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UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA

PRÉ-PROJECTO

REPERCURSSÕES PSICOLÓGICAS DO ABUSO SEXUAL


INFATIL NO SEIO FAMILIAR

POR: RAQUEL PEREIRA

N.º 191715

LUANDA / 2022
UNIVERSIDADE INDEPENDENTE DE ANGOLA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA

PRÉ-PROJECTO

REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DO ABUSO SEXUAL NO SEIO


FAMILIAR

Pré-projecto da (a) estudante Raquel Pereira n.º 191715,


apresentado a Faculdade de Ciências Sociais (FCS) da
Universidade Independente de Angola, como requisito de
Elaboração do Trabalho de Fim de Curso para obtenção do
Grau Académico de Licenciatura em: Psicologia Clínica e
da Saúde.

Sob a orientação do professor: MSc Nuno Osvaldo Tiago

LUANDA / 2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
CAPITULO – I REFERÊNCIAL TÉORICO ....................................................... 3
1.2 Infância ....................................................................................................................... 3
1.3 Abuso sexual ............................................................................................................. 3
1.4 Familia ........................................................................................................................ 3
1.5 Breve historico do abuso sexual infantil..................................................................... 4
1.6 Abuso sexual .............................................................................................................. 4
1.7 Sintomas em crianças e adolescentes violentados sexualmente ................................. 5
1.8 Abuso sexual na esfera familiar.................................................................................. 6
1.9 Consequências comportamentais e emocionais da vítima de abuso sexual ............... 7
1.10. Repercussões psicológicas do abuso sexual no seio familiar .................................. 8
CAPITULO II – MÉTODOLOGIA ................................................................................. 9
2.1 Caraterízação do campo de estudo ............................................................................. 9
A pesquisa será realizado no Instituto Nacional de Criança ............................................ 9
2.2 Tipo de pesquisa ......................................................................................................... 9
2.3 População ................................................................................................................... 9
A pesquisa terá como população as crianças vitimas de abuso sexual no instituto
Nacional de criana ( INAC) .............................................................................................. 9
2.4 Amostra ...................................................................................................................... 9
2.5 Amostragem ............................................................................................................... 9
2.6 Métodos e tecnicas de colheta de dados ..................................................................... 9
2.7 Variavéis da pesquisa ............................................................................................... 10
2.8 Critério de inclusão e exclusão ................................................................................. 10
2.9 Procedimentos éticos da pesquisa ............................................................................ 10
REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS .................................................................................. 11
APENDICE- 1 CRONOGRAMA .................................................................................. 12
APENDICE-2ORÇAMENTO ........................................................................................ 13
GUIÃO DA ENTREVISTA ........................................................................................... 14
INTRODUÇÃO

O abuso sexual infantil é definido como toda situação em que uma criança ou
adolescente é utilizado para gratificação sexual de pessoas, geralmente mais velhas.

A violência sexual infantil no seio familiar é algo que tem sido descutido em
todas as esfera por ser um problema que envolve questões relacionadas a criança ou
menor vuneravel. Quando na maioria das vezes o agressor é um parente, amigo ou até
mesmo faz parte de laço primário da familia, pai, mãe ou irmão. A criança quando
abusada traz consigo prejuizos fisicos, e psicologicos.

A violência sofrida pela criança no ambiente familiar é bastante comum, sendo


práticada, na maioria das vezes, por uma das figuras parentais, que convivem com a
vitima e mantem vinculo afectivo duradouro.

Muitas crianças são alvos de violência sexual no seio familiar, este ato
compromete o desenvolvimento da personalidade.

A criança, como parte principal afectada, necessita urgentimente de


acompanhamento com profissional em psicologia, visto que esta se encontra em fase de
transição de criança para a dolescência e sequêncialmente vida adulta, lembrando que,
os traumas na maioria das vezes são levados para o resto da vida.

Deste modo, vamos abordar o tema “repercussões psicológicas do abuso


sexual no seio familiar”

Justificativa

A abordagem do tema “repercussões psicológicas do abuso sexual no seio


familiar” é importante porque todos os dias observa-se na sociedade muitas crianças
que são vítimas de abuso sexual no seio familiar, este facto os deixa vulneráveis a
desenvolverem quadros psicopatológicos tais como: estresse pós-traumático, ansiedade,
depressão, etc.

