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Tribunal de Justiça da Paraíba

PJe - Processo Judicial Eletrônico

01/05/2023

Número: 0000402-66.2008.8.15.0371
Classe: APELAÇÃO CÍVEL
Órgão julgador colegiado: 3ª Câmara Cível
Órgão julgador: Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos
Última distribuição : 01/02/2021
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0000402-66.2008.8.15.0371
Assuntos: Indenização por Dano Material
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ENERGISA PARAIBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A MIGUEL DE FARIAS CASCUDO (ADVOGADO)
(APELANTE) DANIEL SEBADELHE ARANHA (ADVOGADO)
TECCEL - TECNOLOGIA DA CONSTRUCAO CIVIL E JOAQUIM CAVALCANTE DE ALENCAR (ADVOGADO)
ELETRICA LTDA (APELANTE) ROGERIO SILVA OLIVEIRA (ADVOGADO)
MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E RODOVALHO DE
ALENCAR (ADVOGADO)
MARIA JESUS DA COSTA MOREIRA (APELADO) DINACIO DE SOUSA FERNANDES (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
18647 16/11/2022 20:10 Acórdão Acórdão
944
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça da Paraíba
Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos

ACÓRDÃO

Processo nº: 0000402-66.2008.8.15.0371


Classe: APELAÇÃO CÍVEL (198)
Assuntos: [Indenização por Dano Material]
APELANTE: ENERGISA PARAIBA - DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A, TECCEL - TECNOLOGIA DA CONSTRUCAO
CIVIL E ELETRICA LTDA - Advogado do(a) APELANTE: DANIEL SEBADELHE ARANHA - PB14139-A
Advogados do(a) APELANTE: JOAQUIM CAVALCANTE DE ALENCAR - PB1759-A, ROGERIO SILVA OLIVEIRA -
PB10650-A, MARTSUNG FORMIGA CAVALCANTE E RODOVALHO DE ALENCAR - PB10927-A

APELADO: MARIA JESUS DA COSTA MOREIRA

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.


PROCEDÊNCIA PARCIAL. DESCARGA ELÉTRICA. MORTE DO
ESPOSO DA PROMOVENTE. EVENTO MORTE OCORRIDO APÓS 45
DIAS DO FATO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. AUSÊNCIA
DE DEMONSTRAÇÃO DO NEXO DE CAUSALIDADE. REFORMA DA
SENTENÇA PARA JULGAR IMPROCEDENTE O PEDIDO.
PROVIMENTO.

- A Constituição Federal estabelece, em seu art. 37, § 6º, a responsabilidade


objetiva das pessoas jurídicas de direito público e das de direito privado
prestadoras de serviços públicos, sob a modalidade do risco administrativo, de
modo que, para sua configuração, devem ser comprovados os seguintes requisitos:
(i) a conduta (ação ou omissão), (ii) o dano e o (iii) nexo causal.

- Na espécie, a parte autora não demonstrou o preenchimento de tais requisitos,


considerando que não houve demonstração de nexo causal entre a morte e a
descarga elétrica, devendo ser reformada a sentença que julgou procedente o
pedido inicial.

VISTOS, RELATADOS e DISCUTIDOS estes autos, em que são partes as


acima identificadas.

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ACORDA a 3a Câmara Especializada Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, à
unanimidade, DAR PROVIMENTO ao apelo, integrando a decisão a certidão de julgamento constante
dos autos.

RELATÓRIO

Trata-se de Apelação Cível interposta pela ENERGISA PARAÍBA –


DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A, insurgindo-se contra sentença proferida pelo juízo da 7ª Vara
da Comarca de Sousa, que, nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E
MATERIAIS ajuizada por Maria Jesus da Costa Moreira, julgou parcialmente procedente o pedido da
autora, condenando a apelante ao pagamento de R$ 80,000,00 (oitenta mil reais), acrescidos de correção
monetária e juros de mora, em razão dos danos morais ocasionados pela morte precoce de seu esposo, que
faleceu em decorrência de um choque elétrico, além dos honorários advocatícios.

