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JURISPRUDÊNCIA / OSVALDO (OLHAR PARA VER SE CABE MESMO)

DANO MORAL

 TJ-MT - APELAÇÃO CÍVEL: AC 241278120098110041 MT

Jurisprudência • Acórdão • Data de publicação: 16/12/2019

SEGUNDA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO– COMARCA DE CUIABÁ/MT RECURSOS DE


APELAÇÃO CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PREJUÍZOS RESULTANTES DE
TURBAÇÃO E ESBULHO DA POSSE – PROCEDÊNCIA – POSSE INJUSTA OBTIDA PELOS
REQUERIDOS EM OUTRA AÇÃO - DANOS MATERIAIS – RESSARCIMENTO
– DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO – RECURSOS DESPROVIDOS. Demonstrada
a posse injusta obtida pelos requeridos, ora apelantes, em outro processo judicial, que
gerou danos materiais, angústia e frustração à parte apelada, vez que se passou por pessoa que
estaria privando os requeridos do acesso a um poço artesiano, ou seja, privando-os de elemento
essencial à vida, há que ser mantida a condenação por danos morais. Sendo comprovado que a
autora foi indevidamente acionada judicialmente pelos requeridos e foi obrigada a contratar
advogada particular, inequívoca a responsabilidade dos requeridos pelo ressarcimento a título
de danos materiais.-

“TJ-MT - APELAÇÃO CÍVEL: AC 241278120098110041 MT


AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA DE IMÓVEL C/C REINTEGRAÇÃO DE
POSSE E INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CONTRATO DE
PROMESSA DE COMPRA E VENDA. QUITAÇÃO. OUTORGA DA ESCRITURA
PÚBLICA... RECUSA DO PROMITENTE
VENDEDOR. REQUISITOS DA ADJUDICAÇÃO COMPROVADOS. POSSE E ESBULHO
CONFIGURADOS. DERRUBADA DO MURO. PROVA DO
PREJUÍZO MATERIAL. INDENIZAÇÃO DEVIDA. DANO MORAL FIXADO COM
MODERAÇÃO... POR PREJUÍZOS RESULTANTES DE TURBAÇÃO
E ESBULHO DA POSSE – PROCEDÊNCIA – POSSE INJUSTA OBTIDA PELOS
REQUERIDOS EM OUTRA AÇÃO – DANOS MATERIAIS – RESSARCIMENTO
– DANOS MORAIS – CONFIGURAÇÃO – RECURSOS “RECURSOS DE APELAÇÃO
CÍVEL – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PREJUÍZOS RESULTANTES DE TURBAÇÃO
E ESBULHO DA POSSE – PROCEDÊNCIA – POSSE INJUSTA OBTIDA PELOS
REQUERIDOS EM OUTRA AÇÃO – DANOS MATERIAIS – RESSARCIMENTO –
DANOS MORAIS – CONFIGURAÇÃO – RECURSOS DESPROVIDOS.
Demonstrada a posse injusta obtida pelos requeridos, ora apelantes, em outro processo
judicial, que gerou danos materiais, angústia e frustração à parte apelada, vez que se passou
por pessoa que estaria privando os requeridos do acesso a um poço artesiano, ou seja,
privando-os de elemento essencial à vida, há que ser mantida a condenação por danos morais.
Sendo comprovado que a autora foi indevidamente acionada judicialmente pelos requeridos e
foi obrigada a contratar advogada particular, inequívoca a responsabilidade dos requeridos
pelo ressarcimento a título de danos materiais.
(Órgão Julgador Vice-Presidência; Data de publicação: 04/05/2020; Julgamento 18/03/2020).”

.-” (TJMT. RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL 0024127-


81.2009.8.11.0041. RELATORA DESA. MARILSEN ANDRADE
ADDARIO. SEGUNDA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO.
Julgado em 04/12/2019. Publicado em 16/12/2019).
O Recorrente alega violação aos artigos 5º, XXXV,
da Constituição Federal; 187 do Código Civil e, 3º
e 77 do Código de Processo Civil, ao argumento de que sua
conduta não consubstanciaria ato ilícito.

Aponta, outrossim, violação ao artigo 489 § 1º, I e V, do CPC,


sob a assertiva de que o acórdão padeceria de vício de
fundamentação.

Recurso tempestivo (id. 32544968) e devidamente preparado


(id. 32970469).

Sem contrarrazões, conforme id. 33575466.

Órgão Julgador
Vice-Presidência

Publicação
04/05/2020

Julgamento
18 de Março de 2020

TJ-MG - Apelação Cível: AC 0021323-61.2007.8.13.0557


Rio Piracicaba
EMENTA PARA CITAÇÃO

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2º GRAU
Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Apelação Cível: AC 0021323-
61.2007.8.13.0557 Rio Piracicaba
EMENTA PARA CITAÇÃO

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Publicado por Tribunal de Justiça de Minas Gerais

há 2 anos

 Resumo(ativo)
 Inteiro Teor

Ementa
Apelação - ação indenizatória - servidão administrativa -
preexistente à aquisição da propriedade - prova pericial - mera
substituição de servidão anterior - proprietário atual - direito
indenizatório - ausência - apelação à qual se nega provimento.
1. Ao autor incumbe a prova de fatos constitutivos do seu
direito. Art. 373, I do Código de Processo Civil.
2. Dado que a prova pericial concluiu que a servidão atual se
deu em substituição de servidão anterior à aquisição do imóvel
pelo autor, bem como ausente qualquer prova de que essa
substituição tenha extrapolado os direitos de servidão, não
subsiste pleito indenizatório.
3. O adquirente assume o imóvel no estado em que se
encontra, inclusive com os ônus sobre ele instituídos.
4. Em se tratando de servidão preexistente, contínua e
consolidada, instituída, com a anuência prévia de quem
detinha o direito de dispor da posse plena do local à época,
impossível o questionamento pelo proprietário posterior.
Órgão Julgador
Câmaras Cíveis / 2ª CÂMARA CÍVEL

Publicação
05/08/2021

Julgamento
3 de Agosto de 2021
TJ-MG - Apelação Cível: AC 0147589-73.2012.8.13.0313
Ipatinga
EMENTA PARA CITAÇÃO

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2º GRAU

Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Apelação Cível: AC 0147589-


73.2012.8.13.0313 Ipatinga
EMENTA PARA CITAÇÃO

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Publicado por Tribunal de Justiça de Minas Gerais

há 5 anos

 Resumo(ativo)
 Inteiro Teor

Ementa
EMENTA: APELAÇÃO. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. LINHA DE
TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. EXTENSÃO DA
FAIXA DE SERVIDÃO SEM OBSERVÂCIA ÀS EXIGÊNCIAS
LEGAIS. OCUPAÇÃO DE 93,74% DO
IMÓVEL. VERDADEIRA DESAPROPRIAÇÃO
INDIRETA. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. - A
indenização devida em razão da instituição de servidão
administrativa deve ser proporcional à perda financeira
decorrente desta modalidade de intervenção na propriedade. De
acordo com a doutrina de Marçal Justen Filho, "se a limitação
importar restrição de grande extensão, deixará de configurar-se
uma limitação propriamente dita. Haverá uma situação similar à
desapropriação." (Curso de direito administrativo. 11. ed., São
Paulo: RT, 2015, p. 600-1). - Para efeito de prescrição, considera-
se o prazo aplicável à desapropriação indireta, da
Súmula 119/STJ: "A ação de desapropriação indireta prescreve
em vinte anos", e não o lapso quinquenal estabelecido pelo DL
20.910/32. - O ônus de comprovar a ocorrência da prescrição da
pretensão indenizatória decorrente da instituição de servidão
administrativa é da empresa responsável pela Linha de
Transmissão, na forma do art. 373, II, do NCPC. Não
comprovado o decurso do prazo prescricional, afasta-se o seu
pronunciamento na sentença. EMENTA: APELAÇÃO
CÍVEL - ADMINISTRATIVO - SERVIDÃO: ÁREA:
AMPLIAÇÃO - APROVEITAMENTO ECONÔMICO:
ESVAZIAMENTO - DESAPROPRIAÇÃO
INDIRETA - INDENIZAÇÃO PRÉVIA - VALOR
JUSTO - LAUDO PERICIAL OFICIAL - CONSECTÁRIOS
LEGAIS - JUROS REMUNERATÓRIOS - JUROS
MORATÓRIOS - ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
1. A servidão administrativa que atinge parte da área do
imóvel, reduzindo a sua utilidade econômica, causa prejuízo ao
proprietário, que deve ser indenizado na mesma proporção da
redução do valor econômico do bem.
2. A ampliação de área de servidão até o limite do não-
aproveitamento útil do remanescente do imóvel, sem
indenização prévia, configura desapropriação indireta.
3. Para indenização pela perda do bem imóvel, é justo o valor
aferido pelo perito oficial cujas conclusões técnicas subsistem
às impugnações da parte contrária.
4. É de 6% (seis por cento) ao ano o percentual dos juros de
mora no caso de indenização por desapropriação indireta,
contados do trânsito em julgado da sentença, quando devidos
por pessoa jurídica de direito privado.
5. Na desapropriação indireta, os juros compensatórios
incidem a partir da efetiva ocupação, a se apurar em liquidação
de sentença se inexistente a prova, no percentual de 12% (doze
por cento) ao ano sobre a totalidade do quantum indenizatório,
corrigido monetariamente.
6. Atualiza-se pelo IPCA/IBGE o valor da indenização, a partir
da data do laudo pericial, que o torna líquido. V.V EMENTA:
APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - PROCESSUAL
CIVIL - SERVIDÃO ADMINISTRATIVA - PRESCRIÇÃO:
TERMO INICIAL: LESÃO - PROVA: ÔNUS. 1. Incumbe àquele
que pede indenização por servidão administrativa provar a
data da limitação da propriedade, termo inicial da pretensão.
Órgão Julgador
Câmaras Cíveis / 7ª CÂMARA CÍVEL