Abuso sexual contra crianças é uma prática que constitui crime de acordo com o
código penal da republica de Angola.

Quando o abuso sexual ocorre na familia as consequências são maiores visto


que, são as pessoas que deviam proteger e cuidar da criança que abusam da mesma. O

1
que deixa sequelas, muitas das vezes irreversíveis na criança, afecta todas as esferas da
sua vida, compromete o seu desenvolvimento e a vida adulta.

Com isto, procuramos trazer com base na literatura contribuições de diversos


autores que já se deparam com o tema em questão.

Problema de pesquisa

Para a presente pesquisa formulou-se o seguinte problema de pesquisa:

Quais são as repercussões psicológicas do abuso sexual na infância no seio


familiar?

Hipóteses de pesquisa

Para a presente pesquisa levantou-se as seguintes hipóteses de pesquisa:

H1: é provável que o abuso sexual infantil tende a desencadear repercussões


psicológicas leve, moderado ou grave, quando se trata de ansiedade e depressão e
comportamento indepentes como prostituição;

H2: é provável ainda abuso sexual infantil tende a desencadear violência


interpessoal repercutindo de modo psicológico a vergonha, baixa autoestima,
sentimento de insegurança e dificuldades de estabelecer relacionamentos duradouros;

Objectivo geral

Compreender as repercussões psicológicas do abuso sexual na infância no seio


familiar

Específicos

 Definir as palavras chaves: repercussões psicológicas, abuso sexual, infância,


família;
 Analisar as repercussões psicológicas do abuso sexual na infância no seio
familiar;
 Sugerir medidas que visam diminuir o índice de abuso sexual na infância no
seio familiar.

O presente trabalho contará com uma estrutura de dois capítulos nomeadamente:


capitulo- I Referencial teórico, capitulo- II Metodologia

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CAPITULO – I REFERÊNCIAL TÉORICO
1. Definição de Conceitos

1.2 Infância
De acordo com Nascimento (2020) a infância é o “período de crescimento, no
ser humano, e que se estende do nascimento até a puberdade”. Marcado pela inserção do
ser no ambiente social, do aprendizado das primeiras palavras e da construção da sua
personalidade, a infância é uma das grandes fases de crescimento e de enorme
importância para a vida do sujeito.

Já para Ramos (2018) a infância é a etapa inicial da vida humana que se


estende desde on nascimento do individuo até a chegada da puberdade, entre os 11 e 12
anos de idade.

1.3 Abuso sexual


Para Santos (2020) o abuso sexual é caracterizado por contatos de conotação
sexual com pessoas adultas, sejam familiares ou não, nos quais as crianças ou mesmo
adolescentes são feitos objetos que tragam gratificação ao abusador para suas
necessidades ou desejos sexuais.

De acordo com Silva (2019) OMS descreve a violência sexual como


envolvendo maus-tratos e, no caso de crianças, implicando que ela seja vítima de uma
pessoa mais velha com a finalidade de satisfação sexual.

1.4 Familia
Na óptica de Costa e Aquaroli (2009) Familia conjunto de pessoas ligadasentre
si pelo matrimônio e pelo parentesco. Grupo fechado de pessoas, composto de pais e
filhos, com certa unidade de relações juridicas, tendo comunidade de nome, economico,
domicílio e nacionalidade, e estando unido por identidade de interesses e fins morais e
materiais.

Segundo Silva (2017) a familia é um agrupamento humano formado por duas


ou mais pessoas com ligações biológicas, ancestrais, legais ou afectivas que,
geralmente, vivem ou viveram na mesma casa.

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1.5 Breve historico do abuso sexual infantil
Santos (2020) alude que o abuso sexual existe desde o início dos tempos e não
se limita a uma determinada classe social ou grupo de pessoas, ocorrendo para os dois
sexos, ou seja, tanto para o masculino como o feminino, tendo este mais incidência.

De acordo com o mesmo autor, o abuso sexual infantil não se restringe a


alguns casos isolados, é algo que assombra crianças, adolescentes, pais, familiares,
enfim toda a sociedade.

