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28/11/2022
Número: 0014588-20.2002.8.15.0011
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 4ª Vara Cível de Campina Grande
Última distribuição : 18/12/2002
Valor da causa: R$ 150,00
Assuntos: Interpretação / Revisão de Contrato
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
MIBRA MINERIOS LTDA (AUTOR) KATHERINE VALERIA DE OLIVEIRA GOMES DINIZ
(ADVOGADO)
SAULO MEDEIROS DA COSTA SILVA registrado(a)
civilmente como SAULO MEDEIROS DA COSTA SILVA
(ADVOGADO)
Energisa Borborema - Distribuidora de Energia S.A. (REU) Daniel Sebadelhe Aranha (ADVOGADO)
JOSE ANTONIO CANDIDO BORGES DA SILVA (TERCEIRO
INTERESSADO)
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Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
65867 10/11/2022 19:07 Sentença Sentença
374
Poder Judiciário da Paraíba
4ª Vara Cível de Campina Grande
SENTENÇA
Vistos, etc.
Trata-se de ação ordinária ajuizada por MIBRA MINÉRIOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, devidamente qualificado
nos autos, em face da COMPANHIA ENERGÉTICA DA BORBOREMA – CELB, também qualificada, pretendendo a revisão
de faturas de energia elétrica demasiadamente elevadas, que alega estarem desvinculadas do que realmente era devido. Alega, em
suma, a abusividade das cobranças, dos juros praticados e demais encargos cobrados, a possibilidade de compensação de créditos
decorrentes de sentença e títulos da dívida pública. Pugna pela antecipação de tutela para que a promovida se abstenha de cortar o
fornecimento de energia à promovente. No mérito, requer: a) que seja declarado o direito da autora compensar os valores pagos
indevidamente, mediante apuração do valor realmente devido, com os valores liquidados de outra ação judicial entre as partes e
com título público referido; b) que seja decretada a ilegalidade da cobrança de consumo inexistente e de juros extorsivos,
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anatocismo, correções por índices inconstitucionais, cumulação de juros, encargos e taxas ilegais não previstas; c) repetição do
indébito em dobro; d) condenação da promovida ao pagamento de honorários advocatícios e despesas processuais, consoante
petição inicial (Id 16072863 – págs. 1-43). Acostou documentos.
A promovida, COMPANHIA ENERGÉTICA DA BORBOREMA – CELB, apresentou contestação (Id 16072885 – págs. 31-45).
Suscita, preliminarmente, a impossibilidade jurídica do pedido e a litispendência. No mérito, refuta os argumentos exordiais.
Alega a licitude do débito e que a parte promovente encontra-se inadimplente há mais de quatro anos, totalizando a dívida
atualizada de R$ 1.102.809,90 (um milhão, cento e dois mil, oitocentos e nove reais e noventa centavos), razão porque foi
realizada a suspensão do fornecimento de energia elétrica. Sustenta a legalidade dos acréscimos impostos sobre as faturas
atrasadas e a impossibilidade de compensar as dívidas com apólices da dívida pública. Requer, por fim, que sejam acolhidas as
preliminares, indeferido o pedido de antecipação da tutela, e julgada improcedente a presente demanda, além de condenada a parte
promovente por litigância de má-fé. Acostou documentos.
Em seguida, apresentou a promovida reconvenção (Id 16072902 – págs. 62-63) em que requer que seja a reconvinda obrigada a
pagar o débito de R$ 1.102.809,90 (um milhão, cento e dois mil, oitocentos e nove reais e noventa centavos), devidamente
corrigido pelos índices legais do INPC, mais 1% de juros ao mês, além de honorários advocatícios de 20% sobre o valor corrigido
da condenação. Recolhidas as custas processuais da reconvenção (Id 16072902 – pág. 73).
A parte promovente apresentou contestação à reconvenção (Id 16072902 – pág. 75-77). Em seguida, apresentou impugnação à
contestação (Id 16072902 – págs. 79-81).
Foi deferido o pedido de antecipação de tutela para impedir que a promovida efetue corte no fornecimento de energia (Id
16072902 – págs. 95-100 e Id 16072911 – págs. 1-2). Foi também determinada a realização de perícia judicial.
A promovida informou a interposição de agravo de instrumento e requereu reconsideração da decisão (Id 16072911 – págs.
