos líquidos contaminados por carcinogênicos devem ser armazenados
em recipientes adequados, para posterior descarte. A tampa deve estar bem fechada
e o recipiente bem identificado.
No caso de resíduos sólidos (luvas, frascos, etc) deve-se embalá-los em sacos
plásticos e identificá-los adequadamente até descartá-los.
1. Sífilis
É uma doença sexualmente transmissível (DST) em 90% dos casos, podendo ainda ocorrer a
transmissão vertical, quando é denominada de sífilis congênita. Apresentando um período de incubação
de uma a três semanas. A vida extracorpórea do microrganismo é curta, sendo descrita por alguns autores
como de segundos, a 25ºC.
2. Gonorreia
Trata-se de uma infecção causada pela bactéria, sendo a doença sexualmente transmissível
(DST) mais prevalente no mundo, e também a mais antiga. O risco de transmissão durante a prática
odontológica deve-se ao fato de serem as lesões bucais uma forma comum de expressão; e por
constituírem a boca e a nasofaringe habitat para o microrganismo. Sua sobrevida extracorpórea é de
poucas horas, em superfície seca.
3. Tuberculose
É uma doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis, com um período de incubação
geralmente superior a 6 meses. Afeta, na maioria das vezes, os pulmões, podendo, entretanto, acometer
outras regiões, como os rins, os gânglios, os ossos, o sistema nervoso central, a mucosa bucal, entre
outros. A transmissão mais comum é via secreção nasofaríngea eliminada pela tosse, que lança no meio
ambiente, gotículas contendo o bacilo.Esc. Téc. Dr. Gualter Nunes. A partir de 1984, quando já instalada
a epidemia de AIDS, o número de casos de pessoas portadoras de tuberculose voltou a crescer nos
países desenvolvidos, apresentando formas atípicas e disseminadas da doença.
Mycobacterium tuberculosis
4. Difteria
Trata-se de uma infecção bacteriana causada pelo Corynebacterium diphtheriae, de transmissão
direta (contato com pele lesionada) ou indireta (pelo ar). Seu período médio de incubação é de 1 a 6 dias.
Sua sobrevida extracorpórea permanece entre 12 e 16 horas após semeadura de material clínico. O
período de transmissão bacteriana é de duas semanas;
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5. Sarampo
É uma infecção respiratória aguda causada pelo vírus do
gênero Paramyxovirus, apresentando um período de incubação de
10 dias, com variação de 7 a 18 dias. O período de transmissão
compreende 4 a 6 dias anteriores ao surgimento das lesões
cutâneas, estendendo-se até 4 dias após o desaparecimento do
exantema. A transmissão pode ser direta, através de gotículas
nasofaríngeas emitidas pela tosse e espirro; ou indireta, através dos
aerossóis. A sobrevida extracorpórea, no meio ambiente, é superior
a 24 horas.
7. Rubéola
Trata-se de uma infecção respiratória amena associada a exantema, sendo causada por um vírus.
Seu período de incubação varia de 14 a 21 dias.
A fase de transmissão compreende de 5-7 dias anteriores ao surgimento do exantema, até 5 a 7
dias após início da erupção. O vírus é inativado a 56ºC por 30 minutos, sendo que, a 4ºC, permanece
viável por 14 horas. A maior preocupação sobre essa infecção virótica é o acometimento de gestantes,
tendo em vista os possíveis danos causados ao feto via transmissão transplacentária. Gualter Nunes.
Quanto mais precoce for o contato com o vírus durante a gravidez,
maiores poderão ser as alterações causadas. Desse modo, a fase crítica
de contato compreende as primeiras 12 semanas gestacionais. Os danos
causados ao ser em desenvolvimento podem se voltar para problemas
cardíacos, de má formação (fendas orofaciais e membros superiores) e
aborto espontâneo. Quando o contato ocorre em fases tardias da
gestação, as alterações se resumem principalmente a hepatite e retardo
mental progressivo.
8. Influenza (gripe)
É uma das infecções viróticas mais comuns. Seu período de
incubação é curto (1 a 5 dias) e o período de maior transmissibilidade
acontece durante os 3 primeiros dias da doença. O vírus sobrevive em
superfície não absorvente por 8 a 24 horas; e, em tecido ou papel, por
8 a 12 horas. A prática odontológica coloca em risco os profissionais,
tendo em vista a facilidade de transmissão do vírus e o contato
estabelecido durante o tratamento odontológico.