Só na década de 1980, surgiram as primeiras publicações abordando o “abuso”


sexual infantil nos contextos médicos, onde foi dado maior ênfase em caracterizar essa
prática sexual como um problema, começaram então, a aparecer numerosas publicações
a respeito do assunto, onde foram incluídos técnicas que abrangiam o atlas fotográfico
da anatomia genital de crianças que haviam sido “abusadas” e outras que não haviam
sido abusadas, e ainda condutas seguidas pelos médicos nos exames de crianças que
sofreram “abusos.

O abuso sexual infantil acomete crianças e adolescentes tanto do sexo


masculino quanto feminino, ocorre quando a criança tem desenvolvimento psicossexual
inferior ao abusador, expondo a estímulos sexuais impróprios para a idade ou mesmo
utiliza-a para satisfação sexual própria ou de outra pessoa

1.6 Abuso sexual


Lima (2015) o abuso sexual é um assunto de difícil abordagem por ser delicado
e perturbador, muitas vezes envolto em tabus sociais, como incesto e/ou violência
contra crianças de tenra idade, que geram desconforto entre a sociedade de uma forma
geral.

Ainda na óptica do mesmo autor, essa violação de direito pode ser definida
como o relacionamento de criança ou adolescente em atividades sexuais com um adulto,
ou com qualquer pessoa um pouco mais velha, onde exista diferença de idade, de
tamanho ou de poder, em que a criança é usada como objeto sexual para satisfação das
necessidades ou dos desejos do adulto.

O abuso sexual é um tipo de violência cometida muitas vezes por pessoas do


universo familiar da criança e do adolescente e não envolve, necessariamente,
trocas financeiras, a exploração sexual comercial implica vantagens
comerciais do trabalho sexual (prostituição) de crianças e adolescentes por
agentes intermediários, os quais são quase sempre externos ao universo

4
familiar da vítima, embora, em alguns casos, possam também pertencer ao
seu núcleo familiar (Santos, 2020, p.34).

De acordo com Lima (2015) fornece uma dimensão do que é abuso sexual:

Abrange todo ato, exploração, jogo, relação hétero ou homossexual, ou


vitimização, de crianças e adolescentes por um adulto, por um adolescente, ou por uma
criança mais velha que, pelo uso do poder, da diferença de idade, de conhecimento
sobre o comportamento sexual, age visando o prazer e a gratificação própria.

Pode acontecer com toque físico (beijos, carícias, penetração digital,


penetração com objetos, sexo oral, anal, vaginal) ou sem qualquer tipo de contato físico
(assédio, cantadas obscenas, exibicionismo, voyeurismo, participação em fotos
pornográficas.

Os abusos na óptica de se materializam através de práticas eróticas e sexuais


imposta à vítima pela violência física, ameaça ou indução de sua vontade, as formas
podem variar desde atos que não produzem contato físico, até diferentes tipos de ações
que incluem o contato sexual sem ou com penetração, sendo caracterizado quando a
diferença de conhecimento do ato sexual implica incompreensão, por parte da criança
ou adolescente, do significado e das consequências potenciais da atividade sexual.

Em alguns casos o abusador se aproveita do estado de desenvolvimento sexual


da vítima, usando sua experiência para despertar prazer e assim gerar a culpa, pois uma
vez que a criança sente a sensação de prazer, ela passa a acredita que houve o
consentimento e se cala diante do ocorrido

Cardoso e Caniço (2015) a maioria dos abusos sexuais contra crianças e


adolescentes ocorre dentro das casas da vítima e configuram-se como abusos sexuais
incestuosos, sendo que o pai biológico e o padrasto aparecem como principais
perpetradores. Ocorre, também, uma maior prevalência em meninas, principalmente
entre os abusos incestuosos.

1.7 Sintomas em crianças e adolescentes violentados sexualmente


De acordo com Lima (2019) a violência sexual contra crianças e adolescentes
tende a ocorrer em seis fases ou estágios: preparação, episódios, silenciamento,
narrativas, repressão e superação.

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Ainda na visão do mesmo autor, violência sexual pode trazer graves
consequências para o desenvolvimento, saúde e aprendizagem das crianças e
adolescentes”.

