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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA CIDADE UNIVERSITÁRIA

CURSO DE PSICOLOGIA

IZABELA LÍVIA ALVES SILVA


NATHALIA VIEIRA DE ALCÂNTARA SILVA
SAMARA CASTRO SILVA

OS IMPACTOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA VIDA ADULTA

Belo Horizonte

2022/2
IZABELA LÍVIA ALVES SILVA
NATHALIA VIEIRA DE ALCÂNTARA SILVA
SAMARA CASTRO SILVA

OS IMPACTOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA VIDA ADULTA

Trabalho de Conclusão de Curso (Modalidade


Artigo Científico) apresentado ao curso de
Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade
Universitária, como requisito parcial para a
obtenção de título de bacharelado em Psicologia.

Orientador(a):Prof. Me. Luiz Felipe Viana


Cardoso

Belo Horizonte

2022/2
ATA DE APROVAÇÃO

IZABELA LÍVIA ALVES SILVA


NATHALIA VIEIRA DE ALCÂNTARA SILVA
SAMARA CASTRO SILVA

OS IMPACTOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA VIDA ADULTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito de avaliação para a obtenção do


título de bacharel em Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária.

Orientador: Prof. Me. Luiz Felipe Viana Cardoso

Linha de Pesquisa: Psicologia Social, Direitos Humanos e Políticas Públicas

Banca examinadora:

Prof. Me. Luiz Felipe Viana Cardoso


Centro Universitário UNA Cidade Universitária

Prof. Maximiliano Rodrigues

Centro Universitário UNA Linha Verde

Belo Horizonte, 06 de dezembro de 2022


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as vítimas de violência sexual no mundo, aquelas que lutam
cotidianamente contra os traumas remanescentes do abuso.
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a nossa família, que em todo momento nos deu suporte para seguir com a
construção deste trabalho e com a nossa formação.
Agradecemos a Profª Andréa Moreira Lima, por nos despertar um olhar empático e de
integralidade sob o indivíduo, assim como dar devida ênfase para as questões sociais, de gênero,
direitos humanos e raça em suas aulas, por nos fazer acreditar em novos caminhos para a
psicologia e para as mulheres.
Ao nosso Prof. e orientador Luiz Felipe Viana Cardoso, por nos conduzir com tanto carinho,
atenção e maestria durante a nossa pesquisa, escrita e construção deste artigo. Além disso,
durante nossa formação sempre esteve disponível e acolheu nossas dúvidas com generosidade e
sabedoria.
Por fim, a nós integrantes, destacamos a importância da nossa amizade que gradativamente se
solidificou durante a graduação e se eternizou nas incontáveis horas de idealização deste artigo.
Agradecemos a nossa parceria, cumplicidade e afeto por nos permitir chegar até o presente
momento.
EPÍGRAFE

“A justiça nunca será feita até aqueles que não são afetados se indignarem como os que são.”
Benjamin Franklin
SUMÁRIO

OS IMPACTOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA VIDA ADULTA 8


Resumo 8
Abstract 8
1. Introdução 9
1.1 Os impactos psicossociais do abuso sexual 9
1.2 Atuação governamental e da rede socioassistencial 10
1.3 O papel da psicologia frente aos casos de abuso sexual 11
2. Método 12
2.1. Tipo de estudo 12
2.2. Critérios de inclusão e exclusão 12
2.3 Seleção de estudos 12
3. Resultados e discussão 13
3.1 Mapeando a literatura 17
4. Considerações Finais 20
5. Referências 21
OS IMPACTOS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL NA VIDA ADULTA

Izabela Lívia Alves Silva 1


Nathalia Vieira de Alcântara Silva 2
Samara Castro Silva3
Luiz Felipe Viana Cardoso4

Resumo
O abuso sexual infantil é um tema considerado como um problema de saúde pública, ainda
assim suas consequências a longo prazo não são discutidas com a relevância necessária.
Pensando nisso, o presente estudo teve como objetivo identificar os impactos psicossociais em
adultos que foram vítimas do abuso sexual infantil. Além disso, verificar a atuação das políticas
públicas nacionais no suporte com as vítimas após a vivência traumática e contextualizar o
papel da psicologia no processo de enfrentamento e ressignificação do trauma. Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura. Os resultados revelam a prevalência das vítimas sendo mulheres
e dos abusadores sendo homens pertencentes ao ambiente familiar ou amigos da família.
Sucederam correlações entre o abuso, dificuldades em relações interpessoais, dependência
química, ideação suicida, pensamentos autodestrutivos e desenvolvimento de transtornos
psiquiátricos, como TEPT, TOC e depressão. Em suma, transfigura-se evidente a importância da
participação da sociedade em debater sobre o tema e das Políticas Públicas em assistir as vítimas
do abuso, além de tornar a Psicoterapia mais acessível e investir na capacitação dos
profissionais para atendimentos qualificados.
Palavras-chave: Abuso sexual; Infância e adolescência; Impactos psicossociais; Adulto.