Estudos têm demonstrado que estudantes de odontologia
apresentam uma maior incidência da infecção quando comparados
com estudantes de medicina e farmácia; os técnicos e auxiliares em
saúde bucal (ASB e TSB) ao serem comparados com nutricionistas,
apresentaram uma maior incidência em um período de 1 ano; e, nesse período, os TSB e ASB não
apresentaram aumento de falta ao trabalho, sugerindo um maior risco de transmissão para pacientes.
Finalmente, tem sido relatada uma forte correlação entre a infecção, acometendo os pacientes e os
cirurgiões-dentistas que os tratam.
9. Herpes
O herpes simples é uma doença infecciosa aguda que, à exceção das infecções viróticas
respiratórias, é a virose humana mais comum. Os vírus do herpes simples são o VHS e o HSH. Um é
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responsável por lesões que acometem a oroface e o outro envolve, principalmente, as lesões genitais. O
período de incubação é de 1 a 26 dias.
O vírus é transmitido com maior frequência no contato direto com lesões ou objetos contaminados.
A disseminação assintomática do vírus através de fluidos orgânicos (sangue, saliva, secreções vaginais)
ou das lesões crostosas constitui uma importante forma de transmissão. O vírus já foi identificado em
saliva de pacientes durante a evolução da doença. Ressalta-se ainda, a transmissão através das lesões
clinicamente ativas.
https://biosom.com.br/blog/saude/herpes-labial/
Tipo do Período de
Vias de Transmissão Morbidade Risco de cronificar
Vírus incubação
Praticamente
A Oro fecal Baixa 15 a 45 dias
inexistente
Sexual, parenteral, sangue e
hemoderivados, perinatal, procedimentos
B Alta Alto 40 a180 dias
cirúrgicos e odontológicos, soluções de
continuidade
Parenteral, sangue e hemoderivados,
C Moderada Alto 14 a 150 dias
sexual e perinatal
Sexual, parenteral, sangue e
hemoderivados, perinatal, procedimentos
D Alta Alto 28 a 140 dias
cirúrgicos e odontológicos, soluções de
continuidade
Alta para Praticamente
E Oro-fecal 15 a 64 dias
gestantes inexistente
A sobrevida extracorpórea para os diferentes vírus ainda não está bem definida. Sabe-se,
entretanto, que para o vírus da hepatite A, pode ser meses, em água; e para a hepatite B, semanas, 25ºC.
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No que tange à Odontologia, o vírus da hepatite B vem sendo considerado o de maior risco para
a equipe de saúde bucal. O sangue é a fonte principal da infecção ocupacional. A presença do vírus da
hepatite B na saliva não deve ser menosprezada. O risco de infecção ocupacional é maior para os
profissionais de especialidades cirúrgicas que para os clínicos. O pessoal auxiliar odontológico (TSB,
ASB, TPD) também está sob maior risco de contrair Hepatite B, se comparado à população geral.
A transmissão do vírus através de aerossóis e superfície contaminada não tem demonstrado
relevância epidemiológica. No entanto, as características próprias do trabalho odontológico, com
frequentes relatos de não adoção de normas universais de biossegurança e de falhas nos procedimentos
de esterilização, revelam uma alta probabilidade da ocorrência de infecção.
O risco de aquisição de hepatite B por meio de acidente perfurocortante, com sangue sabidamente
contaminado, varia de 6 a 30%, sendo que uma quantidade ínfima de sangue contaminado (0,0001ml) é
suficiente para a transmissão do vírus. Acredita-se que, em um acidente perfurocortante envolvendo
sangue de fonte desconhecida, o risco de aquisição da hepatite B é 57 vezes superior, quando comparado
ao HIV; e o risco de vir a óbito é 1,7 vezes superior para hepatite B, apesar da característica letal do HIV.
Com o surgimento da vacina contra a hepatite B, criou-se a expectativa de controlar esta doença.
A vacinação tem indicação para proteger as pessoas com maior risco de adquirir a infecção, entre elas
os componentes da equipe odontológica. O melhor período para a imunização é aquele anterior ao início
da atividade clínica.
Devido às características da prática odontológica, a vacinação é
uma medida de proteção individual e é prioritária entre os procedimentos
de controle de infecção. Atualmente, a vacinação para os profissionais
de saúde é realizada em unidades básicas de saúde. Entretanto, em
nível mundial, tem-se observado que, mesmo quando as três doses
necessárias para a imunização são oferecidas gratuitamente, os
trabalhadores de saúde não se motivam à adoção dessa medida de
proteção.