A vítima de abuso sexual pode exibir vários sintomas de dissociação, tais


como: não estar centrada, dissociada, ou seja, sentindo-se fora do corpo, sem dar-se
conta de que é uma vítima e perdendo contato com a realidade ou olhando.

A violência e o abuso sexual na infância, caso não seja identificado


precocemente, pode ser que acarrete grande dano ao desenvolvimento da
criança e do adolescente, inclusive no tocante à sua respectiva socialização,
cujas consequências estão diretamente relacionadas a fatores, tais como:
idade da vítima, recorte temporal, condições em que ocorreram - envolvendo
violência ou ameaça; grau de relacionamento o abusador; a ausência de
figuras parentais protetoras; e questões de gênero (Santos, 2020, p.26).

Ramos (2019) diz que as principais consequências relativas às vítimas de


violência sexual infantil podem ser agrupadas em quatro conjuntos específicos
explicitados por consequências físicas, consequências emocionais, consequências
cognitivas e consequências comportamentais”.

1.8 Abuso sexual na esfera familiar


Santos (2020) A violência intrafamiliar pode ser compreendida em razão da
natureza doméstica, pois tende a ser caracterizada em função das agressões
materializadas contra a criança e adolescente dentro do seio da família.

De acordo com o mesmo autor, o maior número das registradas ocorre dentro
da própria casa da vítima, ou seja, o ato criminoso é praticado por algum membro da
família ou por pessoas que fazem parte do convívio social, sem necessariamente haver
laços de consanguinidade ou parentalidade.

Lima (2019) refere que os casos de abuso sexual intrafamiliar, outra questão
preocupante é o fato de que o agressor tenha um grau de parentesco com a vítima, isto
implica dizer que aponta para a caracterização de um tipo de relação específica,
tipificada de incestuosa.

Ainda na óptica do mesmo autor, nas situações de abuso sexual contra crianças
e adolescentes, a dinâmica familiar. apresenta inversão da hierarquia entre pais e filhos.
Nesse contexto delineado, a família sente vergonha e, por isso, não conseguem atentar
para essa problemática envolvendo seus familiares, tendo dificuldade para acreditar que
a violência e o abuso sexual estão ocorrendo dentro do ambiente doméstico.

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Da mesma forma que a literatura geral indica quando o abuso sexual ocorre no
espaço doméstico e familiar há uma maior predominância do homem como agressor e
da menina como sendo a vítima.

Abuso sexual infantil é facilitador para o aparecimento de psicopatologias


graves, prejudicando a evolução psicológica, afetiva e social da vítima. Os efeitos do
abuso na infância podem se manifestar de várias maneiras, em qualquer idade da vida.

Os efeitos psicológicos causados nas crianças e adolescentes podem torná-las


reservadas e temerosas de se expor. a criança se vê numa situação absolutamente
confusa, por vezes aterrorizantes, perpetrada por alguém com quem ela mantém laços
afetivos importantes e significativos.

Muitas situações de abuso sexual intrafamiliar transformam-se em segredos,


cujas vítimas são silenciadas pelo medo e insegurança, sem deixar de ocasionar
inúmeras sequelas prejudiciais à criança ou ao adolescente, que pode apresentar
sintomas e dificuldades decorrentes da experiência nefasta e abusiva.

Tais dificuldades repercutem também sobre a família que tem acesso à


veracidade do crime cometido no ambiente doméstico e, de certa forma, a omissão e o
fato de não denunciar a violência sexual e o abuso infantil refletem as estatísticas que
evidenciam a subnotificação dos casos existentes.

1.9 Consequências comportamentais e emocionais da vítima de abuso


sexual
Ramos (2015) o abuso sexual na infância tem sido relacionado a severas
consequências para o desenvolvimento infantil, incluindo prejuízos cognitivos,
emocionais, comportamentais e sociais.

Ainda na óptica do mesmo autor, este tipo de violência sexual infantil teve
grande crescimento dentro da própria família, tornando o fato ainda mais preocupante,
justamente em decorrência da necessidade de se preservar a família, por não saber lidar
com a situação ou até por medo do abusador.

A criança abusada sexualmente, na maioria dos casos é vítima ainda de


violência psicológica. Tais autores trazem a definição de que há uma interferência
negativa do adulto sobre a criança, tratada com comportamento abusivo.