11-26). A decisão foi mantida por este Juízo (Id 16072911 – pág. 50), porém foi atribuído efeito suspensivo ao agravo (Id
16072911 – págs. 52-54). Em seguida, foi provido o agravo (Id 16072911 – págs. 62-65).
Nomeado perito (Id 16072916 – pág. 6), apresentaram as partes seus quesitos (Id 16072916 – págs. 18-19/22) e foram arbitrados
os honorários periciais (Id 16072916 – págs. 26-27). A parte autora efetuou o depósito dos honorários (Id 16072916 – págs.
35-37).
Apresentado laudo pericial contábil (Id 16072916 – págs. 70-97), apresentaram manifestação as partes (Id 16072925 – págs. 4-5
e 7-8).
Realizada audiência de instrução e julgamento (Id 16072925 – pág. 22), foi determinada complementação da perícia.
O perito apresentou laudo complementar (Id 16072925 – págs. 29-42). A parte promovente apresentou manifestação em que
impugna o resultado da perícia e requer designação de perito na área de energia para produção de prova técnica relativa ao
consumo de energia (Id 16072925 – págs. 46-47). A parte promovida, também apresentou manifestação e pugnou pela
improcedência do pedido exordial e procedência da reconvenção (Id 16072925 – págs. 49-51). Em seguida, pugnou pelo
indeferimento do pedido de nova perícia (Id 16072925 – págs. 59-61).
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Foi deferida a produção de perícia técnica por engenheiro elétrico (Id 16072925 – pág. 63) e nomeado perito (Id 16072925 – pág.
82). A parte autora depositou os honorários periciais (Id 16072930 – pág. 8-9). O perito, contudo, informou a impossibilidade de
exercer a função (Id 16072930 – pág. 15), razão porque, após várias substituições inexitosas, foi nomeado perito (Id 25767735)
que aceitou o encargo (Id 28138351).
Elaborado laudo pericial (Id 50760287), apresentaram manifestação as partes (Ids 52111006 e 52300880). Foi determinada
complementação da perícia (Id 52345143) e, apresentado laudo complementar (Id 52669918), foi autorizado o levantamento dos
honorários periciais por alvará (Id 52744603), com manifestação das partes (Ids 54276658 e 54329013).
É O RELATÓRIO. DECIDO.
1. QUESTÕES PRELIMINARES
Suscita a parte promovida a inépcia da inicial ante a impossibilidade jurídica do pedido sob a alegação de que os pedidos são
genéricos, pois não indicam quais faturas mensais são passíveis da revisão requerida.
O art. 330, § 1º, do CPC elenca as hipóteses em que a petição inicial será considerada inepta.
Ademais, é assente que não é inepta a petição inicial em que há descrição suficiente dos fatos que servem de fundamento ao
pedido, ensejando ao réu o pleno exercício de sua defesa.
Assim, considerando que a peça exordial é compreensível e que os fatos narrados proporcionam à parte demandada dados
suficientemente claros ao exercício do contraditório e da ampla defesa, resta apta a peça vestibular. Ademais, inexiste óbice legal à
propositura da presente ação, razão porque não há que se falar em impossibilidade jurídica do pedido.
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1.2 DA LITISPENDÊNCIA
Arguiu a concessionária demandada que a autora propôs ação idêntica, ajuizada perante a 7ª Vara Cível desta Comarca sob o
nº 001.1998.003.787-1, incorrendo, portanto, em litispendência. Portanto, requer a extinção da presente ação sem julgamento do
mérito.
Todavia, não restou demonstrada a equivalência das ações. Ademais, alegou a parte autora que as ações tratam de períodos
diversos, portanto, com divergência na causa de pedir.
Por tais razões, é de ser rejeitada também esta questão preliminar arguida.
2. DO MÉRITO
Trata-se de ação revisional de débitos em que a parte autora, pessoa jurídica de direito privado, afirma que está em dia com suas
faturas de energia e que a concessionária promovida mudou os medidores de consumo de energia elétrica da empresa promovente,
que ocasionou uma dificuldade imensa em se apurar o acumulado do que foi consumido, e passou a emitir faturas com valores de
consumo aleatórios, sem qualquer vinculação com o que realmente era devido, além de juros e multas abusivas. Para garantir a
satisfação dos débitos a serem apurados em fase de liquidação, oferece como garantia e posterior compensação, título da dívida
pública interna, apólice n. 34842, com laudo de avaliação atualizado à época do ajuizamento no valor de R$ 550.404,94.
