Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
Lei Estadual nº 3350 de 1999, em seu artigo 17, inciso X e, ainda, com base do Estatuto
do Idoso, Lei Federal nº 10.741 de 2003, que em seu artigo 1º, estabelece como idosos
aqueles que possuem idade igual ou superior a 60 anos.
2. DOS FATOS
Importante salientar que o autor não foi comunicado da vistoria que seria
realizada pelos prepostos da ré, sendo certo, reafirme-se, que somente teve ciência no
momento do recebimento da injusta cobrança.
Certo, ainda, que não houve realização de perícia a fim de constatar as
irregularidades alegadas.
Frise-se que o autor jamais utilizou-se de técnicas ilegais para o desvio de
energia, ao contrário das alegações não provadas da ré.
Em que pese o comportamento da ré que, unilateralmente, sem a adoção
dos procedimentos corretos e de forma arbitrária, aplicou penalidade ao autor, este
dirigiu-se a uma das agências da demandada com o fim de resolver o impasse (protocolo:
XXXXXXXX), conforme comprovante em anexo. Todavia, a ré mantém-se inerte e
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
continua a efetuar cobranças, com ameaça de inscrição nos cadastros restritivos de
crédito e corte no fornecimento do serviço.
Não sendo possível resolver administrativamente a questão, não restou
outra opção ao autor, senão socorrer-se do Judiciário.
3. DA ILEGALIDADE DO TOI
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
concessionária o instruir com elementos probatórios suficientes à "fiel
caracterização da irregularidade", na dicção do próprio dispositivo
regulamentar. O mesmo se aplica quanto à estimativa de consumo
não faturado (art. 130 da Resolução). 2. Nos termos da Súmula nº
254 desta Corte de Justiça, "aplica-se o Código de Defesa do
Consumidor à relação jurídica contraída entre usuário e
concessionária". 3. Decorre dos princípios gerais do direito das
obrigações que o devedor faça jus à prestação de contas regular
daquilo que lhe é cobrado; qualificado, ainda, como direito basilar do
consumidor à informação clara e adequada acerca do produto ou
serviço, seu preço, quantidades e características, conforme art. 6º,
inciso III, do CDC, ratificado pelo art. 7º, caput e inciso II, da Lei de
Concessoes (Lei nº 8.987/95). 4. As concessionárias de serviço
público são simples pessoas jurídicas de direito privado, que
não se confundem com a Administração de quem recebem, por
delegação contratual, a incumbência de desempenhar
determinada atividade de interesse público. Seus atos, pois, não
gozam da presunção de legitimidade típica dos atos
administrativos. Seria uma aberração quer às normas de Direito
Administrativo, quer aos mais basilares princípios do direito das
obrigações, quer ainda às normas protetivas do consumidor
(que se presume parte vulnerável no mercado, conforme diretriz
estabelecida pelo art. 4º, inciso I, do CDC), imputar ao usuário o
ônus de provar que a apuração técnica da distribuidora de
energia estivesse equivocada. 5. Os elementos dos autos, ainda
que não indiquem má-fé nem temeridade no procedimento da
concessionária, não são suficientes para a "fiel caracterização" do
ilícito imputado ao usuário, seja porque não há prova apta a
demonstrar que o faturamento a menor decorresse de fraude e não
de defeito no medidor, seja porque a leitura minorada iniciou-se
antes mesmo de a autora entrar na posse do imóvel. 6. O só registro
de consumo mensal inferior ao que se pode estimar pela carga ativa
do imóvel não basta para caracterizar irregularidade na medição,
Coelho, Junqueira & Roque Advogados Associados 4
Rio de Janeiro: [55][21]2221-4481
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
muito menos má-fé do consumidor, o qual, sendo leigo, não está
obrigado a deter conhecimentos de engenharia elétrica suficientes
para detectar o equívoco na leitura do consumo de energia. 7.
