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RESUMO

1. FUNGOS
Os fungos são microrganismos que auxiliam no equilíbrio do meio ambiente. Sendo
eucariontes, unicelulares ou multicelulares e que se reproduzem de forma sexuada ou assexuada.
Os fungos crescem melhor em ambientes em que o pH é próximo de 5.
➢ Possuem ERGOSTEROL em sua membrana e suas paredes são compostas por
GLICANA (parte estrutural da parede), MANANA e QUITINA, diferentemente das bactérias
que é peptidoglicano.
➢ São dimórficos variando de duas formas dependendo da temperatura de fungo
filamentoso para levedura.

2. FUNGOS DIMÓRFICOS
Fungos que apresentam duas formas de crescimento principalmente os que são patógenos,
podendo ser na forma de fungo filamentoso ou levedura. Esse dimorfismo em fungos patogênicos
é dependente da temperatura.

3. FUNGOS FILAMENTOSOS
Quase todos os fungos filamentosos são aeróbicos, possuindo a forma de bolor se a
temperatura for de 25º C a 28 º C. Suas estruturas vegetativas são o talo (corpo) sendo longos
filamentos de células conectadas, e as hifas que são células que crescem por alongamento das
extremidades. As formas de fungo filamentoso são de hifas aéreas ou vegetativas.
➢ Hifas vegetativas: Função de nutrir os fungos por ter a capacidade de absorver
nutrientes.
➢ Hifas reprodutivas ou aéreas: Sustentam os esporos reprodutivos e quando as
condições são favoráveis, crescem e formam os micélios ( conjunto de hifas) que constitui o
corpo vegetativo de um fungo multicelular.
Na natureza (vida saprófita à temperatura ambiente), está na forma de filamentos ou hifas ,
enquanto na vida parasitária dentro do corpo a 37 ° C, é apresentada na forma de levedura.
4. LEVEDURAS ( 36º C)
São fungos unicelulares, não filamentosos, geralmente esféricos ou ovais, que se
transformam em leveduras quando a temperatura é acima de 37º C. Realizam crescimento
anaeróbico facultativo, o que permite sua sobrevivência em diversos ambientes e sua reprodução
ocorre por brotamento.
➢ Leveduras de brotamento - São células assimétricas que produzem brotos que se
dividem e dão origem a outras menores. Algumas leveduras produzem brotos que não se
separam uns dos outros, esses brotos formam uma pequena cadeia de células, denominada
pseudo-hifa (forma inativa).
➢ Levedura por fissão - Divisão celular formando duas novas células iguais.
➢ Levedura comensal - Na vida parasitária dentro do corpo apresentando forma de
levedura.

5. CICLO DE VIDA
Os fungos filamentosos podem reproduzir-se assexuadamente pela fragmentação de suas
hifas. Após o fungo filamentoso formar um esporo, o mesmo se separa da célula parental e
germina, originando um novo fungo filamentoso.
Tanto a reprodução assexuada quanto sexuada a reprodução ocorre por esporos, pois o
segundo organismo cresce a partir dele. Sendo estes, formados a partir das hifas aéreas de
diferentes maneiras, dependendo da espécie.
➢ Esporo assexuado - Formados por hifas do organismo, que ao germinar tornam-se
organismos geneticamente idênticos aos parentais. Produzidos pelos fungos por mitose e divisão
celular.
●Conídios são células que se destacam e formam os esporos, não sendo envolto por bolsa.
Blastoconídios - gênero candida / Clamidosporo - gênero candida albicans / Artroconídios -
gênero coccidioides / Macroconídios - gênero microsporum.
●Esporangiósporo formado no interior do esporângio ou bolsa, na extremidade de uma
hifa aérea (esporangióforo)
➢ Esporo sexuado - Resultado da fusão de núcleos de duas linhagens distintas de uma
mesma espécie de fungo, apresentando características genéticas de ambas as linhagens parentais.
●Plasmogamia, núcleo haplóide de uma célula, penetra no citoplasma de outra.
Cariogamia os núcleos se fundem formando um núcleo zigoto diplóide.
Meiose O núcleo diploide origina um núcleo haploide, esporos sexuados, dos quais
alguns podem ser recombinantes genéticos.
O ciclo de vida é em temperatura moderada, umidade relativa de 67 a 87% e solos bem
nutridos com matéria orgânica.Pouca luz o que favorece a esporulação,Esses solos, removidos
por escavação, limpeza ou através de janelas que formam nuvens de poeira, fazem com que
milhares de esporos se espalham no ar.É assim que humanos e animais podem inalar os conídios
do fungo, tornando-se infectados.Conídios dentro do indivíduo infectado tornam-se leveduras.