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O abuso sexual pode representar o fim da infância, pois a criança começa a
sentir as marcas do trauma e perde sua inocência por conta destas cicatrizes. Por isso os
cuidadores devem ficar bem atentos às mudanças que as crianças vítimas de abuso
geralmente apresentam.

Estas mudanças geralmente envolvem a diminuição da autoestima, o aumento


da hiperatividade, o surgimento de uma ansiedade exagerada, a rebeldia, a fuga de casa,
as mentiras, o roubo, os distúrbios alimentares, as ideias e tentativas de suicídios, os
pesadelos, a agressividade e o choro fácil.

A criança ou adolescente que fora violentada sexualmente, poderá carregar


consigo marcas, lesões físicas, lesões genitais, gravidez com vários problemas, doenças
sexualmente transmissíveis, disfunções sexuais e psicológicas como sentimento de
culpa, auto desvalorização, sentimento depressivo, medo, se sente constrangido perto de
pessoas adultas, tem forte tendência a prostituição, distúrbios sexuais, negação afetiva
quando adultas, suicídio, problemas de identidade e personalidade.

A criança quando passa por esse tipo de situação traz em si a sensação de estar
marcada pelo resto da vida, tem ansiedade, irritação, melancolia, sentimento de perda,
confusão mental, se sente insegura em relacionamento com outras pessoas e se sente
impotente perante a situação que se encontra.

1.10. Repercussões psicológicas do abuso sexual no seio familiar


De acordo com Santos (2020) a criança por ser mais vulnerável, é um alvo
mais fácil para a prática do abuso, a falta de acompanhamento psicológico pode trazer
consequências irreparáveis na sua vida. Dessa forma, assim que a família tomar
conhecimento do dano psicológico que a criança vem sofrendo, é necessário denunciar e
procurar tratamento.

Ramos (2018) são consideradas como consequências psicológicas da violência


sexual em curto prazo as dificuldades de adaptação sexual, interpessoal e afetiva.

A longo prazo, as vítimas geralmente apresentam dificuldades de


relacionamento com figuras masculinas, pelo facto de os agressores serem, na sua
grande maioria, homens. A intimidade representa uma ameaça, pois é difícil para a
vítima estabelecer laços de confiança. As ideias de morte e

8
CAPITULO II – MÉTODOLOGIA
2.1 Caraterízação do campo de estudo

A pesquisa será realizado no Instituto Nacional de Criança


2.2 Tipo de pesquisa

Quanto a abordagem usar-se-a a pesquisa qualitativa com enfoque exploratorio

De acordo com Padronov e Freitas (2013) dizem que a pesquisa qualitativa


considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um
vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode
ser traduzido em números.

Padronov e Freitas (2013) referem que a pesquisa exploratória possui


planejamento flexível, o que permite o estudo do tema sob diversos ângulos e aspectos,
Em geral, envolve: levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado análise de exemplos que estimulem a
compreensão.

2.3 População

A pesquisa terá como população as crianças vitimas de abuso sexual no


instituto Nacional de criana ( INAC)
2.4 Amostra

A presente pesquisa contará com uma amostra representativa de 10 crianças


vitimas de abuso sexual no instituto nacional de criança (INAC)

2.5 Amostragem

Os participantes deste estudo, serão selecionados da através do uso da técnica


de amostragem por acessibilidade ou por conveniência, que segundo Gil (2008, p.94),
constitui o menos rigor de todos tipos de amostragem. Por isso é destituído de qualquer
rigor estatístico. O pesquisador seleciona os elementos a que tem acesso, admitindo que
estes possam, de alguma forma, representar o universo.

2.6 Métodos e tecnicas de colheta de dados

Usar-se-a a intrevista semi-estruturada.

9
2.7 Variavéis da pesquisa

A pesquisa contará duas variáveis, a independente e a dependente para o efeito


da pesquisa.

Variavel independente: Idade, Sexo

Variavel dependente: gravidez, consequencias do abuso sexual

2.8 Critério de inclusão e exclusão

A pesquisa incluirá todos as crianças do INAC vitmas de abuso sexual na


infância no seio familiar, serão incluidas todas as crianças que não preenchem os
critérios de inclusão.