Nas razões do apelo, a ré alega ausência de nexo causal com o evento morte, eis
que restou comprovado durante a instrução processual que o esposo da apelada não faleceu em virtude de
choque elétrico, mas em decorrência de já ter graves problemas de saúde, e que, além disso, a vítima era
paciente cardíaco, já contava com 58 anos de idade e tinha histórico de doenças graves.

Sustenta, ainda, que foi equivocada a condenação da apelante com fulcro na


responsabilidade objetiva, pois é sedimentado o entendimento no STJ, que em casos de condutas
omissivas, a responsabilidade é subjetiva, devendo restar caracterizada a culpa da concessionária.

Afirma, ainda, que a sentença merece reforma ao excluir a responsabilidade da


segunda demandada, tendo em vista que o serviço estava sendo prestado pela mesma, devendo, ser
igualmente penalizada.

Pede, por fim, caso seja mantida a condenação, a redução do quantum para fixá-lo
em observância aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Contrarrazões apresentadas pela autora, pugnando pela manutenção da sentença.

A douta Procuradoria de Justiça manifesta-se pelo prosseguimento do recurso sem


intervenção no mérito, em virtude da ausência de interesse que justifique a sua atuação.

É o relatório.

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VOTO (DES. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS - RELATOR)

A apelação merece provimento.

O presente caso versa sobre responsabilização da concessionária de energia pelos


danos causados a terceiro, oriundos da não manutenção dos fios elétricos.

De início, refuta-se, de logo, a pretensão da apelante de que, ao caso, é de ser


aplicada a responsabilidade subjetiva, eis que o suposto ato ilícito decorre de ação da concessionária de
energia elétrica.

Vislumbra-se da análise dos autos que a pretensão inicial se apoia em ação da


concessionária apelante quanto à falha na prestação de serviço, tendo em vista que a descarga elétrica
ocorreu porque um fio energizado se rompeu e tocou um veículo estacionado na via por onde caminhava
o esposo da promovente, tratando-se, portanto, de uma ação comissiva.

Sendo comissiva a ação, é imprescindível a aplicação do disposto no artigo 37, §6º


da Constituição Federal, que contempla hipótese de responsabilidade objetiva.

Como é cediço, a Energisa Paraíba – Distribuidora de Energia S/A, na condição


de concessionária de serviço público, explora o serviço de distribuição de energia elétrica, sujeitando-se,
portanto, à responsabilidade objetiva, prevista no § 6º, do art. 37, da Constituição Federal:

“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa”.

Entretanto, ainda que se trate de responsabilidade civil objetiva, são requisitos


para a ocorrência do dever de reparar: a configuração de um ato ilícito, a comprovação do dano e o
nexo causal entre o ato ilícito e o dano causado.

Se ausentes um desses pressupostos condutores do dever de reparar, na forma que


preceitua a Constituição Federal e o Código Civil, não há que se falar em condenação por danos morais.

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No caso concreto, em que pesem as alegações da parte autora/recorrida,
compulsando-se atentamente os autos, notadamente o conjunto probatório a ele acostado, é de se dar
razão à parte apelante.

Infere-se dos autos que a autora não se desincumbiu do ônus de comprovar fato
constitutivo do seu direito, e demonstrar a existência de nexo de causalidade entre a ação, descolamento
do fio de energia e, consequentemente, o choque elétrico que vitimou o seu esposo, e a sua morte ocorrida
depois de 45 (quarenta e cinco) dias desse fato.

Apesar de restar incontroverso nos autos que o esposo da promovente tenha sido
vítima de descarga elétrica, não há provas elementares no sentido de comprovar que a morte tenha
sido em decorrência desta. O documento de fls. 86 (espelho dos sistemas internos da apelante),
inclusive, revela o registro, às 12h41 do dia 24/09/2007 (data do fato), de uma comunicação de
ocorrência, tendo a seguinte descrição: "condutor partido com média ou baixa tensão".