Abstract
Child sexual abuse is a topic considered as a public health problem, yet its long-term
consequences are not discussed with the necessary relevance. With that in mind, the present
study aimed to identify the psychosocial impacts on adults who were victims of child sexual
abuse. In addition, to verify the performance of national public policies in supporting victims
after the traumatic experience and contextualizing the role of psychology in the process of
coping and re-signification of trauma. This is an integrative literature review. The results reveal
the prevalence of victims being women and of abusers being men belonging to the family
environment or family friends. There were correlations between abuse, difficulties in
interpersonal relationships, chemical dependence, suicidal ideation, self-destructive thoughts
and the development of psychiatric disorders, such as PTSD, OCD and depression. In short, the
importance of society's participation in debating the topic and Public Policies in assisting
victims of abuse is evident, in addition to making Psychotherapy more accessible and investing
in the training of professionals for qualified care.
Keywords: Sexual abuse; Childhood and adolescence; psychosocial impacts; Adult.

1
Graduanda do curso de Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária
2
Graduanda do curso de Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária
3
Graduanda do curso de Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária
4
Docente orientador do curso de Psicologia do Centro Universitário UNA Cidade Universitária
1. Introdução

Durante a infância e adolescência, considerada pelo Estatuto da Criança e do


Adolescente - ECA (1990) como pessoas até os 18 anos, o indivíduo passa por marcos no
desenvolvimento, sendo eles cognitivo, físico e psicossocial. Esses marcos podem ser
prejudicados a partir do momento em que existe uma violência, como o abuso sexual,
impactando no desenvolvimento e trazendo repercussões negativas para a vida adulta. O abuso
sexual infantil pode ser definido pelo ECA, como “toda ação que se utiliza da criança ou do
adolescente para fins sexuais, seja conjunção carnal ou outro ato libidinoso, realizado de modo
presencial ou por meio eletrônico, para estimulação sexual do agente ou de terceiro”.
Este tema foi considerado um problema de saúde pública pelo Ministério da Saúde em
2015 e, em 2021, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos relatou 50.098
denúncias de violência contra crianças e adolescentes, sendo que desse número, 81% ocorreram
em ambiente domiciliar. Ainda que discutir a respeito deste assunto seja importante, observa-se
o quão pouco se é feito nos ambientes midiáticos e acadêmicos, provavelmente pela dificuldade
da vítima em se aderir a grupos de controle criado por pesquisadores, é comum que a pessoa que
sofreu um abuso sexual ao invés de ficar relembrando, queira se esquecer do acontecimento que
a causou tanto sofrimento, conforme elaborado por Florentino (2015) .
A concordância entre alguns especialistas, mostrada por Romaro e Capitão (2007),
refletem que as crianças que foram vítimas de um abuso, correm sérios riscos de uma
psicopatologia grave, que afeta sua evolução psicológica, afetiva e sexual. Além dos estudos
apontarem que quanto mais frequente e prolongado o abuso sexual na criança, maiores serão os
impactos e as probabilidades da criança ficar traumatizada (Sanderson, 2008 citado por Cogo,
2011, p. 132).
Neste estudo, objetiva-se, por meio de uma revisão de literatura integrativa, investigar
como o abuso sexual sofrido durante a infância e adolescência repercute na vida adulta da
vítima em nível psicossocial; as atuações governamentais e da rede socioassistencial; e como a
psicologia pode auxiliar no enfrentamento. Ademais, busca-se evidenciar as possíveis
dificuldades de relacionamento interpessoal, problemáticas intrapessoais e as predisposições
para transtornos mentais.

