Você está na página 1de 10

Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde (FCS)

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Risco e resiliência: Comportamentos sexuais na Adolescência

Nome do aluno: Adelina Tribano

Chimoio, Março de
2023
Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Saúde (FCS)

Curso de Licenciatura em Enfermagem

Risco e resiliência: Comportamentos sexuais na Adolescência

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Matemática da UnISCED.

Tutor:

Nome do aluno: Adelina Tribano

Chimoio, Março de
2023
ÍNDICE

Conteúdo

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 1

1.1 Contextualização .......................................................................................................... 1

1.1 Objectivos .................................................................................................................... 2

1.1.1 Geral ..................................................................................................................... 2

1.1.2 Específicos ............................................................................................................ 2

1.2 Metodologia ...................................................................................................................... 2

1.4 Estrutura do trabalho ......................................................................................................... 2

CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................ 3

2.1 Adolescência e desenvolvimento da sexualidade do adolescente ..................................... 3

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ................................................................................................. 6

CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 7


CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

O objectivo desta pesquisa foi investigar sobre Risco e resiliência: Comportamentos sexuais
na Adolescência. O comportamento sexual dos jovens é actualmente uma das principais
preocupações da Saúde Pública internacional e nacional pela sua associação com várias
consequências indesejáveis que, directa ou indirectamente, afectam a saúde e o bem-estar dos
adolescentes, nomeadamente infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida (VIH/SIDA)
e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e gravidez indesejada. Os
comportamentos sexuais de risco têm sido identificados como uma das principais causas
associadas com a mortalidade, morbilidade e problemas sociais nos jovens (United Nations,
2005).

Neste contexto, várias metas internacionais foram estabelecidas para assegurar os direitos dos
jovens no âmbito da Saúde Sexual e Reprodutiva e, em particular, da protecção contra o
VIH/SIDA. De entre as mais importantes, destacam-se a Declaração do Milénio, em Junho de
2001, em que uma das metas assumidas contemplou o compromisso de inverter a tendência de
propagação do VIH/SIDA, e a Declaração de Compromisso da Sessão Especial da
Assembleia-Geral da Nações Unidas sobre o VIH/SIDA, adoptada também em 2001, que
procurou estimular uma resposta maciça a nível mundial à crise provocada por esta
epidemia (UNESCO, 2003).

Dados recentes indicam que os jovens se tornam sexualmente activos em idades cada vez
mais precoces (WHO, 2004). Para além dos riscos físicos que os adolescentes podem
experimentar como resultado da actividade sexual, parece existir uma consistente evidência
de que a actividade sexual precoce está associada a menores níveis educacionais e a maiores
desvantagens económicas, trazendo consequências com implicações, quer ao nível do
indivíduo, quer ao nível social e económico das sociedades em que estes fenómenos ocorrem.

Os comportamentos de risco e as consequências a eles associadas representam assim uma


ameaça em relação à saúde dos adolescentes e a preocupação é ainda maior quando existe
uma possibilidade de muitos adolescentes não alcançarem o pleno potencial de
desenvolvimento (United Nations, 2005; WHO, 2004).

Página 1
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral

 Analisar os Riscos e resiliência: Comportamentos sexuais na Adolescência

1.1.2 Específicos

 Caracterizar os comportamentos sexuais na Adolescência;


 Identificar os Riscos e resiliência na vida sexual dos jovens.

1.2 Metodologia

De acordo com Furlanetti e Nogueira (2013), a metodologia é a sequência dos procedimentos


que são fundamentais para descrever a forma como será elaborado a pesquisa, em razão de
que responderá como é possível atingir as metas estabelecidas. Assim sendo, metodologia
exibe o universo em que é feito a pesquisa, o tipo, o método de análise e qual instrumento
utilizado para a colecta de dados para realizar a pesquisa.

A pesquisa bibliográfica foi elaborada por meio de livros, internet, artigos já publicados, de
maneira qualitativa, em que é um estudo não-estatístico. Segundo Vergara (2016), os dados
qualitativos são codificados, analisados e expostos de maneira mais estruturada. As pesquisas
bibliográficas contribuirão para a compreensão dos possíveis encalces relacionados ao tema.

O material foi colectado nas bases de dados do material didáctico do docente, Google, Google
académico e SciELO. Foram seleccionados os periódicos com textos completos, na área em
estudo.

1.4 Estrutura do trabalho

O presente trabalho está organizado em capítulos, com isso para uma melhor ilustração
segue abaixo o resumo da estrutura: Capitulo I: Introdução contendo os objectivos, a
estrutura do trabalho e Metodologia; Capitulo II: Desenvolvimento; Capitulo III:
Conclusão; Capitulo IV: Referências Bibliográficas (segundo a regra de APA).