Publicação
12/06/2018

Julgamento
29 de Maio de 2018
TJ-PE - Apelação: APL 0004465-50.2015.8.17.1110 PE
RECURSO DE APELAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE
FAZER. INSTALAÇÃO DE POSTE DE ENERGIA EM
TERRENO PARTICULAR. REMOÇÃO. ÔNUS DA
CONCESSIONÁRIA. COBRANÇA DESCABIDA.
CONCESSIONÁRIA NÃO COMPROVA A INSTALAÇÃO
DE POSTE RESPEITANDO NORMAS
REGULAMENTARES E O DIREITO DE
PROPRIEDADE. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1- A empresa não comprovou que o poste foi instalado
consoante a Resolução 414/2010 da Aneel.
2 - Art. 44, VII, e art. 102, II, da Resolução 414/2010 da Aneel
não aplicável ao caso concreto, pela inobservância da
concessionária do ato normativo quando da instalação do
equipamento.
3 - O ônus do serviço de remoção do poste não pode ser
suportado pelo consumidor já que a Celpe deixou de observar o
direito de propriedade alheio ao adentrar na propriedade do
autor para instalar um equipamento, sem autorização.
4 - Recurso improvido. Manutenção da sentença pelo juízo a
quo em todos os seus termos.

Órgão Julgador
1ª Câmara Regional de Caruaru - 1ª Turma

Publicação
18/10/2018

Julgamento
10 de Outubro de 2018
STJ - AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL: AREsp
1933654 CE 2021/0207887-9
ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. AGRAVO DE
INSTRUMENTO. IMISSÃO PROVISÓRIA NA
POSSE. DECLARAÇÃO DE URGÊNCIA E DEPÓSITO
PRÉVIO. DEFERIMENTO DA IMISSÃO NA
PROPRIEDADE. INSURGÊNCIA. ALEGAÇÃO DA
NECESSIDADE DE AVALIAÇÃO
DEFINITIVA. CONDIÇÃO PARA IMISSÃO NA
POSSE. RECEIO DE PREJUÍZO. PEDIDO DE
DEPÓSITO DO VALOR APURADO
JUDICIALMENTE. VIOLAÇÃO DO ART. 15 DO
DECRETO N. 3.365/1941 NÃO
EVIDENCIADA. PRECEDENTES.
I - Na origem, trata-se de agravo de instrumento interposto por
particulares, contra decisão interlocutória que deferiu ao ente
federado a imissão provisória na posse do imóvel objeto de
desapropriação para viabilização de construção da Barragem
Jucá, ante o depósito do valor indenizatório apurado
administrativamente.
II - O Tribunal a quo negou provimento ao recurso, mantendo
a decisão monocrática.
III - Contrariedade aos arts. 489, § 1º, VI, e 927, III, do CPC de
2015 não constatada, uma vez que o acórdão recorrido está
devidamente fundamentado, em que pese em sentido diverso
da pretensão dos recorrentes.
IV - Não se verifica violação do art. 15, caput, do Decreto n.
3.365/1941, encontrando-se o aresto recorrido em consonância
com entendimento firmado nesta Corte Superior de que a
imissão provisória na posse do imóvel objeto de
desapropriação, caracterizada pela urgência devidamente
comprovada, prescinde da citação do réu, de avaliação prévia,
de perícia judicial ou de pagamento integral da indenização.
Precedentes: AgInt no REsp 1756911/PA, Rel. Ministra Regina
Helena Costa, Primeira Turma, DJe 26/09/2019, REsp
1645610/RJ, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
DJe 20/04/2017.
V - Agravo conhecido para negar provimento ao
recurso especial.
Órgão Julgador
T2 - SEGUNDA TURMA

Publicação
DJe 13/12/2021

Julgamento
7 de Dezembro de 2021

TRF-4 - AGRAVO DE INSTRUMENTO: AG 5003092-


82.2019.4.04.0000 5003092-82.2019.4.04.0000
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE
DESAPROPRIAÇÃO. IMISSÃO PROVISÓRIA NA
POSSE DO IMÓVEL. DEPÓSITO PRÉVIO. EXIGÊNCIA
DE PERÍCIA JUDICIAL.
1. Em se tratando de desapropriação por utilidade pública, em
regime de urgência, está legalmente autorizada a imissão
provisória na posse do imóvel expropriado, mediante o
depósito do valor ofertado a título de indenização (art. 15 do
Decreto-Lei n.º 3.365/41).
2. O fato de o montante do depósito inicial ser, eventualmente,
inferior ao valor real do bem, não impede a imissão provisória
do expropriante na sua posse, porquanto a situação é
provisória e somente tornar-se-á definitiva com o pagamento
de justa indenização, fixada judicialmente, após ampla defesa e
contraditório. A vingar a tese contrária, ter-se-á a realização de
duas avaliações judiciais do imóvel no mesmo processo, sem a
participação das partes em uma delas, a despeito de já existir
um laudo técnico a amparar o montante da oferta.

Órgão Julgador
QUARTA TURMA

Julgamento
5 de Junho de 2019
Até aqui

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. TUTELA DE URGÊNCIA.


RETOMADA DO BEM. REQUISITOS DEMONSTRADOS. RECURSO NÃO PROVIDO. 1.
Para concessão da tutela de urgência, necessária a presença de elementos que evidenciem a
probabilidade do direito, o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo e a
reversibilidade da medida (art. 300 do CPC/2015). 2. Presentes os mencionados requisitos,
deve ser deferida a medida". 3) Recurso não provido. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv
1.0000.22.181608-5/001, Relator (a): Des.(a) Marcos Lincoln , 11ª CÂMARA CÍVEL,
julgamento em 19/04/2023, publicação da súmula em 19/ 04/ 2023).”

"AGRAVO DE INSTRUMENTO."AÇÃO REIVINDICATÓRIA DE POSSE". MEDIDA


LIMINAR. REQUISITOS LEGAIS. PRESENÇA. Nos termos da legislação processual
aplicável, para deferimento da tutela de urgência é necessário demonstrar, de imediato, os
elementos que evidenciem a existência do direito pleiteado, o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo. Presentes os requisitos legais exigidos, a tutela de urgência poderá
ser concedida, contudo, se ausentes, deverá ser indeferida (art. 300 e seguintes do CPC).
Recurso não provido". (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0000.22.037421-9/001, Relator
(a): Des.(a) Vicente de Oliveira Silva , 20ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 19/10/2022,
publicação da súmula em 20/ 10/ 2022) (grifou-se)

"AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO REIVINDICATÓRIA - PEDIDO LIMINAR -


IMPOSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DO ART. 300 DO CPC/15 -
NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA - AUSÊNCIA DE PROVA DA POSSE INJUSTA
EXERCIDA PELA RÉ - DISCUSSÃO DE SUPOSTO DIREITO REAL DE HABITAÇÃO
DA RÉ. 1. A ação reivindicatória tem natureza petitória, motivo pelo qual irrelevante a
comprovação de posse, haja vista que se discute apenas o domínio do imóvel e o exercício da
posse injusta pela parte adversa. 2. Não obstante os bens litigiosos tenham sido transferidos
por inventário aos autores, verifica-se nos autos que a ré discute suposto direito real de
habitação por alegar ter vivido em união estável com o irmão da autora/agravante. Assim,
restam ausentes os requisitos legais da tutela provisória de urgência de natureza antecipada
(art. 300 do CPC/15), notadamente a probabilidade do direito invocado pela autora, bem como
o perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo. 3. Impossível à concessão da liminar
possessória, uma vez que indispensável a dilação probatória. 5. Recurso conhecido e não
provido." (TJMG-Agravo de Instrumento-Cv 1.0000.20.563750-7/001, Relator (a) Des.(a)
Shirley Fenzi Bertão, 11ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 29/04/2021, DJe. 30/04/2021)
(grifou-se)
Órgão Julgador
18ª CÂMARA CÍVEL
Publicação
05/07/2023
Julgamento
4 de Julho de 2023
(DE TUDO ISSO ACIMA)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. PEDIDO DE
LIMINAR – REQUISITOS NÃO DEMONSTRADOS – NECESSIDADE DE DILAÇÃO
PROBATÓRIA. DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
Para a concessão da medida liminar em ação reivindicatória de imissão na posse, é necessária
a comprovação do domínio do bem e da posse injusta, sendo o último não demonstrado na
hipótese dos autos.
Órgão Julgador
3ª Câmara Cível
Publicação
15/09/2020
Julgamento
31 de Agosto de 2020
Relator
Des. Odemilson Roberto Castro Fassa
TJ-SP - Agravo de Instrumento: AI 2007335-41.2020.8.26.0000 SP 2007335-
41.2020.8.26.0000
EMENTA PARA CITAÇÃO
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2º GRAU
Tribunal de Justiça de São Paulo TJ-SP - Agravo de Instrumento: AI 2007335-
41.2020.8.26.0000 SP 2007335-41.2020.8.26.0000
EMENTA PARA CITAÇÃO
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Publicado por Tribunal de Justiça de São Paulo


há 4 anos

 Resumo(ativo)
 Inteiro Teor

Ementa
TUTELA PROVISÓRIA.
Ação reivindicatória. Decisão que determina liminarmente a imissão da autora na posse do
imóvel litigioso. Manutenção. Não há falar em cerceamento de defesa, pois deve o Magistrado
se pronunciar inaudita altera parte sobre pedidos de tutela provisória de urgência. Inteligência
do art. 9º, parágrafo único, inciso I, do CPC/2015. Almeja a autora nesta reivindicatória,
fundada no jus possidendi, a posse direta do imóvel na qualidade de titular do domínio. Inicial
instruída com elementos que demonstram a titularidade do domínio. Para efeito
reivindicatório, posse injusta é aquela desprovida de causa jurídica a justificá-la, o que
impede o possuidor sem título de manter consigo a coisa alheia. Posse injusta dos réus
configurada. Ordem de imissão na posse bem determinada. Inviável acolher o pedido
subsidiário de arbitramento de valor simbólico a título de aluguel enquanto se aguarda o
julgamento do feito, pois tal requerimento deve ser necessariamente precedido de
manifestação da parte autora, que tem em seu favor liminar de imissão na posse. Recurso
desprovido.
Órgão Julgador
1ª Câmara de Direito Privado
Publicação
11/02/2020
Julgamento
11 de Fevereiro de 2020