1.1 Os impactos psicossociais do abuso sexual


É comum que haja alteração no comportamento social dos indivíduos após o abuso
sexual. Como a maioria dos abusos são intrafamiliares, a vítima começa a ter dificuldade de se
relacionar e confiar em outras pessoas, por não se sentir segura em seu ambiente social. Nota-se
uma tendência em dificuldade de relacionamento e comportamento manifestada por
agressividade, timidez, isolamento social progressivo, distúrbios do sono e do apetite, e até
mesmo, problemas na esfera de atividades, como, a baixa performance social e intelectual,
conforme pontuado por Reichenheim, Hasselmann e Moraes (1999).
Além disso, observa-se a tendência da vítima em se posicionar submissa dentro de um
relacionamento interpessoal, em ter dificuldades para expressar sentimentos e em modificar sua
aparência física de modo a se afastar o máximo possível dos padrões de beleza da cultura em
que vive para se ocultar e evitar atenção dos outros. Assim como dito por Rezende (2015),
também é provável a manifestação de problemas com a autoimagem corporal como uma
consequência a longo prazo deste abuso.
Na literatura, levanta-se diversas repercussões psicológicas do abuso sexual infantil no
indivíduo adulto. É possível destacar a ideação suicida, o Transtorno do Estresse
Pós-Traumático (TEPT), o Transtorno Dissociativo de Identidade, o sentimento de culpa, o
consumo abusivo de drogas, a depressão, a submissão, a ansiedade, a dificuldade para expressar
sentimentos e o comportamento sexual compulsivo como as repercussões mais comuns,
conforme os autores Lira (2017), Feiffer e Salvagni (2005), Paolucci (2001), Tyler (2002) e
Rezende (2015), respectivamente.
É importante destacar que, apesar do número de vítimas de abuso sexual ser maior em
meninas, a tendência a pensamentos suicidas como consequência traumática é maior em
meninos, com uma taxa de risco quatro vezes superior neste grupo (Santos, 2020). Um dos
possíveis preditores de suicídio foi a revitimização, mostrando como é necessário sempre
manter igual atenção a estas vítimas do sexo masculino. Contudo, para as mulheres os impactos
do abuso sexual também são altos, como destaca Lira (2017), essas mulheres apresentam níveis
mais altos de desesperança, culpa e de sintomas de estresses pós-traumático.

1.2 Atuação governamental e da rede socioassistencial


Um dos fatores que corrobora para a manutenção do crime de abuso sexual infantil como
um problema de saúde pública é a evidência de que a maioria dessas vítimas, quando se tornam
adultas, “perpetuam o mesmo crime em seus filhos ou crianças próximas” (Rezende, Stéfany;
2015, p. 96). Dessa forma, reconhecendo este ciclo intergeracional, se faz necessário a aplicação
de medidas protetivas, que hodiernamente, podem ser contempladas com o artigo 227º da
Constituição de 1988 que define a família, a sociedade e o estado como aqueles que possuem o
dever de colocar a criança e ao adolescente a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 2020). Além disso, com o artigo 217-A
do Código Penal que determina que quem tiver mantido relações sexuais ou qualquer ato
libidinoso com alguém que por qualquer causa não possa oferecer resistência, estará sujeito a
pena de reclusão de oito a quinze anos, pois é o denominado estupro de vulnerável (Brasil,
2017).
Já em relação ao acesso aos cuidados em saúde mental, que é um direito humano
fundamental de todos os brasileiros, pode-se citar a Constituição Federal pela lei federal n.
10.216/2001, que assegura o bem-estar mental, integridade psíquica e pleno desenvolvimento
intelectual e emocional (Brasil, 2020). A Lei prevê atendimento gratuito e facilitado em alguns
serviços públicos de atenção e auxílio, como serviços das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e
dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), assim como dispõe
sobre a proteção das pessoas com transtornos mentais e redireciona todo o modelo assistencial
na área.