Pois bem. Conforme a própria autora afirma em sua inicial, no dia do fatídico
evento ocorrido em 24/09/2007, o seu esposo, após ter sofrido descarga elétrica, teria sido conduzido ao
hospital, pelo SAMU, mas, no entanto, os prontuários médicos referente a esse primeiro atendimento não
se encontram disponíveis. Oficiado, o SAMU informou que, devido à queda do teto da Base Central, não
dispõe mais dos documentos solicitados.

Pela documentação encartada nos autos, e depoimento do médico que assistiu


o de cujus no dia do fato (transcrito na sentença), o mesmo chegou ao hospital com cefaléia intensa,
apresentou vômito e estava bastante alterado, porém sem registro de queimaduras e, havendo
apresentado melhoras, recebeu alta no mesmo dia.

Além do prontuário/atestado médico confirmando a entrada no hospital e


liberação no mesmo dia, não há nos autos nenhuma outra prova que indique que o esposo da
promovente tenha apresentado qualquer outro sintoma ou problema de saúde decorrente do
choque elétrico nos dias posteriores. Não há comprovação alguma de agravamento do seu estado de
saúde em decorrência do choque.

Por outro lado, noticiam os autos que 11 (onze) dias após o evento, em 05/10/2007
, o falecido deu entrada no Hospital Regional Manoel Gonçalves de Abrantes, apresentando cefaléia e
após ter ingerido bastante bebida alcoólica, conforme descrevem os documentos constantes do evento
(id 6819811 - pág. 51 e 52) e, no dia seguinte, 06/10/2007, deu entrada no hospital de Sousa -PB
levado pelo SAMU com história de queda da própria altura, onde recebeu o diagnóstico inicial de
Acidente Vascular Cerebral hemorrágico, conforme laudo médico (id 6819811 - pág. 16).

Quadro clínico que evoluiu com diversas complicações de saúde, insuficiência


respiratória e falência múltipla de órgãos, vindo o esposo da autora a falecer em 09/11/2007, 45
(quarenta e cinco) dias após o evento, ressaltando que o seu estado de saúde que já era bastante

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fragilizado, uma vez que era portador de diabetes mellitus descompensado, hipertensão arterial, dentre
outros, causas estas que há anos já o tinham retirado, inclusive, do mercado de trabalho, encontrando-se
aposentado por invalidez.

O documento de fls. 296 (id. 6819815), informa que no prontuário do esposo da


promovente, consta: Paciente diabético descompensado deu entrada neste serviço após ingestão de álcool.
- TCE p/ queda Hematoma Extradural.

Por sua vez, o laudo médico acostado aos autos, registrou:

“MOTlVO(S) DO ATENDIMENTO: Paciente deu entrada neste hospital


procedente de Sousa -PB trazido pelo SAMU com historia de queda da própria
altura. Atendido pelo Dr. Frankly N. Andrade CRM 4899, Dr. Carlos Pereira da
Silva Neto CRM 4860”.

Assim, em que pesem as alegações iniciais, ao contrário do entendimento do


juízo a quo, pelas provas carreadas aos autos, não é possível concluir que o agravamento no estado
de saúde do esposo da promovente, ora apelada, tenha sido, fatalmente, provocado ou decorrente
do choque elétrico.

A causa da morte indicada nos autos foi o Acidente Vascular Cerebral


hemorrágico e complicações decorrentes.

As provas carreadas, ainda, sugerem que o falecido tenha sido vítima de uma
queda, fato, que não foi completamente esclarecido nos autos, e que poderiam ter contribuído, igualmente,
para o agravamento do estado de saúde do promovente.

Destarte, chega-se à conclusão de que não há nexo de causalidade entre o choque


elétrico sofrido pelo esposo da autora e a sua morte, que aconteceu 1 mês e 15 dias depois, não havendo
fatos comprovados que liguem sua morte à suposta consequência de choque elétrico, notadamente pela
situação apresentada nos autos que relatou causa diversa da sua internação, qual seja a ocorrência de um
AVC hemorrágico, com relatos de ingestão excessiva alcoólica com queda da própria altura somado ao
fato das doenças pré-existentes.

Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL E CIVIL – Apelação – Ação obrigação de fazer c/c danos morais,
antecipação de tutela de urgência – Improcedência – Irresignação do autor – Dano moral –

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Inocorrência – Retenção de bens – Não comprovação – Ônus do promovente (373, I do CPC) –
Desprovimento. – A obrigação de indenizar, assenta-se na demonstração da conduta ilícita do
agente, da existência do dano efetivo e do nexo de causalidade entre o ato e o resultado lesivo,
pressupostos que, se não demonstrados, afastam o dever de indenizar.
(0801451-32.2018.8.15.0251, Rel. Des. Abraham Lincoln da Cunha Ramos, APELAÇÃO CÍVEL,
2ª Câmara Cível, juntado em 26/09/2021).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANOS MATERIAIS E LUCROS


CESSANTES. IMPROCEDÊNCIA. PRELIMINAR EM CONTRARRAZÕES. AUSÊNCIA DE
DIALETICIDADE. REJEIÇÃO. MÉRITO. IRRESIGNAÇÃO DA PARTE AUTORA.
INCÊNDIO SUPOSTAMENTE CAUSADO POR DESCARGA DA LINHA DE
TRANSMISSÃO ELÉTRICA DA CONCESSIONÁRIA. AUSÊNCIA DE PROVAS QUE
INDIQUEM O ILÍCITO ALEGADO OU O NEXO CAUSAL COM OS DANOS SUPORTADOS
PELO AUTOR. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. PLANTIO REALIZADO FORA DA FAIXA
DE SEGURANÇA. AUSÊNCIA DE PROVAS DOS FATOS CONSTITUTIVOS. ÔNUS DA
PARTE AUTORA. ART. 373, INCISO I, CPC. APELO DESPROVIDO. – Da análise do apelo,
identificam-se facilmente os fatos e fundamentos de discordância com a decisão hostilizada,
respeitando-se o disposto no artigo 1.010, III, do Código de Processo Civil, não havendo que se
falar, assim, em violação ao princípio da dialeticidade. – A parte autora não cuidou de demonstrar
os fatos constitutivos do seu direito, a teor do previsto no artigo 373, inciso I, do CPC/2015, pois
não faz prova mínima do alegado ilícito perpetrado pela parte ré, tampouco demonstra qualquer
nexo causal entre a atuação da concessionária e o incêndio que tomou sua plantação. – É fato
noticiado nos autos que a passagem da linha de transmissão no local decorre de relação de servidão
administrativa. O próprio autor, em seu depoimento pessoal, afirma que a implantação da linha de
transmissão já estava sendo feita quando tomou posse do imóvel rural. Nesse diapasão, resta
indene de dúvidas que o apelante, mesmo diante de uma servidão administrativa aparente e prévia,
optou por cultivar em área próxima à rede elétrica, em flagrante desrespeito aos limites de
segurança impostos por lei. VISTOS, relatados e discutidos os presentes autos. ACORDA a Quarta
Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba, em sessão ordinária, rejeitar a preliminar aduzida
em contrarrazões e, no mérito, negar provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.
(0800152-19.2016.8.15.0371, Rel. Des. Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, APELAÇÃO CÍVEL,
4ª Câmara Cível, juntado em 11/02/2021)

Ante o exposto, DOU PROVIMENTO AO APELO, para julgar improcedente o


pedido inicial de danos morais da autora, invertendo-se, por conseguinte, o ônus da sucumbência,
mantendo, entretanto, a gratuidade judiciária em relação a autora/ora apelada.

É como voto.

Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos


Relator

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Assinado eletronicamente por: Márcio Murilo da Cunha Ramos - 16/11/2022 20:10:23 Num. 18647944 - Pág. 7
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