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE SERVIDÃO


ADMINISTRATIVA. LINHA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA. CONSTITUIÇÃO. CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO DE
ENERGIA. AUTORIZAÇÃO ADMINISTRATIVA LEGÍTIMA. IMÓVEL
SERVIENTE PERTENCENTE A PARTICULARES. INDENIZAÇÃO AOS
PROPRIETÁRIOS DO IMÓVEL SERVIENTE. CRITÉRIOS. PERCENTUAL
INCIDENTE SOBRE O VALOR TOTAL DA
ÁREA. ADEQUAÇÃO. SERVIDÃO. RESTRIÇÃO DE USO. DOMÍNIO
PRESERVADO. LAUDO PERICIAL. INFIRMAÇÃO. INEXISTÊNCIA. IMÓVEL
RURAL. ÁREA DE TRANSIÇÃO. VOCAÇÃO PARA TRANSFORMAÇÃO EM ÁREA
URBANA. TRANSIÇÃO AUSENTE. USO PRESENTE. DESTINAÇÃO
EXCLUSIVAMENTE RURAL. INDENIZAÇÃO SEGUNDO A REALIDADE
ATUAL.. LEGALIDADE E LEGITIMIDADE. SERVIDÃO
ADMINISTRATIVA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CRITÉRIOS DE
FIXAÇÃO. REGRA PRÓPRIA E ESPECÍFICA. OBSERVÂNCIA. NULIDADE DA
SENTENÇA. PROVA. EXAME E COTEJO. APREENSÃO
EQUIVOCADA. ALEGAÇÃO. MATÉRIA AFETA AO
MÉRITO. FUNDAMENTAÇÃO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. NÃO CONFIGURAÇÃO. APELAÇÕES
DESPROVIDAS. PRELIMINARES REJEITADAS.
1. Amalgamando a arguição de nulidade da sentença matéria atinada exclusivamente com o
próprio mérito, pois volvida ao reconhecimento da ocorrência de má interpretação da prova e
da ocorrência de preclusão, encerra matéria reservada exclusivamente ao mérito, pois, como
cediço, coligidas as provas postuladas e afirmada a preclusão da matéria relativa a
determinada questão, a interpretação das provas e o exame dos efeitos legais daquele fato
processual consubstanciam trabalho a ser empreendido pelo juiz de conformidade com o
princípio da persuasão racional ou convencimento motivado, derivando que eventual
interpretação dissonante do retratado nas provas e na lei processual civil poderá ensejar a
reforma do julgado, e não sua invalidação sob o prisma de que estaria contaminado por vício
de nulidade ou porque implicaria eventual cerceamento de defesa.
2. A sentença que examina de forma crítica e analítica todas as questões suscitadas, resultando
da fundamentação que alinhara o desate ao qual chegara com estrita observância das balizas
impostas à lide pelo pedido, satisfaz, com louvor, a exigência de fundamentação jurídico-
racional que lhe estava debitada como expressão do princípio da livre persuasão racional
incorporado pelo legislador processual e à indispensabilidade de resolver estritamente a causa
posta em juízo, não padecendo de vício de nulidade derivado de carência de fundamentação,
notadamente porque não há como se amalgamar ausência de fundamentação com
fundamentação dissonante da alinhada pela parte insatisfeita com o decidido ( CF, art. 93,
inc. IX).
3. Conquanto a servidão administrativa destinada à passagem de rede de transmissão elétrica
não implique na transmissão do domínio do imóvel que é por ela alcançado, enseja
a constituição de ônus real de uso sobre a propriedade particular em favor da poder público e
no interesse público, pois deriva sempre de motivo de necessidade ou utilidade pública, e, em
emergindo da sua instituição limitação ao pleno exercício dos atributos inerentes à
propriedade, redundando na restrição de uso, gozo e fruição do imóvel serviente por parte do
seu proprietário, qualifica-se como fato gerador de compensação pecuniária devida ao
detentor do domínio da área que alcança.
4. Caracterizada a servidão administrativa como fato gerador de compensação devida ao
proprietário ou legítimo possuidor do imóvel serviente, o que, aliás, emerge do
enquadramento que legalmente lhe é assegurado, a indenização devida ao proprietário do
imóvel que alcança deve ser mensurada de conformidade com a área que afetara, com o seu
valor de mercado e com as limitações que ensejara no seu uso e fruição por parte do
proprietário, não podendo, contudo, corresponder te ao valor de mercado do imóvel ante o
fato de que seu domínio e uso restrito continuam sendo detidos pelo proprietário.
5. Conquanto o imóvel no qual inserida a área serviente esteja situado em Zona Urbana de
Expansão e Qualificação, se ainda não fizera a transição do uso rural para uso urbano,
conquanto autorizado pelo PDOT, o fato de se tratar de área de transição entre o uso rural e o
uso urbano não a transmuda em área urbana, somente sinalizando que é propensa ao uso
urbano, o que não obsta que continue sendo destinada ao uso rural, à medida em que o
zoneamento, em verdade, permite que o proprietário, observadas todas as exigências legais, a
transmude em urbana, satisfazendo o mínimo exigido para tanto, notadamente quanto ao
parcelamento regular do solo, com todos os custos que encerra.
6. Não se tratando de área já parcelada e destinada ao uso urbano, estando, conforme
testificado pelo laudo pericial, destinada exclusivamente ao uso rural, inviável que o
proprietário frua de indenização decorrente da instituição de servidão administrativa como se
a transição já houvesse se operado e houvesse, observado o exigido, inclusive pelo Estatuto
das Cidades, transmudado a área segundo sua vocação em área urbana, devendo a indenização
decorrente da restrição de uso, portanto, ser mensurada segundo o uso e valor de mercado
atuais do imóvel, não com base no que poderá gerar no futuro.
7. Tratando-se de espécie regulada de forma específica por encerrar instituição de servidão
administrativa, afasta a aplicação da lei genérica, no caso, o Código de Processo Civil,
devendo os honorários advocatícios, assumindo a definição da indenização caráter
contencioso, observar o disposto na lei especial, o artigo 27, § 1º, do Decreto-Lei
n. 3.365/1941, que deverão ser impostos ao desapropriante quando a indenização oferecida é
inferior à efetivamente devida.
8. Segundo a regulação especial, ofertada indenização inferior à devida, à desapropriante
devem ser impostos honorários advocatícios de sucumbência, que, observadas a natureza da
ação, os trabalhos desenvolvidos, o grau de dificuldade que demandaram e a atuação dos
patronos, devem (i) ter como base de incidência a diferença entre o preço oferecido pelo
expropriante e o valor fixado em sentença, (ii) observar os percentuais mínimo e máximo
(0,5% a 5%), afastada a limitação pecuniária estabelecida, ensejando que a verba seja mantida
se firmada segundo esses critérios, notadamente, quando observados os incisos I a IV do §
2º do art. 85 do CPC.
9. Recursos conhecidos e desprovidos. Preliminares rejeitadas. Unânime.
TJ-DF: Órgão Julgador
1ª Turma Cível
Publicação
Publicado no DJE : 21/01/2022 . Pág.: Sem Página Cadastrada.
Julgamento
1 de Dezembro de 2021

Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Apelação Cível: AC 5006153-88.2019.8.13.0024


MG
EMENTA PARA CITAÇÃO
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2º GRAU
Tribunal de Justiça de Minas Gerais TJ-MG - Apelação Cível: AC 5006153-
88.2019.8.13.0024 MG
EMENTA PARA CITAÇÃO
BUSCAR