Quando o faturamento a menor não for imputável ao consumidor, a
cobrança da recuperação de energia só pode retroagir aos três
meses anteriores à detecção da incorreção, nos termos do art. 113, I,
c/c art. 115, § 2º, ambos da Resolução Aneel nº 414/2010. 8. A
imposição de confissão de dívida superior a mais que o décuplo do
devido, sob ameaça de interrupção de fornecimento de serviço
essencial, constitui forma de cobrança abusiva, configurando o
constrangimento de que trata o art. 42, caput, do CDC, o que
caracteriza o dano moral. Se seria ilegal a interrupção do serviço,
que não chegou a concretizar-se, ilícita também foi a ameaça de
efetuá-la. 9. Parcial provimento do recurso (TJ-RJ - APL:
00119814620098190021 RJ 0011981-46.2009.8.19.0021, Relator:
DES. MARCOS ALCINO DE AZEVEDO TORRES, Data de
Julgamento: 05/02/2014, VIGÉSIMA SÉTIMA CÂMARA CIVEL/
CONSUMIDOR, Data de Publicação: 21/03/2014 00:00)
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
(ARTIGO 5º, LV, CRFB). PAGAMENTO DE DÉBITOS
REFERENTES À DIFERENÇA DE ENERGIA COMPROVADO, DAÍ
NECESSÁRIA A SUA DEVOLUÇÃO. INCONFORMISMO DA RÉ.
Existência de relação de consumo com aplicação do CDC. Ainda
que houvesse a constatação de irregularidade no medidor da
residência do consumidor, esta deveria se demonstrar através
de laudo pericial ou registro de ocorrência policial, o que não se
deu, eis que efetuado apenas termo de ocorrência e de forma
unilateral pela ré. Valor indenizatório fixado em observância os
princípios da proporcionalidade e razoabilidade, pois tal importância
compensa a Autora, e, ao mesmo tempo, desestimula a Ré a
proceder de modo abusivo. Busca da efetividade á teoria do
desestímulo sem que sob a sua invocação se materialize
enriquecimento sem causa. Recurso a que se nega provimento na
forma do art. 557, caput, do CPC (TJ-RJ - APL: 22678 RJ
2009.001.22678, Relator: DES. MARCO AURELIO BEZERRA DE
MELO, Data de Julgamento: 02/06/2009, DECIMA SEXTA CÂMARA
CIVEL, Data de Publicação: 05/06/2009)
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
Não pode a concessionária a qualquer momento alegar suposta
irregularidade e cobrar por todo o período em que, segundo seu entendimento, houve
fraude. Ainda mais se esta não foi devidamente comprovada por meios idôneos.
Possui a ré a obrigação de, mensalmente, verificar a possível irregularidade
quanto à variação de valores, se existirem, para, imediatamente, restabelecer a
normalidade. Indubitável de que tal fato não ocorreu. Não foi demonstrado o desvio e não
foi apurado o valor real da suposta diferença de pagamento.
A jurisprudência acolhendo a tese segundo a qual é impossível a cobrança
por estimativa, assim se pronuncia:
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
sabidamente artificial, notadamente porque o consumo,
conforme as peculiaridades de cada unidade não é uniforme
nas diferentes estações do ano. Como se não bastasse isso,
ainda pode impor o pagamento do denominado custo
administrativo no percentual correspondente a 30%,
submetendo, ao depois, o consumidor ao jugo da autotutela
que, não obstante a condição de mero concessionário do
serviço público exercita sem qualquer pejo. Possibilidade de o
fornecedor buscar, porém na via adequada, indenização por
eventual locupletamento. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO
RECURSO DA AUTORA E IMPROVERAM O DA RÉ. (Recurso
Cível Nº 71000760280, Segunda Turma Recursal Cível,
Turmas Recursais, Relator: Luiz Antônio Alves Capra, Julgado
em 05/10/2005) (TJ-RS - Recurso Cível: 71000760280 RS ,
Relator: Luiz Antônio Alves Capra, Data de Julgamento:
05/10/2005, Segunda Turma Recursal Cível, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 22/11/2005)
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.
Art. 14...