1.3 O papel da psicologia frente aos casos de abuso sexual


Diante deste cenário de sofrimento mental vivenciado pelas vítimas de abuso sexual
infantil, torna-se imprescindível a atuação da Psicologia. Tendo em vista que os princípios
fundamentais do psicólogo incluem contribuir "para a eliminação de quaisquer formas de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão" (CFP, 2005, p.7) e
“promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades” (CFP, 2005, p.7), estes
profissionais, dentro das suas diversas áreas de atuação, devem estar capacitados para realizar
trabalho consciente de assistência à vítima, de garantir o cumprimento dos direitos do infante e
dos deveres do abusador, assim como trabalhar na Psicoterapia o reconhecimento do abuso, a
culpa, o ressentimento e a reestruturação psíquica.
A escuta especializada do Psicólogo deve atender o melhor interesse do infante,
seguindo a ideia da Proteção Integral, que percebe o indivíduo não apenas como detentor de
direitos, como em desenvolvimento (CFP, 2020), mostrando a importância de proteger a criança.
Observa-se também a necessidade de escutar e acolher esta vítima já adulta, trabalhando a
compreensão do que foi este trauma, como superar suas memórias dolorosas e buscando
diminuir a gravidade e duração das Psicopatologias repercutidas a longo prazo (Cohen,
Manarinno e Knudsen, 2005), como a Depressão, o Transtorno Obsessivo Compulsivo e o
Transtorno do Estresse Pós-Traumático. Além de buscar ajudar o indivíduo a encontrar novas
possibilidades de ressignificar essas vivências (Gusmão; Pizzarro, 2009, p. 92), prevenindo
possíveis revitimizações, através de sessões de psicoterapia, que podem ser realizadas
individualmente ou em grupo.
A Psicoterapia é um espaço sigiloso e empático que acolhe o indivíduo, sem julgamentos
ou restrições, buscando trabalhar a compreensão e enfrentamento do que foi o trauma através da
Resiliência. Southwick et al., (2014) explica que a Resiliência promove “a capacidade de o
indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão
de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou
físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades”.
Dessa forma, é uma oportunidade para o adulto que vivenciou o abuso durante a infância
recordar e ressignificar a violência, assim como transferir a culpa do ocorrido para o real
responsável, que seriam o abusador e aqueles envolvidos que não cumpriram com seu papel
protetivo da criança e escolheram desacreditar e desamparar. Além disso, a elevação da
autoestima, autonomia para escolher e formular seus próprios projetos existenciais, também são
aspectos que podem ser trabalhados pelo psicólogo para melhor qualidade de vida. Deve-se ter
em conta, ademais, que o cliente precisa estar disposto para o progresso da terapia, pois durante
o processo serão abordados temas que o fará lembrar de dores, perdas, culpas, faltas e desilusões
que não deseja mais se lembrar, podendo trazer um sentimento de impotência, mas que são
vitais para um bom desenvolvimento e avanço na terapia.

2. Método
2.1. Tipo de estudo
Este artigo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que consiste em realizar “a
síntese e análise do conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado” (Botelho,
Cunha & Macedo, 2011). O estudo foi produzido através de pesquisas e estudo da bibliografia,
de forma transversal, seguindo as etapas de leitura, fichamento e interpretação das referências.

2.2. Critérios de inclusão e exclusão


Como critérios de inclusão, foram selecionados artigos, somente nacionais, das bases de
dados: BVS, Scielo, Pepsic e Portal Capes, apenas dos últimos cinco anos, a partir dos
descritores: sobreviventes adultos de maus-tratos infantis, abuso sexual infantil e Psicologia.
Foram excluídas teses, monografias, e dissertações e os que não abordavam especificamente o
tema da pesquisa.

2.3 Seleção de estudos


Posteriormente à pesquisa feita nas bases citadas, foi realizada a leitura dos materiais
com base nos critérios de inclusão com intuito de verificar se eles respondiam ao objetivo da
pesquisa. Os que se assemelhavam aos critérios tiveram seus conteúdos analisados de forma
integral para que seus estudos e colaborações fossem acrescentados aos resultados. Trabalhos
que não se mostraram de acordo com os critérios foram listados entre os excluídos. Sendo
assim, após esse procedimento, dos 124 trabalhos localizados, 116 foram desconsiderados e 8
foram selecionados para o presente estudo.
3. Resultados e discussão

Foram selecionados 8 artigos que correspondiam aos critérios de inclusão estabelecidos.


Dois artigos foram publicados em 2018, sendo eles os mais antigos, um foi publicado em 2019,
um em 2020 e quatro em 2021. (Ver Tabela 1)

Nº Título Autor Ano

1 Violência sexual na infância associa-se a Karla Julianne Negreiros de 2018


qualidade de vida inferior em Matos, Francisco José Maia
universitários Pinto, Ana Carina Stelko-Pereira

2 As perspectivas de gênero e geração nas Lucimara Fabiana Fornari, 2018


narrativas de mulheres abusadas Karen Namie Sakata-So, Emiko
sexualmente na infância Yoshikawa Egry, Rosa Maria
Godoy Serpa da Fonseca

3 Limites e intolerâncias de mulheres Lira, Margaret Olinda de Souza 2019


sobreviventes do abuso sexual infantil Carvalho e; Diniz, Normélia
Maria Freire; Couto, Telmara
Menezes; Vieira, Michelle
Christini Araújo; Justino,
Thaysa Maria Vieira; Barbosa,
Kalliny Mirella Gonçalves

4 Os impactos da violência sexual vivida na Silva, Flávia Calanca da; 2020


infância e adolescência em universitários Monge, Aline; Landi, Carlos
Alberto; Zenardi, Gabriel
Amaral; Suzuki, Denise
Chrysostomo; Vitalle, Maria
Sylvia de Souza

