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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO E.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ.

Ref. Processo nº: 000548051.2019.8.19.0207

MARIA DE FÁTIMA CARDOSO GONÇALVES, brasileira, divorciada, do lar, portadora


da Carteira de Identidade nº. 02323833-0 expedida pelo IFP e CPF nº. 602.329.357-34, residente e
domiciliada na Av. Brás de Pina, nº. 1421 aptº. 503 - Vila da Penha, Rio de Janeiro e JOSÉ
CARDOSO GONÇALVES, brasileiro, divorciado, contador, portador da Carteira de Identidade nº.
02323833-0, expedida pelo CRC/RJ e CPF nº. 269.522.897-04, residente e domiciliado na Av. Brás de
Pina nº. 1421 aptº. 501 - Vila da Penha, Rio de Janeiro, neste ato representados pelo seu procurador
JOSÉ CARLOS GONÇALVES DA COSTA, brasileiro, solteiro, empresário, portador da cédula de
identidade nº 08.011.006-7 IFP, e inscrito no CPF/MF sob o nº 001.293.027-08, residente e
domiciliado na Rua Brisa do Mar nº 241 – Barra da Tijuca CEP. 22793-430 - Rio de Janeiro – RJ, e
endereço eletrônico jotacgcrio@gmail.com, nos autos da ação em que contende com PAULA
FERREIRA DE MEDEIROS FOURNIER , brasileira, casada, portadora da Carteira
de Identidade nº. M3249682 expedida pelo SSP/MG e CPF nº. 503.945.416-34,
residente e domiciliada na Rua Comendador Bastos, nº. 157 Freguesia - Ilha do
Governador - Rio de Janeiro, CEP. 21911-020 vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, com fundamento no artigo 1.015 do Código de Processo Civil, interpor o presente:

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Os agravantes deixam de efetuar o preparo, requerendo lhe seja concedido o benefício


da Justiça Gratuita.

Juntam-se:

a) Cópia da petição inicial e das declarações de IR dos autores;

b) Cópia da decisão agravada;


c) Certidão da respectiva intimação;
d) Cópia da Procuração AD Judicia outorgada ao advogado dos autores;
e) Por não terem sido ainda Citados, os Agravados não possuem Advogados Constituídos nos Autos;
f) Pedido de Justiça Gratuita, com Fulcro no art. 17 inciso X da Lei Estadual 3.350/99, no Art. 5°
Inciso LXXIV DA CF/88, e nos termos da Lei 1.060/50 em seus Artigos 2°, §2°, 3° e 5° § 4°, e Leis
7.115/83 e 7.510/86, feitos no Preâmbulo da Inicial;
g) DEIXA DE JUNTAR O COMPROVANTE DE PREPARO PRÉVIO, TENDO EM VISTA
SER O PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA OBJETO DO AGRAVO.

ISTO POSTO, e verificadas as condições de admissibilidade do Recurso, requer:


a) Seja o presente recurso recebido e distribuído in continenti, lhe sendo dado efeito suspensivo
comunicando o evento ao Juízo a quo;
b) Seja a decisão do MM. Juízo a quo reformada, nos termos das razões ora apresentadas, deferindo-se
o benefício da Assistência Judiciária Gratuita ao Agravante, nos termos do artigo 557,§ 1°, do CPC;
c) Seja deferido o benefício da Assistência Judiciária Gratuita ao Agravante, sendo que o mesmo não
tem condições de pagar custas processuais, sem prejuízo próprio, de conformidade com as declarações
anexas.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Rio de janeiro,15 de julho de 2019.
RAPHAEL BORBA

OAB/RJ 102.021

JULIANA SABAG

OAB/RJ 151.402
AGRAVANTE: MARIA DE FÁTIMA CARDOSO GONÇALVES e
AGRAVADO: JOSÉ CARDOSO GONÇALVES
PROCESSO: 00548051.2019.8.19.0207
ORIGEM: 1ª VARA CÍVEL DO FORUM REGIONAL DA ILHA DO GOVERNADOR DA
COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ.
EGRÉGIO TRIBUNAL
DOUTOS JULGADORES
HISTÓRICO PROCESSUAL

RAZÕES DOS AGRAVANTES

Trata-se de Agravo de Instrumento contra decisão proferida na data de 03.07.2019 (ainda


não publicada), a qual deve ser reformada, visto que conforme os documentos apresentados, os
agravantes, idosos, fazem jus ao benefício da Gratuidade de Justiça.