Publicado por Tribunal de Justiça de Minas Gerais


há 2 anos

 Resumo(ativo)
 Inteiro Teor

Ementa
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO
REIVINDICATÓRIA - PRELIMINAR - NULIDADE DA DECISÃO - VÍCIO ULTRA
PETITA - REJEIÇÃO - PRELIMINAR - AUSÊNCIA DOS REQUISITOS
PARA CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO - MATÉRIA DE
MÉRITO - PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DA
REIVINDICATÓRIA - PROPRIEDADE COMPROVADA - NÃO DEMONSTRAÇÃO
DE SOBREPOSIÇÃO DOS TERRENOS - USUCAPIÃO COMO MATÉRIA DE
DEFESA - POSSIBILIDADE - POSSE NÃO COMPROVADA - NULIDADE DO
TÍTULO - FALSIDADE DO REGISTRO - FÉ PÚBLICA - REJEIÇÃO - RETENÇÃO E
INDENIZAÇÃO - IMPOSSIBILIDADE - DEMOLIÇÃO DA CONSTRUÇÃO - POSSE
DE MÁ-FÉ - SENTENÇA MANTIDA.
- Não há que se falar em decisão ultra petita, visto que o juízo a quo decidiu nos limites em
que pleiteado pela parte autora, em atenção ao aditamento da inicial realizado - A suposta
ausência dos requisitos indispensáveis à ação reivindicatória se confunde com o mérito do
feito, não havendo que se falar em extinção sem sua resolução - Se a parte autora
individualizou a área reivindicada, provou sua propriedade, bem como a posse injusta do réu
sobre o bem litigioso, impõe-se a procedência da ação reivindicatória, nos termos do
art. 1.228 do CC/02 - A usucapião, usada enquanto matéria de defesa, depende da
demonstração do tempo, da posse mansa e pacífica e do animus domini, o que não restou
evidenciado nos autos - A escritura registrada é dotada de fé pública, tendo sido lavrada por
Oficial de Justiça, de forma que a mera prova documental, desvinculada de demais elementos,
não tem o condão de invalidar o registro e consequentemente a propriedade sobre o bem -
Diante da ausência de boa-fé dos possuidores e, inexistindo prova nos autos especificando as
benfeitorias e o seu valor, não há como se acolher os pedidos atinentes ao direito de retenção
e indenização - Mantida a pretensão reivindicatória e configurada a posse de má-fé, deve ser
mantido também o decreto de desfazimento das obras realizadas em terreno alheio.
Órgão Julgador
Câmaras Cíveis / 9ª CÂMARA CÍVEL
Publicação
16/12/2021
Julgamento
15 de Dezembro de 2021

TJ-PR - Apelação: APL 0073328-07.2017.8.16.0014 Londrina 0073328-07.2017.8.16.0014


(Acórdão)
EMENTA PARA CITAÇÃO
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2º GRAU
Tribunal de Justiça do Paraná TJ-PR - Apelação: APL 0073328-07.2017.8.16.0014
Londrina 0073328-07.2017.8.16.0014 (Acórdão)
EMENTA PARA CITAÇÃO
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Publicado por Tribunal de Justiça do Paraná


há 2 anos

 Resumo(ativo)
 Inteiro Teor

Ementa
EMENTA – APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. DIREITO DE
PROPRIEDADE COMPROVADO. DEMANDA PETITÓRIA. POSSE INJUSTA
DEMONSTRADA. REQUISITOS DO ART. 1.228 /CC. FATO EXTINTIVO,
IMPEDITIVO OU MODIFICATIVO DO DIREITO DA AUTORA NÃO
COMPROVADO (ART. 373, II /CPC). INDENIZAÇÃO DEVIDA PELA
IMPOSSIBILIDADE DE FRUIÇÃO DO IMÓVEL PELA AUTORA. VALOR DOS
ALUGUEIS A SER APURADO EM FASE DE LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA. SENTENÇA REFORMADA. PROVIMENTO.
1. Na ação reivindicatória, de natureza petitória por excelência, discute-se o direito de
propriedade da parte autora em oposição à posse, supostamente injusta, exercida pela parte
requerida, não se confundindo com ação possessória.
2. A ação reivindicatória tem como requisitos: a) a prova do domínio do imóvel pelo autor; b)
a individuação e identificação da coisa; e c) prova da injusta posse exercida pelo réu (art.
1.228 /CCB).
3. Comprovada a propriedade da parte autora e o exercício de posse injusta pela requerida, em
razão do indeferimento do pedido de retenção do imóvel formulado em ação de divórcio,
impõe-se a reforma da sentença, julgando-se procedente a pretensão reivindicatória.
4. Uma vez que a proprietária foi impedida de usufruir do imóvel, é cabível a indenização na
forma de alugueis a partir da decisão proferida na ação de divórcio, onde restou afastado o
direito da requerida quanto à retenção do bem, cujo valor deverá ser calculado em liquidação
de sentença. 4. Apelação Cível a que se dá provimento, invertendo-se os ônus da
sucumbência. (TJPR - 17ª C.Cível - 0073328-07.2017.8.16.0014 - Londrina - Rel.: JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO EM SEGUNDO GRAU FRANCISCO CARLOS JORGE - J.
19.04.2021)