5 Abuso sexual infantil, trauma e depressão Omar Moreira Del Bianco, Rosa 2021
na vida adulta: um estudo de caso Maria Tosta
6 Maus-tratos infantis e comportamentos Hirschmann, Roberta; Martins, 2021
sexuais de risco na idade adulta: uma Rafaela Costa; Gonçalves,
revisão sistemática Helen

7 Repercussões do abuso sexual vivenciado Cruz, Moniky Araújo da; 2021


na infância e adolescência: revisão Gomes, Nadirlene Pereira;
integrativa Campos, Luana Moura; Estrela,
Fernanda Matheus; Whitaker,
Maria Carolina Ortiz; Lírio,
Josinete Gonçalves Dos Santos

8 Abuso sexual infantil, câncer e outras Lima, Eduardo dos Santos de; 2021
doenças avaliados pelo rorschach: revisão Scortegagna, Silvana Alba
sistemática

Título 1. Distribuição dos artigos estudados segundo o título, autoria e ano de publicação.

Os artigos selecionados foram publicados nas áreas de psicologia ou enfermagem, todos


em âmbito nacional. Analisando a tabela a seguir percebe-se um aumento expressivo de artigos
publicados de 2020 a 2021 (ver Figura 1).

Figura 1. Quantidade de artigos vinculado ao ano da publicação.