Uma das maiores preocupações para a Saúde Pública vem sendo o aumento dos casos de
hepatite C. Trata-se de uma infecção de origem parenteral que acontece, principalmente, via sangue
contaminado. A resolução espontânea do quadro de hepatite C é rara e, no momento, a terapia
medicamentosa apresenta uma eficácia experimental em 40 a 50% dos casos. Não foram desenvolvidas,
até o presente momento, vacinas contra a hepatite C. Esse vírus tem sido identificado em um número de
superfícies odontológicas após o tratamento de um paciente. Ele se mantém estável, à temperatura
ambiente, por mais de 5 dias.
Vírus HIV
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MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PADRÃO
INFECÇÕES CRUZADAS
Na área da saúde, não há nenhuma atividade que apresente um quadro tão heterogêneo de
detalhes com vistas ao controle de infecção quanto a Odontologia, o que pode dificultar a tomada de
decisões em relação aos cuidados quanto à esterilização ou desinfecção de superfícies ou instrumentos.
As dificuldades poderão ser eliminadas ou extremamente reduzidas, se o profissional,
independentemente de sua especialidade, distinguir o ambiente de atuação e o risco potencial de
transmissão dos instrumentos e materiais utilizados.
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Os ambientes podem ser classificados:
a. Áreas Não Críticas - são aquelas não ocupadas no atendimento dos pacientes ou às quais
estes não têm acesso. Essas áreas exigem limpeza constante.
b. Áreas Semicríticas - são aquelas vedadas às pessoas estranhas às atividades
desenvolvidas. Ex.: sala de espera, laboratórios. Exigem limpeza e desinfecção constante,
semelhante à doméstica.
c. Áreas Críticas - são aquelas destinadas à assistência direta ao paciente, exigindo rigorosa
desinfecção. Ex.: clínicas de atendimento, setor de esterilização. Gualter Nunes. Os
equipamentos e mobiliários pertencentes a essas áreas requerem cuidados mais
frequentes de limpeza e desinfecção, porque são os que mais se contaminam e que mais
facilmente podem transmitir doenças.
As superfícies que entram em contato direto com matéria orgânica (sangue, secreções ou
excreções), independentemente de sua localização, exigem desinfecção (hipoclorito de sódio a 1%), com
remoção da matéria orgânica, e limpeza, com água e sabão.
a. Temos que ter em mente a diferença entre limpar o consultório e outros ambientes, como
por exemplo, uma residência.
b. Devemos usar EPIs, para tal procedimento.
c. Nunca efetuar varredura a seco para não provocar a presença de partículas em
suspensão, como acontece na varredura com vassoura.
d. Usar carrinhos próprios para transportar o
material de limpeza e os sacos de lixo.
e. Começar a limpeza da área menos
contaminada para a mais contaminada.
f. Limpar em sentido único, de cima para baixo
(do teto para o chão). Nunca em vaivém.
g. Não misturar panos que limparam o chão com
os panos usados para limpar o armário clínico
e equipamento odontológico.
h. Usar solução desinfetante após a limpeza e
lavagem com água e detergente.
i. Recomendam-se os seguintes desinfetantes:
solução de água sanitária (hipoclorito de sódio) a 10% para pisos, paredes, banheiros,
balcões e superfícies; e fenol sintético para equipamentos, torneiras e todos os dispositivos
metálicos.
j. Chamamos a atenção que o hipoclorito de sódio é corrosivo de metais.
k. Os balcões e equipamentos podem, alternativamente, serem desinfetados com álcool 70º
sob fricção e hipoclorito de sódio a 1%.
l. A desinfecção dos armários deve ser realizada entre cada atendimento com desinfetantes
indicados.
m. Os armários devem ser de superfície lisa, impermeável e de preferência de cor clara para
facilitar a desinfecção e a visualização de sujidades.
n. Dividir corredores ao meio limpando de um lado e deixando passagem pelo outro, para
depois inverter (se a área da clínica for grande).
o. Nunca devem colocar sobre o balcão de trabalho e trazer para a área clínica, objetos
oriundos de outras áreas como área administrativa, banheiros, laboratório de prótese,
cozinha e outras.
p. Todo o material usado (baldes, panos, vassouras, carrinhos, etc.) deve ser limpo e
desinfetado com solução de hipoclorito de sódio, exceto quando houver metal.
q. Deverá haver uma limpeza e desinfecção concorrente durante os trabalhos, principalmente
entre um paciente e outro, e uma limpeza terminal, no fim do período.
r. Ao se notar um espirro ou gotejamento de material orgânico sobre uma superfície, deve-
se, tão logo quanto possível, colocar papel toalha sobre o líquido e borrifá-lo com uma
solução de hipoclorito de sódio ou fenol sintético (se a superfície for metálica), Após 10
min pode-se remover o papel, que será descartado como material contaminado, e proceder
a lavagem do local com pano e detergente.