Página 2
CAPÍTULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Adolescência e desenvolvimento da sexualidade do adolescente

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a adolescência é uma etapa evolutiva


caracterizada pelo desenvolvimento bio fisiológico, psicológico e social, delimitada pela faixa
etária entre os 10 e os 19 anos (WHO, 2004). A adolescência engloba um longo período de
tempo e abrange diferentes processos e tarefas desenvolveram mentais, o que leva a que seja
considerada pela maioria dos autores como uma fase heterogénea (Braconnier & Marcelli,
2000).

A adolescência envolve mudanças profundas que ocorrem nas várias áreas do


desenvolvimento fisiológico, psicológico, emocional, cognitivo e social. Iniciam-se vários
processos em simultâneo: o corpo modifica-se com o aparecimento dos caracteres sexuais
secundários; o pensamento torna-se objecto de transformações, quer em termos quantitativos,
quer em termos qualitativos; a vida social evolui pelo duplo movimento de emancipação da
tutela parental e de estabelecimento de relações mais fortes e elaboradas com o grupo de
pares, pela necessidade de uma maior autonomia e independência pessoal; a relação consigo
mesmo altera-se pela capacidade crescente de integrar as diversas dimensões da
personalidade; a representação de si (identidade) passa a relacionar- se com uma nova
subjectividade, fruto das transformações sexuais, cognitivas e sociais (UNICEF, 2002).

A puberdade, período mais intenso de modificações físicas, é um acontecimento biológico


que marca o fim da infância e o início da adolescência e precipita a transição psicológica que
o adolescente vai ter de enfrentar. Durante um período relativamente curto do ciclo de vida, o
corpo da criança vai sofrer um conjunto de rápidas transformações que atacam a consistência
da imagem corporal que se tinha construído sem perturbações durante a infância, fazendo-se
sentir a necessidade de reconstruir a representação do corpo e a auto-imagem corporal
sexuada e de assumir a identidade de género e a progressiva sexualidade adulta (Porter, 2002).

O processo de desenvolvimento psicossexual e de identidade sexual é assim, uma das


principais tarefas desenvolvimentais da adolescência e está associado às mudanças físicas,
psicológicas e interpessoais que estão simultaneamente a ocorrer (Sharpe, 2003). A
sexualidade é um fenómeno multidimensional e é parte integrante da formação da identidade,
do autoconceito, da auto-estima e, de forma geral, do bem-estar físico e emocional dos

Página 3
indivíduos. Ela é também uma componente essencial do relacionamento com os outros,
nomeadamente no domínio amoroso (Neinstein & Anderson, 2002).

O relacionamento heterossexual e as relações amorosas assumem, durante a adolescência,


uma importância significativa. Na puberdade, as mudanças vão originar a intensificação dos
impulsos sexuais, provocando um acréscimo de sensações e emoções que se consubstanciam
psicologicamente numa necessidade do adolescente se envolver em relações íntimas
expressas, muitas vezes, através de comportamentos sexuais (Porter, 2002).

Vários autores salientam que tem sido dada pouca atenção às funções positivas dos
relacionamentos amorosos na adolescência, sendo minimizada a sua importância no
desenvolvimento do adolescente. A exploração sexual é importante para a formação da
identidade sexual e oferece a oportunidade para os adolescentes aprenderem a aceitar a nova
imagem de si como elemento participante numa relação mais íntima, treinar a sua
competência física, psicológica e social para se envolver em relações heterossexuais mais
maduras, e em particular em comportamentos sexuais (Neinstein & Anderson, 2002).

É, no entanto, necessário ter em atenção que quando uma relação romântica emerge e se
desenvolve altera a estrutura, a natureza e a qualidade de todo o sistema de relações sociais,
incluindo as interacções com os pares, com os membros da família e com a escola, alterações
estas que têm impacto no funcionamento psicológico do adolescente. Assim, as relações
românticas exclusivas e precoces podem limitar as oportunidades dos adolescentes
desenvolverem uma mais abrangente compreensão do mundo social, uma autonomia
emocional e comportamental e um desenvolvimento completo, estável e independente do
conceito de si próprio e da sua identidade (Zimmer-Gembeck, 2002).

As investigações sugerem também que a transição para o namoro, e em especial a precocidade


e a ruptura das relações românticas na adolescência podem implicar potenciais dificuldades
em outras dimensões, como diminuição do desempenho académico, menores expectativas e
objectivos para o futuro académico, problemas de comportamento, diminuição do
autoconceito e maior probabilidade de apresentar sintomas depressivos (Zimmer-Gembeck,
2002).