Diante da análise integral dos artigos selecionados, foram levantados categorias para
facilitar a apresentação de similaridades e discordâncias entre os Resultados, que são: (1) maior
incidência em mulheres, em 3 artigos; (2) estudos com universitários, em 2 artigos; (3) receio
em denunciar, em 3 artigos; (4) maior incidência em domicílio, em 2 artigos; (5) dificuldades na
interação social, em 4 artigos; (6) dependência química, em 2 artigos; (7) tentativas de suicídio,
em 3 artigos; (8) transtornos, em 3 artigos; (9) comportamento sexual, em 2 artigos.
No que se concerne à categoria 1, “Maior incidência em mulheres”, a partir da análise do
“artigo 2” (Fornari, Sakata-So, Egry e Fonseca, 2018), do “artigo 3” (Lira et al, 2019) e do
“artigo 4” (Silva et al, 2020), percebe-se que as mulheres foram representadas por 79,8% das
vítimas de abuso sexual na infância, enquanto os abusadores sobressaem em 95,5% sendo
homens. Esta porcentagem se relaciona a uma possível tentativa de dominância entre gêneros e
gerações, sendo que homens tentam estabelecer uma relação de domínio para com mulheres e
adultos para com crianças.
Em relação à categoria 2, “Estudos com universitários”, a partir da análise do “artigo 1”
(Matos, Pinto, Stelko-Pereira, 2018) e do “artigo 4” (Silva et al, 2020), sendo que ambos
utilizaram a amostra de universitários, nota-se, a partir de uma comparação entre estudantes
vítimas e não vítimas de abuso sexual infantil, que a variável da gravidade do abuso sofrido
interferem diretamente na qualidade de vida e desenvolvimento acadêmico, com 63% tendo uma
qualidade de vida inferior e 36% superior. Além disso, observou-se a correlação do abuso com
universitários que possuem baixo poder aquisitivo, tendo assim um recorte socioeconômico
sobre a temática.
Referente à categoria 3, “Receio em denunciar”, a partir da análise do “artigo 2”
(Fornari, Sakata-So, Egry e Fonseca, 2018), do “artigo 3” (Lira et al, 2019) e do “artigo 4”
(Silva et al, 2020), observa-se que o abusador utiliza brincadeiras, como forma de aproveitar da
inocência da criança dificultando o reconhecimento do ato como uma violência. Desta forma,
torna-se impossível culpabilizar o adulto. Quando o abuso é recorrente e a criança é capaz de
identificá-lo, o silêncio é quebrado assim que ela não consegue aturar mais os episódios. Uma
vez que cada indivíduo tem um nível diferente de saturação e um histórico da gravidade de
abuso diferente, as idades para a revelação da violência são extremamente variáveis. Caso a
vítima não seja capaz de denunciar e prolongue o silêncio, este se converte em ressentimento, o
que lhe causa significante sofrimento mental. Os artigos trazem ainda que quando se trata das
vítimas do sexo masculino, o receio em denunciar é ainda maior, justificado pelo temor em ser
rotulado como frágil e/ou homossexual, tendo em vista que são características banalizadas em
uma sociedade machista.
Concernente à categoria 4, “Maior incidência em domicílio”, a partir da análise do
“artigo 2” (Fornari, Sakata-So, Egry e Fonseca, 2018) e “artigo 5” (Bianco e Tosta, 2021),
constatou-se que a maior parte dos abusos é intrafamiliar, representado por 48,13%. Essa alta
incidência se deve à sensação de segurança e afeto fornecidas pelo ambiente e à grande
frequência de momentos em que o agressor fica a sós com a vítima.
No que se refere à categoria 5, “Dificuldades na interação social”, a partir da análise do
“artigo 2” (Fornari, Sakata-So, Egry e Fonseca, 2018), “artigo 4” (Silva et al, 2020), “artigo 7”
(Cruz et al, 2021) e “artigo 8” (Lima e Scortegagna, 2021), foi possível notar que a longo prazo
o abuso ocasiona repercussões no cotidiano da vítima, como, a interação com outros indivíduos.
Essa dificuldade em se relacionar parte, muitas vezes, da vergonha concernente ao abuso e a
quebra de confiança em outro indivíduo. Observou-se ainda que a falta dessa interação social
impacta diretamente na qualidade de vida da vítima, resultando em possíveis quadros de
depressão e ansiedade.
Relativo à categoria 6, “Dependência química”, a partir da análise do “artigo 4” (Silva et
al, 2020) e do “artigo 7” (Cruz et al, 2021), concluiu-se que existe uma relação entre o abuso
sexual infantil e o uso abusivo de álcool e outras drogas na vida adulta. Os estudos destacaram o
tabaco, a maconha, os hipnóticos e os sedativos como mais comuns pelo fato delas trazerem
sensação de despreocupação, abstração e alegria, dessa forma, o usuário consegue lidar com o
sofrimento psíquico.
Quanto à categoria 7, “Tentativa de suicídio”, a partir da análise do “artigo 3” (Lira et al,
2019), “artigo 5” (Bianco e Tosta, 2021) e “artigo 7” (Cruz et al, 2021), foi possível observar
que o abuso sexual interfere tanto na vida cotidiana de uma pessoa que foi abusada, que de
forma comparativa, as mulheres depressivas que sofreram um abuso sexual podem chegar ao
extremo de tentar suicídio, de forma mais frequente do que outras mulheres também
depressivas, mas que não passaram por um abuso sexual na infância.
No que tange à categoria 8, “Transtornos”, a partir da análise do “artigo 5” (Bianco e
Tosta, 2021), “artigo 7” (Cruz et al, 2021) e “artigo 8” (Lima e Scortegagna, 2021), verificou-se
a possibilidade do desenvolvimento das seguintes psicopatologias nos adultos que foram vítimas
do abuso sexual infantil: Depressão, Transtorno de Estresse Pós-Traumático, insônia,
Borderline, Transtorno Psicótico, alucinações auditivas, ansiedade e Transtorno Obsessivo
Compulsivo. Na perspectiva Psicanalítica, se compreende que a depressão é proveniente da
criança acreditar que poderia estar roubando o pai de sua mãe, ou seja, tendo problemas em
discernir a fantasia da realidade, o mundo interno do mundo externo. O estudo de caso do
“artigo 5” ilustrou que o TOC se estruturou na vítima a partir da sensação de “estar suja” por
causa dos atos abusivos e da falta de cuidados da sua mãe, conseguinte, desenvolve-se a
compulsão pelo banho como sintoma.
Referente à categoria 9, “Comportamento sexual”, a partir da análise do “artigo 4” (Silva
et al, 2020) e “artigo 6” (Hirschmann, Martins e Gonçalves, 2021), nota-se que quando uma
criança ou adolescente é vítima de um abuso sexual elas estão mais sujeitas a ter um
comportamento sexual de risco, podendo ter um início precoce da atividade sexual consensual,
relações sexuais desprotegidas e múltiplos parceiros.