6. FUNGOS DERMATÓFITOS
Os dermatófitos são os únicos fungos que são patogênicos obrigatórios, dependendo de
infecção para se disseminarem sendo ocasionados normalmente por fômites, usando o solo, seres
humanos e animais como reservatório, sendo agrupados em três grupos epidemiológicos, os
geofílicos, zoofílicos e antropofílicos secretam queratinase, enzima que degrada a queratina,
proteína encontrada no cabelo, na pele e nas unhas. A infecção é transmissível entre seres
humanos, ou de um animal para um ser humano, por contato direto ou contato com fios e células
epidérmicas infectadas.
Os agentes etiológicos para micoses sistêmicas mais comuns são os fungos dimórficos,
considerados patógenos sistêmicos primários. Os dimórficos patogênicos mais comuns em cães e
gatos são Blastomyces dermatitidis e Histoplasma capsulatum, e o Cryptococcus neoformans,
que é um fungo leveduriforme. Cães e gatos de livre circulação apresentam maior risco para
infecção por estes fungos, possivelmente relacionado ao maior contato com solo contaminado.
O Histoplasma capsulatum var capsulatum é um fungo dimórfico, o que significa que
possui duas formas morfológicas de acordo com a temperatura. Na natureza (vida saprófita à
temperatura ambiente), está na forma de filamentos ou hifas , enquanto na vida parasitária dentro
do corpo a 37 ° C, é apresentada na forma de levedura. O Histoplasma capsulatum se desenvolve
em meios enriquecidos como o ágar sangue e chocolate ou em meio especial para fungos como o
Sabouraud Agar. Seu crescimento é lento (10 a 30 dias de incubação), entre 22 e 25ºC, para obter
a forma de fungo filamentoso.Pode ser mascarado por bactérias ou fungos de crescimento rápido.
A blastomicose, doença causada pelo Blastomyces dermatitidis, geralmente cursa com
doença respiratória autolimitante. Entretanto, a infecção pode se dispersar para corrente
sanguínea a partir dos pulmões de pacientes imunodeprimidos. O quadro sistêmico pode incluir
doença respiratória, ocular, claudicação, linfadenopatia e lesões cutâneas proliferativas. De forma
mais incomum, também podem ser acometidos SNC, glândulas mamárias e próstata.
A histoplasmose produz acometimento pulmonar inicialmente, mas pode se disseminar
por via hematógena ou linfática para trato gastrointestinal, medula óssea e olhos. A quantidade
inalada de esporos de Hystoplasma capsularum e o grau de imunodepressão do paciente exposto
são determinantes para a dispersão sistêmica e gravidade dos sinais clínicos.
A criptococose, infecção causada pelo Cryptococcus neoformans, afeta principalmente
animais imunocomprometidos. A levedura apresenta elevado tropismo neurológico, mas também
infecta o trato respiratório (cavidade nasal e pulmões), olhos e pele. Corresponde à micose
sistêmica mais comum em gatos, frequentemente relatada para acometimento de trato respiratório
superior e lesões cutâneas. Entretanto, menos comumente são observados sinais neurológicos,
oculares e de trato respiratório inferior.
Embora essas infecções fúngicas também sejam reportadas para o homem, as micoses
sistêmicas em cães e gatos não são consideradas zoonóticas, uma vez que geralmente não são
transmitidas pelo contato entre animal acometido e o homem, assim como também não são
veiculadas entre paciente infectado e animal saudáveis. A investigação dos agentes através de
cultura fúngica pode ser útil. Porém, o crescimento de Blastomyces dermatitidis e Histoplasma
capsulatum é lento e pode demandar cerca de quatro semanas ou mais.
7. VIRULÊNCIA DE UM FUNGO
Patogenicidade é a capacidade de um organismo em causar doença por superação das
defesas do hospedeiro, a virulência é o grau de patogenicidade.
Alguns fungos secretam proteases, essas enzimas podem alterar a membrana celular do
hospedeiro permitindo a aderência do fungo causando infecções cutâneas.
Micobactéria → BAAR - São bacilos positivos.
Suas paredes são ricas em ácido micólicos, a técnica de coloração de gram não é capaz de
identificar essas micobactérias. (Bovis e Avium).
São desencadeadas de acordo com a variação de nutrientes e pH, e por ser de difícil
fagocitose tem alta patogenicidade acometendo principalmente hospedeiros com
imunossupressão.