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s. Deverá haver um razoável intervalo de tempo entre os períodos para realização correta da
limpeza terminal.
Artigos Críticos - são aqueles que penetram na pele ou mucosa. Ex.: instrumentos de corte ou
ponta; outros artigos cirúrgicos (pinças, afastadores, fios de sutura, etc.); soluções injetáveis. Os artigos
críticos devem passar por processo de esterilização.
Artigos Semicríticos - são aqueles que entram em contato com a mucosa. Ex.: material para
exame clínico (pinça, sonda e espelho); condensadores; moldeiras; portagrampo, etc. Os artigos
semicríticos devem passar por processo de esterilização ou desinfecção de alto nível.
Artigos Não críticos - são aqueles que entram em contato com a pele íntegra ou não entram em
contato direto com o paciente. Ex.: equipo odontológico; superfícies de armários e bancadas; aparelho de
raios X. Os artigos não críticos devem passar por processo de desinfecção.
LIMPEZA DO INSTRUMENTAL
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j. O cabo longo serve para evitar-se que a pessoa esfregue o instrumental com a mão longe
da porção ativa do instrumento, permitindo que se evite o acidente. As escovas de mão
não servem para esta finalidade. Sua preensão as torna arriscadas durante a escovação.
As escovas de dente são mais seguras. O enxágue dos instrumentos deve ser muito bem
feito, pois os sabões ou detergentes poderão neutralizar os meios químicos que serão
utilizados, ou ainda, poderão queimar os instrumentos quando usarmos os meios físicos.
k. Os instrumentos devem ser enxugados antes de serem embalados e esterilizados.
2. Lavadora ultrassônica
A lavadora ultrassônica converte a energia elétrica em mecânica, através de um cristal piezelétrico
(transdutores ultrassônicos), que gera vibrações de alta frequência no tanque de aço inoxidável, que
deverá conter água ou solução desincrostante de limpeza (detergente enzimático). A vibração de alta
frequência produz bilhões de pequenas bolhas que se rompem com força, retirando a sujeira de forma
segura e eficiente.
Estas bolhas se propagam pelos instrumentais agindo como pequenas escovas que trabalham em
todas as direções e atacam toda superfície a ser limpa, entrando nos locais de difícil acesso removendo
variados tipos de resíduos orgânicos e inorgânicos, num processo denominado “cavitação ultrassônica”.
O método ultrassônico é mais rápido e eficiente que o método manual nos seguintes aspectos:
✓ Rapidez e otimização no processo de limpeza de instrumentais usados corriqueiramente
nos consultórios, clínicas e laboratórios, inclusive nas áreas de difícil acesso;
✓ Remove resíduos orgânicos e inorgânicos impregnados nos instrumentais, que interferem
nas reações químicas dos materiais a serem manipulados;
✓ Evita ranhuras nos instrumentais causadas por métodos de escovações manuais,
consequentemente evita a impregnação de resíduos nos mesmos;
✓ Evita o desgaste prematuro do fio de corte dos instrumentais, causado pela abrasão dos
métodos manuais;
✓ Segurança contra infecção cruzada.
3. Instalação e cuidados
✓ O local para instalação deve ser ventilado, espaçoso, plano e longe de fontes de calor,
água e de outras máquinas, para evitar possíveis danos ao produto.
✓ Verificar se a voltagem do aparelho é compatível com a rede elétrica local.
✓ Não colocar líquidos inflamáveis ou solventes no tanque. Utilizar somente produtos
indicados para esse tipo de procedimento.
✓ Não colocar a mão dentro da cuba enquanto a máquina estiver funcionando.
✓ Nunca desmontar o ultrassom. A alta voltagem interna poderá ocasionar riscos de
acidente.
