Você está na página 1de 2

Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da Vara Civil da Comarca do.

14ª Fórum Civil do Rio


de Janeiro – RJ.

Luiz Carlos Fernandes, brasileiro, solteiro, contador, portador da Cédula de Identidade/RG


nº 20.987.546 e inscrito no CPF nº 121.321.431-91, residente e domiciliado na Rua João
Carneiro, Nº 11, CEP: 74.908-765, Resende, Rio de Janeiro, solicita anulação de negócio
jurídico contra:
Paulo Roberto, portador da Cédula de Identidade/RG nº 32.981.542 e inscrito no CPF nº
122.322.422-92, residente e domiciliado na Rua Maria Bezerra Nº12, CEP: 43.657-012,
Volta Redonda, Rio de Janeiro. E a sua esposa, Renata Silva, portadora da Cédula de
Identidade/RG nº 11.223.445 e inscrita no CPF nº 124.321.432-99, residente e domiciliado
na Rua Maria Bezerra, Nº 12, CEP: 43.657-012, Volta Redonda, Rio de Janeiro,
por meio do meio advogado que subscreve, devidamente inscrito na OAB nº 121098765,
com escritório profissional na Rua Antônio Freitas, nº 56, Centro, Rio de Janeiro, que vem
respeitosamente a Vossa Excelência propor Ação de Anulação do Negócio Jurídico em face
da venda indevida do terreno de João Carlos Fernandes, viúvo, 70 anos de idade, portador
da Cédula de Identidade/RG nº 127.765.871 e inscrito no CPF nº 123.432.567-87, residente
e domiciliado na Rua João Carneiro, Nº 11, CEP: 74.908-765, Resende, Rio de Janeiro, a
expor de fatos e de direito:

Dos Fatos:

João Carlos Fernandes é um idoso com idade de 70 anos e laudo médico comprovado que
possui Alzheimer, e consequentemente é interditado a realizar qualquer ação de natureza
jurídica, de acordo com os art. 1.772 c/c 1782 do Código Civil Pátrio.
No dia 20 de junho de 2022, um mês após a morte de sua esposa, ele decidiu vender um
terreno avaliado em R$ 500.000,00 mil reais para Paulo Roberto e Renata Silva por metade
do preço, R$ 250.000,00 mil reais. Sendo considerado pelo seu filho, Luiz Carlos
Fernandes, como uma ação ilegal diante das condições psíquicas de seu pai, João Carlos
Fernandes, que possui a memória curtíssima diante de acontecimentos recentes, tais como
o mencionado acima.
O filho, Luiz Carlos Fernandes, tentou anular amigavelmente o contrato de compra e venda
realizado entre Paulo Roberto, Renta Silva e João Carlos. O atual proprietário do terreno
explicou que mesmo que o valor pago seja a metade do preço do que vale o terreno, ainda
sim é um valor justo e devido e por isso não fará a anulação do contrato de compra e venda
realizado com o antigo proprietário.

Direito:

A Lei 10.741/2003, também conhecida como Estatuto do Idoso, em seu artigo 106,
descreve como crime conduta de induzir idoso, que não saiba o que está realmente
fazendo, a outorgar procuração para que outra pessoa administre ou até mesmo venda
seus bens. A pena prevista é de 2 a 4 anos de reclusão.

Pedidos:

O exposto requer:

a) A anulação do contrato de compra e venda do terreno mencionado.


b) Devolução do valor de R$250.000,00 mil reais ao atual proprietário do terreno.
c) Intimar o requerido para se quiser, responder a presente peça no prazo legal, sob pena
de que se não o fizer correr no efeito da revelia.
d) A condenação do promovido a custas processuais e honorários advocatícios em 20% do
valor da causa, caso não haja acordo amigável entre ambas as partes.

Prova

Protesto por provas documental e oral, depoimento pessoal dos demandados e de


testemunhas.

Dá-se a valor da causa R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).

Neste termo

Pede deferimento

Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2022.

OAB nº 121098765.

Você também pode gostar