1. VÍRUS
● Vírus são agentes infecciosos extremamente pequenos, que precisam de um hospedeiro
vivo para se multiplicar, possuindo apenas um tipo de ácido nucleico (DNA ou RNA).
Com revestimento proteico (às vezes recoberto por um envelope) que envolve o ácido
nucleico.
● Multiplicam-se no interior de células vivas utilizando a indução da síntese de estruturas
especializadas que podem transferir o ácido nucleico viral para outras células. Pois os
vírus têm pouca ou nenhuma enzima própria para o seu metabolismo.
● O espectro de hospedeiros de um vírus é determinado pela exigência viral quanto à sua
ligação específica à célula hospedeira e pela disponibilidade de fatores celulares do
hospedeiro em potencial necessários para a multiplicação viral. Para que ocorra a infecção
da célula hospedeira, a superfície externa do vírus deve interagir quimicamente com
receptores específicos presentes na superfície celular (espiculas). A combinação de muitos
sítios de ligação e receptores resulta em uma forte associação entre a célula hospedeira e o
vírus. Quando se fala em animais, essas proteínas de membrana são localizadas na
membrana plasmática.

O envelope viral pode apresentar espículas em sua superfície formadas por glicoproteínas. O
envoltório representa a barreira mais externa do vírus e contribui para resistência dele a vários
agentes físicos e químicos.
Vírus envelopados - São menos resistentes, por serem mais sensíveis ao calor, dessecamento,
álcool e detergente, sendo uma combinação de carboidratos, lipídios e proteínas.
Vírus não envelopados - São mais resistentes, uma vez que o capsídeo protege os ácidos
nucleicos virais das nucleases nos fluidos biológicos e promove a ligação da célula.
Vírion - É uma partícula viral infecciosa completa, totalmente desenvolvida, composta por um
ácido nucleico e envolta por um revestimento proteico que a protege do meio ambiente, cujo
genoma não possui um ou mais genes específicos, devido a mutação ou deleção. Por isso, são
incapazes de completar o ciclo replicativo na célula.
Capsídeo - Envoltório protéico, que reveste o genoma de ácido nucléico, formado por
aglomerados de polipeptídeos chamadas de capsômeros. Sendo responsável pela especificidade
do antigênica. As proteínas presente no capsídeo protegem o genoma de DNA ou RNA da
degradação das nucleases.
Virions defectivos - São aqueles cujo o genoma não possui gene específico, estando incompleto
sendo incapaz de completar o ciclo replicativo da célula.
OBSERVAÇÕES:
Apenas os vírus possuem material genético composto por uma fita de DNA ou uma fita de RNA.

REPLICAÇÃO
Na replicação o mRNA é fundamental para a multiplicação viral. Sendo os vírus que possuem
genoma de RNA de polaridade positiva, possuidores de genoma infeccioso.
CURVA DE CRESCIMENTO DA REPLICAÇÃO:
1. Período eclipse
2. Período de latência: Início da infecção até aparecer o vírus.
3. Período de early: Produção de proteínas não estruturais/ período antes da replicação do
ácido nucleico.
4. Período late: Produção de proteínas estruturais.

● Polaridade positiva quando o RNA é lido direto pelo ribossomo para produzir proteína.
Sendo a penetração por via de endocitose mediada por receptor.
● Polaridade negativa quando o RNA é copiado primeiro para depois ser lido, não sendo
traduzido diretamente. Sendo necessário suas polimerases/replicases para que ocorra a
transcrição/replicação do genoma viral.

Bacteriofagos - São vírus que infectam bactérias específicas. E embora a maneira como um vírus
penetra e é liberado de um hospedeiro possa variar, seu mecanismo de multiplicação é igual para
todos.
Ciclo lítico:
Ocorre produção de novos vírus dentro da célula, rompendo a célula (lise), causando a
morte da célula hospedeira.
Adsorção- ligação da proteína ao receptor específico na superfície da bactéria / Entrada- injeção
do genoma de DNA no citoplasma da bactéria / Replicação - cópia do DNA do fago, expressão
do gene para síntese da proteína / Montagem- montagem dos capsídeos a partir das proteínas
preenchidas pelo fago, para novas partículas de fago / Lise - fim do ciclo e rompimento da
membrana por genes, liberação de centenas de fagos.
Ciclo lisogênico:
Reprodução do fago sem matar a célula hospedeira, ocorrendo o acoplamento do DNA viral
ao da célula (latência viral). Reprodução das células do hospedeiro com o material genético
do vírus acoplado.
Adsorção e entrada - igual ao lítico / Integração - recombinação do DNA do fago com o
cromossomo bacteriano (profago) / Divisão celular - divisão com o profago copiado junto ao
DNA do hospedeiro.
→ O ciclo lisogênico é menos agressivo que o lítico por não causar a morte da célula do
hospedeiro.
→ O profago se torna ativo dependendo das condições, saindo do cromossomo bacteriano e
terminando as etapas restantes do ciclo lítico (replicação, montagem e lise).

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