✓ Nunca ligar a lavadora sem água. Esse procedimento ocasionará a perda da garantia, pois
poderá danificar ou encurtar a vida útil do equipamento.
✓ Manter a unidade desconectada da rede elétrica durante o abastecimento de água. Não
ultrapassar o nível máximo de enchimento do tanque.
✓ Nunca tocar o fio de força ou tomada com as mãos molhadas.
4. Métodos de utilização
Método direto: A solução é colocada no tanque e os materiais na bandeja ou cesto furado
suspenso, fig. 1. Apresenta eficácia na limpeza e facilidade de operação, mas pode-se usar apenas uma
solução de limpeza por vez, e toda a sujeira removida fica no tanque, que pode sofrer corrosão se
soluções muito cáusticas ou ácidas forem usadas.
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Método indireto: A solução desincrostante e os instrumentais são colocados em recipientes tipo
becker, fig. 2. O tanque é cheio com água e solução de limpeza para melhorar a cavitação, e a sujeira
fica nos recipientes (becker) que podem ser preenchidos com soluções desincrostantes diferentes. Outra
vantagem do método indireto é que os recipientes (becker) podem ser esterilizados em autoclave,
evitando a contaminação cruzada de peças protéticas, aparelhos e outros dispositivos que posteriormente
poderão ser utilizados por pacientes.
Em qualquer dos dois métodos pode-se utilizar aquecimento para que haja uma limpeza mais
eficaz. As lavadoras ultrassônicas utilizam temperatura em torno de 65°C.
5. Tipos de limpeza
Sujeira “Leve”: Para a remoção de sujeiras “leves” (poeira, saliva, etc.) não é necessário a
utilização de detergentes químicos e nem do sistema de aquecimento, devendo somente ser utilizado
água.
Sujeira “Média”: Para a remoção de sujeiras “médias” (gorduras, sangue, etc.) recomenda-se a
utilização do sistema de aquecimento para melhor eficiência do processo. Obs.: Se você desejar reduzir
o tempo de aquecimento da água, você pode colocar um pouco de água morna, mas nunca coloque água
fervendo, pois a mesma causará choque térmico podendo danificar os cristais.
Sujeira “Pesada”: Para remoção de sujeiras “pesadas” (cimentos, peças muito oleosas, etc.)
recomenda-se a utilização do sistema de aquecimento juntamente com uma solução desincrostante de
limpeza adequada (detergentes enzimáticos, desincrostantes, etc.).
NOTA: Durante a limpeza, a sujeira aparece com aspecto de “fumaça”, enquanto a água vai
ficando suja. Quando não aparece o aspecto de “fumaça”, o item está limpo, não sendo necessário um
tempo maior. Se a água estiver suja, troque a água e inicie um novo ciclo.
6. Manutenção e sugestões
✓ Limpar regularmente o tanque e trocar frequentemente a solução de limpeza para
aumentar a eficácia, sendo aconselhado o uso de solução desincrostante enzimática para
melhor eficácia. Gualter Nunes A cada troca de líquido deve ser feito um ciclo de 180
segundos (sem instrumentais) com a finalidade de eliminar possíveis bolhas de ar
(processo de desgaseificação) que poderão comprometer a eficácia na primeira lavagem;
✓ É desaconselhável o uso de líquidos com grande concentração ácida e/ou com
temperatura superior a 65ºC;
✓ Usar sempre os acessórios como o cesto ou o becker, para que o material não fique no
fundo do tanque;
✓ Manter o aparelho desligado para a troca de líquidos e principalmente quando não estiver
em funcionamento;
✓ Evitar o depósito de sujeira no fundo do tanque durante um período prolongado de tempo.
Esta sujeira poderá diminuir o efeito da cavitação ultrassônica. Não usar o tanque de
ultrassom em locais com muito pó. O acúmulo de pó pode interferir no funcionamento
normal do aparelho;
✓ Evitar que o equipamento permaneça com água por períodos longos quando não estiver
sendo utilizado;
✓ Não limitar a ventilação. Ela deve ser adequada com a finalidade de evitar
superaquecimento do equipamento;
✓ A limpeza ultrassônica é muito eficaz para materiais duros, mas menos eficaz para
materiais moles e porosos.
ACONDICIONAMENTO
1. Para autoclave
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Embalagens - deverá ser em envelopes de papel grau cirúrgico, caixas de alumínio, inox ou
acrílico, totalmente perfuradas, com forração interna de campo de algodão simples e embaladas
externamente em campo de algodão duplo, papel grau cirúrgico ou papel crepado.