2.9 Procedimentos éticos da pesquisa

Todos os dados fornecidos pelos estudantes, serão mantidos em sigilo a fim de


salvaguardar as questões éticas em pesquisa.

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REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS
Costa, W. V. Aquaroli, M. (2009) Dicionário Jurídico. São Paulo. Editora. Madras

Lima, P. F. (2019) Consequências do abuso Sexual na infância. Monografia.


Universidade de São Paulo.

Gil, A.C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social (6. ed.). São Paulo: Atlas

Santos, R. M. Dona (2020) Atuação do orientador/a educacional em face à violência


sexual de crianças e adolescentes. Universidade federal da Paraíba.

Silva, G. H. (2018) Abuso sexual Extrafamiliar. Monografia. Universidade de Minas


Geras.

Ramos, A. B. (2015) Abuso sexual infantil: consequências emocionais e


comportamentais. Monografia. Faculdade de educação e meio ambiente

Prodanov e de Freitas (2013) – Metodologia do trabalho científico: métodos e


tecnico da pesquisa e do trabalho académico, 2ª Edição. Rio grande do Sul ,
Feevale.

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APENDICE- 1 CRONOGRAMA
Actividade Ag Set Out Nov Dese Jan Fev Mar Mar Maio Junj Julh

Reformulação do
projecto
Leitura da bibliográfia

Coleta de dados no
campo
Análise dos dados

Elaboração do sumário
provisório
Redação da 1ª versão do
texto
Revisão do texto

Redação definitiva

Defesa

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APENDICE-2ORÇAMENTO
NO DESIGNAÇÃO QTD P.UNIT – KZ TOTAL – KZ
01 Reformulação do pre-projecto 1 50.000,00 50.000,00
02 Leitura bibliográfica (taxi p/bibliotecas) 5 20.000,00 15.000,00
03 Coleta de dados (taxi, lanche, papel, canetas) 8 30.000,00 20.000,00
04 Análise dos dados 1 50.000,00 20.000,00
05 Elaboração do sumário provisório 1 5.000,00 5.000,00
06 Redação da 1ª versão (gráfica) 1 20.000,00 20.000,00
07 Revisão do texto 1 15.000,00 15.000,00
08 Redação definitiva (encadernação) ? ? ?
09 Apresentação/defesa ? ? ?
TOTAL GERAL 159.000,00

13
GUIÃO DA ENTREVISTA
REPERCUSSÕES PSICOLÓGICAS DO ABUSO SEXUAL
INFANTIL NO SEIO FAMILIAR

A presente entrevista tem objetivo compreender as repercussões psicológicas


do abuso sexual no seio familiar. Facto que nos motivou a realizar esta pesquisa de
conclusão de curso com a finalidade de obtenção do grau de Licenciatura em Psicologia
Clínica e da Saúde na Universidade Independente de Angola. Deste modo, solicita-se
que responda as questões abaixo.

Dados dos participantes

Idade_______

Sexo_________

Nível de escolaridade______

Residência_______

Questões de pesquisa

1. Gostas de estar em a casa?

Sim_________ Não ___________


2. Entre o pai e mãe, de quem mais gostas?

Pai_____ Mãe______

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Com quem é que passas mais tempo?

Pai____ Mãe______

3. Já aconteceu alguma coisa em casa que deixou-lhe muito triste?

Alegre_____ Triste_________
4. Com quantos anos é que sofreste abuso sexual?
4__________
5__________
6__________
7___________
8___________
10___________
5. Como é que é a tua relação com a tua familia?

Boa______ Má_________

6. Faça um desenho da tua familia

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Entrevista derigido aos pais

Como reagiram ao descobrir que o vosso filha é vitima de abuso sexual?


De que forma o abuso sexual afecta a vida do vosso filho?
Abuso sexual na infância desencadea muitas consequências psicológicas e chega
afectar o desenvolvimento da personalidade de uma criança. Quais dois
comportamentos que a criança tem apresentado?
 a). insolamento social ( )
 b) tristeza ( )
 d) vergonha ( )
 e) medo) ( )
Fala um pouco do apaio familiar quem tem concedido a criança?
Fala um pouco da assistência psicológico que a criança tem recebido?

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