Acórdão
I. RelatórioInsurge-se a parte autora em face da sentença proferida nos autos de ação
reivindicatória de posse, sob nº 0073328-07.2017.8.16.0014, proposta perante o Juízo da 8ª
Vara Cível do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Londrina, a qual julgou
improcedente o pedido formulado na petição inicial, condenando-a ao pagamento das custas
processuais e dos honorários advocatícios, fixados em 10% sobre o valor da causa (mov.
135.1/orig.).Após relato dos fatos, sustenta a requerente que, diferente da afirmação contida
na sentença, a demanda ajuizada trata-se de reivindicatória, que é a ferramenta adequada ao
proprietário que já teve a posse do imóvel, mas, que está impedido injustamente ao pleno
exercício de sua propriedade, conforme ampla jurisprudência deste Tribunal, o que impõe a
reforma da decisão a quo. Defende que, ainda que se tratasse de ação de imissão na posse,
como mencionado pelo julgador, é perfeitamente aplicável o princípio da fungibilidade, em
observância à celeridade e à economia processual, devendo ser reconhecida a ação pela via
adequada, pugnando pela procedência de sua pretensão inicial determinando-se a desocupação
do imóvel pela apelada, a qual o utiliza de forma injusta, irregular e precária, causando-lhe
prejuízos, os quais devem ser compensados, mediante pagamento de alugueis pelo período
ocupado indevidamente (mov. 142.1/orig.).Apresentadas contrarrazões pela parte requerida
(mov. 146.1/orig.) vieram os autos a esta Corte.Eis, em síntese, o relatório. II.
FundamentosTrata-se de apelação interposta em face de sentença — proferida pelo
magistrado Matheus Orlandi Mendes — através da qual foi julgada improcedente a pretensão
inicial, condenando-se a parte autora ao pagamento total das custas processuais e dos
honorários advocatícios, arbitrados em 10% (dez por cento) sobre o valor da causa (mov.
135.1/orig.).Presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade — tempestividade,
preparo, regularidade formal e inexistência de fato impeditivo —, e intrínsecos —
legitimidade, interesse e cabimento — merece ser conhecido o recurso, com efeito
suspensivo, por não se tratar de nenhuma das exceções previstas no § 1º, do
artigo 1.012 do Código de Processo Civil/15.II.I. Breve Relato dos FatosMaria de Lourdes da
Silva Mendes ajuizou a presente demanda reivindicatória em face de Luiza Maria Curti
alegando, em síntese, que é proprietária do imóvel residencial situado à quadra nº 12, lote nº
14, do Jardim Portal dos Pioneiros, à Rua Jair Cortez, nº 340, Londrina, o qual foi cedido, em
janeiro de 2009, à requerida e ao seu cônjuge — Sylvio Mendes Junior, filho da autora — a
título de comodato gratuito com prazo indeterminado, porém, este último foi obrigado a
desocupar o imóvel em razão de medida protetiva solicitada pela requerida, seguida de
processo de divórcio em trâmite (autos nº 0063711-23.2017.8.16.0014, 2ª Vara de Família de
Londrina). Alega que, mesmo após notificada em 06.09.2017, a requerida recusou-se a
desocupar o bem, permanecendo no local injustamente, sem sequer efetuar o pagamento de
despesas do imóvel/IPTU, razão pela qual pretende a i) concessão dos efeitos da antecipação
da tutela, determinando a desocupação do imóvel pela ré e, ao final, a ii) procedência do
pedido reivindicatório para restituição do imóvel de propriedade da requerente, condenando-
se a requerida ao pagamento de alugueis mensais, além dos ônus de sucumbência (mov.
1.1/orig.).Após a realização de audiência de justificação prévia (mov. 25.1/orig.), o pedido de
tutela provisória requerido na inicial foi indeferido, tendo sido determinada a suspensão do
feito até o julgamento da demanda de divórcio em curso entre a requerida e o filho da autora
(mov. 43.1/orig.).Interposto agravo de instrumento pela autora em face da mencionada
decisão, o recurso foi parcialmente provido apenas para o fim de limitar o prazo de suspensão
da ação em 01 (um) ano, nos termos do art. 313, § 4º /CPC, ou até que seja proferida decisão
na ação de divórcio acerca da propriedade do imóvel, o que ocorrer antes (mov. 86.1/orig.).Na
sequência, diante das alegações da autora de que a ré não estaria mais residindo no imóvel, foi
determinada a expedição de mandado de constatação para o fim de averiguação da situação do
bem, além de determinado o prosseguimento do feito, tendo em vista a prolação de sentença
nos autos de ação de divórcio (mov. 99.1/orig.).A requerida apresentou contestação aduzindo,
em síntese, que não são verdadeiras as alegações de que estaria deteriorando o bem imóvel
e/ou deixando de quitar os débitos junto à Sanepar e à Copel; bem como que, conforme a
sentença proferida nos autos de divórcio, tem direito à retenção do bem até que lhe sejam
indenizadas as benfeitorias úteis e necessárias realizadas no imóvel, de modo que a
improcedência do pedido inicial se impõe (mov. 118.1/orig.).Em impugnação à contestação, a
requerente informa que houve reforma da decisão proferida nos autos de divórcio em sede
recursal, tendo sido afastada a autorização de retenção do imóvel até a indenização por
benfeitorias, razão pela qual pretende a procedência do pedido inicial (mov.
124.1/orig.).Intimadas ambas as partes para especificarem as provas que pretendiam produzir,
apenas a parte requerente se manifestou pelo julgamento antecipado da lide (mov.
132.1/orig.), sobrevindo, enfim, a sentença ora impugnada (mov. 142.1/orig.).II.II. Da
Pretensão ReivindicatóriaA autora/apelante defende que, ao contrário do que consta na
sentença, propôs ação reivindicatória, que é o meio adequado ao proprietário que já teve a
posse do bem, porém, está impedido injustamente de exercer de forma plena o seu direito de
propriedade, não havendo que se falar em improcedência da ação.Analisando as
particularidades do caso concreto, observa-se que, inobstante a fundamentação contida na
sentença, a apelante tem razão.É sabido que a ação reivindicatória tem cunho petitório, ou
seja, o direito pleiteado pela parte autora baseia-se na propriedade, a qual se prova com o
título do domínio. Nesse sentido, “a ação de reivindicatória ou ação de reivindicação é a ação
do proprietário que haja perdido a posse injustamente contra aquele que detém a posse do
bem. Trata-se de ação executiva, cujo objeto do pedido é a entrega do bem. A ação de
reivindicação tem pressupostos objetivos, independendo da presença de comportamento ilícito
do possuidor ou detentor. Basta com que detenha a posse de coisa alheia para potencialmente
ser réu numa demanda dessa natureza”[1].Isso significa que, ao proprietário do bem imóvel
que quer ter acesso à posse, a qual é impossibilitada por posse injusta do demandado, cabe o
ajuizamento da ação reivindicatória, nos termos do art. 1.228, do CC, segundo o qual, “O
proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder
de quem quer que injustamente a possua ou detenha”.Da narrativa contida na petição inicial,
constata-se que, ao contrário do que consta da sentença recorrida, a discussão travada nos
autos não diz respeito, a rigor, ao esbulho da posse da autora, mas sim à obstrução ao
exercício do seu direito de propriedade, ou, em outros termos, o que está em questão é o
direito de propriedade da requerente em oposição à posse, supostamente injusta, exercida pela
requerida, o que indica o cabimento da ação reivindicatória (petitória) e não de reintegração
de posse (possessória), conforme afirmado pelo julgador.Com o fim de esclarecer melhor a
questão, destacam-se os fundamentos expostos em julgado proferido por esta 17ª Câmara
Cível, sob a relatoria do e. Des. Fernando Paulino da Silva Wolff Filho, in verbis:“Como é
sabido, pode o proprietário utilizar-se tanto da ação possessória quanto da petitória.Na
primeira hipótese, defende o direito de posse (ius possessionis) “resultante, exclusivamente,
do fato de que a posse representa, compreendido, nesse direito de posse, o poder físico sobre a
coisa e sua defesa pelos interditos”. Já na segunda, o que se defende não é o fato posse,
defendido na anterior, mas o direito ao exercício da posse, ou seja, o direito de possuir o bem
decorrente do próprio direito real pleno (ius possidendi).Trocando em miúdos, fica assim,
segundo a lição de Monteiro:Todo aquele que for titular de um direito real, seja de
propriedade, enfiteuse, usufruto, uso ou habitação, servidão, superfície ou outro, tem o direito
de lançar mão da ação de reintegração de posse, desde que seja vítima de um esbulho. É
necessário que esteja, no entanto, na posse efetiva da coisa, no momento do esbulho,
exercendo-a nos termos do direito que é titular. A ação lhe é conferida para a defesa de sua
posse, e não para a defesa do direito em si. Se tem o direito, mas não tem a posse
correspondente, não poderá valer-se da ação de reintegração de posse, nem das demais ações
possessórias, mas sim da ação petitória. O título que o possuidor causal possui não é
imprescindível ao ajuizamento da ação; serve, em matéria possessória, apenas ad colorandam
possessionem, isto é, para reforçar a prova da posse e seus elementos ou requisitos.
Isoladamente, sem a posse efetiva, não serve de fundamento às ações possessórias.(...) Dessa
forma, em que pese tenham os autores nominado sua demanda de “ação de reintegração de
posse”, em verdade ajuizaram uma ação reivindicatória, pois a causa de pedir exposta na
inicial é a titularidade do domínio sobre o imóvel aliada à detenção injusta dele pelo réu, e
não o exercício anterior de posse e a ocorrência de um esbulho”[2].Além disso, inobstante o
julgador tenha repetido, diversas vezes, que se está diante de ação de imissão na posse,
vislumbra-se da petição inicial que a autora ajuizou ação reivindicatória, de modo que, como
tal, deve ser analisada.Aliás, mesmo a ação de imissão de posse, é de natureza petitória, a qual
pode ser invocada pelo proprietário, sem posse em face do possuidor que ocupa o imóvel
injustamente.Neste viés, são requisitos necessários para a propositura da ação reivindicatória:
a) comprovação da propriedade, b) individualização do bem imóvel, e c) o exercício da posse
injusta por quem ocupa o bem.No caso sob exame, a requerente comprova o seu domínio
sobre o imóvel representado pelo lote nº 14, da quadra nº 12, com área 200m², situado no
loteamento Jardim Portal dos Pioneiros, registrado na matrícula nº 30.956, do 3º Registro de
Imóveis de Londrina (mov. 92.2/92.3/orig.).Quanto à ocupação do imóvel pela requerida,
esclarece-se que, no que tange à qualidade da posse, para efeito da tutela fundada no
art. 1.228, do Código Civil, não existe pressuposto de adequação ao contido no artigo 1.200,
relativamente à posse injusta, própria dos interditos possessórios. Ou seja, não se pode
confundir a noção ampla de posse injusta a que alude o caput do art. 1.228 /CC, com o
conceito estrito de posse injusta espelhado no art. 1.200, do mesmo diploma. A posse atacada
nas ações reivindicatória e de imissão na posse é aquela que, mesmo obtida pacificamente,
despida de violência, clandestinidade e precariedade, encontra-se desamparada de causa