Embalagem autoselante grau cirúrgico Rolo grau cirúrgico Caixa de inox perfurada
Seladora automática - Aparelho para selar (fechar) as embalagens com instrumentais para serem
colocados na autoclave.
ESTERILIZAÇÃO
2. Processo Químico:
A esterilização por processo químico pode acontecer por meio líquido (Glutaraldeido) ou gasoso
(Óxido de Etileno).
Os itens que não podem ser repetidamente submetidos ao processo de esterilização pelo calor e
que não sejam descartáveis têm no glutaraldeido a 2%, a melhor alternativa como esterilizante de
imersão, devendo o instrumento permanecer em contato com o produto durante 10 horas, quando se
pretende esterilizar; e durante trinta minutos, quando o objetivo final é a desinfecção. É fundamental seguir
as instruções do fabricante.
Vencido o tempo de esterilização, o material deverá ser colocado em recipiente de metal
esterilizado, para lavagem com soro fisiológico ou água destilada esterilizada.
O quadro a seguir apresenta a indicação dos métodos de esterilização para os diferentes materiais
e instrumental odontológicos:
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✓ Testes biológicos: constituem-se de tiras de papel
impregnadas com um milhão de esporos, que, depois de
secos em temperatura ambiente, são colocados em
envelopes de papel ou tubos de polipropileno com tampa
permeável ao vapor. A prova de destruição dos esporos, após
a sua exposição ao ciclo de esterilização, é usada para inferir
que todos os microrganismos expostos às mesmas condições
foram destruídos.
ARMAZENAMENTO
Considerando-se que um grande número de superfícies operatórias pode ser respingado por
sangue, saliva e outras secreções, torna-se claro que o uso de desinfetantes constitui uma das principais
etapas de assepsia efetiva. A limpeza e desinfecção das superfícies operatórias fixas e partes expostas
do equipamento reduz, significativamente, a contaminação cruzada ambiental. Para tanto, o produto
químico escolhido deve realizar, efetivamente, as funções de descontaminação/desinfecção.
O hipoclorito de sódio a 1%, iodóforos e fenóis sintéticos são os melhores produtos a serem
utilizados na etapa de desinfecção. A solução de hipoclorito de sódio não deve ser aplicada sobre
superfícies metálicas e mármores, ela apresenta ação corrosiva sobre metais, e descolorante sobre o
mármore. Ademais, devido ao seu baixo custo, é recomendável usar o hipoclorito de sódio em todas as
superfícies não metálicas; já o fenol sintético causa despigmentação irreversível da pele, e, portanto, deve
ser utilizado com cuidado.
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Os desinfetantes de imersão, como o glutaraldeído, não devem ser utilizados como desinfetantes
de superfícies, devido às suas características de toxicidade, e o seu alto custo para esta aplicação.
Sobre superfícies que não podem ser descontaminadas facilmente, indica-se o uso de coberturas
descartáveis, ou seja, barreiras de proteção.
As pontas (alta e baixa rotação e seringa tríplice) devem ser limpas com água e sabão, antes da
esterilização. Quando a esterilização não pode ser realizada, todas as pontas devem ser lavadas,
desinfetadas e posteriormente encapadas com filme de PVC transparente. A esterilização ou desinfecção
deve ser realizada após o atendimento de cada paciente. Gualter Nunes Recomenda-se que o mesmo
seja feito com o espaldar da cadeira, mesa auxiliar e todas as superfícies com as quais o profissional
mantenha contato. Nessas superfícies, o filme de PVC também deverá ser trocado a cada paciente.
Para desinfecção de bancadas, móveis e equipamentos com superfícies não metálicas, é
adequada a fricção com álcool etílico a 77% volume - volume que corresponde a 70% em peso/volume,
com tempo de exposição de 10 minutos (3 aplicações), conforme descrito na norma de processamento
de artigos e superfícies em estabelecimentos de saúde, MS/94. Quanto à limpeza de paredes e pisos,
recomenda-se o uso de água e sabão.
b. Compostos fenólicos
✓ Compostos fenólicos são álcoois aromáticos derivados do fenol.
✓ São venenos protoplasmáticos.
✓ Possuem espectro amplo de atuação. São fungicidas, bactericidas, virucidas
e tuberculicidas, mas fracos esporicidas.