Uma vez que não se vislumbra, no caso concreto, quaisquer das hipóteses
acima mencionadas, perfeitamente aplicável a responsabilidade objetiva.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
No mesmo sentido, a art. 5º, inciso X da Carta Magna:
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
de R$ 870,00 (STJ - REsp: 731244 AL 2005/0038841-9,
Relator: Ministro SIDNEI BENETI, Data de Julgamento:
10/11/2009, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe
23/11/2009).
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
ANEEL, ônus do qual não se desincumbiu. 5. Incidência do
enunciado de nº 5 do II Encontro de Desembargadores, com
competência em matéria cível, realizado no dia 16 de junho de
2011, constante no Aviso do Tribunal de Justiça nº 51 de 2011.
6.Nulidade do TOI que decorre da irregularidade de sua
lavratura, fulminando a recuperação do consumo
elaborada. Precedentes do TJRJ. 7. Dano moral in re ipsa.
Fixa-se o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), pois atende
às peculiaridades do caso, as condições do ofensor e do
ofendido, o tipo de ofensa e as repercussões provocadas pelo
ato ilícito da concessionária de energia. 8. Correção monetária
que deverá incidir a contar desse decisum, com juros de mora
fluindo a partir da citação, diante da relação contratual
entabulada entre as partes. 9. Honorários advocatícios fixados
nos termos do artigo 20, § 3º, do Código de Processo Civil.
Precedente. 10. Recurso provido (TJ-RJ - APL:
00281390720118190087 RJ 0028139-07.2011.8.19.0087,
Relator: DES. JOSE CARLOS PAES, Data de Julgamento:
27/03/2015, DÉCIMA QUARTA CÂMARA CIVEL, Data de
Publicação: 31/03/2015 12:19)
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
- ILEGÍTIMAS AS COBRANÇAS PERPETRADAS COM
FULCRO NA LAVRATURA DO TOI- DEVOLUÇÃO EM
DOBRO DA IMPORTÂNCIA DESPENDIDA - PRODUÇÃO DE
PROVA PERICIAL - FRAUDE NÃO CARACTERIZADA -
AMEAÇA DE INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO ESSENCIAL -
DANO MORAL CONFIGURADO. MANUTENÇÃO DA
SENTENÇA. DESPROVIMENTO DO AGRAVO RETIDO E DO
APELO. 1. Trata-se de ação declaratória de inexistência de
débito c/c repetição de indébito c/c indenização por danos
morais com pedido de tutela antecipada promovida por
consumidor em face da concessionária de serviço público
(Light), objetivando a manutenção ou restabelecimento do
fornecimento do serviço de energia elétrica, a devolução em
dobro dos valores cobrados em decorrência da lavratura do
TOI e compensação por danos morais. 2. Decisão interlocutória
deferindo a inversão do ônus da prova. Agravo retido interposto
pela parte ré e reiterado nas razões recursais do presente
apelo. 3. Sentença de parcial procedência, já que não houve
necessidade do restabelecimento do serviço (religação),
declarando, ainda, a inexistência do débito apurado pela parte
ré a título de consumo irregular de energia elétrica decorrente
do TOI e condenando a concessionária a devolver em dobro a
importância cobrada sob a rubrica de "recuperação de
consumo irregular" e ao pagamento de R$ 6.000,00 (seis mil
reais), a título de compensação por danos morais. 4. Apelo da
parte ré requerendo a apreciação do Agravo Retido (fls.
186/189) interposto em face da decisão interlocutória que
deferiu a inversão do ônus da prova (fls. 184). No mérito, repisa
os argumentos trazidos na peça de bloqueio, tais como, a
existência de irregularidade no medidor da unidade
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
consumidora, a legalidade da lavratura do TOI, conforme
estabelecido pela ANEEL, e a não configuração de danos
morais. 5. Agravo retido. Inversão do ônus da prova. Relação
de Consumo. Presente a verossimilhança nas alegações
autorais, bem como patente a hipossuficiência do
consumidor, em especial, técnica, impõe-se a inversão do
ônus da prova com fulcro no art. 6º, inciso VIII, do CDC. 6.