3.1 Mapeando a literatura


Concernente à sintetização dos estudos levantados na literatura acerca da temática
repercussões do abuso sexual infantil na vida adulta, observou-se relação entre o abuso e a
inferiorização da qualidade de vida em universitários. No estudo realizado por Matos, Pinto e
Stelko-Pereira (2018), a partir da utilização dos questionários “Prevalência de abuso sexual
infantil” e “Avaliação de qualidade de vida (WHOQOL-bref)” como instrumentos, concluiu-se
que dos que apresentaram qualidade de vida inferior, 63,1% foi vítima de abuso sexual na
infância. O estudo, entretanto, apresenta lacuna na assertividade dos impactos da violência, pois
não levou em consideração a sua frequência, a idade da vítima, o tipo de abuso, a relação com o
abusador e se a vítima teve suporte da família ou de profissionais.
Ademais, Fornari, Sakata-So, Egry e Fonseca (2018), buscou entender como o abuso
sexual infantil se relaciona com questões de gênero e geração. Coletou-se tuítes de mulheres
jovens e adultas publicados na campanha brasileira de hashtag #primeiroassedio em 2015 e foi
possível inferir que o abuso aconteceu entre quatro e nove anos de idade; a maioria,
representado por 48,13% ocorreu dentro de casa; e 97,66% dos agressores foram homens, sendo
77, 58% desses familiares ou amigos da família. Levando em consideração que o abuso não se
restringiu a contato físico, os homens abusadores expressaram desejo pelo corpo em
desenvolvimento da menina, com pensamentos como "estar no ponto para ser atacada" ou
apelidos como "broto". Os eventos que tiveram contato físico, ocorreram em situações de
brincadeiras, onde seria possível evitar o reconhecimento do abuso pela criança e,
consequentemente, a culpabilização do adulto. A sensação de culpa da vítima é pertinente, o que
corrobora para o medo em denunciar, entretanto, muitas delas que chegaram a revelar o abuso
para algum adulto foram desacreditadas.
Outro estudo com dados obtidos por meio de uma entrevista aberta, desenvolvido no
Centro de Atenção à Mulher em Situação de Violência, na cidade de Petrolina, Pernambuco,
realizado por Lira, Diniz, Couto, Vieira, Justino e Barbosa (2019), buscou-se identificar os
limites de tolerância de mulheres diante do abuso sexual sofrido na infância. Foi apontado que
os episódios repetitivos fizeram atingir o ponto de saturação, para que o silêncio fosse rompido
e se tornasse público o abuso sexual. Considerando isso, cada situação demandou um tempo
para a sua revelação. Esses frequentes episódios de abuso aguçaram o senso limite das
participantes, que não relataram diretamente o que acontecia, muitas vezes usam de subterfúgios
para externar suas vivências, por quererem desmascarar os abusadores, mas se sentirem
intimidadas por eles. Essa opressão gera na vítima atitudes antagônicas de amor e ódio,
misturadas com o ressentimento. Sugerindo que o senso do limite, que foi aguçado pela vivência
trágica, contribuiu para que as vítimas conseguissem forças para seguir em frente.
Uma pesquisa realizada por Silva, Monge, Landi, Zenardi, Suzuki e Vitalle (2020), em
uma Universidade Pública de São Paulo, teve como finalidade investigar e comparar a presença
de sintomas depressivos e ansiosos, qualidade de vida, uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas
entre os adolescentes que sofreram e não sofreram abuso, utilizando-se de questionários e
instrumentos validados. Dos alunos que responderam a pesquisa 8,3% foram vítimas de
violência sexual, sendo 73,2% meninas; Dentro do grupo de pessoas que já foram vítimas de
abuso havia mais pessoas que já tinham tido a coitarca, que já engravidaram, estudantes com
maiores escores para sintomas depressivos e ansiosos, com pior qualidade de vida, que mais
usavam maconha, tabaco, que abusavam de hipnóticos ou sedativos, em comparação com o
grupo dos que não foram vítimas. Concluindo que os impactos causados são diversos, até
mesmo a longo prazo. Uma forma de mobilizar, sensibilizar e desmistificar o assunto é abordar
o tema e o discutir, de forma ampla, em todas as esferas da sociedade.
Bianco e Tosta (2021), em sua pesquisa, levanta a hipótese da relação da depressão com
o abuso sofrido na infância tem como base a dificuldade em diferenciar a fantasia da realidade.
Utilizando de um estudo de caso, nota-se pela perspectiva psicanalítica que o abuso faz com que
a paciente não entenda se está roubando ou não o pai da sua mãe e que a negligência física e
psicológica da mãe em relação ao abuso ocasiona um grande rancor dela por ambos os
progenitores. No decorrer do processo terapêutico, notou-se a atenuação da ideação suicida, a
redução da frequência de banhos diários, a redução das horas passadas na cama, o aumento de
atividades esportivas e saber lidar melhor com a auto culpabilização pelo ocorrido. O abuso
sexual intrafamiliar ocorrido pode ter sido um dos fatores traumáticos que contribuíram para o
bloqueio ou interrupção dos processos inerentes ao estágio do concernimento, como a tarefa de
diferenciação entre fatos e fantasias e do desenvolvimento da técnica para aceitação da plena
responsabilidade por ideias destrutivas.
Levando em consideração a revisão sistemática de Hirschmann, Martins e Gonçalves
(2021), foi possível analisar os comportamentos sexuais de risco em adultos abusados na
infância. Os adultos que sofreram abuso sexual infantil tendenciam a iniciar sua vida sexual
mais cedo, a obter maior número de parceiros sexuais no decorrer da vida e ao comércio sexual.
Em contrapartida, outros estudos encontraram o mesmo resultado em apenas vítimas de abuso
sexual mais graves e com penetração.
Outra revisão sistemática que analisamos foi realizada pelos autores Lima e Scortegagna
(2021) buscando compreender as similaridades e diferenças em vítimas de abuso sexual,
pacientes com câncer e enfermidades avaliados pelo teste Rorschach. Dificuldade nos
relacionamentos interpessoais, sentimentos depreciativos e autopercepção negativa são pontos
em comum observados nas vítimas de abuso e indivíduos com doenças no corpo, mesmo que
tenham origens distintas. Em relação às vítimas, a gravidade desses pontos pode variar tendo em
vista a severidade do abuso e outros maus-tratos. Além disso, outros aspectos que os autores
observaram nas vítimas são os problemas de ideação e preocupações relacionadas ao corpo,
sendo elas decorrentes de conotação sexual e conteúdos traumáticos.
Por último, Cruz et al (2021) buscou identificar as repercussões a longo prazo no âmbito
social, psicológico, físico e sexual de crianças e adolescentes que passaram por uma situação de
abuso sexual. Em relação às repercussões psicológicas, os autores observaram que o sofrimento
intenso causado pelo abuso interfere no desenvolvimento emocional da vítima e alguns
transtorno como depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), borderline, transtorno
psicótico e alucinações auditivas. Também são apresentados. Maior chance de desenvolver
doenças como enxaqueca e síndrome metabólica são repercussões físicas destacadas. As
consequências sexuais estão associadas a gravidez indesejada, exposição a ISTs e aversão a
contatos nesse âmbito. Além disso, o envolvimento com álcool e outras drogas, qualidade de
vida e comportamentos retraídos são apontados no estudo como impactos sociais para as
vítimas. Sendo assim, podemos concluir que após vivenciar o abuso, o sujeito é afetado numa
esfera biopsicossocial a curto, médio e longo prazo.

