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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PSICOLOGIA

MULHERES E O CICLO DE RELACIONAMENTOS ABUSIVOS

CURSO: PSICOLOGIA
PESQUISADOR/MATRÍCULA:
EMMELY CAROLINE ANDRADE DA SILVA / 202002117869
ISABELLE DE OLIVEIRA FARIA / 201908231629
LETICIA BARBOSA / 202108484661
KAMILLE ROBERTA VULCÃO FONSECA / 202102535174

JUNHO
2023
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO....................................................................... 3
2- OBJETIVOS........................................................................... 4
3- JUSTIFICATIVA..................................................................... 5
4- REVISÃO TEÓRICA.............................................................. 8
5- METODOLOGIA.................................................................... 9
6- CRONOGRAMA................................................................... 10
7- BIBLIOGRAFIA.................................................................... 11

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1) INTRODUÇÃO
O estudo em questão será uma reflexão sobre mulheres em relacionamentos
abusivos buscando entender através de estatísticas, análises,casos de estudo
como o patriarcado, dependência emocional, financeira e como maior fator, suas
histórias de vida ,levando em conta os lares insalubres que vieram e como teve
impacto em suas vidas adultas . O relacionamento abusivo pode ser conceituado
como uma relação onde uma pessoa exerce poder sobre a outra e é indispensável
não comentar como o patriarcado é essencial na dinâmica de poder pois por
séculos as mulheres foram vistas como inferior ao homens ,sendo vistas apenas
no papel de mãe,esposa e cuidadora do lar, não tendo independência financeira
ou sobre seus corpos até muito recentemente na história o que proporcionava
abertura a ser vista como posse do pai e depois do casamento, do marido ,assim
é vista como um objeto e não como um ser humano com suas subjetividades e
autonomia. Exemplificando No Brasil, somente em 7 de agosto de 2006, foi
sancionada a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), criada com o objetivo de
prevenir e erradicar a violência contra a mulher no âmbito doméstico e familiar, e
que pode ser definida como Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento, Físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial (art. 5º, Lei 11.340/06), somente em 1977 tiveram direito a divórcio e
não tem nem um século que conquistaram o direito ao voto (em 1932,no governo
de Getúlio Vargas).
De tal modo, sendo criadas por muitas vezes por famílias com pensamentos
machistas enraizados no papel de normas de gêneros,muitas mulheres não
conseguem se ver além disso sendo submissas ao marido ao companheiro. E
algumas que vieram de lares insalubres acabam repetindo o ciclo de
relacionamento que tiveram na infância, é o que aborda a psicóloga americana
Robin Norwood em seu livro, ”mulheres que amam demais“ ,mesmo que
inconscientemente acabam repetindo na vida adulta buscando esse amor que
faltou do pai e/ou no relacionamento de ambas os pais no companheiro e acabam
se atraindo pelos homens que precisam do cuidado e dependência delas no caso
de alcoólatras, que tenham problemas de autonomia própria ou não possam
oferecer o amor que procuram. Embora não seja o enfoque do estudo é importante
trazer um recorte de classe, raça e religião em torno do tema, pois muitas
mulheres entram ainda jovem em relacionamentos com a visão de independência
financeira ou ajudar a família, em religiões como o cristianismo e visto como
pecado e desrespeito para com a instituição,assim muitas mulheres acabam se
sentindo presas em relacionamento intoxicantes.
Muitas mulheres negras, sofrendo tanto com o racismo e preconceito por
genero também acabam se encontrando em relações insalubres por serem vistas
em lugar inferior a mulheres brancas pelo racismo enraizado e ainda sofrendo
violências de genêro por homens brancos e negros também.

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2) OBJETIVOS

1. Compreender a experiência das mulheres envolvidas em relacionamentos


abusivos, buscando explorar as dinâmicas e os padrões presentes no ciclo de
abuso.

2. Identificar os fatores de risco e os indicadores iniciais de relacionamentos


abusivos, a fim de auxiliar na prevenção e no desenvolvimento de estratégias de
intervenção.

3. Investigar os efeitos psicológicos, emocionais e físicos das mulheres que


passaram por relacionamentos abusivos, com o objetivo de compreender o impacto
dessas experiências em suas vidas.

4. Explorar os recursos e mecanismos de apoio disponíveis para mulheres que


enfrentam relacionamentos abusivos, incluindo serviços de assistência social,
abrigos e grupos de apoio, a fim de avaliar sua eficácia e identificar possíveis
lacunas.

5. Analisar os obstáculos enfrentados pelas mulheres para sair de relacionamentos


abusivos, como questões financeiras, dependência emocional, medo, culpa e
estigma social, com o intuito de fornecer insights para a criação de estratégias de
suporte mais eficazes.

6. Investigar os padrões de comportamento dos agressores nos relacionamentos


abusivos, a fim de compreender os fatores subjacentes que contribuem para o
abuso e auxiliar na identificação de estratégias de prevenção e intervenção.

7. Explorar as medidas legais e políticas existentes para proteger as vítimas de


relacionamentos abusivos, avaliando sua efetividade e propondo possíveis
melhorias.

8. Propor recomendações para profissionais da área da saúde, assistência social e


justiça sobre como identificar, abordar e apoiar mulheres envolvidas em
relacionamentos abusivos, visando melhorar as intervenções e os serviços
oferecidos.

9. Contribuir para a conscientização pública sobre a prevalência dos


relacionamentos abusivos e a necessidade de prevenção, suporte e recursos
adequados para ajudar as mulheres nessa situação.

10. Fomentar futuras pesquisas e estudos sobre o tema, a fim de expandir o


conhecimento e a compreensão dos relacionamentos abusivos, bem como
promover a busca por soluções eficazes.

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3) JUSTIFICATIVA
Segundo o Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de
Segurança Pública (FBSP) e divulgada em junho de 2021, apontou que uma em
cada quatro mulheres acima de 16 anos haviam sofrido algum tipo de violência no
último ano no Brasil, durante a pandemia de covid. Assim ,cerca de 17 milhões
(24,4%) de mulheres sofreram violência física, psicológica e sexual nesse período.
De tal modo, é perceptível que o problema em questão afeta inúmeras mulheres e
embora não haja como intervir diretamente um estudo sobre o tópico pode ajudar
a identificar e orientar mulheres em relacionamentos tóxicos e abusivos as
respeitando não desmerecendo já que ainda há comum expressões como “em
briga de marido e mulher não se mete a colher”,o silêncio só proporciona a
continuação do sofrimento e até evolução para feminicídio se demorar muito a ser
intervido .
Em pesquisas ,foram constatados que agressores seguem um mesmo padrão
de comportamento até chegarem de fato a agressão. A primeira pesquisadora a
identificar isso foi a psicóloga Norte-Americana Lenore .E.Walker ,que concluiu sua
pesquisa na década de 1970 entrevistando mais de 1.500 vítimas.
A primeira pesquisadora a identificar isso foi a psicóloga Norte -Americana Lenore
.E.Walker ,que concluiu sua pesquisa na década de 1970 entrevistando mais de
1.500 vítimas.

Com tudo isso , as mulheres também já não estão tão incapazes e indefesas,
elas por já saberem e até mesmo conhecer o parceiro as vezes opta em continuar
no relacionamento mais na primeira oportunidade que tem fazem algo, e até
matam por medo de sofrerem algo que já foi ameacado. Mulheres que tem seus
filhos também optam em continuar na Relação abusiva com medo, ou de achar
que o filho não pode viver sem o pai, ou que podem fazer algo com os filhos. Elas
passam por toda essa pressão psicológica por acreditarem que de uma certa forma
é melhor .
Em matéria postada em jornal ,mulher mata seu companheiro pois havia
sofrido ameaças e estava sendo perseguida , além de sofrer agressões quando
estavam em casa . Mulher então resolve sair de casa , ao sair e perseguida e
agredida , mulher golpeia o companheiro com canivete e depois se entrega a
polícia.
O tema dos relacionamentos abusivos envolvendo mulheres é de extrema
relevância social. Infelizmente, esse problema é bastante comum e afeta milhões
de mulheres em todo o mundo. Os relacionamentos abusivos têm consequências
físicas, psicológicas e emocionais devastadoras para as mulheres envolvidas,
além de ter um impacto negativo na sociedade como um todo.
A pesquisa nesse campo é fundamental para várias razões. Primeiro, ela
ajuda a aumentar a conscientização sobre o problema dos relacionamentos
abusivos e a combater o estigma e a vergonha associados a ele. A pesquisa pode
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fornecer dados concretos sobre a prevalência desses relacionamentos, os
padrões de comportamento abusivo e as consequências para as mulheres
envolvidas. Isso pode ajudar a desafiar as percepções equivocadas de que o
abuso é um problema isolado ou que as vítimas são de alguma forma culpadas
pela situação.
Além disso, a pesquisa pode identificar fatores de risco e proteção
relacionados aos relacionamentos abusivos. Isso pode ajudar a desenvolver
estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes. Ao compreender os fatores
que contribuem para o surgimento e a perpetuação dos relacionamentos
abusivos, é possível criar programas de educação e conscientização que visam
prevenir esse tipo de comportamento desde cedo, bem como fornecer apoio
adequado para as mulheres que já estão em relacionamentos abusivos.
A pesquisa também pode contribuir para o desenvolvimento de melhores
práticas de intervenção e tratamento para mulheres que vivenciam
relacionamentos abusivos. Ela pode ajudar a identificar os melhores métodos de
apoio psicológico, aconselhamento e abrigo para essas mulheres, bem como
estratégias para ajudá-las a reconstruir suas vidas após escaparem desses
relacionamentos. A pesquisa também pode informar políticas públicas e leis que
visam proteger as vítimas e responsabilizar os agressores.
No geral, a pesquisa sobre mulheres e o ciclo de relacionamentos abusivos é
crucial para abordar um problema social sério e proporcionar apoio adequado às
mulheres que enfrentam essa situação. Através do conhecimento e da
conscientização gerados pela pesquisa, podemos trabalhar em direção a uma
sociedade mais segura e livre de relacionamentos abusivos, onde as mulheres
possam viver vidas saudáveis e plenas, livres do medo e da violência.
O conhecimento sobre o ciclo de relacionamentos abusivos envolvendo
mulheres tem avançado significativamente nas últimas décadas. Atualmente, há
uma compreensão mais aprofundada sobre as dinâmicas de poder, controle e
manipulação presentes nesse tipo de relacionamento, bem como sobre os efeitos
negativos que eles têm na saúde física, emocional e psicológica das mulheres
envolvidas.
Muitas pesquisas têm sido realizadas para investigar as causas e os
fatores de risco associados aos relacionamentos abusivos, bem como as
melhores formas de prevenção e intervenção. Profissionais das áreas de
psicologia, assistência social, direito e saúde têm contribuído com estudos e
práticas para apoiar mulheres em situação de abuso e promover a
conscientização sobre esse problema social.
Além disso, movimentos sociais e organizações não governamentais têm
desempenhado um papel fundamental na sensibilização da sociedade em relação
aos relacionamentos abusivos e na busca por políticas públicas que ofereçam
suporte adequado às mulheres vítimas de abuso.
Quanto à possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade
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proposta pelo tema, é importante ressaltar que a mudança real e efetiva nesse
contexto requer um esforço coletivo e abrangente. Algumas sugestões de
modificações incluem:
1. Educação e conscientização: É fundamental investir em programas
educacionais que abordem o tema dos relacionamentos abusivos desde cedo,
nas escolas, para promover a igualdade de gênero, o respeito mútuo e a
prevenção da violência.
2. Ampliação do acesso a serviços de apoio: É necessário garantir que as
mulheres em situação de abuso tenham acesso a serviços de apoio, como
abrigos, linhas telefônicas de emergência, aconselhamento psicológico e
assistência jurídica. Investimentos em recursos e treinamento de profissionais
nesses serviços são essenciais.
3. Fortalecimento da legislação e aplicação efetiva: Leis rigorosas devem ser
implementadas para criminalizar o abuso doméstico e garantir a segurança das
mulheres. Além disso, é importante investir na capacitação dos profissionais da
área jurídica para que possam lidar de forma adequada e sensível com os casos
de violência doméstica.
4. Desconstrução de estereótipos de gênero: A sociedade precisa desafiar os
estereótipos de gênero que contribuem para a perpetuação dos relacionamentos
abusivos. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização, mídia
responsável e programas que promovam a igualdade de gênero e o respeito
mútuo.
5. Apoio psicossocial contínuo: É necessário fornecer suporte contínuo às
mulheres que saem de relacionamentos abusivos, oferecendo serviços de
aconselhamento, grupos de apoio e acesso a recursos que as auxiliem na
reconstrução de suas vidas.
Essas são apenas algumas sugestões de modificações que podem ser
feitas para enfrentar o ciclo de relacionamentos abusivos envolvendo mulheres.
No entanto, é importante ressaltar que a luta contra a violência de gênero é
complexa e exige uma abordagem abrangente, envolvendo diferentes setores da
sociedade em ações coordenadas e contínuas.

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4) REVISÃO TEÓRICA
Efetuadas pesquisas para obter informações sobre o tema e foram
encontrados vários artigos que contribuíram para montar o projeto, uma vez que
existem vários fatos ,notícias e abordagens sobre o assunto .

Aqui estão algumas referências literárias relevantes sobre o tema "Mulheres e o


Ciclo de Relacionamentos Abusivos":

1. "Por que Ele? Por que Ela? Como Reconhecer e Superar Relacionamentos
Abusivos" - Lundy Bancroft e JAC Patrissi

Este livro explora os diferentes aspectos dos relacionamentos abusivos,


fornecendo informações úteis sobre como reconhecer sinais de abuso e como
superar esses padrões destrutivos.

2. "Mulheres que Amam Demais" - Robin Norwood

Robin Norwood analisa os relacionamentos amorosos em que as mulheres se


envolvem de forma intensa e prejudicial, oferecendo perspectivas e estratégias
para quebrar o ciclo de comportamentos autodestrutivos.

3. "A Máscara da Benevolência: Mulheres Sofrem Mais com Relacionamentos


Abusivos" - Marie-France Hirigoyen

Neste livro, Marie-France Hirigoyen explora a dinâmica do abuso emocional e


psicológico em relacionamentos íntimos, destacando como a manipulação sutil
pode levar as mulheres a se sentirem presas em um ciclo de abuso.

4. "A Coragem de Ser Imperfeita: Como Aceitar a Própria Vulnerabilidade, Vencer


a Vergonha e Criar uma Vida com Amor e Coragem" - Brené Brown

Embora não se concentre exclusivamente em relacionamentos abusivos, este


livro de Brené Brown explora o tema da vulnerabilidade e da resiliência, oferecendo
insights valiosos sobre como estabelecer limites saudáveis e desenvolver
relacionamentos mais autênticos.

5. "Violência Doméstica: Da Trama Invisível aos Rastros Visíveis" - Leny Alves


Bomfim Trad

Leny Alves Bomfim Trad aborda a violência doméstica contra as mulheres,


incluindo a análise dos ciclos de relacionamentos abusivos. O livro explora as
dinâmicas subjacentes, as implicações sociais e oferece perspectivas sobre como
romper esse ciclo.

6. "O Machismo Invisível: Violência e Cotidiano nas Relações entre Homens e


Mulheres" - Marcos Nascimento

Embora este livro não se concentre especificamente em relacionamentos


abusivos, ele aborda o machismo e seus efeitos nas relações entre homens e
mulheres. Essa análise contribui para uma compreensão mais ampla das
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estruturas sociais que perpetuam o ciclo de abuso.

5) METODOLOGIA
Este estudo refere-se a uma pesquisa de revisão bibliográfica utilizando como
métodos a leitura interpretativa e a leitura sintética. Para corroborar o levantamento
bibliográfico, foram realizadas leituras para compreender os conceitos existentes
da abordagem teórica nos livros, que aparecem em: “Mulheres que amam demais”
e “Bell hooks: O feminismo é para todos”. Tem a seguinte descrição: como uma
política que deve ser levada a todos os gêneros e não somente ao público
feminino, levantando a pauta de que pode haver uma revolução feminina com
respeito e solidariedade e relacionamentos abusivos.

A análise e seleção da literatura utilizada foi realizada por meio de pesquisas


recentes e confiáveis. Após a ordenação do material bibliográfico, são realizadas
leituras interpretativas, visando a melhor compreensão do assunto, considerando
sua relação com o assunto a ser estudado, buscando integrar possíveis análises
dos fenômenos em estudo.

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6) CRONOGRAMA

Atividades Fev Mar Abr Mai Jun Jul


Escolha do tema
X
Levantamento
X X
bibliográfico
Elaboração do
anteprojeto X

Coleta de dados
X
Organização do
X
roteiro/partes
Redação do
X
trabalho
Entrega da
X
monografia
Defesa da
X
monografia

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7) BIBLIOGRAFIA
Materiais da internet :

https://impactanordeste.com.br/autonomia-financeiraajuda-48-dasvitimas-de-
violencia-domestica-a-sair-de-relacionamento-abusivoaponta-pesquisa/amp/
https://g1.globo.com/dia-das-mulheres/noticia/2022/03/06/entenda-o-
ciclo-do- relacionamento-abusivo.ghtml
https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2021/11/28/mulher-mata-marido-
apos-ser- ameacada-e-perseguida-em-vera-mt.ghtml
Livros:
NORWOOD, Robin. Mulheres que amam demais. São Paulo: Saraiva, 2010.
O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. 1 ed. Rio de
Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018

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