✓ Estão entre os desinfetantes de escolha para descontaminar superfícies e
outros itens não críticos em consultórios e laboratórios.
✓ São usados em metais, vidro, borracha e plásticos duros.
✓ Permanecem ativos mesmo após ressecamento e são reativados quando a
superfície volta a ser umedecida.
✓ Devem ser usados com cuidado em clínicas de atendimento infantil, pois podem
provocar hiperbilirrubinemia.
✓ São irritantes da pele
c. Hipoclorito de sódio
✓ O hipoclorito de sódio está presente na água sanitária (2 a 4% de cloro ativo) e em
outros produtos comerciais. Ex.: líquido de Dakin, hipoclorito de sódio a 0,5%, solução
de Milton, hipoclorito de sódio a 1%, soda clorada e hipoclorito de sódio a 4%.
✓ Algumas águas sanitárias podem não conter a quantidade de hipoclorito de sódio o que
pode comprometer sua eficácia.
✓ Podem ser apresentadas em frasco claro, apesar de a luz degradar o produto, e quando
armazenadas em locais quentes apesar da temperatura alta também comprometer o
produto.
✓ O líquido de Dakin, em particular, já tem algumas objeções e existe uma portaria do
Ministério da Saúde que contraindica o seu uso como antisséptico.
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✓ O hipoclorito de sódio possui um amplo espectro de atividade, é
barato e pode ser usado em curto tempo de atuação.
✓ Seu poder desinfetante está relacionado à sua concentração de cloro
ativo expressa em partes por milhão.
✓ As soluções vão perdendo o poder com o tempo.
✓ A luz e o calor facilitam a degradação do produto.
✓ As diluições devem ser feitas paulatinamente, de acordo com o
consumo (soluções frescas).
✓ As soluções de hipoclorito de sódio não devem entrar em contato com
o formaldeído.
Suas desvantagens são: instabilidade da solução preparada, degradação de
plásticos e borrachas, corrosão de metais e tecidos, irritante de mucosas e pele, ser
esporicida só em altas concentrações, sua ação diminui com a alteração de pH e diminui
frente a material orgânico.
d. Iodóforos
✓ Iodóforos são compostos iodados associados a um surfactante (redutor de
tensão superficial) e agente estabilizador para facilitar a penetração e prover uma
liberação lenta do composto iodado.
✓ São classificados como desinfetantes de nível intermediário ou
antissépticos, conforme o uso.
✓ O iodo simples não deve ser confundido com um iodóforo.
✓ Os iodóforos são menos irritantes aos tecidos, menos alérgenos, não
mancham e se mantêm ativos por mais tempo que o iodo comum.
✓ O produto é apresentado em solução alcoólica ou aquosa e associado a um
detergente.
✓ Os iodóforos são muito usados no pré-operatório, nas regiões intra e extra
bucais, na prevenção de infecções.
✓ São eficientes antissépticos para as mãos reduzindo em muito a contagem
bacteriana e deixando um efeito residual que continuará agindo embaixo da luva
durante o ato operatório.
✓ Dez minutos é o tempo mais comumente recomendado para a ação dos iodóforos como
desinfetantes. Se forem usados em superfícies deverão permanecer durante esse
tempo. Podem provocar a coloração de alguns locais.
✓ A diluição aumenta a capacidade de corroer os instrumentos de aço. Um inibidor de
ferrugem deve ser associado.
✓ As soluções aquosas e detergentes devem ser acondicionadas em recipientes de cor
âmbar ou opacos e protegidos da luz e calor.
✓ As soluções alcoólicas devem ser armazenadas em frascos transparentes.
e. Ácido peracético
✓ O ácido peracético é um líquido incolor, com odor intenso,
solúvel em água, instável, disponível comercialmente nas
concentrações de 35% a 40%, que se decompõem gerando
oxigênio, ácido acético, peróxido de hidrogênio e água.
✓ É efetivo na presença de matéria orgânica,
✓ Pode corroer certos materiais. Ex. cobre, latão, aço, bronze,
alumínio e materiais galvanizados.
✓ Pode provocar lacrimejamento e bolhas na pele se manipulado
sem proteção.
✓ Esteriliza em 5 horas, a 25 °C e pode ser reutilizado por 5 dias.