Sem necessidade de maiores digressões, posto que o Código Civil (CC), em seu art. 369, é translúcido ao dispor que “A
compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.” A apólice da dívida pública apresentada (Id
16072885 – págs. 8-9), não preenche os requisitos legais, pois não possui liquidez imediata nem cotação em bolsa de valores.
Neste sentido: STJ - AREsp: 906466 SP 2016/0102812-7, Relator: Ministra REGINA HELENA COSTA, Data de Publicação: DJ
16/05/2016.
Ademais, nos termos do art. 313 do Código Civil, “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda
que mais valiosa.”
Portanto, é de ser indeferido o pedido de compensação de créditos na forma proposta pelo promovente.
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2.2 DAS COBRANÇAS
Alega a parte promovente a abusividade das cobranças praticadas pela concessionária demandada. Sustenta que a promovida fez a
troca do seu medidor de energia elétrica e que, após tal mudança, passou a emitir faturas com valores de consumo aleatórios, sem
qualquer vinculação com o que realmente era devido. Argumenta ainda que houve indevida capitalização de juros, que ocasionam
a extrapolação do limite de juros em 12% (doze por cento) ao ano, previsto no art. 192, § 3º, da Constituição Federal.
a) Do consumo registrado
Com relação aos consumos registrados em fatura, é de fundamental importância o laudo pericial judicial realizado por
engenheiro elétrico (Id 50760287), em que constata que, durante o período impugnado, “há uma regularidade no consumo, com
pequena extrapolação da média entre agosto e novembro de 2000 (porém, nada tão acentuado). Regularidade maior pôde ser
observada em relação à demanda”.
Conclui ainda o perito que “Um fato relevante a ser citado é que houve substituição do medidor em 13/02/2001, fl. 51. Dessa
forma, diminuem-se de forma significativa as chances de ocorrência de erro de medição com o medidor antigo, tendo em vista que
os patamares de consumo se mantiveram no período”. Em laudo complementar (Id 52669918), à indagação feita pelo
promovido, respondeu o perito que “A medição é indicada por um medidor aferido e certificado, que a concessionária não mais o
possui. Porém, as chances de erro de medição são minimizadas pelo fato de o patamar de consumo ter se mantido após sua troca
em 13/02/2001”.
Portanto, o que se infere do laudo pericial é que restou infundada a alegação de que após a mudança do medidor de energia
elétrica as faturas passaram a ser emitidas com valores de consumo aleatório, sem vinculação com o que realmente era devido. O
que se verifica é que os consumos registrados apresentaram regularidade, sem grandes discrepâncias, pois mantidos os patamares
de consumo durante o período discutido.
Com relação aos argumentos autorais de que houve abusividade das cobranças, ante a cumulação indevida dos juros, taxas
superiores a 12% ao ano e irregularidade na cobrança de multas e outros encargos, foi determinada a realização de perícia judicial
contábil, que analisou as cobranças impugnadas, relativo ao período de julho de 1998 a fevereiro de 2002.
A respeito da alegação de capitalização indevida de juros, verificou o perito, após análise das cobranças, que “os juros não foram
capitalizados, são juros simples” (Id 16072916 – pág. 75). Tal constatação se confirma em tabela apresentada pelo expert, em que
se verifica que a taxa mensal apresenta regularidade, sem cobrança de juros compostos. Portanto, não houve anatocismo.
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Aponta o laudo pericial ainda que a multa moratória incidente sobre as faturas inadimplidas, durante o período em análise, foi
aplicada em percentuais que variam entre 1,92 a 2,00% (Id 16072916 – pág. 77). A variação verificada está dentro dos limites
estabelecidos no art. 52, §1º, da Lei n. 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor – CDC), e, portanto, é regular a multa de
mora aplicada. Ademais, em resposta a quesito apresentado, informa o perito que não há incidência de juros ou correção monetária
sobre as multas moratórias (Id 16072916 – pág. 79).
Importa destacar que, em laudo complementar apresentado (Id 16072925 – pág. 29-42), foram ratificadas as constatações acima.
Ademais, à indagação sobre a cobrança de juros superiores a 12% ao ano, respondeu o expert que “não apresenta tecnicamente
nenhum valor cobrado acima de 12%” (Id 16072925 – pág. 33).
Também informa que “não encontramos possibilidade de ter sido utilizada a TR como fator na correção monetária aplicada” (Id
16072925 – pág. 37).
Assim sendo, os argumentos do promovente restaram plenamente infundados, pois dissonantes do arcabouço probatório constante
nos autos.
Ocorre que, consoante já verificado no presente decisório, não se verifica irregularidade ou abusividade nas cobranças realizadas
pela parte promovida e, consequentemente, nada a ser restituído.
3. DA RECONVENÇÃO
A concessionária promovida, ora reconvinte, ofertou reconvenção requerendo que seja a reconvinda obrigada a pagar o débito de
R$ 1.102.809,90 (um milhão, cento e dois mil, oitocentos e nove reais e noventa centavos), devidamente corrigido pelos índices
legais do INPC, mais 1% de juros ao mês, além de honorários advocatícios de 20% sobre o valor corrigido da condenação.
O débito restou efetivamente demonstrado, conforme extrato de débito acostado aos autos (Id 16072902 – pág. 65) e a
inadimplência da promovida que, além de incontroversa, não comprovou ter afastado sua mora.
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Assim, configurada a mora da autora, à parte lesada, in casu, a concessionária, cabe exigir o pagamento das faturas em atraso,
inclusive passível de interrupção do fornecimento do serviço, na forma da legislação atinente ao caso.
Portanto, há de ser acolhido o pedido reconvencional para reconhecer o direito da concessionária reconvinte a exigir da autora
reconvinda o pagamento das faturas de energia em atraso, que totalizam à época da reconvenção, o valor de R$ 1.102.809,90 (um
milhão, cento e dois mil, oitocentos e nove reais e noventa centavos), decorrente do inadimplemento dos meses de julho, agosto,
setembro, outubro e dezembro de 1998; abril, maio, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 1999; janeiro,
fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2000; janeiro, fevereiro, março,
abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2001; janeiro e fevereiro de 2002.
Tais valores devem ser atualizados monetariamente desde o dia 13/02/2003, data de atualização da planilha apresentada (Id
16072902 – pág. 65), além da incidência de juros de mora desde a citação da reconvenção, que ocorreu no dia 13 de março de
2003, conforme publicação em diário de justiça constante nos autos (Id 16072902 – pág. 70).
4. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Requer o promovido, em sua peça contestatória, que a parte promovida seja condenada nas penas de litigância de má-fé, sob a
alegação de que tentou alterar a verdade dos fatos, posto que afirmou em petição inicial que se encontra adimplente com suas
obrigações, quando, na verdade, é devedora de quantia superior a um milhão de reais.
Compreendo, todavia, que a afirmação do promovente considerou o fato de estar impugnando judicialmente as faturas
inadimplidas e que, portanto, estaria adimplente das demais.
Destaco que a má-fé processual só se configura se presente a intenção clara de causar gravame por atos positivos dos quais se
infira a vontade ardilosa, o que não vislumbro na hipótese dos autos, razão pela qual é de ser indeferido o pedido de aplicação
multa de litigância de má-fé ao promovente.
5. DISPOSITIVO
Ante tudo que fora exposto, considerando ainda os dispositivos legais expostos e princípios de direito aplicáveis ao caso em
epígrafe, EXTINGO O PROCESSO COM RESOLUÇÃO DO MÉRITO, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo Civil,
para:
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II – JULGAR PROCEDENTE o pedido formulado na reconvenção para CONDENAR a promovente/reconvinda ao
pagamento das faturas de energia inadimplidas dos meses de julho, agosto, setembro, outubro e dezembro de 1998; abril, maio,
julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 1999; janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto,
setembro, outubro, novembro e dezembro de 2000; janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro,
novembro e dezembro de 2001; janeiro e fevereiro de 2002, que totalizam, à época da reconvenção, o valor de R$ 1.102.809,90
(um milhão, cento e dois mil, oitocentos e nove reais e noventa centavos), devidamente atualizado monetariamente, pelo INPC,
desde o dia 13/02/2003, data de atualização da planilha apresentada (Id 16072902 – pág. 65), além da incidência de juros de mora
de 1% ao mês, desde a citação da reconvenção, que ocorreu no dia 13 de março de 2003, conforme publicação em diário de justiça
constante nos autos (Id 16072902 – pág. 70).
Condeno a promovente ao pagamento das custas processuais e de honorários advocatícios, os quais fixo em 20 % (vinte por cento)
sobre o valor da condenação.
Após o decurso do prazo recursal, certifique-se o trânsito em julgado e, nada sendo requerido, arquivem-se os presentes autos.
Cumpra-se.
Juíza de Direito
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