Termo de Ocorrência de Irregularidade. A produção de prova
unilateral malfere as garantias constitucionais do devido
processo legal, ampla defesa e contraditório. Eficácia
horizontal dos direitos fundamentais. Impossibilidade de
sobreposição das normas administrativas, redigidas pela
ANEEL, Agência Reguladora, à lei. A prova pericial, nesses
casos, se faz evidentemente necessária, não sendo lícito
permitir a ameaça de interrupção do fornecimento de
energia elétrica sem que seja efetivamente comprovada a
fraude. 7. Ameaça de suspensão do serviço como forma que
causa temor e compelir o consumidor ao pagamento do que
não deve. A impugnação judicial dos valores lançados a débito
impede que a fornecedora retalie o consumidor, ameaçando
cortar-lhe a eletricidade, serviço de natureza essencial,
imprescindível para a fruição de uma vida digna. 8. Laudo
pericial. Fraude não caracterizada. Perito que atestou que o
consumo registrado na unidade consumidora pelo sistema de
medição é compatível com a carga apurada na unidade
residencial. 9. Dano material configurado. Devolução em dobro
da importância despendida em função da lavratura do TOI, nos
moldes do art. 42 do CDC. 10. Dano moral configurado.
Ameaça ilegítima de interrupção do serviço. Indenização
que surge como reflexo da mudança de paradigma da
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
responsabilidade civil e possui dois objetivos: a prevenção
(através da dissuasão) e a punição (no sentido de
redistribuição). Ou seja, o dano moral deve ser também a
pena privada, a justa punição contra aquele que atenta contra a
dignidade da vítima ou de um dos bens integrantes da sua
personalidade, pena esta que deve reverter em favor da vítima.
11. Fixação do montante indenizatório que deve atender aos
seus dois aspectos precípuos: o compensatório, nos limites da
lesão suportada pela vítima; e o pedagógico-punitivo, cujo fim é
inibir a contumácia do causador do dano. Analisando-se as
particularidades do caso, ou seja, a extensão do dano e o grau
de reprovabilidade da conduta da apelante, mormente, quando
desconsidera reiteradas decisões dessa Corte, verifica-se que
o quantum fixado a título de compensação por danos morais,
arbitrados em R$ 6.000,00 se coaduna aos princípios da
proporcionalidade, da razoabilidade e aos padrões de fixação
desse E. Tribunal, bem como aos seus dois aspectos
precípuos: o compensatório, nos limites da lesão suportada
pela vítima; e o pedagógico-punitivo, cujo fim é inibir a
contumácia do causador do dano, lavrando TOI's que sabe
ser nulo em virtude de maciça jurisprudência e imputando
levianamente crime de fraude ao consumidor. NEGO
PROVIMENTO AOS RECURSOS, NA FORMA DO ART. 557,
CAPUT, do CPC (TJ-RJ - APL: 171141320068190203 RJ
0017114-13.2006.8.19.0203, Relator: DES. MARCELO LIMA
BUHATEM, Data de Julgamento: 08/10/2010, DECIMA
QUARTA CÂMARA CIVEL, Data de Publicação: 14/10/2010)
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
IRREGULARIDADE - TOI. DOCUMENTO UNILATERAL NÃO
CORROBORADO POR OUTRAS PROVAS. NULIDADE.
DANO MORAL CONFIGURADO NA HIPÓTESE.
MANUTENÇÃO DO JULGADO. 1 - O Termo de Ocorrência
de Irregularidade (TOI), lavrado unilateralmente pela
concessionária, e não corroborado por outras provas nos
autos, não serve de suporte à cobrança da dívida. Ausência
de realização de perícia no local e não participação do usuário
na apuração do alegado débito. Ausência de prova da
existência de irregularidade no medidor ou de efetivo consumo
pelo demandante. Declaração de inexistência do débito objeto
do TOI. Precedentes. 2 -Dano moral configurado. Imputação
de fraude ao consumidor sem mínima prova nesse sentido.