4. Considerações Finais

Compreende-se que falar sobre abuso sexual infantil é falar sobre um problema de saúde
pública. Considerando os resultados obtidos neste estudo, aplicar medidas preventivas contra
este problema deveria ser uma prioridade dos programas da Rede Socioassistencial e de Saúde.
É necessária uma mudança no olhar da sociedade e da lei perante esses casos, para que ocorra
mudanças. Apenas dessa forma o crime passaria a não ser tolerado e no caso de ocorrência,
denunciado.
Foi identificado que as repercussões psicossociais interferem diretamente no processo de
subjetivação do indivíduo. Além da violência, que é o motivo principal, a culpabilização da
vítima, falta de assistência e informação corroboram negativamente para o desenvolvimento e
construção do ser. Pelo déficit nessa construção, os indivíduos que vivenciaram o abuso
possuem uma tendência maior a comportamentos sexuais de risco, tendência suicida e se
associar com álcool e outras drogas.
Devido aos pontos destacados anteriormente, ressalta-se a importância da presença do
psicólogo durante todo o processo pós abuso, em uma assistência contínua para minimizar os
impactos dessa vivência traumática, dificuldade na interação social e possíveis transtornos
psicológicos.
Através da pesquisa nota-se que uma parte considerável dos estudos foi realizado em
universitários que apontam as meninas como a maior parte das vítimas. Estas possuem receio
em denunciar, considerando que a maior parte dos abusos acontecem em um ambiente
intrafamiliar, dificultando o reconhecimento do ato como uma violência. Em vítimas do sexo
masculino, o receio em denunciar é justificado pelo temor em ser rotulado como frágil e/ou
homossexual.
São políticas que garantem à vítima uma oportunidade de justiça e de amenizar o
sofrimento: a Projeto de Lei 5102/20 que torna imprescritível o crime de estupro vulnerável e a
Lei 12650/2012 que estabeleceu o início da contagem de 20 anos da prescrição de crimes
sexuais contra crianças e adolescentes somente depois dos 18 anos da vítima, exceto se a ação
penal já tiver iniciado em data anterior. Entretanto, nota-se ainda uma quantidade insatisfatória
dessas Políticas vinculadas à problemática de abuso sexual infantil no Brasil. A partir da revisão
literária realizada neste estudo percebe-se a importância do acolhimento do infante e da
acessibilidade da Psicoterapia para o adulto. Ademais, convém a especialização dos
profissionais nesta problemática para que a vítima, estando na sua infância ou na vida adulta,
adquira atendimento adequado e consiga lidar com o sofrimento.

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