jurídica que seja eficiente e capaz de respaldar a atividade do possuidor, ou seja, carece de um
título que a justifique. Portanto, para caracterizar a posse injusta, desnecessário é que seja
oriunda de violência, clandestinidade ou precariedade, bastando, apenas, que o possuidor não
tenha o direito de possui-la, e este direito advém do título de propriedade. Dessa forma, neste
caso, possuidor injusto é todo aquele que possui sem título, sem direito de possuir, sem jus
possidendi.Assim sendo, a parte requerida poderá opor em sua defesa, na amplitude permitida
pela lei, que o domínio não pertence à parte autora, que o domínio lhe pertence, que o título
da parte autora é viciado desde o início, ou nulo de pleno direito, demonstrando que a
pretensão do autor é infundada.No caso sob exame, contudo, observa-se que a requerida
sequer se opõe à alegação de domínio formulada pela parte autora, limitando-se a afirmar que,
conforme decisão proferida nos autos de ação de divórcio, tem direito à retenção do imóvel
até que lhe sejam indenizadas as benfeitorias úteis e necessárias realizadas durante o período
em que conviveu com o filho da requerente. Ocorre que, conforme já informado nos autos, a
sentença inicialmente proferida nos autos de ação de divórcio nº 0063711-
23.2017.8.16.0014 sofreu reforma através de recurso de apelação, julgando-se improcedente o
pleito da ora requerida, relativo à indenização e direito de retenção do imóvel por benfeitorias,
conforme o seguinte trecho do acórdão proferido pela 11ª Câmara Cível deste TJPR:“O
apelante se insurge contra a parcial procedência da sentença, porquanto aduz que a autora não
comprovou de nenhum modo a existência da reforma, tampouco sua participação. E neste
ponto razão lhe assiste.Com efeito, denota-se dos autos que não há qualquer elemento de
prova robusto o suficiente para demonstrar a efetiva realização de qualquer melhoria no
imóvel e, ainda, que esta foi promovida pelos ex-cônjuges, tendo em vista tratar-se de bem de
terceiro.Ora, nenhuma das testemunhas soube afirmar com a mínima precisão qual foi a
reforma ou acréscimo realizado no imóvel de titularidade da mãe do apelante. Diversamente,
o corretor responsável pela venda afirmou que o bem foi entregue pronto para morar, perfeito
e acabado. E, ainda, que todos os pagamentos da parte de acabamento foram realizados pela
mãe do réu (proprietária do imóvel).Do mesmo modo, a autora alegou que todos os seus
comprovantes estavam com o réu, no entanto, menciona transferências bancárias que
poderiam ser facilmente comprovadas com as segundas vias dos extratos bancários, o que não
foi feito.Dessa forma, a despeito do casal residir no imóvel, fato é que a proprietária do bem
em registro é a mãe do apelante e não existe nenhum indício sequer acerca das alegadas
benfeitorias e participação financeira por parte dos ex cônjuges.Logo, o caso é de julgar
improcedentes os pedidos autorais relativos a indenização e retenção sobre o imóvel, ficando
a parte Apelada, nos termos do art. 86, § único do CPC, responsável pela integralidade da
sucumbência (20% sobre o valor atribuído à causa), observado que se trata de beneficiária da
assistência judiciária gratuita”.(mov. 124.1/orig.) Assim, inexistindo qualquer motivo capaz
de justificar a permanência da requerida na posse do imóvel — considerando que já foi
reconhecida a propriedade da autora sobre o bem e a ausência de direito de retenção pela parte
ré, a procedência da pretensão inicial é medida que se impõe, a fim de determinar a restituição
do imóvel à requerente, na forma do art. 1.228 /CC. Ainda, no que diz respeito ao pedido de
indenização pela fruição do imóvel em forma de alugueis, é preciso ressaltar que a
indenização a ser fixada é uma forma de quantificar as perdas sofridas pela autora em
decorrência da privação do imóvel e dos valores que deixou de auferir caso estivesse na posse
do bem, nos termos do art. 402 /CC, de modo a evitar o locupletamento ilícito da parte ré ao
ali permanecer, ou ter o imóvel à sua disposição, sem a devida contraprestação.No caso sob
exame, inobstante a autora pretenda a fixação de alugueis desde o ajuizamento da presente
ação, constata-se que a ocupação do imóvel pela requerida foi objeto de discussão na ação de
divórcio, tendo sido inclusive proferida sentença reconhecendo o direito da autora de retenção
do imóvel — ainda que, posteriormente, tal determinação tenha sido reformada em recurso de
apelação. Sendo assim, cabível a indenização, na forma de alugueis, a partir do julgamento do
recurso de apelação interposto nos autos de divórcio nº 0063711-23.2017.8.16.0014, cujo
valor deve ser apurado em liquidação de sentença, pois, cabendo ao julgador, de acordo com o
seu livre convencimento motivado, arbitrar valor razoável e adequado ao caso, a fim de
compensar a autora por suas perdas sem enriquecê-la injustamente às custas da requerida, a
melhor solução para o caso concreto é a fixação do valor em liquidação de sentença.A
propósito, é a jurisprudência:AÇÃO REIVINDICATÓRIA. PEDIDO JULGADO
PROCEDENTE. RECURSO DE APELAÇÃO DAS RÉS: PARTE AUTORA QUE POSSUI
TÍTULO DE DOMÍNIO E POSTULA SUA POSSE DIRETA. RÉS QUE SE ENCONTRAM
NO IMÓVEL EM RAZÃO DE ACORDO FIRMADO EM SEDE DE AÇÃO DE
ALIMENTOS. TERMO FINAL ATINGIDO. RÉS QUE FORAM NOTIFICADAS PARA
DESOCUPAR O IMÓVEL. ESBULHO POSSESSÓRIO CONFIGURADO.
INDENIZAÇÃO. ARBITRAMENTO DE ALUGUÉIS EM RAZÃO DO USO DO IMÓVEL.
POSSIBILIDADE. ALUGUÉIS DEVIDOS PELA UTILIZAÇÃO DO IMÓVEL DESDE A
DATA DO ESBULHO POSSESSÓRIO ATÉ A DATA DA DESOCUPAÇÃO. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 17ª C.Cível - 0001555-12.2015.8.16.0194 -
Curitiba - Rel.: Desembargador Lauri Caetano da Silva - J. 12.12.2019).APELAÇÃO CÍVEL
– AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE CUMULADA COM PERDAS E DANOS – PEDIDO
JULGADO PARCIALMENTE PROCEDENTE – RECURSOS DE AMBAS AS PARTES.
APELAÇÃO (INTERPOSTA PELA RÉ): PRELIMINAR (FORMULADA PELOS
AUTORES EM CONTRARRAZÕES): PEDIDO DE NÃO CONHECIMENTO DO
RECURSO – ALEGAÇÃO DE QUE A APELAÇÃO NÃO ATACA OS FUNDAMENTOS
DA SENTENÇA E REPETE ALEGAÇÕES DA CONTESTAÇÃO – IMPROCEDÊNCIA –
ARGUMENTAÇÃO SUFICIENTE E PEDIDO DE REFORMA – PRINCÍPIO DA
DIALETICIDADE ATENDIDO – RECURSO CONHECIDO. MÉRITO: ALEGAÇÃO DE
QUE O PROCESSO DE AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE DEVE SER JULGADO
EXTINTO, QUANDO O AUTOR NÃO É POSSUIDOR, EM RAZÃO DA
IMPOSSIBILIDADE DE CONVERSÃO DE AÇÃO POSSESSÓRIA EM
REIVINDICATÓRIA – IMPROCEDÊNCIA – AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE QUE
POSSUI NATUREZA PETITÓRIA – DISCUSSÃO ACERCA DA PROPRIEDADE;
PEDIDO DE REFORMA DA SENTENÇA PARA JULGAR O PEDIDO INICIAL
IMPROCEDENTE – IMPROCEDÊNCIA – INDIVIDUALIZAÇÃO DA COISA E
COMPROVAÇÃO DA POSSE INJUSTA DA RÉ E DA TITULARIDADE DO DOMÍNIO
PELOS AUTORES; ALEGAÇÃO DE DIREITO REAL DE HABITAÇÃO –
IMPROCEDÊNCIA – IMÓVEL NÃO INTEGRANTE DO PATRIMÔNIO DO "DE CUJUS"
– COMPANHEIRO DA RÉ QUE ERA APENAS USUFRUTUÁRIO DO IMÓVEL –
NATUREZA PERSONALÍSSIMA DO DIREITO REAL DE USUFRUTO – EXTINÇÃO
COM A MORTE DO USUFRUTUÁRIO; PEDIDO DE RECONHECIMENTO DE
USUCAPIÃO – IMPROCEDÊNCIA – APELANTE QUE OCUPAVA O IMÓVEL EM
RAZÃO DA CONVIVÊNCIA COM USUFRUTUÁRIO – AUSÊNCIA DE ANIMUS
DOMINI – REQUISITOS NÃO PREENCHIDOS; PEDIDO DE INDENIZAÇÃO E DE
RETENÇÃO PELAS BENFEITORIAS – IMPROCEDÊNCIA NO CASO – AUSÊNCIA DE
PROVA DO FATO CONSTITUTIVO DO DIREITO DA PARTE – BENFEITORIAS
REALIZADAS NO IMÓVEL EM MOMENTO ANTERIOR AO DA OCUPAÇÃO
DECORRENTE DO USUFRUTO – IMPOSSIBILIDADE DE INDENIZAÇÃO;
PRETENSÃO DE CONDENAÇÃO DOS AUTORES AO PAGAMENTO DAS CUSTAS
PROCESSUAIS E DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – IMPROCEDÊNCIA –
SUCUMBÊNCIA MÍNIMA DOS AUTORES – DEVER DA RÉ DE ARCAR COM A
INTEGRALIDADE DAS VERBAS SUCUMBENCIAIS. APELAÇÃO NÃO PROVIDA,
COM MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS NA FASE RECURSAL. RECURSO ADESIVO
(INTERPOSTO PELOS AUTORES): PRELIMINAR (FORMULADA PELA RÉ EM
CONTRARRAZÕES): PEDIDO DE NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO –
ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DE SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA – IMPROCEDÊNCIA –
PEDIDO INICIAL JULGADO PARCIALMENTE PROCEDENTE – EXISTÊNCIA DE
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. MÉRITO: PRETENSÃO DE CONDENAÇÃO DA RÉ AO
PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS (ALUGUERES) –
PROCEDÊNCIA – DEVER DE PAGAR PELO USO DO BEM DESDE A DATA DA
NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL ATÉ A DATA DA EFETIVA DESOCUPAÇÃO -
VALOR A SER APURADO EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. RECURSO ADESIVO
PROVIDO. (TJPR - 17ª C.Cível - 0041305-23.2012.8.16.0001 - Curitiba - Rel.:
Desembargador Rui Bacellar Filho - J. 15.03.2019).APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO
REIVINDICATÓRIA C/C PERDAS E DANOS. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA.
INSURGÊNCIA DA PARTE REQUERIDA. ALEGAÇÃO DE QUE A POSSE É
EXERCIDA DE FORMA JUSTA, JÁ QUE ADQUIRIDA ATRAVÉS DE COMPRA E
VENDA. POSSE QUE ENSEJARIA A AQUISIÇÃO DO DOMÍNIO PELA USUCAPIÃO.
NÃO ACOLHIMENTO. AUTORES QUE PROVARAM OS REQUISITOS LEGAIS PARA
A PROCEDÊNCIA DA REIVINDICATÓRIA. PROVA DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL
E DA POSSE INJUSTA DOS RÉUS. AUSÊNCIA DE TÍTULO QUE LEGITIME A
OCUPAÇÃO PELOS REQUERIDOS. INSTRUMENTOS PARTICULARES DE CESSÃO
DE DIREITOS QUE SE REVELAM FRÁGEIS, EIS QUE DESACOMPANHADOS DE
PROVA DA QUITAÇÃO. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL E RETOMADA DO
BEM AJUIZADA EM FACE DOS ADQUIRENTES ORIGINÁRIOS, EM RAZÃO DA
INADIMPLÊNCIA DO CONTRATO. POSSE QUE NÃO SE REVELA QUALIFICADA,
COM ANIMUS DOMINI, PARA A AQUISIÇÃO DO DOMÍNIO, O QUE AFASTA A
ARGUIÇÃO DE USUCAPIÃO. PEDIDO DE AFASTAMENTO DA INDENIZAÇÃO POR
PERDAS E DANOS. DESCABIMENTO. ALUGUEIS DEVIDOS EM RAZÃO DA
OCUPAÇÃO DO IMÓVEL PELOS RÉUS. PLEITO PELA INDENIZAÇÃO DE
BENFEITORIAS. IMPOSSIBILIDADE. POSSE CARENTE DE BOA-FÉ. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. (TJPR - 17ª C. Cível - 0010713-92.2010.8.16.0024 -
Almirante Tamandaré - Rel.: Juiz Jefferson Alberto Johnsson - J. 29.11.2018).Dessa forma,
considerando que a requerida não foi capaz de comprovar fato extintivo, impeditivo ou
modificativo do direito da parte autora, nos termos do artigo 373, inciso II, do Código de
Processo Civil; a sentença merece reforma, a fim de julgar procedente o pedido inicial,
determinando a restituição do imóvel em favor da requerente, e a condenação da ré ao
pagamento de indenização na forma de alugueis, a ser calculada em liquidação de
sentença.III. ConclusãoANTE AO EXPOSTO, dou provimento ao recurso de apelação
interposto pela parte autora, invertendo os ônus da sucumbência, nos termos da
fundamentação supra.É o voto. FCJ/G-TCP/imt[1] PENTEADO, Luciano de Camargo.
Direito das coisas. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. p. 374[2] (TJPR - 17ª C.
Cível - 0036719-45.2015.8.16.0030 - Foz do Iguaçu - Rel.: Desembargador Fernando Paulino
da Silva Wolff Filho - J. 26.07.2018).
Órgão Julgador
17ª Câmara Cível
Publicação
20/04/2021
Julgamento
19 de Abril de 2021

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA -


COMPROVAÇÃO DA PROPRIEDADE,
INDIVIDUALIZAÇÃO DA COISA E POSSE INJUSTA
DA PARTE RÉ
- IMPROCEDÊNCIA - REFORMA. ALUGUÉIS - CONDE
NAÇÃO.
- Para que a ação reivindicatória seja julgada procedente deve a
parte autora comprovar a propriedade, a individualização da
coisa e a posse injusta da parte ré - Cumpridos os requisitos da
ação reivindicatória, a parte autora faz jus à indenização a
título de aluguéis pelo uso indevido do imóvel realizado pela
parte ré. V
.V. - Nas ações reivindicatórias cumpre à parte autora
comprovar a propriedade do bem reivindicado e a posse injusta
praticada pela parte ré, incumbindo-lhe o ônus da prova - Não
obstante a ação reivindicatória tenha natureza petitória, a
pretensão deduzida nessa espécie de demanda não é de
proteção de uma posse preexistente, mas de investidura na
posse com supedâneo em relação jurídica que confira ao
requerente o direito de posse sobre a coisa - Não se confunde a
posse injusta, em sede de ação reivindicatória, com a noção
dada no art. 1.200, do Código Civil. Nesse contexto, na ação
reivindicatória possui injustamente o bem aquele que conserva
a posse sem causa jurídica - Decorrendo a posse da ré de
decisão judicial, está ausente a posse injusta necessária para o
deferimento do pleito reivindicatório.
TJ-MG - Apelação Cível: AC 5194932-27.2019.8.13.0024
MG
Órgão Julgador
Câmaras Cíveis / 9ª CÂMARA CÍVEL

Publicação
19/04/2022

Julgamento
12 de Abril de 2022

RECURSO DE APELAÇÃO. OBRIGAÇÃO DE


FAZER. INSTALAÇÃO DE POSTE DE ENERGIA EM
TERRENO PARTICULAR. REMOÇÃO. ÔNUS DA
CONCESSIONÁRIA. COBRANÇA DESCABIDA.
CONCESSIONÁRIA NÃO COMPROVA A INSTALAÇÃO
DE POSTE RESPEITANDO NORMAS
REGULAMENTARES E O DIREITO DE
PROPRIEDADE. RECURSO IMPROVIDO. SENTENÇA
MANTIDA.
1- A empresa não comprovou que o poste foi instalado
consoante a Resolução 414/2010 da Aneel.
2 - Art. 44, VII, e art. 102, II, da Resolução 414/2010 da Aneel
não aplicável ao caso concreto, pela inobservância da
concessionária do ato normativo quando da instalação do
equipamento.
3 - O ônus do serviço de remoção do poste não pode ser
suportado pelo consumidor já que a Celpe deixou de observar o
direito de propriedade alheio ao adentrar na propriedade do
autor para instalar um equipamento, sem autorização.
4 - Recurso improvido. Manutenção da sentença pelo juízo a
quo em todos os seus termos.
Órgão Julgador
1ª Câmara Regional de Caruaru - 1ª Turma
Publicação
18/10/2018

Julgamento
10 de Outubro de 2018

TJ-PE - Apelação: APL 0004465-50.2015.8.17.1110 PE


EMENTA PARA CITAÇÃO

BUSCAR
APELAÇÕES CÍVEIS. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO DE
SERVIDÃO DE PASSAGEM CUMULADA COM
COMINATÓRIA E AÇÃO DE REMOÇÃO DE ILÍCITO E
RECONSTRUÇÃO. PASSAGEM DE ÁGUAS
PLUVIAIS. SENTENÇA UNA. EXTINÇÃO DO
PROCESSO POR ILEGITIMIDADE ATIVA QUANTO A
UM DOS AUTORES E IMPROCEDÊNCIA COM
RELAÇÃO AOS DEMAIS, NA PRIMEIRA AÇÃO E
EXTINÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA QUANTO
A QUATRO RÉUS E PARCIAL PROCEDÊNCIA COM
RELAÇÃO AOS OUTROS, NA
SEGUNDA. IRRESIGNAÇÃO DE ALGUNS DOS
VENCIDOS. RECURSO DA APELANTE VERA.
ILEGITIMIDADE PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO
DA AÇÃO DE REMOÇÃO DE
ILÍCITO. INSUBSISTÊNCIA. RECORRENTE QUE
POSTULA, NA DEMANDA CONEXA, O
RESTABELECIMENTO/MANUNTENÇÃO DE
SUPOSTA SERVIDÃO DE PASSAGEM DAS ÁGUAS
PLUVIAIS, NO TERRENO DO AUTOR JOSÉ
(APELADO) E QUE ESTE PRETENDE VER
ESTIRPADA. PLEITO DO RECORRIDO, OUTROSSIM,
PARA CONDENAÇÃO À RECONSTRUÇÃO DE MUROS,
SENDO UM DELES, O QUE FAZ DIVISA COM A
PROPRIEDADE DA APELANTE. PREFACIAL QUE
DEVE SER AFASTADA. INSURGÊNCIAS COMUNS
DOS RÉUS VERA, WALTER E ANTONIO. SERVIDÃO
DE PASSAGEM QUE ESTARIA COMPROVADA NOS
AUTOS. TESE ARREDADA. AUSÊNCIA DE REGISTRO
NA MATRÍCULA IMOBILIÁRIA DO BEM. EXEGESE
DO ARTIGO 1.378 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002.
APELANTES QUE, ADEMAIS, NÃO LOGRARAM
DEMONSTRAR QUE SE TRATAVA DE SERVIDÃO
APARENTE, ÔNUS QUE LHES INCUMBIA
(ARTIGO 333, INCISO I, DO CPC/1973). TERRENO
QUE ANTES DA VENDA AO APELADO, NÃO POSSUÍA
CONSTRUÇÃO ALGUMA E ESTAVA COBERTO POR
DENSA VEGETAÇÃO.
A servidão de passagem é direito real, constituído, por acordo
entre os envolvidos, a partir da inscrição em registro de imóvel
ou por usucapião. [...] Não é possível reconhecer a existência
de uma servidão aparente quando não comprovada a sua
utilização pelo tempo que prevê a lei e sua publicidade. [...]
TJ-SC - Apelação Cível: AC 0038284-82.2011.8.24.0023 Capital 0038284-82.2011.8.24.0023
Órgão Julgador
Quarta Câmara de Direito Civil
Julgamento
22 de Abril de 2019

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E


CIVIL. AÇÃO REIVINDICATÓRIA. PROVA DO
DOMÍNIO. TITULAR FALECIDO. AÇÃO PROPOSTA
POR HERDEIRO. LEGITIMIDADE ATIVA. DIREITO
HEREDITÁRIO. FORMA DE AQUISIÇÃO DA
PROPRIEDADE. UNIVERSALIDADE. DIREITO À
REIVINDICAÇÃO EM FACE DE
TERCEIRO. DESNECESSIDADE DE PARTILHA
PRÉVIA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.
1. A ação reivindicatória, de natureza real e fundada no direito
de sequela, é a ação própria à disposição do titular do domínio
para requerer a restituição da coisa de quem injustamente a
possua ou detenha (CC/1916, art. 524; CC/2002, art. 1.228).
Portanto, só o proprietário pode reivindicar.
2. O direito hereditário é forma de aquisição da propriedade
imóvel (direito de Saisine). Aberta a sucessão, o domínio e a
posse da herança transmitem-se incontinenti aos herdeiros,
podendo qualquer um dos coerdeiros reclamar bem, integrante
do acervo hereditário, de terceiro que indevidamente o possua
(CC/1916, arts. 530, IV, 1.572 e 1.580, parágrafo
único; CC/2002, arts. 1.784 e 1.791, parágrafo único).
Legitimidade ativa de herdeiro na ação reivindicatória
reconhecida.
3. Recurso especial provido.
STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp 1117018 GO 2009/0008121-
5
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA

Publicação
DJe 14/06/2017

Julgamento
18 de Maio de 2017

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - SERVIDÃO


ADMINISTRATIVA - LINHA DE TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA - INDENIZAÇÃO
JUSTA - APURAÇÃO POR MEIO DE PERÍCIA
JUDICIAL - LAUDO REALIZADO SOB O CRIVO DO
CONTADITÓRIO - SITUAÇÃO ATUAL DO
IMÓVEL - MANUTENÇÃO.
O inciso XXIV do art. 5º da Constituição da Republica de 1988
prescreve que a desapropriação por utilidade pública ocorrerá
segundo o procedimento legal e mediante indenização prévia,
justa e em dinheiro ao expropriado. A servidão administrativa
de linha de transmissão de energia elétrica, ao limitar o uso
pleno da propriedade, enseja o pagamento de indenização na
proporção da intensidade das limitações ao uso do bem. O
valor da indenização deve estar amparado em laudo pericial
congruente, concludente e inteligível, não infirmado por outras
provas dos autos e que, assim, revele de forma mais fidedigna o
valor real do bem expropriado. Ao se arbitrar o valor da
indenização devida em razão da constituição da servidão
administrativa para passagem de linha de transmissão, deve-se
considerar o efetivo prejuízo suportado pelo proprietário, em
face da utilização normal, atual e efetiva do imóvel e não em
razão de sua utilização excepcional, futura e potencial.

TJ-MG - Apelação Cível: AC 5002470-63.2019.8.13.0470


MG
Órgão Julgador
Câmaras Cíveis / 19ª CÂMARA CÍVEL

Publicação
13/07/2022

Julgamento
7 de Julho de 2022

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - SERVIDÃO


ADMINISTRATIVA - LINHA DE TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA - INDENIZAÇÃO
JUSTA - APURAÇÃO POR MEIO DE PERÍCIA
JUDICIAL - LAUDO REALIZADO SOB O CRIVO DO
CONTADITÓRIO - SITUAÇÃO ATUAL DO
IMÓVEL - MANUTENÇÃO.
O inciso XXIV do art. 5º da Constituição da Republica de 1988
prescreve que a desapropriação por utilidade pública ocorrerá
segundo o procedimento legal e mediante indenização prévia,
justa e em dinheiro ao expropriado. A servidão administrativa
de linha de transmissão de energia elétrica, ao limitar o uso
pleno da propriedade, enseja o pagamento de indenização na
proporção da intensidade das limitações ao uso do bem. O
valor da indenização deve estar amparado em laudo pericial
congruente, concludente e inteligível, não infirmado por outras
provas dos autos e que, assim, revele de forma mais fidedigna o
valor real do bem expropriado. Ao se arbitrar o valor da
indenização devida em razão da constituição da servidão
administrativa para passagem de linha de transmissão, deve-se
considerar o efetivo prejuízo suportado pelo proprietário, em
face da utilização normal, atual e efetiva do imóvel e não em
razão de sua utilização excepcional, futura e potencial.
TJ-MG - Apelação Cível: AC 0001124-60.2013.8.13.0572
Santa Bárbara
EMENTA PARA CITAÇÃO

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Órgão Julgador
19ª CÂMARA CÍVEL

Publicação
21/09/2022

Julgamento
15 de Setembro de 2022

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO


DE CONSTITUIÇÃO DE SERVIDÃO
ADMINISTRATIVA - LINHA DE TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA -INDENIZAÇÃO - COEFICIENTE
DE SERVIDÃO - APURAÇÃO POR MEIO DE PERÍCIA
JUDICIAL - PREVALÊNCIA - CRITÉRIOS TÉCNICOS
UTILIZADOS - LAUDO PERICIAL
IDÔNEO - CUMULAÇÃO DE LUCROS CESSANTES
COM JUROS
COMPENSATÓRIOS - IMPOSSIBILIDADE - BIS IN
IDEM.
A servidão administrativa de linha de transmissão de energia
elétrica, ao limitar o uso pleno da propriedade, enseja o
pagamento de indenização na proporção da intensidade das
limitações ao uso do bem. O coeficiente de servidão que
determina a porcentagem da indenização deve ser calculado
por meio de perícia técnica, levando-se em consideração o grau
de limitação da propriedade, o risco e o incômodo que o
particular deverá suportar. O laudo pericial elaborado por
perito técnico da confiança do juízo, com metodologia
adequada e justificação dos critérios utilizados, deve ser levado
em conta para fixação da indenização. Indevida a cumulação
dos juros compensatórios e lucros cessantes, considerando que
ambos se destinam a recompor a limitação antecipada do uso
do bem.
TJ-MG - Apelação Cível: AC 0029495-10.2017.8.13.0470
Órgão Julgador
11ª CÂMARA CÍVEL

Publicação
18/05/2023
Julgamento
18 de Maio de 2023
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ADJUDICAÇÃO
COMPULSÓRIA. PEDIDO
RECONVENCIONAL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE.
PRELIMINAR: JUSTIÇA GRATUITA. PLEITO DE
REVOGAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA APTA A
DESCONSTITUIR A PRESUNÇÃO DE
HIPOSSUFICIÊNCIA DA PARTE. OFENSA AO
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE. RAZÕES QUE
COPIAM PARTE DAS PEÇAS
ANTERIORES. INOCORRÊNCIA. FUNDAMENTOS
SUFICIENTEMENTE APTOS À IMPUGNAÇÃO DA
SENTENÇA. OBSERVÂNCIA AO
CONTRADITÓRIO. RESP 1.186.509/ES. EFEITO
DEVOLUTIVO DA PEÇA APELATÓRIA. MÉRITO:
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. DECRETO-LEI
Nº 58/37. AUSÊNCIA DE PROVAS QUE
DEMONSTREM O INTEGRAL CUMPRIMENTO DA
OBRIGAÇÃO. QUITAÇÃO DE VALORES. REQUISITO
ESSENCIAL À ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. LIVRE
CONVENCIMENTO MOTIVADO DO JUIZ. PROVA
QUE SE MOSTRA INSUFICIENTE. REINTEGRAÇÃO
DE POSSE. ESBULHO. POSSE
PRECÁRIA. INDEVIDA. INEXISTÊNCIA DE
OBRIGAÇÃO QUANTO À RESTITUIÇÃO DO
IMÓVEL. INEXISTÊNCIA DE VIOLÊNCIA OU
CLANDESTINIDADE DOS
POSSUIDORES. INDENIZAÇÃO POR
DANOS. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE DANO
POR PARTE DOS
POSSUIDORES. USUCAPIÃO. IMPOSSIBILIDADE DE
CUMULAÇÃO DO PEDIDO. PROCEDIMENTO COM
REGRAS ESPECÍFICAS QUE NÃO FORAM
OBSERVADAS. NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE
AÇÃO AUTÔNOMA PARA TANTO. ÔNUS
SUCUMBENCIAIS. INVERTIDOS EM
PARTE. HONORÁRIOS
RECURSAIS. INDEVIDOS. PREQUESTIONAMENTO.
RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. (TJPR - 7ª C.
Cível - 0004965-35.2015.8.16.0079 - Dois Vizinhos - Rel.:
DESEMBARGADORA ANA LUCIA LOURENCO - J.
03.09.2021)
TJ-PR - Apelação: APL 0004965-35.2015.8.16.0079 Dois
Vizinhos 0004965-35.2015.8.16.0079 (Acórdão)
Órgão Julgador
7ª Câmara Cível

Publicação
03/09/2021

Julgamento
3 de Setembro de 2021

AGRAVO DE INSTRUMENTO – CUMPRIMENTO DE


SENTENÇA – JUSTIÇA GRATUITA – RENDA
INFERIOR A TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS E
DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA -CONDIÇÃO
DE NECESSITADO (LEI 1.
060/50) – Indeferimento de justiça gratuita em primeiro grau
– Para obter assistência jurídica integral e gratuita basta que a
parte alegue a insuficiência de recursos para o pagamento de
custas processuais e de honorários de advogado, sem prejuízo
do sustento próprio ou de sua família, sendo necessária a
prévia comprovação documental de possibilidade financeira
antes do indeferimento do pedido (art. 99, §§
2º e 3º do CPC/2015)– Preenchimento dos requisitos legais –
Renda mensal líquida inferior a três salários mínimos, que é
insuficiente para cobrir as despesas familiares e custear o
processo - Agravante que pode ser enquadrada na condição de
"necessitada" a que alude a Lei n.º 1. 060/50 – Agravado que
não trouxe prova em contrário – Benefício da justiça gratuita
deferido – Decisão agravada reformada – Recurso provido.
TJ-SP - Agravo de Instrumento: AI 2014151-
68.2022.8.26.0000 SP 2014151-68.2022.8.26.0000
EMENTA PARA CITAÇÃO

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Órgão Julgador
9ª Câmara de Direito Público

Publicação
09/03/2022

Julgamento
9 de Março de 2022

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO


AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE
EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO DE BEM
IMÓVEL. APELAÇÃO. PREPARO. PEDIDO DE
JUSTIÇA GRATUITA. PRESUNÇÃO DE POBREZA
NÃO AFASTADA. AGRAVO INTERNO PROVIDO PARA
CONHECER DO AGRAVO E DAR PROVIMENTO AO
RECURSO ESPECIAL.
1. O pedido de justiça gratuita pode ser formulado em qualquer
momento do processo. Para fins de concessão, há presunção
juris tantum de que a pessoa física requerente não possui
condições de arcar com as despesas do processo sem
comprometer o próprio sustento ou de sua família, podendo o
magistrado indeferir o pedido apenas se encontrar elementos
que infirmem a alegada hipossuficiência ( CPC/2015,
arts. 98 e 99). Precedentes.
2. No caso, a promovida não precisara, até o advento da
sentença contra a qual apelava, de requerer os benefícios da
justiça gratuita. Porém, ao deparar com o elevado valor do
preparo da apelação, percebeu sua impossibilidade de arcar
com a despesa, correspondente a quase cinco meses de salário
da recorrente. A dificuldade alegada é bem perceptível e crível.
3. Agravo interno provido para conhecer do agravo e dar
provimento ao recurso especial, a fim de deferir o benefício da
justiça gratuita à recorrente.
STJ - AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL: AgInt no AREsp 1791835 SP
2020/0305983-7
Órgão Julgador
T4 - QUARTA TURMA

Publicação
DJe 18/06/2021

Julgamento
15 de Junho de 2021

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