Violação a direitos da personalidade. Verba arbitrada
adequadamente, considerando os princípios atinentes à
matéria e as particularidades do caso concreto. Manutenção.
DECISÃO MONOCRÁTICA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO
RECURSO (TJ-RJ - APL: 1493565220098190001 RJ 0149356-
52.2009.8.19.0001, Relator: DES. CARLOS SANTOS DE
OLIVEIRA, Data de Julgamento: 25/04/2011, NONA CÂMARA
CIVEL)
Salientamos que o art. 6º, VI, do Código de Defesa do Consumidor diz ser
direito básico a reparação pelos danos materiais e morais sofridos.
Não é demais ressaltar que a indenização por dano moral possui duas
vertentes, a saber: reparar o abalo psicológico causado e servir como punição (natureza
educativa), com o fito de evitar que o causador do dano volte a cometer a infração.
Logo, deve ser a condenada a ré ao pagamento de indenização por dano
moral no importe de R$ 50.000.00 (cinquenta mil reais) ou outro a ser estipulado por este
juízo, com aplicação de juros a partir da inscrição do nome do autor nos cadastros
restritivos.
Coelho, Junqueira & Roque Advogados Associados 16
Rio de Janeiro: [55][21]2221-4481
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
5.3. Do dano moral pela perda do tempo
Porém, a nosso viso, nada impede que o dano moral se apresente como
efeito do inadimplemento de uma obrigação... Neste passo, em edificante artigo sobre o
tema, André Gustavo Corrêa de Andrade tranquilamente admite o dano moral contratual e
remete a solução da controvérsia à distinção entre "a patrimonialidade da prestação e a
extrapatrimonialidade do interesse do credor ou dos bens afetados. Embora a prestação
tenha conteúdo patrimonial, o interesse do credor na prestação pode, conforme as
circunstâncias, apresentar um caráter extrapatrimonial porque ligado à sua saúde
ou de pessoas de sua família, ao seu lazer à sua comodidade, ao seu bem-estar, à
sua educação aos seus projetos intelectuais" (FARIAS, Cristiano Chaves de;
ROSENVALD, Nelson. . Curso de Direito Civil- Obrigações. Bahia: Juspodivm, 2012, pag:
612) (grifamos).
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
perda do tempo, dentre outros, é certo que devida a indenização por dano moral nesta
modalidade.
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
Por último, ressalte-se que a comprovação da existência do débito cabe à ré.
Entender diferente, é imputar ao autor a responsabilidade de produzir prova
negativa/diabólica, o que é inaceitável.
8. DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
efetividade do provimento jurisdicional. Ainda deve ser levado em consideração o fato de
o nome constar do rol de bens mais preciosos que o ser humano possui.
O periculum in mora mostra-se evidente, uma vez que, com a restrição do
nome do autor nos cadastros restritivos, este permanece sem crédito, o afastando,
injustamente, do mercado consumidor.
A existência do fumus boni iuris mostra-se clara, considerando que a
documentação ora acostada indica efetivamente que houve exaustivo contato com a ré
para que fosse efetuada a cessação da cobrança, por irregular a lavratura do TOI.
Entendendo cabível a antecipação de tutela, pronuncia-se a jurisprudência:
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
creditícia, eis que o fundamento da demanda é relevante, a
saber, a dignidade humana. 3. Recurso ao qual se dá
provimento na forma do art. 557, § 1.º-A, do CPC (TJ-RJ - AI:
385501620108190000 RJ 0038550-16.2010.8.19.0000,
Relator: DES. FERNANDO FOCH LEMOS, Data de
Julgamento: 27/10/2011, TERCEIRA CÂMARA CIVEL)
Sendo assim, deve ser aplicada a antecipação dos efeitos da tutela para que
a ré se abstenha de inserir o nome do autor nos cadastros restritivos de crédito, sob pena
de multa diária no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).
9. DOS PEDIDOS
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br
9. Condenação ao pagamento de honorários advocatícios no importe de
20% sobre o valor da condenação.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
E-mail: contato@junqueiraeroqueadvogados.com.br
www.junqueiraeroqueadvogados.com.br