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1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Nos termos do art. 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, o autor afirma,
para os devidos fins e sob as penas da Lei, não possuir condições de arcar com o
pagamento das custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de
sua família, pelo que requerer o benefício da gratuidade de justiça.
2. DOS FATOS
Ressalte-se que no mês de Maio do ano corrente, o autor foi surpreendido com o
envio do Termo de Ocorrência de Irregularidade - TOI nº 8688199, no qual a empresa
demandada efetua cobrança no valor de R$ 2.507,45 (Dois mil, quinhentos e sete reais e
quarenta e cinco centavos) a título de suposto desvio de energia elétrica. Ou seja,
efetuou a ré cobrança de consumo por estimativa.
Importante salientar que o autor não foi comunicado da vistoria que seria realizada
pelos prepostos da ré, sendo certo, reafirme-se, que somente teve ciência no momento
do recebimento da injusta cobrança. Certo, ainda, que não houve realização de perícia a
fim de constatar as irregularidades alegadas. Afirma o autor que jamais utilizou-se de
técnicas ilegais para o desvio de energia, ao contrário das alegações não provadas da ré.
3. DA ILEGALIDADE DO TOI
Art. 14...
Uma vez que não se vislumbra, no caso concreto, quaisquer das hipóteses acima
mencionadas, perfeitamente aplicável a responsabilidade objetiva.
Quanto ao dano moral, resta claro que a situação ultrapassou, e muito, a esfera do
mero aborrecimento. Preceitua a norma insculpida nos arts. 186 e 927 do C.C:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova,
a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
7. DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Sendo assim, deve ser aplicada a antecipação dos efeitos da tutela para que a ré se
abstenha de inserir o nome do autor nos cadastros restritivos de crédito, sob pena de
multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
8. DOS PEDIDOS
5. Condenação em danos morais no valor de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) , com juros a
partir da lavratura do TOI;
Nestes Termos,
pede deferimento.
20 de Setembro de 2018
OAB/RJ 119.559