A Respeitável Decisão Interlocutória agravada merece integral reforma posto que não
reconsiderou decisão proferida em franco confronto com que determina o art. 17 inciso X da Lei
Estadual 3.350/99, o Artigo 5°, Inciso LXXIV da CF/88, C/C o Artigo 4°, caput,e seu § 4° da lei
1.060/50 com redação dada pelas Leis 7.115/83 e 7.510/86, conforme o despacho abaixo colacionado:
“Fls.47-48: mantenho a decisão de fls. 41, tendo em
vista que não restou comprovada a hipossuficiência dos
autores conforme documentação acostada, notadamente, o
imposto de renda de ambos. Assim, venham os
recolhimentos pertinentes, no prazo de 15 (quinze) dias,
improrrogáveis, sob pena de cancelamento da distribuição.”
Despacho anterior:
“Autores que postulam a concessão de gratuidade de
justiça para a execução de valores de alugueres em imóvel
comercial. Observa-se que, pelo contrato firmado no ano de
2011, o aluguel foi firmado no valor de R$ 12.632,00, não
apresentando os exequentes perfil de hipossuficientes.
Embora conste dos autos as declarações de rendimentos
entregues à Receita Federal o que se observa é que os réus
possuem mais de sete imóveis, e, embora haja, inclusive,
lojas, declaradas, não vislumbro o recolhimento de valores
no carnê leão, nem mesmo quanto ao imóvel locado
mencionado nesta demanda. Em sendo assim, não
vislumbro o perfil de hipossuficiente alegado pelos autores.
INDEFIRO A GRATUIDADE DE JUSTIÇA, venham as
custas no prazo de 15 dias, sob pena de cancelamento da
distribuição. “
Nos termos em que foi proferida, a R. Decisão Interlocutória consubstanciará para os
Agravantes uma situação de flagrante e inaceitável injustiça, se não for, de imediato, objeto de reforma.
A execução refere-se a contrato de aluguel que apesar do valor mensal, encontra-se em aberto
há mais de 2 anos e os idosos, que são irmãos, dividiam a quantia da locação a fim de auxiliar nas
despesas de plano de saúde, medicação etc.
Os idosos, sem condições físicas de tomar a frente da negociação, atribuíram aos seus familiares
as tratativas. Foram tentadas diversas formas de acordo e todas foram descumpridas, sempre
ludibriando os idosos que vêm tendo seu sustendo prejudicado ao longo do tempo.
Hoje o inadimplemento tornou-se insustentável e alcançou valores exorbitantes e sendo assim,
frente a renda dos agravantes, seria impossível recolher custas referentes à execução, vide GRERJ em
anexo EM VALOR SUPERIOR A QUATORZE MIL REAIS..
Negada a concessão do benefício da gratuidade de justiça, os agravantes tentaram pedido de
reconsideração, porém não obtiveram êxito.
A decisão atacada manteve o r. despacho que indeferiu a gratuidade de justiça pelo simples fato
dos agravantes serem proprietários de imóveis, contudo, tais imóveis não geram renda e não passa de
suposição do juízo a quo.
Os agravantes são parentes e os imóveis em seus nomes encontram-se em posse de filhos e
netos dos mesmos e não constituem fonte de renda para os mesmos. O único imóvel locado é o objeto
da execução que gerava renda para os irmãos e seus familiares.
Os demonstrativos de imposto de renda demonstram a vida financeira dos agravantes de forma
clara e não devem ser desconsiderados.
O Juízo a quo questionou a ausência do recolhimento de valores do imóvel locado no
carnê leão. Ora, o inadimplemento recorrente já perdura por mais de 2 anos consecutivos, ou
seja, como declarar valor não recebido?
O valor arrecadado a título de aluguel auxiliava no sustento dos idosos e ainda seus familiares,
contudo, o inadimplemento vem prejudicando o sustento dos mesmos.
Através dos esclarecimentos aqui apresentados, fica claro que os agravantes preenchem os
requisitos previstos no o art. 17 inciso X da Lei Estadual 3.350/99 a fim de viabilizar o acesso à justiça
às partes.
Desta forma, verifica-se que a decisão do MM. Juiz é arbitrária, uma vez que a própria legislação
atinente a matéria bem como o pensamento uníssono da jurisprudência pátria convergem para a
orientação de que para o deferimento do benefício da Assistência Judiciária Gratuita basta a simples
afirmação da parte requerente.

DOS PEDIDOS

Expositis, requer que os Nobres Desembargadores recebam o presente Agravo de Instrumento


e que seja conhecido e provido, para que seja reformada a decisão do Juízo a quo a fim de conceder
os benefícios da Justiça Gratuita aos Agravantes.
Requer a juntada dos documentos anexos sem a devida autenticação por estarem sendo
declarados cópias fiéis dos originais, sob responsabilidade destas advogadas.

Nestes termos, cumpridas as necessárias formalidades, legais, pede e espera deferimento como
medida de inteira JUSTIÇA.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2019.


RAPHAEL BORBA
OAB/RJ 102.021
JULIANA SABAG
OAB/RJ 151.402

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