No processo de desenvolvimento que ocorre durante a adolescência e a juventude são


empreendidas novas tarefas entre as quais, tornar-se física e sexualmente amadurecido,

Página 4
adquirir maturação psicológica e cognitiva e competências necessárias aos papéis de adulto,
ganhar autonomia e independência dos pais e renegociar relações sociais com pares do mesmo
sexo e do sexo oposto. A transição que ocorre na adolescência é particularmente relevante em
termos desenvolvimentais devido à simultaneidade das mudanças, à multidimensionalidade
dos domínios em que estas ocorrem e à sua inter-relação, na medida em que as alterações
numa dimensão não só se relacionam com as mudanças nas outras, como também fornecem
bases para essas modificações (Braconnier & Marcelli, 2000).

Durante este período, os adolescentes são assim confrontados com novas tarefas que estão
associadas ao desenvolvimento e aos seus percursos de vida, sendo a sua passagem e
resolução essenciais para que o próprio desenvolvimento ocorra de um modo equilibrado. As
grandes alterações que ocorrem, quer no próprio, quer no meio social em que o adolescente
está inserido, vão exigir-lhe um esforço para se adaptar às novas realidades internas e externas
e impõem que o adolescente se reorganize, quer ao nível estrutural, quer ao nível funcional
(Steinberg & Morris, 2001). Adicionalmente, a sociedade impõe expectativas específicas ao
adolescente que moldam algumas dessas tarefas e acrescem dificuldades pela preocupação e
receio de não ser capaz de as satisfazer.

A adolescência, período em que se procura novas referências, se ganha novo sentido de


pertença e identidade, se estabelece novos objectivos de vida e se testam novas
potencialidades, oferece excelentes oportunidades para um crescimento positivo e saudável,
sendo o adolescente com um desenvolvimento equilibrado capaz de se adaptar às mudanças
duma forma construtiva, o que sugere que a adolescência pode ser considerada como um
período de adaptação produtiva (Matos, 2005). Mas, se para alguns adolescentes estas
mudanças são estimuladoras do desenvolvimento, sendo capazes de lidar com os desafios
adaptativos e as exigências destas tarefas sem uma acentuada alteração do seu bem-estar,
outros haverá para quem estas novas situações podem provocar uma exaustão nos seus
recursos físicos, emocionais, cognitivos e sociais, reflectindo-se em profundas alterações no
seu equilíbrio e bem-estar (Di Clemente et al., 2001).

Página 5
CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

Conclui-se que O comportamento sexual dos jovens é actualmente, uma das principais
preocupações da Saúde Pública internacional e nacional pela sua associação com várias
consequências indesejáveis que, directa ou indirectamente, afectam a saúde e o bem-estar dos
adolescentes, nomeadamente infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida
(VIH/SIDA), outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) e gravidez indesejada. Os
comportamentos sexuais de risco têm sido identificados como uma das principais causas
associadas com a mortalidade, morbilidade e problemas sociais nos jovens.

Página 6
CAPÍTULO IV: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Braconnier, A., & Marcelli, D. (2000). As mil faces da adolescência. Lisboa:


CLIMEPSI. Editores.
2. DiClemente, R. (2001). Development of programmes for enhancing sexual health.
Lancet, 358 (9296), 1828-1829.
3. Matos, M. G. (2005b). Adolescência, psicologia da saúde e saúde pública. In M. G.
Matos (Ed.), Comunicação, gestão de conflitos e saúde na escola (pp. 15-26). Lisboa:
FMH Edições.
4. Porter, C. P. (2002). Female "tweens" and sexual development. Journal of Pediatric
Nursing, 17 (6), 402-406.
5. UNESCO (2003). HIV/Aids & Education: a strategic approach. Retirado em 16-03-
2023, de http://portal.unesco.org/aids/iatt-education.
6. UNICEF. (2002a). Adolescence: A Time That Matters. Geneva: UNICEF.
7. United Nations. (2005). Youth at the United Nations: World Youth Report. Retirado
em 16- 03-2023, de http://www.un.org/esa/socdev/unyin/wyr05.htm.
8. WHO. (2004). The World Health Report: Changing History. Geneva: World Health
Organization
9. Zimmer-Gembeck, M. J. (2002). The development of romantic relationships and
adaptations in the system of peer relationships. Journal of Adolescent Health, 31(6
Suppl), 216-225.

Página 7

Você também pode gostar