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CARTA DE RECURSO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO

Nome:
RG: CPF:
Endereço:
Município: UF:
Processo nº: Unidade Consumidora n°:

DA OCORRÊNCIA

Em 09/09/9999, foi realizada inspeção técnica conforme Termo


de Ocorrência e Inspeção – TOI de nº: 9999999, da qual descrevia suposta
Irregularidade de DESVIO DE ENERGIA NO RAMAL ENTRADA, gerando a
notificação de suspensão de fornecimento de energia caso não haja o pagamento do débito de
R$ 99.999,99 (noventa e nove mil novecentos e noventa e nove reais e nove centavos), autos
do processo administrativo.

DA REALIDADE FÁTICA

Primeiramente, venho por meio desta esclarecer que a residência


em questão, onde o medidor de energia está instalado é alugada. Sendo
assim, na condição de inquilino, sou apenas titular da Unidade Consumidora
acima mencionada a partir de 00/00/0000.

Informo que no ato da inspeção, sequer morava em tal


residência, conforme faço provar anexando o Contrato de Locação.
Portanto, não posso ser cobrado, muito menos responsabilizado, por ato de
terceiros com a qual não tenho o dever legal de assumir a culpa por sua
conduta.

Segundo determina a Lei [insira aqui o respaldo legal]

Além disso, não tomei ciência de nenhuma notificação à época


dos fatos a respeito da inspeção técnica realizada pelos agentes desta
empresa. Nenhum documento formal assinado por profissional competente
foi entregue apontando que a perícia constatou ligação clandestina ou
desvio de ramal.
Ressalte-se que toda a operação que culminou na expedição do
T.O.I. n° 999999 não foi devidamente acompanhada por nenhum morador
da residência, tendo sido emitido sem a presença do titular da unidade
consumidora. Não foi dado a parte a chance de verificar o que foi feito,
como foi feito e, principalmente, não foi dada a oportunidade de se
manifestar acerca da inspeção.

Ainda a respeito do resultado do laudo pericial efetuado sobre o


contador, também foi lavrado sem a minha presença, não fui notificado a
respeito da data de submissão do equipamento à ensaios metrológicos em
laboratório. Tudo foi apurado de forma unilateral pela concessionária.

Tal procedimento é uma clara afronta a [insira aqui o respaldo


legal]

Não existe comprovação de que houve quaisquer irregularidades


realizadas no medidor, não existe dolo ou culpa por parte deste usuário no
que tange a alegação de desvio de energia. Neste sentido dispõe o artigo
[insira aqui o respaldo legal]

O próprio enunciado do artigo acima não dá margem para outra


interpretação, é necessário que haja prova cabal de que foi constatado
irregularidade. O que não ocorreu no caso concreto e o resultado dos
exames laboratoriais em momento algum foram comunicados a parte mais
interessada em resolver o problema.

Logo vê-se que a atitude da empresa de energia em efetuar


cobrança do fornecimento de energia elétrica por débitos pretéritos e que
estejam sendo questionados por serem oriundos de recuperação de
consumo, são totalmente abusivos pois violam direitos básicos do
consumidor expressamente dispostos no Código [insira aqui o respaldo
legal]

Além disso, essa prática é considerada ABUSIVA pelo Código de


Defesa do Consumidor, conforme disposto no [insira aqui o respaldo legal],
exigindo do consumidor vantagem manifestamente excessiva, e ainda pelo
artigo [insira aqui o respaldo legal], em que há a previsão expressa de que
na cobrança de débitos, o consumidor não será submetido a qualquer tipo
de constrangimento ou ameaça.

Nesse aspecto, reside a ilegalidade em constranger-se este


usuário a pagar quantias exorbitantes sob o argumento de recuperação de
consumo, sem qualquer parâmetro claro, junto com corte de luz.

O procedimento de recuperação de energia consumida e não paga


adotado pela empresa deixou de atentar para o fato de que a alteração do
consumo não foi substancial a ponto de atrair um real benefício ao usuário.
Portanto, pode-se afirmar que incumbe à concessionária de energia produzir
toda a prova acerca da ocorrência de irregularidade na medição de energia
na residência do consumidor, pela prática de fraude, bem como comprovar
a exigibilidade de eventual débito fixado sob a denominação de recuperação
de consumo e cobrado em detrimento do consumidor, sob pena de
caracterização de tentativa de enriquecimento sem causa.

Há ainda a abusividade e oneração desnecessária do consumidor


conforme Resolução [insira aqui o respaldo legal], que disciplina os critérios
que devem ser utilizados para promover a recuperação da receita, quando
comprovada a existência de irregularidade.

Por todo o exposto, solicito a anulação do ato administrativo, com


imediato cancelamento do TOI n° 999999 e nulidade da multa imposta. E
em caso não seja sanada, não restará outra alternativa, senão comunicar o
presente feito à JUSTIÇA.

Responsabilizo-me pela veracidade das documentações anexadas


nesta solicitação.

Fico ciente, por meio deste documento de aceite, que a falsidade


das informações prestadas pode me configurar prática de ato ilícito, pelo
qual poderei ser responsabilizado civil e criminalmente.

Estou ciente também que caso falte o anexo com os documentos


necessários, o recurso não será analisado.

Atenciosamente,
Fulano Ciclano de Beltrano.

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