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Capítulo 3 - Rotinas de Biossegurança nas Clínicas Odontológicas
É mais fácil, mais seguro e mais correto evitar a contaminação com o uso de barreiras, que
descontaminar uma superfície suja, ou tentar eliminá-la depois que ocorreu ou pretender que o processo
de desinfecção mate todos os microrganismos que se acumularam sobre a superfície desprotegida
(SCHAEFER, 1994).
1. Materiais
✓ Folha de alumínio.
✓ Plástico.
✓ PVC.
1. Luvas
Sempre que houver possibilidade de contato com sangue, saliva contaminada por sangue, contato
com a mucosa ou com superfície contaminada, o profissional deve utilizar luvas.
As luvas estão disponíveis, no comércio, em 6 tipos:
✓ luvas cirúrgicas de látex estéreis;
✓ luvas descartáveis de látex;
✓ luvas descartáveis de nitrilo;
✓ luvas descartáveis de vinil;
✓ sobreluvas de PVC;
✓ luvas para limpeza geral de borracha grossa.
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ATIVIDADES PRÁTICAS RELACIONADAS:
Técnica de colocação de luvas cirúrgica.
2. Máscaras
Durante o tratamento de qualquer paciente, deve-se usar máscara na face para proteger as
mucosas nasais e bucais da exposição ao sangue e saliva. A máscara deverá ser descartável e
apresentar camada dupla ou tripla, para filtração eficiente.
a. Normas para utilização de Máscara
✓ As máscaras devem ser colocadas após o gorro e antes dos óculos de proteção.
✓ As máscaras devem adaptar-se confortavelmente à face, sem tocar lábios e narinas.
✓ Não devem ser ajustadas ou tocadas durante os procedimentos.
✓ Devem ser trocadas entre os pacientes e sempre que se tornarem úmidas, quando dos
procedimentos geradores de aerossóis ou respingos, o que diminui sua eficiência.
✓ Não devem ser usadas fora da área de atendimento, nem ficar penduradas no pescoço.
✓ Devem ser descartadas após o uso.
✓ As máscaras devem ser removidas enquanto o profissional estiver com luvas. Nunca
com as mãos nuas.
✓ Para sua remoção, as máscaras devem ser manuseadas o mínimo possível e somente
pelos bordos ou cordéis, tendo em vista a pesada contaminação.
✓ Uso de protetores faciais de plástico NÃO exclui a necessidade da utilização das
máscaras.
✓ Máscaras e óculos de proteção não são necessários no contato social, tomada da
história clínica, medição da pressão arterial ou procedimentos semelhantes.
3. Óculos de Proteção
a. Normas para utilização de Óculos
✓ Óculos de proteção com vedação lateral ou protetores faciais de plástico, devem ser
usados durante o tratamento de qualquer paciente, para proteção ocular contra
acidentes ocupacionais (partículas advindas de restaurações, placa dentária,
polimento) e contaminação proveniente de aerossóis ou respingos de sangue e saliva.
✓ Os óculos de proteção também devem ser usados quando necessário no laboratório,
na desinfecção de superfícies e manipulação de instrumentos na área de lavagem.
✓ Óculos e protetores faciais não devem ser utilizados fora da área de trabalho. Devem
ser lavados desinfetados quando apresentarem sujidade.
4. Aventais
Sempre que houver possibilidade de sujar as roupas com sangue
ou outros fluidos orgânicos, devem ser utilizadas vestes de proteção, como
aventais reutilizáveis ou descartáveis.
Avental não estéril - usado em procedimentos semicríticos e não
críticos, de preferência de cor clara, gola alta do tipo "gola de padre", com
mangas que cubram a roupa e comprimento 3/4, mantido sempre abotoado.
Avental estéril - usado em procedimentos
críticos, vestido após o profissional estar com o
EPI e ter realizado a degermação cirúrgica das
mãos. Deve ter fechamento pelas costas, gola
alta tipo "gola de padre", com comprimento
cobrindo os joelhos e mangas longas com punho
em elástico ou ribana.
6. Sapatos
Os sapatos devem ser antiderrapantes e impermeáveis, fechados, cobrindo o peito do pé.
ACIDENTES OCUPACIONAIS
Os acidentes com materiais perfurocortantes são muito comuns e deve-se procurar o mais rápido
possível atendimento médico (atendimento de emergência).
Os principais patógenos envolvidos são os vírus HIV e Hepatite.
Pesquisas científicas demonstram que o risco de infecção para HIV é de 0,3%, e o da Hepatite é de 1,8%,
decorrentes de acidentes com material contaminado.
Referências Bibliográficas: