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VIOLÊNCIA E ABUSO SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.

ARTIGO CIENTÍFICO COORDENADO PELA PROF° MESTRE THEMIS BUNA


BEZERRA.

ANA CAROLINA MARTINS MARQUES


INGRYD CONCEIÇÃO SILVA
MARIANA SILVA PINTO

SÃO LUÍS – MA
2023
Resumo: O presente artigo tem como objetivo abordar a violência sexual contra
crianças e adolescentes, destacando suas especificidades e apontar as possíveis
causas ou fatores que contribuem para a ocorrência dessa chaga social. Será
apresentada a importância do envolvimento de diferentes setores da sociedade,
noções de consentimento e educação sexual bem como os métodos, formas de
prevenção e identificação da violência para que seja possível evitar ocorrências futuras.
Palavras-chaves : Violência sexual; Abuso; Intrafamiliar e extrafamiliar;
Consentimento.
Abstract: This article aims to address sexual violence against children and
adolescents, highlighting its specificities and pointing out the possible causes or factors
that occurred for the occurrence of this social plague. It will be the importance of
involving different sectors of society, notions of consent and sex education as well as
methods, forms of prevention and identification of violence so that future occurrences
can be avoided.
Keywords: Sexual violence; Abuse; Intrafamilial and extrafamilial; Consent.
1. Introdução
A violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade alarmante em todo o
mundo. No Brasil, casos repulsivos são noticiados com frequência e na maioria das
vezes com consequências irreversíveis. Dentre os diversos tipos de violência, a
violência sexual contra crianças e adolescentes constitui o tipo de violência mais
reprovável e cruel dada às circunstâncias, por se tratar de vítimas vulneráveis
incapazes de consentir e que, em regra, deveriam obter proteção e cuidados.
Esse problema social, afeta milhares de menores e deixam danos físicos e emocionais
irreparáveis. Tais práticas desafiam a ordem moral e ética assim com os direitos
basilares do ser humano.
Essa violência contra crianças e adolescentes abrange diversos comportamentos que
inclui o abuso dentro e fora do âmbito familiar, cometido por pessoas próximas ou
estranhas dentro de espaços que em tese, são considerados seguros para o
desenvolvimento da criança ou adolescente. Igrejas, escolas e os próprios lares
tornam-se os lugares em que isso acontece com mais frequência.
As consequências disso, além de devastadoras, são de longo prazo e comprometem o
bem estar e desenvolvimento da vítima, podendo até mesmo incidir na repetição de
comportamentos, onde a criança vítima passa a se tornar a agressora quando na fase
adolescente ou adulta. Além disso, essa pratica repulsiva pode resultar em danos
graves como gravidez indesejada e a transmissão de doenças sexuais ou/e danos
emocionais e psicológicos, como traumas, desenvolvimento de ansiedade, depressão e
outros distúrbios.
Apesar da gravidade dessa problemática, muitos casos de violência permanecem
ocultos. O medo, a vergonha e a falta de conscientização que resultam no silêncio da
vítima contribuem para o ciclo de impunidade e perpetuação da violência.
2. Conceito e contexto histórico

O abuso sexual contra crianças e adolescentes, se dar quando há exploração


de indivíduos menores de idade, o abuso consiste em usar as crianças e
adolescentes para satisfazer desejos sexuais, através da exploração sexual,
coerção de cunho sexual, exposição a pornografia, toques inapropriados ou
qualquer forma e ato sexual não consentido. É um crime que atinge todas as
classes sociais, culturais e países. Em muitas regiões do brasil é comum a
exploração sexual comercial, onde há o trabalho sexual infanto-juvenil e trafico para
fins sexuais. Em muito dos casos a própria família é responsável pela prostituição
precoce de crianças e adolescentes, com finalidade de aproveitamento para renda
financeira.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, 76,5%
dos estupros acontecem dentro de casa, em 82,2% dos casos o abusador é
conhecido da vítima.

Sugere que grande parte das vítimas sentem receio em denunciar ou falar a
respeito, por medo de ser invalidado ou descredibilizado, consequência da
normatização da prática em séculos passados. As atitudes em relação ao abuso
sexual, em grade parte derivam das sociedades antigas, pelo fato de a violência
sexual não ser reconhecida e discutida na época, as crianças eram vistas como
propriedade dos pais.
Somente no século XIX começaram a surgir movimentos que visavam a
proteção das crianças e o combate a exploração sexual, no entanto, apenas no
século XX houve campanhas de conscientização sobre os danos causados pela
exploração, através de estudos psicológicos, e então foram criadas leis especificas
para criminalizar a prática, e serviços de apoio e terapia dará as vítimas.
3. Modalidades de abuso: intrafamiliar e extrafamiliar
Um ponto importante a ser debatido são as modalidades do abuso e como ele
acontece geralmente. O abuso sexual bem como os atos de exploração sexual de
crianças e adolescentes podem ocorrer nos mais diversos locais e de formas variadas,
cabendo, portanto, uma análise e distinção classificatória quanto a essas formas.
O abuso sexual pode ser classificado como: Abuso sexual intrafamiliar: é cometido por
pessoas com vínculo de parentesco, pais, parentes ou responsáveis legais. É o abuso
sexual incestuoso. Ocorre no ambiente familiar, sendo caracterizado como qualquer ato
sexual entre pessoas consanguíneas ou que possuam vínculo afetivo, podendo ocorrer
entre adulto e criança ou adolescente, ou adolescente e criança.
Abuso sexual extrafamiliar: Quando os abusadores não têm vínculo familiar, no
entanto, geralmente são participadores ativos na vida das crianças sendo responsáveis
por seus cuidados. Ocorre nos espaços socializadores, como escolas, igrejas,
consultórios etc. podendo haver um vínculo de confiança ou não.
A respeito do abuso intrafamiliar é de difícil aceitação reconhecer que a maioria dos
casos se apresenta dentro desta modalidade.
O Estatuto da Criança e do adolescente (1990) preconiza em seu Art. 5° que
‘’Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais’’. O esperado
é que principalmente dentro do recinto familiar e por seus genitores, a criança receba o
cuidado necessário para que viva em segurança e livre de qualquer atentado disposto
no referido Art. Por este motivo, diante dessa regra geral, os casos são de difícil
identificação e muitas vezes são identificados tarde demais, o que vem acontecendo
com maior frequência seja cometido por parentes, pelo pai ou pela mãe,
concorrentemente ou não, com a conivência e negligência de um ou outro. Sendo
assim, é de extrema importância a notificação no Conselho tutelar, ainda que se trate
de suspeitas.
É importante ressaltar, que por conta desse vínculo afetivo, a criança ou adolescente
possui maior dificuldade em analisar e identificar o abuso, dado os aspectos de
subordinação, obediência e afeto que possui com os familiares.

4. O perfil da vítima e do agressor


A UNESP (Universidade Estadual Paulista), realizou uma pesquisa, e estudos a fim de
identificar o perfil dos agressores, e das crianças e adolescentes vítimas. Observa-se
que quase 80% das vitimas são do sexo feminino, demonstrando que o machismo
ainda é predominante no Brasil, os dados apontam que há um aumento da incidência
de abusos quando a criança e adolescente não compartilha o mesmo lar com os pais,
pois em 62,5% dos casos da pesquisa, a vitima não morava com os pais, sugere que
grande parte dos abusos são praticados por tios e padrastos. Pessoas que
normalmente não são objetos de desconfiança por parte do responsável da criança e
do adolescente, fazendo com que o agressor tenha excesso de confiança para persistir
na prática.
4.1 O silêncio das vítimas do sexo masculino
As vitimas do sexo masculino encontram grandes dificuldades para relatar e
denunciar os abusos, pois há uma ideia enraizada de que um homem que foi
abusado perde sua masculinidade, e pode ser taxado como homossexual, por isso,
o medo de ser ridicularizado e não ser levado a sério, faz silêncio predominar. Além
disso, falta recursos informativos a respeito da possibilidade de homem ser vítima
do abuso, pois na maioria das campanhas de conscientização, a mulher que está
presente como a figura abusada. Por isso, há um receio de ser invalidado por parte
da família, e da sociedade que não é devidamente preparada para acolher esse tipo
de classe sem que haja antes um prequestionamento a respeito do fato.

5. Principais características e formas de identificação

Um dos principais sinais que podem ser identificados é a mudança no humor, medo
e a agressividade. Outro ponto que é possível de se identificar também é que o
desempenho na escola cai, a alimentação também é um dos fatores que podem
haver mudanças mais radicais. São sentimentos totalmente confusos, muita das
vezes a criança/ adolescentes passam a ter pesadelos e de certa forma passam a
regredir no comportamento exigindo um pouco mais de atenção e paciência dos
pais ou responsáveis. Um outro ponto relevante a ser identificado é o medo de
dormir só, medo do escuro, a criança ou adolescente, não sabe reagir a esse
sentimento e começa a se fechar, pois ela não consegue de fato compreender que
não é sua culpa.

Como podemos ver muita das vezes o abusador ele faz ameaças as vítimas, o que
acaba de certa forma afetando ainda mais o psicológico da criança, fazendo-a se
sentir insegura e com isso vem as mudanças na alimentação e desempenho na
escola, alguns possuem reações opostas, uns se alimentam menos, outros
desenvolvem compulsão alimentar, por se sentirem vazios e tentarem o preencher.
Na escola facilmente é possível de ser identificado, pois a criança fica mais
desatenta, as notas e desempenho caem.

6. Os costumes sociais e a desinformação


Historicamente, as crianças e adolescentes tinham pouca autonomia, e suas ideias
eram invalidadas pelos pais, além de ter o mito de que as crianças inventam
histórias, com imaginações férteis, essas crenças dificultam a prevenção e combate
ao abuso. Ademais, incessantemente as vítimas de abuso são de alguma forma
culpadas pelo que lhes acontece.
Em algumas épocas e contextos, havia uma tolerância social sobre o estupro, a
impunidade era comum, uma vez que havia escassez de leis que tratassem o
assunto, e o receio da vítima em relatar a situação.

7. A importância da educação sexual como objeto de prevenção

A educação sexual é um dos fatores mais importantes para que se previna um


abuso sexual, estudos apontam que quando as crianças e adolescentes aprendem
sobre os limites que se tem sobre o corpo, se tem um alto conhecimento,
dificilmente essa criança ou adolescente poderá ser alvo de um abuso sexual e
saberá como reagir nessas ocasiões.

É de suma importância ensinar desde criança que as partes íntimas do seu corpo
não devem ser tocadas, nem de brincadeira, e que só o principal cuidador dessa
criança por exemplo a mãe, pode tocar e de forma consentida, ensinar que não é
adequado mostrar socialmente e nem muito menos que outras pessoas estranhas
toquem, gerando na criança uma noção, tendo sempre cuidado na forma de falar,
usando uma linguagem adequada.

Presume-se também que tendo educação sexual a criança consegue ter coragem
de falar, sem medo de que suas falas sejam invalidadas. É importante também que
os cuidadores, seja os pais ou responsáveis da criança/ adolescentes, façam com
eles se sintam à vontade para conversar sobre esses assuntos, então podemos
dizer que a prevenção com o diálogo de educação sexual, é uma construção de um
bom diálogo e relacionamento com o menor, não invalidando suas falas, estudos
apontam que crianças que apanham ou são punidas de forma a se sentirem
constrangidas, são as mais vulneráveis a serem vítimas, por isso é importante ter
um bom relacionamento, assim evitando que a criança tenha segredo com o
cuidador, pois caso aconteça os responsáveis serão os primeiros na qual irão falar.
7.1 Noções de consentimento
Consentimento é ter consciência de que está no seu poder, dizer não para algumas
coisas, em relação a sexualidade, estar no seu poder consentir ou não, sobre
qualquer tipo de atividade sexual. A capacidade de consentir, presume-se como a
ideia de autonomia individual, livre de coações ou constrangimentos.
No que se refere ao consentimento, essa capacidade de razão pode ser associada
também à capacidade de ver as coisas corretamente e um estado de autodomínio,
o que de certo modo crianças não conseguem ter essa visão geral, de maldade, de
o que realmente é certo ou não. Deste modo é imprescindível falar sobre o que é
consentimento com as crianças/adolescentes, para que elas possam entender que
se ela não permitir que a toquem, este direito não pode ser violado.
O conhecimento do que é consentimento com a educação sexual, são dois pontos
na qual faz com que a criança/adolescentes dificilmente se torne vítima, para um
adolescente por exemplo já é bem mais fácil de explicar e mais fácil a compreensão
de que tais atos não são corretos, pois estes já vão ter de certo modo uma
compreensão melhor do que se trata, e que o não dela é válido e deve ser
respeitado, que as suas partes íntimas não podem ser tocadas, e com o tempo ir
avançando e explicando quais as ocasiões se consideram abuso sexual/ violência.

8. Consequências
O abuso sexual gera consequências a curto e longo prazo, essas consequências
podem se apresentar de diferentes formas e âmbitos da vida, podendo variar de
acordo com a intensidade do abuso, idade da vítima, relacionamento com o
agressor, e se o problema foi tratado de maneira efetiva.
Os danos mais presentes após o abuso sexual são os traumas psicológicos, como
ansiedade, depressão estresse pós-traumático, pesadelos, etc. Por outro lado, as
vítimas apresentam grandes dificuldade de manter relacionamentos saudáveis, pois
podem ter grande dificuldades de confiar em outras pessoas, não conseguir ter
intimidade emocional e sexual, por achar que pode estar sujeita a sofrer abusos
novamente.

9. Legislação
É de suma importância saber quando o ato é realmente um caso de abuso sexual,
principalmente quando se trata de ser sem contato físico, podemos pontuar o ato de:
Colocar a vítima em contato com materiais pornográficos.
ECA, Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de
comunicação, criança com o fim de com ela praticar ato libidinoso; Pena - reclusão, de
1
a 3 anos, e multa.
Deixar a vítima presenciar: Relações sexuais e/ou atos libidinosos; CP, Art. 218-A.
Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar,
conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de
outrem; Pena - reclusão, de 2 a 4 anos.
Da violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente
Lei 14.344/2022; Art. 2º Configura violência doméstica e familiar contra a criança e o
adolescente qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual, psicológico ou dano patrimonial:
I - no âmbito do domicílio ou da residência da criança e do adolescente, compreendida
como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar,
inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos
que compõem a família natural, ampliada ou substituta, por laços naturais, por
afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação doméstica e familiar na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a vítima, independentemente de coabitação.

Abuso sexual de crianças e adolescentes com contato físico


Essa modalidade podemos dizer que é a mais fácil de identificar, pois é mais
C.P., art. 217, a - ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
anos; Pena - reclusão, de 8 a 15 anos.
O que é pode ser considera ato libidinoso? a depender dos casos concretos, as
seguintes ações por exemplo podem ser consideradas: Sexo anal /oral; Penetração de
dedos: vagina/ ânus; Passar as mãos: seios/nádegas/ órgãos sexuais (até sobre as
vestes); Esfregar o órgão sexual no corpo da vítima; Introduzir objetos na vagina e/ou
ânus; Beijos eróticos.
Existe também a modalidade de crime de estupro no caso da omissão, podemos citar
um exemplo: O responsável pela criança/adolescente que sabe do caso e não impede
o abusador, nem muito menos denuncia, este crime segundo o Código Penal, Art, 13, §
2° A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado.
Lei nº 8.069/90; Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma
de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Considerações finais
Toda essa problemática demanda uma resposta urgente e efetiva da sociedade como
um todo, havendo o acolhimento das vitimas e desconstrução de estereótipos,
pensamentos e estigmas advindos do senso comum que se encontram ultrapassados,
sendo fundamental o reconhecimento da importância do diálogo, educação sexual e
consentimento como forma de combate á cultura do silêncio e que sejam
implementadas politicas publicas efetivas e mecanismos de defesa adequados, bem
como a promoção de uma cultura de denúncia e apoio ás vítimas.
O fortalecimento judicial para garantir a punição dos agressores e a implementação de
programas de recuperação e reintegração das vítimas são também formas cruciais de
combate.
Reconhecer que o combate à violência e a proteção das crianças e adolescentes é
responsabilidade de todos e que o problema só pode ser solucionado por meio de
ações coletivas, é um grande passo que contribui para a erradicação. Trata-se de um
desafio complexo, mas crucial e necessário para a devida proteção e garantia da
integridade, segurança e bem-estar dos menores que devem ter seus direitos
respeitados e se desenvolverem em um ambiente saudável e seguro.

Referências
SANTOS, Benedito Rodrigues dos. Guia de Referência: Construindo uma Cultura de
Prevenção à Violência Sexual. Benedito Rodrigues dos Santos, Rita Ippolito, São
Paulo, Childhood: Instituto WCF-Brasil, Prefeitura da Cidade de São Paulo, Secretaria
de Educação, 2009.
BARROS, Valdira. O Dito e o Interdito No Caso dos Meninos Emasculados do
Maranhão: Uma análise dos dispositivos de produção de verdades. EDUFMA, São
Luís, Maranhão, 2017.
https://www.mpdft.mp.br/portal/pdf/unidades/promotorias/pdij/Publicacoes/Guia-de-
Referencia.pdf
https://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/viewFile/475/611
https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/14-anuario-2022-violencia-
sexual-infantil-os-dados-estao-aqui-para-quem-quiser-ver.pdf;
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/maio/CartilhaMaioLaranja2021.pdf

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